Câmara retomará debate da reforma tributária nesta semana mesmo sem Senado, diz Maia
Discussão conjunta seria ideal, diz presidente da Câmara, mas assunto é 'urgente'. Congresso criou comissão mista em fevereiro, mas pandemia interrompeu agenda de reuniões. O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta terça-feira (14) que os deputados vão retomar, ainda nesta semana, o debate sobre a reforma tributária. A comissão sobre o tema voltará a se reunir, mesmo sem a participação dos senadores.
Em fevereiro, Câmara e Senado instalaram uma comissão mista para unificar os projetos que tramitam nas duas casas legislativas. No entanto, em razão da pandemia do novo coronavírus, os trabalhos não avançaram.
Considerada pauta prioritária na área econômica, Maia tem defendido que a discussão avance neste semestre, inclusive, para ajudar na recuperação da crise atual.
O presidente da Câmara argumentou que o ideal seria fazer as discussões junto com os senadores, mas que o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), sinalizou que não teria condições de discutir esse tema no atual momento.
“O presidente do Congresso disse que tinha dificuldade de retomar as comissões mistas. Como nós não conseguimos avançar lá [na comissão mista], a partir de amanhã, nós vamos retomar na Câmara dos Deputados”, afirmou Maia em entrevista à imprensa.
BLOG DO VALDO CRUZ: Reforma tributária ainda não reúne consenso para voltar a tramitar e ser aprovada
Em fevereiro, antes da pandemia, Câmara e Senado criaram comissão mista para debater reforma tributária
O presidente da Câmara disse que, se for possível retomar o debate com o Senado, será "muito melhor", mas ressaltou a urgência de uma simplificação das regras tributárias do país.
"Eu acredito que um novo IVA [Imposto sobre Valor Agregado] nacional, a simplificação, a unificação dos impostos sobre consumo é muito importante e urgente e vai ser base importante da recuperação da confiança do nosso país, da confiança e recuperação do ambiente de negócios para o setor privado. Então, nós vamos retomar esse debate", disse.
Maia disse ter avisado sobre a retomada do assunto, inclusive, ao atual relator da proposta de emenda à Constituição (PEC), deputado Baleia Rossi (MDB-SP).
“Nós vamos retomar essa semana esse debate. A princípio, amanhã pela manhã”, disse. “Acho que esse debate é urgente e amanhã, eu já avisei o relator, já avisei o autor da PEC, o deputado Baleia, que nós vamos retomar o debate. (…) Se puder agregar os senadores, melhor, um debate das duas casas certamente é um debate mais produtivo do que apenas de uma das casas”, afirmou.
Bolsonaro veta prorrogação da desoneração da folha de empresas ao sancionar MP
Desoneração
O presidente da Câmara afirmou que o governo tem condições de acomodar no orçamento a prorrogação por mais um ano da desoneração sobre a folha de pagamento de empresas.
Ao sancionar a MP que permite a redução de jornada e salário, o presidente Jair Bolsonaro vetou um dos pontos — o que previa a prorrogação da desoneração da folha das empresa de 17 setores da economia.
A desoneração permite que empresas optem por contribuir para a Previdência Social com um percentual que varia de 1% a 4,5% sobre a receita bruta em vez de recolher 20% sobre a folha de pagamento.
Segundo Maia, a prorrogação desse benefício por mais de um ano teria um custo elevado, mas seria possível até o final de 2021.
“Nós precisamos manter os empregos. Sabemos que a desoneração por mais de um ano seria um período muito longo, um custo grande. Mas a prorrogação por um ano acho que é perfeitamente possível que o governo tenha condições de colocar no orçamento", afirmou.
Maia afirmou ainda que, se o Congresso derrubar o veto presidencial, deputados e senadores terão que encontrar fontes de receita para fechar orçamento de 2021.
Fundeb
Na mesma entrevista coletiva, antes da sessão da Câmara desta terça, Rodrigo Maia confirmou que o projeto de redefinição do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) será votado na próxima semana.
O Fundeb foi criado em 2007 em uma lei que já previa a extinção do fundo em 2020. Se um novo texto não for aprovado, o fundo deixa de existir em dezembro. O Fundeb é a principal fonte de financiamento da educação pública em todo o país, do ensino infantil ao médio.
A Câmara analisa uma nova proposta de emenda à Constituição (PEC), para torná-lo permanente a partir de 2021. O dinheiro do fundo reforça a verba de estados e municípios para o ensino básico.
"O texto tem muitos avanços. Sempre teremos críticas, mas acho que o texto vai na direção correta", afirmou Maia.
No formato atual, a União complementa o fundo com 10% sobre o valor aportado por estados e municípios. O texto da relatora, deputada Professora Dorinha Seabra (DEM-TO), já foi revisado após a pandemia e, atualmente, prevê um aumento escalonado que começaria em 12,5% em 2021 e chegaria a 20% em 2026.
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Entenda o que muda com a portaria que permite a recontratação de funcionário demitido antes de 90 dias
Governo passou a permitir que empresas que demitiram funcionário sem justa causa possam recontratá-lo menos de 90 dias depois. O governo publicou nesta terça-feira (14) uma portaria que permite que as empresas que demitiram um funcionário sem justa causa possam recontratá-lo menos de 90 dias depois.
A prática não era permitida. A medida tem o objetivo de facilitar a readmissão de trabalhadores num momento de piora do mercado de trabalho.
Portaria permite que empresas demitam e depois contratem o mesmo funcionário em 90 dias
Veja perguntas e respostas sobre a portaria elaboradas com a colaboração de Cássia Pizzotti e Celso Báez, advogados do escritório Demarest.
O que determina a portaria?
A portaria determina que a empresa não precisa mais esperar o prazo de 90 dias para readmitir ou recontratar o trabalhador que foi demitido sem justa causa.
O que valia antes desta nova portaria?
A regra em vigor era de 1992 e previa que uma empresa poderia cometer fraude ao sistema do FGTS se contratasse um trabalhador demitido sem justa causa antes do prazo de 90 dias.
Até quando vigora a nova portaria?
A portaria vigora até 31 de dezembro, data que marca o fim da calamidade pública no país.
No caso de uma recontratação, o salário deve ser o mesmo de antes da demissão?
O Ministério da Economia informou que o valor do salário tem que ser o mesmo do contrato anterior.
Mas pode haver uma negociação para o salário numa eventual recontratação?
Sim. O Ministério da Economia informou que a legislação em vigor permite negociação coletiva para redução de salário. Se houver uma aprovação na negociação coletiva para reduzir o salário, a empresa pode recontratar com uma remuneração mais baixa.
Por que o governo decidiu flexibilizar essa norma de contratação?
A portaria quer facilitar a readmissão de trabalhadores num momento de piora no mercado de trabalho.
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ANS derruba na Justiça liminar que obriga convênios a cobrirem o teste sorológico contra coronavírus
Agência diz que planos de saúde continuam obrigados a fornecer o exame até que sua Diretoria Colegiada decida, nos próximos dias, que medidas devem ser tomadas. Justiça derruba liminar que obrigava planos a pagar por teste de anticorpos contra Covid
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) conseguiu derrubar na Justiça decisão liminar que obrigava os planos de saúde a oferecer testes sorológicos para o novo coronavírus.
Trata-se do teste que detecta a presença dos anticorpos IgA, IgG ou IgM no sangue do paciente, produzidos pelo organismo após exposição ao vírus.
IgG e IgM positivo para Covid: entenda as siglas e diferença para o teste PCR
A decisão é assinada pelo desembargador Leonardo Augusto Nunes Coutinho, de Pernambuco, que acata argumento da ANS de que não é possível "fazer uso de testes, de forma paulatina e segura, como auxílio no mapeamento de pessoas infectadas".
"Considera-se presente, também, o risco de dano grave ou de difícil reparação, consubstanciado nos prejuízos advindos da incorporação – por decisão liminar – de nova tecnologia como mínima obrigatória em setor regulado, sem que haja qualquer garantia de efetividade/segurança de tais tecnologias (testes), permitindo-se a aplicação deles em larga escala, com risco à população beneficiária de planos de saúde e, em última análise, ao próprio funcionamento do setor (saúde suplementar – empresas de plano de saúde)", diz a decisão.
Em nota à reportagem do G1, a ANS diz que, apesar da decisão judicial desta terça, os planos de saúde continuam obrigados a fornecer o exame sorológico.
"O tema será levado para discussão da Diretoria Colegiada da ANS, que avaliará a medida a ser tomada. Enquanto isso, segue válida a Resolução Normativa nº 458, que desde o dia 29/06 obrigou os planos de saúde a oferecerem os exames sorológicos", diz a agência.
A ANS afirma ainda que avaliação técnica sobre a inclusão dos testes sorológicos no rol de coberturas obrigatórias estava em curso antes mesmo da obrigatoriedade definida no mês passado e está prevista para terminar nos próximos dias.
A ANS havia incluído o teste sorológico na lista de coberturas obrigatórias dos planos de saúde no fim de junho, atendendo a uma decisão judicial dada em Ação Civil Pública movida pela Associação de Defesa dos Usuários de Seguros, Planos e Sistemas de Saúde (Aduseps), de Pernambuco. A entidade vai recorrer.
"A atitude da ANS em ingressar com um Agravo de Instrumento para derrubar a liminar é uma afronta, uma falta de respeito aos consumidores que pagam pelos seus planos e seguros de saúde", diz Renê Patriota, coordenadora executiva da Aduseps. "A ANS não considera o exame importante, pois as operadoras que devem pagar pelo procedimento da sorologia. Enquanto isso, a Anvisa autoriza farmácias e drogaria a vender testes sorológicos."
A liminar permitia que o exame sorológico fosse realizado sem custo extra, contanto que houvesse requisição feita por um médico. Para encaminhamento, o paciente teria que ter apresentado sintomas de quadro gripal ou síndrome respiratória.
A decisão também é temporária e será encaminhada para o colegiado da Segunda Turma do Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5), que analisa o recurso.
Planos de saúde são obrigados a cobrir despesas com teste para detectar a Covid-19
Testes sorológicos
Desde de março, os planos de saúde são obrigados a cobrir o exame RT-PCR, que identifica a presença do material genético do vírus, com coleta de amostras da garganta e do nariz. Mas o teste não consegue detectar infecções em estágio inicial ou depois da cura da doença.
Outros seis tipos de exame que ajudam no acompanhamento dos pacientes estão previstos legalmente, mas reportagem do G1 relata dificuldade de pacientes a terem acesso aos exames.
O teste sorológico é indicado para pessoas que tiveram sintomas da doença há mais de dez dias, pois a produção de anticorpos no organismo leva alguns dias para ser detectada pelo exame.
Brasileira que coordena testes com vacina para Covid-19 na Inglaterra explica dilema da prova de eficácia
"Serve para inquérito sorológico, ou seja, para monitorar a população e identificar a porcentagem de pessoas que já foi exposta ao vírus, e para testes individuais", explicou em entrevista recente ao G1 o virologista José Eduardo Levi, pesquisador do Instituto de Medicina Tropical da USP e Gestor de Pesquisa e Desenvolvimento da Dasa
Ainda que se siga o protocolo, o teste é criticado por parte dos especialistas, pois coletas realizadas antes do período recomendado – ou muito depois – podem causar diagnósticos de falso negativo. Até a decisão de hoje, a cobertura era obrigatória nos planos da categoria ambulatorial, hospitalar e referência.
Quando houve a liberação, a Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde) disse que a resolução seria cumprida pelas operadoras associadas, conforme as diretrizes estabelecidas pelo órgão regulador, mas que considerava a incorporação "inadequada", pois os testes sorológicos não têm a "acurácia do RT-PCR, exame já coberto pelos planos de saúde".
Planos de saúde dificultam acesso a testes da Covid-19 na região de Ribeirão Preto, dizem pacientes
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Usuários relatam problemas para acessar WhatsApp
Segundo o Down Detector, que aglomera relatos de consumidores, pico de reclamações foi por volta das 17h, com mais de 30 mil relatos; número caiu cerca de meia hora depois. Empresa diz que está 'ciente' da falha e que trabalha para restaurar o serviço. Ícone do Whatsapp, um dos aplicativos de conversa mais populares do mundo, é visto na tela de um smartphone Fábio Tito/G1 Usuários do WhatsApp relataram problemas no funcionamento da plataforma na tarde desta terça-feira (14). No Twitter, o termo WhatsApp apareceu como o assunto mais comentado por volta das 17h, com mais de 400 mil menções. Inicialmente, as reclamações dos internautas eram direcionadas ao serviço de desktop, WhatsApp Web. Porém, também houve instabilidade na versão para smartphones. O site Down Detector, que aglomera relatos de consumidores sobre o status de serviços online, apresentou uma alta no nível de reclamações a partir das 16h30, registrando mais de 30 mil manifestações às 17h14. Às 17h30, cerca de uma hora após o início das reclamações, houve queda no número de usuários que relataram problemas com a plataforma. Fora do Brasil também houve relatos de instabilidade no WhatsApp. O site Outage Reports regitrou mais de 1.500 reclamações, vindas da Europa e da costa Oeste dos Estados Unidos. Procurado pelo G1, o WhatsApp disse, em nota, que está ciente "de que algumas pessoas estão tendo problemas para enviar mensagens", e que a empresa está "trabalhando para restaurar o WhatsApp para todos o mais rápido possível". Site DownDetector mostra aumento nas reclamações do WhatsApp Reprodução
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Petróleo fecha em leve alta, à espera de reunião da Opep+
Os preços dos contratos para setembro do Brent fecharam em alta de 0,42%, a US$ 42,90 o barril, e os do WTI para agosto valorizaram 0,47%, a US$ 40,29 o barril Em uma sessão instável, o petróleo reverteu as perdas e fechou em alta moderada nesta terça-feira (14). A commodity começou o dia pressionada pela notícia do fechamento de bares, cinemas, restaurantes, academias de ginástica, cabeleireiros e igrejas na Califórnia. Porém o que os investidores estão realmente esperando é a reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+), nesta semana, para decidir se os cortes de produção serão ou não estendidos.
Os preços dos contratos para setembro do Brent, a referência global, fecharam em alta de 0,42%, a US$ 42,90 o barril, na ICE, em Londres, enquanto os contratos para agosto do WTI, a referência americana, valorizaram 0,47%, a US$ 40,29 o barril, na Bolsa de Mercadorias de Nova York (Nymex).
Califórnia, nos EUA, reavalia a reabertura das atividades após casos de Covid-19 aumentar
“O grande evento de risco para os preços do petróleo é a recomendação da Opep+, que deve vir amanhã, para reduzir o corte na produção de 9,7 milhões de barris para, possivelmente, 7,7 milhões de barris por dia. O petróleo bruto WTI não será capaz de permanecer perto do nível de US$ 40 se a disseminação do novo coronavírus continuar prejudicando os esforços de reabertura que serão acompanhados de uma demanda muito menor por petróleo bruto”, afirmou analista da Oanda em Nova York, Edward Moya.
A Arábia Saudita pressionou durante meses os membros da Opep para diminuir a produção e reequilibrar um pouco a oferta com a demanda, mas, agora, tanto os sauditas quanto a maioria dos demais participantes do cartel sinalizam que são favoráveis ao alívio nos cortes. A reunião ocorrerá nesta quarta (15) via conferência on-line.
Enquanto isso, os investidores digerem a atualização das projeções da Opep divulgada mais cedo e aguardam os dados sobre estoques dos Estados Unidos na semana passada. Ainda hoje, o Instituto Americano do Petróleo (API, na sigla em inglês) divulga seus dados extraoficiais. As informações oficiais serão divulgadas amanhã pelo Departamento de Energia (DoE, da sigla em inglês) do país.
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Viracopos tem alta de passageiros pelo 2º mês seguido, mas fecha 1º semestre com redução de 40,6%
Aeroporto em Campinas teve 3 milhões de passageiros de janeiro a junho, total que representa perda de 2,1 milhões no comparativo com 2019. Concessionária vê tendência de alta 'gradual'. Fluxo de passageiros em Viracopos diminuiu 40% em Viracopos no 1º semestre de 2020 Aeroportos Brasil Viracopos O Aeroporto de Viracopos (SP) encerrou o primeiro semestre com 40,6% menos passageiros do que o registrado no mesmo período de 2019, segundo dados divulgados na tarde desta terça-feira (14) pela concessionária administradora. Em meio aos reflexos econômicos provocados pela pandemia do novo coronavírus, o terminal teve aumento do fluxo de viajantes pelo segundo mês seguido, em junho, e aposta em uma "retomada gradual e lenta" nos próximos meses. Veja abaixo gráfico com detalhes. O levantamento da Aeroportos Brasil Viracopos mostra que 3,06 milhões passaram pelo aeroporto ao longo dos seis meses – perda de 2,09 milhões no comparativo com janeiro a junho do ano passado. Movimento em junho Do total de passageiros contabilizados durante o semestre, 305,4 mil foram recebidos em junho, número que significa diminuição de 65,5% na quantidade de pessoas que embarcaram ou desembarcaram por Campinas (SP) em relação ao mesmo intervalo do ano anterior. Além disso, este é o terceiro menor fluxo de viajantes para um prazo de 30 dias desde que o aeroporto é administrado pela iniciativa privada. O pior ocorreu em abril, de acordo com a concessionária. Antes da pandemia, o terminal registrou uma série marcada por altas consecutivas entre julho de 2018 até fevereiro de 2020, comparando-se cada mês com o mesmo período do ano anterior. Também em junho, o governo federal confirmou aprovação das condições do projeto para relicitação. O processo promete solucionar a crise financeira do terminal que soma R$ 2,88 bilhões em dívidas. Campinas bate recorde de mortes, com 26 registros em 24h; casos sobem para 12.247 Governo aprova condições de projeto para relicitação do Aeroporto de Viracopos Anac reajusta tarifas do Aeroporto Internacional de Viracopos Voos em junho Passageiros domésticos 2019 – 795.598 2020 – 294.793 Passageiros internacionais 2019 – 89.403 2020 – 10.674 Total de viajantes 2019 – 885.001 2020 – 305.467 Voos no 1º semestre Passageiros domésticos 2019 – 4.714.887 2020 – 2.796.676 Passageiros internacionais 2019 – 438.740 2020 – 264.899 Total de viajantes 2019 – 5.153.627 2020 – 3.061.575 "A previsão é que o mês de julho apresente nova alta, porém ainda gradual e lenta se comparado ao mês de julho de 2019 quando o aeroporto registrou recorde histórico com 995 mil pessoas embarcando ou desembarcando pelo terminal", diz nota da assessoria da concessionária ao estimar média de 130 pousos e decolagens ao longo deste mês. A Aeroportos Brasil destacou que a média diária de 330 pousos e decolagens foi reduzida para 34 em março, e ela subiu para 56 em abril. Em maio foi para 72, enquanto que aumentou para 84 em junho. Coronavírus: diferenças entre máscara cirúrgica, de pano, N95 e face shield Initial plugin text Veja mais notícias da região no G1 Campinas.
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Bolsas de NY superam instabilidade após balanços de bancos e fecham em alta
Pregão desta terça superou os temores aguçados ontem pelo fechamento de bares e restaurantes no Estado da Califórnia. Wall Street Lucas Jackson/Reuters As bolsas de Nova York tiveram uma sessão instável nesta terça-feira (14) depois da divulgação dos primeiros resultados de lucros do segundo trimestre de grandes bancos americanos. Os índices acionários oscilaram entre perdas e ganhos durante boa parte da sessão, mas se firmaram em alta na reta final e fecharam com ganhos consistentes, ignorando os temores aguçados ontem pelo fechamento de bares e restaurantes, entre outros estabelecimentos, no Estado da Califórnia. Puxada por Vale, Bovespa volta a fechar acima dos 100 mil pontos Além disso, sinalizaram mais uma vez para a esperança por uma recuperação econômica rápida e mais estímulos do Federal Reserve (o BC dos Estados Unidos) que ainda podem estender o “bull market”. O Dow Jones fechou em alta de 2,13%, a 26.642,59 pontos, o S&P 500 subiu 1,34%, a 3.197,52 pontos, e o Nasdaq avançou 0,94%, a 10.488,58 pontos. Bancos Entre os balanços, o resultado mais positivo foi do JP Morgan, que reportou queda de 51% nos lucros, para US$ 4,7 bilhões, ou US$ 1,38 por ação no segundo trimestre. Apesar da queda impressionante, o número ainda foi considerado positivo, recuando menos do que o esperado no período, levando a ação do banco a fechar em alta de 0,56%. O Citigroup também reportou uma queda menor do que o esperado, a US$ 0,50 por ação, mas ainda assustou os investidores ao reportar provisões de US$ 52 bilhões em preparação para os possíveis prejuízos que podem ser causados pela pandemia. A ação do banco caiu 3,93% no pregão de hoje. E se os números dos outros dois grandes bancos assustaram, o Wells Fargo elevou ainda mais os receios na primeira metade da sessão ao reportar prejuízo líquido pela primeira vez em mais de uma década. Flórida é o novo epicentro da Covid-19 nos Estados Unidos De acordo com o balanço, o banco registrou prejuízo de US$ 2,38 bilhões no trimestre, depois de reservar US$ 10 bilhões em preparação para uma onda de inadimplência. A ação do banco terminou o dia em queda de 4,57%. Ainda assim, o índice do setor financeiro do S&P 500 fechou em alta de 0,51% nesta terça-feira. "Isso mostra que há uma recuperação de três velocidades na economia", disse Sebastien Galy, macro estrategista da Nordea Asset Management. "Alguns bancos estarão melhor posicionados do que outros", durante períodos de volatilidade, particularmente no caso do JPMorgan, que é um participante fundamental no mercado. "Cada banco está dizendo algo diferente sobre a economia", disse ele. Esta semana ainda vão divulgar seus resultados o Morgan Stanley, o Bank of America e o Goldman Sachs. Outros destaques No conjunto, o setor que teve o melhor desempenho dentro do S&P 500 foi o de energia, que subiu 3,51%. No fim, nenhum dos 12 setores fechou com desempenho negativo. Já as ações da Delta Air Lines caíram 2,65%, depois de a empresa reportar uma perda antes de impostos de US$ 7 bilhões. Mas a aérea disse que possuía US$ 15,7 bilhões em liquidez no fim do trimestre para ajudar a manter a companhia em atividade. Dólar fecha em queda após atingir R$ 5,45 O dado de inflação de junho nos EUA ficou acima do esperado, indicando alta de 0,6% dos preços, contra expectativa de consenso de 0,5%, de acordo com o Departamento do Trabalho. Ainda assim, a inflação continua muito abaixo da meta do Fed e dos níveis vistos antes da pandemia. A notícia é positiva para o risco, pois abre espaço para que o BC americano continue injetando liquidez na economia. Mas não foi suficiente para dar ânimo aos investidores, que já esperavam uma inflação fraca em junho.
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População do Brasil deve encolher em quase 50 milhões até o fim do século, aponta estudo
Sem relação com coronavírus, novas estimativas globais preveem 'mundo moldado por árabes e africanos' e 2 bilhões de pessoas a menos que o previsto anteriormente. Pesquisadores apontam que a estimativa de vida dos brasileiros poderá saltar de em torno de 76 anos para uma média de 82 até o fim do século ROVENA ROSA/AGÊNCIA BRASIL via BBC Até o fim desde século, a população do Brasil deve encolher em quase 50 milhões de pessoas, a China cairá de primeiro para terceiro país mais populoso do mundo, Japão, Itália e Portugal devem ter suas populações reduzidas a menos da metade e a lista dos 10 países com mais habitantes no planeta incluirá 5 africanos – hoje, só a Nigéria faz parte dessa lista. Este novo mundo com populações mais enxutas e idosas, onde migrações e trocas multilaterais preencherão vácuos na força de trabalho e abrirão espaço para novas potências é descrito por um novo estudo feito por pesquisadores da escola de medicina da Universidade de Washington e publicado nesta terça-feira (14) pela revista científica britânica The Lancet. A partir de novas fórmulas para estimar taxas de natalidade, mortalidade e fluxos de circulação de pessoas, os autores desafiam previsões consagradas ao apontarem que a população mundial não deve crescer indefinidamente. Para os pesquisadores, depois de alcançar um pico de 9,7 bilhões de pessoas, a população global começará a encolher a partir de 2064 até chegar a 8,8 bilhões em 2100 – quase 2 bilhões de pessoas a menos que o previsto em estimativas da ONU, por exemplo. Resultado de um aumento no acesso à educação e no acesso a métodos contraceptivos em todo o mundo, a queda no número de filhos por família se repetiria em 183 dos 195 países e territórios estudados, incluindo o Brasil. Segundo os autores, a população brasileira saltaria de 211,8 milhões (dado de 2017) para um pico de 235,49 milhões em 2043, quando entraria em queda acentuada, até chegar a 164,75 milhões de brasileiros em 2100. As mortes decorrentes do novo coronavírus, ressaltam os pesquisadores, "dificilmente vão alterar significativamente as tendências de longo prazo previstas para a população global". Ainda assim, apontam os pesquisadores, quando o tamanho da população e a distribuição destas pessoas por faixa etária mudam, a maneira como as pessoas vivem, o meio ambiente, as políticas públicas e a economia também se transformam. O Brasil do fim do século 21 Os autores da pesquisa, que teve entre seus financiadores a Fundação Bill e Melinda Gates, apontam que a queda já percebida na quantidade de filhos por família no Brasil deve se intensificar nas próximas décadas. Ao mesmo tempo em que a taxas de natalidade diminuirão, eles apontam que a estimativa de vida dos brasileiros poderá saltar de em torno de 76 anos para uma média de 82 até o fim do século. O resultado direto seria uma população mais velha que a atual – o que também pode significar um encolhimento na economia brasileira, como explica à BBC News Brasil o norueguês Stein Emil Vollset, professor de saúde global da Universidade de Washington e um dos autores do estudo. "Prevemos reduções no PIB total no Brasil como resultado do encolhimento da população em idade ativa, o que por sua vez é impulsionado pelas baixas taxas de fertilidade no país", disse o professor por e-mail à reportagem. "As taxas de fertilidade no Brasil estão abaixo do nível necessário para manter os níveis atuais da população há vários anos e prevemos que as taxas de fertilidade permanecerão abaixo do nível necessário para crescimento ao longo deste século", continuou Vollset. Segundo o levantamento, o Brasil se manteria como 8ª maior economia do mundo até 2050. Mas, até 2100, o Brasil seria ultrapassado por Austrália, Nigéria, Canadá, Turquia e Indonésia, e cairia para a 13ª posição no ranking das maiores economias do mundo. Dono da sexta maior população mundial em 2017, ano usado como referência pelo estudo, o Brasil deve ocupar a 13ª colocação entre os países com mais habitantes até 2100. Um novo futuro Em nota enviada a jornalistas, o editor-chefe da revista Lancet, Richard Horton, disse que a pesquisa “oferece uma visão sobre mudanças radicais no poder geopolítico”. “O século 21 assistirá a uma revolução na história de nossa civilização humana. A África e o mundo árabe moldarão nosso futuro, enquanto a Europa e a Ásia recuarão em sua influência”, diz. Entre as principais movimentações no ranking das 10 maiores economias do mundo entre 2017 e 2100, segundo o estudo, destacam-se o avanço da Índia para o pódio dos maiores PIBs mundiais (um salto da sétima para a terceira posição) e uma ascensão meteórica da Nigéria, que saltaria da 28ª posição para a nona e se tornaria o primeiro país africano entre entre as 10 mais. “Até o final do século, o mundo será multipolar, com Índia, Nigéria, China e EUA como potências dominantes. Este será realmente um mundo novo, para o qual devemos nos preparar hoje”, diz Horton. A Rússia, por sua vez, cairia da atual 10ª posição para a 14ª. O vácuo dos russos seria ocupado pelo Canadá, que pularia da 11ª para a 10ª posição. Segundo o professor Vollset, as flutuações nos PIBs dos países resultariam, entre outros fatores, de um "declínio no número de adultos em idade ativa (…) que poderá resultar em grandes mudanças no poder econômico global até o final do século.” No mundo inteiro, segundo o estudo, a fatia da população com mais de 65 anos será bem maior que a com menos de 20 (ou 2,37 bilhões contra 1,7 bilhão). Os pesquisadores argumentam que essa queda na proporção de jovens pode significar uma redução em índices como inovação das economias. Também encolheria o mercado interno – formado por pessoas aptas a consumir bens e serviços. “Aposentados têm menos probabilidade de comprar bens de consumo duráveis do que os adultos de meia idade e jovens”, exemplificam os autores em nota à imprensa. Segundo os autores, o fenômeno expõe “enormes desafios ao crescimento econômico trazidos por uma força de trabalho em declínio”, além de sobrecargas a sistemas de previdência social e saúde frente a populações cada vez mais idosas. A explosão africana O levantamento indica que as populações de 183 países do mundo devem encolher – “a não ser que a baixa natalidade seja compensada por imigração”. Ainda assim, a população da África subsaariana, em media, deve triplicar ate o fim do século, passando de 1,03 bilhões em 2017 para 3,07 bi em 2100. Países subsaarianos, junto aos do norte da África e às nações do Oriente Médio serão os únicos, segundo o estudo, a registrarem aumento populacional até o fim do século. O ranking dos cinco países mais populosos do mundo trará Índia (1,09 bilhão), Nigéria (791 milhões), China (732 milhões), EUA (336 milhões) e Paquistão (248 milhões). Já a lista das 10 maiores populações incluirá, além da Nigéria, outros quatro países da África: República Democrática do Congo, Etiópia, Egito e Tanzânia. A situação é bem diferente da Ásia e da Europa – continentes onde acontecerão as maiores quedas em termos populacionais. No primeiro grupo, o Japão deve encolher das atuais 128 milhões de pessoas para 60 milhões em 2100, e a Tailândia deve ver sua população caindo de 71 para 35 milhões. A queda prevista para a China é ligeiramente menor, porém ainda impactante: de 1,4 bilhão em 2017 para 732 milhões em 2100. Já na Europa, a população espanhola pode encolher de 46 a 23 milhões, enquanto a Itália perderá 30 milhões de cidadãos (de 61 para 31 milhões) e os portugueses irão de 11 para 5 milhões. A jornalistas, o diretor da escola de medicina da Universidade de Washington, Christopher Murray, disse que o “estudo oferece aos governos de todos os países a oportunidade de começar a repensar suas políticas sobre migração, força de trabalho e desenvolvimento econômico para enfrentar os desafios apresentados pelas mudanças demográficas". “Para países de alta renda com populações em declínio, políticas abertas de imigração e políticas de suporte para que famílias tenham a quantidade de filhos que desejarem são as melhores soluções para sustentar os atuais níveis populacionais, de crescimento econômico e de segurança geopolítica”, diz o professor. Os autores também ressaltam que as respostas de governos ao declínio da população não podem em qualquer hipótese interferir na liberdade e nos direitos reprodutivos das mulheres. Limites Entre os possíveis problemas do estudo, os autores dizem que as previsões podem ser afetadas pela quantidade e qualidade dos dados, “embora o levantamento tenha usado os melhores dados disponíveis”. Eles também apontam a possibilidade de imprevistos que possam afetar ritmos de “fertilidade, mortalidade ou migração”.
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BR retoma vendas de gasolina de aviação após paralisação preventiva da Petrobras
Após as suspeitas de adulteração do combustível, a petroleira decidiu suspender a oferta de gasolina de aviação. A BR Distribuidora informou nesta terça-feira (14) que está retomando a comercialização de gasolina de aviação após uma paralisação preventiva no fornecimento pela Petrobras, sua única provedora do combustível.
A medida adotada pela petroleira foi decorrente da detecção, no sábado, de um lote de gasolina para aeronaves (AVGAS) com teor de compostos aromáticos diferente dos lotes até então importados, embora dentro dos requisitos de qualidade exigidos pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Anac investiga suspeita de adulteração de gasolina de aviação
Anac e ANP investigam suspeita de adulteração de gasolina de aviação
Anac já recebeu 73 relatos de possíveis problemas com combustível de aviação
As vendas pela BR estão sendo retomadas porque, segundo a distribuidora, a Petrobras ofereceu informações técnicas suficientes para a identificação exata do lote que apresentou teor de compostos aromáticos menor.
"Essas informações permitiram que a BR, em conjunto com suas revendas, fizesse o rastreamento dos locais onde aquele lote está armazenado e iniciasse o processo de completo recolhimento daquele produto", informou em nota a companhia, que no segmento de aviação atua como BR Aviation.
Novos lotes, "sem qualquer relação com o indicado pela Petrobras", já estão sendo fornecidos aos revendedores e clientes a partir da base da BR em Cubatão (SP), segundo a empresa.
A logística reversa (devolução do produto) vai incluir toda a gasolina de aviação que esteve armazenada junto com o lote indicado pela petroleira.
Serão enviadas informações detalhadas aos revendedores e clientes sobre os procedimentos para a coleta do produto, acrescentou a BR.
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Justiça decreta falência da Avianca Brasil
Companhia aérea terá 60 dias para apresentar a relação dos seus ativos. Empresa não opera desde maio do ano passado e chegou a reportar dívida de R$ 2,7 bilhões. A Justiça decretou nesta terça-feira (14) a falência da companhia aérea Avianca Brasil. Agora, a empresa terá 60 dias para apresentar a relação dos seus ativos. A decisão foi tomada pelo juiz Tiago Henriques Papaterra Limongi, da 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo. Avião da companhia aérea Avianca decola no Aeroporto Internacional São Paulo – Cumbica (GRU), em Guarulhos Celso Tavares/G1 Na semana passada, a companhia já havia pedido à Justiça para ter sua falência decretada por não conseguir cumprir o plano de recuperação judicial. Em novembro de 2019, a administradora judicial Alvarez & Masal, responsável pelo acompanhamento da recuperação judicial da empresa, também recomendou a falência da companhia. Dívida bilionária A Avianca Brasil entrou com o pedido de recuperação judicial em dezembro de 2018, quando se declarou sem condições de pagar dívidas estimadas à época em R$ 494 milhões. Posteriormente, o valor da dívida foi corrigido para cerca de R$ 2,7 bilhões. Um plano de recuperação chegou a ser aprovado pelos credores da empresa em abril de 2019, mas foi questionado por parte das empresas envolvidas no processo. O plano envolvia a divisão da companhia em sete Unidades Produtivas Isoladas (UPIs), incluindo horários de pousos e decolagens (slots). O leilão com os ativos da companhia foi realizado em julho de 2019, mas, depois, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) distribuiu os slots da Avianca Brasil para Azul, MAP e Passaredo. Em maio daquele ano, a Anac já havia suspendido todos os voos da Avianca Brasil, alegando temer pela falta de capacidade da empresa para operar com segurança. Um mês antes, em abril, a empresa se viu obrigada a devolver os aviões que usava para os arrendadores. A Avianca Brasil chegou a ter 48 aviões em sua frota. Quarta maior empresa A Avianca Brasil chegou a ocupar o posto de quarta maior empresa de aviação do país. A empresa sempre gostou de se diferenciar das rivais por operar na contramão da fórmula de "baixo custo, baixa tarifa". Antes do pedido de recuperação judicial, entre janeiro e outubro de 2018, a Avianca Brasil transportou 10,265 milhões de passageiros e alcançou 10,6% de participação do mercado.
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