União Europeia zera tarifa de importação de milho e pode beneficiar o Brasil
Isenção da tarifa no segundo semestre ajuda os exportadores do Brasil, já que é o período do ano em que os brasileiros enviam a maior parte do cereal ao exterior. Colheita da segunda safra de milho avança em Mato Grosso do Sul Aprosoja-MS/Divulgação A União Europeia reduziu seu imposto de importação de milho para zero, de 4,65 euros por tonelada anteriormente, de acordo com publicação no jornal oficial do bloco nesta sexta-feira. A tarifa zero, efetiva a partir de sexta-feira, também será aplicada às importações de centeio e sorgo. A isenção de tarifa potencialmente beneficiaria o Brasil, segundo exportador global de milho, que envia volumes importantes para países europeus. O segundo semestre é o período do ano em que brasileiros embarcam a maior parte do cereal. A UE havia reintroduzido um imposto de importação em 27 de abril, após uma queda nos preços nos EUA. As cotações atingiram naquela oportunidade os níveis mais baixos em dez anos, deixando os valores de importação abaixo do mínimo regulatório da UE. O bloco depois elevou a tarifa ainda mais em 5 de maio, para 10,40 euros, de uma taxa inicial de 5,27 euros, antes de reduzi-la para 4,65 euros em 23 de junho. Os mercados globais de milho ficaram pressionados este ano, com a epidemia de coronavírus afetando a demanda por combustíveis, incluindo de etanol produzido a partir do cereal, que absorve grandes volumes da produção dos EUA. Desde então, os preços se recuperaram, apoiados por uma recuperação nas cotações do petróleo e frete, bem como uma estimativa menor para o plantio dos EUA, divulgada nesta semana.
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Justiça do RJ determina que Val Marchiori pague indenização por danos morais a Ludmilla por comentário racista
Decisão da 3ª Vara Cível da Ilha do Governador prevê o pagamento de R$ 30 mil. Juíza afirma que fala ofendeu a cantora e outras mulheres negras. A cantora Ludmilla no desfile do Salgueiro de 2016 Rodrigo Gorosito/G1 Uma decisão da 3ª Vara Cível da Ilha do Governador, na Zona Norte do Rio, condenou a socialite Val Marchiori a pagar R$ 30 mil de indenização por danos morais à cantora Ludmilla por causa de um comentário feito durante a transmissão do carnaval de 2016 na Rede TV. A socialite já havia sido condenada pela mesma fala em uma decisão anterior. Ludmilla desfilava pelo Salgueiro com uma fantasia que tinha um aplique no cabelo e Val fez o seguinte comentário: “A fantasia está bonita, a maquiagem… agora, o cabelo… Hello! Esse cabelo dela está parecendo um bombril, gente!”, afirmou a socialite. Na decisão, a juíza Françoise Picot Cully afirmou que houve ofensa à honra de Ludmilla e de outras mulheres negras. “Ao pontuar que o cabelo crespo visualizado no vídeo parecia com 'bombril', a primeira ré desqualificou um traço típico da raça negra, e ofendeu a honra subjetiva da autora. No cenário indicado, conclui-se que estão reunidos os elementos determinantes da formação do dever de indenizar”, diz a decisão. Ela classificou que a fala trata de maneira pejorativa um traço associado aos negros. “A primeira ré, ao atuar como comentarista de carnaval em rede aberta de televisão, colocou-se a tecer comentários pejorativos, de cunho racista, ao comparar o cabelo da autora com a palha de aço conhecida pela marca bombril. Neste ponto, é notório que são as pessoas de pele negra, majoritariamente, que apresentam cabelos 'armados' e volumosos, como uma de suas características peculiares, identificadoras da raça. Ao pontuar que o cabelo crespo visualizado no vídeo parecia com bombril, a primeira ré desqualificou um traço típico da raça negra, e ofendeu a honra subjetiva da autora”, afirma a sentença. O valor foi definido com base nos ganhos financeiros da socialite. A decisão prevê o pagamento dos R$ 30 mil com correção monetária a partir da publicação da sentença e juros desde a data em que o comentário foi proferido. Defesa vai recorrer A advogada de defesa de Val Marchiori, Katia Antunes, informou ao G1 que irá recorrer da decisão para “esclarecer os fatos”. Segundo ela, Val fez comentários sobre os “adornos e vestimentas e jamais sobre características físicas das pessoas que desfilavam”. A defesa acredita ainda que irá conseguir “esclarecer em juízo que a opinião proferida pela Val de forma nenhuma quis ser ofensiva, preconceituosa ou racista e que esses temas precisam ser combatidos sem banalização e de forma mais responsável, para que se possa verdadeiramente alcançar a mudança desejada na sociedade”.
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Suzanne Riediger acusa ex-namorado Fred Elboni de agressão; Escritor pede desculpas
Segundo influenciadora, ela foi acordada durante a noite com chutes pelo ex-namorado, que teria tentado jogá-la pela janela do quarto em que estavam. Escritor diz que não se lembra do que ocorreu. Suzanne Riediger acusa ex-namorado Fred Elboni de agressão; Escritor pede desculpas Reprodução/Instagram/Suzanne Riediger/Fred Elboni A influenciadora Suzanne Riediger acusou o ex-namorado, o escritor Fred Elboni, de agressão em uma publicação em suas redes sociais nesta terça (30). Segundo Reidiger, ele a agrediu fisicamente e tentou jogá-la da janela do prédio em que estavam. Em resposta, o escritor disse que não se lembra do que aconteceu, mas que “está se criando uma imagem de algo que não foi”. Em um vídeo publicado em outubro de 2019, ela relatou a agressão sem citar o nome o ex-namorado. “Dormi e, do nada, não sei se a pessoa sonhou, o que aconteceu, mas a pessoa acordou me chutando pra fora da cama. Eu saí correndo do quarto, fui pra sala. E a pessoa me pegava, me jogava pra cá e pra lá e eu correndo", disse ela. “Até que consegui ir pro banheiro. Queria me trancar no banheiro, mas ele chegou atrás de mim e me puxou, o objetivo dele era me jogar da janela. Deixou os meus braços todos machucados. Ele me chamou de todos os nomes e queria me jogar da janela. A janela estava aberta. Consegui me trancar no outro quarto da suíte”, contou. Ao G1, Riediger disse que o caso ocorreu no carnaval de 2018, mas decidiu compartilhá-lo agora porque alguns perfis de Instagram especulavam sobre quem seria o ex-namorado que ela acusava no vídeo. "Começaram a supor que fosse o Frederico um dos homens do vídeo. Eu continuei calada, sem dar nomes. Ele então resolveu se pronunciar dizendo que era ele uma das pessoas. Depois disso tudo ser exposto dessa maneira, estou aqui para esclarecer, mas principalmente para dar força e apoio a tantas mulheres que passam por isso diariamente." Ela disse que não registrará Boletim de Ocorrência contra Elboni, porque "só poderia ser feito em até 6 meses após a agressão". "Não fiz na época porque continuamos namorando, eu estava dentro de um relacionamento abusivo e não sabia." "Sempre conversávamos sobre o lado emocional da relação e essa também foi uma questão que ele quis resolver e 'entender' com o psicólogo dele, que me sugeriu que o episódio foi um momento de stress do Frederico, que descontou em mim a raiva que estava sentindo. Não sei como, mas eu aceitei que a culpa ainda era minha por ser a pessoa que estava ao lado dele naquela hora", contou Resposta de Fred Como resposta às acusações, o escritor publicou um vídeo no qual diz que não se lembra do que aconteceu e que ex-namorada não tinha falado sobre a tentativa de jogá-la do prédio em que estavam. “Naquele dia, eu bebi, ela bebeu, voltamos pra casa um pouco mais cedo. Não houve discussão e dormimos. Acordei no outro dia de manhã. Ela fala que eu tinha apertado o braço dela durante a noite, chacoalhado e eu fiquei assustado porque eu não lembrava, como qualquer pessoa ficaria." Em seus relatos, os dois dizem que procuraram terapia após o final da viagem para tentar entender o que havia acontecido. Segundo Suzanne, o "psicólogo disse que ele estava muito estressado, bebeu, algo ativou no cérebro e precisava descontar em algo". Elboni diz que a influenciadora não havia mencionado a tentativa de jogá-la do prédio nem diretamente para ele e nem durante as sessões. “Isso nunca foi falado em terapia, nunca foi falado pra mim, eu soube como todo mundo, foi uma surpresa. Eu estava com uma imagem que te chacoalhei durante a noite e e repente eu tentei te jogar do prédio. Então acaba se criando uma imagem de algo que não foi”, disse ele. Ele também usou o vídeo para pedir desculpas à ex. "Te peço desculpa, achei que a gente tivesse resolvido juntos". Suzanne disse em suas redes sociais que o ex-namorado mentiu em seu pedido de desculpas.
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José-Itamar de Freitas, ex-diretor do Fantástico, morre no Rio
Ele tinha 85 anos e estava internado desde o dia 21 de maio. Segundo parentes, ele teve complicações decorrentes da Covid-19. José-Itamar de Freitas Memória Globo José-Itamar de Freitas, ex-diretor do programa Fantástico, morreu no Rio nesta quarta-feira (1°). Ele tinha 85 anos e estava internado no Hospital São Lucas, na Zona Sul do Rio, desde o dia 21 de maio. Ele teve complicações devido à Covid-19, segundo parentes. Memória Globo: veja entrevista de Zé-Itamar a Glória Maria Nos anos 1980, sob a direção de José-Itamar de Freitas, o Fantástico era um programa mais voltado para variedades e música. Por muitos anos, o nome dele se confundiu com o "show da vida". José-Itamar de Freitas, ex-diretor do Fantástico, morre no Rio Sob o seu comando, o programa se tornou a principal vitrine da canção brasileira e de atrações internacionais no Brasil, com a exibição de videoclipes exclusivos todos os domingos. Foram 16 anos de uma parceria vitoriosa, quase sempre na direção geral do programa. “Quando você passa 16 anos num programa, tudo te marca. Acabou sendo a minha vida. Um amor enorme, convivência, amizade, tudo. Eu olho o Fantástico como sendo da família", disse Zé-Itamar, como era chamado, em entrevista à jornalista Glória Maria para os 30 anos do Fantástico, em 2003. José-Itamar de Freitas classificava as reportagens apresentadas todos os domingos como “um meio-termo entre o Globo Repórter e os telejornais diários”. Para ele, era importante aliar a capacidade de emocionar com a informação precisa. José-Itamar deixou a direção-geral do programa, em junho de 1991, para ser o diretor de reportagens da Central Globo de Jornalismo. Entrevista – José-Itamar de Freitas: trajetória no Fantástico
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Discos para descobrir em casa – ‘Estrelas solitárias’, Cauby Peixoto, 1982
Capa do álbum 'Estrelas solitárias', de Cauby Peixoto Frederico Mendes ♪ DISCOS PARA DESCOBRIR EM CASA – Estrelas solitárias, Cauby Peixoto, 1982 ♪ Ídolo da era do rádio, Cauby Peixoto (10 de fevereiro de 1931 – 15 de maio de 2016) teve o brilho reavivado no alvorecer dos anos 1980 em álbum resultante da iniciativa de mobilizar compositores da MPB para oferecer músicas para o cantor fluminense de voz de barítono, nascido na cidade de Niterói (RJ). Lançado em 1980, o álbum Cauby! Cauby! apresentou composições inéditas de Antonio Carlos Jobim (1927 – 1994), Caetano Veloso, Jorge Ben Jor e Roberto Carlos (com Erasmo Carlos), entre outros nomes. Ironicamente, o sucesso do álbum foi a música que Chico Buarque não fez para Cauby, Bastidores, mas da qual o cantor se apropriou com tamanha personalidade que ofuscou a gravação simultânea de Cristina Buarque, irmã de Chico e verdadeira musa inspiradora da canção. No rastro do estouro de Bastidores, música que se tornaria um dos maiores sucessos da carreira iniciada por Cauby na década de 1950, a canção Loucura – oferta da então badalada Joanna em parceria com Sarah Benchimol – entrou na trilha sonora da novela Baila comigo (TV Globo, 1981) e gerou mais um hit para o disco. Animada com a repercussão do disco Cauby! Cauby!, a gravadora Som Livre arquitetou um segundo álbum no mesmo molde. Com música-título assinada por Gonzaguinha (1945 – 1991) e com capa que expôs o cantor em foto tirada por Frederico Mendes na Praia do Pepino, na cidade do Rio de Janeiro (RJ), o álbum Estrelas solitárias foi lançado em 1982 e, ao contrário dos prognósticos otimistas, passou despercebido pelo público sem legar sequer um sucesso mediano para Cauby, mesmo com músicas inéditas de compositores do porte de Fagner, Ivan Lins, Johnny Alf (1929 – 2010) e Marcos Valle (com Paulo Sérgio Valle). Contudo, entendidos na obra do cantor sabem que o álbum Estrelas solitárias é um dos melhores títulos da discografia de Cauby Peixoto. Iniciada em fevereiro de 1951 com a edição do disco de 78 rotações que apresentou o samba Saia branca (Geraldo Medeiros) e a marcha Ai! Que carestia (Victor Somón e Liz Monteiro), essa discografia heterogênea contabilizou 48 álbuns lançados entre 1955 e 2015 com o cantor ainda vivo. Títulos póstumos foram adicionados a essa obra para reviver o cantor imortalizado por sucessos como os sambas-canção Conceição (Jair Amorim e Valdemar de Abreu, 1956) e Nono mandamento (René Bittencourt e Raul Sampaio, 1958). Foi para esse cantor de aura mítica e estilo grandiloquente de interpretação, que por vezes soou over por ter pecado por excessos (inclusive na indumentária espalhafatosa), que renomados compositores da MPB criaram o repertório do álbum Estrelas solitárias. Produzido por Max Pierre, com a colaboração de Aramis Barros, o disco emoldurou a voz de Cauby com arranjos criados pelos maestros César Camargo Mariano, Eduardo Souto Neto e Lincoln Olivetti (1954 – 2015), por vezes com fidelidade ao tom arrebatado do cantor. Aberto com Tua presença, balada composta por Maurício Duboc e Carlos Colla no padrão das canções da dupla gravadas por Roberto Carlos, o álbum Estrelas solitárias prosseguiu com o fox vintage Então tá, contribuição de Guto Graça Mello e Naila Skorpio para o repertório. Canção romântica de Silvio Cesar, Palavras mágicas evidenciou o tom de canto ligeiramente mais comedido adotado por Cauby no disco sem perda da assinatura vocal desse intérprete passional que aprendera lições de musicalidade com o irmão Moacyr Peixoto (1920 – 2003). Grande cantor que soube tirar proveito das jogadas marqueteiras criadas nos áureos anos 1950 pelo empresário, Edson Collaço Veras (1914 – 2005), o controvertido Di Veras, Cauby foi estrela solitária que alimentou lendas dentro e fora dos bastidores. Ao compor a canção-título Estrela solitária, Gonzaguinha captou bem o céu e o inferno existencial de ídolos como Cauby. Contudo, a voz de timbre inigualável pairou acima de qualquer rótulo ou solidão, como Cauby comprovou ao interpretar, nesse álbum de 1982, canções como Ousadia – parceria de Irinea Maria com Zezé Motta – e a então recente valsa Luiza (Antonio Carlos Jobim, 1981), única regravação do repertório inédito por opção e conceito. Compositor então em evidência por ter tido a música Abandono (1974) regravada por Roberto Carlos em álbum de 1979, Ivor Lancellotti mostrou, com a composição Como é que pode, bom domínio do universo melodramático de Cauby Peixoto, cantor que fez nome nos anos 1950 com repertório pautado por boleros e sambas-canção de aura folhetinesca. Inspirada canção de Pedro Lopes e Américo de Macedo, únicos nomes desconhecidos no time estelar de compositores, Fênix pareceu fazer alusão ao renascimento artístico de Cauby pelo fato de o cantor ter atravessado a década de 1970 com menor visibilidade na mídia e no mercado fonográfico. Música de Ivan Lins, História de amor soou mais adequada ao intimismo das boates do que à extroversão do auditório da Rádio Nacional, palco de Cauby na fase de maior popularidade em carreira que, a partir dos anos 2000, seria dominada por discos retrospectivos e songbooks com os cancioneiros de compositores e/ou cantores como Baden Powell (1937 – 2000), Frank Sinatra (1915 – 1998), Nat King Cole (1919 – 2005) e Roberto Carlos. Em 1982, contudo, Cauby estava mergulhado no presente. No geralmente refinado repertório do álbum Estrelas solitárias, Johnny Alf brilhou com Gesto final, canção sobre amor gay, simbólica por ter sido ofertada por compositor homossexual para cantor também homossexual – ambos confinados dentro do armário ao longo das respectivas vidas por questões sociais da época em vieram ao mundo. Aberta com a voz do próprio Johnny Alf, captada ao vivo, a faixa Gesto final foi conduzida pelo piano Rhodes de César Camargo Mariano, criador do arranjo mais delicado do álbum. Fagner foi feliz na ideia de associar o canto de Cauby aos versos passionais da poeta portuguesa Florbela Espanca (1894 – 1930) sem mostrar a mesma felicidade ao musicar o poema Tortura para o cantor. No fim do álbum, a canção Vou enlouquecer, de Marcos Valle Paulo Sérgio Valle, concentrou alta dose de paixão no canto requintado de Cauby, mais uma vez emoldurado por arranjo de César Camargo Mariano. Com a mesma sofisticação do disco de 1980, o álbum Estrelas solitárias talvez tenha passado despercebido pelo repertório a rigor menos aliciante e por ter contido os arroubos de Cauby Peixoto, intérprete de tons inflamados, com os quais habituou os ouvidos do público igualmente passional, pelo qual, no íntimo, esse grande cantor do Brasil sempre quis ser saudado aos gritos de “Cauby! Cauby!”.
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Lives de hoje: Elza Soares, Margareth Menezes, Teresa Cristina, Babado Novo e mais shows
Nesta quinta (2), Paula Lima também entrevista Bia Ferreira. Veja horários. Elza Soares faz live pelo Sesc MG nesta quinta (2) Divulgação Elza Soares, Margareth Menezes, Teresa Cristina e Babado Novo fazem lives nesta quinta-feira (2). Veja a lista completa com horários das lives abaixo. O G1 já fez um intensivão no começo da onda de lives, constatou o renascimento do pagode nas transmissões on-line, mostrou também a queda de audiência do fenômeno e a polêmica na cobrança de direito autoral nas lives. Paula Lima entrevista Bia Ferreira – 16h – Link Lula Ribeiro (Em Casa com Sesc) – 19h – Link Babado Novo – 20h – Link Elza Soares (Sesc MG) – 20h – Link Margareth Menezes – 20h – Link Trap Show com Murilo Couto – 20h – Link Teresa Cristina – 22h – Link As cenas de 'lives' da quarentena que já estão na história do entretenimento brasileiro
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Ludmilla recorre ao DJ Will 22 para soltar ‘Cobra venenosa’
Colaborador de hits anteriores como 'Não encosta' e 'Onda diferente', produtor figura no single em que a cantora apresenta funk de letra alusiva à briga com Anitta. ♪ Produtor musical fluminense do município de Duque de Caxias (RJ), cidade natal de Ludmilla, DJ Will 22 estende a parceria com a artista no single Cobra venenosa, próximo lançamento da cantora e compositora. Programado para sexta-feira, 3 de julho, o single Cobra venenosa teve a capa revelada por Ludmilla em redes sociais e, nela, está estampada, como colaborador da faixa, o nome do DJ e produtor ligado ao universo do funk. A cantora recorreu a Will 22 para soltar Cobra venenosa, inédito funk em que Ludmilla alude na letra às brigas públicas com Anitta. Autor de remix proibidão de Cheguei (Wallace Vianna e André Vieira, 2016), música do segundo álbum da cantora reciclada pelo DJ em 2017, Will 22 virou parceiro e convidado de Ludmilla no single Não encosta, de 2018, ano em que o DJ fortaleceu a conexão com a cantora. Desse ano em diante, Will 22 ajudou a produzir sucessos como Onda diferente (2019), ironicamente a música composta por Ludmilla que desencadeou a briga da cantora com Anitta por direitos autorais, já que, além do rapper norte-americano Snoop Dogg, Anitta também foi creditada como autora da composição, supostamente à revelia de Ludmilla. Funk cujo refrão encadeia versos explosivos (“Eu disse limpa, limpa / Antes que caia dentro / Do cantinho da boca / Escorrendo o seu veneno”), Cobra venenosa parece chegar ao mercado fonográfico para pôr mais lenha nessa fogueira de vaidades.
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A live virou álbum: Artistas transformam shows on-line em novos projetos musicais
Péricles, Wesley Safadão, César Menotti & Fabiano e outros contam por que resolveram lançar singles, EPs e DVDs gravados em transmissões no YouTube e nas redes sociais. Wesley Safadão grava DVD durante live Reprodução/Instagram Talvez a frase mais dita sobre o setor da música nos últimos tempos seja: "Fomos os primeiros a parar e seremos os últimos a retornar". Ainda assim, durante a pandemia de coronavírus, o mercado tenta se movimentar. Primeiro, surgiram as lives. Agora, elas começam a render alguns frutos e geram novos projetos. Seja em formato de DVD, EP ou single, os registros feitos durante as transmissões online estão sendo disponibilizados aos poucos pelos artistas nas plataformas digitais. Desta forma: Eles cobrem os buracos dos projetos pré-planejados, mas que foram impossibilitados por conta da pandemia; E criam mais uma conexão com o público, para que eles não fiquem sem lançamentos neste período. Planejamento Antes mesmo de transmitir a live, alguns artistas já anunciaram que o material online renderia um projeto extra. Foi o caso de Wesley Safadão, que gravou a segunda edição do DVD "WS em casa" durante uma de suas lives. No caso do cantor, o projeto já estava nos planos de carreira antes da pandemia, mas acabou adiado. A ideia inicial era fazer o registro em 31 de março em São Paulo, mesmo local onde foi filmada a primeira edição. No fim, Safadão teve realmente sua própria casa como palco para a filmagem, seguindo à risca o nome do projeto. "Tudo é novo para nós. E as lives foram a forma que nós artistas encontramos para continuar a levar nossa arte até o público. Em consequência disso, o mercado musical tem sido transformado e movimentado com esse formato novo", afirma o cantor. Safadão garante que, mesmo já tendo em mente que a transmissão online se tornaria um DVD, fez toda a produção seguindo à risca as normas para evitar contaminação de coronavírus. O resultado foi o triplo de tempo para a execução da parte logística. "Para preparar um local para a live com cenário, luz, som, coisas que em dois, três dias estariam prontas. Estão levando sete ou até dez dias para ser feito. Um dia vai uma equipe reduzida e monta o cenário, no outro a galera da iluminação e assim por diante. Tudo planejado para manter o distanciamento social seguro e evitar qualquer tipo de aglomeração." Assim como o cantor, César Menotti & Fabiano também executou um plano fora dos planos, se podemos dizer assim. Antes da pandemia, a ideia da dupla era lançar algo em agosto ("uma época que você lança, trabalha três meses e já pega o comecinho das festas de fim de ano"), mas os irmãos acabam de lançar um álbum digital produzido com material da transmissão de uma das lives. "A gente, de fato, já prevendo tudo isso que estava acontecendo e que não teríamos mais uma sequência de shows esse ano, pensamos em tentar extrair um projeto da live", explica César Menotti. César Menotti & Fabiano Divulgação / Som Livre A dupla, que já almejava simplicidade no próximo projeto, seguiu o cronograma para o registro. "Lógico que a gente, como artista, tem aquela vaidade de levar uma coisa muito massa, coisas mais grandiosas, mas a gente se pegou com esse problema nesse momento. Então a gente tem procurado fazer as coisas com muito carinho, muito bem feitas, com antecedência, mas trabalhando com um número muito reduzido de pessoas. Isso impossibilita de fazer grandes produções." Tudo mais simples Para os sertanejos, em especial, que nos últimos tempos se acostumaram a produzir álbuns com megaproduções, as novas gravações têm mudado a forma até de olhar o mercado. "Foi até bom essa coisa porque a gente sabe agora que pode fazer tudo na simplicidade", destaca Maiara. Ela e a irmã, Maraisa, se uniram a Marília Mendonça para a "Live das Patroas". A transmissão rendeu um álbum, que será lançado em 10 de julho. Nele, constam cinco faixas inéditas e algumas regravações de modão. Diferente de alguns artistas que seguem com a apresentação no ar, o trio optou para derrubar a live do YouTube logo após a transmissão, mantendo, de certa forma, um suspense para o lançamento. "As lives estão sendo essenciais pra gente estar produzindo conteúdo. É a hora de a gente focar nisso, em material, em conteúdo novo, pra galera poder ir se familiarizando e quando a gente voltar para os shows, vai ter música nova, vai ter um material incrível." "Estamos aproveitando essa fase de reclusão pra fazer esses produtos. E a gente quer fazer mais", diz Maiara. Maiara e Maraisa se unem a Marília Mendonça no projeto "Live das Patroas" Reprodução/Instagram O projeto entre as três já era planejado há tempos, mas por causa das agendas cheias, não conseguiam tirá-lo do papel. A pausa com a pandemia, ao menos nesse sentido, foi positiva. Mas apesar do período produtivo, a cantora não vê a hora de voltar aos palcos. "Esse lance que estamos fazendo das lives é só pra gente poder ir segurando até voltar. Ninguém quer viver disso, não. A gente ir para o show." "Não tem coisa melhor do que você sentir o calor do público, aquela troca de energia no palco". Um lançamento por ano Quem também investiu em projetos pós-live foi Péricles. O cantor completa esta semana um ano do lançamento de seu último disco, o DVD "Mensageiros do amor". Por isso, seguindo o planejamento anual, já tinha no cronograma um novo material para colocar no mercado neste período. E assim o fez. Enquanto segue na preparação de seu álbum de inédita, fatiou sua live e lançou um EP. "Ao todo, são sete canções que alegram muito e, principalmente, alegram nossos fãs, que pedem muito nos shows, nas lives. A intenção é fazer um carinho no coração do nosso público", diz Péricles. Capa do álbum 'Pericão retrô', de Péricles Divulgação "Ao invés de pincelar de fato, pegamos as sete juntas pra ficar o mais próximo possível e pra mandar com qualidade também", explica Péricles. Todas as escolhidas músicas são regravações, já seguindo a tendência nostálgica da quarentena. "A intenção é agradar o público. Mas muita gente, nesse momento, vive um período muito grande de nostalgia, de saudosismo, porque existiu uma pausa pra cuidar de si. As pessoas estão mais nostálgicas porque fizeram reflexões da própria vida", conta o sambista. A banda Maneva também optou por trazer clássicos para seu novo álbum, fruto da transmissão da live "Tudo vira reggae". Nele, o grupo regrava clássicos do rock, sertanejo, forró, entre outros ritmos, e acrescenta às canções as batidas que são base de sua carreira. Dentre as cerca de três horas de live, foram selecionadas dez canções. “Foi um processo doloroso [de seleção]. A gente optou por canções que são eternas na nossa concepção, aquelas que fazem uma grande diferença na vida das pessoas ou que marcaram grandes momentos na vida das pessoas." "São artistas talentosíssimos, expoentes em seus respectivos segmentos, são donos de obras singulares, como 'Anunciação', do Alceu Valença, que é um gênio ao nosso ver. Também tem Raul Seixas, Chitãozinho e Xororó, Cláudio Zoli. Foi uma longa caminhada pra gente chegar nessas dez aí. Baita resenha." Banda Maneva Leonardo Rocha / Divulgação As cenas de 'lives' da quarentena que já estão na história do entretenimento brasileiro
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Fabiana Cozza saúda o mensageiro dos orixás no álbum que lança em setembro
Moyseis Marques e Luiz Antonio Simas são os compositores da música apresentada pela cantora em single programado para 10 de julho. ♪ Fabiana Cozza dá sequência neste mês de julho à série de três singles em que adianta faixas do álbum que lançará em setembro com músicas inéditas compostas para saudar divindades de religiões de matrizes africanas e indígenas. Em 10 de julho, a cantora paulistana apresentará o segundo single do álbum, Bravum de Elegbara. Uma das denominações de Exu, Elegbara é orixá tratado nos cultos afro-brasileiros como o detentor do poder, o senhor dos caminhos. Saudação a esse orixá africano, Bravum de Elegbara é música inédita composta por Moyseis Marques (artista ligado ao universo do samba carioca) com letra de Luiz Antonio Simas. “A música fala sobre Exu (Elegbara), seus sentidos, fundamentos, a metáfora por detrás dele. Exu é o mensageiro dos orixás, o lugar dos cruzos, das contradições e similitudes. Exu é o lugar da fala, da comunicação, é através de sua boca que todos os orixás deixam os seus recados”, contextualiza Fabiana Cozza. Fabiana Cozza gravou Bravum de Elegbara com os toques afros dos percussionistas Cauê Silva, Douglas Alonso e Xeina Barros. A percussão embasa o arranjo criado pelo baixista Fi Maróstica, produtor do álbum. Os cellos de Adriana Holtz e Vana Bock adornam o fonograma. Capa do single 'Bravum de Elegbara', de Fabiana Cozza Divulgação Bravum de Elegbara chega ao mundo um mês após a edição, em 19 de junho, do single com a gravação de Senhora negra (Sérgio Pererê, 2017), música cantada por Cozza em sublime feitio de oração em louvor a Aparecida, santa rainha do povo banto. Na sequência de Bravum de Elegbara, em agosto, a artista arremessará nas plataformas o terceiro single deste álbum de aura sagrada em que da voz a músicas de compositores como Alfredo Del-Penho, Douglas Germano, Giselle de Santi, Nei Lopes, Paulo César Pinheiro, Roque Ferreira e Tiganá Santana, além dos já mencionados Luiz Antonio Simas (letrista de três músicas), Moyseis Marques e Sérgio Pererê. Esses compositores fizeram as músicas especialmente para o disco, a pedido de Fabiana Cozza. Senhora negra é a única música já pré-existente do repertório do álbum.
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Fernanda Takai amplia conexão com o Japão em ‘Love song’ de álbum solo
Cantora compõe e grava música com Maki Nomiya, integrante do extinto duo Pizzicato Five. ♪ Neta de japoneses oriundos de Hyōgo, Fernanda Takai amplia a forte conexão com o Japão no quarto álbum solo de estúdio, Será que você vai acreditar?, programado para ser lançado em 10 de julho. Cantora projetada como integrante do duo japonês Pizzicato Five (1985 – 2001), Maki Nomiya é a convidada e parceira de Takai em música do disco, Love song. Maki canta a parte em japonês da letra da composição. “Ter a Maki comigo neste disco celebra mais uma vez nossa amizade musical e também a relação entre o Brasil e Japão. Fizemos essa música sobre um amor que está distante, do outro lado do mundo, mas que sobrevive a todas as dificuldades”, conta Takai em nota da gravadora Deck sobre o álbum produzido por John Ulhoa. O discurso de Takai foge da mera retórica promocional. Cabe lembrar que, há 21 anos, a estética musical do grupo Pizzicato Five influenciou a artista na gravação da música Made in Japan (John Ulhoa e Mioshi) para o álbum Isopor (1999), do grupo Pato Fu. Para essa gravação, Takai teve algumas aulas de japonês. Começou nessa gravação, de forma pública, a relação musical de Takai com o Japão. A artista conheceu o país em 2005 e começou a estudar mais intensamente o idioma japonês em 2007, ano em que voltou ao Japão. A habilidade com a língua do país a permitiu gravar Kobune (2009), versão em japonês – escrita por Ryosuke Itoh – da canção O barquinho (Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli, 1961), um dos standards do repertório da Bossa Nova. E por falar no gênero, Takai e a cantora nipônica Lisa Ono fizeram em 2019 turnê pelo Japão com o show intitulado Bossa amorosa. Além da faixa em dueto com Maki Nomiya, Takai faz outra conexão internacional no álbum solo Será que você vai acreditar?. Residindo atualmente em Toulouse, na França, a cantora e compositora Virginie Boutaud é a parceira e convidada de Takai na canção O amor em tempos de cólera, de título alusivo ao nome de um dos livros mais famosos do escritor colombiano Gabriel García Márquez (1927 – 2014). “Pensamos nessa canção como um carinho, um momento de aconchego em tempos tão difíceis”, caracteriza Takai, artista nascida no Amapá e criada em Minas Gerais. Virginie Boutaud – para quem não viveu os anos 1980 e não liga o nome à música – foi a vocalista da banda paulistana Metrô, de grande visibilidade no universo pop brasileiro em meados daquela década. Anunciado em maio com o single Terra plana (John Ulhoa), o álbum Será que você vai acreditar? já gerou outros dois singles, Não esqueça (Nico Nicolaiewsky) e Não creio em mais nada (Totó, 1970).
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