Auxílio Emergencial: Caixa libera saques e transferências dos aprovados no terceiro lote nascidos em março
Nesta quarta-feira, poderão sacar o dinheiro os nascidos em março, um total de 400 mil trabalhadores. Auxílio emergencial Divulgação A Caixa Econômica Federal libera a partir desta quarta-feira (8) os saques e transferências da primeira parcela do Auxílio Emergencial para os aprovados inscritos no aplicativo e site dentro do terceiro lote, e que aniversariam em março – um total de 400 mil trabalhadores. Ao todo, o lote inclui 5,9 milhões de beneficiários. Veja o calendário completo de pagamentos do auxílio emergencial de R$ 600 Tira dúvidas sobre o Auxílio Emergencial SAIBA TUDO SOBRE O AUXÍLIO EMERGENCIAL Os saques e transferências serão realizados conforme o mês de nascimento do trabalhador e vão até o dia 18 de julho. Esses trabalhadores já tiveram o dinheiro liberado na poupança social digital entre os dias 16 e 17 de junho. Veja calendário abaixo: Terceiro lote auxílio emergencial – calendário Economia G1 São 400 mil trabalhadores nascidos a cada mês que poderão fazer o saque dentro desse lote, com exceção de dezembro, que soma 500 mil beneficiários. Já a segunda parcela para os aprovados do terceiro lote ainda não tem data definida. Balanço Segundo a Caixa, 65,2 milhões de beneficiários já receberam o Auxílio Emergencial dentro das parcelas 1, 2 e 3, totalizando R$ 121,1 bilhões. Dos 108,9 milhões de cadastros no programa, 107,7 milhões foram processados. Cerca de 832 mil ainda esperam por reanálise, todos inscritos no app e site do auxílio, enquanto cerca de 1,2 mil ainda estão em primeira análise. Os trabalhadores podem consultar a situação do benefício pelo aplicativo do auxílio emergencial ou pelo site auxilio.caixa.gov.br.
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Universitários acumulam dívidas e deixam cursos na pandemia; redução de mensalidades para na Justiça
Uma das entidades que representam universidades privadas diz que evasão cresceu 31% entre abril e maio: foram 65 mil alunos a mais em relação ao ano passado que desistiram de vez ou trancaram os cursos. Bruna, de 21 anos, estudante de medicina na Universidade Anhembi Morumbi Arquivo Pessoal Universidades privadas admitem que estão perdendo alunos na pandemia, mas garantem que a saída não será acatar os apelos por redução de mensalidades. Do outro lado do boleto, alunos ouvidos pelo G1 apontam insatisfação com as negociações entre empresas e famílias que perderam renda durante a pandemia. Os universitários relatam dívidas, planos para trancar a matrícula e recorrem a ações judiciais e a órgãos de proteção ao consumidor para evitar a evasão. Com o aumento da inadimplência, as universidades particulares têm demitido professores para manter as contas em dia. Na Uninove, em São Paulo, os professores souberam da demissão quando acessaram as plataformas de aulas. Na Universidade São Judas, alunos lançaram a hashtag #RecuaÂnima contra os cortes no corpo docente do Grupo Ânima de Educação, que gere a instituição. A Cruzeiro do Sul Educacional afirma que também precisou demitir e o sindicato dos professores entrou com uma nova ação no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) contra os cortes. Nesta reportagem você verá detalhes sobre cada um dos pontos do imbróglio. Eles serão contados pelas histórias e visões de alunos e representantes como: Bruna Thaís Rubinato, de 21 anos, estudante de medicina na Universidade Anhembi Morumbi em Piracicaba; ela é um dos quase 600 estudantes que foram à Justiça por redução de mensalidades que podem custar até R$ 10.258,84. Com a renda familiar afetada pela pandemia, já pensa em trancar o terceiro ano de curso. Thais Cristina Tavares, de 23 anos, estudante de direito que se juntou a colegas pedindo #ReduzMackenzie. Com os pais autônomos sem trabalho na pandemia, viu o débito com as mensalidades de R$ 2,4 mil acumular e agora busca alternativa para pagar os atrasados e ter permissão para fazer a matrícula. Marcos (ele prefere não se identificar), de 22 anos, estudante do último ano de administração de empresas na PUC de São Paulo que foi ao Procon e obteve o parcelamento de atrasados de R$ 12 mil e ainda não sabe como vai pagar as mensalidades de R$ 3.022, de julho até dezembro. Thiago Lins, advogado do grupo Laureate (Anhembi Morumbi), que diz que há abertura para negociação dentro da particularidade de cada aluno, mas que a empresa cumpre o contrato de ensino e vai repor aulas práticas perdidas. Sólon Caldas, diretor-executivo da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES), que diz que a entidade é contrária ao desconto linear e horizontal nas mensalidades e que os custos das IES sofreram um aumento significativo na pandemia. Evasão (e inadimplência) em crescimento A estimativa do Instituto Semesp, mantido pelo Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior no Estado de São Paulo, é que a evasão do ensino superior cresceu 31,3% entre abril e maio. No mês em que o país terminou com 29 mil mortes por Covid e sem aulas presenciais, 265 mil universitários tinham desistido ou trancado o curso, 65 mil a mais do que no ano anterior. No Brasil, a estimativa é que o setor privado tenha mais de 6 milhões de matrículas em cursos presenciais e EAD. A mesma pesquisa apontou que maio foi marcado por uma queda na inadimplência, que cresceu 72% em abril. "Os acordos firmados entre as IES e os alunos que comprovaram dificuldades para pagar as mensalidades, explica essa melhora na inadimplência", analisa a pesquisa do Instituto. A queda na inadimplência foi baseada na principal estratégia construída pelas empresas, que fizeram pesquisas de mercado e viram que a pandemia afetou de forma distinta seus clientes. Pesquisa da Associação Brasileira de Mantenedoras do Ensino Superior (Abmes) aponta que "a perda de renda entre os alunos é real", mas só 29% sofreu impacto classificado como alto (perda do emprego, contrato suspenso ou redução de 70% da jornada). "Somos contrários a um desconto linear igual para todos, porque vai alcançar quem não precisa do desconto e prejudicar quem mais precisa de até mesmo um diferimento no pagamento." diretor-executivo da ABMES Alunos de medicina na Justiça Os alunos e pais são contrários a esse posicionamento das empresas. Em diversos estados do país estudantes fizeram como Bruna Thaís, e outros quase 600 alunos de medicina da Universidade Anhembi Morumbi, em três cidades no estado de São Paulo. Na Justiça, tentam um desconto de 50% no valor da mensalidade durante a pandemia. Após ter conseguido uma liminar, o grupo sofreu um revés e a tramitação foi paralisada. O Tribunal de Justiça de São Paulo irá decidir quem julgará a causa: a 3ª Vara Cível (que, inicialmente, concedeu a liminar favorável) ou a 37ª Vara Cível, onde tramita um processo semelhante movido pela União Nacional dos Estudantes (UNE). Sem a perspectiva de um julgamento rápido, a preocupação é com a continuidade. "Se a faculdade não conceder o desconto, talvez eu tenha que pedir trancamento. (…) Temos medo de perder a vaga na faculdade, se não conseguirmos pagar. Medo de deixar anos de estudo para trás." – Bruna Thaís Bruna e outros estudantes tentam convencer a Universidade que não há como as famílias arcarem com as mensalidades. Segundo ela, há famílias que perderam toda a renda. Além disso, mesmo com aulas on-line, os alunos saem prejudicados ao não poderem cursar as disciplinas práticas — que, aliás, não têm previsão de volta em meio a tantas incertezas sobre o fim da pandemia. "E as famílias não pagam só a mensalidade. A maior parte dos alunos não mora nas cidades [onde o curso é oferecido], então eles pagam também aluguel e outras contas", explica Bruna. O advogado Olavo Leonel Ferreira, que representa o grupo de alunos, diz que houve tentativas de conciliação, mas nenhuma resultou em acordo. Segundo ele, a pendência na Justiça mantém famílias em ansiedade, sobretudo às vésperas do início de um novo período letivo. "A situação está ficando muito difícil. Mesmo com a situação ainda pendente, a cobrança ainda liga para os pais, com ameaça de negativar os inadimplentes", conta o advogado. Anhembi Morumbi diz estar 'sensível' A defesa do grupo Laureate, ao qual pertence a Anhembi Morumbi, diz que a empresa está "aberta a negociação" e "não há nada fechado porque a ação é recente", mas destacou que o serviço vem sendo prestado, segundo Thiago Lins, sócio da Bichara Advogados, que representa a Laureate. "Claro que a universidade está sensível a oferecer de acordo com a particularidade de cada aluno condições de pagamento, com dilatações de prazo para negociar mensalidades sem juros e sem multa" – Thiago Lins, advogado da Anhembi Morumbi Lins ainda acrescentou que a universidade está fechada por questões sanitárias, mas isso não quer dizer que as aulas práticas não serão oferecidas. "A gente precisa ver a mensalidade no período anual. Agora, assim que voltarem as aulas — e o plano é anual — não quer dizer que as aulas práticas não serão prestadas", afirma o advogado. Manutenção do aluno No embate entre as universidades que alegam também aumento de despesas e os alunos que relatam perda de renda, outro ponto monitorado no mercado é o de alunos beneficiados por descontos regulares por desempenho no Enem e pagamento dentro do prazo. A Quero Educação, empresa de tecnologia que oferece serviços para o mercado educacional e bolsas de estudo, afirma que tem sido recorrente os casos de alunos que não conseguem quitar a dívida no período. "A instituição tem que trabalhar a manutenção dos alunos dando opção que realmente caiba no bolso do estudante, realmente negociar. Só simplesmente facilitar o pagamento do que está atrasado, talvez não resolva, porque vai ter a mensalidade do mês seguinte”, analisa Flávio Rabelo, diretor de Inteligência e Novos Negócios da Quero Educação. É justamente da oferta de soluções insatisfatórias que reclamam alguns dos estudantes que foram ouvidos pelo G1 como Marcos, de 22 anos, estudante do último ano de administração de empresas na PUC de São Paulo. Filho de empresário, a família do estudante tem duas empresas, mas uma delas está parada e a outra perdeu 80% dos rendimentos desde março por causa da pandemia. A dívida de Marcos com a PUC-SP é de pouco mais de R$12 mil e ele ainda precisa pagar as mensalidades de R$ 3.022, de julho até dezembro, para poder se formar no final do ano. Sem conseguir uma redução do valor da dívida, Marcos procurou o Procon. “Após a reclamação no Procon, a Universidade ofereceu parcelar a dívida em 6 vezes sem juros, e não teve mais abertura para discussão. Eles já mandaram o contrato por e-mail para assinarmos”, conta o estudante, falando que, mesmo com o parcelamento, a família não sabe se terá dinheiro para pagar a dívida e as mensalidades até o final do ano. Hashtag #Reduz Alunos do Mackenzie fazem campanha pela redução do valor da mensalidade. Divulgação Na realidade da estudante Thais Cristina Tavares, de 23 anos, as mensalidades de R$ 2,4 mil viraram um problema quando a única renda da casa virou a remuneração do estágio. A família pediu redução do valor da mensalidade à Universidade Presbiteriana Mackenzie, mas teve o pedido negado. “A única oferta do Mackenzie foi parcelar o valor da mensalidade atrasada em 3 vezes. Parcelar o valor integral não resolve nosso problema”, diz a universitária. Thais se uniu a colegas que estão na mesma situação de inadimplência e, no final de abril, lançaram a campanha nas redes sociais #ReduzMackenzie, em que alunos ou responsáveis financeiros pelos seus estudos enviam cartazes com a frase, pedindo a redução da mensalidade durante a pandemia. Sem negociação e sem poder pagar a faculdade, Thais já soma três mensalidades atrasadas. Nesta semana, além da parcela de julho, ela também terá que pagar a rematrícula no curso, também no valor de R$ 2,4 mil. “A universidade enviou uma carta explicando que, se não eu pagar tudo o que devo até o dia 10, não poderei fazer a rematrícula. (…) Meus pais pediram ajuda à família e ao meu irmão, que está trabalhando neste momento, para conseguir pagar a todo o valor atrasado até a data e eu conseguir continuar o curso” – Thais Cristina Tavares Nesta semana, a universidade anunciou reajuste nas matrículas das turmas que foram aprovadas no vestibular do meio do ano. Em nota, o Instituto Presbiteriano Mackenzie, mantenedor da universidade, afirmou que está aberta a negociações com as famílias que estejam com dificuldade financeira, mas confirmou que somente os alunos sem atrasos poderão se matricular para o próximo semestre. Sem emprego na pandemia Também sem dinheiro para a rematrícula está a estudante de direito Regiane Alves, de 51 anos, aluna da Universidade São Judas Tadeu. Ela conta que perdeu o emprego no início da pandemia e já está com três mensalidades de R$1.200 atrasadas. “Entrei em contato com a São Judas e pedi redução das mensalidades atrasadas. Eles ofereceram retirar a multa dos atrasos e parcelar o valor total, mas as parcelas terão mais de R$ 600 de juros. O valor das parcelas continuou muito alto”, conta Regiane. “Agora tem a rematrícula, no valor da mensalidade. A universidade também não reduziu o valor. Vou ter que me virar, entrar em cheque especial. Falta só um ano e meio para eu me formar. Se parar de estudar agora, ficará mais difícil retomar”, diz a universitária. Em nota, a assessoria de imprensa da Universidade São Judas Tadeu informou que trata cada solicitação financeira de forma individual e que tem canais oficiais para os alunos que precisam de soluções financeiras. A universidade acrescentou que não teve diminuição dos custos desde o início da pandemia, “mas sim, um incremento decorrente do uso de alta tecnologia e adequações devido à nova logística de atendimentos home office”, informou. “Aproveitamos para salientar que, neste contexto, o Ministério da Justiça e Segurança Pública publicou uma nota técnica (14/2020) no sentido de que, havendo continuidade da prestação de serviço de forma alternativa com equivalente de qualidade, ‘os consumidores evitem o pedido de desconto de mensalidades, a fim de não causar um desarranjo de salário de professores, aluguel, entre outros’”, afirmou em nota a Universidade São Judas Tadeu. Sem perspectivas imediatas, as universidades se preparam para um segundo semestre com menor captação de alunos e novos ajustes em custos. Uma expectativa do setor é que dois projetos de lei em tramitação no Congresso ajudem alunos que estão em dívidas com o Fies e também os demais estudantes. "Não é possível nem viável "receita de bolo" única que atenda a todo o sistema. Essa é a razão pela qual cada instituição tem que agir no contexto de onde está inserida", diz Sólon Caldas, da ABMES. Alunos do ensino superior estão abandonando ou trancando cursos, diz entidade
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Volkswagen diz que tem ‘fôlego’ para mais alguns meses antes de pensar em demissões no Brasil
'Se não tivermos uma melhora, teremos que adequar as fábricas, sim', disse Pablo Di Si, presidente da marca. Negociações das montadoras com o governo federal para empréstimos não avançaram. Funcionário com o olhar treinado busca imperfeições na carroceria do Volkswagen Nivus Celso Tavares/G1 A Volkswagen vive um momento de opostos no mercado brasileiro: ao mesmo tempo que ficou em 1º lugar nas vendas de junho impulsionadas pelo SUV T-Cross, depois de um longo período de ausência no topo, a montadora também analisa como se adequar aos efeitos da pandemia de coronavírus. O presidente da montadora na América Latina, o argentino Pablo Di Si, se reuniu com jornalistas pela internet nesta terça-feira (7) para falar sobre o atual cenário, a briga pela liderança e possíveis demissões. VÍDEO: como é produzido o Nivus "Se não tivermos uma melhora (nas vendas), teremos que adequar as fábricas, sim, mas essa será uma conversa que primeiro teremos com os sindicatos, no momento certo, ainda não tomamos uma decisão. E acho que vamos esperar mais um pouco para isso", afirmou. De acordo com o executivo, as negociações com o governo federal para obter empréstimos junto a bancos, na casa dos R$ 40 bilhões, para o setor não avançaram. Em abril passado, Pablo Di Si disse que seria o valor que toda a cadeia da indústria automotiva, das fábricas às concessionárias, precisaria para passar pelo auge da crise, disse o "Tivemos várias reuniões com o governo; com o presidente do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Social), com Paulo Guedes, infelizmente, isso não foi para a frente. Nós tentamos, com a Anfavea, pegar empréstimo com fornecedores. E, por diferentes motivos, não foi para frente", revelou o argentino. Segundo o presidente da Volkswagen, fornecedores da indústria são os mais frágeis de toda a cadeia, e alguns já "foram à falência" por causa da crise. "Em termos de emprego, eu acredito que a indústria e a Volkswagen vão ter que se adequar ao mercado. Esperamos que melhore em julho, agosto. Ainda temos um fôlego de alguns meses com essa flexibilização laboral do governo", afirmou o presidente da empresa, em referência à medida provisória 936, que flexibilizou as regras trabalhistas temporariamente As 4 fábricas de carros Volks no Brasil, em São Bernardo do Campo (SP), Taubaté (SP), São Carlos (SP) e São José dos Pinhais, já retomaram as atividades no país entre o final de maio e o começo de junho. O acordo com os funcionários para a redução de jornada e salários em 30%, por 3 meses desde maio, termina no final de julho. Com a prorrogação da medida por parte do governo, a montadora disse que vai se reunir com os trabalhadores para estender a medida pelos próximos meses. A maioria das montadoras aderiram às flexibilizações de jornadas, que garantem também a estabilidade de empregos. Em junho, a Nissan demitiu 398 empregados que estavam com contratos suspensos e teve que pagar multa. De maio para junho, houve o corte de 963 postos na indústria veículos, uma redução de 0,9% de maio (106.456) para junho (105.520). Como efeito da pandemia, a produção de veículos no Brasil caiu pela metade no 1º semestre de 2020, e a nova previsão das montadoras e fechar o ano com baixa de 45%. No mesmo período, os emplacamentos recuaram 38% no país. Pablo Di Si, presidente da Volkswagen para a América do Sul, na apresentação do Nivus feita totalmente pela internet Reprodução Líder em junho "No mês de junho nós chegamos à liderança depois de anos", apontou Pablo Di Si logo no início da entrevista desta terça. "Claro que é importante, mas tem que ser sustentável. Temos que ser ponderados". Somando automóveis e comerciais leves, a Volkswagen alcançou 21.877 emplacamentos em junho de 2020, de acordo com dados da associação das concessionárias, a Fenabrave. Apesar de representar uma queda de 33% em relação ao mesmo mês de 2019 para a Volkswagen, quando teve 32.769 unidades vendidas, o resultado a deixou na frente da Chevrolet, mas apenas em junho — no acumulado, a montadora norte-americana segue na frente. "Tínhamos muitos pedidos, particularmente do T-Cross Sense que foram registrados apenas no mês de junho. Por isso houve uma performance tão boa. Temos certeza que vai continuar nos próximos meses pelo T-Cross Sense, e principalmente pelo Nivus", explicou. Volkswagen T-Cross Fábio Tito/G1 De acordo com o executivo, haviam unidades de abril e março que ainda não tinham sido faturadas ou licenciadas por conta das paralisações por causa do coronavírus. E isso já teve consequência; tiveram alguns fornecedores que foram para a falência aqui no Brasil. Então isso claro que vai ter consequência, no curto, no médio e no longo prazo. Em junho, o T-Cross fechou como o 3º carro mais vendido do país. G1 acompanha a produção do Nivus, o novo carro da Volks; assista Veja como é a produção do Volkswagen Nivus na fábrica que já fez o Fusca
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Como nasce um jingle de sucesso? Compositores e cantores explicam hits que ‘pipocam’ no cérebro
Podcast analisa músicas das propagandas e lista 16 clássicos que versaram sobre leite, banco, remédios, refrigerantes, cervejas e outros produtos. Ouça trechos e entrevistas. Propagandas dos cobertores Parahyba, da Parmalat e da poupança Bamerindus tiveram jingles marcantes Reprodução Como os jingles se entranharam pelo pop brasileiro? Eles deveriam ser músicas criadas apenas para vender produtos, mas estão na memória afetiva de todo mundo que vê TV e ouve rádio. Um exemplo dessas canções versa sobre a combinação pipoca e guaraná. O jingle é de uma campanha exibida em 1991, que voltou em nova versão no fim de maio, na voz de Manu Gavassi. A cantora e ex-BBB não participou da criação do novo arranjo. "Eu só escolhi o tom que eu me sentia mais confortável, mudei um pouco o tom original. E gravei tudo em casa, o comercial foi gravado todo em casa, com câmera de celular", diz ela ao G1. Nascida em 1993, Manu não se lembrava da original. "Eu lembrava das pessoas brincando, cantando. Mas não era da minha geração, né? Acho que afetou mais a minha família. Meus pais não acreditaram quando eu contei pra eles: 'Meu Deus, essa música foi icônica'." Pipoca, pizza e mamíferos fofinhos Manu Gavassi na nova propaganda com a música 'Pipoca e Guaraná' Divulgação Sérgio Campanelli é sócio do MCR, estúdio paulista que fez vários jingles clássicos, inclusive o regravado por Manu. Ele falou ao G1 sobre os segredos de composições como essa. "Se você analisar esse jingle, do 'Pipoca e Guaraná', ele é um rock, um rockinho balada tradicional. Mas ele pegou na veia, porque tem todas as características que as palavras pipocam, entendeu?", explica Campanelli. "Por exemplo: 'Pipoca na panela começa a arrebentar, pipoquinha com sal que sede que dá'. Isso é o diferencial desse jingle." Além das propagandas do guaraná, ele cita versos como "O elefante é fã" e "O búfalo falou que é bom", da campanha de uma marca de leite com crianças vestidas como mamíferos fofinhos. "As palavras se encaixam nas vogais e na métrica. Aí é que está o segredo, pipocar a palavra. Colocar as vogais e a sonoridade na métrica. Nada é forçado… Isso é fruto de uma ideia sonora, letra e música", resume o compositor e produtor. Os jingles citados por Campanelli têm um estilo parecido. São todos feitos com sílabas fortes que grudaram na cabeça de quem cresceu nos anos 90. Sérgio Campanelli é sócio do MCR, estúdio que fez vários jingles de sucesso Divulgação/MCR Jingles mais recentes Quem também produz jingles é Wilson Simoninha. O cantor, filho de Wilson Simonal, se divide entre a carreira solo, o show Baile do Simonal, com o irmão Max de Castro, e uma produtora. A S de Samba produz canções para o mercado publicitário desde 1998. A empresa também tem outro fundador cantor filho de cantor, o Jair Oliveira, filho do Jair Rodrigues. Para Simoninha, a arte de criar jingles mudou muito de 10 anos pra cá: "Antigamente, o jingle era uma coisa muito específica e facilmente identificável como um jingle. Com passar dos anos, a coisa da música ganhou uma força muito grande. Não tem que se parecer com jingle, tem que se parecer com uma música." Um dos sucessos publicitários da produtora foi "Mostra sua força Brasil", música da campanha de um banco, lançada na Copa de 2014. "A canção acabou ganhando também uma força, as pessoas cantavam, se emocionavam, foi muito além do que se podia imaginar." "Eu escutei de pessoas no banco falando que foi a primeira vez na história do banco que as pessoas ligavam para agradecer, para falar coisa boas, bonitas. Ninguém liga pro banco para falar uma coisa bonita, né?", conta Simoninha, rindo. Simoninha Chrys Galante / Divulgação História dos jingles Lançado em 2017, o livro "Jingle é a Alma do Negócio – A história e as histórias das músicas de propaganda e seus criadores" reconta com detalhes como foram criados alguns dos maiores hits publicitários do Brasil. Fábio Barbosa Dias, professor da Universidade do Oeste do Paraná, é o autor. E ele tem experiência na criação e na pesquisa de jingles. Dias conta que houve um "drama" já no início dessa história, porque o rádio chegou ao Brasil no início dos anos 20, mas as inserções comerciais não eram permitidas. A autorização para fazer isso só veio em 1932, no governo de Getúlio Vargas. Um personagem importante desse início é Ademar Casé, o avô de Regina Casé. Ele criou um programa na Rádio Phillips que era um sucesso, o "Programa Casé". Casé sacou que anunciantes e ouvintes gostavam de músicas exaltando os produtos. Ele convocou um dos locutores, Antônio Nássara, para fazer jingles como o do Pão Bragança. Nomes como Carmen Miranda, Noel Rosa, Sílvio Caldas, Francisco Alves, Noel Rosa e Lamartine Babo se dedicaram aos jingles. Ademar Casé e a neta Regina Casé em reportagem do 'Vídeo Show' Reprodução/TV Globo "O envolvimento de grandes nomes da música brasileira não tinha inicialmente uma preocupação artística maior. Esse trabalho acabou ganhando importância posterior por casa da qualidade final das músicas", explica Dias. "Na época, eles só queriam ganhar um dinheirinho que a música normalmente não dava. O jingle acabou sendo um caminho natural para músicos ganharem bem mais do que com shows e gravação." 'Guerra' cervejeira Com a força desses compositores e cantores, os jingles viraram uma mania no Brasil. Uma música que documenta bem isso é o primeiro jingle brasileiro que virou hit de verdade. Foi também o primeiro a ser gravado em disco. No carnaval de 1935, aconteceu uma "guerra" entre duas marcas de cerveja. O publicitário Manuel Bastos Tigre chamou Ary Barroso para compor uma música para a Brahma e quem cantou foi o Orlando Silva. Outro marco dessa era de ouro foi o jingle do Detefon, remédio contra inseto, de 1945. E, assim, foram surgindo grandes estúdios que faziam tabelinhas com as agências de publicidade para criar músicas que fizeram história. Remédios, cobertores, bancos… Nos anos 40, Waldemar Galvão, locutor da Rádio Nacional do Rio, criou dois jingles que até hoje são lembrados. Os dois são para remédios: o do Melhoral e o das Pílulas de Vida do Dr. Ross. O jingle dos Cobertores Parahyba nos levava direto para o comecinho da TV no Brasil, na primeira metade dos anos 50. Ele surgiu como uma vinheta da TV Tupi, com o mascote da emissora indo dormir, com o cobertorzinho dele. Mas daí essa tal vinheta virou a propaganda dos cobertura Parahyba, com arranjo de Mario Fanucchi, diretor da emissora, e do maestro Erlon Chaves. Boneco de neve das Casas Pernambucanas na década de 60 e em 2019 Reprodução Outro hit sobre sentir frio foi a trilha do comercial das Casas Pernambucanas, escrita por chamado Heitor Carillo. Anos depois, ele acabaria virando diretor artístico do Silvio Santos, criando vários dos jingles dos programas do apresentador e empresário. O jingle das Pernambucanas foi produzido em 1962. Começou sendo tocado só nas rádios, mas virou propaganda de TV. Assim como a dos cobertores Parahyba, tinha um desenho fofo, com um boneco de neve sendo esmagado. Ele se repetiu em outras décadas na televisão. A música tema do Banco Nacional foi criada em 1971 e virou tema de Natal do banco, com autoria de Edson Borges de Abrantes por encomenda do publicitário Lula Vieira. Os comerciais natalinos tinham um maestro interpretado por Mauro Gonçalves, o famoso Zacarias. Outro jingle clássico era o refrão "o tempo passa, o tempo voa". Ele marcou o começo dos anos 90, mas surgiu nos 70. Foi feito para o rádio e depois foi parar na TV. A música foi retomada para tentar recuperar a confiança dos clientes na poupança. E deu muito certo.
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Reabertura das agências do INSS para atendimento presencial é adiada para 3 de agosto
Governo decidiu prorrogar atendimento exclusivo por meio de canais remotos até o dia 31 de julho. Agência do INSS no município de Santana Divulgação O governo decidiu prorrogar até 31 de julho o atendimento remoto aos segurados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), segundo portaria publicada nesta quarta-feira (8) no Diário Oficial da União (DOU). Com isso, a reabertura gradual das agências, que estava prevista para começar a partir de 13 de julho, foi adiada para 3 de agosto. Em nota, o INSS informou que o adiamento do retorno gradual do atendimento presencial "foi definido pelos dirigentes da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho e do INSS após nova avaliação das informações apresentadas pelo grupo de trabalho responsável pelo plano de ação de reabertura indicar que um número reduzido de agências cumpriria todos os requisitos estabelecidos até a data anteriormente prevista". O INSS suspendeu o atendimento presencial no final de março como medida de enfrentamento da epidemia do coronavírus, e já havia antecipado que esse prazo poderia ser prorrogado. Balanço mostra quase 1,4 milhão de benefícios represados e tempo médio de 46 dias para concessão "Essa decisão mostra que os gestores da Previdência Social estão comprometidos com o objetivo de conciliar a segurança sanitária da população e dos servidores com a garantia da proteção social dos segurados e beneficiários", acrescentou órgão. Mesmo após a reabertura, o tempo de funcionamento das agências será parcial, com seis horas contínuas, e o atendimento presencial será restrito exclusivamente: aos segurados e beneficiários com prévio agendamento pelos canais remotos (Meu INSS e Central 135); e a serviços que não possam ser realizados por meio dos canais de atendimento remotos, a exemplo da perícia médica, avaliação social, reabilitação profissional, justificação administrativa e cumprimento de exigências. No país, existem 1.525 agências da Previdência Social. Segundo o INSS, antes da reabertura, cada unidade irá avaliar o perfil do quadro de servidores e contratados, o volume de atendimentos realizados, a organização do espaço físico, as medidas de limpeza e os equipamentos de proteção individual e coletiva. "As unidades que não reunirem as condições necessárias para atender o cidadão de forma segura, continuarão em regime de plantão reduzido", acrescentou o INSS. Exigência de recadastramento de aposentados segue suspensa Também nesta quarta-feira, o governo decidiu suspender, até 30 de setembro, a exigência de recadastramento anual de aposentados e pensionista, de acordo com instrução normativa do Ministério da Economia publicada no DOU. Fila de benefícios do INSS que dependem de perícia médica dispara durante pandemia Central de atendimento O INSS esclarece que os serviços que não estarão disponíveis de forma presencial neste primeiro momento, continuam pelos canais remotos, o Meu INSS (pelo site e aplicativo) e telefone 135. O INSS disponibiliza em seu site um guia para ajudar aqueles que têm alguma dúvida de como acessar o Meu INSS. Para saber como gerar sua senha, além de aprender a solicitar serviços e benefícios, acesse https://www.inss.gov.br/servicos-do-inss/meu-inss/.
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Índices acionários da China ampliam ganhos pelo 7º dia
Já outras bolsas asiáticas fecharam em queda, refletindo temor com Covid-19. Os índices acionários da China fecharam em máximas de vários anos nesta quarta-feira (8), ampliando a série de ganhos para a sétima sessão seguida com as esperanças de recuperação econômica.
O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, avançou 1,62%, no nível mais alto de fechamento desde junho de 2015. O índice de Xangai teve alta de 1,74%, no encerramento mais alto desde fevereiro de 2018.
O subíndice do setor financeiro saltou 2,6%, o de consumo ganhou 0,3% e o imobiliário teve alta de 0,1%.
O índice de start-ups ChiNext Composite avançou 2,3%, negociado no patamar mais elevado em quase cinco anos.
O aumento do volume e a entrada de dinheiro estrangeiro impulsionou as ações na semana passada, depois que o jornal oficial China Securities defendeu um mercado altista saudável para ajudar o lado diplomático de Pequim na segunda-feira.
"O forte rali recente no índice CSI300 da China nos lembra que esse é um mercado ineficiente guiado pelo varejo", disse Nicholas Yeo, chefe de ações da China do Aberdeen Standard, em comentários escritos. "O importante é não seguir o mercado cegamente."
Já outras bolsas asiáticas fecharam em queda, refletindo temor com Covid-19.
Os índices acionários europeus e os futuros de Wall Street também recuavam nesta quarta-feira uma vez que o aumento das infecções por coronavírus ameaça a recuperação da economia global. O número de casos confirmados nos EUA ultrapassou 3 milhões na terça-feira, afetando quase um em cada 100 norte-americanos.
Veja as cotações de fechamento na Ásia:
Em TÓQUIO, o índice Nikkei recuou 0,78%, a 22.438 pontos.
Em HONG KONG, o índice HANG SENG subiu 0,59%, a 26.129 pontos.
Em XANGAI, o índice SSEC ganhou 1,74%, a 3.403 pontos.
O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, avançou 1,62%, a 4.774 pontos.
Em SEUL, o índice KOSPI teve desvalorização de 0,24%, a 2.158 pontos.
Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou alta de 0,64%, a 12.170 pontos.
Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES valorizou-se 0,30%, a 2.669 pontos.
Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 recuou 1,54%, a 5.920 pontos.
China critica a saída dos Estados Unidos da Organização Mundial da Saúde
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IGP-DI acelera alta a 1,60% em junho com pressão no atacado e varejo, diz FGV
Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-DI), que responde por 60% do indicador, acelerou a alta a 2,22% no mês. Os preços no atacado aceleraram a alta e voltaram a subir no varejo, levando o Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) a avançar 1,60% em junho, contra alta de 1,07% no mês anterior, de acordo com os dados divulgados nesta quarta-feira (7) pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
A expectativa em pesquisa da Reuters junto a economistas era de um avanço de 1,39%.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-DI), que responde por 60% do indicador, acelerou a alta a 2,22% no mês, de 1,77% em maio.
Os Bens Intermediários deixaram para trás o recuo de 0,09% em maio e registraram forte alta de 2,75% em junho, pressionados principalmente pelo avanço de 12,11% dos combustíveis e lubrificantes para a produção.
Para o consumidor os preços voltaram a subir, com o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-DI), que responde por 30% do IGP-DI, ganhando 0,36% em junho, ante recuo de 0,54% no mês anterior. Os preços de Transportes passaram a subir 1,05% de queda de 2,06% antes, enquanto Alimentação acelerou a alta de 0,37% para 0,57%.
Por sua vez, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-DI) teve avanço de 0,34% em junho, de 0,20% no período anterior.
O IGP-DI é usado como referência para correções de preços e valores contratuais. Também é diretamente empregado no cálculo do Produto Interno Bruto (PIB) e das contas nacionais em geral.
Através da balança e dos cálculos, é possível saber a inflação no preço
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Chefe do FMI pede resposta a pandemia que lide com crise climática
'Estamos especialmente preocupados que a crise prejudique os importantes ganhos de desenvolvimento dos últimos anos', disse Kristalina Georgieva. A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, pediu às autoridades nesta quarta-feira (7) que usem sua resposta à pandemia de coronavírus para enfrentar a mudança climática.
"Olhando à frente, as políticas devem fornecer as bases para uma recuperação resiliente e de baixo carbono que crise milhões de empregos, ao mesmo tempo em que ajuda a lidar com a crise climática", disse ela em uma conferência da Organização Internacional do Trabalho.
"Estamos especialmente preocupados que a crise prejudique os importantes ganhos de desenvolvimento dos últimos anos", completou ela.
Economia global deve encolher 4,9%, diz FMI
No mês passado, o FMI projetou uma recessão global mais profunda do que esperado inicialmente. O Fundo vê agora uma contração global do PIB de 4,9% este ano e perda total de produção de US$ 12 trilhões até o fim de 2021.
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Auxílio emergencial foi fundamental para os 30% mais pobres, diz estudo
Estudo mostra impactos positivos do auxílio emergencial
O auxílio emergencial de R$ 600 foi fundamental para os 30% mais pobres da população brasileira e representou em média 93% da renda dos domicílios dessa fatia da população, que não está no mercado formal e que ficou sem ganhos em decorrência da pandemia do coronavirus.
A conclusão está em um estudo da Secretaria de Política Econômica (SPE) que será divulgado pelo Ministério da Economia.
A análise feita pela área técnica da SPE, baseado em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Covid-19 (Pnad-Covid19), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostrou que o auxílio emergencial conseguiu melhorar o padrão de vida de mais de 23 milhões de famílias das fatias mais baixas da população, concentrando nos informais, desocupados e que estavam fora da força de trabalho.
Os domicílios de rendas mais baixas foram também os mais impactados pela pandemia do coronavírus.
Entre os que já recebiam o Bolsa Família, por exemplo, o aumento da renda média triplicou – o auxílio emergencial paga R$ 600 em geral e R$ 1,2 mil para mães que sustentam sozinhas a família. Já o Bolsa Família paga em média benefício de R$ 190.
Segundo o secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida, o estudo é um “convite ao debate”.
“Como sociedade, precisamos debater onde alocar os recursos arrecadados pelo Estado. Se na população mais pobre, com o reforço de programas sociais, ou se continuamos com uma distribuição desigual”, afirmou.
A discussão deve ganhar fôlego com o fim do auxílio emergencial, em setembro, em meio à recessão econômica causada pela pandemia e que deve trazer reflexos na economia ao longo dos próximos anos.
Na semana passada, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou outro recorte dos dados da Pnad-Covid mostrando, entre outros aspectos, que 3,5 milhões de domicílios no Brasil viveram exclusivamente do auxilio emergencial.
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IBM fecha acordo para adquirir empresa brasileira de automação robótica de processos
O valor do negócio não foi divulgado. Segundo a IBM, funções de inteligência artificial serão incorporadas ao negócio de computação em nuvem da empresa. IBM anuncia compra de empresa brasileira que faz softwares de automação robótica de processos Sergio Perez/Reuters A IBM anunciou nesta quarta-feira (8) que fechou um acordo para adquirir a WDG Automation, uma empresa brasileira que fabrica softwares especializados em automação robótica de processos. O valor do negócio não foi divulgado. A WDG é uma fornecedora de software com sede em São José do Rio Preto, em São Paulo. A empresa oferece soluções de resposta por voz, chatbots e automação com inteligência artificial para usuários corporativos. Entenda a revolução do computador quântico da IBM na inteligência artificial De acordo com a IBM, a aquisição vai permitir à empresa otimizar e padronizar operações de TI e eliminar processos que são redundantes ou desnecessários. Com a aquisição, a empresa vai integrar mais de 600 funções já criada pela WDG aos serviços de computação em nuvem da IBM. Esse é um segmento que tem sido foco dos investimentos da IBM. No ano passado, a empresa completou a aquisição da fabricante de software em código aberto Red Hat, um negócio avaliado em US$ 34 bilhões e a maior aquisição da empresa até então. Também em 2019, a IBM expandiu os negócios de computação em nuvem no Brasil, ao anunciar três centrais de dados no estado de São Paulo. No primeiro trimestre do ano, a IBM faturou US$ 5,2 bilhões com seu negócio de computação em nuvem, alta de 5,4% em relação ao mesmo período de 2019.
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