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Consumo aquecido faz criadores de porcos de MG receberem o maior valor da história

segunda-feira, 27 julho 2020 por Administrador

Produtores estão ganhando cerca de R$ 7 por quilo, o que vem animando o setor. Consumo aquecido faz criadores de porcos de MG receberem o maior valor da história
As exportações e o consumo interno de carne de porco estão aquecidos, e os produtores de Minas Gerais estão animados com o mercado.
Assista a todos os vídeos do Globo Rural
Na região, os criadores estão recebendo cerca de R$ 7 por quilo do animal vivo, o maior valor já recebido no estado na história.
O aumento nas exportações e a maior procura pelo consumidor brasileiro pela carne suína explicam o aumento histórico nesse setor.
Saiba mais na reportagem completa no vídeo acima.

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Agricultores de SP acham saída criativa para não perder produção de caqui

segunda-feira, 27 julho 2020 por Administrador

Por causa da pandemia, produtores perderam muitos negócios e precisaram recorrer a desidratação da fruta para conseguir mais tempo de comercialização. Agricultores de SP acham saída criativa para não perder produção de caqui
Uma família de agricultores que teve dificuldades para vender a produção durante a pandemia do novo coronavírus encontrou uma saída criativa para não perder os alimentos: a desidratação.
Saiba como montar um desidratador de alimentos
O produtor rural José Antônio Bueno produz caqui fuyu em 300 pés localizados em São Bento do Sapucaí, no interior de São Paulo.
Só que a crise econômica causada pela pandemia atrapalhou a venda do caqui in natura, deixando as plantas carregadas com as frutas, algumas até estragando.
“Eu comecei a colheita e começou a crise do coronavírus, aí ninguém quer, ninguém pega mais caqui”, conta José Antônio.
A situação criou um problema: o que fazer com 20 toneladas de caqui? “Aí tivemos a ideia de processar uma quantidade maior de frutos, para conservar e poder comercializar por mais tempo”, explica Silvana Salles Bueno, também da família.
A ideia foi fazer a desidratação do caqui fatiado, em uma desidratação forçada em uma secadora de frutas, mas a família não tinha uma. Nisso, conseguiram fazer uma parceria com quem tinha, o agricultor José da Silva Pedro e deu certo.
“É um excelente trabalho que a gente pode fazer para agregar valor ao caqui que poderia estar perdendo lá na plantação”, conta José.
Como funciona
O chamado caqui chips é feito assim: primeiro, os frutos são lavados com água sanitária. Depois, é retirado o cálice e o pedúnculo. Em seguida, o caqui é fatiado.
As rodelas de, mais ou menos, 6 milímetros de espessura são colocadas, sem a semente, em bandejas e seguem para o secador, uma máquina, que lembra um forno industrial. Ela pode ser elétrica ou a gás e serve para desidratar frutas. O caqui fica 2 dias numa temperatura de 45ºC.
Antes de chegar ao consumidor final, o produto é embalado à vácuo. Um pacotinho com 50 gramas custa R$ 6 e fica com aspecto alaranjado forte e o sabor é muito bom.
“O processo de desidratação mantém as propriedades nutricionais das frutas. A gente consegue encontrar até três vezes mais nutrientes na fruta seca em relação a fruta fresca”, explica a nutricionista Bruna Guimarães Leite.
O produto não evitou o prejuízo da família Bueno, mas ajudou a reduzir, segundo José Antônio.
“A gente tem que usar a criatividade. Não falam que o brasileiro tem muita criatividade? A gente tem que botar a cabeça para funcionar”, diz Silvana.

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Saiba como montar um desidratador de alimentos

segunda-feira, 27 julho 2020 por Administrador

Técnica tem sido usada por agricultores que estavam com muito produto disponível e poucas vendas. Publicação da Embrapa dá as dicas. Saiba como montar um desidratador de alimentos
O Globo Rural mostrou uma alternativa encontrada por produtores de caqui para não perder os frutos que estavam em ponto de colheita: a desidratação. Mas essa forma de se aproveitar os alimentos serve para várias outras frutas e legumes, e é possível fazer um secador em casa.
A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) tem uma cartilha sobre o tema.
Para baixar o material, clique aqui.
A publicação “Construa você mesmo um desidratador de alimentos” tem um passo a passo para montar o equipamento e como preparar os produtos.

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Exportações de soja no Paraná crescem quase 60% na última safra

segunda-feira, 27 julho 2020 por Administrador

Demanda da China foi um dos principais fatores para o aumento. Exportações de soja no Paraná crescem quase 60% na última safra
O Paraná nunca exportou tanta soja como na última safra, o aumento foi de quase 60%. De janeiro a junho deste ano, o estado exportou 9,2 milhões de toneladas do grão, segundo a administração dos portos.
Assista a todos os vídeos do Globo Rural
A China foi o principal destino dos embarques, o país representa 90% do que se exporta de soja no país, é o principal mercado mundial e está em um momento de retomada da criação de porcos, que foi afetada pela peste suína africana.
Segundo analistas, com necessidade de ração, os chineses aumentaram a procura pelo grão brasileiro.
Saiba mais na reportagem completa no vídeo acima.

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Preço da soja no Rio Grande do Sul dispara com queda na produção do estado

segunda-feira, 27 julho 2020 por Administrador

Valor da saca chegou a R$ 118 esta semana, 40% acima do mesmo período de 2019. Preço da soja dispara com queda na produção
O preço da saca de soja no Rio Grande do Sul alcançou R$ 118 esta semana, 40% acima do mesmo período do ano passado.
A disparada de preços foi provocada por uma grande queda na produção, em decorrência da elevação do dólar e da estiagem.
Assista a todos os vídeos do Globo Rural
Porém, a de preços alta não tem compensado as perdas no campo.
"Os clientes falam que gostariam de ter o volume do ano passado e o preço do ano passado, do que ter o volume desse ano e o preço desse ano, porque por mais que o preço seja bastante atrativo, a quebra é muito grande e o grão está muito pouco hoje pra ser comercializado", diz o corretor de grãos Gean Kuhn.

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Produção de girassol recua, mas preço compensa agricultores de Goiás

segunda-feira, 27 julho 2020 por Administrador

País deve colher cerca de 75 mil toneladas de semente neste ano, 28% a menos do que em 2019. Mas saca é vendida por R$ 72. Produção de girassol recua, mas preço compensa agricultores de Goiás
A produção de girassol está menor este ano, mas agricultores estão sendo compensados pela alta dos preços.
De acordo com a Conab, o país deve colher cerca de 75 mil toneladas de semente de girassol neste ano, 28% a menos do que em 2019.
Assista a todos os vídeos do Globo Rural
Por outro lado, quem está comercializando o girassol nesta época, tem recebido mais pela saca: R$ 72. Um dos motivos para a alta de preços foi o atraso na colheita de soja este ano, que postergou, por sua vez, o cultivo de girassol. O plantio deveria ter acontecido na primeira quinzena de março, mas se estendeu até abril.

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Agricultores recorrem ao aluguel de abelhas por aplicativo para conseguir mais produtividade; veja como funciona

segunda-feira, 27 julho 2020 por Administrador

Insetos são grandes polinizadores e ajudam na reprodução das plantas. Serviço ainda está começando no Brasil, mas a prática já é famosa em outras partes do mundo. Agricultores recorrem ao aluguel de abelhas por aplicativo para conseguir mais produtivida
Você sabia que tem produtores rurais que alugam abelhas? Agricultores do mundo inteiro pagam para ter colmeias no período da florada, e o motivo é que esses insetos são os principais polinizadores da natureza. Isso ajuda na reprodução das plantas e melhora a produtividade.
No Brasil, esse serviço ainda tem muito para crescer. Um aplicativo criado em São Paulo quer promover o encontro entre que tem colmeias e quem produz alimentos.
Assista a todos os vídeos do Globo Rural
O apicultor Marcelo Ribeiro, conhecido como Batata, trabalha com abelhas há 20 anos. Começou produzindo própolis, uma resina que é retirada de árvores pelos insetos, em Jacuí, no sul de Minas Gerais.
Batata começou criando a Apis mellifera, uma espécie africanizada, daquelas que têm ferrões que machucam bastante.
“Quando eu comecei a mexer com abelha, todo mundo me chamava de doido. Aí aí eu fui crescendo e, hoje, já pensam diferente”, diz.
Depois, partiu para espécies nativas do Brasil, que são aquelas sem ferrões, mas esse tipo não deu tão certo para os negócios do criador.
“Não consegui um mercado pra vender as própolis dela, andei desanimado. Cheguei ao ponto de querer vender porque tava me dando só dor de cabeça e gasto”, lembra Batata.
Mas, em vez de vender, o criador resolveu alugar as colmeias.
O aplicativo
Batata descobriu uma empresa que atua como ponte entre quem tem abelhas e quem precisa de polinizadores na lavoura. Tudo começa pelo celular, por meio de um aplicativo, em um modelo parecido com os apps de entrega de comida.
Lá, os criadores dizem onde é que eles estão, que tipo de abelhas têm e a quantidade. Tudo é feito pela internet. Já os agricultores precisam também colocar a localização da fazenda e para qual cultura buscam ajuda.
Quem fecha contrato de aluguel precisa de autorização ambiental para criar e transportar as abelhas. E os fazendeiros têm que ter uma licença para receber os insetos.
Para ajudar no intermédio, a empresa dona do aplicativo fica com uma participação de 30% a 50% do valor pago pelo produtor rural, e o restante fica para o criador de abelhas.
E foi assim que Batata começou a fazer dinheiro com as espécies nativas do Brasil. Ele já conseguiu alugar mais de 200 caixas, sendo algumas delas usadas na produção do café arábica.
A empresa desenvolvedora do app fica em Ribeirão Preto e foi criada com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). O aluguel não é bem uma novidade, mas é um serviço que tem muito para crescer.
“Hoje é praticamente irrisório o que se poliniza de café, soja e laranja. A ideia é que o fazendeiro entenda que, quando ele integra a abelha como se fosse um insumo agrícola, ele aumenta a produtividade”, explica Carlos Reder, sócio da empresa.
Na prática
O pé de café arábica por si só já consegue fazer a própria fecundação, mas as abelhas ajudam a acelerar o processo e a aumentar a produtividade da lavoura. Pesquisas apontam para um crescimento de até 30%.
Isso porque, com a ajuda do inseto, também ocorre a polinização cruzada, ou seja, de uma flor de um pé com a de outro.
A produtora de café Graziela de Castro, de Altinópolis, no interior de São Paulo, decidiu alugar as abelhas para testar. Os insetos ficaram por cerca de 20 dias em setembro do ano passado, bem no auge da florada da cultura.
Na fase de testes, as pequenas trabalhadoras foram colocadas em uma área de 4 hectares. “Porque eu tenho que comprovar que valeu a pena financeiramente. Tudo é lindo, romântico, mas tem que fechar a conta”, explica Graziela, que investiu R$ 2 mil.
Seis meses depois, aparentemente, não havia muita diferença entre as plantas que contaram com a ajuda das abelhas e as que não.
A quantidade dos grãos só poderá ser avaliada no fim da colheita. Porém, a qualidade dos grãos e da bebida pode ter melhorado, já que as abelhas conseguem deixar o produto mais doce. E é com essa expectativa que a Graziela já pensa em repetir a experiência na próxima florada.
“Eu estou bem feliz, já estou colhendo frutos com relação a isso, de ter pessoas interessadas em café polinizado por abelhas.”
Mercado bilionário
Insetos polinizadores e outros animais maiores, como aves e morcegos, prestam um serviço lucrativo para o campo. É como se eles produzissem sozinhos cerca de R$ 60 bilhões por ano.
As abelhas contribuem para cerca de um terço da produção agrícola mundial. Por isso é tão importante preservar esses “trabalhadores informais” do produtor.
Especialmente as abelhas, que sofrem muito com a aplicação errada de agrotóxicos, com algumas espécies correndo riscos de extinção.
O bom trabalho das abelhas é reconhecido nos Estados Unidos, onde cerca de 2 milhões de colmeias são transportadas todo ano para as plantações de amêndoas do país.
Nos EUA, 70% dos apicultores são especialistas nesse tipo de aluguel. No Brasil, o número é bem menor: menos de 10%.
A pandemia pode ter atrasado alguns negócios, mas o aluguel de abelhas continua mesmo assim. Em agosto, a empresa já tem contrato fechado para polinizar 300 hectares de café em São Paulo e Minas Gerais. A meta para 2020 é chegar aos 1 mil hectares.

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Veja as vagas de emprego do Sine Macapá para 27 de julho; inscrições são pela web

segunda-feira, 27 julho 2020 por Administrador

Há oportunidades para funções como assistente de RH, cozinheiro (a), operador de empilhadeira, babá, eletricista, mecânico, vidraceiro e outros. Serralheiro é uma das funções com vagas oferecidas pelo Sine para segunda-feira (26) Prefeitura de Jundiaí/Divulgação O Sistema Nacional de Emprego no Amapá (Sine-AP) oferta vagas de emprego em Macapá para segunda-feira (27). O atendimento ao público está suspenso na sede do órgão e os candidatos interessados devem encaminhar e-mail com currículo anexado. As inscrições e cadastros devem ser feitos pela internet, no e-mail sinetrabalhador@sete.ap.gov.br. As vagas estão disponíveis apenas para o dia divulgado. O atendimento do Sine por e-mail já era feito para as empresas que ofertam as vagas e agora o órgão estendeu para os interessados em enviar currículos. A alternativa, que visa compensar o tempo em que o Sine ficou fechado, deve durar até o fim do decreto de isolamento. Veja as vagas disponíveis de acordo com as solicitações das empresas, para segunda-feira: Assistente de RH Babá Costureira Cozinheiro (a) Eletricista automotivo Mecânico florestal Montador de móveis Operador de transpalete Promotor de vendas Representante comercial autônomo Serralheiro Pedreiro Técnico em refrigeração automotiva Técnico instrutor pleno Vendedor Externo Vidraceiro Veja o plantão de últimas notícias do G1 Amapá

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Veja concursos e seleções com editais publicados na PB de 26 de julho a 2 de agosto

segunda-feira, 27 julho 2020 por Administrador

Sete editais com inscrições abertas oferecem pelo menos 506 vagas. Divulgação Pelo menos 506 vagas são oferecidas em sete editais de concursos e seleções publicados na Paraíba, nesta semana de 26 de julho a 2 de agosto. Concurso da prefeitura de Cachoeira dos Índios Vagas: 80 Nível: fundamental, médio e superior Salários: a partir de R$ 1.045 até R$ 2,7 mil Prazo de inscrição: de segunda-feira (27) até o dia 11 setembro Local de inscrição: site da organizadora Taxas de inscrição: R$ 40 (fundamental), R$ 50 (médio) e R$ 80 (superior) Provas: 18 de outubro Edital do concurso da prefeitura de Cachoeira dos Índios Concurso da prefeitura de Mogeiro Vagas: 72 Nível: fundamental, médio e superior Salários: a partir de R$ 1.045 até R$ 6,9 mil Prazo de inscrição: até 7 de agosto Local de inscrição: site da organizadora, Facet concursos Taxas de inscrição: R$ 75 (fundamental), R$ 85 (médio) e R$ 115 (superior) Provas: 13 de setembro Edital do concurso da prefeitura de Mogeiro Concurso para Guarda Municipal de Pitimbu Vagas: 10 (sendo 5 para cadastro de reserva) Nível: médio Salários: R$ 1.045 Prazo de inscrição: até 9 de agosto Local de inscrição: site da organizadora, Idib Taxas de inscrição: R$ 100 Provas: 20 de setembro de 2020 Edital do concurso para Guarda Civil de Pitimbu Concurso para Prefeitura de Pitimbu Vagas: 305 para contratação imediata e 305 para cadastro de reserva Nível: fundamental, médio e superior Salários: variam de R$ 1.045 a R$ 2.892,67 Prazo de inscrição: até 9 de agosto Local de inscrição: site da organizadora, Idib Taxas de inscrição: entre R$ 70 e R$ 130 Provas: 27 de setembro de 2020 Edital do concurso para Prefeitura de Pitimbu Concurso do Conselho Regional de Serviço Social Vagas: 5 Níveis: médio e superior Salários: R$ 1.812,47 a 4.386,24 Prazo de inscrição: até 10 de agosto Local de inscrição: site da organizadora Taxas de inscrição: R$ 39 para nível médio e R$ 44 para nível superior Provas: 4 de outubro Edital do concurso do Conselho Regional de Serviço Social Concurso da prefeitura de Matureia Vagas: 34 Nível: fundamental, médio, técnico e superior Salários: de R$ 1.045 até R$ 8 mil Prazo de inscrição: até 14 de agosto Local de inscrição: site da organizadora, Facet concursos Taxas de inscrição: R$ 65 (fundamental), R$ 85 (médio) e R$ 105 (superior) Provas: 20 de setembro Edital do concurso da prefeitura de Matureia

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Nascida há mais de 500 anos, ideia de renda básica para todos ganha força na pandemia

segunda-feira, 27 julho 2020 por Administrador

Conheça a história do conceito que divide opiniões há séculos e tem ganhado força em meio à pandemia. Pessoas fazem fila para coletar auxílio emergencial em meio à pandemia de coronavírus Marcos Serra Lima/G1 "Os ladrões são condenados a um suplício cruel e atroz, quando seria preferível assegurar a subsistência de cada um, de maneira a que ninguém se encontrasse diante da necessidade de roubar para ser, em seguida, executado." Assim o viajante português Rafael Hitlodeu defende, no início da obra Utopia, escrita pelo filósofo e estadista britânico Thomas More (1478-1535), a distribuição de meios básicos de subsistência à população para impedir que cidadãos precisem roubar para sobreviver. O diálogo acontece entre o personagem ficcional Hitlodeu e a versão literária do próprio autor, no início do livro publicado em 1516. Nele, através dos relatos do viajante, o escritor descreve a ilha de Utopia, uma sociedade supostamente ideal por meio da qual More satiriza a realidade política e social da Inglaterra de seu tempo. Foi esse livro que o ex-senador, hoje vereador Eduardo Suplicy (PT-SP) enviou ao presidente Jair Bolsonaro no início do mês de julho, com a recomendação no Twitter de que "melhor do que distribuir armas será assegurar a Renda Básica de Cidadania para todas as pessoas". A obra foi tão influente que chegou a inaugurar um gênero literário, caracterizado pela criação de sociedades ficcionais utópicas ou, seu contrário, distópicas. Entre filósofos e economistas, é também visto como ponto de partida para a ideia da renda básica, que volta a ser discutida em meio à pandemia do coronavírus, responsável por milhões de desempregados em todo o mundo. O trecho da obra teria inspirado o humanista e amigo de More, Juan Luis Vives, a escrever em 1526 o relatório De Subventione Pauperum (sobre a ajuda aos pobres), no qual propunha à prefeitura de Bruges, na Bélgica, criar uma lei que garantisse a todos os cidadãos um auxílio independente dos lucros individuais do trabalho. "Mesmo aqueles que dissiparam suas fortunas em um modo de vida dissoluto — por meio de jogos, prostitutas, luxos excessivos, gula e apostas — devem receber alimentação, pois ninguém deveria morrer de fome", escreve. Vives, um dos primeiros a defender a renda básica, sugeria que ela se baseasse nas condições de trabalho de cada um, combinando ao auxílio a busca por um emprego ou o aprendizado de uma profissão que permitisse aos necessitados ganhar o próprio pão. Embora a proposta do autor não tenha sido implantada em Bruges, a discussão persistiu, sendo mais tarde abraçada por figuras como o filósofo Condorcet (1743-1794), o político Thomas Paine (1737-1809) e o filósofo e matemático Bertrand Russell (1872-1970). A renda básica através dos séculos Abrigado na casa de uma amiga enquanto fugia da perseguição em plena Revolução Francesa, o Marquês de Condorcet escreveu, em 1793, Ensaio de um Quadro Histórico do Progresso do Espírito Humano, um de seus trabalhos mais famosos. No último capítulo, o autor defende a distribuição de uma renda fixa para as famílias pobres cujos pais cheguem à velhice sem meios de continuar trabalhando para sustentá-las. A ideia precederia a seguridade social, "garantindo àqueles que chegam à velhice um seguro produzido por suas economias e aumentado pelas de indivíduos que, ao fazer o mesmo sacrifício, morrem antes do momento de colher seus frutos". Amigo de Condorcet e também perseguido durante a Revolução Francesa, o filósofo americano Thomas Paine, um dos fundadores dos Estados Unidos, publicou em 1797 o panfleto Justiça Agrária, ainda em solo francês. No texto, Paine propunha "um fundo nacional, pago a todas as pessoas ao chegarem aos 22 anos, no valor de 15 libras esterlinas" e "dez libras por ano por toda a vida para todos que passarem dos 50, para permitir que vivam a velhice sem miséria, e deixem o mundo de forma decente". Esse valor seria conseguido por meio de uma taxa paga por proprietários de terras sobre sua herança e chegaria a todos, ricos ou pobres, pois, segundo Paine, esta não era caridade, e sim uma restituição pelo uso da terra, que deveria ser coletivo. Mais de um século depois, em 1918, seria a vez do filósofo Bertrand Russell sugerir, no livro Caminhos da liberdade, um futuro em que "uma pequena renda, suficiente para as necessidades, deve ser garantida para todos, trabalhem ou não, e uma renda maior, determinada pela quantidade de mercadorias produzidas, deve ser dada aos que estão dispostos a se engajar em algum trabalho considerado útil pela comunidade". Entre os vários defensores de um modelo de renda básica ao longo do século 20, o economista americano Milton Friedman foi um dos mais proeminentes. Adepto da economia liberal, Friedman sugeria a criação de um imposto de renda negativo, em que aqueles com rendimentos mais baixos receberiam pagamentos do governo em complemento à sua renda. Thomas Paine propunha 'um fundo nacional, pago a todas as pessoas ao chegarem aos 22 anos, no valor de 15 libras esterlinas' Getty Images/BBC "Esse sistema garantiria uma renda mínima para todas as pessoas em necessidade, causando o mínimo dano possível ao seu caráter, sua independência ou aos seus incentivos para melhorar suas condições", escreve no livro Livre para Escolher. Um grupo de estudiosos e pesquisadores criou em 1986 a Rede Europeia de Renda Básica, hoje de escopo mundial e que se dedica ao estudo e ensino de questões ligadas à renda básica. Entre seus fundadores, o filósofo e economista belga Philippe Van Parijs é atualmente considerado um dos principais defensores da ideia no mundo. A partir da década de 1990, com o avanço da automatização e a substituição de trabalhadores por robôs, alguns estudiosos passaram a defender a renda básica como forma de compensar a mudança no mercado de trabalho. A ideia também foi recentemente defendida por figuras famosas, como o economista Thomas Piketty e o empreendedor bilionário Elon Musk. "Hoje em dia, as perspectivas de criação massiva de empregos são acompanhadas de precariedade", afirma Tatiana Roque, professora do Instituto de Matemática da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e vice-presidente da Rede Brasileira de Renda Básica, que reúne estudiosos com o objetivo de educar a população sobre o tema. "Esse fenômeno da precarização do trabalho, que decorre em grande parte da automação, faz com que se pense em uma forma de proteção social que não dependa do emprego." Experiências pelo mundo "A proposta da renda básica está tendo no mundo experiências formidáveis", afirma o ex-senador Eduardo Suplicy, que há 30 anos luta pela implantação do sistema no Brasil. Em entrevista à BBC, ele conta que visitou projetos em países como Quênia, Namíbia e o Estado do Alasca, nos EUA. "Também há experiências na Finlândia, na província de Ontário, no Canadá, em Barcelona, onde o debate está muito forte, na França, na Índia, na Coreia do Sul". O Alasca é um dos lugares onde a renda básica existe há mais tempo e em maior escala — desde 1982, seus mais de 700 mil habitantes recebem um valor anual, que varia de acordo com os rendimentos dos royalties do petróleo. Em 2019, foram US$ 1.609 por pessoa. "Em 1980, o Alasca era o mais desigual dos 50 Estados norte-americanos. Atualmente, ele e o Utah são os dois Estados mais igualitários dos EUA, e hoje significa suicídio político para qualquer liderança propor o fim desse sistema", declara Suplicy. Um outro experimento recente com a renda básica, realizado na Finlândia entre 2017 e 2018, teve resultados ambíguos. Embora os dois mil finlandeses desempregados que receberam um auxílio mensal de 560 euros tenham apresentado queda nos níveis de estresse e insegurança, a pesquisa apontou pouca diferença na perspectiva de emprego em comparação com aqueles que não passaram pela experiência. No Brasil, o município de Maricá, no Rio, começou a implementar no final de 2019 um projeto de renda básica a nível municipal. Desde dezembro de 2019, 42,5 mil pessoas com renda familiar de até três salários mínimos passaram a receber um benefício mensal. O valor é pago em mumbucas, moeda social criada em 2014 para estimular a economia local. "Durante a pandemia, a cidade aumentou o benefício de R$ 130 para R$ 300 e implementou medidas como empréstimo para empresas, pagamento de salários a funcionários de empresas pequenas e distribuição de cestas básicas", conta o economista e professor da Universidade Federal Fluminense (UFF) Fabio Waltenberg, que coordena um projeto de pesquisa na cidade. Seu imenso litoral, com extensão de 46 km, garante a Maricá o posto de cidade brasileira que mais recebe recursos com a exploração do petróleo, o que permite a realização do experimento. "Eles tiveram uma resposta rápida à pandemia porque são um município muito rico e já tinham uma estrutura montada. A prefeitura tomou a decisão de ampliar o benefício e na semana seguinte já estava na conta de todos." A ideia é que até 2022 todos os 161 mil habitantes de Maricá, sem distinção, estejam recebendo o benefício. A pandemia e o caso brasileiro Aprovada e sancionada desde 2004, a lei da renda básica da cidadania, proposta por Suplicy, nunca chegou a ser implementada no Brasil. Segundo o documento, brasileiros e estrangeiros que vivem no país há pelo menos cinco anos devem ter direito a um benefício suficiente para atender despesas básicas com alimentação, educação e saúde. Em todo o mundo, apesar das várias experiências, nenhum país chegou a adotar a política a nível nacional. Para Tatiana Roque, os principais pontos de resistência à ideia estão vinculados à questão do trabalho e à taxação necessária para que ela seja implementada. "Muita gente acha que os direitos sociais devem ser vinculados ao emprego ou isso desestimularia o trabalho. A outra resistência é financeira, embora esteja cada vez mais claro que a saída é tributar os mais ricos, para que haja uma redistribuição de renda." Com a pandemia e os auxílios financeiros instituídos em boa parte do mundo, o debate sobre a renda básica se ampliou. No Brasil, a questão vem sendo discutida por economistas e políticos, com propostas que variam desde a continuidade do auxílio emergencial até planos mais amplos de distribuição de renda. De acordo com Waltenberg, a discussão é atemporal pois lida com preocupações bastante humanas. "A questão da automação do trabalho não era forte há algumas décadas, mas a renda básica já era discutida. Enquanto uma pessoa de esquerda está preocupada com a igualdade, a de direita se preocupa com a liberdade, e a renda básica pode ser enxergada por esses dois caminhos. Hoje a pandemia mostrou que uma parcela da população é vulnerável economicamente. Então a motivação central para o debate muda, mas no fundo é sempre a mesma: a garantia de uma segurança econômica mínima." No caso brasileiro, o pesquisador da FGV Daniel Duque acredita que a discussão ainda é inicial e precisa avançar para que seja definido se a renda básica é ou não o melhor modelo. "Muitos defendem que não é o caminho, que é preciso criar programas mais focados em crianças, por exemplo. Então ainda devemos levar anos para desenvolver uma política de apoio social de maior orçamento." Suplicy, que enxerga o Bolsa Família como um primeiro passo para implantar um programa mais amplo no futuro, vê com otimismo o debate atual e comemora o lançamento de uma frente parlamentar para coordenar a discussão sobre o tema no Congresso. "Na minha vida, tenho duas montanhas a remover. A primeira é reconquistar diariamente a minha companheira, a segunda é instituir a renda básica de cidadania no Brasil. E eu acredito que vou conseguir remover as duas montanhas."

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