Inflação da terceira idade se mantém acima do resto da população
Na passagem do primeiro trimestre para o segundo trimestre de 2020, a taxa do IPC-3i registrou decréscimo de 0,91 ponto percentual, passando de 0,88% para -0,03%. Terceira idade Reprodução/PortalIBre O índice que mede a inflação para o consumidor da terceira idade, com mais de 60 anos de idade, registrou no segundo trimestre queda de 0,03%. No entanto, em 12 meses, o IPC-3i acumula alta de 2,54%. Com este resultado, a variação do indicador ficou acima da taxa acumulada pelo IPC-BR, índice do resto da população, que foi de 2,22%, no mesmo período. No primeiro trimestre, a taxa do IPC-3i foi de 0,88%, portanto, houve decréscimo de 0,91 ponto percentual para o segundo trimestre. Seis das oito classes de despesa componentes do índice registraram decréscimo em suas taxas de variação. A principal contribuição partiu do grupo Transportes, cuja taxa passou de 0,42% para -2,93%. O item que mais influenciou o comportamento desta classe de despesa foi a gasolina, que variou -10,55% no segundo trimestre, ante -1,66%, no anterior. Contribuíram também para o decréscimo da taxa do IPC-3i os grupos: Educação, Leitura e Recreação (-0,42% para -3,59%), Alimentação (2,61% para 2,16%), Habitação (0,25% para -0,10%), Saúde e Cuidados Pessoais (1,13% para 0,90%) e Vestuário (-0,17% para -0,44%). Nestas classes de despesa, o destaque ficou com os itens: cursos formais (4,29% para -2,50%), hortaliças e legumes (28,48% para 6,45%), empregado (a) doméstico (a) (0,91% para 0,14%), artigos de higiene e cuidado pessoal (1,66% para -0,28%) e calçados (-0,07% para -1,94%). Em contrapartida, os grupos Comunicação (0,43% para 0,92%) e Despesas Diversas (0,38% para 0,63%) apresentaram avanço em suas taxas de variação. Nestas classes de despesa, destaque para os itens: combo de telefonia, internet e TV por assinatura (0,09% para 1,87%) e alimentos para animais domésticos (-2,51% para 3,89%).
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Governo vai sancionar na quarta-feira o marco legal do saneamento
O governo marcou para quarta-feira (15) a sanção do novo marco do saneamento básico, que irá permitir maior concorrência no setor, atualmente dominado por empresas públicas.
Após mais de dois anos de debates e medidas provisórias que caducaram (perderam validade), o Congresso aprovou o texto no dia 24 de junho. A Casa Civil e a Secretaria Geral de Governo ainda avaliam se haverá algum vetos. A possibilidade de vetos foi negociada com o Senado para acelerar a tramitação do texto. Se os senadores tivessem feito mudanças, a matéria teria que voltar para a Câmara.
A ideia do governo era realizar um evento no Palácio do Planalto para celebrar a sanção. A nova lei é vista pela equipe econômica como um dos principais pilares para atrair investimentos privados nos próximos anos. Mas o isolamento do presidente Jair Bolsonaro, que contraiu covid-19, deve mudar os planos sobre o evento.
Estatais
As empresas estatais, que fizeram pressão contra a aprovação da nova lei, agora lançam uma ofensiva para que o governo flexibilize as condições para tomada de empréstimos no setor público, porque elas estão hoje sujeitas aos limites de estados e municípios para operações de crédito.
Segundo as empresas, será difícil competir com o setor privado se o teto para operações de crédito do setor de saneamento também tiver que obedecer o limite de exposição dos bancos ao setor público. A iniciativa tem a simpatia do Ministério do Desenvolvimento Regional, mas encontra oposição na equipe econômica.
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Vale criará empresa de soluções de baixo carbono com Kobe Steel e Mitsui
Período de avaliação já foi iniciado para estimar a demanda do mercado pelos produtos que seriam oferecidos antes de um acordo final sobre a nova empreitada. A mineradora Vale informou que chegou a um acordo com as japonesas Kobe Steel e Mitsui para a criação de uma nova empresa que visa fornecer soluções metálicas e siderúrgicas de baixo carbono para o mercado global, segundo comunicado da companhia nesta segunda-feira (13).
O acordo, não vinculante, estabelece termos e condições para a criação da nova companhia, acrescentou a Vale, destacando que um período de avaliação já foi iniciado para estimar a demanda do mercado pelos produtos que seriam oferecidos antes de um acordo final sobre a nova empreitada.
"A Vale está comprometida em contribuir com seus clientes siderúrgicos nesse desafio de reduzir a pegada de carbono", disse a empresa no comunicado, ao destacar que a nova companhia utilizaria "tecnologias de produção de ferro de baixo CO2 existentes e novas".
A mineradora afirmou que entre as tecnologias a serem aplicadas pela nova empresa estaria um processo de ferro-gusa de baixo carbono com uso de fontes mais limpas de energia, como biomassa e hidrogênio, desenvolvido por sua subsidiária Tecnored.
A Vale também citou como exemplo de tecnologia um processo utilizado por plantas da Kobe Steel para redução de emissões na produção de ferro, o chamado "Midrex".
A empresa não citou um prazo para a decisão final sobre a criação da nova companhia junto à Kobe Steel e a Mitsui.
A Vale disse que contribuiria no negócio por meio da tecnologia da subsidiária Tecnored, seu portfólio de minério de ferro e capacidade logística, enquanto a Kobe Steel agregaria experiência na produção de aço e engenharia de plantas siderúrgicas, além do processo Midrex. Já a Mitsui entraria com a experiência em comercialização de metais e sucatas e sua capacidade de investimento.
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Cidade dos EUA emite em madeira sua própria moeda por causa da pandemia
Dinheiro é dado como um subsídio aos moradores que mostram ter sido atingidos pela pandemia. Tenino se tornou uma cidade fantasma, com seus negócios tentando sobreviver à pandemia da Covid-19. Isso fez com que as autoridades revivessem uma ideia não convencional do último século: imprimir sua própria moeda em placas finas de madeira. O prefeito de Tenino, Wayne Fournier, mostra 'nota' de US$ 25 impressa em madeira Jason Redmond/AFP "Não há comércio, vendas e as ruas estão mortas. É tudo igual às três da tarde e às três da manhã", conta Wayne Fournier, prefeito dessa cidade de 1.800 habitantes do estado de Washington, situada no noroeste dos Estados Unidos. "Estávamos recebendo muitas ligações de empresas nos dizendo que não tinham certeza se poderiam continuar", disse ele à AFP. Como o museu da cidade possui uma impressora dos anos 1890, eles a usaram para fazer US$ 10.000 em retângulos em madeira, cada um com um valor nominal de US$ 25. A moeda tem uma imagem do presidente George Washington e uma expressão em Latim, que traduzida para o inglês significa: "Está tudo sob controle". Esse dinheiro é dado como um subsídio aos moradores que mostram ter sido atingidos pela pandemia. Cada um pode receber até US$ 300 por mês. Conhecida como "Dólar Tenino" ou "Dólar Covid", ou ainda "Dólar Wayne", por causa do sobrenome do prefeito, a moeda é aceita em quase todas as empresas da cidade a uma taxa fixa equivalente a quase um dólar. Essa moeda é válida apenas dentro dos limites de Tenino. Tempos de desespero A ideia não é nova. A cidade a usou durante a crise ainda pior causada pela Grande Depressão, na década de 1930. A escassez de dólares na época levou os gerentes dos bancos de Tenino a imprimirem dinheiro em casca de abeto. "O conceito se tornou viral na década de 1930", relata Fournier, e outras comunidades, empresas e câmaras de comércio o implementaram. A atenção da mídia despertou a curiosidade dos investidores e, ao longo dos anos, a moeda de madeira se tornou um item de colecionador, disponível para a compra no eBay e na Amazon. A versão contemporânea, como sua edição anterior, tem como objetivo ajudar durante a crise econômica que causou o fechamento de negócios em todo o país. "É mais uma forma de promover a própria cidade", ressalta Chris Hamilton, gerente da principal mercearia da cidade. "Muitas pessoas que chegam à cidade nem sequer sabem que Tenino existe, e querem saber como funciona esse lugar que imprime sua própria moeda", acrescenta o comerciante. "Eles podem parar por um tempo, comprar sorvete ou andar pelas ruas e comer um hambúrguer", detalha Hamilton. Há também moedas complementares em muitos lugares nos Estados Unidos e na Europa. Elas não têm o objetivo de substituir a moeda nacional, mas sim apoiar a economia local. É uma grande diferença, pois as autoridades americanas nunca aprovariam a criação de uma nota que concorra com o dólar. O departamento do Tesouro preferiu não comentar sua posição em relação às moedas locais. O sistema suíço WYR, criado em 1934, é considerado a moeda local mais antiga do mundo e usado diariamente por milhares de pequenas empresas. Resposta à globalização Com desemprego de 11,1% em junho, uma das maiores taxas desde a Grande Depressão, os americanos que defendem as moedas complementares dizem que este é um momento para considerá-las uma forma de ajuda às pessoas. "A crise no financiamento dos municípios impulsiona a criatividade. Os administradores estão explorando emitir sua própria moeda ao invés de emitir bônus para financiar sua resposta à COVID", disse Susan Witt, diretora do centro de estudos econômicos Schumacher. Este centro desenvolveu a BerkShares, moeda em circulação desde 2006 na região de Berkshires, a oeste de Massachusetts, e distribuída por bancos locais. Witt está assessorando vários municípios americanos interessados em iniciativas similares. Muitos consideram as moedas locais um baluarte contra a globalização desenfreada. "As pessoas começaram a se dar conta de que nos tornamos globais demais, rápido demais e perdemos nossas características próprias", disse Chris Hewitt, fundador da Hudson Valley Current, moeda do Upstate Nueva York e que opera como um sistema de crédito mútuo. Os entusiastas deste tipo de moeda querem dar início a um movimento nacional. "Se isto for feito organicamente em todo o país, poderia nos salvar de uma recessão séria", diz Fournier. Estados Unidos chegam à marca de três milhões de casos de Covid-19
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Mercado vê recessão menor em 2020 e aumenta estimativa para a inflação
Analistas passaram a prever queda de 6,10% da atividade econômica este ano, ante recuo de 6,50% na semana passada; expectativa para o IPCA foi de 1,63% para 1,72% Os economistas do mercado financeiro voltaram a melhorar as estimativas para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2020. A projeção passou de uma retração de 6,50% para 6,10%.
Os números fazem parte do boletim de mercado, conhecido como relatório "Focus", divulgado nesta segunda-feira (13) pelo Banco Central (BC). O levantamento foi feito na semana passada e ouviu mais de 100 instituições financeiras.
O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia.
A expectativa para o nível de atividade foi medida em meio à pandemia do novo coronavírus, que tem derrubado a economia global e colocado o mundo no caminho de uma recessão.
Em 13 de maio, o governo brasileiro estimou uma queda de 4,7% para o PIB de 2020, tendo como base a perspectiva de que as medidas de distanciamento social terminariam no fim de maio.
O Banco Mundial prevê uma queda de 8% no PIB brasileiro e o Fundo Monetário Internacional (FMI) estima um tombo de 9,1%.
Em 2019, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o PIB cresceu 1,1%. Foi o desempenho mais fraco em três anos. Nos três primeiros meses de 2020, foi registrada uma retração de 1,5% na economia brasileira.
PIB encolhe 1,5% no primeiro trimestre, pior resultado desde 2015
Para o próximo ano, a previsão do mercado financeiro para o crescimento do PIB permaneceu estável em 3,50%.
Aumento na projeção de inflação
Segundo o relatório divulgado pelo BC nesta segunda-feira, os analistas do mercado financeiro elevaram a estimativa de inflação em 2020, de 1,63%, para 1,72%.
A expectativa de inflação do mercado para este ano segue abaixo da meta central, de 4%, e também do piso do sistema de metas, que é de 2,5% neste ano.
Pela regra vigente, o IPCA pode oscilar de 2,5% a 5,5% sem que a meta seja formalmente descumprida. Quando a meta não é cumprida, o BC tem de escrever uma carta pública explicando as razões.
A meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic).
Para 2021, o mercado financeiro manteve em 3% sua previsão de inflação. No ano que vem, a meta central de inflação é de 3,75% e será oficialmente cumprida se o índice oscilar de 2,25% a 5,25%.
Novo corte nos juros
O mercado também manteve a previsão de um novo corte na taxa básica de juros da economia, a Selic, que atualmente está em 2,25% ao ano. A previsão dos analistas é de que a taxa caia para 2% até o fim de 2020.
Para o fim de 2021, a expectativa permaneceu estável em 3% ao ano. Isso quer dizer que os analistas seguem estimando alta dos juros no ano que vem.
Outras estimativas
Dólar: a projeção para a taxa de câmbio no fim de 2020 continuou em R$ 5,20. Para o fechamento de 2021, caiu para R$ 5,00 por dólar.
Balança comercial: para o saldo da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações), a projeção em 2020 foi elevada para US$ 54 bilhões de resultado positivo. Para o ano que vem, a estimativa dos especialistas do mercado foi mantida em US$ 55,25 bilhões de superávit.
Investimento estrangeiro: a previsão do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil, em 2020, foi mantida em US$ 55 bilhões. Já para 2021, a estimativa dos analistas foi cortada, para US$ 64,10 bilhões.
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Educação Financeira #97: com Selic a 2,25%, ouça dicas sobre o que fazer com o seu dinheiro
Com a taxa básica de juros no menor nível da história, investidor tem de definir prazos para aplicações e pesquisar cada vez mais se quiser ver o seu patrimônio crescer. Com a taxa básica de juros (Selic) a 2,25% ao ano, na mínima histórica, o brasileiro vai ter de sair da zona de conforto e redobrar a pesquisa se quiser ver seu patrimônio crescer. O investidor também terá de definir prazos e objetivos dos seus investimentos para, dessa forma, conseguir escolher o produto disponível no mercado mais vantajoso para o seu perfil. Neste episódio do podcast, Michael Viriato, coordenador do laboratório de finanças do Insper, e Myrian Lund, executiva da Lund Finanças, falam sobre o que fazer com o seu dinheiro nesse cenário de juros baixos. O que são podcasts? Podcasts são episódios de programas de áudio distribuídos pela internet e que podem ser apreciados em diversas plataformas – inclusive no G1, no GloboEsporte.com e no Gshow, de modo gratuito. Os conteúdos podem ser ouvidos sob demanda, ou seja, quando e como você quiser! Geralmente, os podcasts costumam abordar um tema específico e de aprofundamento na tentativa de construir um público fiel. Logo podcast Educação Financeira Comunicação/Globo
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Dólar opera em alta, atento a cenário externo
Na sexta, moeda norte-americana recuou 0,35%, a R$ 5,3208. Notas de dólar Reuters/Dado Ruvic O dólar opera em alta nesta segunda-feira (13), com investidores à espera de catalisadores que justifiquem o otimismo com a recuperação da economia global, em meio às oscilações nos mercados de câmbio no exterior. Às 10h35, o dólar subia 0,7%, a R$ 5,3582. Veja mais cotações. Na sexta-feira, a moeda norte-americana recuou 0,35%, vendida a R$ 5,3208. Na semana passada, o dólar subiu 0,05%. Na parcial do mês, o dólar acumula baixa de 2,18%. No ano, tem alta de 32,69%. Cenário local e externo O foco se volta para o início da temporada de balanços corporativos nos Estados Unidos referente ao segundo trimestre, com divulgação de resultados de grandes bancos prevista para terça-feira. A expectativa é que os números marquem o pior momento da crise e que os meses seguintes mostrem recuperação. A Organização Mundial da Saúde (OMS) relatou no domingo recorde de mais de 230 mil novos casos de Covid-19 no mundo. Nos EUA, quase 63 novos mil casos foram informados no domingo, enquanto no Brasil os registros revelaram 24.831 novas infecções de sábado para domingo. "O risco de fechamento amplo e sincronizado das economias segue limitado e dependerá de eventual saturação dos sistemas de saúde. Esse processo pode contribuir para atrasar ou mesmo limitar a recuperação econômica, além de poder limitar a melhora dos mercados", disse o Bradesco em nota. O Credit Suisse cita que o real tem oscilado em torno dos R$ 5,30 recentemente, mas que ainda acredita que a moeda poderá testar de novo a região de R$ 6. "Estamos buscando uma faixa em níveis mais altos para entrarmos em jogo, com riscos de curto prazo inclinados para um novo teste da atual máxima e da barreira psicológica em R$ 5,9714/R$ 6,0000", disseram estrategistas do banco, vendo a taxa de R$ 4,7558 como piso do mercado. O dólar se aproximou de R$ 6 em meados de maio. "Abaixo de R$ 4,7558, podemos ver um retorno à média móvel de 200 dias em R$ 4,6522 e, em seguida, ao patamar equivalente a 78,6% da retração de Fibonacci e a um forte nível de suporte na casa de R$ 4,4253/R$ 4,3386." Os economistas do mercado financeiro voltaram a melhorar as estimativas para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2020. A projeção passou de uma retração de 6,50% para 6,10%. A expectativa para o nível de atividade foi medida em meio à pandemia do novo coronavírus, que tem derrubado a economia global e colocado o mundo no caminho de uma recessão. Variação do dólar em 2020 Economia G1
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Após suspeitas de adulteração, Petrobras suspende oferta de gasolina de aviação importada
Estatal disse ter identificado produto com 'teor de compostos aromáticos diferente'; ANP e Anac investigam suspeita de adulteração que pode ter causado danos e corrosão em tanques. A Petrobras decidiu interromper "preventivamente" o fornecimento de um lote de gasolina de aviação importada após testes realizados em seu centro de pesquisas, o que impactou também a BR Distribuidora e fez a empresa suspender temporariamente a comercialização do produto.
Anac e ANP investigam suspeita de adulteração de gasolina de aviação
Após denúncia, operação apura qualidade de combustível de aviação fornecido em Goiás
Em comunicado no sábado (11), a Petrobras disse ter identificado um lote do produto com "teor de compostos aromáticos diferente dos lotes até então importados", embora dentro dos requisitos de qualidade exigidos pela reguladora ANP.
Na semana passada, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e a Agência Nacional de Petróleo (ANP) informaram que investigam uma suspeita de adulteração de gasolina de aviação distribuída no Brasil. O combustível pode ter causado danos e corrosões em tanques de combustível e em peças de pequenas aeronaves, além de vazamentos.
A Petrobras informou que estuda a hipótese da variação da composição química "ter impactado os materiais de vedação e revestimento de tanques de combustíveis de aeronaves de pequeno porte", mas ressalvou que ainda não há diagnóstico completo que permita assegurar essa relação de causa e efeito, segundo a Reuters.
Nesta segunda-feira, a BR Distribuidora disse que suspendeu a comercialização de gasolina de aviação porque tem a Petrobras como única fornecedora.
"Em que pese o produto estar dentro das especificações da ANP e certificado pelo fornecedor, a BR está suspendendo preventivamente a comercialização de AVGAS e recomendando que os revendedores de produtos de aviação e demais clientes também suspendam, temporariamente, a comercialização do produto, até que mais informações estejam disponíveis e haja orientações específicas pelos órgãos reguladores."
Anac investiga suspeita de adulteração de gasolina de aviação
Denúncias
Os relatos sobre o possível combustível adulterado foram feitos no início da semana passada por pilotos de diversos estados, como Rio Grande do Sul, São Paulo e Goiás. Atualmente, cerca de 12 mil aviões usam esse combustível para voos de táxi-aéreo, particulares ou de instrução. Por causa do combustível adulterado, muitos pilotos estão se negando a levantar voo.
A GloboNews apurou que fiscais da ANP estiveram no aeroporto Campo de Marte, em São Paulo, na quinta-feira (9) e coletaram amostrar para testes em laboratório.
"Muitas aeronaves não estão apresentando esse problema. Não significa que elas estejam imunes", afirmou o presidente da Associação de Pilotos e Proprietários de Aeronaves, Humberto Branco. "O que nós estamos orientando é que existe um indício grave de um problema. Se, de fato, esse problema existir, pode afetar a segurança de voo."
Atualmente, 100% da gasolina de aviação distribuída no país é importada a partir do Golfo do México, de grandes empresas dos Estados Unidos. A produção era nacional e feita pela Petrobras, mas foi interrompida em 2018 por causa de obras na planta da empresa em Cubatão, no litoral paulista. As obras, no entanto, estão atrasadas por causa da pandemia do coronavírus. Segundo a estatal, a previsão é de que a produção nacional seja retomada em outubro.
A ANP e a Anac não fizeram uma interdição do combustível. As causas da suposta adulteração, a origem da gasolina e qual substância pode ter contaminado ainda não foram identificadas.
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Brasileira que tem restaurante em Berlim recebeu verba do governo alemão para enfrentar a pandemia
Poder público pagou 60% dos salários dos funcionários da tapiocaria e disponibilizou 14 mil euros (cerca de R$ 85 mil), que não precisam ser devolvidos. A empresária brasileira Mariana Pitanga, chefe e sócia da Tapiocaria Street Food, que fica em Berlim, na Alemanha, se preparava para uma temporada lucrativa quando veio a pandemia do novo coronavírus. Mas com adaptações no cardápio e ajuda do poder público alemão, ela conseguiu manter o estabelecimento até poder reabrir as portas, o que aconteceu em meados de maio. Diferententente do Brasil, a empresa de Mariana recebeu dois tipos de ajuda do governo: 14 mil euros (cerca de R$ 85 mil), que não precisam ser devolvidos, e o poder público da Alemanha começou a pagar 60% dos salários dos funcionários. “Sem essa ajuda, a probabilidade de ter fechado o restaurante, depois de seis meses de aberto, era muito, muito grande”, relata a empresária. No período em que a tapiocaria ficou fechada, ela e o marido adaptaram o cardápio para entregas. “A própria goma, a massa da tapioca que a gente faz, a nossa do restaurante, a gente começou a embalar para vender. Vendemos feijoada fria para que as pessoas pudessem congelar para ter sempre em casa”. Brasileira abriu restaurante e café na Alemanha especializado em tapioca Reprodução: TV Globo Agora, com o estabelecimento aberto e seguindo todas as regras de distanciamento social, o faturamento da empresa está em 50%, em comparação ao mesmo período antes da crise. A esperança é que o verão traga mais clientes. “Agora que está esquentando, as pessoas também vão se voltar a sair de casa e sentar no restaurante”, espera Mariana. Veja a reportagem completa: Empresária brasileira conta como foi a reabertura dos restaurantes na Alemanha
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Incerteza da economia de julho se aproxima do nível de março
Uma queda mais acelerada da incerteza daqui para a frente dependerá da evolução da pandemia no país e da velocidade de normalização das atividades econômicas e do apaziguamento das tensões políticas”, destaca economista da FGV Ibre. O Indicador de Incerteza da Economia (IIE-Br) da Fundação Getulio Vargas sinalizou queda de 7,3 pontos em julho, para 166,3 pontos, com dados coletados entre 26 de junho e 9 de julho.
Após o terceiro mês em queda, o IIE-Br devolveria 46% da alta de 95,4 pontos observada no bimestre março-abril, destaca a FGV.
“Após a terceira queda consecutiva, o nível do IIE-Br de julho se aproxima do nível de março, de 167,1 pontos, primeiro momento em que o país precisou forçar paralisações e iniciar o isolamento social para conter o avanço da pandemia", afirma Anna Carolina Gouveia, economista da FGV Ibre.
Segundo ela, as dificuldades de se prever cenários para o futuro da economia continuam muito grandes, conforme reflete o componente de expectativas, que, no nível apurado na prévia, recuperaria, até julho, apenas 7% da alta ocorrida entre março e maio.
"Uma queda mais acelerada da incerteza daqui para a frente dependerá da evolução da pandemia no país e da velocidade de normalização das atividades econômicas e do apaziguamento das tensões políticas”, destaca.
O componente de Mídia recuou 7,0 pontos, para 145,5 pontos, nesta prévia de julho. O componente de Expectativa recuou 5,6 pontos, para 222,4 pontos. Ambos os componentes ainda estão em patamares considerados extremamente elevados, com destaque para o de Expectativas, que permanece pelo quarto mês consecutivo acima dos 200 pontos.
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