Nick Cannon se desculpa por comentários antissemitas em entrevista
'Quero assegurar aos meus amigos judeus, novos e antigos, que este é apenas o começo da minha educação', afirmou o cantor e apresentador. Nick Cannon em imagem de dezembro de 2018, em Nova York Amy Sussman/Invision/AP/Arquivo Nick Cannon usou as redes sociais para se desculpar após ser criticado por fazer comentários antissemitas e discurso de ódio em uma entrevista para um podcast. Na entrevista, Nick fez declarações como "você não pode ser antissemita quando somos o povo semita, quando somos as mesmas pessoas que eles querem ser. Nós somos os verdadeiros hebreus." Ao longo do podcast, ele também citou que "brancos são selvagens" e "agem com animais". Após as declarações, Nick teve seu vínculo profissional com a ViacomCBS cortado. A empresa, em comunicado, informou que "condena categoricamente o fanatismo de qualquer tipo e todas as formas de anti-semitismo." Já a FOX informou que conversou com Cannon e confirmou que ele segue no comando do programa "Masked Singer". "Antes de tudo, eu quero estender minhas mais profundas e sinceras desculpas aos meus irmãs e irmãos judeus por minhas palavras ofensivas e polemicas que saíram de minha boca durante minha entrevista para Richard Griffin", afirmou o artista de 39 anos em texto publicado em seu Instagram. "Elas reforçaram os piores estereótipos sobre um povo magnífico e me sinto envergonhado pelo lugar desinformado e ingênuo de onde essas palavras vieram." Cannon informou que a entrevista, que fez parte do podcast "Cannon’s Class", foi removida do ar e ainda expressou sua gratidão a "rabinos, líderes comunitários e instituições que me procuraram para me ajudar a me iluminar, em vez de me castigar". "Embora a experiência judaica tenha mais de 5.000 anos e haja ainda muito para eu aprender, tenho tido pelo menos uma pequena lição de história nos últimos dias", declarou Cannon. "Quero garantir aos meus amigos judeus, novos e antigos, que este é apenas o começo da minha educação – e que estou comprometido com conexões mais profundas, com o mais profundo aprendizado e estou fortalecendo o vínculo entre nossas duas culturas hoje e todos os dias daqui para frente." Nick Cannon se desculpa por comentários antissemitas em entrevista Reprodução/Instagram
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Galyn Gorg, atriz de ‘RoboCop 2’, morre aos 55 anos
Segundo o jornal Daily Mail, a atriz morreu vítima de um câncer. Galyn Gorg, atriz de 'RoboCop 2', morre aos 55 anos Reprodução/Instagram Galyn Gorg, que atuou "RoboCop 2" e "Um Maluco no Pedaço", morreu aos 55 anos. Segundo o jornal Daily Mail, a atriz morreu vítima de um câncer. Sunny Gorg, irmã de de Galyn, escreveu nas redes sociais que a atriz morreu na manhã de segunda-feira (13), dois dias antes de seu aniversário. De acordo com uma página que arrecadava fundos para seu funeral, a atriz foi "diagnosticada com um câncer em todo o corpo e pulmões. Os médicos informaram que ela teria dias ou semanas de vida e, após se manter otimista e rezando por um milagre, ela morreu". O comunicado ainda elogia a atriz por sua "generosidade, bondade e amor". Galyn Gorg nasceu em Los Angeles, na Califórnia, e iniciou a carreira artística no teatro, ainda na adolescência. A atriz participouo ainda de "Twin Peaks", "M.A.N.T.I.S.", entre outras obras da TV e do cinema. Initial plugin text
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Ryan Dorsey, ex-marido de Naya Rivera, ‘não se imagina criando o filho sem ela’, diz revista
Ator 'mal dorme' desde o desaparecimento da atriz, disse fonte à revista 'People'. Dorsey é pai de Josey, de quatro anos. Ryan Dorsey e Naya Rivera, em foto de dezembro de 2015 Jason Merritt/Getty Images North America/Getty Images via AFP O ator Ryan Dorsey, ex-marido de Naya Rivera, "não consegue se imaginar criando o filho sem ela". Segundo fonte ouvida pela revista americana "People", Dorsey "mal dormiu" desde o desaparecimento de Rivera. Eles foram casados de 2014 a 2018 e são pais de Josey, de quatro anos. O corpo da atriz foi encontrado na segunda-feira (13) no lago Piru, na Califórnia. Rivera estava desaparecida desde a última quarta-feira (8), quando passeava de barco com o filho. Ela tinha 33 anos. Corpo da atriz Naya Rivera é encontrado em lago da Califórnia A autópsia, divulgada na terça-feira (14), indicou que a causa da morte foi afogamento acidental. A polícia também revelou que ela ajudou o filho de 4 anos, Josey, a subir ao barco antes de desaparecer. "Sabemos, ao conversar com o filho dela, que ele e Naya nadaram no lago juntos em algum momento de sua jornada. Foi durante esse tempo que seu filho descreveu ser ajudado a subir ao barco por Naya, que o empurrou até o convés por trás", afirmou o policial. Câmeras mostram Naya Rivera alugando barco na com o filho nos Estados Unidos
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CCXP 2020 vai acontecer em formato digital por causa do novo coronavírus
Evento de cultura pop, que aconteceria entre os dias 3 e 6 de dezembro, vira CCXP Worlds e será realizado no mesmo mês, mas ainda não divulgou nova data exata. Público vibra no painel de 'Aves de Rapina' na CCXP 2019 Divulgação/I Hate Flash A Comic Con Experience 2020 vai ser realizada em formato 100% digital por causa da pandemia do novo coronavírus, divulgaram os organizadores nesta quinta-feira (16). Com a mudança, o evento passa a se chamar CCXP Worlds. A convenção de cultura pop aconteceria entre os dias 3 e 6 de dezembro em São Paulo. Ele será realizado pela internet no mesmo mês, mas as novas datas exatas ainda não foram divulgadas. Mais detalhes, como ingressos e convidados, devem ser anunciados em agosto. Initial plugin text "A pandemia da Covid-19, pegou a todos de surpresa e impôs ao mundo novos desafios, incluindo a forma de se divertir e se relacionar. Ao longo destes quatro meses de isolamento, o evento vem discutindo seu formato para este ano, além de acompanhar de perto os pedidos do público nas redes sociais", escreveu a organização em seu site. "Por entender que o evento traz visitantes de todo o Brasil, e que seria imprudente reunir um número tão grande de pessoas diante da situação atual, a CCXP anuncia para o começo de dezembro sua primeira edição 100% virtual."
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Capacete de ‘Top Gun’ e nave de ‘Alien’ serão leiloados em Hollywood
Venda de centenas de lendários acessórios de filmes de Hollywood acontece em agosto e conta ainda com artigos de filmes do Indiana Jones e de 'Josey Wales, O Fora da Lei'. Capacete de 'Top Gun' e nave de 'Alien' serão leiloados em Hollywood PropStore/Divulgação O capacete de combate de Maverick, o sabre de luz de Obi-Wan Kenobi, as luvas de Rocky e uma nave de mais de três metros de "Alien – O Oitavo Passageiro" serão leiloados em Los Angeles em agosto. A venda de centenas de lendários acessórios de filmes de Hollywood será realizada pela internet nos dias 26 e 27 de agosto, e incluirá também artigos de filmes do Indiana Jones e de "Josey Wales, O Fora da Lei", de Clint Eastwood. Uma maquete gigante do "Nostromo", a nave interestelar em que se desenvolve a trama do clássico "Alien", de Ridley Scott, espera ser vendido por US$ 300 mil a US$ 500 mil (algo entre R$ 1,6 milhão e R$ 2,6 milhões). Construída em madeira e aço, a maquete foi usada para tomadas exteriores filmadas pelo próprio Scott, que pediu que fosse "repintada de cinzo escuro e envelhecida extensivamente para reproduzir décadas de viagens ao espaço profundo", explicou a organizadora do leilão, a Prop Store. Como muitos dos artigos que serão leiloados, a maquete da nave pertenceu previamente a um membro da equipe de filmagem e foi restaurada para venda após ter ficado embrulhada em plástico em um depósito por 15 anos. "Esta é a maquete principal de 11 pés (3,3 m) que foi usada na filmagem", declarou à AFP Brandon Alinger, chefe de operações da Prop Store LA. "E é isso que os colecionadores buscam: coisas de filmes com os quais cresceram, filmes que gostam". Outros artigos do cinema de ficção científica de grande valor que serão leiloados incluem um traje completo de Darth Vader – um dos cinco usados para promover o primeiro filme de "Guerra Nas Estrelas"- e um sabre de luz usado por Ewan McGregor na continuação da saga "Ataque dos Clones". Há expectativa para que um capacete de avião de caça usado por Maverick, personagem do ator Tom Cruise no filme "Top Gun – Asas Indomáveis", seja leiloado por cerca de US$ 70 mil (cerca de R$ 374 mil). O capacete é personalizado com o nome do personagem, igual as luvas de boxe usadas por Sylvester Stallone no "Rocky" original. E, em uma venda rara, o medalhão de bronze original usado por Indiana Jones em "Caçadores da Arca Perdida" também será leiloado. O artigo, um presente de um produtor do filme a um amigo de família, deverá ser vendido por até US$ 150 mil (R$ 800 mil).
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Vendas reais de supermercados sobem 3,75% em maio, diz Abras
Apenas em maio, a expansão foi de 11,93% sobre o mesmo mês do ano anterior, como efeito da pandemia do novo coronavírus. Supermercados: De janeiro a maio, houve alta de 5,63% nas vendas reais sobre o mesmo intervalo de 2019. Reprodução/TV TEM As vendas reais dos supermercados em maio cresceram 3,75% em relação a abril, informou a Abras, a associação nacional do setor, nesta quarta-feira (15). O número é deflacionado pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De janeiro a maio, houve alta de 5,63% nas vendas reais sobre o mesmo intervalo de 2019. Apenas em maio, a expansão foi de 11,93% sobre o mesmo mês do ano anterior, como efeito do aumento na demanda, após o início, em março, do isolamento social por causa da pandemia de Covid-19. Combustíveis sobem e inflação fica em 0,26% em junho, após dois meses de deflação A entidade não informou os dados separados dos meses de março e abril, que não foram publicados até o momento. Questionada, a Abras se limitou a dizer que os números que puderam ser publicados neste momento pela área econômica foram os relatados no material, referentes apenas a maio. A publicação mensal dos dados foi afetada pela pandemia, que dificultou o processo de envio dos números e elaboração da pesquisa, segundo a entidade. Supermercados de Sorocaba só podem vender produtos essenciais, segundo prefeitura
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Inflação da Argentina sobe 2,2% em junho
Índice acumulado nos últimos doze meses foi de 42,8%, contra 53,8% em 2019. Argentina anunciou o isolamento social obrigatório em nível nacional devido à crise do coronavírus em 20 de março Reuters O índice de preços ao consumidor na Argentina aumentou 2,2% em junho em relação a maio e acumulou desde janeiro um aumento de 13,6%, em meio ao forte freio à atividade econômica causado pelo coronavírus, informou nesta quarta-feira o instituto de estatística Indec. A inflação acumulada nos últimos doze meses foi de 42,8%, o que evidencia um freio de alta no custo de vida que era de 53,8% em 2019. Exportações de 6 frigoríficos argentinos à China são suspensas por casos de Covid-19 O maior aumento de preços ocorreu na categoria de roupas e calçados (6,6%), seguido de recreação e cultura (4,2%) e equipamentos e manutenção de casas (4,1%). Aqueles com o menor aumento foram bens e serviços diversos (0,3%) e educação (0,4%). O setor de alimentos e bebidas não alcoólicas teve um aumento de 1%. É o segundo mês consecutivo com desaceleração no aumento dos preços dos alimentos, após registrar um aumento de 3,2% em abril. A Argentina passa por um isolamento social obrigatório estabelecido em 20 de março para impedir a circulação do novo coronavírus, que já dura quase 120 dias e ainda está em vigor. Argentina define prazo para acordo em torno da reestruturação da dívida com credores Além disso, as tarifas dos serviços públicos foram temporariamente congeladas e há um controle cambial. Em 2019, a inflação atingiu 53,8%, uma das mais altas do mundo, com economia em recessão e queda de 2,1% no Produto Interno Bruto (PIB). Presidente argentino diz que atual oferta de reestruturação da dívida é "a última" O Fundo Monetário Internacional estima para a Argentina um recuo de 9,9% do PIB este ano devido à contração da atividade pela pandemia de COVID-19. Em fevereiro, antes da quarentena, os principais bancos e consultorias da Argentina esperavam um aumento de 40% nos preços ao consumidor em 2020, com uma queda de 1,2% no PIB, de acordo com uma pesquisa de expectativas do Banco Central.
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American Airlines envia 25 mil avisos de suspensão de contratos de trabalho
A companhia aérea, que tinha mais de 130 mil funcionários em 2019, já havia alertado que as suspensões de contratos seriam difíceis de serem evitadas; medidas de isolamento social seguem prejudicando a demanda por voos. A American Airlines está enviando 25 mil avisos de potenciais suspensões de contratos de trabalho, segundo memorando divulgado nesta quarta-feira (15), preparando os funcionários para demissões maciças no fim do ano. A American, que tinha mais de 130 mil funcionários em 2019, já tinha alertado que as suspensões de contratos seriam difíceis de serem evitadas uma vez que as medidas de isolamento social continuam atingindo a demanda por voos. Avião da American Airlines no aeroportode Manchester Flickr/Riik@mctr/Creative Commons Os termos de um pacote de ajuda de US$ 25 bilhões concedido pelo Congresso dos EUA em março impedem que as companhias aéreas demitam funcionários antes de outubro. As empresas também precisam avisar com 60 dias de antecedência sobre demissões em massa que pretendem realizar. Para cortar custos antes de outubro e evitar as demissões, as companhias aéreas dos EUA têm promovido pacotes de demissão voluntária entre os funcionários. O memorando da American, obtido pela Reuters, oferece tais pacotes. A Delta Air Lines afirmou nesta semana que acredita que poderá evitar suspensões de contratos depois que cerca de 17 mil funcionários aceitaram pacotes de saída voluntária. Já a United Airlines enviou 36 mil avisos de suspensão de contratos, volume que representa cerca de 45% de seus funcionários.
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Empresa de carne vegana dos EUA fecha parceria com St. Marché para entrar no Brasil
Produtos estarão disponíveis em 19 unidades do supermercado na cidade de São Paulo. Beyond Meat fabrica carne à base de vegetais Divulgação/Beyond Meat A americana Beyond Meat, fabricante de carne à base de vegetais, fechou uma parceria com o St. Marché para começar a vender seus produtos no Brasil. Inicialmente, as mercadorias estarão disponíveis em 19 unidades do supermercado na cidade de São Paulo. À base de plantas ou de células, alternativas à carne se multiplicam “Nossa entrada no mercado brasileiro marca um passo importante para promover nossa missão de aumentar a acessibilidade à carne de origem vegetal em todo o mundo", disse Ethan Brown, fundador e CEO da Beyond Meat, em comunicado à imprensa. O St. Marche é de propriedade da empresa de private equity L Catterton e já comercializa proteínas vegetais da brasileira Futuro Burguer. As metas de vendas e os valores da negociação não foram divulgados.
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Coronavírus: a pandemia vai tornar o mercado de trabalho ainda mais difícil para as mulheres?
A crise da Covid-19 será capaz de anular os avanços já conseguidos pelas mulheres na tentativa de tornar o mercado mais justo? Simone Ramos destaca que pandemia agravou questão da dupla jornada feminina THB BRAZIL via BBC Como muitas mulheres com uma carreira de sucesso, Simone Ramos sente que teve de trabalhar mais do que qualquer homem para chegar ao topo. Executiva e gerente de risco do grupo global de seguros THB em São Paulo, Ramos diz que ser uma líder feminina em um setor dominado por homens a forçou a "ser mais forte" e a se "superar todos os dias". "Logo no início da minha carreira, percebi que precisava deixar o cargo mais tarde, precisava estudar mais, precisava me provar três vezes mais do que qualquer homem", diz ela. Ramos também é consultora da Associação das Mulheres no Mercado de Seguros (AMMS) e deve lançar um livro sobre o assunto em outubro deste ano. Ela diz às mulheres mais jovens que todas podem chegar ao topo com "foco, determinação e objetivos claros". Mas, como outros especialistas, ela está preocupada com as pressões extras que estão surgindo nas carreiras das mulheres durante a pandemia — e se isso pode acabar tornando tudo ainda mais complicado. Com pandemia, fechamento de vagas formais atinge mais quem ganha de 1 a 2 salários mínimos 'Dupla jornada' A situação é particularmente difícil nas famílias em que os pais tentam trabalhar em casa enquanto estudam à distância ou cuidam de outros parentes. De acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), as mulheres ainda representam três quartos de todo o trabalho não remunerado. "Não é segredo que as mães ainda carregam a maior parte do fardo de cuidados infantis e trabalho doméstico na maioria das famílias", diz Justine Roberts, fundadora e diretora executiva da Mumsnet, a maior rede online para pais do Reino Unido. Roberts diz que essa realidade está "pressionando" as mulheres e deixando as mães particularmente "preocupadas". "As mães estão preocupadas com o risco de demissão ou de problemas no trabalho porque não são capazes de desempenhar seu trabalho tão bem quanto de costume." "Mesmo que as mulheres sintam que seu emprego ou renda estão relativamente seguros, muitas estão dizendo que simplesmente não podem continuar assim por muito mais tempo." Ramos salienta que as mulheres tradicionalmente realizam uma "dupla jornada" em casa quando o dia de trabalho termina. Agora, a maioria das mulheres que ela conhece "está tentando trabalhar nos dois turnos ao mesmo tempo" — e o custo disso para a saúde mental está levando algumas a pensar em desistir e largar o emprego durante a pandemia. 'Locais de trabalho estão ultrapassados' "Nós realmente precisamos entender a realidade de como as mulheres estão no local de trabalho", diz Allyson Zimmermann, diretora da Catalyst, uma ONG global que trabalha com empresas para melhorar ambiente de trabalho para mulheres. "O sistema está ultrapassado. E, quando você olha para isso, é do interesse das empresas encontrar um novo normal no local de trabalho pós-covid." A Catalyst passou anos acompanhando as carreiras de 10 mil graduados em MBA, homens e mulheres, das 26 principais escolas de negócios da Ásia, Canadá, Europa e EUA. Em sua pesquisa, a organização observou como a falta de opções flexíveis de trabalho afeta a motivação das mulheres quando elas entram na maternidade. Mas também existem preconceitos implícitos que agem fortemente para retardar o progresso das mulheres, independentemente de sua experiência ou se elas têm ou não filhos. Por exemplo, as mulheres nos estudos da Catalyst eram mais propensas que os homens a começar em um cargo mais baixo em seu primeiro emprego pós-MBA. E quando os homens trabalhavam longas horas, essa estratégia parecia ajudar suas carreiras, mas não as mulheres. Os graduados do sexo masculino eram recompensados com aumentos salariais assim que alternavam entre empresas, mas os salários das mulheres pareciam aumentar apenas depois que provassem seus talentos primeiro a seus gerentes. "As mulheres precisam melhorar constantemente seu desempenho, enquanto os homens são promovidos com base no potencial", diz Zimmermann. "Existe essa percepção de que, se as mulheres estivessem fazendo exatamente a mesma coisa que os homens, elas avançariam. E a verdade é que não. As mulheres costumam ter um padrão muito mais alto que os homens. É um viés muito inconsciente." A crise econômica dificulta Um novo estudo americano feito por acadêmicos de diferentes universidades indica que esses preconceitos podem ressurgir fortemente durante crises econômicas. O artigo descobriu que as mulheres que tentam ingressar nos cargos mais altos das empresas — o conselho de administração, por exemplo — passam por situações muito mais difíceis quando as empresas atravessam uma crise. Depois de analisar 50 mil eleições nos conselhos de 1.100 empresas de capital aberto entre 2003 e 2015, os pesquisadores descobriram que os acionistas normalmente ficavam felizes em apoiar as diretoras quando tudo estava indo bem. No entanto, se a empresa tivesse problemas ou se houvesse uma crise, era muito mais provável que retirassem seu apoio à candidata. Essas mulheres mantinham padrões muito mais altos do que seus pares e eram mais propensas a deixar a empresa nos anos seguintes. Coautora do estudo, Corinne Post, da Universidade Lehigh, no Estado americano da Pensilvânia, diz que "é difícil encontrar outra explicação além dos preconceitos em torno dos compromissos das mulheres ou se elas estão realmente trabalhando tão duro quanto deveriam". Outra coautora, Arjun Mitra, da Universidade do Estado da Califórnia, acrescenta que as empresas estavam minando seu talento feminino "em um momento em que poderiam se beneficiar mais das qualidades de liderança feminina". "Isso é um sinal muito forte de que as empresas não apoiam mulheres em cargos de liderança." Mulheres com salários mais baixos também estão sendo afetadas O mundo fez grandes melhorias em direção à igualdade de gênero nos últimos 50 anos, mas levará pelo menos mais um século para que homens e mulheres acabem com as lacunas no local de trabalho, de acordo com o Fórum Econômico Mundial (WEF). E a Covid-19 já está impactando as mulheres em faixas mais baixas de renda. A crise econômica destruiu o emprego das mulheres mais do que os homens porque está atingindo setores econômicos onde as mulheres estão super-representadas na força de trabalho, como hotelaria, alimentação, varejo e manufatura. Na América Central, por exemplo, 59% das mulheres estão empregadas nesses setores, enquanto no Sudeste Asiático são 49% e na América do Sul 45%. Nos EUA, o desemprego feminino é maior que o masculino. "Crises anteriores mostraram que, quando as mulheres perdem seus empregos, aumenta seu envolvimento no trabalho não remunerado. E que, quando os empregos são escassos, as mulheres frequentemente têm oportunidades negadas de emprego disponíveis aos homens", alerta a Organização Internacional do Trabalho (OIT). 'Um passo atrás e dois adiante' Seja qual for o impacto, a pandemia passará e Simone Ramos acredita que dará lugar a uma "nova realidade" à qual as empresas já começaram a se adaptar. Ela acredita que as empresas estão começando a ter uma "aparência mais compassiva" e oferecerão opções de trabalho mais flexíveis para atender às circunstâncias pessoais dos funcionários como um padrão. "Acho que vamos dar um passo atrás e dois passos adiante", diz Luciana Barreto, diretora executiva da M Square, uma empresa de gerenciamento de ativos com um portfólio global no valor de US$ 1 bilhão (R$ 5,3 bilhões). Barreto diz que as mulheres estão cada vez mais conscientes da importância das carreiras delas "para libertá-las e completá-las", para que "a luta pela igualdade de gênero não termine aqui". Mas ela acredita que, no mercado de trabalho pós-pandemia, será ainda mais crucial que as mulheres "tomem posse" de suas carreiras e questionem se as empresas para as quais elas querem trabalhar realmente merecem valor. Allyson Zimmermann concorda e diz que geralmente diz às estudantes de negócios que olhem o que está acontecendo no topo das empresas antes de se candidatarem a empregos lá. "Quando você procura seu empregador, não procura a perfeição, mas o progresso. Se você não se vê representado na liderança, ou não vê que eles estão trabalhando ativamente para isso… então eu procuraria em outro lugar ", diz ela.
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