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Discos para descobrir em casa – ‘Samba minha verdade, samba minha raiz’, Dona Ivone Lara, 1978

quinta-feira, 30 julho 2020 por Administrador

Capa do álbum 'Samba minha verdade, samba minha raiz', de Ivone Lara Ricardo de Vicq ♪ DISCOS PARA DESCOBRIR EM CASA – Samba minha verdade, samba minha raiz, Dona Ivone Lara, 1978 ♪ Em 1978, Yvonne da Silva Lara (13 de abril de 1922 – 16 de abril de 2018) tinha 56 anos e já era conhecida como Dona Ivone Lara – deferência à fidalguia dessa desbravadora bamba carioca – quando teve a oportunidade de gravar e lançar o primeiro álbum solo. Editado pela gravadora Odeon, o álbum Samba minha verdade, samba minha raiz soou como carta de princípios nobres dessa cantora e compositora que abrira alas para as mulheres no mundo do samba. Nascida para cantar as próprias melodias, algumas sublimes, Ivone Lara lutou pacificamente para se impor como compositora em mercado e em meio social que até então davam às mulheres somente o direito de dar voz à produção masculina dos sambistas, mas lhes negavam o direito de criar – e sobretudo de assinar e cantar as próprias criações. Compositora desde 1934, quando fez aos 12 anos o partido alto Tiê com Mestre Fuleiro (1912 – 1997) e Hélio dos Santos (1917 – 2007), Ivone Lara lutou ao longo dos anos 1940 e 1950 contra a opressão da sociedade machista – personificada pela figura do marido, Oscar Costa, morto em 1975 e desde sempre refratário ao dom para a música da mulher com quem se casara em 1947 – para poder mostrar o próprio valor no samba. A artista começou a vencer a luta em 1965, ano em que foi admitida na ala de compositores da tradicional escola de samba Império Serrano, fundada em 1947 a partir de dissidência da agremiação intitulada Prazer da Serrinha. Naquele ano de 1965, o Império Serrano se sagrou vice-campeã do Carnaval carioca ao desfilar com samba-enredo, Os cinco bailes da história do Rio, que trazia a assinatura de Ivone entre os autores da obra-prima do gênero. Cinco anos depois, em 1970, Ivone Lara fez a primeira gravação em disco, registrando dois sambas que compôs com Mano Décio da Viola (1909 – 1984), Agradeço a Deus e Sem cavaco não, no álbum coletivo Sargentelli e o sambão (1970). Contudo, a artista precisou esperar mais quatro anos para ganhar visibilidade como compositora. Essa projeção veio em 1974, ano em que Ivone enfim gravou o seminal partido alto Tiê em outro disco coletivo, Quem samba, fica? Fica, projeto fonográfico criado por Adelzon Alves, radialista que vinha desenvolvendo bem-sucedida carreira como produtor musical, tendo orquestrado em 1971 a transformação da cantora Clara Nunes (1942 – 1983) em sambista. Através de Adelzon, aliás, Clara ouviu e gravou o samba que se tornaria o primeiro sucesso de Ivone Lara como compositora, Alvorecer, samba que batizou o aclamado LP lançado por Clara naquele ano de 1974. Obra-prima do cancioneiro de Ivone, Alvorecer foi o primeiro de muitos clássicos da parceria aberta por Ivone em 1972 com o compositor fluminense Délcio Carvalho (1939 – 2013). Letrista pautado por escrita geralmente lírica, Delcio foi o autor de versos que se afinaram com a delicadeza das melodias de Ivone, gerando sambas embebidos em melancolia e esperança. Sambas que geralmente receitaram o otimismo e a crença na vida para vencer o desamor. Fundamental para a consolidação da obra de Ivone Lara como compositora nos anos 1970, a parceria com Delcio Carvalho rendeu em 1976 um grande sucesso para o cantor fluminense Roberto Ribeiro (1940 – 1996), Acreditar. Curiosamente, Ivone Lara não incluiu nem Alvorecer e muito menos Acreditar no repertório do primeiro LP solo. Produzido por Adelzon Alves, o álbum Samba minha verdade, samba minha raiz apresentou, em contrapartida, outra obra-prima da lavra de Ivone e Delcio, Em cada canto, uma esperança, composição de admirável melodia. Samba triste que exemplificou a melancolia confiante em dias melhores (traço marcante da obra poética resultante da parceria feliz de Ivone e Delcio), Em cada canto uma esperança geraria 33 anos depois uma gravação emocionante no álbum Nosso samba tá na rua (2011), último disco de estúdio de Beth Carvalho (1946 – 2019), cantora que sempre valorizou a obra de Ivone Lara desde a primeira vez que gravou samba da compositora, Amor sem esperança, em 1975. Tendo trabalhado como assistente social e enfermeira (profissão na qual se formou em 1942 e que lhe garantiu o sustento nos anos de luta e, a partir de 1977, uma aposentadoria vitalícia), Ivone Lara passou a se dedicar ao ofício de cantora a partir da edição deste primeiro álbum solo. Gravado a partir de fevereiro de 1978, com arranjos de Luiz Roberto e de Nelson Martins dos Santos (1927 – 1996), o maestro Nelsinho, o álbum Samba minha verdade, samba minha raiz foi produzido por Adelzon Alves com a intenção de reproduzir a espontaneidade de rodas de samba como tantas frequentadas por Ivone nos terreiros e nos pagodes da vida – como sinalizou a foto da capa que expôs a artista ao lado de bambas como Casquinha (1922 – 2018), Manacéa (1921 – 1995) e Mestre Fuleiro em histórica imagem clicada por Ricardo de Vicq. Aberto pelo samba Minha verdade (Ivone Lara e Delcio Carvalho, 1976), apresentado em disco há então dois anos na voz da cantora Elizeth Cardoso (1920 –1990), o disco encadeou sambas mais líricos com partidos altos e sambas de terreiros. Os sambas líricos geralmente vieram assinados por Ivone com Delcio, casos dos belos e então inéditos Aprendi a sofrer, Espelho da vida (dos versos “O encanto que traz / O desejo de amar / São lições que aprendi vendo o mar”) e Nas sombras da vida. Os partidos altos, Com ele é assim e Andei para curimá, vieram assinados somente por Ivone com a destreza de quem se diplomara nas quadras em que se cultivavam ritmos ancestrais como o jongo. Já os sambas de terreiros eram de lavras de outros compositores conhecidos nas escolas e quadras dos morros cariocas, mas ignorados pelo público – como Ivone tinha sido até há poucos anos. Introduzido por citação instrumental do samba-enredo Exaltação a Tiradentes (Mano Décio da Viola, Penteado e Estanislau Silva), com o qual o Império Serrano desfilara no Carnaval de 1949, O Império tocou reunir era samba das lavras nobres de Mano Décio da Viola e Silas de Oliveira (1916 – 1972). Da ala da Portela, igualmente nobre, Ivone gravou o samba Chegou quem faltava (Nilson Gonçalves) com a participação de Alcides Dias Lopes (1909 – 1987), creditado no encarte do LP como Seu Alcides, “malandro histórico da Portela”, em alusão ao epíteto do bamba. O partideiro também se mostrou presente no disco (com mais destaque) na gravação de outro samba de linhagem portelense, Quando a maré (Antonio Caetano), cantado por Ivone em dueto com Alcides. Composição que gerou o título do álbum ao ter o nome reunido com o nome da música que abriu o LP, Samba minha raiz expressou a devoção de Ivone Lara à beleza do gênero que norteou a trajetória da artista com ideologia sintetizada nas 12 faixas desse disco lançado em maio de 1978. Ao mesmo tempo que reviu o passado de luta gloriosa, celebrando a pré-história nas quadras no majestoso samba Prazer da serrinha (Helio dos Santos e Rubens da Silva), Ivone Lara mirou o futuro nas parcerias inéditas como Delcio Carvalho. A de maior sucesso, Sonhou meu, seria lançada por Maria Bethânia no álbum Álibi no fim daquele glorioso ano de 1978, abrindo caminhos para a continuidade da carreira fonográfica de Ivone Lara com álbuns como Sorriso de criança (1979), Sorriso negro (1981), Alegria, minha gente (Serra dos meus sonhos dourados) (1982) e Ivone Lara (1985). A partir da segunda metade da década de 1980, a sambista foi escanteada pela indústria do disco. Contudo, dona do dom, Ivone Lara jamais perdeu o poder da criação, manifestada já nos anos 2000 em álbuns posteriores em que a compositora renovou o cancioneiro autoral, sobretudo os CDs Nasci para sonhar e cantar (2001) e Sempre a cantar (2004), com a força da imaginação criadora. Dona Ivone Lara cantou até sair de cena, aos 96 anos, deixando obra desbravadora que espalhou beleza e poesia com mistura bem dosada de melancolia e esperança.

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Emmy 2020: cerimônia da 72°edição da premiação será virtual

quinta-feira, 30 julho 2020 por Administrador

Evento acontece no dia 20 de setembro. Candidatos aos prêmios receberam carta da organização informando que tradicional festa em Los Angeles não será celebrada este ano. Séries indicadas ao Emmy 2020: 'Maravilhosa Sra. Maisel', 'Ozark', 'Watchmen' e 'Succession' Divulgação A 72° edição do Emmy, a mais importante premiação da TV americana, será totalmente virtual devido à pandemia de Covid-19. Os organizadores do evento, previsto para 20 de setembro, enviaram uma carta nesta quarta-feira (29) a todos os candidatos selecionados, cuja lista foi publicada na terça-feira (28), para informá-los que a festa em Los Angeles não será celebrada este ano. Emmy 2020: 'Watchmen' recebe 26 indicações e lidera; Veja lista Não é uma surpresa, levando-se em conta a atual crise sanitária, os organizadores do evento ainda não tinham tomado uma decisão a respeito. "Como provavelmente adivinharam, não vamos pedir-lhes para ir ao Microsoft Theatre, no centro de Los Angeles, em 20 de setembro. Este ano, será uma vez mais a maior noite da indústria televisiva… Mas nós iremos até vocês", explica a carta. "Estamos reunindo uma equipe de técnicos, produtores e autores de primeira ordem para (…) irem filmá-los em casa ou no lugar de sua escolha", diz a carta, assinada pela produção e o mestre de cerimônias, o humorista Jimmy Kimmel.

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Lollapalooza online começa nesta quinta com shows antigos de Paul McCartney e Imagine Dragons

quinta-feira, 30 julho 2020 por Administrador

LCD Soundsystem e Tove Lo também abrem programação de edição virtual, que vai até domingo (2). Festival segue confirmado no Brasil para dezembro. Público chega ao autódromo de Interlagos para o primeiro dia de Lollapalooza 2019 Fabio Tito/G1 A edição virtual do Lollapalooza começa nesta quinta (30) com transmissões dos shows de Paul McCartney, Alabama Shakes, Tove Lo e LCD Soundsystem em edições anteriores do festival. A apresentação do Imagine Dragons no Lollapalooza Brasil em 2018 também vai ser exibida. Além de shows antigos, o festival online vai contar com performances de H.E.R, Monsier Periné, Tom Morello e Yungblud no primeiro dia. As transmissões vão até domingo (2). Embora a edição americana tenha sido cancelada por conta do coronavírus, o evento no Brasil foi adiado para dezembro e segue confirmado. A transmissão vai ser feita pelo canal do festival no YouTube a partir das 19h. Veja os destaques do Lolla online por dia: Quinta (30): Shows antigos de Paul McCartney, Imagine Dragons, Alabama Shakes, Tove Lo e LCD Soundsystem; Sexta (31): Shows do Metallica, Kehlani, The Cure e Chance the Rapper; Sábado (1º): Shows de Lorde, Tyler, the Creator, NGHTMRE e Ellie Goulding; Domingo (2º): Shows de Portugal, the Man, Arcade Fire, Khalid e The Weeknd. A programação completa das apresentações está disponível no site do Lollapalooza. Shows só em 2022 para cofundador Marc Geiger, um dos fundadores do Lollapalooza, falou sobre a volta dos shows ao vivo, em entrevista ao podcast do jornalista e crítico musical Bob Lefsetz. "Em minha humilde opinião, vai ser em 2022", afirma o empresário. "Meu instinto é que vai demorar um pouco, porque os eventos de grande porte, esportes, shows, festivais, não vão se sair muito bem enquanto o vírus estiver presente", continua. "Eu sei que é frustante e economicamente devastador, mas é algo que é maior que nós", explicou. "Se você estudar história, você vai ver que isso já aconteceu e foi super disruptivo para a sociedade da época". LEIA MAIS: veja lista de shows, festivais e estreias de filmes cancelados por causa da pandemia Como o medo do coronavírus está alterando rota do pop

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Andrea Beltrão fala sobre interpretar Hebe Camargo: ‘Foi um desespero, não foi nada fácil’

quinta-feira, 30 julho 2020 por Administrador

Atriz comenta desafios de construir a sua versão da apresentadora. Série estreia na Globo nesta quinta (30). Andrea Beltrão encarou o desafio duplo de interpretar Hebe Camargo na série "Hebe" e no filme "Hebe: A Estrela do Brasil". A atriz fala com muito carinho sobre o papel e sobre a apresentadora, mas entrega a insegurança. "Foi um desespero, não foi nada fácil. É uma pessoa muito famosa, talvez a maior apresentadora do Brasil, uma comunicadora imensa", diz Andrea em entrevista por videoconferência com jornalistas. A série com 10 capítulos estreia nesta quinta (30) na Globo. Além da magnitude da apresentadora, coisas técnicas como fazer o sotaque paulista da Hebe e gesticular durante a fala foram pontos de dificuldade que a atriz carioca encontrou. 'Hebe' estreia na Globo com lado humano da apresentadora que encantou o Brasil Ela diz que a ajuda de Marco Ricca, que interpreta Lélio, marido de Hebe, foi importante no sotaque: "Ele me deu uma retaguarda, me deu muita segurança na composição de uma paulista como ela era". Assista ao trailer. Assista ao trailer da série 'Hebe' Para Valentina Herszage, que interpreta Hebe na juventude, além do sotaque, a risada da Hebe foi um desafio. "Para mim, a gargalhada era impossível. Eu achava que os jovens não riam pra fora, só adulto ri desse jeito", lembra a atriz. "Uma das coisas mais desafiadoras e animadoras é fazer uma personagem com tanto texto, com tanta fala e tudo tão bem escrito", continua. "Eu e Andrea líamos poemas juntas para gente tentar se escutar e trazer um pouco da musicalidade [dela]". Ângelo Antônio interpretou o pai de Hebe Camargo (Valentina Herszage) durante a juventude da apresentadora na série 'Hebe' Divulgação Uma mulher do diálogo Hebe Camargo foi uma figura da televisão brasileira cheia de personalidade. Era mulher, artista e tentava ser independente quando a sociedade não era tão aberta a esse tipo de postura nas décadas passadas. Ela foi criticada várias vezes por posições políticas e declarações a jornais e revistas, mas tanto Andrea quanto Valentina destacam sua coragem. "Eu me apaixonei muito radicalmente por ela. Pela coragem de ser quem era ela, com todos os limites, com as dificuldades, com as inseguranças, falando muitas besteiras, errando muito, mas também não tendo vergonha de errar", diz Andrea. "Uma mulher que teve uma infância dificílima, muito, muito pobre, que foi arrego de família durante muitos anos. Uma mulher que quis se casar, fez um aborto, sofreu, foi abandonada pelo cara que ela gostava, sempre foi super assediada, era tratada muitas vezes como uma mulher qualquer, uma mulher fácil", enumera a atriz. Andrea Beltrão na série 'Hebe' Divulgação O jeito de se impor que já aparece na juventude de Hebe e fez com que Valentina refletisse sobre a sua própria vida: "Ela tinha uma personalidade tão única e uma força de defender o que ela acredita que me emocionava muito", diz. "Até pensei: 'Nossa, talvez isso seja algo que eu tenha que trilhar na minha vida. Conseguir me colocar sem pedir essa permissão para existir, simplesmente existindo", completa. Para Maurício Farias, diretor artístico da série, falar sobre Hebe Camargo é falar sobre o diálogo. "Ela era uma pessoa agregadora, e tinha, de fato, uma coisa interessante que era: 'quero ter diálogo, quero usar o diálogo para aprender, para discutir, para evoluir, para servir de reflexão sobre o que eu falo e sobre o que os outros falam'", afirma o diretor. Como criar uma Hebe verossímil A busca da direção e das atrizes foi sempre criar uma representação da Hebe Camargo, uma versão deles da apresentadora, sempre fugindo de uma imitação caricata. "O personagem real é inimitável, então é melhor você se desprender dele. Isso libertou um pouco todos nós", diz Farias. "Seria uma perseguição injusta e impossível". Andrea Beltrão interpretou Hebe Camargo na fase adulta na série 'Hebe' Divulgação "A escolha das atrizes não passou pela semelhança física nem com a Hebe, nem entre nós duas. Isso também trouxe uma liberdade imensa de construção dessa Hebe", destaca Andrea. Marco Ricca que acompanhou o processo de Andrea de perto também falou sobre a imersão no universo da apresentadora: "A gente tinha uma imagem da Hebe, sempre com muita alegria, ela terminava [o programa] pra cima, e, de repente, a gente consegue enxergar uma vida muito dura, sofrida, carregou coisas nas costas". "Eu ouvia o Mauricio conversando com a Andreia onde estava esse limite. Ela sempre vinha com uma delicadeza em uma tentativa de não ultrapassar o limite, para não ficar pesado, ao mesmo tempo não ficar leviano para com a dor do personagem", lembra o ator. Danton Mello, Gabriel Braga Nunes, Ângelo Antônio e Flavio Migliaccio também estão no elenco da série. Andrea, inclusive, fez uma homenagem à Migliaccio, que interpretou o pai de Hebe na versão mais velha, e morreu em maio: "Quero dedicar também todo esse trabalho ao Flavio Migliaccio, que foi muitas vezes meu parceiro de trabalho, foi meu pai muitas vezes. Tive a honra, alegria, felicidade enorme de trabalhar com ele", afirmou a atriz. "Eu só queria dizer da saudade enorme que todos nós estamos sentindo dele. Uma pessoa que vai fazer muita falta pra gente, mas que deixou uma vida de trabalhos assinados da maneira que só ele sabia fazer". Walderez de Barros, Flavio Migliaccio e Gabriel Braga Nunes em cena da série 'Hebe' Divulgação

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TikTok ganha força no isolamento, cria astros e lança hits no Brasil

quinta-feira, 30 julho 2020 por Administrador

Galã, humor social, 'webcrentes'… Plataforma viu seu público e conteúdo se diversificarem durante a quarentena causada pelo coronavírus; relembre fenômenos tiktokers. Fãs fazem vídeos com desafios de dança e maquiagem ao som da música viral 'Na raba toma tapão' Reprodução / Tik Tok Antes visto com estranheza por adultos como "coisa da geração Z", o TikTok virou gerador de hits para todas as idades durante a quarentena causada pelo coronavírus. No Google, as buscas pela plataforma cresceram mais de 600% entre março e julho. O TikTok não revela números, mas admite que viu seu público e conteúdo se diversificarem durante o confinamento no Brasil. Uma diversidade que fica clara na lista de memes e tendências, nascidas na plataformas, ao longo do isolamento no Brasil. Mesmo quem não é usuário da rede social pode ter ouvido falar de… Mário Jr., o "galã" do TikTok O 'humor social' de Kaique Brito e Laura Giordana Os 'webcrentes' da rede social O hit 'Na raba toma tapão' O funk obscuro de 2008 que virou sucesso global Como estética dos 'desafios' no TikTok está mudando a forma de fazer música no Brasil Charme de comédia romântica 'Galã' do TikTok, viraliza fazendo charme à lá comédia romântica Mario Junior, o tiktoker @Izmaario, de 20 anos, virou celebridade na internet por causa dos vídeos em que reproduz o charme de um protagonista de comédia romântica americana. Seja convidando uma garota para o baile de formatura – em português – ou, nervoso, segurando flores antes de buscá-la em casa, Mario não tem medo de clichês. “Tem gente que fala que estou interpretando um personagem. Acho curioso. Só quem me conhece de verdade sabe que eu sou assim na vida real”, diz ele em entrevista ao G1. TikTok consciente Kaique Brito e Laura Giordana são estrelas do Tik Tok mais 'consciente' Acervo Pessoal Em meio a "trollagens" e dancinhas, alguns jovens subvertem a dinâmica na plataforma, criando vídeos bem humorados com temas sociais, como racismo, educação e feminismo. As publicações de Kaique Brito e Laura Giordana se espalharam em outras redes sociais por meio dos elogios de webcelebridades como Whindersson Nunes, Felipe Castanhari e Maísa Silva. Initial plugin text Ele é de Salvador, tem 14 anos e ficou famoso depois de gravar um vídeo de 17 segundos, editado no TikTok, em que ironiza um discurso sobre "racismo reverso". Já ela, de 18, mora em Volta Redonda (RJ) e publica dublagens e montagens brincando com assuntos como as falas polêmicas de Damares Alves, ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos. Pregações divertidas Veja vídeos que brincam com temas religiosos no TikTok Postado no TikTok pelo seminarista René Gomez, um vídeo que faz uma reinterpretação divertida da ressurreição de Cristo revelou à web o mundo de publicações cristãs, que têm conquistado mais seguidores na rede social. A vertente tem memes com humor cristão e usuários que mesclam o conteúdo religioso com outros nichos – casos da "gótica cristã" e da "otaku gospel", por exemplo. O padre Luiz Claudio Braga, que também usa a rede social para publicar vídeos divertidos, conta ao G1 que a Igreja Católica vê com receio algumas brincadeiras envolvendo a religião na internet. “É tênue a linha que divide o bom humor e a ridicularização. O que os padres pregam é que não haja uma ridicularização. A igreja zela pela imagem da instituição”, explica. Do desafio ao topo das paradas Os hits do Niack. O título pode assustar, os músicos são desconhecidos e a produção é simples. Nada disso impediu o funk "Na raba toma tapão" de surgir, de repente, entre as músicas mais ouvidas do Brasil. Na letra, o "tapão" é consensual, sem violência, segundo MC Niack e DJ Markim WF. Em vídeos de fãs, ele ganhou um sentido divertido e virou um "tapa no visual" em desafios de dança e de maquiagem no app TikTok. O sucesso na plataforma levou a música a concorrer com superproduções de Lady Gaga e Ariana Grande ("Rain on me") e Gusttavo Lima ("Saudade sua") nas listas de mais ouvidas do país. Depois dela, Niack já conseguiu emplacar "Oh Juliana", seu segundo hit no topo das paradas do país. Hit sem direito autoral Neymar faz dancinha no TikTok com remix de 'Sentadão', do Bonde das Tequileiras "Pode me dar sua sequência de pente, mas quero que aguente meu sentadão", canta Débora Tequileira. Ao ouvir os versos, um gringo que não faz ideia do que a letra significa levanta os braços e balança as pernas. Essa cena já se repetiu milhões de vezes no TikTok. É mais uma dancinha viral do aplicativo chinês de vídeos. Mas se as outras danças ajudaram a revelar jovens astros pop, essa esconde o nome dos autores atrás de um remix misterioso e revela falhas da plataforma nos direitos autorais. "Sentadão" foi lançada em 2008 pelas Tequileiras do Funk, grupo de São José dos Campos (SP). Doze anos depois, o funk obscuro foi parar no TikTok, com a voz das brasileiras e um remix electro assinado por um DJ desconhecido chamado Shun, intitulado "Bass da da da". O nome das Tequileiras não aparece nos vídeos e elas não ganharam um centavo por eles.

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Simpsons ‘previu’ nota de R$ 200 em episódio de 2014

quinta-feira, 30 julho 2020 por Administrador

Em série, diversas notas da nova cédula aparecem em cenas de tentativa de suborno a Homer. Simpsons 'previu' nota de R$ 200 em episódio de 2014 Reprodução/YouTube A série "Os Simpsons" "previu" a nota de R$ 200. A nova cédula foi aprovada pelo Conselho Monetário Nacional e anunciada pelo Banco Central nesta quarta-feira (29), mas a animação "adivinhou" a existência da nota seis anos atrás. Uma pasta lotada de cédulas de R$ 200 é exibida durante o 16º episódio da 25ª temporada da animação e foi ao ar em 2014. Em "You Don't Have to Live Like a Referee" ("Você Não Precisa Viver como um Árbitro"), Homer se torna árbitro da Copa do Mundo e passa por diversos testes de suborno durante viagem pelo Brasil. Em um desses testes, oferecem ao pai da família Simpsons uma pasta lotada de notas de R$ 200, mas Homer nega. As cédulas aparecem em vários outros momentos. No mesmo episódio, os roteiritas também "previram" a derrota do Brasil para a Alemanha após a lesão do seu maior craque. A nova cédula deverá entrar em circulação no final de agosto e terá estampado um lobo-guará. A imagem será divulgada somente no fim de agosto, quando começará a circular. O anúncio do lançamento da nova nota provocou vários memes nas redes sociais. Previsões de Simpsons Outros episódios de "Os Simpsons" viraram alvo de comentários e brincadeiras por mostrarem situações que depois aconteceram de verdade, como a eleição de Donald Trump. Outra cena foi comentada por "prever" a compra da Fox pela Disney. G1 em 1 Minuto: Banco Central anuncia que lançará cédula de R$ 200 em agosto

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McFly lança ‘Happiness’, primeiro single do novo álbum da banda

quinta-feira, 30 julho 2020 por Administrador

Tom, Danny, Dougie e Harry compuseram as músicas do novo trabalho, 'Young Dumb Thrills', no fim de 2019. A banda anunciou retorno em setembro, após mais de dois anos em pausa. McFly anuncia retorno aos palcos Reprodução/Instagram McFly lançou o single "Happiness" nesta quinta (30). A música é a primeira do novo álbum da banda britânica, que vai se chamar "Young Dumb Thrills". A banda formada por Tom Fletcher, Danny Jones, Dougie Poynter e Harry Judd voltou a se reunir no final de 2019, após dois anos e meio de dedicação dos integrantes a carreiras solo. Desde então, eles trabalharam juntos para compor as músicas do novo álbum e resgataram canções antigas, nunca utilizadas pela banda. Elas foram reempacotadas no álbum "The lost songs", lançado em novembro. Turnê no Brasil Mc Fly fará shows no Brasil em março de 2020 Reprodução/Instagram/McFly Com turnê inicialmente marcada para março, a banda reagendou sete shows no Brasil para setembro, com passagem por São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do Sul, entre 24 de setembro e 4 de outubro. Como os casos e mortes por Covid-19 continuam subindo no país, é provável que as datas sejam adiadas mais uma vez, mas a banda ainda não se pronunciou sobre os shows.

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Artista faz crítica sobre como a Covid-19 é tratada no Brasil em ensaio fotográfico

quinta-feira, 30 julho 2020 por Administrador

Gabriela Delcin Pires retratou mortes da doença em 'Lotes – Covid-19'. ‘Quando a vida é tratada como mercadoria, os nomes se transformam em números, os motivos se perdem.' Artista Gabriela Delcin Pires faz crítica sobre como a Covid-19 é tratada no Brasil em ensaio fotográfico Gabriela Delcin Pires Gabriela Delcin Pires fez uma crítica sobre como a Covid-19 é tratada no Brasil em um ensaio fotográfico, que gerou um forte vídeo com as imagens. "Quando a vida é tratada como mercadoria, os nomes se transformam em números, os motivos se perdem, a vida vira dados, vira estatística", escreveu a artista para descrever o ensaio intitulado "Lote – Covid-19". No projeto fotográfico, pessoas estão embaladas em papel plástico e etiquetadas com códigos de barra. Nas descrições, aparecem os motivos da morte ('médica', 'economia não podia parar', entre outros) e onde a pessoa pegou a doença ('trabalhando', 'festa de aniversário da mãe', etc.). Initial plugin text "A arte para mim é uma forma de lidar com aquilo que não sei lidar. Durante essa crise do COVID-19, surgiu a ideia desse ensaio, como uma crítica de como a Covid-19 vem sendo tratado no Brasil, e também uma forma de tentar mostrar através da arte a gravidade do problema para as pessoas", explica Gabriela em manifesto. "A morte da humanidade me assusta, não apenas pela morte da vida, pois a morte é consequência da vida e com isso a gente sabe como lidar, falo da morte da humanidade, aquilo que nos faz sentir e agir em comunidade, a humanidade que nos transforma em humanos", escreve Gabriela. Agora é assim? Como será o lazer e o entretenimento pós-pandemia?

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Bianca Andrade comenta internação para tratar amigdalite: ‘Não estava mais aguentando de dor’

quinta-feira, 30 julho 2020 por Administrador

Boca Rosa comentou em vídeos que problema é recorrente, mas diz que está bem. Digital influencer e ex-BBB está no hospital desde segunda (27). Ex-BBB Bianca Andrade, a Boca Rosa, fala sobre internação para tratar de amigdalite Reprodução/Instagram/BocaRosa A digital influencer e ex-BBB Bianca Andrade, a Boca Rosa, está internada em São Paulo desde segunda (27) para tratar de uma amigdalite e fez uma série de vídeos para explicar a situação para os fãs. "Estou bem, dentro da medida do possível. Hoje, inclusive, estou muito melhor. Estou internada, sim, desde segunda-feira", explicou a ex-BBB no Instagram nesta quarta (29). "Quando fiz aqueles stories para vocês na segunda foi meu último suspiro assim e, em seguida, piorou muito, fechou minha garganta e eu fui para o hospital. Eu fui para tomar alguma coisa na veia, porque não estava mais aguentando de dor. Fui internada por ter esse histórico de repetição e tudo mais", continuou. Boca Rosa disse ainda que vai ficar mais uns dias no hospital para investigar o quadro recorrente de amigdalite: "Só saio daqui quando descobrir exatamente". E depois do 'BBB20'? Planos de participantes incluem filho, série e carreira musical Os planos do top 5 do 'BBB20' para depois do programa

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Pronampe: governo diz que espera disponibilizar mais R$ 12 bi para pequenas empresas até dia 15

quinta-feira, 30 julho 2020 por Administrador

Acesso será por meio do Programa de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), criado devido à pandemia. Primeira parcela do Pronampe, de R$ 18,7 bi, se esgotou. O Ministério da Economia informou nesta quarta-feira (29) que espera disponibilizar mais R$ 12 bilhões em crédito por meio do Programa de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) até 15 de agosto.
A informação foi dada pela subsecretária de Desenvolvimento de Micro e Pequenas Empresas, Empreendedorismo e Artesanato da pasta, Antônia Tallarida. O programa foi criado em razão dos efeitos da pandemia do coronavírus na economia.
Segundo a secretária, a primeira parcela de recursos disponibilizados por meio do programa, de R$ 18,7 bilhões, se esgotou em pouco mais de um mês.
Por conta disso, o Congresso Nacional autorizou, mediante mudanças na Medida Provisória 944, uma nova parcela, de R$ 12 bilhões, ao Pronampe.
Depois de meses de espera, crédito começa a chegar a micro e pequenos empresários
Remanejamento de recursos
Esses recursos foram remanejados de outro programa de crédito do governo, o Programa Emergencial de Suporte a Empregos (PESE), que contou com pouca adesão. No período em que esteve vigente, foram emprestados R$ 4,52 bilhões por meio dessa linha de crédito, de uma previsão inicial de R$ 40 bilhões – sendo R$ 36 bilhões custeados pelo governo federal.
Apesar do aumento do crédito bancário no primeiro semestre de 2020, com a maior alta em 13 anos, as pequenas e médias empresas ainda reclamam da escassez de empréstimos.
De acordo com o diretor-executivo da Associação Nacional dos Executivos de Finanças Administração e Contabilidade (Anefac), Miguel José Ribeiro de Oliveira, as grandes empresas continuam tendo acesso fácil ao crédito, mas as pequenas ainda estão com muita dificuldade".
Demanda não atendida
Por conta disso, segundo Antônia Tallarida, a expectativa é que a nova parcela de R$ 12 bilhões se esgote também rapidamente.
"Há uma demanda ainda não atendida pelo Pronampe. Tem gente em lista de espera. Há instituições financeiras que ainda não entraram, mas que vão entrar. Vamos ampliar a distribuição para atender à essa demanda que não foi atendida", disse.
Ela acrescentou, porém, que é importante é pensar que o Pronampe não é "bala de prata" mas que, em conjunto com outros programas, como a MP 975 – que deve liberar mais R$ 60 bilhões em empréstimos para as empresas de pequeno porte -, além do programa de suspensão de contratos de trabalho, as medida sejam suficientes.
"Ele [Pronampe] foi muito bem sucedido em fazer o crédito chegar na ponta. Conseguimos encontrar os incentivos corretos para 'desempoçar' os recursos que estavam no sistema financeiro, mas a gente ainda tem a MP 975 e o programa de suspensão de contratos de trabalho", concluiu a subsecretária.

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