Arlindinho finaliza música nova de Arlindo Cruz e detalha tratamento do pai: ‘Homenagem e respeito’
Ao G1, filho do sambista fala da recuperação de Arlindo, explica homenagem ao pai em seus álbuns e diz que ainda não está preparado para encarar um show drive-in. Arlindinho e Arlindo Cruz Reprodução/Instagram Arlindinho, filho de Arlindo Cruz, falou recentemente sobre a evolução no estado de saúde do pai e deixou os fãs do sambista animados. Durante uma live no início do mês, o cantor contou que Arlindo voltou a falar e está começando a querer a formar frases. Em entrevista ao G1, Arlindinho deu mais detalhes sobre a evolução e o tratamento de saúde do cantor, que sofreu um AVC em 2017 e passou um ano e três meses internado em um hospital. Arlindo Cruz recebeu alta há dois anos e foi para casa, onde segue com sessões de fonoaudiologia e fisioterapia. Com a pandemia de coronavírus, o tratamento passou a ser virtual, explica Arlindinho. "Teve que diminuir a quantidade de sessões e a gente faz mais a fono por vídeo. Aí o enfermeiro e a cuidadora que ficam com ele ficam passando o exercício que a fono passa. Com a fisioterapia, a mesma coisa. E basicamente é isso", explica. O cantor afirmou que Arlindo também já movimenta braços e pernas. "E está voltando à consciência. Ele concorda com algumas coisas, nega outras. Aumentou o grau de consciência dele." "Em relação ao cérebro, não tem tempo de evolução. Só depende dele. Ele pode voltar a fazer qualquer coisa ou pode ficar nesse estágio em que está hoje. O cérebro não tem uma explicação. É tratar, porque ele vai estar sempre em estado evolutivo. Sempre melhorando a cada dia." Homenagem ao pai Arlindinho Reprodução/Instagram Arlindinho contou também que pegou algumas canções inacabadas do pai e começou a finalizar: "São músicas que ele já gravou no computador, no celular… Uma delas vai estar no meu próximo álbum." O cantor pretende repetir o feito em seu disco mais recente, o "Nome e sobrenome", e incluir em todos os futuros álbuns uma música de Arlindo Cruz. "Quero que tenha em todos os meus álbuns pelo menos uma música do meu pai, em forma de homenagem, em forma de respeito a essa obra tão maravilhosa, tão linda, tão rica." Quarentena de composição Além de finalizar algumas obras do pai, Arlindinho tem aproveitado a quarentena para compor. "Acho que a única coisa de bom dessa quarentena é que eu tenho tido tempo pra fazer bastante música. Quando o mundo voltar ao normal, ao novo normal, eu já vou estar com CD pronto. Pelo menos com as composições prontas pra gravar o CD." "Apesar de a ansiedade estar mexendo com todo mundo, a quarentena é de fato um ótimo momento pra se dedicar a músicas novas. Com essas mudanças no mundo, com o mundo recomeçando, acho que escrever sobre isso é extremamente importante." E apesar de já ter se aventurado em uma live nesse período, o cantor diz não se sentir preparado para dar o próximo passo e investir no show drive-in. "Eu fiz uma live, foi bacana, pude ajudar pessoas, minha equipe. Mas minha expectativa ainda não é animadora pra esse cenário de drive-in." "Tomara que ajude mais músicos, pois os músicos estão muito fragilizados nesse momento, estão sofrendo demais. Mas infelizmente eu não consigo ver, sem a vacina, uma saída eficaz, que possa ajudar toda classe mesmo." Arlindinho Reprodução/Instagram
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Silvia Machete deixa extravagâncias tropicais para seguir a estética nova-iorquina de ‘Rhonda’
Cantora lança o primeiro álbum inteiramente em inglês, com repertório aquém da sonoridade sofisticada criada pelo produtor musical Alberto Continentino. Capa do álbum 'Rhonda', de Silvia Machete Arte de Pedro Colombo Resenha de álbum Título: Rhonda Artista: Silvia Machete Gravadora: Biscoito Fino Cotação: * * * 1/2 ♪ Lançado neste mês de julho de 2020, o álbum Rhonda lembra que Silvia Gabriela de Lima Machado é uma das melhores cantoras surgidas no Brasil ao longo dos anos 2000. Pena que o Brasil, a rigor, ainda não saiba disso. Até porque, ao se apresentar como cantora e compositora em 2006 com o álbum Bomb of love – Música safada para corações românticos, já com o nome artístico de Silvia Machete, a artista surgiu envolvida em aura de irreverência que abafou a afinação e a emissão límpida da voz. Artista de formação circense, Machete expandiu o conceito de “cantora eclética” ao fazer performances com o bambolê – número desde então sempre esperado nos shows da intérprete – e ao cantar em cima de um trapézio. Proezas do gênero ficaram eternizadas no álbum ao vivo e no DVD Eu não sou nenhuma santa (2008). Por ora o melhor álbum de Machete, o posterior Extravaganza (2010) aparou excessos e mostrou que, sim, a cantora era mais interessante do que o bambolê, rendendo o CD e DVD Extravaganza ao vivo. Ligeiramente menos inspirado, mas sedutor, o álbum Souvenir (2014) manteve Machete em tom mais “sério”, parcialmente desconstruído no posterior encontro com o cancioneiro espirituoso de Eduardo Dussek em show apresentado em 2016 em clima de cabaré circense – com bom equilíbrio entre humor e música – e eternizado no DVD Dussek veste Machete (2017). Sétimo título da discografia de Silvia Machete, o álbum Rhonda rompe radicalmente com a estética de discos e shows anteriores de Machete – e não somente por ser álbum de repertório quase inteiramente autoral composto e cantado em inglês, mas sobretudo pela sonoridade esfumaçada que concilia ares de soul, funk e jazz, afastando Machete das extravagâncias tropicais. É como se Rhonda fosse personagem atualmente encarnada por Machete para sintetizar a ampla vivência dessa cidadã carioca, não da gema, mas do mundo. Como cantora e/ou artista de circo, Silvia Machete já transitou por cidades como Paris, Londres, Melbourne (onde se integrou à trupe australiana Circus Oz) e Nova York, cuja atmosfera musical parece guiar Rhonda. Por mais que, aos ouvidos de seguidores da MPB, o título Rhonda possa remeter ao nome do samba-canção Ronda (Paulo Vanzolini, 1953), trilha sonora preferencial de São Paulo (SP), cidade onde Machete reside atualmente, o sétimo álbum da artista está impregnado da ambiência cosmopolita de Nova York (EUA). Para ouvintes sem ciência da leitura da ficha técnica, Rhonda poderia passar perfeitamente como disco de cantora norte-americana – e não somente pelo fato de ser cantado em fluente inglês, cabe enfatizar novamente. Silvia Machete canta músicas de Tim Maia e Rafael Torres no repertório majoritariamente autoral do álbum 'Rhonda' André Mantelli / Divulgação O repertório é composto por parcerias recém-abertas por Machete com o carioca Alberto Continentino, o paulistano Emerson Villani e o norte-americano Nick Jones. Baixista requisitado na cena contemporânea brasileira, Continentino é nome fundamental na refinada arquitetura de Rhonda por ter produzido e arranjado o álbum, além de ser parceiro da artista em seis das 11 músicas (Carrousel, Forget to forget e I love missing you, entre elas). Fora da seara autoral, Machete atualiza o soul de balada de Tim Maia (1942 – 1998) – With no one else around, gravada pelo cantor em 1976 para disco em inglês lançado efetivamente em 1978 – e dá voz a So many stars, canção do compositor cearense Rafael Torres que encerra o álbum Rhonda em clima de new bossa. A sonoridade do disco é sofisticada – mérito de Continentino e de músicos como Guilherme Monteiro (guitarra), Vitor Cabral (bateria), Chicão (teclados) e do tecladista norte-americano Jason Lindner, colaborador da balada Great mistake (Silvia Machete e Emerson Villani). Já o repertório fica muitas vezes aquém do som e do cancioneiro de álbuns como Extravaganza. Cabe destacar a sensual canção Lips (Silvia Machete e Alberto Continentino) – envolvida em arranjo cheio de camadas – e Soon (Alberto Continentino e Thomas Harres), balada que exemplifica o tom interiorizado, por vezes cinzento, de parte do repertório de Rhonda, com destaque para o toque climático da guitarra de Guilherme Monteiro. Roteirista de séries norte-americanas como Glow e Orange is the new black, Nick Jones é parceiro de Machete e Continentino em Messy eater, faixa de pegada de jazz-funk-latin. Situado entre o tom soft soul de Cactus (Silvia Machete e Emerson Villani) e a batida funkeada de One of the kids you know (Silvia Machete e Alberto Continentino), o álbum Rhonda sinaliza que Machete poderia ter sido mais rigorosa na seleção de repertório para que o Brasil e – quem sabe? – o mundo descubram a tempo que Silvia Gabriela de Lima Machado canta muito bem.
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Após nove anos, cantor Levi Lima anuncia nas redes sociais saída da Jammil e uma Noites: ‘Ciclo novo’
Segundo artista, decisão ocorreu porque busca novos projetos para carreira. Empresário do grupo disse que novo vocalista será anunciado ainda neste mês. Initial plugin text O cantor Levi Lima anunciou nas redes sociais que não será mais vocalista da banda Jammil e uma Noites, onde atuou por nove anos. Na postagem, ele explicou que decisão ocorreu porque ele busca novos projetos para a carreira. O empresário do grupo, também pela internet, disse que o novo vocalista do grupo será anunciado ainda neste mês. Levi fez um vídeo no domingo (5) para explicar a saída. Ele começou refletindo sobre os 20 anos de carreira e o quanto é grato pela passagem pela Jammil. "Estou aqui para comunicar a todos vocês, que acompanham meu trabalho há 20 anos – 20 anos de carreira que eu faço este ano. Muito trabalho, muita dedicação, muitas conquistas, muitos sonhos realizados. Nove desses 20 anos fazendo parte da Banda Jammil e Uma Noites, na qual a gente pôde conquista muita coisa juntos, receber o carinho de muita gente. Impactar positivamente muitas vidas através da música. Superar as dificuldades e conquistar sonhos", disse. O arista pontou também que a saída ocorre porque ele tem procurado um novo estilo de vida, já que não estava mais se sentindo à vontade com o ritmo que vivia atualmente. "Foram anos que vou levar para sempre na memória e com muito carinho e respeito. Mas não faço mais parte do grupo porque há algum tempo eu venho refletindo sobre a minha vida, sobre o modelo de vida, sobre o ritmo, o [estilo de vida] que eu não estava mais me sentido à vontade, não estava mais feliz de fato e precisava, depois desses 20 anos, de um período vivendo outras experiências, tendo uma rotina diferente. Colocar em prática que eu já tinha vontade de colocar há algum tempo. Após nove anos como vocalista da Jammil e uma Noites, Levi Lima anuncia nas redes sociais saída da banda: 'Ciclo novo'. Reprodução/ Redes Sociais Ainda na publicação, Levi comentou que a saída dele ocorreu de forma amistosa e elegante. "Depois de muito tempo, de muita programação, de forma super amistosa e elegante, depois de cumprir com todos os meus compromissos junto com o grupo, com a equipe, chegou o momento de partir para esse ciclo novo. Mas eu estou aqui para, realmente, agradecer. Agradecer a todos vocês: fãs que apoiaram, que curtiram, que incentivaram durante todo esse período. Agradecer ao grupo, à banda: pela projeção, visibilidade, pelo carinho", falou. O artista comentou também que não tem previsão de seguir carreira solo, mas que pode considerar algum convite que "se sinta a vontade". "Sigo com meus novos projetos. Quero uma rotina diferente durante o período. Não tenho previsão de carreira solo, de fazer shows por agora. Se pintar alguma mensagem interessante, alguma composição que eu sinta vontade de compartilhar, eu posso gravar e compartilhar nas redes sociais. Mas, nos próximo períodos, anos, com certeza, vou estar me dedicando a outros projetos. Após nove anos como vocalista da Jammil e uma Noites, Levi Lima anuncia nas redes sociais saída da banda: 'Ciclo novo'. Edgar de Souza/Divulgação Também no domingo, Manno Góes, um dos empresários do grupo, comentou sobre a saída de Levi. "Após 9 anos, a parceria da Banda Jammil e Uma Noites com o cantor Levi Lima não foi renovada. Em nome dos empresários, Paulo Borges e Manno Góes, o grupo agradece todos os momentos vividos nesse período com o cantor e deseja boa sorte", disse em trecho da publicação. Ainda segundo Manno, o novo vocalista será anunciado no final deste mês. "Os empresários também anunciam que a renovação da banda já estava programada e o novo vocalista será anunciado no final deste mês. O Jammil vai contar uma nova história e será, mais uma vez, inesquecível!", concluiu. Confira mais informações do estado no G1 Bahia.
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Louvre reabre com precauções para prevenir contágios da Covid-19
Prejuízo por causa da pandemia foi de mais de € 40 milhões. Visitantes fazem fila para entrar na pirâmide do Louvre, em Paris, nesta segunda-feira (6), quando o museu reabre suas portas ao público após quase quatro meses de fechamento por causa da Pandemia de Covid-19 Charles Platiau/ Reuters O Louvre, o maior e mais visitado museu do mundo, volta a abrir suas portas nesta segunda-feira (6) em Paris, com todas as precauções para prevenir o contágio do coronavírus e sem a avalanche habitual de turistas nesta época do ano. A partir de hoje, 70% desse museu público, cerca de 45.000 m2, estarão abertos ao público. A crise do coronavírus resultou em "mais de € 40 milhões em perdas" para o Louvre, anunciou o presidente da instituição Jean-Luc Martínez. Museu do Louvre, em Paris, reabre com precauções para prevenir contágios da Covid-19 "Perdemos 80% de nosso público – 75% de nossos visitantes são estrangeiros. Teremos no máximo entre 20% e 30% de nosso público do verão de 2019, entre 4.000 e 10.000 visitantes diários", disse Jean-Luc Martínez à imprensa. “É uma oportunidade inesperada para se visitar o Louvre de uma maneira diferente em julho, agosto e setembro, pois geralmente, em média, temos cerca de 800 mil a um milhão de visitantes por mês, a maioria vinda dos Estados Unidos, China e Brasil”, declarou o presidente do Louvre à RFI. Visitantes usando máscaras tiram fotos em frente à Mona Lisa, obra-prima de Leonardo da Vinci, no Museu do Louvre em Paris, nesta segunda-feira (6) Francois Guillot / AFP Reservas obrigatórias pela internet. Neste verão, não se repetirão cenas como as do ano passado, nas quais muitas pessoas foram impedidas de entrar. As reservas de horário para as visitas abriram em 15 de junho pela internet e é praticamente a única forma de entrar no museu, embora também seja permitido tentar no próprio estabelecimento, se houver vagas de horário livres. Em 24 de junho, o mais recente dado fornecido, havia 12.000 reservas, principalmente para julho. Visitantes com máscaras tiram fotos em frente à Mona Lisa, obra-prima de Leonardo da Vinci, no Lovre, nesta segunda-feira (6) Francois Guillot / AFP
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Em carta aberta, Duffy critica ‘365 Dias’ e diz que filme glamouriza a violência sexual
Cantora, que recentemente revelou ter sido estuprada e sequestrada, escreveu mensagem a CEO da Netflix e disse que sofrimento de vítimas de tráfico sexual é colocado como 'drama erótico' em filme disponível na plataforma. Duffy Reprodução/Twitter A cantora e compositora Duffy publicou uma carta aberta ao CEO da Netflix, Reed Hastings, na qual cita suas preocupações sobre o filme polonês "365 Dias", que é baseado em uma trilogia best-seller da autora polonesa Blanka Lipinska. Descrito como um "drama erótico", o filme acompanha uma mulher, interpretada pela atriz polonesa Anna-Maria Sieklucka, que é aprisionada por um mafioso siciliano, papel do ator italiano Michele Morrone, que dá à sua refém um ano para que se apaixone por ele. Datada em 2 de julho, a carta de Dyffy foi enviada o CEO da Netflix e, segundo informações da CNN, a cantora cita que o filme "glamouriza a realidade brutal do tráfico sexual, sequestro e estupro". "Me deixa triste que a Netlflix ofereça espaço para tal tipo de 'cinema', que erotiza o sequestro e distorce a violência sexual e o tráfico humano como um 'filme sexy'", escreveu Duffy, que neste ano publicou um relato pessoal sobre sequestro e estupro. "Tragicamente, vítimas de tráfico e sequestro não são vistas, e, ainda assim, em '365 Dias' seu sofrimento é colocado como um 'drama erótico', como é descrito pela Netflix". A Netflix anunciou nesta sexta-feira que continuará a disponibilizar o filme polonês "365 Dias", apesar dos pedidos para retirada do catálogo. Um porta-voz da Netlflix não comentou as críticas ao filme, que estreou no serviço de streaming no mês passado com alto número de visualizações, mas apontou que o filme tinha indicações para o público de que possui conteúdo com violência, sexo, nudez e violência. Ele também apontou que "365 Dias" é um filme polonês lançado em cinemas de diversos países em fevereiro de 2020, e que a Netflix não estava envolvida na produção. "Acreditamos fortemente em oferecer aos nossos membros em todo mundo mais escolhas e controle sobre a experiência de assistir à Netflix", disse o porta-voz em comentários por e-mail. "Membros podem escolher o que fazem e não fazem ao estabelecerem filtros de conteúdo em perfis, e removendo títulos específicos para se protegerem de conteúdos que sejam considerados muito adultos." Cena de "365 Dias" Divulgação
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Ennio Morricone escreveu próprio obituário: ‘À minha esposa, o adeus mais doloroso’
No texto, maestro e compositor italiano se despede de amigos e família. Artista morreu aos 91 anos nesta segunda-feira (6), na Itália. Ennio Morricone conduz a Orquestra Filarmônica Nacional Húngara em apresentação em julho de 2009 AP Photo/Boris Grdanoski, arquivo Ennio Morricone, maestro e compositor de trilhas sonoras que marcaram a história do cinema, escreveu o próprio obituário, segundo revelou seu advogado e amigo Giorgio Assuma para a imprensa italiana. O artista morreu aos 91 anos, nesta segunda-feira (6), na Itália. Ele estava internado há alguns dias em uma clínica em Roma após sofrer uma queda e fraturar o fêmur. Ennio Morricone morreu aos 91 anos Relembre as trilhas sonoras marcantes Famosos e autoridades lamentam morte Segundo Assuma, o maestro queria escrever sobre sobre si e sua morte em primeira pessoa. No texto, Morricone se despese de sua esposa, Maria Travia, de seus filhos, netos, amigos e do diretor de cinema Giuseppe Tornatore e declara seu amor. Leia, abaixo, o obituário escrito por Morricone: "Ennio Morricone está morto. Anuncio a todos os amigos que sempre estiveram próximos de mim e também aos que estão um pouco distantes e os saúdo com muito carinho. Impossível nomear a todos. Mas uma lembrança especial vai para Peppuccio e Roberta, amigos fraternos muito presentes nos últimos anos de nossa vida. Há apenas uma razão que me leva a cumprimentar todos assim e a ter um funeral privado: não quero incomodá-los. Saúdo calorosamente Inês, Laura, Sara, Enzo e Norbert por terem compartilhado grande parte da minha vida comigo e com minha família. Quero lembrar com carinho as minhas irmãs Adriana, Maria, Franca e seus entes queridos e que elas saibam o quanto eu as amava. Uma saudação completa, intensa e profunda aos meus filhos Marco, Alessandra, Andrea, Giovanni, minha nora Monica e aos meus netos Francesca, Valentina, Francesco e Luca. Espero que eles entendam o quanto eu os amava. Por último mas não menos importante (Maria). Renovo a você o extraordinário amor que nos uniu e que lamento abandonar. Para você, o adeus mais doloroso." Adeus ao maestro Relembre a trajetória de Ennio Morricone, criador de trilhas famosas no cinema Morricone nasceu em 10 de novembro de 1928, em Roma, e começou a compor aos seis anos. Em 1961, aos 33 anos, estreou no cinema com a música de "O Fascista", de Luciano Salce. O artista escreveu para outras centenas de filmes, programas de televisão, canções populares e orquestras, mas foi sua amizade com o diretor italiano Sergio Leone que lhe trouxe fama, com partituras para o gênero "spaghetti westerns" que consagrou Clint Eastwood na década de 1960. Entre as mais de 500 trilhas sonoras para cinema e televisão em seu currículo, há composições para filmes como "Três Homens em Conflito", "A Missão", "Era uma Vez na América", "Os intocáveis", "Cinema Paradiso", entre outros. Ao longo da carreira, Ennio ganhou dois Oscars e dezenas de outros prêmios, incluindo Globos de Ouro, Grammys e BAFTAs. Em 2007, recebeu um Oscar honorário por sua abundante e elogiada carreira musical. Na ocasião, dedicou o prêmio à esposa Maria Travia, com quem era casado desde 1956 e considerava sua melhor crítica. "Ela não tem treinamento formal em música, mas julga meu trabalho como o público o faria. Ela é muito rígida." O compositor italiano Ennio Morricone posa para um retrato durante entrevista em Londres, na Inglaterra Dylan Martinez / Reuters
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Governo britânico anuncia plano de resgate do setor cultural afetado por pandemia
Setor cultural vai receber US$ 2 bilhões para 'resgatar teatros, galerias de arte, salas de concerto e cinemas independentes'. Boris Johnson REUTERS/Gonzalo Fuentes O governo de Boris Johnson investirá quase US$ 2 bilhões para "resgatar" teatros, galerias de arte, salas de concerto e cinemas independentes, um salva-vidas que o setor cultural britânico, muito afetado pela pandemia de coronavírus, acolheu com alívio. É "o maior investimento de uma única vez realizado na cultura britânica", afirmou o executivo em comunicado. E vem após a multiplicação nas últimas semanas de pedidos cada vez mais desesperados de ajuda do setor criativo muito dinâmico do país. O setor alertou para o risco de perder milhares de empregos e o desaparecimento de instituições emblemáticas como o Globe, uma réplica do teatro ao ar livre de William Shakeaspeare em Londres, que retoma o repertório do dramaturgo inglês. Na quinta-feira (2) passada, cerca de 1.500 grandes nomes da música britânica, de Ed Sheeran e Annie Lennox ao grupo Rolling Stones, passando por Paul McCartney e Depeche Mode, escreveram uma carta aberta ao ministro da Cultura, Oliver Dowden, para pedir uma ação. A maior parte do "pacote de resgate" de 1,57 bilhão de libras (1,96 bilhão de dólares) irá para instituições culturais na Inglaterra na forma de doações (880 milhões de libras) e empréstimos (279 milhões de libras), anunciou o governo. Initial plugin text Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte receberão £ 97 milhões, £ 59 milhões e £ 33 milhões respectivamente, acrescentou. "Eu disse que não abandonaríamos o setor cultural e esse investimento massivo mostra nosso compromisso", disse Dowden, afirmando entender os "sérios desafios" que os 700.000 funcionários do setor enfrentam atualmente. Perda de talentos Johnson impôs em 23 de março o confinamento para conter o coronavírus, que matou mais de 44 mil pessoas no Reino Unido, tornando-o o país mais severamente punido da Europa. Seu governo tem determinado a suspensão gradual das restrições e no fim de semana passado os cinemas e museus reabriram, mas os teatros permanecem fechados sem data de reabertura à vista. O futuro dos shows e festivais de música ao vivo também é incerto devido a medidas físicas de distanciamento. Em entrevista à Sky News nesta segunda-feira (6), Dowden disse esperar que os shows ao vivo possam ser realizados neste verão, ou pelo menos projetos "piloto" para encontrar "maneiras inovadoras" de fazê-lo. Enquanto isso, essa ajuda "é muito bem-vinda no momento em que tantos teatros, orquestras, locais de entretenimento e outras organizações artísticas enfrentam um futuro sombrio", disse o compositor Andrew Lloyd Webber, considerando "absolutamente essencial que a saúde do setor cultural do Reino Unido seja restaurada o mais rápido possível". Simon Rattle, diretor da Orquestra Sinfônica de Londres, disse que espera que o dinheiro seja distribuído "o mais rápido possível", porque "muitas instituições e artistas individuais estão olhando para o abismo". E o diretor executivo da organização musical Venue Music Trust, Mark Davyd, saudou essa "intervenção sem precedentes" para a indústria da música ao vivo. No entanto, alguns teatros regionais já foram forçados a anunciar grandes demissões, e a oposição acusou o governo de demorar demais para agir. "Esta é uma injeção de dinheiro muito necessária, mas para muitos é muito pouco e muito tarde", disse Jo Stevens, porta-voz da cultura do Partido Trabalhista. "Se perdermos alguns desses empregos, podemos perder um pouco desse talento para sempre", alertou.
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Ennio Morricone morre aos 91 anos; veja lista de trilhas sonoras mais famosas
'Decameron', 'Busca Frenética', 'Cinema Paradiso', 'A Missão' e 'Os Oito Odiados' estão entre os filmes com composições do maestro e compositor italiano. Relembre a trajetória de Ennio Morricone, criador de trilhas famosas no cinema O compositor italiano Ennio Morricone, que faleceu nesta segunda-feira aos 91 anos, foi responsável por mais de 500 trilhas sonoras para cinema e televisão. A seguir as mais famosas: "Por um Punhado de Dólares" (1964), de Sergio Leone "Por uns Dólares a Mais" (1965), de Sergio Leone "Três Homens em Conflito" (1966), de Sergio Leone "A Batalha de Argel" (1966), de Gillo Pontecorvo "Teorema" (1968), de Pier Paolo Pasolini "Era uma Vez no Oeste" (1968), de Sergio Leone "Os Sicilianos" (1969), de Henri Verneuil "O Pássaro das Plumas de Cristal" (1970), de Dario Argento "Quando Explode a Vingança" (1971), de Sergio Leone "Decameron" (1971), de Pier Paolo Pasolini "A Classe Operária vai para o Paraíso" (1971), de Elio Petri "Sacco e Vanzetti" (1971), de Guiliano Montaldo "Medo sobre a Cidade" (1974), de Henri Verneuil "Saló ou os 120 Dias de Sodoma" (1975), de Pier Paolo Pasolini "1900" (1976), de Bernardo Bertolucci "Cinzas no Paraíso" (1978), de Terrence Malick "A Gaiola das Loucas" (1978), de Edouard Molinaro "O Profissional" (1981), de Georges Lautner "Era uma Vez na América" (1984), de Sergio Leone "A Missão" (1986), de Roland Joffé "Os Intocáveis" (1987), de Brian de Palma "Busca Fenética" (1987), de Roman Polanski "Cinema Paradiso" (1989), de Giuseppe Tornatore "Ata-me!" (1989), de Pedro Almodóvar "Pecados de Guerra" (1989), de Brian de Palma "Bugsy" (1991), de Barry Levinson "A Cidade da Esperança" (1992), de Roland Joffé "A Lenda do Pianista do Mar" (1998), de Giuseppe Tornatore "Vatel, um Banquete para o Rei" (2000), de Roland Joffé "Missão: Marte" (2000), de Brian de Palma "Os Oito Odiados" (2015), de Quentin Tarantino Mario Sérgio Conti comenta obra de Ennio Morricone O compositor italiano Ennio Morricone posa para um retrato durante entrevista em Londres, na Inglaterra Dylan Martinez / Reuters
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Empresários tentam se adaptar ao abre e fecha do comércio durante a pandemia
Vai e vem complica a situação de quem já está quase sem fôlego. Para evitar mais prejuízos, consultor recomenda fazer um planejamento no curtíssimo prazo e investir aos poucos. Empresários tentam se adaptar ao abre e fecha do comércio durante a pandemia
Em muitas cidades brasileiras, os empresários precisam lidar com o abre a fecha do comércio por causa da quarentena, como a Rosana Cambra, que depois de quase três meses com a loja de roupas fechada, reabriu no começo de junho. Porém, 15 dias depois, o comércio não essencial de Ribeirão Preto, interior de São Paulo, teve que baixar novamente as portas.
“Hoje é de uma forma, amanhã muda tudo, semana que vem eu não sei como vai ser, então nós estamos trabalhando sem planejamento nenhum”, conta Rosana.
A loja tem um custo fixo mensal de R$ 30 mil com funcionários, aluguel e impostos. Para atrair clientes na volta, Rosana investiu esse mesmo valor em novos modelos de roupas, que encalharam.
“Nós fizemos compras para a loja. Se eu soubesse que o comércio voltaria a ser fechado tão rápido, eu teria evitado esse gasto e essas compras”, lamenta a empresária.
Um vai e vem que complica a situação de quem já está quase sem fôlego.
“Se a paralisação é o remédio para o problema, então vamos fazer da forma certa. Mas quando abrir, que abra num período mais longo, não por quatro horas. Não é suficiente, atrapalha mais, porque essas quatro horas, você não consegue fazer nada e atrai um número de pessoas que gera aglomeração”, sugere Rosana.
A empresária se adaptou e daqui pra frente só vai ter estoque pra uma semana. É o que recomenda o consultor de negócios, Adir Ribeiro. “Eu posso viver meses e anos sem lucro, mas eu não vivo semanas sem fluxo de caixa. Isso talvez seja um grande aprendizado junto com essa resiliência que estamos desenvolvendo”.
O empresário Lucas Camargo é sócio de uma franquia de academia de lutas com oito unidades em quatro estados e fora do país. Em Curitiba, o negócio passou mais de dois meses fechado – só manteve as aulas online.
“Existe um vínculo. Geralmente na unidade, academia, esse vínculo de pessoas, de amizade, de pertencer. Estar naquele time. Então isso é muito difícil, você não consegue levar isso para o ambiente virtual”, fala Lucas Camargo.
Quando reabriu, no começo de junho, Lucas fez pacotes, promoções para conseguir recuperar só metade dos alunos. Mas as academias fecharam de novo, por causa da alta no número de casos de Covid-19 na cidade.
“Pessoal começa a ficar assim, está sem dinheiro, e fecha de novo, aí tudo aquilo que a gente estava construindo tentando argumentar para poder manter, aí vem com mais uma foice, realmente prejudica muito.”
Lucas investiu R$ 5 mil em divulgação e equipamentos especiais para proteção contra o novo coronavírus. Com o caixa curto, pode ter que demitir.
“É um ciclo, todo mundo depende de todo mundo, a gente podia estar resguardando alguém que vai ter que encerrar agora.”
Enquanto a situação não se normaliza, é preciso se preparar para quarentena a ioiô. O consultor Adir recomenda:
Planejar no curtíssimo prazo;
Investir aos poucos;
Negociar com fornecedores a venda em consignação;
Se informar o tempo todo.
“Para mim o momento agora é apertar a tecla SAP: Sobrevivência, Agilidade e Protagonismo. Os cenários são de muita incerteza, há um pensamento focado nas startups, que é mais rápido do que perfeito. A gente não vai ter todas as informações para essa decisão, aí vai ter que ir acertando e corrigindo com rapidez.”
ROSANA BOUTIQUE
Endereço: Av. Sen. César Vergueiro, 957 – Jardim Sao Luiz
Ribeirão Preto / SP – CEP: 14020-500
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CONSULTOR DE NEGÓCIOS ADIR RIBEIRO
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Telefone: (11) 99366-1912
E-mail: adir.ribeiro@praxisbusiness.com.br
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Curitiba / PR – CEP: 80035-130
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Startup do setor imobiliário adota medidas de segurança para o trabalho presencial
Empresa reduziu o número de funcionários presentes no escritório e usa a tecnologia como aliada em todo o processo de venda, da visitação ao imóvel à assinatura da escritura. Startup do setor imobiliário adota medidas de segurança para o trabalho presencial
Salas de uso comum interditadas. Na mesa de trabalho, lugares bloqueados. São medidas que uma startup do setor imobiliário está tomando para retomar o trabalho presencial.
“O que estamos fazendo é um ensaio geral para saber como vamos trabalhar no novo normal. É momento de adaptação para ver como usar máscara, medida de temperatura, espaço nas mesas elevador e todos protocolos que estamos aprendendo agora”, diz o diretor de relações públicas, Ricardo Kauffman.
A retomada gradual começou no mês junho, com várias restrições. Por exemplo, 350 funcionários frequentavam um escritório todos os dias antes da pandemia, agora apenas 25 podem usar o espaço ao mesmo tempo.
Além disso, os funcionários são testados a cada 15 dias para garantir que ninguém irá trabalhar espalhando o vírus.
“Já fizemos três ondas de testes abertos a todos funcionários – 70% já realizaram. Abrimos para dependentes. A gente também realizou alguns testes pela segunda vez”, conta Ricardo.
Essa é uma medida recomendada por médicos infectologistas. “O que seria o ideal: você teria blocos de 10, 15 pessoas, elas são testadas e seriadamente. De acordo com ocorrência, tem que ser avaliado novamente a presença desse grupo. De cada 10 a 15 dias, o mesmo bloco de pessoas” orienta a infectologista Raquel Muarrek.
A startup não considera a aplicação do teste um custo, e sim investimento na equipe de colaboradores.
A startup também tomou medidas que vão além dos funcionários. Qualquer pessoa que chega tem que responder um questionário com perguntas referentes a Covid-19. Se teve contato com pessoas diagnosticadas, se viajou nas últimas duas semanas ou teve e sintomas da doença. A pessoa também recebe uma máscara descartável e precisa medir a temperatura.
A startup é especializada em compra de imóveis difíceis de vender. Mesmo com as medidas de segurança, a empresa usa tecnologia para oferecer ao cliente, a opção é de fazer tudo à distância: da visitação à assinatura da escritura.
“Pode fazer toda jornada de compra e venda de imóvel sem sair de casa. Isso é revolução para o mercado imobiliário brasileiro”, completa Kauffman.
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