Apple alerta que cobrir webcam pode danificar a tela quando o notebook for fechado
Fabricante recomenda que consumidores confiem no indicador luminoso ou usem coberturas com no máximo 0,1 mm. Apple adverte consumidores que aplicar material sobre a webcam pode danificar a tela quando notebook for fechado. Emile Perron/Unsplash A Apple publicou um documento recomendando que usuários de MacBooks não fechem o notebook enquanto a webcam estiver coberta por algum objeto. Segundo a empresa, os computadores da marca são desenvolvidos com "tolerâncias restritas" e a tela pode ser danificada se a cobertura tiver mais de 0,1 mm de espessura (uma folha de papel). Apple anuncia novos sistemas operacionais iOS 14 e MacOS Big Sur O problema já foi relatado em redes sociais e o reparo de uma tela danificada pode custar bem caro. Um usuário do Reddit afirma que a Apple cobrou cerca de 2 mil dólares canadenses (R$ 7,8 mil) para reparar o MacBook Pro 16", um modelo cuja configuração mais básica é vendida por R$ 24 mil no Brasil. Além de danificar a tela, tampar a webcam também pode impedir que os sensores de iluminação e TrueTone ajustem as cores e o brilho da tela corretamente. A Apple recomenda que os usuários confiem na luz indicadora de uso da webcam e configurem as permissões da câmera nas configurações de sistema do macOS. De acordo com a empresa, não é possível que a câmera seja ligada sem que a luz indicativa fique acesa. A prática de tampar a webcam com fitas ou outros materiais se popularizou em 2016 depois que Mark Zuckerberg, fundador do Facebook, publicou uma foto em que seu MacBook aparecia com fitas sobre a webcam e o microfone embutido no computador. MacBook de Mark Zuckerberg aparece com fita sobre a webcam e microfone em foto de 2016 que comemorava 500 milhões de usuários no Instagram. Reprodução Desde então, muitos fabricantes de notebooks têm incluído mecanismos para "cegar" a webcam com tampas deslizantes de metal ou plástico. Algumas marcas também decidiram incluir webcams externas, que não precisam estar permanentemente conectadas ao notebook. A Apple não modificou o design das câmeras, mas adicionou um recurso para desligar o microfone com o fechamento da tampa. Os notebooks da Apple possuem um chip personalizado, chamado de "T2", que é responsável por funções de segurança no notebook. Embora os notebooks da Apple realmente usem o mesmo circuito elétrico para acender a luz indicadora e ligar a webcam – de modo a impedir o uso da câmera sem acender a luz –, esse não é necessariamente o caso com todos os notebooks. Além disso, se o computador for invadido, a câmera pode teoricamente ser ligada quando o computador não está em uso – o que favorece a inclusão de barreiras físicas para a lente e o microfone. Qualquer "modificação" na carcaça do notebook, porém, pode ser arriscada. Em 2019, a Apple publicou outra advertência a respeito de descansos de pulso e revestimentos de teclas. Os revestimentos servem para proteger os teclados do tipo "borboleta" instalados em MacBooks entre 2015 e 2019, que são considerados frágeis e levaram a Apple a lançar um programa de reparos. Segundo o documento, "deixar qualquer material sobre o gabinete superior pode resultar em danos à tela quando fechá-la". Ou seja, quem tenta proteger o teclado do notebook pode acabar danificando a tela – a não ser que a peça seja removida antes de fechar o notebook. Em celulares, praticamente não existem modelos atuais que incluem tampas ou luzes indicadoras de uso. Em vez disso, o sistema operacional se encarrega de lembrar o usuário sobre aplicativos com permissão para acessar a câmera. Dúvidas sobre segurança, hackers e vírus? Envie para g1seguranca@globomail.com
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Preços dos petróleo caem com disparada de casos de Covid-19
Tensão dos Estados Unidos e da Europa com a China também derrubou as cotações nesta segunda-feira (13). Os preços do petróleo recuaram cerca de 1% nesta segunda-feira (13), diante de um recorde diário na contagem de novos casos de coronavírus no mundo, o que amplia os temores de novos lockdowns, e das crescentes tensões dos Estados Unidos e da Europa com a China.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) reportou mais de 230 mil novos casos de coronavírus no domingo (12), um recorde diário. O Hemisfério Ocidental é responsável por grande parte do avanço, especialmente EUA e América Latina.
Nos EUA, as infecções dispararam no final de semana, com a Flórida reportando mais de 15 mil casos em 24 horas, recorde para qualquer estado do país. Diversos estados norte-americanos reverteram a flexibilização das medidas de isolamento e passaram a obrigar o uso de máscaras.
Flórida bate recorde com mais de 15 mil novos casos de coronavírus em um dia
Os contratos futuros do petróleo Brent fecharam em queda de 0,52 dólar, ou 1,2%, a US$ 42,72 por barril, enquanto o petróleo dos EUA recuou 0,45 dólar, ou 1,1%, para US$ 40,10 o barril.
O mercado também foi pressionado pelas crescentes disputas dos EUA e da Europa com a China. A União Europeia anunciou que está preparando medidas retaliatórias em resposta à nova lei de segurança nacional imposta por Pequim a Hong Kong.
Enquanto isso, a China anunciou sanções contra os EUA nesta segunda-feira, depois de autoridades de Washington penalizarem autoridades seniores do país asiático pelo tratamento a muçulmanos uigures.
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Exportações da carne suína de SC têm aumento de 38% no faturamento no 1º semestre de 2020
Comparação é com mesmo período de 2019. China foi principal comprador. Trabalhadores em frigorífico de SC atuam com proteção entre funcionários para evitar transmissão do novo coronavírus BRF/Reprodução As exportações da carne suína catarinense tiveram um aumento na quantidade enviada e no faturamento no primeiro semestre de 2020, de acordo com informações da Secretaria de Estado da Agricultura da Pesca e do Desenvolvimento Rural divulgadas na tarde desta segunda-feira (13). Na comparação com o mesmo período do ano passado, a quantidade exportada subiu 20,6% e o faturamento, 38,6%. Em números absolutos, o estado exportou no primeiro semestre deste ano 243,8 mil toneladas de carne suína, com faturamento de mais de US$ 545,8 milhões. De acordo com a secretaria, esses são os maiores valores já registrados por Santa Catarina desde 1997, quando começou a ser feito o acompanhamento das exportações. Houve recorde mensal em maio, quando foram enviadas 51,7 mil toneladas de carne suína ao exterior. O faturamento foi de mais de US$ 113,6 milhões, segundo a secretaria. Em junho, o estado enviou 45,5 mil toneladas do produto e faturou US$94 milhões. Os números são divulgados pelo Ministério da Economia e analisados pelo Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa). China O principal comprador da carne suína catarinense foi a China, que importou 139 mil toneladas do produto, um crescimento de 87,2% em relação ao primeiro semestre de 2019. O país asiático é o destino de 60,4% da carne suína feita em Santa Catarina. O faturamento foi de US$ 329,9 milhões. Outros lugares que também importaram o produto foram Hong Kong, Chile, Japão e Cingapura. Preocupada com o novo coronavírus, na semana passada a China suspendeu as importações de duas unidades processadoras de carne suína do Brasil, de acordo com a autoridade aduaneira chinesa. Segundo levantamento do G1, as unidades ficam no Rio Grande do Sul. O número de casos de Covid-19 entre funcionários de frigoríficos catarinenses tem preocupado o Ministério Público do Trabalho (MPT) desde o início da pandemia. Na tarde de sexta-feira (10), uma reunião foi realizada entre autoridades para debater o assunto. Nesse encontro, governo e representantes do Ministério Público decidiram por manter a portaria 312, que estabelece medidas de prevenção para funcionamento dos abatedouros e frigoríficos de carne durante a pandemia. Veja mais notícias do estado no G1 SC
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Bolsas de NY recuam após Califórnia suspender reabertura da economia
Dos três principais índices de Nova York, somente o Dow Jones fechou em leve alta de 0,04%; S&P 500 recuou 0,94% e o Nasdaq, 2,13%. Wall Street Lucas Jackson/Reuters As bolsas de Nova York perderam os fortes ganhos do dia na reta final do pregão desta segunda-feira (13) após eventos inesperados que surgiram durante a tarde nos Estados Unidos. O principal foi o anúncio do governo da Califórnia anunciando novo fechamento de estabelecimentos com atividades em ambientes internos, como restaurantes, bares, cinemas, academias de ginástica, salões de cabeleireiros, igrejas e museus. A decisão foi tomada diante do aumento persistente de casos de Covid-19 no Estado. Bolsas da Europa sobem por expectativas com vacina e estímulo, de olho em resultados Após a forte alta acima de 1% na primeira metade da sessão, estimulada pela temporada de balanços corporativos do segundo trimestre, na qual os investidores sinalizaram esperar resultados menos sombrios do que os previstos, a notícia sobre o fechamento de estabelecimentos na Califórnia varreu os ganhos. O Dow Jones terminou o dia em leve alta de 0,04%, a 26.085,80 pontos, mas os demais índices de Wall Street não resistiram. O S&P 500 fechou em queda de 0,94%, a 3.155,22 pontos, e o Nasdaq, que renovou a máxima intradiária ao atingir 10.824,78 pontos, virou completamente e fechou com perdas de 2,13%, a 10.390,84 pontos. Pouco antes da notícia da Califórnia, a volatilidade já havia sido engatilhada depois que o presidente do Federal Reserve de Dallas, Robert Kaplan, disse que os empréstimos concedidos pelo banco central americano às empresas não serão dados por tempo indefinido, sinalizando que podem diminuir, caso a economia melhore. Flórida é o novo epicentro da Covid-19 nos Estados Unidos Destaques Além disso, as ações da Tesla influenciaram no primeiro movimento de correção do dia. Depois de subirem 14%, as ações da empresa oscilaram entre perdas e ganhos e fecharam em queda de 3%. O VIX, índice que mede a volatilidade no S&P 500 conhecido como “termômetro do medo” em Wall Street, subiu 17,96% nesta segunda-feira e foi a 32,19 pontos. Amanhã o dia também deve ser agitado em Nova York diante da abertura praticamente oficial da temporada de balanços de lucros do segundo trimestre, período em que a economia foi severamente afetada pelas paralisações causadas pela pandemia do novo coronavírus, principalmente na primeira parte do período. Estão programados balanços importantes do setor financeiro, como os do J.P. Morgan, do Citigroup e do Wells Fargo. A Pepsico já divulgou os seus resultados nesta segunda com dados melhores do que o esperado. A companhia afirmou que ganhou US$ 1,32 por ação, uma vez que a receita caiu 3,1%, para US$ 15,95 bilhões. Analistas esperavam ganhos de US$ 1,25 por ação e receita de US $ 15,37 bilhões. A empresa, contudo, se recusou a dar uma perspectiva financeira para o ano, mas sua garantia quanto aos pagamentos dos dividendos ajudou a elevar as ações em 2,43% nas negociações de pré-mercado — os papéis da companhia fecharam o pregão de hoje em alta de 0,33%, cotados a US$ 134,91. No geral, analistas esperam que os lucros das empresas listadas nas bolsas de Nova York caiam entre 40% e 50%, mas as projeções ajustadas para baixo podem trazer resultados surpreendentes capazes de ajudar os índices a se levantarem depois da queda de hoje. “Mesmo que vejamos alguns números desfavoráveis, os investidores ainda podem encontrar motivos para otimismo”, explica o analista da Oanda, Craig Erlam. Porém, ele deixa um questionamento em sua nota diária enviada a clientes. “A pergunta é: A barra foi ajustada o suficiente? E o que as empresas terão a dizer sobre o que está por vir? Muitos se recusaram a oferecer orientação há três meses e todo mundo perdoou, talvez não aconteça o mesmo desta vez, especialmente acompanhando o que será um número horrível”.
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Plataforma de streaming Twitch retira suspensão sobre conta de Donald Trup
Conta de Trump havia sido banida no final de junho por divulgar 'conteúdo de ódio'. O presidente dos EUA Donald Trump Alex Brandon/AP A rede de streaming Twitch retirou a suspensão sobre a conta do presidente americano Donald Trump nesta segunda-feira (13). A página de Trump na plataforma foi banida no último dia 29 de junho depois que "conteúdo de ódio" foi transmitido no canal, segundo a imprensa americana. Uma das streams com problemas foi a retransmissão do discurso inicial da campanha de Trump, em 2015 quando ele afirmou que o México estava enviado estupradores e traficantes de drogas para os EUA. A Twitch também marcou comentários feitos pelo presidente durante um comício realizado em Tulsa, no último dia 20 de junho, segundo o portal The Verge. A conta do presidente dos EUA foi uma da série de contas que a Twitch removeu do ar depois que anunciou que baniria usuários denunciados por abuso, após alguns streamers virem a público e relatarem histórias de assédio. Auditoria de direitos civis critica Facebook por não ter removido publicações de Donald Trump O comportamento de Trump em redes sociais tem gerado polêmicas nos últimos meses, principalmente no Twitter, onde publicações do presidente foram marcadas por "glorificar a violência" e por conter informações que precisariam ser "checadas", sobre voto à distância nos EUA. O Facebook, por outro lado, foi alvo de críticas por não ter tomado atitude contra as publicações de Trump.
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Presidente argentino diz que atual oferta de reestruturação da dívida é “a última”
A proposta argentina de troca de títulos emitidos de acordo com a legislação estrangeira oferece o pagamento de uma média de US$ 53,5 por US$ 100 emprestados, em comparação à oferta anterior de US$ 39 por 100 que foi rejeitada em maio. O presidente da Argentina, Alberto Fernández, fala a jornalistas em Paris, durante visita oficial à França Stephane de Sakutin/AFP O presidente da Argentina, Alberto Fernández, disse que a oferta que seu governo apresentou na semana passada para o swap de cerca de US$ 66 bilhões em dívidas "é a mais recente". "Uma (primeira) oferta foi feita (em abril). Vimos que estávamos longe de suas aspirações, a revisamos e fizemos o máximo esforço e esta é a última oferta. Espero que entendam", esclareceu Fernández em entrevista nesta segunda-feira à Rádio La Patriada FM. Argentina supera 100 mil casos de Covid-19 América Latina vira a segunda região com mais mortes por causa do coronavírus A proposta argentina de troca de títulos emitidos de acordo com a legislação estrangeira oferece o pagamento de uma média de US$ 53,5 por US$ 100 emprestados, em comparação à oferta anterior de US$ 39 por 100 que foi rejeitada em maio. O período de carência foi reduzido de três anos para um e a Argentina começaria a pagar vencimentos em setembro de 2021. "Estamos tentando nos aproximar dos credores, já fizemos o último esforço. Não vamos pagar a dívida adiando os interesses dos argentinos", afirmou Fernández. "Não podemos fazer mais do que isso e esperamos que entendam por que não vamos mudar. Trabalhamos muito a sério e de boa fé, e isso foi reconhecido pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), pelo G20, pela França e pela Alemanha, todos elogiaram o esforço argentino que ocorre neste contexto de pandemia", acrescentou. Número de casos de Covid-19 sobe na Argentina, principalmente na capital A oferta argentina estará aberta até 4 de agosto. No entanto, dois grupos de credores, Ad Hoc e Exchange Bondholders, declararam que não estão satisfeitos e fizeram modificações na proposta em busca de um acordo. "Embora não tenhamos aceitado a proposta da Argentina, parece-nos que ela fornece uma base para um acordo construtivo. Estamos prontos para discutir algumas modificações na oferta que permitam uma reestruturação consensual", disseram eles em comunicado na semana passada. A Argentina entrou em default em 22 de abril, deixando de pagar os juros de três dos títulos sujeitos a swap. A dívida pública da Argentina totaliza US$ 324 bilhões, quase 90% de seu Produto Interno Bruto. A Argentina está em recessão desde 2018 e espera-se que sua economia sofra ainda mais devido à pandemia de Covid-19. O FMI estimou uma queda de 9,9% no PIB este ano.
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Petrobras volta a ser elegível para investimento de fundo norueguês KLP, diz empresa
Fundo havia retirado a Petrobras de sua carteira de investimentos há alguns anos por causa dos escândalos de corrupção. A Petrobras voltou a ser elegível para receber investimentos do fundo de pensão norueguês KLP, que possui um patrimônio total de centenas de bilhões, informou a empresa em comunicado nesta segunda-feira (13). Segundo a Petrobras, a decisão do KLP ocorreu em função do fortalecimento da governança na estatal. O fundo havia retirado a Petrobras de sua carteira de investimentos há alguns anos, na esteira de escândalos de corrupção. Sede da Petrobras no Rio de Janeiro Daniel Silveira/G1 "O fundo destacou que a companhia fortaleceu significativamente sua governança nos últimos anos, de forma que o risco de corrupção na Petrobras foi 'significativamente reduzido'", afirmou a petroleira na nota.
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Exportação brasileira de café cai 3,6% na safra 2019/2020
Queda é explicada por colheita menor no ano passado. No total, Brasil vendeu ao exterior 39,9 milhões de sacas de 60 kg. Plantação de café Divulgação/Epamig A exportação total de café do Brasil (verde e industrializado) em 2019/20 atingiu 39,9 milhões de sacas de 60 kg, queda de 3,6% em relação ao ciclo anterior, que refletiu uma safra menor colhida no ano passado, disse nesta segunda-feira (13) o presidente do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), Nelson Carvalhaes. Segundo ele, a pandemia de Covid-19 não teve impacto material nos embarques do maior produtor e exportador global de café. "Tivemos um semestre muito bom, com muita eficiência, bons resultados e dentro da quantidade de café que era possível embarcar para o mercado internacional", declarou ele, em entrevista a jornalistas, por meio de videoconferência. Apesar do recuo anual, o resultado representa o segundo maior volume embarcado em uma safra da história, atrás apenas da temporada 2018/19, que atingiu 41,4 milhões de sacas, conforme dados do Cecafé. Baixa em 2019 Carvalhaes lembrou que o ano passado foi período de baixa no ciclo bianual da produção de café arábica, o que impediu maiores embarques na temporada 2019/20, em função de estoque reduzidos. Após o Brasil ter sido "muito agressivo" na exportação em 2018/19, "fez esforço terrível" para manter seus embarques, em função da baixa disponibilidade. "Praticamente exaurimos os estoques de arábica (em 2019/20)", disse ele, ao explicar o desempenho da exportação no ano-safra. A exportação de café arábica do Brasil em junho somou 1,85 mi sacas, queda de 21,3% ante mesmo período do ano passado, segundo o Cecafé, enquanto na safra atingiu 35,9 milhões de sacas, queda de 4% na comparação anual. "A exportação foi um pouco menor mais em função da oferta de café", concluiu o presidente do Cecafé, que avaliou que a pandemia não afetou a demanda de forma expressiva, embora tenha exigido maiores cuidados, desde a colheita até a exportação. O dirigente evitou fazer projeções para o novo ano safra, de julho a junho. Mas afirmou acreditar que, diante de uma grande safra que está sendo colhida neste ano de alta do arábica, o país deverá ter embarques volumosos, principalmente a partir de agosto e setembro, quando o produto da nova safra já estará pronto para embarque. "Vejo toda a chance de concluir 2020 igual ou até melhor (na exportação de café). Vejo possibilidade, o Brasil fez boas vendas (antecipadas) para o segundo semestre", destacou ele. Aumento do consumo em casa Para Carvalhaes, o consumo de café em casa teve incremento "fantástico" em tempos de Covid-19, compensando redução de demanda por hotéis, cafeterias e restaurantes. "Acho que um vai compensar o outro, e com a abertura paulatina poderá recuperar uma parte do mercado de hotéis, restaurantes e cafeterias", disse. Na avaliação do presidente do Cecafé, o consumo mundial de café deverá ficar estável em 2020, "até com possível crescimento", mas ele avaliou que é prematuro falar em números neste momento. "No meio de um problema muito sério (pandemia)… Tudo indica que, pelo que os países estão exportando, acho que este ano o consumo deve ser mantido e haver até um possível crescimento." Em meio à baixa oferta de arábica, o destaque na exportação de café na temporada 2019/20 foi a variedade robusta, cujos embarques aumentaram quase 23% para 4,4 milhões de sacas no ano completo, segundo os dados do Cecafé.
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Auxílio Emergencial: Caixa termina liberação de saques da 1ª parcela para beneficiários do 3º lote
Nesta terça, poderão sacar o dinheiro 1,2 milhão de beneficiários do terceiro lote, com aniversário entre outubro e novembro. A Caixa Econômica Federal libera a partir desta terça-feira (14) os saques e transferências da primeira parcela do Auxílio Emergencial para os aprovados inscritos no aplicativo e site dentro do terceiro lote, e que aniversariam entre outubro e dezembro – um total de 1,2 milhão de trabalhadores. Ao todo, o lote inclui 5,9 milhões de beneficiários. Veja o calendário completo de pagamentos do auxílio emergencial de R$ 600 Tira dúvidas sobre o Auxílio Emergencial SAIBA TUDO SOBRE O AUXÍLIO EMERGENCIAL Com isso, estão liberados os saques e transferências da primeira parcela do auxílio a todos os beneficiários do terceiro lote. Esses trabalhadores tiveram o dinheiro liberado na poupança social digital entre os dias 16 e 17 de junho. Veja calendário abaixo: INSCRITOS VIA APP E SITE – TERCEIRO LOTE Economia G1 A segunda parcela para os aprovados deste terceiro lote, no entanto, ainda não tem data definida. Balanço Segundo a Caixa, 65,2 milhões de beneficiários já receberam o Auxílio Emergencial dentro das parcelas 1, 2 e 3, totalizando R$ 121,1 bilhões. Dos 109,1 milhões de cadastros no programa, 107,8 milhões foram processados. Cerca de 860 mil ainda esperam por reanálise, todos inscritos no app e site do auxílio, enquanto cerca de 1,3 milhão ainda estão em primeira análise. Os trabalhadores podem consultar a situação do benefício pelo aplicativo do auxílio emergencial ou pelo site auxilio.caixa.gov.br.
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Brasil tem 68 projetos de leilão em andamento no setor de saneamento e 146 paralisados, mostra levantamento
Existem atualmente 95 contratos assinados com o setor privado na área de água e esgoto, a maioria em pequenas cidades. Expectativa é que novo marco legal facilite a abertura do mercado, mas impacto no curto prazo deve ser limitado. Levantamento da consultoria Radar PPP, que monitora o mercado de infraestrutura, mostra que 2 em cada 3 projetos no setor de saneamento básico anunciados nos últimos anos estão paralisados, e que a maioria são iniciativas de municípios. O estudo, obtido com exclusividade pelo G1, identificou 68 projetos em andamento no país e 146 paralisados. O mapeamento mostra ainda que existem atualmente no país 95 contratos assinados com o setor privado na área de água e esgoto, sendo 75 concessões e 20 PPPs (parcerias público-privadas). Veja quadro abaixo: Projetos de PPPs e concessões de saneamento Economia G1 De acordo com o levantamento, dos 95 contratos já firmados no país, a maior parte está concentrada em São Paulo (24), Tocantins e Santa Catarina (11), com contratos com duração média de 29,5 anos. "A participação privada em água e esgoto sempre foi marginal. Muitas vezes, os governos iniciam projetos, começam a fazer análise de modelagem, até mesmo lançam uma consulta pública, só que param", afirma o sócio da Radar PPP, Bruno Pereira. "Desde janeiro de 2017, foram celebradas 36 novas concessões comuns. Mas, em regra, são iniciativas em municípios de menor porte, que dinamizam o mercado, mas estão distantes de contribuir decisivamente para o desafio da universalização do saneamento no país", acrescenta. Atualmente, o saneamento é prestado majoritariamente por empresas públicas estaduais. Segundo a Associação Brasileira das Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto (Abcon), a iniciativa privada opera atualmente em apenas 6% dos municípios do país, somados todos os modelos de contrato. Apesar da pequena fatia de mercado, a iniciativa privada já responde por cerca de 20% dos investimentos feitos no setor no Brasil. Segundo a associação, o total de investimentos previstos nos contratos já firmados é da ordem de R$ 37 bilhões. O marco legal do saneamento básico Impactos do novo marco do saneamento O Plano Nacional de Saneamento Básico prevê a universalização dos serviços de água e esgoto em 2033. Na avaliação da Confederação Nacional da Indústria (CNI), entretanto, se mantido o atual ritmo de investimentos, o país só alcançará essa meta na década de 2060. "Os investimentos em saneamento básico no Brasil não passam, hoje, da média de R$ 12 bilhões anuais. É necessário pelo menos dobrar essa quantia para que a maior parte dos brasileiros tenha acesso a redes de esgoto em um horizonte de 13 anos", afirmou a CNI, em nota. A expectativa do governo e do mercado é de que o novo marco legal do saneamento, aprovado recentemente pelo Congresso, facilite uma maior participação da iniciativa privada e contribua para elevar o volume de investimentos no setor. Para o país conseguir universalizar os serviços de água e esgoto estima-se uma necessidade de mais de R$ 700 bilhões de investimentos. "As empresas estatais sempre foram muito defensivas no que diz respeito a uma participação mais intensa da iniciativa privada. Agora, vão ter que recorrer a parcerias por pura e simples pressão e necessidade de que os contratos e programas cumpram as metas prometidas", afirma Pereira, citando a obrigatoriedade de abertura de licitação para a prestação de serviços de abastecimento de água e de esgotamento sanitário, e o fim do direito de preferência das companhias estaduais. Entenda o marco do saneamento e veja os principais pontos Raio X do saneamento: 16% não têm água tratada e 47% não têm acesso à rede de esgoto O Radar PPP avalia, porém, que um salto no número de concessões e PPPs em água e esgoto só deverá ocorrer no médio prazo, uma vez que o novo marco também admite que os atuais contratos firmados entre as companhias estaduais e municípios sejam renovados, o que pode garantir uma sobrevida ao atual modelo. "É como se a gente estivesse no último respiro do modelo antigo, mas ainda há dois, três anos para que isso seja formalizado. As empresas estaduais ainda têm um prazo para fortalecer suas posições na sua base territorial", explica. Analistas ouvidos pelo G1 alertam para alguns desafios e estimam que um maior número de leilões só deverá ocorrer a partir de 2022. Na avaliação do mercado, há interesse do setor privado nos projetos já anunciados e na atividade de saneamento em geral, mas é preciso agilidade também na regulamentação do novo marco e na estruturação da Agência Nacional de Águas (ANA). Marco legal do saneamento deve trazer melhores condições para milhões de brasileiros Na avaliação da agência de classificação de risco Moody's, a aprovação do marco legal é positiva para a ampliação dos investimentos privados no setor de saneamento, uma vez que contribui para a padronização do ambiente regulatório, hoje bastante fragmentado com mais de 50 agências diferentes. “Dada a situação fiscal desafiadora dos entes públicos, este marco legal também favorece a privatização de empresas de água e esgoto, ao mesmo tempo em que garante a manutenção de contratos assinados com municípios”, afirma a analista da Moody’s Nicole Salum. Dos 68 projetos em andamento, 18 são estaduais Dos 68 projetos em curso, 50 são de municípios e consórcios públicos e 18 são iniciativas estaduais. Entre os maiores, destaque para a concessão de água e esgoto na região metropolitana de Maceió, a PPP de esgoto da Empresa de Saneamento de Mato Grosso do Sul (Sanesul) e concessão da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae). De acordo com o levantamento do Radar PPP, os 18 projetos estaduais incluem iniciativas em 13 estados: Alagoas (2), Tocantins (2), Piauí (2), Ceará (2), Pernambuco (2), Acre, Amazonas, Rio de Janeiro, Pará, Bahia, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul e Espírito Santo. Entre os projetos estaduais, 8 estão sendo estruturados pelo BNDES, e foram iniciados após o lançamento do programa de concessão de companhias de água e esgoto, em 2016, no então governo de Michel Temer. Apesar das incertezas no cenário econômico, o BNDES prevê realizar 3 leilões no setor de saneamento ainda em 2020, incluindo o da Cedae. Na avaliação de Pereira, o modelo de concessão tende a enfrentar maior resistência das companhias estaduais, uma vez que implica em transferir para um agente privado o controle da receita da arrecadação de tarifas. Já na PPP, há a possibilidade de manutenção da gestão comercial e abertura de licitação para um cronograma específico de obras ou serviços. No caso da Cedae, por exemplo, a concessão da companhia ao setor privado foi uma exigência do governo federal para a adesão do Rio de Janeiro ao Regime de Recuperação Fiscal proposto pela União em 2017 em meio à grave crise do estado. Radar PPP avalia que 66 projetos podem ser retomados Do total de 146 projetos paralisados ou abandonados, a estimativa é que 66 possam ser retomados, uma vez que se tratam de iniciativas relativamente recentes, anunciadas a partir de 2018. Para que voltem a ter andamento, entretanto, é necessário mais do que apenas a atualização do novo marco legal. "Ainda há desafios para que os municípios possam desenvolver modelos de concessão tecnicamente adequados e que atraiam de fato agentes econômicos sérios, tecnicamente prontos e de porte proporcional aos projetos", diz Pereira. "Nos próximos 12 meses, devemos ver um maior dinamismo no segmento de água, esgoto e resíduos sólidos, mas tudo vai depender do nível de contundência com que o governo irá estruturar a Agência Nacional de Águas e das estatais estaduais se jogarem de fato no mundo das PPPs", acrescenta.
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