Dólar abre a semana queda, negociado abaixo de R$ 5,30
Na sexta-feira, moeda norte-americana fechou em queda de 0,54%, cotada a R$ 5,3182, acumulando queda de 2,61% na semana. Notas de dólar Reuters/Dado Ruvic O dólar abriu em queda nesta segunda-feira (6), com maior otimismo no exterior, após um salto nas bolsas de valores na China fortalecer expectativas de rápida recuperação na segunda maior economia do mundo depois do tombo causado pela pandemia. Às 10h35, a moeda norte-americana caía 0,63%, cotada a R$ 5,2846. Veja mais cotações. Na sexta-feira, o dólar fechou em queda de 0,54%, a R$ 5,3182, acumulando baixa de 2,61% na semana. No ano, porém, tem alta de 32,63%. No exterior, o índice do dólar ante uma cesta de divisas caía 0,5%, com moedas mais arriscadas, como coroa norueguesa, peso chileno e peso mexicano em alta de pelo menos 0,9%, destaca a Reuters. Cenário externo e local Nesta segunda, o otimismo dava o tom nos mercados uma vez que as apostas de que a China irá liderar a retomada da crise provocada pelo coronavírus ajudava os investidores a deixarem de lado o aumento nas novas infecções nos EUA. Os índices acionários da China fecharam em alta pela quinta sessão seguida nesta segunda-feira. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, avançou 5,67%, fechando na máxima desde julho de 25 de junho de 2015. Na cena doméstica, indicadores antecedentes de maio e junho sinalizam que o pior da crise pode ter ficado para trás, mas analistas avaliam que a recuperação das perdas deverá se dar de maneira gradual. Os economistas do mercado financeiro melhoraram levemente as estimativas para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2020. A projeção passou de uma retração de 6,54% para 6,50%, segundo boletim Focus divulgado nesta segunda-feira. Dados da Receita Federal de emissão de notas fiscais indicam uma retomada econômica já em junho. Números, trazidos no domingo pelo jornal "O Estado de S.Paulo" e confirmados pelo blog da Ana Flor mostram que junho teve o maior patamar em emissões de notas fiscais do ano, chegando a R$ 23,9 bilhões em vendas ao dia, o que é um crescimento de 10% em relação a junho de 2019. Junho tem o maior volume de vendas do ano, segundo a Receita Federal; Ana Flor comenta Variação do dólar em 2020 Economia G1
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Demanda por voos da Gol cai 88% em junho
Oferta por assentos também diminuiu 87,4% no mês. A demanda total por voos da Gol Linhas Aéreas, medida pela razão passageiros-quilômetro transportados (RPK), caiu 88% em junho na comparação com o mesmo mês de 2019, assim como a oferta de assentos, medida na razão assentos-quilômetro oferecidos (Ask), que retraiu 87,4% na mesma base de comparação.
Na comparação com o mês de maio, no entanto, a demanda cresceu 95,4% e a oferta subiu 84,8% em junho. A taxa de ocupação das aeronaves foi de 79,1%.
Durante o mês, a companhia aumentou a malha aérea para 100 voos diários, atendendo o aumento da demanda nos aeroportos do Galeão (RJ), Brasília, Congonhas (SP), Santos Dumont (RJ), Navegantes (SC) e Foz do Iguaçu (PR).
A companhia não fez voos internacionais regulares em junho.
Gol cancela voos internacionais até junho
No mercado regular doméstico, a demanda retraiu 86,2% e a oferta encolheu 85,2% em junho na comparação anual. A taxa de ocupação diminuiu 5,2 pontos percentuais e fechou o mês com uma média de 79,1%.
A razão ASK é o número de assentos disponíveis multiplicado pelos quilômetros voados, enquanto a RPK é calculado ao multiplicar-se o número de passageiros pagantes pelos quilômetros voados.
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Bovespa opera em alta seguindo mercados externos
Na sexta, Ibovespa subiu 0,55%, a 96.764 pontos, e acumulou alta de 3,12% na semana. O principal índice da bolsa de valores brasileira, a B3, opera em alta nesta segunda-feira (6), acompanhando os mercados externos com o otimismo vindo da Ásia. Às 10h35, o Ibovespa tinha alta de 1,67%, a 98.381 pontos. Veja mais cotações. Na sexta-feira, a bolsa subiu 0,55%, a 96.764 pontos. Na semana, a bolsa acumulou alta de 3,12%. No ano, ainda tem queda de 16,33%. s Cenário externo e local O dia é de otimismo nas bolsas, com o rali nos mercados da China garantindo o tom otimista conforme os investidores apostam que a segunda maior economia do mundo irá liderar uma recuperação dos impactos do coronavírus. As ações da China subiram mais de 5%, impulsionadas por ampla liquidez, financiamento barato e expectativas de uma recuperação mais rápida e melhor da actividade comercial do que outros países importantes que ainda enfrentam a crise do coronavírus. Uma grande quantidade de dados positivos dos EUA, incluíndo um aumento recorde nas folhas de pagamento junho, ajudou o Nasdaq a fechar num máximo de todos os tempos na quinta-feira e levou o S&P 500 e o Dow a cerca de 8% e 13% abaixo dos respectivos picos de fevereiro. "Os investidores estão mais focados em como o outro lado desta pandemia se parece, por oposição aos riscos de paralisações no curto prazo", disse Matt Lindholm, diretor-geral de estratégias de investimento da CAZ Investments em Houston. Variação do Ibovespa em 2020 Economia G1
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Produção de veículos cai pela metade no 1º semestre do ano, diz Anfavea
Comparação é com o mesmo período acumulado do ano passado, 2019. Associação prevê que o número fechará em queda de 45% em 2020. Produção de veículos na fábrica da Volkswagen em São Bernardo do Campo (SP) Divulgação/Volkswagen A produção de veículos no Brasil caiu 50,5% no 1º semestre de 2020, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (6) pela associação das fabricantes, a Anfavea. A comparação com o mesmo período do ano passado, 2019, mostra o efeito da pandemia do coronavírus na indústria. Foram produzidos 729.527 automóveis, comerciais leves (picapes e furgões), caminhões e ônibus de janeiro a junho deste ano, contra 1.474.305 do ano passado. Se comparados os meses de junho, a queda foi de 57,7%. Foram produzidas 98.708 unidades no último mês, contra 233.150 no mesmo mês do ano anterior. Já em relação a maio, a produção cresceu 129,1%. O número, segundo Luiz Carlos Moraes, presidente da Anfavea, já eram esperados, uma vez que mais montadoras voltaram a produzir em junho. Exportações seguem baixas Nos seis primeiros meses do ano, as exportações de veículos caíram 46,2%. Foram 119.485, contra 222.027 em 2019. Relacionando apenas os meses de junho dos dois anos, a queda foi maior, de 52%. Porém, junho ensaiou uma recuperação em relação a maio, com crescimento de 401,4%. Mesmo assim, o número ainda foi baixo: 19.405 unidades. Vendas se recuperam Assim como o balanço divulgado pela Fenabrave, a Anfavea apontou para uma queda de 38,2% nas vendas de veículos novos. Foram comercializados 808.824 no 1º semestre deste ano, contra 1.308.174 do mesmo período de 2019. Quando comparados os meses de junho, a redução foi de 40,5%, chegando a 132.818. Em comparação com o mês anterior, junho teve crescimento de 113,6% nas vendas, como reflexo do relaxamento do distanciamento social em grande parte do país. O destaque fica para os caminhões que, apesar de sentirem os efeitos da pandemia no semestre, foram os únicos que cresceram em relação ao mês de junho do ano passado, de 16,5%. Para Gustavo Bonini, vice-presidente da Anfavea, com foco em caminhões, são três os motivos para o crescimento: o represamento dos meses anteriores, a renegociação de unidades que seriam entregues no início da pandemia, mas foram adiadas para o mês de junho, e a entrega de implementos. Projeções para 2020 Para a Anfavea, o licenciamento de veículos terá uma queda de 40% até o final de 2020, comparando com 2019, fechando o ano com 1,675 milhão de unidades – delas, 1.600 deverão ser de automóveis e comerciais leves. Entre a produção, a associação projeta uma queda de 45%, com 1,630 milhão de veículos produzidos. O maior tombo deverá ficar por conta das exportações, que poderão cair 53% durante o ano. Com isso, o Brasil enviaria cerca de 200 mil carros, caminhões e ônibus para fora do país. "É um cenário que considera um ritmo de produção compatível com esse novo mercado", disse Luiz Carlos Moraes. Ele acrescenta que isso também representa um ajuste dos estoques, para que "as montadoras não virem o ano de 2020 com estoque mais alto do que deveriam". Esta matéria está em atualização.
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Azul prevê oferecer 303 voos por dia em agosto, atendendo 80 cidades
O número corresponde a 35% da capacidade da companhia aérea antes do início da pandemia de coronavírus. A Azul Linhas Aéreas informou nesta segunda-feira (6) que pretende aumentar a sua oferta para 303 voos por dia em agosto, nos dias de maior demanda. Esse número corresponde a 35% da capacidade da Azul antes do início da pandemia. A companhia aérea também vai retomar oito destinos domésticos, passando a atender 80 cidades. A Azul não informou se o número de voos de agosto já inclui rotas compartilhadas com a Latam, segundo o Valor.
No mês passado, a companhia informou que estimava operar, em julho, 240 decolagens diárias nos dias de maior demanda, atendendo 66 cidades. Em junho, foram 168 decolagens por dia, atendendo 60 destinos. o G1 questionou a companhia sobre quais destinos estão sendo atendidos e quais devem ser incluídos na malha em agosto, e aguarda resposta.
Em 26 de março, devido à pandemia do coronavírus, a Azul reduziu sua quantidade de voos diários de 950 para 70, passando a operar apenas os voos que gerassem receita suficiente para cobrir seus custos variáveis.
Azul retoma operações em quatro cidades e amplia malha de voos estratégicos
Azul suspende voos diretos entre Porto Velho e Manaus
Azul cancela voo de Porto Velho a Manaus devido ao coronavírus
Azul deixa de operar voos no aeroporto de São José dos Campos
“Com a reabertura gradual da economia, a demanda de passageiros em agosto deverá aumentar 290% em comparação com abril", estimou o vice-presidente de receitas da companhia, Abhi Shah.
"Quando apresentamos nosso plano de retomada durante a divulgação dos resultados do primeiro trimestre, anunciamos uma projeção conservadora de recuperação da demanda de 40% até o final de dezembro. Assim, estamos animados com o fato de que iremos oferecer 35% da nossa malha pré-crise já em agosto”, disse Shah em comunicado.
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Aeronáutica reabre concurso para 180 vagas de cadetes do ar
É preciso ter entre 14 e 18 anos e nível fundamental completo. Formatura dos cadetes do ar Divulgação A Aeronáutica reabriu as inscrições para 180 vagas para o Curso Preparatório de Cadetes do Ar do ano de 2021, em Barbacena (MG). Podem se inscrever candidatos dos sexos masculino e feminino. São 160 vagas para homens e 20 para mulheres. É preciso ainda não ter menos de 14 nem completar 19 anos de idade, além de ter concluído o ensino fundamental. É exigida ainda altura mínima de 1,64m e máxima de 1,87m. Os candidatos não podem ter filhos ou dependentes nem serem casados ou terem constituído união estável, por incompatibilidade com o regime exigido para formação. Veja o edital no site da FAB As inscrições devem ser feitas até 21 de julho pelo site do exame de admissão. A taxa é de R$ 60. O processo seletivo é composto de provas escritas (língua portuguesa, matemática, língua inglesa e redação), inspeção de saúde, exame de aptidão psicológica, teste de avaliação do condicionamento físico, entre outras etapas. As provas escritas ocorrerão no dia 18 de outubro. Os aprovados em todas as etapas e selecionados pela Junta Especial de Avaliação (JEA) deverão se apresentar na Escola Preparatória de Cadetes do Ar (EPCAR), em Barbacena (MG), no dia 29/03/2021, para habilitação à matrícula no curso que tem duração de três anos. Após a conclusão do curso com aproveitamento, o aluno terá os certificados de conclusão do ensino médio e do próprio CPCAR e poderá concorrer ao número de vagas previsto à matrícula no primeiro ano do Curso de Formação de Oficiais Aviadores da Academia da Força Aérea (AFA).
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Dados apontam que pior da crise ficou para trás, mas incerteza permanece alta, avaliam economistas
Dados da Receita mostram emissão de notas fiscais atingiram em junho o maior patamar do ano. Para analistas, 'fundo do poço' foi em abril e tombo no ano pode ser um pouco menor. Indicadores econômicos de maio e junho indicam uma reação da economia brasileira e sinalizam que o pior da crise pode ter ficado para trás, apesar das incertezas ainda elevadas sobre o ritmo de recuperação e sobre o avanço da pandemia de coronavírus no país.
Dados da Receita Federal de emissão de notas fiscais apontam uma retomada já em junho. Números antecipados no domingo pelo jornal "O Estado de S.Paulo" e divulgados oficialmente nesta segunda -feira (6) mostram que o mês passado teve o maior patamar em emissões de notas fiscais do ano, chegando a R$ 23,9 bilhões em vendas ao dia, o que é um crescimento de 10% em relação a junho de 2019.
O termômetro capta, principalmente, as vendas entre empresas de médio e grande porte, bem como as vendas não presenciais de empresas para pessoas físicas.
Na comparação com o mês anterior, o tombo nas vendas de abril foi seguido de aumentos de 9,1% em maio e de 15,6% em junho. Ainda de acordo com a Receita, todas as regiões do país mostraram recuperação no ritmo de vendas em junho.
Junho tem o maior volume de vendas do ano, segundo a Receita Federal; Ana Flor comenta
O resultado da produção industrial em maio, divulgado na semana passada pelo IBGE, também surpreendeu positivamente, ao mostrar um crescimento de 7% na comparação com abril. O avanço foi insuficiente para reverter a perda de 26,3% acumulada em março e abril, mas trouxe o alívio de que o setor parou de cair. Os dados de serviços e comércio serão divulgados nesta semana.
'Abril foi o fundo do poço'
"Acredito sim que o pior da crise ficou para trás e que abril foi, de fato, o fundo do poço. Os indicadores antecedentes da atividade econômica vêm surpreendendo positivamente", avalia e economista Luana Miranda, pesquisadora do Ibre/FGV. "Nossa última projeção oficial para o PIB é de queda de 9,8% no 2º trimestre, na comparação com o trimestre anterior, e de 6,4% no ano. Contudo, os indicadores antecedentes de maio e junho trazem um viés ligeiramente positivo no cenário, a confirmar após a divulgação das pesquisas de comércio e de serviços de maio".
O economista Sergio Vale, economista-chefe da MB Associados, também avalia que a recuperação pode se dar de maneira mais rápida do que inicialmente se imaginava.
"Parece que há uma recuperação em curso melhor do que se esperava, com abril tendo sido o fundo do poço e os números melhorando rapidamente depois disso. Essa recuperação mais rápida deve fazer com que o PIB caia menos do que se imaginava", afirma.
Os economistas do mercado financeiro melhoraram levemente as estimativas para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2020. A projeção passou de uma retração de 6,54% para 6,50%, segundo boletim Focus divulgado nesta segunda-feira. O Ibre e a MB Associados projetam uma queda de 6,4% no ano.
Apesar da avaliação geral de que o Brasil já entrou em uma nova recessão e deverá registrar uma forte retração em 2020, bancos como o Itaú e Fator também consideram que a economia já entrou em recuperação.
"Dados indicam que a atividade econômica atingiu o piso em abril. Indicadores como o consumo de energia elétrica industrial, a utilização de capacidade da indústria de transformação e construção, a retomada de produção de algumas montadoras de veículos, assim como o nosso indicador diário de atividade, mostram melhora em maio e junho", avaliou o Itaú em nota divulgada ao mercado.
O banco mantém uma projeção menos pessimista que a da média do mercado para o resultado do PIB em 2020 e estima uma retração de 4,5% no ano.
Retomada em 'V' 'é vista como improvável
Os economistas alertam, no entanto, para o nível ainda elevado de incerteza econômica e política no país, e avaliam que a recuperação das perdas com a pandemia deverá se dar de maneira gradual, em um ritmo provavelmente mais lento que o de outras economias.
Para Paulo Gala, diretor-geral da Fator Administração de Recursos e professor da Fundação Getulio Vargas (FGV), avalia que a recuperação da economia brasileira tende a ser em ritmo mais fraco do que a observada nos Estados Unidos, Reino Unido ou Europa.
"O Brasil já estava numa situação muito frágil, com várias empresas à beira da falência, muita dívida, desemprego ainda muito elevado e perspectivas de crescimento muito ruins. A Covid foi uma espécie de gota d'água para a quebradeira generalizada e não há nenhuma sinalização do governo de no futuro tomar medidas de estímulo. Muito provavelmente vamos ficar entre as piores recuperações do mundo", afirma.
O nível ainda muito baixo da atividade, que ainda não tinha se recuperado das perdas da recessão de 2014-2016, também é apontado como um desafio adicional para uma retomada mais forte.
"O nível de incerteza ainda bastante alto deve conter o crescimento do consumo e do investimento, inviabilizando uma possível retomada em 'V'. A recuperação inicial deve ser um pouco mais forte, mas depois deve seguir em um ritmo mais lento até retomar ao patamar pré-crise", avalia Miranda.
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Desemprego elevado e risco de novas quarentenas
Os analistas chamam atenção ainda para outros riscos como a incerteza quanto a evolução do dívida pública e a piora no mercado de trabalho.
"Muita gente foi para a informalidade e terá dificuldade de ser reempregada. Essa massa de renda perdida terá impactos crescentes ainda na economia. Então, há motivos para comemorar um impacto menor no curto prazo, mas os efeitos de longo prazo especialmente em mercado de trabalho precisam ser vistos com atenção", destaca Vale.
Desemprego diante da pandemia tem alta pela 5ª semana seguida, aponta IBGE
Com coronavírus, Brasil deve colher sua primeira década de recessão
Ele alerta ainda para os riscos do avanço da pandemia no Brasil e eventual necessidade de regresso aos confinamentos. "Há que se tomar cuidado com os próximos meses. Primeiro, porque a Covid-19 deverá ficar mais tempo conosco do que ficou na Europa. Segundo, porque a contaminação tem aumentado em outras regiões e isso tende a trazer repercussões negativas ainda na economia, com quarentenas pontuais ainda podendo acontecer', acrescenta.
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Comércio, construção, serviços domésticos, alimentação e alojamento são setores mais afetados pelo desemprego, aponta Ipea
Já o setor de administração pública, juntamente com o de agricultura, foi o menos impactado pela atual crise. O aumento do desemprego resultante da pandemia do novo coronavírus atingiu de forma desigual os diversos setores da economia. Estudo divulgado nesta segunda-feira (6) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), os setores do comércio, construção e alimentação e alojamento foram os mais afetados no setor formal.
Entre os informais, os trabalhadores dos serviços domésticos foram os que mais sentiram os efeitos. Já o setor de administração pública, juntamente com o de agricultura, foi o menos impactado pela atual crise.
O estudo observou os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), números do seguro desemprego e da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio – Contínua (PNAD Contínua).
De acordo com o levantamento, na comparação interanual em abril, a população ocupada do setor de comércio diminuiu em 1,9 milhão; no setor de construção, em 1,4 milhão; a mesma coisa no setor de serviços domésticos; e em 1,2 milhão em alojamento e alimentação.
"Em termos relativos, esses três últimos setores experimentaram quedas de, respectivamente, 22,7%, 22,6% e 21,4%", aponta o Ipea.
O estudo aponta ainda que, na agricultura e pecuária, o emprego formal registrou uma perda tímida – porém, ao encampar o emprego informal, "passa a revelar uma destruição expressiva de postos de trabalho, que a chega 537 mil na comparação interanual de abril (queda de 6,4%)".
Dados por pesquisa
De acordo com a PNAD Contínua, no trimestre terminado em abril de 2020, a população ocupada no país diminuiu 3,1 milhões quanto ao mesmo trimestre do ano anterior. Já os dados do Caged mostram no acumulado de 2020 um saldo negativo de mais de 700 mil empregos formais.
"Esse comportamento é ditado, sobretudo, pelos resultados registrados a partir de março, quando é declarado o quadro de enfrentamento da pandemia do novo coronavírus", aponta o Ipea.
O conjunto de medidas para conter a disseminação do novo coronavírus afetou fortemente a população ocupada no Brasil, principalmente a partir de abril deste ano. Houve, no entanto, maior relevância da redução das admissões que no aumento dos desligamentos para a queda no emprego formal na maior parte dos setores.
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Caixa anuncia inclusão de custos de cartório e ITBI em financiamentos da casa própria
O custo médio para registro do imóvel nos cartórios varia de 2% a 5% do valor da unidade conforme a região, segundo a Caixa. Financiamento da casa própria Reprodução / TV Globo A Caixa Econômica Federal anunciou nesta quinta-feira (2) a inclusão das custas cartoriais e despesas de ITBI (Imposto de Transmissão de Bens Imóveis) nos financiamentos de imóveis feitos no banco. Essa medida vale para todas as operações residenciais com recursos do FGTS e, nas operações com recursos da poupança (SBPE), para imóveis com valor de avaliação de até R$ 1,5 milhão. Segundo o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, em abril, foram assinados 3 mil contratos pilotos incluindo as taxas de cartórios nos empréstimos e, a partir desta quinta, está liberado para todas as famílias. Atualmente, o custo médio para registro do imóvel nos cartórios varia de 2% a 5% do valor da unidade conforme a região, e essas taxas são pagas pelo próprio cliente nos trâmites de registro do contrato de financiamento habitacional, segundo a Caixa. O limite de financiamento dessas taxas será de 5% sobre o valor financiado para financiamentos contratados com recursos SBPE e de 4% com recursos do FGTS. "O valor total do contrato do cliente (valor relativo à compra do imóvel + financiamento das custas cartorárias e ITBI) deve estar dentro dos limites aprovados, observando-se sua capacidade de pagamento e o valor máximo permitido para o programa em que ele se enquadra", informou a Caixa em nota. A Caixa calcula que a liquidez gerada pela medida por aliviar esse custo para as famílias ao incluírem essas taxas no próprio financiamento habitacional será de R$ 400 milhões por mês e R$ 5 bilhões por ano. Segundo Guimarães, já houve adesão de cartórios de 14 estados. "Vamos acelerar porque vai ser uma demanda da sociedade e certamente novos cartórios vão aderir, e até outros bancos implantarão a medida", disse. Ainda de acordo com o presidente da Caixa, as agências estão prontas para fazer os financiamentos incluindo as custas cartoriais. Registro eletrônico de escrituras Outra medida anunciada foi o registro eletrônico de escrituras para contratos pessoa física de empreendimentos financiados na Caixa, que será realizado de forma eletrônica com troca de arquivos de dados estruturados entre o banco e o respectivo Cartório de Registro de Imóveis. A adesão ao novo registro será possível a partir de 13 de julho. O registro eletrônico dispensará a necessidade de recebimento do contrato físico pelo cartório. O processo se dará por meio da Plataforma Centralizada do Colégio do Registro de Imóveis, habilitada inicialmente para a participação das demais Centrais de Serviços Eletrônicos Compartilhados dos Estados e do Distrito Federal, que funcionarão de forma padronizada. De acordo com a Caixa, a medida permitirá acelerar o registro das operações, que antes levava em torno de 45 dias e agora poderá ser finalizado, em média, em 5 dias. Medidas para construtoras O pacote anunciado trouxe ainda a flexibilização da comercialização mínima de 30% para 15% para novos empreendimentos das empresas. O objetivo é fomentar o mercado imobiliário para lançamento de novos empreendimentos. As outras medidas são a possibilidade de contratação da produção de empreendimentos sem exigência de execução prévia de obras e de destinação dos recursos provenientes das vendas das unidades habitacionais para pagamento dos encargos mensais. A expectativa da Caixa é contratar 1.280 novos empreendimentos, o que representa 156 mil novas moradias e 485 mil empregos diretos e indiretos. Pausa nas prestações A Caixa já havia divulgado em maio o aumento da pausa para 4 meses no financiamento habitacional para clientes com até duas parcelas em atraso, além do prazo de carência de 6 meses para contratos de financiamento de imóveis novos e a renegociação de contratos com clientes em atraso entre 61 e 180 dias, permitindo pausa ou pagamento parcial das prestações. Até o momento, mais de 2,4 milhões de mutuários solicitaram a pausa na prestação habitacional. Durante o período de pausa, o contrato não está isento da incidência de juros, seguros e taxas. Os valores dos encargos pausados são acrescidos ao saldo devedor do contrato. Outros 26 mil novos contratos com carência de 6 meses para a 1ª prestação foram fechados, segundo a Caixa. Crescimento nos financiamentos Guimarães anunciou o crescimento das contratações de financiamentos para casa própria entre janeiro e junho, em meio à pandemia. O volume foi 22% superior na liberação de crédito em relação a mesmo período de 2019 – de R$ 39,61 para R$ 48,21 bilhões. Somente em junho, foram liberados R$ 11,1 bilhões para financiamentos habitacionais. O banco passou a ter 41% na participação no mercado do crédito imobiliário no país com recursos da poupança – aumento de 78% em relação a 2019, no período de janeiro a maio. "Muita gente aproveitou o preço menor e a facilidade da carência de 6 meses. Foram os melhores meses dos últimos 4 anos", disse Guimarães.
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Governo decide zerar IOF de crédito por mais dois meses
O governo vai estender por mais 60 dias a isenção das alíquotas de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre operações de crédito, zeradas desde abril por causa do impacto econômico da pandemia do coronavírus.
A decisão deve ser anunciada pelo presidente da República, Jair Bolsonaro. Ele pode assinar ainda nesta quinta-feira (2) a prorrogação.
Além dessa medida, o governo estuda estender também o diferimento (adiamento do pagamento) de contribuições de Cofins, PIS/PASEP e da contribuição patronal para a Previdência.
Segundo dados do Tesouro Nacional divulgados nesta semana e referentes ao mês de maio, o diferimento de impostos foi o maior impacto na queda de arrecadação do governo, que sofreu um tombo de 41,6% na receita líquida do governo naquele mês.
A zeragem do IOF sobre crédito entre abril e junho custou aos cofres públicos em torno de R$ 7 bilhões, segundo a Receita Federal, mas representa um alívio importante para empresas no país em um momento de dificuldade causado pela pandemia.
A medida se junta a outras já anunciadas, como a prorrogação em dois meses do auxílio emergencial de R$ 600. O governo também definiu que irá prorrogar a antecipação de um salário mínimo do auxílio-doença e da concessão do BPC (Benefício de Prestação Continuada) para quem entrar com pedidos no INSS.
A decisão do governo decorre do prolongamento dos efeitos da pandemia de três para cinco meses.
Economistas analisam medidas tomadas pelo governo durante a pandemia
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