Bovespa opera em alta, acima dos 97 mil pontos, com exterior favorável
Na véspera, Ibovespa subiu 1,21%, a 96.203, após ter salto de 30,2% no 2º trimestre. Fachada do prédio da B3, a bolsa brasileira, no Centro de São Paulo Rahel Patrasso/Reuters O principal índice da bolsa de valores brasileira, a B3, opera em alta nesta quinta-feira (2), embalado pelo viés positivo nos mercados acionários no exterior, bem como pelos preços de commodities e dados positivos do mercado de trabalho dos EUA. Às 10h49, o Ibovespa subia 1,19%, a 97.344 pontos. Veja mais cotações. Na véspera, o Ibovespa subiu 1,21%, a 96.203 pontos. Pesquisa mostra que a desigualdade social aumentou na pandemia no Brasil Cenário externo e local No exterior, os índices de Wall Street operavam em alta, diante de expectativas de uma recuperação rápida da economia e esperanças de uma vacina contra a Covid-19, e após a criação de 4,8 milhões de vagas de emprego nos EUA em junho, bem acima da expectativa de consenso, de criação de 2,9 milhões. O Departamento do Trabalho dos EUA informou ainda que o número de pedidos iniciais de seguro-desemprego caiu a 1,427 milhão na semana passada. Na cena doméstica, o IBGE divulgou nesta quinta que a produção industrial cresceu 7% em maio, após 2 meses de queda. Recuperação e perspectivas A queda de 17,80% da bolsa no ano refletiu as incertezas provocadas pela pandemia do novo coronavírus no início de 2020. No primeiro trimestre, a bolsa chegou a ter um tombo de quase 37%. Porém, o índice começou a se recuperar no segundo trimestre, impulsionado pela ampla liquidez global decorrente, principalmente, de medidas de vários países para combater os impactos econômicos da pandemia, mas também pela queda da Selic a mínimas históricas. Um dos destaques para a performance das ações brasileiras no trimestre foi o fluxo histórico de pessoas físicas para a renda variável, apesar da forte volatilidade com a pandemia e cenário político turbulento no Brasil. E o mês de junho também mostrava fluxo positivo de estrangeiros até o dia 26. Na visão do gestor Werner Roger, da Trígono Capital, o mercado tende a continuar com a disputa entre os que consideram a alta das ações exagerada, de que as economias ainda vão sofrer; e aqueles que avaliam que os estímulos e principalmente os juros baixos mudam o cenário. "Principalmente aqui no Brasil, (a queda dos juros) mudou completamente o cenário, não restou muita opção de investimentos", disse à Reuters, avaliando que ficou barato investir em renda variável e afirmando estar do lado do grupo que acredita que os níveis de preço no mercado se justificam. Variação do Ibovespa em 2020 Economia/G1
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Novos pedidos de seguro-desemprego nos EUA caem pela 13ª semana
Número semanal de pedidos, no entanto, segue muito acima da média pré-pandemia. O número de norte-americanos que solicitaram auxílio-desemprego na última semana ficou em 1,427 milhão, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (2) pelo Departamento do Trabalho dos Estados Unidos.
Foi a 13ª queda semanal seguida do indicador – que segue, no entanto, várias vezes superior ao número médio de pedidos pré-pandemia. A queda, no entanto, foi de apenas 55 mil novos pedidos em comparação com a semana anterior.
Além disso, o número total de novos pedidos desde meados de março, quando houve uma aceleração brusca do indicador, já soma mais de 48,6 milhões.
Uma segunda onda de demissões em meio à demanda fraca e cadeias de suprimentos fraturadas mantém os novos pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos elevados, apoiando visões de que a economia enfrenta uma recuperação longa e difícil da recessão pelo Covid-19.
Na semana terminada em 21 de março, o número de pedidos de seguro desemprego saltou para 3,3 milhões de trabalhadores, e na semana seguinte dobrou e atingiu o seu nível mais alto, com 6,9 milhões de requerimentos.
O relatório de pedidos de auxílio-desemprego, os dados mais oportunos sobre a saúde da economia, poderia oferecer pistas sobre a rapidez com que as empresas recontratam trabalhadores à medida que reabrem e sobre o sucesso do programa de proteção de emprego do governo.
Uma ampla quarentena no país em meados de março para conter a disseminação da Covid-19 resultou no pior desemprego desde a Grande Depressão. A economia perdeu um recorde de 20,5 milhões de empregos em abril, acima da perda de 881.000 posições em março.
Os pedidos de auxílio permanecem elevados, apesar de os empregadores terem contratado um recorde de 2,5 milhões de trabalhadores em maio, conforme as empresas reabriram após terem sido fechadas em meados de março para retardar a disseminação da Covid-19.
A economia entrou em recessão em fevereiro.
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Emplacamento de veículos tem queda de 38% no 1º semestre de 2020, e entidade prevê baixa de 36% no ano
De janeiro a junho, 808.784 unidades foram emplacadas, contra 1.308.110 nos primeiros 6 meses de 2019. Setor foi impactado pela pandemia de coronavírus. Emplacamentos de veículos em queda no Brasil Reprodução / RBS O emplacamento de veículos caiu 38,2% no 1º semestre de 2020, em relação ao mesmo período do ano passado, informou a associação das concessionárias, a Fenabrave, nesta quinta-feira (2). De janeiro a junho, 808.784 unidades de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus foram emplacadas, contra 1.308.110 nos primeiros 6 meses de 2019. Com o fechamento do semestre, a entidade refez as projeções para 2020. Por causa dos efeitos da pandemia, a Fenabrave prevê uma queda de 35,8% no ano para todo o segmento de veículos; incluindo também motocicletas e implementos rodoviários — a previsão inicial, feita em janeiro, era de crescimento de 9,7%. “A queda já era esperada, em função do atual cenário, considerando os efeitos da pandemia do Covid-19, que obrigou o fechamento do comércio e o isolamento social, durante longo período", explica Alarico Assumpção Jr, presidente da Fenabrave. Em junho, os emplacamentos chegaram ao total de 132.833 veículos, uma baixa de 40,5% frente ao mesmo mês de 2019, quando o setor alcançou 223.191 unidades. Desempenho do setor de veículos no Brasil G1 Na comparação com maio, no entanto, houve alta de 113,6% — no mês passado 62.192 veículos foram emplacados no país. "Quando avaliamos o mês de junho, na comparação com maio deste ano, já observamos uma expressiva melhora, explicada pelo retorno das atividades dos Detrans, principalmente, em São Paulo, que representou 32,1% das vendas nacionais, e da reabertura das Concessionárias, para vendas, na Capital Paulista e em outras localidades”, afirma Alarico. Desde o início de junho, as concessionárias iniciaram a reabertura no Brasil. Entre as medidas de segurança adotas estão manter a distância de 1,5 metro entre funcionários e clientes, utilização de máscaras e higienização dos carros. Concessionárias se reinventam para atrair clientes durante a quarentena
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Produção de petróleo do Brasil cai 6,5% em maio ante abril com impacto de pandemia
Na comparação com maio do ano passado, porém, houve alta de 1,3%. A produção de petróleo do Brasil em maio somou 2,765 milhões de barris por dia, com alta de 1,3% na comparação anual, mas recuo de 6,5% frente a abril devido a impactos da pandemia de coronavírus sobre o setor, disse a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) nesta quinta-feira (2).
A produção de gás natural teve recuo tanto em base mensal quanto anual, de 7,8% e 3%, respectivamente, e atingiu 114 milhões de metros cúbicos por dia (m³/d).
A ANP disse que 34 campos de petróleo e gás tiveram operações interrompidas temporariamente durante o mês de maio devido a efeitos da Covid-19, sendo 16 marítimos e 18 terrestres.
"Um total de 60 instalações marítimas permaneceram com produção interrompida durante o mês de maio, devido aos efeitos da pandemia", acrescentou a agência, em boletim de produção.
Arrecadação com royalties do petróleo tomba 30,8% em maio e pode cair mais de R$ 12 bilhões em 2020
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Arlindinho conta que Arlindo Cruz voltou a falar após AVC: ‘Começando a querer formar frases’
Sambista falou sobre estado de saúde do pai durante live para o Teatro Rival em 9 de junho. 'Deve ter uns 30 sambas ali pra sair'. Arlindinho e Arlindo Cruz Reprodução/Instagram Arlindinho, filho do cantor Arlindo Cruz, contou que o pai voltou a falar. Durante uma live do Teatro Rival, em 9 de junho, o sambista celebrou as primeiras palavras do sambista após AVC que sofreu em 2017. Arlindo teve alta do hospital e voltou para casa um ano e três meses depois do incidente. Questionado por Marcos Salles sobre o estado de saúde do pai, Arlindinho comemorou: "Cara, vou confessar uma coisa pra vocês: ele falou. Está dando de 8 a 12 palavras". "Está começando a querer formar frases. 'Sim, não, eu'. Ontem ele falou 'eu aqui'. Aí a palavra que ele falava, a gente de fato não estava entendendo, porque ainda está muito baixinho." Arlindinho afirmou que o pai às vezes fica agoniado por não conseguir falar tudo. "Aí ele chora, fica triste, fica um pouco mais quietinho. Daqui a pouco ele volta. Mas nunca esteve tão bem. Está no momento máximo da recuperação", celebrou o cantor. Ele também afirmou que algumas palavras ditas por Arlindo ainda são fora de um contexto. "Às vezes umas palavras perdidas, do nada ele solta um 'porra'. Mas em alguns momentos, ele está completamente dentro do contexto, tentando de fato se comunicar com a gente." "Deve ter uns 30 sambas ali pra sair. Assim que ele conseguir falar tudo, tenho certeza que vão vir novos sambas da melhor qualidade. Vai vir um disco triplo", brincou Arlindinho. Durante a entrevista, Arlindinho ainda cantou o samba da X-9 Paulistana em homenagem ao sambista no carnaval de 2019 e relembrou o trecho da canção que diz: "Não subestime um filho de Xangô a recompor a vida". "E graças a Deus, o que a gente pensou lá naquele momento, está se materializando através da recuperação dele. Ele está recompondo, reescrevendo a vida. Acho que vai ser a canção mais bonita que ele vai poder fazer em toda a história." Marcos Salles entrevista Arlindinho em live do Teatro Rival Reprodução/Instagram
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Mário Frias falta a audiência da Câmara marcada para discutir metas e objetivos na Cultura
Ausência do secretário provocou protesto de deputados, que classificaram postura de Frias como desrespeitosa. Secretaria diz ter comunicado 'incompatibilidade de agenda'. O secretário Especial de Cultura, Mário Frias, faltou nesta terça-feira (30) a uma audiência da Câmara dos Deputados marcada para ele expor suas metas e objetivos à frente do cargo. A nomeação de Frias foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) em 19 de junho. Ele tomou posse há uma semana e é o quinto Secretário Especial de Cultura em um ano e meio de governo do presidente Jair Bolsonaro. Ator Mário Frias assina termo de posse como secretário de Cultura Roberto Castro/MTur A audiência foi realizada por videoconferência, estava marcada para 10h, e foi encerrada às 11h26, sem a presença do secretário. A ausência de Frias incomodou os parlamentares. O deputado Alexandre Frota (PSDB-SP), autor do convite ao secretário, disse que Frias havia confirmado a presença. “Queria fazer um apelo ao novo secretário de Cultura. A gente já é amigo há mais de 25 anos, que ele comparecesse na sala, que ele viesse”, disse Frota. “Eu sei que ele está assistindo, porque enviamos o link para ele, faço o apelo para que ele entre aqui para que a gente possa começar o diálogo, tranquilo e democrático. Continuamos esperando o senhor. Já se vão 54 minutos”, acrescentou o deputado. Apesar dos apelos, Frias não compareceu à videoconferência, o que provocou protestos dos deputados. “Infelizmente o secretário sumiu, desapareceu”, afirmou Frota. “Infelizmente parece que o secretário não vai comparecer. É lamentável. Demonstra pouco interesse no diálogo com a Câmara dos Deputados “, protestou a deputada Lídice da Mata (PSB-BA). "Me parece que começa muito mal a sua gestão à frente da secretaria na medida em que não comparece. É um desrespeito. Ele não está aqui reunido conosco como estava acertado", criticou o deputado Bira do Pindaré (PSB-MA). A deputada Erika Kokay (PT-DF) afirmou que o secretário “fugiu da discussão” e mostrou “não ter apreço à democracia” “Eu começo expressando aqui o meu protesto ao secretário por desprezar e desrespeitar esse poder Legislativo, que desrespeita ao mesmo tempo o conjunto da população brasileira. Precisamos de muita seriedade na secretaria de cultura”, afirmou Kokay Frias substituiu a atriz Regina Duarte, que ficou menos de três meses no cargo. Ela assumiu após Roberto Alvim ser exonerado por gravar um vídeo com uma paródia ao nazismo. Frias é ator e tem 48 anos de idade. Iniciou a carreira artística na década de 1990 e ficou conhecido após sua participação no seriado “Malhação”. Atuou também em novelas como “Senhora do Destino”, na qual interpretou um deputado federal. À frente da Secretaria Especial da Cultura, o ator comandará um orçamento de mais de R$ 366 milhões em 2020. Questionada pelo G1, a pasta informou, em nota, que Alexandre Frota foi notificado nesta segunda-feira (29) "da impossibilidade de comparecimento do secretário Mário Frias em virtude da incompatibilidade de agenda". Porém, até a última atualização desta reportagem, não havia nenhum compromisso na agenda oficial do secretário desta terça-feira. Procurado pelo G1, o deputado federal rebateu a versão informada pela Secretaria de Cultura e disse não ter sido notificado nem pelos canais oficiais (emails de seu gabinete ou da comissão de Cultura) nem pelo celular. "Fato é que o secretário, ele marcou conforme eu tenho os prints desde o dia 25 ele está avisado. Ele recebeu o link hoje pela manhã. Visualizou o link. Eu inclusive falei com ele. Mandei um recado avisando que estava tudo pronto, que estávamos no ar, e ele simplesmente sumiu. A cultura ela não nos notificou", disse Frota ao G1. O G1 também questionou a Secretaria de Cultura sobre qual compromisso impossibilitou Mário Frias de participar da reunião e por qual meio a pasta teria notificado o deputado Alexandre Frota e aguarda uma resposta. Auxílio para artistas Bolsonaro sancionou nesta segunda-feira (29) o projeto de lei aprovado na Câmara e no Senado que prevê a destinação de R$ 3 bilhões para o setor cultural. Segundo o projeto, de autoria da deputada Benedita da Silva (PT-RJ), o objetivo é ajudar profissionais da área e os espaços que organizam manifestações artísticas que, em razão da pandemia do novo coronavírus, foram obrigados a suspender os trabalhos. O texto aprovado pelo Congresso define que caberá à União repassar, em parcela única, os R$ 3 bilhões a estados e municípios. O projeto prevê ainda o pagamento de três parcelas de R$ 600 para os artistas informais, a exemplo do auxílio emergencial pago a trabalhadores informais. O setor emprega mais de 5 milhões de pessoas.
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Carl Reiner, ator de ‘Onze homens e um segredo’ e lenda da comédia americana, morre aos 98 anos
Segundo assistente, ele morreu de causas naturais em sua casa, nos EUA. Nos anos 60, Reiner criou uma das séries de comédia mais populares da TV americana, 'The Dick Van Dyke show'. Carl Reiner após entrevista em Nova York, em 1993 AP Photo / Crystyna Czajkowsky Carl Reiner, ator, diretor, roteirista e um dos nomes mais aclamados da comédia americana, morreu aos 98 anos, segundo a agência Associated Press. Uma assistente do artista disse à agência que ele morreu de causas naturais em sua casa em Beverly Hills, Califórnia (EUA). Reiner criou a sitcom "The Dick Van Dyke show", que acompanha os bastidores e a vida do roteirista de um programa de comédia, o fictício "The Alan Brady show". Exibida nos anos 1960, a série se tornou uma das mais populares de todos os tempos na televisão americana, ganhou 15 prêmios Emmy e se tornou um modelo para outras comédias. No cinema, Reiner dirigiu filmes como "Alguém lá em cima gosta de mim" (1977) e "Um espírito baixou em mim" (1984) Também escreveu livros, como o romance autobiográfico "Enter laughing", que foi adaptado para o cinema. Como ator, fez mais de 100 trabalhos, incluindo o personagem Saul Bloom nos filmes da franquia "Onze homens e um segredo". Ele é pai do ator e diretor Rob Reiner, que trabalhou em filmes como "O lobo de Wall Street" (2013).
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Lei Aldir Blanc: entenda pacote de R$ 3 bilhões para cultura com auxílio de R$ 600 para artistas informais
Objetivo é ajudar profissionais e organizações culturais que perderam renda em razão da crise do coronavírus. Lei prevê repasse a estados e municípios para gestão de espaços culturais e linhas de crédito para micro e pequenas empresas do setor. Lei que destina R$ 3 bilhões para a cultura é publicada no Diário Oficial da União
O presidente Jair Bolsonaro sancionou, nesta segunda-feira (29), o projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional com ações emergenciais para o setor cultural. O texto prevê o pagamento de auxílio de R$ 600 mensais para artistas informais como parte de um pacote de R$ 3 bilhões para a área, que serão transferidos da União para estados, Distrito Federal e municípios.
A lei Aldir Blanc, como ficou conhecida, tem objetivo de ajudar profissionais e organizações culturais que perderam renda em razão da crise do coronavírus. O texto foi publicado no Diário Oficial da União na madrugada desta terça-feira (30), com veto ao artigo que estabelecia prazo de até 15 dias para o repasse pelo governo federal.
Na manhã desta terça, foi publicada, ainda, uma medida provisória que adicionou três pontos relativos aos prazos de pagamento, à devolução dos recursos e ao teto de repasses pelo governo federal. Veja, abaixo, perguntas e respostas sobre a lei.
Bolsonaro sanciona projeto que prevê o repasse de R$ 3 bilhões para a área da cultura
O que é a lei de apoio emergencial à cultura?
A lei 14.017 estabelece o repasse de recursos financeiros da União para estados, Distrito Federal e municípios. O valor do repasse estabelecido pela lei é de R$ 3 bilhões e se destina principalmente a três finalidades:
Pagamento de uma renda emergencial aos trabalhadores da cultura em três parcelas de R$ 600 (leia mais abaixo);
Subsídio mensal para manutenção de micro e pequenas empresas e demais organizações comunitárias culturais e também de espaços artísticos que tiveram que paralisar as atividades por causa da pandemia;
Realização de ações de incentivo à produção cultural, como a realização de cursos, editais, prêmios.
Segundo o projeto, de autoria da deputada Benedita da Silva (PT-RJ), o objetivo é ajudar profissionais da área e os espaços que organizam manifestações artísticas que, em razão da pandemia do novo coronavírus, foram obrigados a suspender os trabalhos. Ela ficou conhecida popularmente como “Lei Aldir Blanc”, em homenagem ao músico e compositor que morreu em maio, vítima do coronavírus.
Quem pode receber o auxílio de R$ 600?
Segundo o texto, se enquadram como trabalhadores da cultura: artistas, contadores de histórias, produtores, técnicos, curadores, trabalhadores de oficiais culturais e professores de escolas de arte e capoeira.
Quais são os requisitos necessários?
Para estar apto a receber, o trabalhador precisa preencher alguns requisitos:
Ter trabalhado ou atuado socialmente na área artística nos 24 meses anteriores à data da publicação da lei;
Não ter emprego formal;
Não receber outro benefício previdenciário ou assistencial, seguro-desemprego ou de programa de transferência de renda federal (com exceção do Bolsa Família);
Ter renda familiar mensal de até meio salário-mínimo por pessoa ou total de até três salários-mínimos;
Não ter recebido mais de R$ 28.559,70 em 2018;
Não receber auxílio emergencial.
Quantas parcelas do auxílio serão pagas a artistas?
A lei estabelece o pagamento de três parcelas mensais de R$ 600. Os pagamentos se referem aos meses de junho, julho e agosto. Além disso, ela também diz que o auxílio pode ser prorrogado no mesmo prazo de prorrogação do auxílio emergencial. Atualmente, o governo estuda prorrogar o pagamento do auxílio, mas ainda não definiu quantas parcelas e o valor delas.
Como será feita a divisão dos recursos entre estados e municípios?
O texto já estabelece como deve ser feita a divisão:
50% fica destinado aos estados e ao Distrito Federal. Já a repartição do dinheiro entre os estados segue duas formas distintas: 80% dele será repassado aos estados em proporção ao tamanho de sua população e os outros 20% seguem os critérios de rateio do Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal (FPE).
Os outros 50% serão enviados aos municípios e ao Distrito Federal. A divisão entre eles é parecida com a feita pelos estados, mas quem define os critérios de rateio dos 20% é o Fundo de Participação dos Municípios (FPM).
Existe um prazo para o uso desse recurso?
As cidades têm até 60 dias para usar o dinheiro repassado, a partir da data do recebimento do recurso. Caso não utilizem esse valor no prazo, ele tem que ser revertido ao fundo estadual de cultura ou outros órgãos responsáveis pela gestão de recursos culturais no estado onde está o município. A lei não trata de recursos repassados aos estados e não utilizados.
No entanto, uma medida provisória publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira (entenda abaixo) prevê que os recursos que forem enviados aos municípios e não forem utilizados nem repassados em seguida aos estados deverão ser devolvidos à União em até 120 dias. A MP também não trata de valores repassados diretamente aos estados que não tenham sido utilizados.
Com o veto presidencial ao prazo de 15 dias, o presidente da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), Jonas Donizette, afirmou nesta terça-feira (30) que enviará um ofício ao governo para pedir que seja definido um novo prazo, e que ele não seja longo. Donizette, que é prefeito de Campinas (SP), diz que os recursos não podem demorar mais de 30 dias para envio aos municípios, tendo em vista o “momento de emergência” que o setor cultural vive com a pandemia.
Quais as regras para o pagamento de subsídio a espaços culturais?
O subsídio para manutenção de espaços, pequenas empresas e organizações comunitárias pode variar entre R$ 3 mil e R$ 10 mil por mês. Os critérios serão estabelecidos pelo gestor local. Para poder receber o valor, eles precisam estar inscritos em pelo menos um cadastro de projetos culturais do estado ou Distrito Federal.
Segundo o texto, se enquadram nessa categoria teatros, livrarias, sebos, ateliês, feiras, circos, produtoras de cinema, e várias outras categorias, desde que tenha gestão independente. Espaços ligados à administração pública (como prefeituras e governos estaduais) e a empresas não têm direito de receber o subsídio.
Haverá linha de crédito especial?
A Lei também prevê que bancos federais poderão disponibilizar linhas de crédito e condições para renegociação de dívidas a trabalhadores do setor cultural ou a micro e pequenas empresas. As linhas de crédito serão destinadas a fomento de atividades e comora de equipamentos. Já o pagamento dos débitos só será feito a partir de 180 dias após o fim do estado de calamidade pública e deve ser feito mensalmente, em até 36 meses.
Para empregadores, tanto a linha de crédito como as condições para renegociação de dívidas serão concedidas diante do compromisso de manutenção do número de empregos que tinham no dia 20 de março de 2020.
De onde sairão os recursos para repasse?
O projeto prorroga por um ano o prazo para aplicação de recursos em projetos culturais já aprovados e estabelecidos em algumas leis, como o Programa Nacional de Apoio à Cultura (Pronac), o Plano Nacional de Cultura (PNC) e o Fundo Setorial do Audiovisual (FSA).
Qual alteração da medida provisória publicada com a sanção da lei?
A medida provisória adicionou três pontos ao texto. O primeiro deles, diz que o repasse do governo federal para estados e municípios deve ocorrer dentro do prazo estabelecido pelo regulamento, mas não cita que prazo é esse. Trecho do projeto de lei aprovado pelo Congresso previa a liberação do recurso em até 15 dias, mas item com o prazo foi vetado pelo Presidente.
O segundo item da MP estabelece que os estados têm até 120 dias para usar os recursos liberados aos municípios e não utilizados ou terão de devolvê-los à União. Já o terceiro diz que os pagamentos serão feitos até que se atinja o teto do valor repassado (R$ 3 bilhões). Estados e municípios podem complementar com recursos próprios caso queiram.
O que dizem as prefeituras?
Com o veto presidencial ao prazo de 15 dias, o presidente da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), Jonas Donizette, afirmou nesta terça-feira (30) que enviará um ofício ao governo para pedir que seja definido um novo prazo, e que ele não seja longo. Donizette, que é prefeito de Campinas (SP), acredita que o veto ocorreu porque o governo entendeu que, do ponto de vista operacional, precisará de mais que 15 dias para conseguir repassar a verba.
Na avaliação dele, os recursos não podem demorar mais que 30 dias para serem enviados aos municípios, tendo em vista o “momento de emergência” que o setor cultural vive com a pandemia. Segundo o prefeito, o governo pode estabelecer o prazo por portaria.
Já sobre a MP que dá 120 dias para estados e municípios devolverem os recursos da União que não forem usados, Donizette afirma que o tempo é razoável e que prefeitos e governadores precisam ser ágeis para o “dinheiro chegar para quem precisa”. “Acho que é razoável. Essa questão é o seguinte: se é algo emergencial, as prefeituras e os estados têm que fazer de forma rápida”, resumiu.
Semana Pop faz homenagem aos artistas vítimas do novo coronavírus no Brasil
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Meme no TikTok leva ‘Love’, filme de 2015 com cenas de sexo, à lista de mais vistos nos EUA
Filme francês do diretor Gaspar Noé tem cenas de sexo reais e entrou na lista dos mais vistos na Netflix nos EUA após meme em que internautas mostram reação após ver primeira cena. Cena do filme 'Love', do diretor Gaspar Noé Divulgação O filme "Love", de 2015, entrou para a lista de mais vistos na Netflix nos EUA por causa de um meme em que os usuários do TikTok compartilham suas reações assistirem à primeira cena. O drama erótico francês dirigido pelo argentino Gaspar Noé tem cenas de sexo real e causou polêmica na época do lançamento. O filme não está disponível na plataforma de streaming no Brasil. Nos cinemas, ele foi lançado com classificação indicativa de 18 anos. Leia mais: 'Love' cria polêmica e escândalo em Cannes com sexo explícito em 3D O meme no TikTok começou por causa de outra produção em alta no Netflix, "365 Dias", que também tem cenas eróticas. "Se você gostou de 365 dias, vá ver 'Love' e mostre a sua reação", diz o áudio que viralizou no TikTok, junto com os vídeos dos internautas assustados. Cena do polêmico filme 'Love', do argentino Gaspar Noé Divulgação
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Produtores de ‘Democracia em vertigem’ e mais brasileiros entram para Academia de Hollywood
Lista anual tem 817 novos membros que votam no Oscar. Entre brasileiros estão os produtores Mariana Oliva e Tiago Pavan, de 'Democracia em vertigem', animador Otto Guerra e mais. Tiago Pavan, um dos produtores de 'Democracia em vertigem', ao lado de Petra Costa, diretora do filme, no tapete vermelho do Oscar 2020. Tiago entrou neste ano para a Academia de Hollywood; Petra faz parte desde 2018 Eric Gaillar/Reuters A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood divulgou nesta terça-feira (30) os novos membros da entidade que organiza o Oscar. A lista tem 819 votantes de 68 nacionalidades, em uma tentativa de aumentar a diversidade. A lista inclui Mariana Oliva e Tiago Pavan, produtores do documentário "Democracia em vertigem", que foi indicado em 2020. A diretora do filme, Petra Costa, já faz parte da Academia desde 2018. Também estão entre os brasileiros o animador Otto Guerra ("Wood & Stock: Sexo, Orégano e Rock'n'Roll"), a montadora Cristina Amaral ("Um Filme de Verão” “Person”) e os documentaristas Julia Bacha (“Naila and the Uprising" e “Budrus”) e Vincent Carelli ("Martírio" e “Corumbiara"). Cineasta gaúcho Otto Guerra finge que tropeça no tapete vermelho de Gramado em 2017 Diego Vara/ Pressphoto Julia Bacha nasceu no Rio, mas atua principalmente nos EUA. Já Vincent Carelli nasceu em Paris, mas foi criado no Brasil e faz filmes ligados aos povos indígenas. Cinema colorido A Academia de Hollywood destacou a diversidade ao divulgar os novos membros. Há alguns anos a entidade tenta reponder às críticas sobre a falta de representatividade entre os membros, indicados e vencedores, como na campanha #OscarsSoWhite. Toda a equipe principal do filme sul-coreano "Parasita", grande vencedor de 2020, a atriz de origem chinesa Awkwafina e a atriz de origem nigeriana Cynthia Erivo, por exemplo, estão entre os novos membros. Elenco e equipe de 'Parasita' no palco para receber estatueta de melhor filme no Oscar 2020 Mario Anzuoni/Reuters Segundo a academia, entre os 819 novos votantes, 45% são mulheres, 36% são de "comunidades étnicas que eram pouco representadas" e 49% são de outros países além dos EUA. A entrada eleva a porcentagem total de membros a 33% de mulheres, 19% de "entidades étnicas que eram pouco representadas" e 20% de não-americanos. A entidade conta com mais de 10 mil votantes. Entre os outros brasileiros que já fazem parte da Academia de Hollywood estão Alice Braga, Rodrigo Santoro, Carlinhos Brown, Kleber Mendonça Filho, Walter Carvalho, Sônia Braga, Fernanda Montenegro, Walter Salles, Rodrigo Teixeira e José Padilha.
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