Rael potencializa calmaria do álbum ‘Capim-cidreira’ em EP que traz Iza em música inédita
♪ Rael tirou o peso do próprio rap no quarto álbum solo de estúdio do artista, Capim-cidreira, disco de tom mais sereno lançado em 12 de setembro de 2019 com oito músicas em dez faixas que causaram o efeito pop pretendido pelo cantor e compositor paulistano. Dez meses depois, o rapper potencializa a calmaria deste disco em EP intitulado Capim-cidreira (Infusão) e programado para chegar ao mercado fonográfico na quinta-feira, 2 de julho, com seis faixas. A real novidade está na única música inédita do EP, Rei do luau, gravada por Rael com a cantora Iza. As demais cinco faixas apresentam reciclagens – no formato de voz e violão – de músicas de dois álbuns do rapper. Três vieram de Capim-cidreira, o álbum de 2019. Duas foram apresentadas originalmente no álbum Ainda bem que eu escutei as batidas do meu coração (2013), lançado há sete anos. É o caso de Tudo vai passar, parceria de Rael com o MC paulistano Msário, e também de Semana (Rael, 2103). “Capim-cidreira (Infusão) foi um jeito que eu encontrei para tentar lidar com tudo que tá acontecendo de um jeito positivo e mais leve”, conceitua Rael. Para manter a positividade, o rapper manteve a conexão com o Melim. O trio, que gravou Só ficou o cheiro (Rael, 2019) no álbum do ano passado, também figura no EP Capim-cidreira (Infusão). No EP, Rael também regrava as músicas Flor de aruanda (Rael, Rafael Tudesco e Bruno Marcucci, 2019) e Beijo B (Rael e 2B, 2019), ambas do álbum original de 2019.
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Autor de hits de Safadão e Marília Mendonça largou carreira no jazz: ‘É mais difícil ser simples’
Renno Poeta já abriu para Hermeto Pascoal, foi 'massacrado' ao trocar estilo e hoje é disputado no sertanejo após composições como 'Ar condicionado no 15' e 'Todo mundo vai sofrer'. Renno Poeta Reprodução/Instagram do artista Renno Poeta tinha tudo para crescer no circuito de festivais de jazz pelo Brasil. Quinze anos após rodar o país e abrir shows de Hermeto Pascoal e Egberto Gismonti, ele realizou seu sonho – bem longe dessa cena. Virou um dos compositores mais populares do sertanejo e do forró. O coutor de "Ar condicionado no 15", de Wesley Safadão, "Todo mundo vai sofrer", de Marília Mendonça, "Quem pegou, pegou", de Henrique e Juliano, e a nova "JBL", de Solange Almeida e Márcia Fellipe, explica a virada: "É mais difícil fazer uma música interessante de forma simples do que com coisas complicadas. Minha luta é simplificar". A simplicidade é fruto de uma história longa. O músico de 38 anos passou a infância em igrejas e bandas de baile em Fortaleza, estudou piano na Universidade Estadual do Ceará (UECE), foi da banda de Fagner, entrou para o circuito de jazz, deu meia volta para o popular e teve uma dupla por 15 anos. Renno se achou como autor há quatro anos e já teve impressionantes 350 faixas gravadas. Em hits recentes de rádio, só perde para o baiano Bruno Caliman. Sua trajetória ilustra como o mercado de composições, centrado no sertanejo goiano, mas também forte no forró cearense, está aquecido. Pizzarias e Universidade Renno Saraiva Macedo e Silva é filho de funcionários públicos e foi bolsista de uma escola particular de Fortaleza, onde conciliava os estudos com a música. Aprendeu a ler partituras por conta própria e fazia apresentações em bares e pizzarias por R$ 40. Depois, foi para bandas de baile maiores. Aos 18 anos, foi fazer graduação em Música com especialização em Piano na UECE. Na mesma época, foi convidado para tocar na banda de Fagner, onde passou a focar na sanfona. Durante a graduação, conheceu o amigo Ítalo, que o acompanhava no projeto de jazz Briga de Foice. Os dois faziam "duelos" de sanfona que juntavam o acordeon e o baião ao universo da música erudita e do jazz. Foi aí que ele abriu shows de Hemeto Pascoal, Egberto Gismonti e outros nomes fortes no meio, como o baterista Pascoal Meirelles e o falecido baixista Arthur Maia. Ele entrou neste circuito artístico, mas nunca foi muito apegado a uma cena só: "Cresci ouvindo todos os tipos de música, de Astor Piazzolla a Netinho da Bahia", conta Renno. "Sempre achei que precisava dar um passo a mais, mas tinha medo de me desvincular do jazz. Quando disse que ia tocar forró levei uma pancada de alguns jornalistas de Fortaleza, porque eu tinha abandonado a música mais 'elevada'. Recebi muita crítica de quem antes falava bem de mim", conta. "Eu tocava jazz, e depois ia tocar com o Fagner e via que o povo amava. Toquei com o Dominguinhos, e o povo berra, dança, aquela alegria. Eu queria ser um cara que faz um trabalho de relevância, de popularidade. O jazz é restrito, tem público bem mais seleto", explica. "Eu nunca tive encanto por impactar poucas vidas, sempre quis alcançar muita gente. Isso me levou a fazer música mais popular", diz Renno Poeta. "Eu queria tocar para mais gente, a verdade é essa. Lotar um clube uma praça. Essa visão me fez migrar apesar das críticas. Era tudo o que eu queria. Tive que arriscar, fui para cima", ele lembra. Popular sem povo O curioso é que ele passou muito tempo sendo pouco popular após a decisão. A dupla Ítalo e Renno, com o antigo amigo de faculdade, penou durante 15 anos no mercado de forró Fortaleza, mas nunca conseguiu um grande sucesso. Deu a ele o aprendizado, no entanto, para o futuro trabalho de autor. Renno Poeta Reprodução / Instagram do artista A virada veio com Wesley Safadão. Primeiro, foi "Deixa acontecer", também gravada por Michel Teló e Aviões do Forró. Mas o contato ainda era indireto. Renno não tinha o cobiçado WhatsApp de Wesley Safadão. Um dia, ao ir ao escritório do ídolo assinar uma autorização, eles finalmente conversaram. "Eu sentei lá, era uma segunda feira de manhã, ele estava super ocupado. Sempre fui fã porque ele trabalha demais. Ele perguntou qual era meu sonho. Falei que era ter mais músicas gravadas por ele, e ter pelo menos um hit". Logo depois, Renno enviou "Ar condicionado no 15" para o novo contato. A música de Renno virou um dos maiores sucessos de Wesley nos últimos anos, e ele entrou para a seleta lista dos parceiros e frequentes – já são 42 composições gravadas por Wesley Safadão. "Ele me fez um desafio de seguir meu sonho, e eu topei. Sou grato por isso", diz. Todo mundo vai gravar Marília Mendonça, Tyler the Creator, Maluma, MC Loma no trap e Halsey no rock estão no G1 Aí a porteira abriu. Ele também foi coautor dos grandes sucessos recentes de ao menos dois dos maiores artistas sertanejos atuais: "Quem pegou, pegou", de Henrique e Juliano, e "Todo mundo vai sofrer", de Marília Mendonça. A segunda foi feita desde o início pensando na voz final. A gente estava no apartamenteo da Lari [Ferreira, coautora] e ela falou de uma ideia legal de 'bem me quer, mal me quer', e puxou o refrão. Aí eu pensei: 'Pô, a Marília passou a vida inteira sofrendo, vamos dizer que ela vai botar todo mundo para sofrer? E fiz o começo, do copo, da garrafa e da mesa", conta. "O Junior Gomes e o Diego Silveira vieram com essa volta pro cima que e ela dá na letra, mesmo dentro da sofrência. Era uma perspectiva nova. Música é uma aposta. A gente não sabe o que vai dar, mas tem que achar o tijolinho que está faltando no cenário do mercado naquela hora." Bruno & Marrone & Piazzolla Se antes ele atirava para todos os lados, agora faz mais trabalhos por encomenda. "Eu sou um analista. Analiso a personalidade do artista para saber o que pode funcionar", diz. A parceria mais recente foi com Bruno & Marrone, em que ele colocou "uma sanfona meio Astor Piazzolla". Gusttavo Lima, Maiara & Maraisa, Xand Avião, Marcos & Belutti e diversos outros nomes do sertanejo e do forró já recorreram a seus serviços. Initial plugin text O trabalho de intérprete continua, mesmo que com menos repercussão. A dupla com Ítalo acabou, mas ele lançou há cinco meses a música solo "Pegada do roceiro", com Wesley Safadão. A faixa teve um milhão de views, valor considerável, mas bem mais baixo que os hits que compôs. Mas seguir no palco ajuda a pensar nas composições. "Eu consigo entender a reação das pessoas", ele explica. A música em que Marília Mendonça faz seus próprios fãs sofrerem foi baseada nessa reflexão. "Muita gente quer fazer shows só para cima, alegria, alegria. Mas tem gente que está lá embaixo para sofrer, para chorar, para 'roer'. Daí vem 'Todo mundo vai sofrer'", explica. "Eu só faço uma música quando consigo imaginar uma pessoa cantando ela num show", ele explica. 'Modo JBL' A música recém-lançada por Solange Almeida e Márcia Fellipe tem esse tipo de refrão de sofrimento para multidões: "Não queira estar na minha pele / Eu estou no modo JBL / Jogada, Bebendo, Largada/ Ele tá no piseiro e eu sendo pisada." "Essa fiz com parceiros de Fortaleza mesmo [Kaleb Jr, Felipe Amorim e Kaio Dj]. Eles estavam com essa ideia de falar da caixinha de som porque está todo mundo carregando, aí criamos a sigla e entramos com a pisadinha [variação do forró em alta no Nordeste]". A marca é citada de forma espontânea, sem "publi", ele diz. "A gente mandou primeiro para o Wesley, mas ele viu uma coisa mais feminina". Foi assim que a faixa chegou às duas cantoras de forró. E as próximas? "Tenho duas músicas que vão ser gravadas pelos Barões da Pisadinha, que estão explodidos no Brasil. E também aposto muito nessa música com Bruno & Marrone. Uma com Barões, outra com Bruno. São bem diferentes, né? Eu não tenho rótulo", diz.
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Trio Monarckas manda recado de resiliência na pandemia em novo rap: ‘Somos reis do nosso destino’
Lançamento do grupo tem participação do trombonista Bocato, que já tocou com nomes como Elis Regina, Rita Lee, Ney Matogrosso e Itamar Assumpção. Da esquerda para a direita, DJ Dablyo, Léo Thomaz e Ronne Cruz. Os Monarckas, trio de rap da Zona Leste, já dividiram o palco com Emicida, Leci Brandão, Nação Zumbi e Criolo Marcelo Simões/Monarckas/Divulgação O Monarckas lançou uma música com uma mensagem que tem algo da filosofia budista, da qual são adeptos dois dos três integrantes do trio. Em “Minha Brisa”, a letra vai além dos problemas sociais da periferia. O grupo quer falar também sobre o centro da cidade e como ser resiliente em tempos de pandemia. Fundado em 2003 e hoje formado pelo DJ Dablyo, e pelos MCs Ronne Cruz e Léo Thomaz, o Monarckas sempre abordou a vivência na periferia e os temas sociais. Neste quinto single da carreira, no entanto, o trio vai mais fundo na filosofia budista à qual estão ligados. Eles encontram uma relação direta entre a mensagem de coragem e empoderamento presentes tanto no rap, quanto na linha japonesa do budismo. No clipe gravado no Viaduto do Chá e na Praça da República, Léo Thomaz canta versos como “Brisa do destino, levou minha sina; a vida ensina que tudo é foda, a hora é agora dê a volta por cima”. Dablyo, DJ e produtor do grupo, conta que "Minha Brisa" fala sobre "os pequenos desafios e estados de espírito que a gente experimenta ao longo de um dia na cidade, e é um lembrete de que, apesar das barreiras, somos reis do nosso próprio destino". “A ideia não é fazer um ‘gospel do budismo’, mas sou budista desde que nasci e esta é uma filosofia que fala muito de você cuidar bem de você mesmo e do seu lar, ao invés de julgar o próximo. Essa pandemia deixou isso muito claro – se você se cuida e está bem, você protege quem está por perto", explica Dablyo ao G1. Participação de Bocato A faixa também marca a primeira vez em que o grupo utiliza "instrumentos reais" na produção, além dos samples e das batidas. Por intermédio do produtor Mad Zoo, que masterizou a música, o trio chegou ao trombonista Bocato, que já tocou com nomes como Elis Regina, Rita Lee, Ney Matogrosso e Itamar Assumpção. “É um mestre com muita história. A participação ficou irada e gravamos outras faixas com ele no estúdio, que devem ser usadas nos próximos lançamentos. Ele foi muito gente fina e também participou do clipe”, conta Dablyo, que juntou as notas do trombone aos samples de guitarra jazz e aos vocais da cantora Priscila. Trio Monarckas posa com o trombonista Bocato e com a cantorna Priscila, que participação do single e do clipe de 'Minha Brisa' Maycom Mota/Monarckas/Divulgação Rap espiritualizado O Monarckas é um grupo espiritualizado de rap, mas se sustenta em um tripé, cujas bases ainda estão na periferia da capital. O MC e compositor Léo Thomaz faz sua graduação em Direito. “Sempre fui muito envolvido com a militância negra. Há uma ferida que continua aberta sobre a qual posso falar e abordar nas letras com propriedade porque eu sinto isso na pele. E procuro fazer isso de uma forma aguda. Quero trabalhar para os pretos", afirma Léo, que está no quarto ano do curso. Organizados pelo MC e compositor Ronne Cruz, o Monarckas completa sua missão com trabalho social e voluntário na periferia, com oficinas de rap, poesia e discotecagem. "Na Fundação Casa, onde trabalhei como arte-educador, a casa inteira fechava comigo. Eu perguntava, ‘Quem aqui é contra o sistema?’. Eles levantavam o braço e eu rebatia: ‘Desculpa, mas o que vocês fazem é fortalecer o sistema quando pegam um 157, assalto, um 33, tráfico, quando fazem uma rebelião e há superfaturamento no colchão que vão repor”, relembra Ronne Cruz. "Foi uma experiência muito forte pra mim. Vi naqueles jovens a molecada do nosso bairro, e isso me levou a trabalhar na base, diretamente na comunidade e em escolas públicas, antes do crime acontecer e prenderem crianças em cadeias. Já conheceu de literalmente paralisarmos o tráfico durante uma oficina. Foi cultura, não foi intervenção militar. Ali ficou claro que a arte não é só entretenimento, mas algo capaz de desarmar." Da esquerda para direita, DJ Dablyo e os MCs Ronne Cruz e Léo Thomaz, em apresentação na capital paulista Mateus Silva/Monarckas/Divulgação
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Patricia Marx assume homossexualidade e apresenta namorada: ‘Lésbica com muito orgulho’
Cantora de 46 anos fez post para no Instagram e celebrou o amor com trecho de música do 'Trem da Alegria'. Patricia Marx assume homossexualidade e apresenta namorada, Renata: 'Lésbica com muito orgulho' Reprodução/Instagram Patricia Marx usou as redes sociais para assumir sua homossexualidade e apresentar a namorada, Renata. "Sou lésbica com muito orgulho! Estamos juntas, eu e o meu amor, Renata", escreveu a cantora, ex-integrante do grupo Trem da Alegria. A publicação foi feita no domingo (28), Dia do Orgulho LGBT. Nos comentários, Patrícia recebeu o carinho dos fãs e amigos e também postou um trecho da música "É de chocolate", um dos hits do grupo infantil do qual Patrícia fez parte, para celebrar o amor. "Por detrás do arco-íris, além do horizonte… há um mundo encantado feito pra você! Onde um sonho colorido mora atrás do monte. Quero te levar comigo quando amanhecer", escreveu a cantora. Na última semana, Patrícia lançou o EP "João", no qual canta e homenageia João Gilberto. Initial plugin text
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Renato Aragão encerra contrato com a Globo após 44 anos: ‘Novos projetos e desafios’
Em publicação no Instagram, ator e comediante cita projetos pontuais com emissora. Segundo a Comunicação da Globo, 'Renato Aragão tem abertas as portas da empresa para futuros projetos em nossas múltiplas plataformas.' Renato Aragão deixa Globo após 44 anos Reprodução/Instagram Renato Aragão usou as redes sociais para anunciar o fim de seu contrato com a TV Globo após 44 anos. Nesta terça-feira (30), o ator e comediante de 85 anos fez uma publicação no Instagram citando "novos tempos, parceiros, projetos e desafios". "Minha grande parceira durante esses anos foi a Rede Globo, que me acostumei a chamar de minha casa. Mas diante a esses novos tempos e políticas internas de contratação, vamos iniciar uma nova fase e trabalhos pontuais." Segundo a Comunicação da Globo, "Renato Aragão, com quem tivemos uma longa parceria de sucesso, tem abertas as portas da empresa para futuros projetos em nossas múltiplas plataformas." "Como todos sabem, nos últimos anos, temos tomado uma série de iniciativas para preparar a empresa para os desafios do futuro. Com isso, temos evoluído nos nossos modelos de gestão, de criação, de produção, de desenvolvimento de negócios e também de gestão de talentos. Assim, em sintonia com as transformações pelas quais passa nosso mercado, a Globo vem adotando novas dinâmicas de parceria com seus talentos", informou a emissora. Ao longo de sua trajetória na TV Globo, Renato Aragão deu vida ao personagem Didi em inúmeros projetos da emissora e da obra de "Os trapalhões", humorístico no qual atuou ao lado de Dedé Santana, Mussum e Zacarias. "São 44 anos de estrada e me vejo diante a uma mudança! São novos tempos, novos parceiros, novos projetos e novos desafios", escreveu Renato. "Tenho em minha vida pessoal e profissional a fluidez e o equilíbrio, vou onde meu público espera que eu esteja e melhor ainda, onde não espera, pois sempre gostei e gosto de surpreendê-los, e não será́ diferente nessa nova fase. Já estou com novas oportunidades de trabalho e novos tempos que estão prestes a iniciar", escreveu o ator. Nos comentários, Renato recebeu mensagem de carinho de amigos e familiares, incluindo sua filha, Lívia Aragão. "Te amo", comentou a atriz. Initial plugin text
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Brasil fecha quase 332 mil vagas de trabalho em maio; na pandemia, já são 1,487 milhão
Números do Caged divulgados nesta segunda (29) mostram, porém, que em maio houve menos demissões e mais contratações que em abril. A economia brasileira fechou 331.901 vagas de trabalho com carteira assinada em maio, informou nesta segunda-feira (29) o Ministério da Economia ao divulgar os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
Entre março e maio, durante a pandemia do coronavírus, foram fechadas 1,487 milhão de vagas formais.
O país registrou em maio 703.921 contratações e 1.035.822 demissões. Segundo o Ministério da Economia, em maio do ano passado o saldo entre contratações e demissões havia ficado positivo, com geração de 32.140 postos.
Na comparação com maio de 2019, o número de contratações caiu 48%. Entretanto, em relação a abril, quando a economia brasileira começou a sentir de maneira mais forte os efeitos da pandemia do novo coronavírus, houve um aumento de 14% nas contratações.
Os números do ministério também apontam queda de 31,9% nas demissões em maio, na comparação com abril deste ano.
O secretário especial de Previdência e Trabalho, Bruno Bianco, afirmou que os números de maio mostram uma reação do mercado de trabalho e que podem ser comemorados.
“É bom que se repita que qualquer emprego perdido não pode ser tido como algo positivo. Trabalhamos diariamente para que não tenha nenhum emprego a menos. No entanto, temos que deixar claro esse fator que nos parece auspicioso, que nos dá esperança, que é a reação clara do mercado de trabalho nesse mês de maio em comparação com o mês de abril”, afirmou.
A alta do desemprego reflete o avanço da pandemia de covid-19, decretada em março pela Organização Mundial de Saúde (OMS). O Brasil registrou a primeira morte pelo vírus em 17 de março.
A pandemia levou governos a adotarem medidas de restrição e isolamento social para reduzir a velocidade do avanço da doença, o que provocou a suspensão do funcionamento de serviços considerados não essenciais, o fechamento de boa parte do comércio e também de fábricas.
Essas medidas vêm sendo relaxadas nas últimas semanas no país, apesar do ainda crescente número de casos e de mortes provocadas pelo coronavírus.
Pesquisa mostra que desemprego e endividamento aumentaram nas favelas do Rio
O secretário especial de Previdência e Trabalho, Bruno Bianco, afirmou que os números de maio mostram uma reação do mercado de trabalho e que podem ser comemorados.
“É bom que se repita que qualquer emprego perdido não pode ser tido como algo positivo, trabalhamos diariamente para que não tenha nenhum emprego a menos. No entanto, temos que deixar claro esse fator que nos parece auspicioso, que nos dá esperança, que é a reação clara do mercado de trabalho nesse mês de maio em comparação com o mês de abril”, afirmou.
No acumulado do ano, o Brasil fechou 1.144.875 postos formais de trabalho. No mesmo período do ano passado o país havia gerado 351.063 vagas formais.
Setores
Em maio, a agricultura foi o único setor com geração de postos de trabalho: foram 15.993. O setor de serviços foi o que mais fechou postos de trabalho.
Serviços: -143.479
Indústria geral: -96.912
Comércio: -88.739
Construção: -18.858
Dentro do setor de serviços, a área que mais fechou vagas de emprego formal foi a de alojamento e alimentação, que ficou com saldo negativo de 54.313, seguida pela área de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas, que encerrou 37.687 postos de trabalho.
OIT diz que 305 milhões de pessoas devem perder trabalho entre abril e junho
Programa de Manutenção do Emprego
Para tentar evitar uma perda maior de empregos, o governo federal publicou em abril uma Medida Provisória que autorizou a redução da jornada de trabalho com corte de salário de até 70% num período de até três meses.
O Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda prevê que o trabalhador permanecerá empregado durante o tempo de vigência dos acordos e pelo mesmo tempo depois que o acordo acabar. Os números do Ministério da Economia mostram que, até o dia 26 de junho, mais de 11,6 milhões de trabalhadores aderiram ao programa.
Suspensão de contrato de trabalho: 5,423 milhões
Redução de 25%: 1,706 milhão
Redução de 50%: 2,144 milhões
Redução de 70%: 2,256 milhões
Intermitente: 167 mil
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Bolsas europeias sobem nesta segunda em sessão volátil
Investidores seguem com esperanças de uma rápida recuperação econômica; ações dos bancos avançaram 3,2%. As ações europeias encerraram em alta em uma sessão volátil nesta segunda-feira (29), impulsionadas por fortes ganhos em Wall Street e uma valorização das ações cíclicas, à medida que a melhora dos dados gerou esperanças de uma recuperação econômica mais rápida. Depois de rondar a estabilidade mais cedo na sessão, o índice pan-europeu STOXX 600 subiu 0,4%, e as ações de blue chips da zona euro subiram 0,9%. Homem usa máscara de proteção na frente da bolsa de valores de Londres Toby Melville/Reuters Os bancos da zona do euro foram os maiores ganhadores, com alta de 3,2% depois de dados mostrarem que a recuperação do sentimento econômico em todo o bloco se intensificou em junho. Um início forte em Wall Street também melhorou o sentimento, já que discussões em torno de mais estímulos ajudaram os investidores a olharem além do aumento no número de mortos no mundo pela Covid-19. Além dos bancos, outros setores sensíveis ao crescimento, como petróleo e gás, empresas industriais e montadoras, lideraram os ganhos na Europa. "Nos EUA, eles estão conversando ativamente sobre outra rodada de estímulos e isso auxiliará o mercado até certo ponto", disse Andrew Manton, gerente de portfólio de ações internacionais da Shelton Capital Management. "Mas estamos em uma posição de esperar porque todo esse estímulo foi precificado. Agora, teremos que ver se funciona na economia real." Em LONDRES, o índice Financial Times avançou 1,08%, a 6.225 pontos. Em FRANKFURT, o índice DAX subiu 1,18%, a 12.232 pontos. Em PARIS, o índice CAC-40 valorizou 0,73%, a 4.945 pontos. Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve valorização de 1,69%, a 19.447 pontos. Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou alta de 1,39%, a 7.278 pontos. Em LISBOA, o índice PSI20 valorizou-se 0,77%, a 4.392 pontos.
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Índia proíbe 59 aplicativos, incluindo TikTok e WeChat
Governo do país citou preocupação com segurança, após conflito com a China no início do mês. aplicativo chines tiktok rede social logo smartphone Dado Ruvic/Reuters A Índia proibiu 59 aplicativos para smartphone, a maioria chineses, incluindo TikTok, UC Browser da Alibaba e WeChat da Tencent, citando preocupações de segurança, informou o governo em comunicado nesta segunda-feira (29). Os aplicativos são "prejudiciais à soberania, integridade e defesa da Índia, segurança do Estado e ordem pública", afirmou o Ministério da Tecnologia da Informação. A proibição ocorre após um conflito na fronteira entre os dois países no início deste mês, no qual 20 militares indianos morreram. China x Índia: o que é a Linha de Controle Real, pela qual as duas potências asiáticas brigam há décadas 'Confronto violento' entre China e Índia deixa 20 soldados mortos no Himalaia
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Decreto vai prorrogar programa de redução de jornada e salário, afirma secretário
Proposta é prorrogar suspensão de contratos de trabalho por mais dois meses e redução de jornada por mais um mês, afirmou secretário de Previdência e Trabalho, Bruno Bianco. O secretário especial de Previdência e Trabalho, Bruno Bianco, afirmou nesta segunda-feira (29) que o programa do governo que permite a redução de jornada e salário será prorrogado. De acordo com o secretário, a prorrogação será feita por meio de decreto presidencial.
Segundo Bianco, a proposta é que a suspensão do contrato seja prorrogada por mais dois meses e a redução da jornada por mais um mês. Ele afirmou, no entanto, que os termos da prorrogação ainda estão em estudo.
“O benefício de redução de salário e jornada vai ser prorrogado e vai vir por meio de decreto presidencial”, disse Bianco durante entrevista coletiva de anúncio dos números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
Para tentar evitar uma perda maior de empregos, o governo federal publicou em abril uma medida provisória que autorizou a redução da jornada de trabalho com corte de salário de até 70% em um período de até três meses. A MP também permitiu a suspensão do contrato de trabalho por dois meses.
O Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda prevê que o trabalhador permanecerá empregado durante o tempo de vigência dos acordos e pelo mesmo período depois que o acordo acabar. Os números do Ministério da Economia mostram que, até a última sexta-feira (26), mais de 11,6 milhões de trabalhadores estavam no programa.
O secretário afirmou que as empresas que optaram pela suspensão do contrato de trabalho e estão com o prazo prestes a se encerrar podem fazer um novo acordo com os trabalhadores para usar mais um mês de redução de contrato, até que o programa seja prorrogado.
“Aquelas que estão com os contratos de suspensão se encerrando ainda têm um mês remanescente de redução de jornada a ser utilizada. No entanto, ainda teremos nos próximos dias o decreto de prorrogação”, explicou.
A prorrogação do programa manterá a exigência de garantia de emprego pelo tempo de uso da medida. Assim, se a empresa usar o programa por três meses, o trabalhador que teve a jornada e o salário reduzido terá a garantia de manutenção do emprego por três meses.
Câmara aprova MP que permite redução de jornada e salário para evitar demissões
Ao comentar os números do Caged, o secretário Bianco afirmou que os números de maio mostram uma reação do mercado de trabalho e que podem ser comemorados. Os números do ministério também apontam queda de 31,9% nas demissões em maio, na comparação com abril deste ano.
“É bom que se repita que qualquer emprego perdido não pode ser tido como algo positivo. Trabalhamos diariamente para que não tenha nenhum emprego a menos. No entanto, temos que deixar claro esse fator que nos parece auspicioso, que nos dá esperança, que é a reação clara do mercado de trabalho nesse mês de maio em comparação com o mês de abril”, afirmou.
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Plataforma de streaming Twitch suspende conta de Trump temporariamente
Reddit também baniu fóruns de discussões sobre o presidente. Empresas tomaram medidas para coibir discurso de ódio. A plataforma de streaming Twitch baniu temporariamente a conta do presidente Donald Trump nesta segunda-feira (29). Segundo o site The Verge, que recebeu um comunicado da empresa, a conta do presidente foi banida depois que "conduta de ódio" foi transmitida no canal dele. Uma das streams em questão foi a retransmissão do discurso inicial da campanha de Trump, em 2015, quando ele afirmou que o México estava enviado estupradores e traficantes de drogas para os EUA. A Twitch também marcou comentários feitos pelo presidente durante seu último comício, realizado em Tulsa, no último dia 20, segundo o The Verge. Trump faz primeiro comício desde começo da pandemia em Tulsa, Oklahoma, no sábado (20) REUTERS/Leah Millis A suspensão da conta de Trump é a última de uma série de contas banidas desde que a Twitch anunciou, na semana passada, que iria banir permanentemente usuários denunciados por abuso. A ação acontece depois de uma série de denúncias feitas nos últimos dias por dezenas de mulheres, que revelaram histórias de abuso envolvendo gamers, influenciadores, empresários e outras personalidades da indústria dos jogos e dos esportes eletrônicos. Em maio, Jair Renan Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro, teve sua conta suspensa da Twitch por violar políticas de conduta de ódio da plataforma. Reddit bane r/The_Donald Também nesta segunda-feira (29) a plataforma de fóruns de discussão Reddit anunciou a remoção de 2 mil comunidades que estavam violando sua política de conteúdo. Entre elas está uma conhecida comunidade de apoiadores de Trump, chamada r/The_Donald. O fórum foi removido por estar violando as regras da plataforma há anos, de acordo com o presidente do Reddit, Steve Huffman, que falou à imprensa americana. O grupo ficou popular nos EUA durante a campanha de 2016, que elegeu Trump. Esse fórum de discussão, ao contrário da conta na Twitch, não está diretamente associado ao presidente.
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