Dólar opera com instabilidade nesta quinta
Na quarta-feira, a moeda norte-americana recuou 0,63%, cotada a R$ 5,3495. O dólar opera com instabilidade nesta quinta-feira (9), seguindo a piora de sinal nos mercados externos em meio a renovados temores sobre potenciais novos bloqueios por causa do Covid-19, com riscos de prejuízos a ainda inicial recuperação econômica. Às 15h19, a moeda norte-americana tinha alta de 0,24%, vendida a R$ 5,3625. Na mínima do dia até o momento chegou a R$ 5,2466, enquanto que na máxima foi a R$ 5,3785. Veja mais cotações. Na quarta-feira, o dólar fechou em queda de 0,63%, a R$ 5,3495, passando a acumular baixa de 1,66% na parcial do mês. No ano, porém, tem alta de 33,41% Cenário A pandemia seguia como ponto de preocupação entre investidores. Os Estados Unidos registraram mais de 60 mil novas infecções por Covid-19 na quarta-feira, novo recorde global diário. EUA batem mais um recorde de casos de coronavírus, com quase 63 mil em 24 horas "O mercado continua 'olhando por cima' destas questões, enquanto não há um aumento expressivo de internações e fatalidades. O efeito econômico, de qualquer forma, deve ser negativo para a recuperação global, mesmo que não vejamos novas quarentenas e/ou 'lockdowns'", disse Dan Kawa, sócio da TAG Investimentos. Mais cedo, a moeda chegou a renovar a mínima de olho no ambiente externo positivo. O aumento de 1,314 milhão no número de pedidos de seguro-desemprego nos EUA na semana passada veio ligeiramente abaixo do esperado, sugerindo que o mercado de trabalho permanece frágil, apesar do crescimento recorde de empregos em junho. Após a divulgação do indicador, a perspectiva de uma aceleração mais forte da economia, e consequente melhora do mercado de trabalho, voltou ao foco dos agentes e deu apoio a moedas de mercados emergentes, incluindo o real. Variação do dólar em 2020 Economia G1
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IBGE foca análise dos impactos da pandemia do coronavírus nas empresas brasileiras
Pesquisa inédita vai acompanhar efeitos da pandemia nos nos setores da indústria, construção, comércio e serviços. Resultados serão divulgados quinzenalmente. Para avaliar o impacto da pandemia do coronavírus nas empresas brasileiras, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) vai monitorar cerca de 2 mil instituições dos mais diversos setores da economia. A pesquisa experimental foi anunciada na manhã desta quinta-feira (9) e os primeiros resultados serão divulgados no dia 16 de junho. Batizada “Pesquisa Pulso-Empresa: Impacto da Covid-19 nas Empresas”, ela é realizada por telefone com empresas da indústria, construção, comércio e serviços. Os resultados serão divulgados quinzenalmente. Essa pesquisa se soma à Pnad Covid-19, versão especial da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad) criada com foco em avaliar os efeitos da pandemia do novo coronavírus no mercado de trabalho brasileiro. De acordo com o coordenador da pesquisa, Flávio Magheli, o levantamento permitirá estimar, entre outras informações: O percentual de empresas que interromperam as atividades na pandemia A proporção de empresas que tiveram dificuldade ou facilidade em atender seus clientes O acesso das empresas aos seus fornecedores A capacidade das empresas em realizar os pagamentos de rotina O lançamento de novos produtos ou serviços A alteração na forma de entrega A proporção de empresas que adiaram pagamentos de impostos O acesso à linha de crédito emergencial para pagamento da folha salarial A adoção de trabalho remoto A antecipação de férias dos funcionários A adoção de medidas extras de higiene para combater o coronavírus O levantamento começou a ser feito no dia 15 de junho. A primeira divulgação trará comparações entre a primeira quinzena de junho e o período anterior ao início da pandemia, em 11 de março. As demais trarão comparações com a quinzena imediatamente anterior. De acordo com o IBGE, a pesquisa apresentará dados sobre o grau de intensidade do impacto da pandemia sobre o comportamento das vendas e as condições de fabricação ou atendimento das empresas aos clientes. Além disso, apresentará indicadores sobre o acesso das empresas aos fornecedores e a capacidade de realizar pagamentos de rotina. “O levantamento vai mostrar a percepção das empresas sobre alterações no quadro de funcionários e as principais medidas de reação adotadas por elas. Vai ainda revelar o posicionamento das empresas diante das medidas emergenciais do governo, como o adiamento de pagamento de impostos e a utilização de linha de crédito emergencial para o pagamento da folha salarial”, destacou o IBGE. Pesquisa experimental do IBGE vai avaliar o impacto da pandemia nas empresas brasileiras IBGE Recorte amostral Para a amostra da pesquisa, foram selecionadas organizações do Cadastro Central de Empresas (Cempre) do IBGE, em todos os estados do país. A seleção das empresas considerou o o porte por pessoal ocupado, que dividido em três faixas: companhias com até 49 pessoas ocupadas; com 50 a 499 pessoas ocupadas; e com 500 ou mais pessoas ocupadas. De acordo com líder de projeto, Alessandro Pinheiro, esse recorde gerou uma amostra representativa, com um percentual elevado de pequenas empresas. “A pesquisa vai mostrar um panorama da situação das empresas menores, que são as principais empregadoras do país e também as que foram mais afetadas pela pandemia, já que não possuem a mesma estrutura das grandes e as mesmas condições de acesso ao crédito”, apontou. O IBGE destacou que as empresas que recebem o telefonema dos pesquisadores do IBGE podem confirmar a identidade do entrevistador através do 0800 721 8181 ou na página na internet Respondendo ao IBGE. A empresa que solicitar também pode receber, por e-mail, um comunicado formal do Instituto a respeito da pesquisa. "Todas as informações coletadas pelo IBGE têm sua confidencialidade garantida pela lei nº 5534/1968, que trata do sigilo da informação e garante que os dados só podem ser utilizados para fins estatísticos", enfatizou o órgão. Resultados desagregados Segundo o IBGE, os resultados da pesquisa serão divulgados de forma agregada para os setores da indústria e da construção. Já o comércio e serviços terão dados desagregados por tipo de atividade. Haverá dados para Brasil e desagregados por grandes regiões. O comércio terá dados por atacado, varejo e comércio de veículos, peças e motocicletas, enquanto o setor de serviços terá informações desagregadas para serviços prestados às famílias; serviços de informação e comunicação; serviços profissionais, administrativos e complementares; serviços de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio; e outros serviços.
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Com baixo movimento nos aeroportos, free shops poderão doar produtos perecíveis à Receita
Antes da nova regra, única possibilidade de destinação sem pagamento de impostos para as mercadorias seria a destruição sob supervisão da Receita Federal. A Receita Federal passou a permitir, a partir de instrução publicada no Diário Oficial desta quinta-feira (9), que as lojas francas (free shops) localizadas em portos e aeroportos do país doem produtos estocados cuja validade esteja próxima de expirar.
De acordo com a nova regra, os produtos deverão ser doados à própria Receita, que poderá repassá-los a entidades sem fins lucrativos ou remeter a órgãos da administração pública. Pela regulamentação em vigor até então, a única possibilidade de destinação sem pagamento de impostos para as mercadorias seria a destruição sob supervisão da Receita.
Viagens aéreas começam a aumentar no Brasil e aviões e aeroportos tem novas regras
"Considerando que estamos diante de uma crise mundial sem precedentes, que tem gerado desemprego e fome, não seria razoável que toneladas de bens perecíveis fossem destruídos nesse momento de forte vulnerabilidade social", justifica a Receita em nota.
Segundo o fisco, a pandemia do coronavírus provocou a interrupção de mais de 90% do tráfego internacional de passageiros no Brasil. Com isso, produtos perecíveis estocados em portos e aeroportos alfandegados vão ter a validade expirada em breve, antes de serem utilizados, por falta de compradores.
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Bovespa volta a bater 100 mil pontos após 4 meses, mas passa a cair
A última vez que o Ibovespa tinha atingido o patamar tinha sido em 6 de março. Ibovespa é o principal índice da B3, a bolsa brasileira Amanda Perobelli/Reuters O principal índice da bolsa de valores brasileira, a B3, voltou a bater os 100 mil pontos pela primeira vez em mais de 4 meses nesta quinta-feira (9), mas mudou de rumo e opera em queda, tendo de pano de fundo um cenário de cautela e incerteza nos mercados globais. Às 15h59, o Ibovespa caía 0,66%, aos 99.214 pontos. Na abertura, chegou a bater 100.191 pontos. Veja mais cotações. Entre as quedas, destaque para Braskem PNA que capia mais de 5%. A petroquímica informou que vai separar mais R$ 1,6 bilhão para fazer frente aos gastos com o afundamento do solo em bairros de Maceió (AL). Já o dólar opera instável, ao redor de R$ 5,30. A última vez que a Bolsa havia superado os 100 mil pontos tinha sido em 6 de março. Já a última vez que o índice fechou uma sessão acima do patamar foi em 5 de março (102.233 pontos), dias antes da Organização Mundial de Saúde (OMS) declarar a pandemia de Covid-19. Na véspera, o Ibovespa fechou em alta de 2,05%, a 99.769 pontos, passando a acumular alta de 4,98% no mês. No ano, porém, a bolsa ainda tem queda de 13,71%. CNI: 57% das empresas exportadoras relatam queda nas vendas durante a pandemia Cenário local e interno No exterior, Wall Street tinha o S&P 500 em queda, com dados de auxílio-desemprego nos Estados Unidos também no radar, enquanto agentes seguem monitorando a evolução da pandemia de Covid-19 e a reação da atividade econômica. O aumento de 1,314 milhão no número de pedidos de seguro-desemprego nos EUA na semana passada veio ligeiramente abaixo do esperado, sugerindo que o mercado de trabalho permanece frágil, apesar do crescimento recorde de empregos em junho. No Brasil, indicadores econômicos de maio e junho indicam uma reação da economia e sinalizam que o pior da crise pode ter ficado para trás, mas economistas alertas para incertezas ainda elevadas e riscos de piora fiscal e descontrole do coronavírus. "A perspectiva é de recuperação da atividade, talvez mais rápido do que se imaginava em março ou abril. Mas o ritmo em que o processo vai se desenrolar está sujeito ao andamento da pandemia e da reação dos governos e da população, incerta enquanto não existe vacina", avalia o economista-chefe do banco Fator, José Francisco Gonçalves. Para o estrategista-chefe da XP Investimento, Fernando Ferreira, o Ibovespa ainda tem espaço para alta, principalmente em relação a outras opções de investimentos, dado o cenário de juros baixos no país, embora tende a ser menor após a forte recuperação desde as mínimas do ano. Após encostar nos 120 mil pontos em janeiro, o índice afundou em março por causa da Covid-19, chegando a 61.690 pontos no pior momento. Desde então, já subiu mais de 60%, apoiado na forte liquidez nos mercados, resultado de medidas de combate aos efeitos econômicos da pandemia, bem como sinais de rápida retomada principalmente da China e dos Estados Unidos. A XP revisou no começo do mês passado sua projeção para o Ibovespa para o final do ano de 94 mil para 112 mil pontos. Ferreira não descarta eventuais ajustes na expectativa no curtíssimo prazo, mas sinalizou que deve esperar a safra de resultados corporativos do segundo trimestre. Variação do Ibovespa em 2020 G1 Economia
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Gol prevê devolver 7 aviões no 2º semestre; aérea já devolveu 11 aeronaves
A empresa pode reduzir sua frota em mais 30 aviões nos próximos dois anos, se for necessário. A Gol informou nesta quinta-feira (9), em relatório preliminar de desempenho no mês de junho, que prevê devolver sete aviões modelo Boeing 737-800 no segundo semestre do ano. Na primeira metade do ano, a companhia reduziu a sua frota em 11 aviões B737-800.
Demanda por voos da Gol cai 88% em junho
Latam Brasil entra no processo de recuperação judicial do grupo nos EUA
Gol cancela voos internacionais até junho
A Gol disse que pode reduzir sua frota em mais 30 aviões nos próximos dois anos, se for necessário. Isso porque a empresa tem flexibilidade nos contratos para devolver as aeronaves se a demanda estiver fraca.
A Gol também cortou os recebimentos do Boeing 737 Max para 2020 a 2022 em 47 unidades, e reduziu os investimentos para R$ 280 milhões entre julho e dezembro, com planos de financiar totalmente o investimento e a revisão de motores remanescentes em 2020.
A empresa aérea fechou junho com uma frota total de 130 aviões Boeing 737. Desse total, 27 estavam operando na malha aérea. As operações foram iguais a 13% do nível de operações de junho de 2019, aumentando para 17% no final do período com a reabertura de cinco bases, assim como o aumento de voos entre São Paulo e Rio de Janeiro.
Em junho, a Gol informou que passou a oferecer 120 voos diários, aumentando as frequências nos aeroportos de Guarulhos, Galeão e Brasília. Em julho, a Gol aumentou a oferta para aproximadamente 250 voos por dia, o que corresponde a 25% do realizado no mesmo mês do ano passado. A Gol vai operar com 36 aviões em julho e planeja reabrir operação em 14 aeroportos.
Aviação comercial encara perdas que podem chegar a R$ 540 bilhões em 2020
Com o aumento dos voos, a Gol prevê aumentar a sua capacidade em 300% no terceiro trimestre em comparação com o segundo trimestre e aumentar mais 120% no quarto trimestre, em comparação ao terceiro trimestre.
A companhia informou ainda que fechou o segundo trimestre do ano com uma dívida líquida equivalente a 4,1 vezes o seu lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês), excluindo despesas não operacionais e não recorrentes. A Gol informou que amortizou aproximadamente R$ 656 milhões de dívida no trimestre.
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Pedidos de auxílio-desemprego nos EUA seguem elevados e melhora no mercado de trabalho estanca
Novos pedidos totalizaram 1,314 milhão na semana encerrada em 4 de julho, ante 1,413 milhão na semana anterior, informou o Departamento do Trabalho. A demanda enfraquecida e o ressurgimento de novos casos de Covid-19 ajudaram a manter os novos pedidos de auxílio-desemprego extraordinariamente altos nos Estados Unidos, sugerindo que o mercado de trabalho permanece frágil, apesar do crescimento recorde de empregos em junho. Os novos pedidos de auxílio-desemprego totalizaram 1,314 milhão, em dados com ajuste sazonal para a semana encerrada em 4 de julho, ante 1,413 milhão na semana anterior, informou o Departamento do Trabalho nesta quinta-feira (9). Economistas consultados pela Reuters previam 1,375 milhão de novos pedidos. Novos pedidos de seguro desemprego nos EUA Economia G1 As reivindicações atingiram uma máxima histórica de 6,867 milhões no final de março. Os novos pedidos vêm caindo gradualmente, apesar de ainda estarem em patamares praticamente duas vezes maiores que o pico alcançado durante a Grande Recessão de 2007 a 2009. O número de pessoas que recebem benefícios caiu para 18,062 milhões na semana encerrada em 27 de junho, contra 18,760 milhões na semana anterior. Os chamados pedidos contínuos, informadas com atraso de uma semana, bateram um recorde de 24,912 milhões no início de maio. O relatório, que traz os mais recentes dados sobre a saúde da economia, pode mostrar que o mercado de trabalho caminha para uma diminuição na geração de postos de trabalho em julho. O governo informou na semana passada que 4,8 milhões de empregos foram criados em junho, um recorde desde que o governo começou a manter os registros em 1939. As empresas estão contratando trabalhadores que foram demitidos quando estabelecimentos como restaurantes, bares, academias e consultórios odontológicos precisaram ser fechados em meados de março para diminuir a disseminação do Covid-19. A retomada das operações, no entanto, tem sido acompanhada por picos recordes de infecções por coronavírus em estados densamente povoados, como Flórida, Texas e Califórnia. Isso forçou um recuo ou uma pausa nas reaberturas e enviou alguns trabalhadores de volta para casa. EUA ultrapassam a marca de três milhões de contaminados pela Covid-19 Com a economia entrando em recessão em fevereiro, mesmo antes das paralisações, algumas empresas estão enfrentando uma demanda fraca, o que agravava a segunda onda de demissões. De varejistas a companhias aéreas, empresas anunciaram cortes de empregos e licenças. Além disso, o estímulo vindo do programa do governo que concede empréstimos às empresas, que podem ser parcialmente perdoados se usados para pagar o salário dos funcionários, está diminuindo. Desemprego nos EUA cai para 11,1% em junho, e criação de vagas chega a 4,8 milhões
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Governo autoriza o registro de 21 princípios ativos genéricos usados na formulação de novos agrotóxicos
Produtos serão utilizados como matéria-prima para o desenvolvimento de pesticidas para os agricultores. São 197 registros até agora neste ano. Pulverização de lavoura de soja Amanda Sampaio/G1 MT O Ministério da Agricultura liberou nesta quinta-feira (9) o registro de mais 21 agrotóxicos para utilização industrial, ou seja, produtos que serão usados como matéria-prima na elaboração de pesticidas para os agricultores. Já são 197 registros neste ano (leia mais abaixo). Por que a produção de alimentos depende tanto de agrotóxicos? Todos os princípios ativos liberados são genéricos de pesticidas já autorizados no país. Entre os produtos listados, chama atenção a liberação de 6 registros para o dicamba, um herbicida que teve a comercialização suspensa nos Estados Unidos por matar lavouras vizinhas. Este produto está tentando substituir o glifosato (o agrotóxico mais vendido no mundo) na produção da soja transgênica americana. No Brasil, produtores reclamam do pesticida e pedem para que não se use essa tecnologia no país. Sem transparência Além de mudar o método de divulgação dos registros (leia mais abaixo), o Ministério da Agricultura não divulga mais em seu site as autorizações realizadas no ano. Isso era feito até o fim de 2019. O G1 conseguiu o acesso à planilha de registros após entrar com um pedido via Lei de Acesso à Informação. Outro ponto é que o governo não está respeitando o decreto 4.074 de 2002, em que a publicação do registro no Diário Oficial da União deve ocorrer em até 30 dias após a concessão da autorização. Na planilha a qual o G1 teve acesso, os registros divulgados hoje foram concedidos no dia 18 de maio, ou seja, demorou-se quase 2 meses para que o registro tivesse publicidade oficial. Registros no ano Até o agora, foram 4 princípios ativos inéditos no ano: todos pesticidas biológicos. Pela legislação brasileira, tanto produtos biológicos utilizados na agricultura orgânica quanto químicos utilizados na produção convencional são considerados agrotóxicos. Os outros 193 registros são de genéricos, sendo: 78 ingredientes químicos de agrotóxicos que são vendidos aos agricultores; 28 pesticidas biológicos vendidos aos agricultores; 87 princípios ativos para a indústria formular agrotóxicos. Em relação ao ritmo de liberação, as autorizações feitas em 2020 perdem apenas para 2018 e 2019, quando o governo registrou a maior quantidade de produtos desde o início da série histórica, em 2005. Registros de agrotóxicos no Brasil até o dia 9 de julho de 2020 Arte G1 Novo método de divulgação Neste ano, o governo alterou a forma de divulgação do registro de agrotóxicos. Até 2019, o ministério anunciava a aprovação dos pesticidas para a indústria e para os agricultores no mesmo ato dentro do "Diário Oficial da União". A série histórica de registros, que apontou que 2019 como ano recorde de liberações, leva em conta a aprovação dos dois tipos de agrotóxicos: os que vão para indústria e os que vão para os agricultores. Em nota, o Ministério da Agricultura explicou que a publicação separada de produtos formulados (para os agricultores) e técnicos (para as indústrias) neste ano tem como objetivo "dar mais transparência sobre a finalidade de cada produto". "Assim, será mais fácil para a sociedade identificar quais produtos efetivamente ficarão à disposição dos agricultores e quais terão a autorização apenas para uso industrial como componentes na fabricação dos defensivos agrícolas", completou o ministério. Como funciona o registro O aval para um novo agrotóxico no país passa por 3 órgãos reguladores: Anvisa, que avalia os riscos à saúde; Ibama, que analisa os perigos ambientais; Ministério da Agricultura, que analisa se ele é eficaz para matar pragas e doenças no campo. É a pasta que formaliza o registro, desde que o produto tenha sido aprovado por todos os órgãos. Tipos de registros de agrotóxicos: Produto técnico: princípio ativo novo; não comercializado, vai na composição de produtos que serão vendidos. Produto técnico equivalente: "cópias" de princípios ativos inéditos, que podem ser feitas quando caem as patentes e vão ser usadas na formulação de produtos comerciais. É comum as empresas registrarem um mesmo princípio ativo várias vezes, para poder fabricar venenos específicos para plantações diferentes, por exemplo; Produto formulado: é o produto final, aquilo que chega para o agricultor; Produto formulado equivalente: produto final "genérico". Veja mais notícias do Agronegócio no G1 Initial plugin text
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Smartfit compra controle de empresa de fitness digital MB
Valor do negócio não foi informado. A rede de academias de ginástica Smartfit comunicou nesta quinta-feira (9) que fechou contrato para a compra do controle da MB Negócios Digitais, que atua no setor de fitness digital. O valor do negócio não foi informado.
"A transação está em linha com a estratégia da companhia de desenvolver uma oferta omni-channel [diversos canais] para seus clientes, e de liderança nos segmentos de alto crescimento na indústria de fitness", afirmou Smartfit.
No comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Smartfit acrescentou que o fechamento da aquisição está sujeito ao cumprimento de determinadas condições usuais para esse tipo de operação.
A rede possui cerca de 840 unidades no país e foi fortemente afetada pela pandemia.
Smartfit tem prejuízo quase 7 vezes maior no 1º trimestre
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Seguro-desemprego: país tem 653,2 mil pedidos em junho; total durante pandemia vai a 2,6 milhões
Números foram divulgados nesta quinta-feira (9) pelo Ministério da Economia; serviços e comércio lideram pedidos do benefício no mês. A Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia informou nesta quinta-feira (9) que foram registrados 653,2 mil pedidos de seguro-desemprego em junho. O número é 28,4% maior que o verificado no mesmo mês do ano passado, quando houve 508,9 mil solicitações.
Com os dados de junho, o número total de pedidos do benefício subiu para 2,59 milhões desde a segunda quinzena de março, quando a economia brasileira começou a sentir os efeitos da pandemia do novo coronavírus.
De acordo com o ministério, os três estados com maior número de requerimentos de seguro-desemprego, no mês de junho, foram São Paulo (199.066), Minas Gerais (70.333) e Rio de Janeiro (52.163).
Em relação aos setores econômicos, os pedidos de junho estão distribuídos entre serviços (41,7%), comércio (25,4%), indústria (18,7%), construção (10,1%) e agropecuária (4,1%).
Nos seis primeiros meses deste ano, informou o Ministério da Economia, foram contabilizados 3,9 milhões pedidos de seguro-desemprego. O número representa um aumento de 14,8% em comparação com o mesmo período de 2019 (3,4 milhões).
Efeitos da pandemia
A pandemia do coronavírus foi oficialmente declarada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 11 de março. Os estados brasileiros começaram a anunciar medidas de distanciamento social, progressivamente, a partir de meados daquele mês.
As medidas de isolamento também afetaram a economia, na medida em que estados passaram a permitir apenas o funcionamento de atividades consideradas essenciais, como supermercados e farmácias. Boa parte do comércio e dos serviços parou nas semanas seguintes à decretação da pandemia, e também houve queda forte na produção industrial.
As restrições, porém, não foram suficientes para conter o avanço da doença no país, que se tornou um dos epicentros da pandemia no mundo.
Agora, boa parte dos estados está começando a retomar as atividades, mesmo com os números elevados de casos, e há dúvidas se serão necessários novos fechamentos no futuro. Uma incerteza que também vem impactando a atividade econômica.
Crise global de empregos
Relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), divulgado na última terça-feira (7), alerta que a pandemia de Covid-19 está se transformando em uma crise de empregos muito pior do que a crise de 2008.
A organização estima que, mesmo no cenário mais otimista para a evolução da doença, a taxa de desemprego em toda a OCDE pode atingir 9,4% no quarto trimestre de 2020, superando todos os picos desde a Grande Depressão.
O estudo destaca ainda que mulheres, jovens e trabalhadores com baixos rendimentos estão sendo os mais atingidos.
No Brasil, a taxa de desemprego passou de 11,6% para 12,9% no trimestre encerrado em maio, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Mas a real dimensão da crise está escondida em outros números.
Entre março e maio, por exemplo, o país perdeu quase 8 milhões de postos de trabalho, um recorde. Desse total, 74% ou quase 6 milhões são de trabalhadores informais – um dos grupos mais atingidos pela crise.
Taxa de desemprego no trimestre que se encerrou em maio atinge 12,9%
Isso acabou levando a uma outra marca inédita e também negativa: pela primeira desde que a pesquisa do IBGE começou a ser feita, em 2012, menos da metade da população brasileira em idade para trabalhar está de fato ocupada.
Como são feitos os pedidos
De acordo com o governo, os trabalhadores que perderem seus empregos sem justa causa durante a pandemia do coronavírus poderão pedir o seguro-desemprego por meios eletrônicos.
Isso pode ser feito de duas maneiras:
acessando o portal https://www.gov.br/pt-br/temas/trabalho-emprego
usando o aplicativo Carteira de Trabalho Digital, que pode ser baixado em aparelhos que usam os sistemas operacionais Android e iOS.
Nos dois casos, o trabalhador pode dar entrada no pedido do seguro. Isso deve ser feito de 7 a 120 dias após a demissão.
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Produção de motos cai 27% no 1º semestre de 2020, mas montadoras veem ‘retomada consistente’ em junho
Com fábricas paradas entre março e maio por causa da pandemia de coronavírus, setor de motos produziu 392.217 unidades no ano. Junho, com as fábricas na ativa, teve alta de 427,6% em relação a maio. Na Yamaha, em Manaus, funcionários utilizam máscaras na linha de produção Divulgação A produção de motos fechou o primeiro semestre de 2020 no Brasil com queda de 27%, informou a associação das fabricantes, a Abraciclo, nesta quinta-feira (9). Saíram das linhas de montagem em Manaus, onde está quase 100% da indústria desse segmento, 392.127 motocicletas de janeiro a junho; no mesmo período de 2019, o volume foi de 537.105 unidades. Comparado com o setor de veículos como um todo, que caiu pela metade no ano, as motocicletas foram menos afetadas até agora. As fabricantes de motos ficaram com praticamente todas as fábricas paralisadas, entre o final de março e o começo de maio, por causa da pandemia de coronavírus. Em junho, com as fabricantes na ativa, foram produzidas 78.130 unidades; isso representa alta de 427,6% em relação a maio, quando 14.809 motos feitas. Ao comparar com junho de 2019 (68.121), o setor também teve número positivo, com alta de 14,7%. “Esses números mostram que o setor registra uma retomada consistente. Logo no início da pandemia, Manaus foi uma das cidades mais atingidas pela Covid-19 e agora, com o retorno gradativo da produção, o segmento de motocicletas apresenta uma tendência de recuperação, cuja evolução dependerá ainda da normalização das operações de varejo”, disse Marcos Fermanian, presidente da Abraciclo, em comunicado. Produção de motos na fábrica da Honda, em Manaus Divulgação Vendas para as concessionárias Nas vendas no atacado — para as concessionárias —, as fabricantes comercializaram 76.189 motocicletas em junho, representando um crescimento de 315,1% no comparativo com maio (18.355 unidades) e elevação de 5,6% ante junho do ano passado (72.121 unidades). No acumulado do primeiro semestre do presente ano, as vendas no atacado somaram 377.119 unidades, significando uma queda de 28,7% na comparação com o mesmo período de 2019 (528.893 unidades). "Um ponto positivo foi, que durante esse período (paralisação das fábricas), houve uma boa demanda", disse Alexandre Cury, diretor comercial da Honda. "Estamos confiantes na recuperação gradual do mercado e, principalmente, no potencial de longo prazo do segmento no Brasil". Com o retorna da produção, as fabricantes retomaram também os lançamentos: as novas Honda CB 650R e CBR 650R acabam de chegar às concessionárias. Triumph, com a Tiger 900, e a Kawasaki, que lançou a nova Z900, também foram modelos importantes apresentados recentemente no Brasil. Emplacamentos Nos emplacamentos, no entanto, os números foram inferiores aos da venda no atacado. Em junho, foram licenciadas 45.855 motocicletas, representando um aumento de 57,1% na comparação com maio (29.192 unidades) e um recuo de 42,7% em relação a junho de 2019 (80.023 unidades). “A alta no número de emplacamentos de junho em comparação com maio, no entanto, em parte também inclui vendas realizadas no mês anterior, quando os Detran’s não se encontravam em operação plena e, em vários estados, quase não efetuaram licenciamentos”, afirma o presidente da Abraciclo.
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