Por que Brasil já pode ter atingido ‘fundo do poço’ da recessão – e o que isso significa
Dados sinalizam que abril foi o pior mês da crise atual, mas velocidade da retomada é uma incógnita — e, para economista que pesquisa ciclos econômicos brasileiros, indica que 'podemos ficar no poço por algum tempo'. Dados sinalizam que abril foi o pior mês da crise atual GETTY IMAGES via BBC Três anos depois de passar pela pior crise econômica de sua história, o Brasil entrou em recessão novamente no primeiro trimestre de 2020. Esta foi a conclusão do Comitê de Datação de Ciclos Econômicos (Codace), da Fundação Getulio Vargas, criado em 2004 com o objetivo de determinar uma cronologia de referência para os ciclos econômicos do país. Como os órgãos oficiais de estatística do Brasil não fazem essa datação, as informações geradas pelo Codace são consideradas referência por pesquisadores e economistas. A série elaborada pelo comitê começa em outubro de 1980, ano em que o país vivia uma recessão. De lá para cá, foram 9 no total, sendo a mais longa a que se estendeu entre março de 2014 e dezembro de 2016 — 33 meses. Um dos critérios para a identificação de uma recessão é ocorrência de dois trimestres consecutivos de queda do Produto Interno Bruto (PIB) — o que configura a chamada recessão técnica. Mas ele não é o único: o comitê leva em consideração uma série de fatores, como a retração disseminada da atividade em um amplo espectro de setores, como é o caso atual. Segundo a economista Marcelle Chauvet, que é um dos 8 membros do Codace, o comitê analisa diferentes séries mensais e trimestrais, agregadas e setoriais, de produção, renda, emprego, vendas, por exemplo, para avaliar a situação da economia. "Como a queda foi muito acentuada em quase todas, essa recessão está bem caracterizada desde cedo", disse a professora titular da Universidade da Califórnia à BBC News Brasil. Mercado piora previsão para o PIB de 2020 e vê novo corte nos juros Com coronavírus, Brasil deve colher sua primeira década de recessão No primeiro trimestre, o PIB encolheu 1,5%, quando captou apenas os primeiros efeitos da pandemia de covid-19 sobre a economia. As projeções para o segundo trimestre indicam que a queda deve se aprofundar para algo em torno de 10%. Segundo Chauvet, ela seria a pior dos últimos 50 anos, pelo menos – já que não se sabe como foi a retração durante a Grande Depressão de 1929. 'Ficar no poço' Até o momento, abril foi o pior mês do atual ciclo, "um mês de tombos históricos em todos os principais indicadores da atividade econômica", como destacou no último Boletim Macro a equipe do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre-FGV). A produção da indústria de transformação recuou expressivos 31,3% em relação ao mesmo mês de 2019, as vendas no comércio varejista ampliado (que inclui veículos e material de construção) retraíram 27,1%, na mesma comparação, e os serviços, 17,3%. Os dados referentes a maio e junho ainda não foram divulgados pelo IBGE, mas indicadores antecedentes — como dados sobre vendas de cartões de crédito, vendas de veículos ou fluxo nas estradas pedagiadas — sinalizam alguma melhora. Assim, tecnicamente, o "fundo do poço" teria acontecido em abril – como destacou o Banco Central na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). Essa informação, entretanto, não é tão simples de se interpretar em uma recessão como a atual, avalia Chauvet. Como a queda foi muito intensa, podemos ter chegado ao fundo do poço, diz ela – mas não necessariamente estamos saindo do atoleiro. "Vamos ficar no poço por um tempo." A duração da recessão, em sua avaliação, vai depender dos desdobramentos da pandemia. Se houver segundas e terceiras ondas de contágio, por exemplo, ou avanços com relação a medicamentos e vacinas. "Pode haver uma pequena recuperação no terceiro trimestre, mas só porque a queda foi muito grande no segundo. Então a recuperação seria para níveis de recessão menos profunda, não uma recuperação econômica para expansão", destaca a pesquisadora. Essa seria uma retomada com formato parecido com o de um "W", mas com algumas pernas "tortas": uma queda forte, seguida de um crescimento e decréscimo pequenos no meio – não necessariamente da mesma magnitude. O ritmo de recuperação é um fator fundamental porque, ainda que o "fundo do poço" tenha ficado para trás, a velocidade da retomada pode abreviar ou estender os efeitos negativos da recessão para a população em geral – a sensação de crise propriamente dita. O Ibre-FGV espera uma recuperação "muito gradual" no segundo semestre, que levaria o PIB de 2020 a uma queda de 6,4%. Nesse cenário, a taxa de desemprego se elevaria para uma média de 18,7% e a massa de rendimentos – grosso modo, o volume de recursos disponível para o consumo —, reduziria 9%. A MCM Consultores, que estima uma retração de 7% do PIB neste ano, destaca que o mercado de trabalho é um dos fatores que devem desacelerar a recuperação, tanto pelo impacto direto quanto indireto, já que o medo de perder o emprego acaba fazendo com que parte dos que ainda estão empregados gastem menos. Em relatório, a consultoria destaca que o consumo pode ganhar fôlego caso algumas mudanças recentes de hábitos da população, como uso maciço de máscaras, perdurem pelos próximos meses e consigam conter o avanço da doença, que ainda não está controlada. "Porém, é igualmente possível que o receio de contaminação mantenha as pessoas em casa, mesmo com a reabertura dos serviços não essenciais", pondera a equipe de economistas. A crise política, acrescentam, tende a jogar contra o investimento – turbulências em Brasília costumam fazer com que empresários e investidores prefiram deixar os projetos na gaveta. O Bradesco, que tem uma estimativa mais "otimista" para a queda do PIB em 2020, de 5,9%, ressaltou em relatório divulgado na última sexta que "o pior momento para a atividade doméstica parece ter ficado para trás", diante dos indicadores antecedentes melhores de maio e junho e da reação dos índices de confiança. A equipe do banco lista, entre as "dúvidas que podem limitar uma recuperação mais intensa", o comportamento do número de casos após os primeiros testes de reabertura, a incerteza sobre a reação da economia depois de esgotados os estímulos emergenciais e o aumento da dívida pública e privada, que tende a diminuir a renda disponível de empresas, famílias e governos.
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China suspende importações de 3 frigoríficos brasileiros, diz ministério
O governo não informou, porém, quais fábricas tiveram as autorizações suspensas. Frigorífico de carne bovina REUTERS/Paulo Whitaker A China suspendeu importações de três frigoríficos brasileiros, informou o Ministério da Agricultura nesta segunda-feira (29). O governo não indicou, porém, quais fábricas tiveram as autorizações suspensas. A retirada de licenças de exportação para a China ocorre em meio ao aumento dos casos de covid-19 entre os trabalhadores de frigoríficos brasileiros. Grandes frigoríficos brasileiros declaram à China que carnes estão 'livres de coronavírus' O ministério da Agricultura disse que busca os motivos da suspensão junto a um órgão do governo chinês, e que negocia para que haja uma retomada das exportações de parte dessas empresas. No final de semana, o governo brasileiro suspendeu a autorização para que a carne de frango produzida no abatedouro da JBS em Passo Fundo (RS) seja exportada à China. Já a brasileira Agra Agroindustrial De Alimentos, de Mato Grosso, interrompeu voluntariamente exportações de carne bovina ao país, depois de uma infecção pelo vírus entre sua força de trabalho.
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Auxílio Emergencial: Caixa credita benefício a 8,8 milhões de trabalhadores nesta terça; veja quem recebe
Banco conclui pagamento da terceira parcela para quem está no Bolsa Família, e paga novas parcelas beneficiários fora do programa, nascidos em março e abril. A Caixa Econômica Federal (CEF) credita nesta terça (30) o Auxílio Emergencial a mais 8,8 milhões de beneficiários, tanto do Bolsa Família quanto fora do programa. Veja quem recebe: 1,9 milhão de beneficiários do Bolsa Família, com NIS final 0, recebem a terceira parcela 5,2 milhões de trabalhadores do primeiro lote (que receberam a 1ª parcela até 30 de abril), nascidos em março e abril, recebem a terceira parcela 1,5 milhão de trabalhadores do segundo lote (que receberam a 1ª parcela entre os dias 16 e 29 de maio), nascidos em março e abril, recebem a segunda parcela 200 mil novos aprovados, nascidos em março e abril, recebem a primeira parcela Para os beneficiários do Bolsa Família, os pagamentos são feitos da mesma forma que o benefício. Para os demais, os recursos serão liberados em um primeiro momento por meio da poupança social digital, de maneira escalonada, conforme o mês de aniversário do trabalhador, para pagamento de contas, boletos e compras por meio do cartão de débito digital. Saques e transferências serão liberados em datas posteriores (veja ao final da reportagem os calendários de crédito e saque) Veja o calendário completo de pagamentos do auxílio emergencial de R$ 600 Tira dúvidas sobre o Auxílio Emergencial SAIBA TUDO SOBRE O AUXÍLIO EMERGENCIAL Auxílio emergencial: 3ª parcela começa a ser paga neste sábado (26) Valores pagos No total, a Caixa disponibilizará mais R$ 19,7 bilhões para 31 milhões de pessoas para pagamento da terceira parcela. Já na segunda parcela dos contemplados no lote 2 são 8,7 milhões de beneficiários (tiveram crédito da parcela 1 realizado entre 16/05 e 29/05) que receberão R$ 5,5 bilhões. No caso da primeira parcela dos aprovados dentro do lote 4 são 1,1 milhão de beneficiários que receberão cerca de R$ 700 milhões. A segunda parcela para os aprovados do terceiro lote (que receberam a primeira entre os dias 16 e 17 de junho) ainda não tem data definida. Transferências e saque em dinheiro Para quem vai fazer o saque em dinheiro, os pagamentos começam em 18 de julho e vão até 19 de setembro. O calendário inclui a terceira parcela, a segunda parcela para os aprovados no lote 2 e a primeira parcela para os aprovados do lote 4. Veja abaixo: 18 de julho – nascidos em janeiro – 3,4 milhões de pessoas 25 de julho – nascidos em fevereiro – 3,1 milhões de pessoas 1º de agosto – nascidos em março – 3,5 milhões de pessoas 8 de agosto – nascidos em abril – 3,4 milhões de pessoas 15 de agosto – nascidos em maio – 3,5 milhões de pessoas 29 de agosto – nascidos em junho – 3,4 milhões de pessoas 1º de setembro – nascidos em julho – 3,4 milhões de pessoas 8 de setembro – nascidos em agosto – 3,4 milhões de pessoas 10 de setembro – nascidos em setembro – 3,4 milhões de pessoas 12 de setembro – nascidos em outubro – 3,4 milhões de pessoas 15 de setembro – nascidos em novembro – 3,2 milhões de pessoas 19 de setembro – nascidos em dezembro – 3,3 milhões de pessoas Calendário de saques da terceira parcela do auxílio emergencial para quem faz parte do Bolsa Família Editoria de Economia/G1 Lote 1, parcela 3 – auxílio emergencial Economia G1 Lote 2, parcela 2 – auxílio emergencial Economia G1 parcela 1, lote 4 (novos aprovados) Economia G1 Cadastro encerra em 2 de julho O presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, confirmou que o dia 2 de julho é a última data para pedir o Auxílio Emergencial. "A partir desse dia, o cadastramento estará fechado e todas as pessoas que estão em análise pela Dataprev terão uma resposta. Todas as pessoas que se cadastrarem e forem validadas receberão todas as parcelas. Mesmo que sejam aprovadas lá pro meio de julho, receberão as três parcelas", disse. Balanço Guimarães informou que 64,1 milhões de beneficiários já receberam o Auxílio Emergencial, totalizando R$ 90,8 bilhões: R$ 40,9 bilhões para inscritos no Bolsa Família, R$ 14 bilhões para inscritos no Cadúnico e R$ 35,9 bilhões para inscritos pelo app/site do auxílio. A maior parte foi paga no Nordeste (R$ 33 bilhões). Das 108,4 milhões de pessoas cadastradas no programa, 106,3 milhões de cadastros foram processados. Foram considerados elegíveis 64,1 milhões de beneficiários, outros 42,2 milhões foram considerados inelegíveis, 2 milhões estão em primeira análise e 1,3 milhão estão em reanálise. Os trabalhadores podem consultar a situação do benefício pelo aplicativo do auxílio emergencial ou pelo site auxilio.caixa.gov.br. Initial plugin text
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PIS-Pasep 2020-2021: pagamento do abono salarial para correntistas da Caixa e do BB começa nesta terça
Trabalhadores que são correntistas desses bancos vão receber o crédito em conta. Para os demais trabalhadores, os saques serão liberados a partir de 16 de julho. Carteira de trabalho Divulgação/ Reprodução O abono salarial PIS-Pasep 2020-2021 começa a ser pago nesta terça-feira (30) para os trabalhadores com direito ao benefício nascidos de julho a dezembro que forem correntistas da Caixa ou do Banco do Brasil. Nesse caso, o dinheiro será creditado diretamente em conta. Para os demais trabalhadores, os saques serão liberados a partir de 16 de julho, de acordo com o mês de nascimento. O calendário de saques se estenderá até 30 de junho de 2021 (veja os calendários mais abaixo). Só no caso do PIS, são mais de 5,9 milhões de trabalhadores que terão o crédito em conta antecipado, totalizando R$ 4,5 bilhões em recursos, segundo a Caixa. Para que ocorra o crédito em conta da Caixa, os trabalhadores precisam ter conta individual com movimentação e sem restrição impeditiva ao recebimento do crédito. Abono 2019/2020 Segundo o Ministério da Economia, quem não sacou o abono anterior, do calendário 2019/2020, até o dia 29 de maio, ainda pode fazer isso. Para os correntistas da Caixa e do BB também será feito crédito em conta a partir de 30 de junho – e os demais trabalhadores poderão fazer o saque a partir de 16 de julho. No caso da Caixa, o saque pode ser realizado a partir do dia 16 de julho e vai até o dia 30 de junho nos canais de atendimento com cartão e senha cidadão, ou nas agências da Caixa. A consulta ao direito também pode ser realizada pelo App CAIXA Trabalhador e pelo atendimento Caixa ao Cidadão, 0800 726 0207. Calendário de pagamentos O calendário de recebimento leva em consideração o mês de nascimento, para trabalhadores da iniciativa privada, e o número final da inscrição, para servidores públicos. O PIS é destinado aos trabalhadores do setor privado e é pago na Caixa Econômica Federal. O Pasep é pago para servidores públicos por meio do Banco do Brasil. Quem nasceu nos meses de julho a dezembro ou tem número final de inscrição entre 0 e 4 receberá o benefício ainda no ano de 2020. Já os nascidos entre janeiro e junho e com número de inscrição entre 5 e 9 receberão no primeiro semestre de 2021. Em qualquer situação, o recurso ficará à disposição do trabalhador até 30 de junho de 2021, prazo final para o recebimento. A Caixa vai disponibilizar cerca de R$ 15,8 bilhões para mais de 20,5 milhões de beneficiários até o final do calendário do exercício 2020/2021. O valor do abono varia de R$ 88 a R$ 1.045, dependendo do período trabalhado formalmente em 2019. Calendário de pagamento do PIS Calendário de pagamento do PIS Reprodução Calendário de pagamento do Pasep Calendário de pagamento do Pasep Reprodução/D.O.U. Qual o valor e quem tem direito? O valor do abono salarial varia de R$ 88 a R$ 1.045, de acordo com a quantidade de meses trabalhados durante o ano base 2019. Só receberá o valor total quem trabalhou os 12 meses de 2019. Tem direito ao abono salarial quem recebeu, em média, até dois salários mínimos mensais com carteira assinada e exerceu atividade remunerada durante, pelo menos, 30 dias em 2019. É preciso ainda estar inscrito no PIS/Pasep há pelo menos cinco anos e ter os dados atualizados pelo empregador na Relação Anual de Informações Sociais (Rais). Dados atrasados Para os trabalhadores que tiverem os dados declarados na Rais 2019 fora do prazo, mas até 30 de setembro de 2020, o pagamento do benefício estará disponível a partir de 4 de novembro de 2020, conforme o calendário de pagamento. Quem tiver a regularização encaminhada pelos empregadores após 30 de setembro e até 12 de jnho de 2021, só vai receber no calendário do próximo ano. Para saber se tem direito e como sacar Para sacar o abono do PIS, o trabalhador que possuir Cartão do Cidadão e senha cadastrada pode se dirigir aos terminais de autoatendimento da Caixa ou a uma casa lotérica. Se não tiver o Cartão do Cidadão, pode receber o valor em qualquer agência da Caixa, mediante apresentação de documento de identificação. Informações sobre o PIS também podem ser obtidas pelo telefone 0800-726-02-07 da Caixa. O trabalhador pode fazer uma consulta ainda no site www.caixa.gov.br/PIS, em Consultar Pagamento. Para isso, é preciso ter o número do NIS (PIS/Pasep) em mãos. Veja como localizar o número do PIS na internet Os servidores públicos que têm direito ao Pasep precisam verificar se houve depósito em conta. Caso isso não tenha ocorrido, precisam procurar uma agência do Banco do Brasil e apresentar um documento de identificação. Mais informações sobre o Pasep podem ser obtidas pelo telefone 0800-729 00 01, do Banco do Brasil.
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Imposto de Renda 2020: Receita paga restituições do 2º lote nesta terça; veja calendário
Segundo a Receita Federal, pagamento a mais de 3 milhões soma R$ 5,7 bilhões e é o maior lote de todos os tempos. A Receita Federal paga nesta terça-feira (30) as restituições do segundo lote do Imposto de Renda de Pessoa Física 2020, relativo ao ano-base 2019. Ao todo, serão creditados R$ 5,7 bilhões a 3,3 milhões de pessoas – o maior valor para um lote de restrituição em todos os tempos, segundo a Receita.
Para saber se está neste lote, o contribuinte pode fazer a consulta por meio da página da Receita na internet ou pelo telefone 146. O órgão disponibiliza, ainda, um aplicativo para tablets e smartphones para consulta das informações sobre a restituição do IR e a situação cadastral do CPF.
Clique aqui para verificar a restituição pelo site da Receita
Clique aqui para baixar o aplicativo do Imposto de Renda para celulares Android
Clique aqui para baixar o aplicativo do Imposto de Renda para celulares com IOS (Apple)
Neste lote, será autorizado um crédito bancário a 3.306.644 de pessoas, somando R$ 5,7 bilhões. De acordo com o órgão, esse será o "maior valor para um lote de restituição em todos os tempos". Os valores estarão disponíveis para saques a partir de 30 de junho.
Calendário de restituições
Este ano, as restituições serão pagas em cinco lotes:
1º lote: 29 de maio de 2020
2º lote: 30 de junho de 2020
3º lote: 31 de julho de 2020
4º lote: 31 de agosto de 2020
5º lote: 30 de setembro de 2020
IR 2020: veja passo a passo de como fazer uma declaração simples
Prioridades
Como em anos anteriores, os primeiros lotes contemplam contribuintes com prioridade legal no recebimento das restituições do IR.
Do valor total do lote, R$ 3,97 bilhões irão para esses contribuintes, sendo sendo 54.047 contribuintes idosos acima de 80 anos, 1.186.406 contribuintes entre 60 e 79 anos, 89.068 contribuintes com alguma deficiência física ou mental ou moléstia grave e 937.234 contribuintes cuja maior fonte de renda seja o magistério.
Segundo o Fisco, foram contemplados ainda mais de 1 milhão de contribuintes não prioritários que entregaram a declaração até o dia 4 de março deste ano.
Neste ano, o primeiro e o segundo lotes do IR estão sendo pagos antes mesmo do fim do prazo de entrega do Imposto de Renda, que foi estendido para 30 de junho por conta da pandemia do novo coronavírus. É a primeira vez que as restituições começam a ser pagas durante o prazo de transmissão das declarações.
Historicamente, o primeiro lote de restituição era pago no mês de junho, mas neste ano foi antecipado para maio. Também houve redução do número de lotes de 7 para 5. Dessa forma, a conclusão do pagamento das restituições, referentes às declarações que não tenham apresentado inconsistências, será no mês de setembro.
Consultas
O supervisor do IR, Joaquim Adir, explicou que, ao realizar as consultas aos lotes do Imposto de Renda 2020, o contribuinte deve receber uma das seguintes informações:
foi contemplado e receberá os valores na próxima semana;
a declaração está na "fila de restituição", ou seja, que está tudo correto (apenas aguardando a liberação dos valores nos próximos meses);
a declaração está "em processamento", ou na "fila de espera" do órgão.
Segundo Adir, quando a declaração está "em processamento" ou na "fila de espera", pode ser que haja alguma inconsistência de informações e o contribuinte pode revisá-la, mesmo sem ter certeza de que há algum erro.
Isso ocorre, de acordo com Adir, pois o contratante, ou médicos, imobiliárias, podem não ter enviado as informações sobre seus colaboradores e clientes, inviabilizando o cruzamento pelo Fisco.
20,9 milhões declarações entregues
De acordo com a Receita Federal, até a última sexta-feira (19), foram recebidas 20,98 milhões declarações do Imposto de Renda 2020, de um total de 32 milhões previstas. Com isso, mais de 30% dos contribuintes ainda não haviam enviado a declaração até aquele momento.
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Imposto de Renda: prazo para declarar termina nesta terça
Multa para o contribuinte que não fizer a declaração ou entregá-la fora do prazo será de, no mínimo, R$ 165,74. Imposto de renda 2020 Arte G1 Termina nesta terça-feira (30), às 23h59, o prazo para entregar a declaração do Imposto de Renda 2020, referente ao ano-base 2019. A Receita Federal espera o envio de 32 milhões de declarações. VEJA COMO PREENCHER UMA DECLARAÇÃO SIMPLES Neste ano, em razão da pandemia de coronavírus, a Receita Federal adiou em dois meses o prazo para a entrega da declaração. O prazo inicial era 30 de abril. IR 2020: veja passo a passo de como fazer uma declaração simples SAIBA TUDO SOBRE O IR 2020 A multa para o contribuinte que não fizer a declaração ou entregá-la fora do prazo será de, no mínimo, R$ 165,74. O valor máximo será correspondente a 20% do imposto devido. Para os contribuintes que ainda não conseguiram reunir todos os dados e documentos necessários para enviar a declaração, uma opção é a entrega incompleta, seguida de uma declaração retificadora, ou seja, corrigindo dados ou acrescentando novas informações. O programa para fazer a declaração está disponível no site da Receita (clique aqui). Quem deve declarar? Deve declarar o IR neste ano quem recebeu rendimentos tributáveis acima de R$ 28.559,70 em 2019. O valor é o mesmo da declaração do IR do ano passado; Contribuintes que receberam rendimentos isentos, não-tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte, cuja soma tenha sido superior a R$ 40 mil no ano passado; Quem obteve, em qualquer mês de 2019, ganho de capital na alienação de bens ou direitos, sujeito à incidência do imposto, ou realizou operações em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas; Quem teve, em 2019, receita bruta em valor superior a R$ 142.798,50 em atividade rural; Quem tinha, até 31 de dezembro de 2019, a posse ou a propriedade de bens ou direitos, inclusive terra nua, de valor total superior a R$ 300 mil; Quem passou à condição de residente no Brasil em qualquer mês do ano passado e nessa condição encontrava-se em 31 de dezembro de 2019; Quem optou pela isenção do imposto incidente em valor obtido na venda de imóveis residenciais cujo produto da venda seja aplicado na aquisição de imóveis residenciais localizados no país, no prazo de 180 dias, contado da celebração do contrato de venda.
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Agora é assim?: Para retomada da economia, país não pode atrasar o resgate ao empreendedorismo
Live do G1 discutiu futuro da economia pós-pandemia. Economistas e influenciadora falaram sobre a importância do auxílio aos micro e pequenos empresários durante a crise; VEJA VÍDEO. Nath Finanças comenta a importância de ajudar o pequeno empreendedor Agora é assim? Live discute o futuro da economia após a pandemia A retomada da economia pós-pandemia do novo coronavírus tem relação direta com o apoio que será dado aos empreendedores, segundo especialistas que participaram da live "Agora é assim?", do G1, na última sexta-feira (26). Assista aqui ao papo na íntegra. Semanalmente, repórteres do G1 debatem com convidados, ao vivo, o legado que a pandemia deve deixar. Serão discutidas as mudanças no dia a dia, as novas formas de trabalho e lazer, a transformação na nossa relação com a tecnologia, entre outros temas. A live vai ao ar todas as sextas. Assista a todos os trechos da conversa sobre economia Live já discutiu mudanças na fé, na educação e nos relacionamentos; clique nos links para assistir Nesta sexta, a conversa foi sobre o futuro da economia após a pandemia. Participaram a economista e professora da Universidade Johns Hopkins, Monica de Bolle, a influenciadora Nathália Rodrigues, a Nath Finanças, e o economista, escritor e filósofo Eduardo Giannetti. O trio concorda que os programas de crédito e apoio à micro e pequena empresa no Brasil estão funcionando com dificuldades, o que pode tornar a retomada econômica muito mais lenta. "Se apoio que [o governo] dá às micro e pequenas empresas não for consistente, muitas delas desnecessariamente vão desaparecer", diz Gianetti. "Assim, cai a arrecadação tributária. O déficit público aumenta e a dúvida sobe em relação ao PIB. Quanto mais eficiente for o suporte que for dado agora, menos vai ser o estrago no tempo", explica o economista. "A arrecadação tributária se não voltar, não tem cenário que resolva." Como o G1 mostrou ao longo dos meses de maio e junho, o acesso a crédito por micro e pequenas empresas está represado por bancos e financeiras, deixando os empreendedores à própria sorte. Em caso de quebra generalizada, o impacto não será apenas no plano fiscal: a situação de desemprego em todo o país deve se acentuar com rapidez. Nathália Rodrigues lembra que micro e pequenas empresas são as maiores empregadoras do país e a criação de novas vagas de trabalho formais, portanto, depende dos pequenos negócios. Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), micro e pequenos empreendimentos criaram 731 mil vagas formais em 2019. As grandes empresas fecharam 88 mil postos com carteira assinada no período. "Isso mostra o quanto as pequenas empresas têm a sua importância. Não é para desmerecê-las", diz Nathália Rodrigues. "Os pequenos negócio criaram emprego, dão resultado e transformam a realidade daquelas pessoas que moram ali, principalmente para quem mora na periferia. Isso gera renda e oportunidades", explica. A economista Monica de Bolle lembra que deixar pequenas empresas desassistidas gera uma concentração de grandes empresas dominando determinados setores da economia. São movimentos como esse que impactam a concorrência, competitividade e produtividade. "A concentração é muito pior para crescimento – para não falar, como disse a Nath muito corretamente, dos empregos –, vai afetar a capacidade de criação futura de emprego na economia", diz. Economistas analisam medidas tomadas pelo governo durante a pandemia Tem saída? Em um cenário de crédito difícil, Nathália Rodrigues conta como fez para que sua empresa sobrevivesse à crise. Como não seria diferente para uma conselheira de finanças, diz que só resistiu à crise pois fez desde o início um planejamento de caixa, sem misturar as despesas correntes com o que retira da empresa como salário e benefícios, como vale-refeição. "A principal dica é fazer o fluxo de caixa da sua empresa, saber o saldo que você tem ali, porque, se não souber, vai ficar perdido e vai ficar desesperado para negociar as suas dividas", diz. "Pode pedir empréstimo, mas depois de fazer a comparação dos juros e o que é mais vantajoso." A produtora de conteúdo recomenda ainda uma conversa com os colaboradores para abrir a situação que a empresa passa e o que o empreendedor está fazendo para tentar resolver. Em momento de crédito escasso, lembra que é importante reservar espaço nas contas para uma reserva de emergência. "Se eu não tivesse uma reserva na minha empresa, com certeza estaria quebrada", afirma. "Anote seu fluxo de caixa, mas também tente renegociar suas dívidas. Converse com outros pequenos [empresários], porque assim conseguem trocar informações e ajudar uns aos outros." live agora é assim economia Savio Ladeira/G1 .
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Pandemia e crise reduzem concursos públicos; especialistas veem mais concorrência e vagas em saúde e segurança pós-Covid
Entre as razões apontadas por especialistas estão a própria pandemia, corte de gastos públicos e queda na arrecadação de impostos; veja áreas que devem abrir vagas. Concurso público Divulgação A pandemia de Covid-19 alterou o cenário dos concursos públicos no país. Seleções que estavam em andamento ou com datas de prova agendadas tiveram os cronogramas adiados para o segundo semestre. Já os que estavam previstos não tiveram seus editais publicados. VEJA LISTA DE CONCURSOS COM INSCRIÇÕES ABERTAS E EDITAIS PUBLICADOS Há ainda várias prefeituras cancelando concursos com editais publicados. Além disso, muitos processos seletivos abertos – a maioria nas prefeituras – têm se restringido a contratações emergenciais e temporárias em decorrência da Covid-19. E os poucos concursos federais se limitam a cargos nas áreas de segurança e saúde. Mas como ficará esse cenário após a pandemia? O G1 conversou com especialistas para explicar a situação atual e apontar qual deverá ser o futuro dos concursos no país. Me inscrevi para um concurso que foi suspenso. E agora? Crise nos concursos Segundo o professor de cursos preparatórios e de pós-graduação em Gestão Pública EAD da Fecap, Marcos Takao Ozaki, a tendência é a diminuição da abertura de novos concursos. Para ele, influenciam nesse cenário, além da pandemia, a dificuldade de estados e municípios honrarem a folha de pagamento com a diminuição da arrecadação de impostos. Fernando Bentes, mestre e doutor em Teoria do Estado e Direito Constitucional e professor-adjunto de Direito Constitucional da UFRRJ, lembra que, com a crise econômica, a receita pública de tributos caiu, mas o aparelhamento continua de pé e o Estado precisa arcar com as despesas. Com a crise fiscal e corte de gastos, concursos necessários para as áreas judiciária, fiscal, advocacia pública, segurança pública, educação, saúde e previdência foram prejudicados. “Com a pandemia, esta conjuntura se agravou mais: a economia encolheu, a arrecadação de tributos despencou e o Estado, que já estava em crise fiscal, teve que gastar mais em ações de saúde pública. Ou seja, é uma conjuntura de crise generalizada que também afeta os concursos públicos”, opina. Antônio Batist, especialista em gestão pública e empresarial, considera a pandemia como fator principal da redução dos concursos. “A maioria dos concursos suspensos nos últimos meses foi basicamente para evitar riscos de contaminação”, diz. Para ele, em relação aos impactos da redução da arrecadação tributária, os principais termômetros para a realização de concursos serão o desempenho da economia no pós-pandemia e a capacidade de organização dos governos e gestores públicos. Apesar dessa limitação, Batist ressalta que quem está aprovado dentro das vagas do edital poderá ser convocado para posse, e novos editais poderão ser divulgados, desde que não sejam para cargos novos. Batist lembra que o cenário atual é uma continuidade do que já vinha acontecendo nos últimos anos, nos quais também houve poucos concursos para cargos novos no país em virtude do corte de gastos nos governos. “Quase todos os concursos foram apenas para repor vacâncias, ou seja, para reposição em casos de aposentadoria, falecimento etc.”, afirma. Marcel Guimarães, professor do Direção Concursos e consultor legislativo do Senado Federal, concorda com Batist. Para ele, existe um cenário de instabilidade gerado pela pandemia da Covid-19, mas a tendência de redução na oferta de vagas não é algo novo, pois já vem sendo observada nos últimos anos por conta da situação fiscal ruim no país. Para Filipe Ávila, coordenador geral do AlfaCon Concursos, a suspensão de novos concursos e criação de cargos até o fim de 2021 tem provocado dúvidas para quem almeja ingressar na carreira pública. “Com isso, estudantes temem ver o edital dos sonhos ser cancelado, suspenso, adiado ou, até mesmo, nem ser lançado”, comenta. “Não se pode ignorar o fato de que a pandemia irá afetar negativamente a economia do país, trazendo reflexos para a realização de concursos e para a nomeação de servidores. Mas, a reposição de vagas é fundamental para o funcionamento da máquina pública”, avalia Guimarães. Concursos estão suspensos até fim do ano; tempo pode ser usado para intensificar estudos E o futuro? O cenário, de acordo com os especialistas, deve trazer: maior procura e concorrência menor número de vagas e de seleções foco em reposição de vagas maior oferta de vagas em segurança e saúde crescimento nas seleções relacionadas a TI e informática fortalecimento das vagas nas áreas de controle e fiscalização Segundo os especialistas, o cenário à frente deverá ser de maior procura e maior concorrência – mas não deve desanimar quem está se preparando. Para Marcos Takao Ozaki, quando a abertura de novos concursos for retomada, a maior mudança será o número menor de vagas e de seleções. "Os reajustes de salários de servidores públicos devem ficar congelados até 2021, como contrapartida à oferta de recursos financeiros pela União no combate à Covid-19. Para diminuir ou alterar salários e benefícios, os órgãos dependem de alteração em leis, o que acho mais difícil", prevê. Já Antônio Batist considera que, na retomada, a necessidade de pessoal em algumas áreas poderá ser ainda maior do que é hoje, como segurança e saúde. “A questão é o tipo e o ritmo dessa retomada. Uma área que vinha crescendo e será ainda mais relevante é TI/informática, com várias ramificações e interligações, como digitalização, home office, inteligência artificial, EAD, etc”, analisa. Marcelo Guimarães acredita na retomada dos concursos após a pandemia. Segundo ele, há a necessidade de reposição de vacâncias em diversos órgãos públicos. Guimarães explica que, em tempos de cenário econômico expansionista, a prioridade é a área de planejamento. Já quando o cenário é contracionista, é importante o fortalecimento da área de controle. E ele acredita que haverá vagas em Tribunais de Contas da União, estaduais (SP e RJ) e municipais (BA, PA e GO), além das Controladorias-Gerais e secretarias estaduais de Fazenda. Outras áreas com muitas oportunidades serão saúde e segurança pública. Para Bentes, o setor de segurança pública e as Forças Armadas devem continuar com concursos públicos normalmente, devido ao perfil político dominante nas esferas federal e estadual. “Nas outras áreas de serviços públicos, primeiro o governo federal irá mudar as bases do recrutamento, depois os recursos serão liberados gradativamente”, afirma. Após o processo de reforma administrativa, Bentes acredita que as áreas com maior carência de recrutamento federal serão a Justiça Federal, Previdência Social, Defensoria Pública da União, Advocacia-Geral da União e Receita Federal. Concursos federais Batist afirma que concursos federais têm ocorrido com foco em segurança e saúde, como o recente edital do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) e de hospitais federais (Ebserh). As Forças Armadas também têm aberto seleções. O Instituto Rio Branco também anunciou que fará concurso para 25 vagas e a banca organizadora Iades já foi escolhida para preparar o edital. Marcel Guimarães diz que há previsão de publicação de editais de alguns concursos bastante cobiçados, que já estavam autorizados, mas cujo andamento acabou sendo prejudicado em virtude da pandemia, como é o caso do Senado Federal, Tribunal de Contas da União (TCU), Ministério Público Federal (MPU), além do Banco de Brasil. “Também acredito que haja concurso para a Polícia Federal em breve, já que o prazo de validade do último concurso, em 2018, que possibilita a convocação de aprovados, está para acabar”, comenta. Bentes afirma que há vários concursos federais na fila por falta de pessoal nos órgãos, como é o caso do INSS, Defensoria Pública da União, Advocacia-Geral da União e Receita Federal. Concursos estaduais e municipais “Mas há muito bons motivos para esperança, principalmente para quem está estudando para carreiras policiais”, afirma Filipe Ávila. Para o especialista, os concursos continuarão acontecendo, uma vez que, historicamente, há menos servidores do que o previsto em lei. Além disso, reposições de vagas, permitidas pela nova lei, se tornarão mais frequentes, dado ao aumento do número de servidores que pedem exoneração ou aposentadoria. Batist cita que órgãos como polícias, guardas municipais e corpos de bombeiros têm comissões formadas ou processos de licitação de banca em andamento. Entre os concursos autorizados estão a Polícia Civil do Rio de Janeiro, Ceará, Pará e Distrito Federal, Polícia Militar do Amazonas, Rio de Janeiro e Pará, Corpos de Bombeiros da Paraíba e Alagoas e Guarda Civil de São Luís (MA). Marcel Guimarães ressalta que o mais comum tem sido a abertura de concursos estaduais e municipais, principalmente na área fiscal (cargos de auditor e de analista das Secretarias de Fazenda locais) e na área de controle (cargos de auditor e de analista de Tribunais de Contas e de Controladorias-Gerais). Assembleias Legislativas, Tribunais de Justiça, Defensorias Públicas e Ministérios Públicos Estaduais também têm feito concursos com alguma frequência. Dos editais abertos no momento, segundo ele, os mais cobiçados são do Tribunal de Contas do DF e do RJ. “A área de saúde também deverá ser reforçada, ainda que por meio de contratações temporárias”, afirma. Filipe Ávila lembra que a estrutura do funcionalismo na segurança pública dos estados tem muitos servidores com direito de se aposentar, além de um grande número de funcionários que pediu baixa e menos vagas preenchidas do que a administração pública prevê. “Na polícia, os servidores costumam se aposentar mais cedo, há uma alta rotatividade daqueles que passam em outros concursos e saem, além de uma grande quantidade de cargos dentro da corporação que não são preenchidos. Não há nenhuma instituição policial hoje no Brasil que tenha todas as vagas preenchidas, ou seja, as vagas de vacância precisam ser repostas frequentemente”, garante. Bentes diz que esse reforço nos quadros da segurança pública, incluindo Forças Armadas, PRF, PF, Polícia Civil e Militar, Secretarias de Administração Penitenciária, guardas municipais e bombeiros ocorre pela necessidade estatal, pela demanda da sociedade e pelo perfil político dos governantes com prioridade ao combate à criminalidade e garantia da ordem. Ele destaca que os municípios costumam fazem concursos públicos nos dois últimos anos de mandato do prefeito. “Isso se explica tanto pela proximidade das eleições, para que o concurso se transforme em meio de conquistar votos, como para a prefeitura fazer um caixa nos primeiros anos para ter condições de gastar na parte final de uma gestão. E o momento de gastos é exatamente agora, em 2020, ano de eleições municipais”, diz. Bentes explica que os editais revelam que há um represamento e, quando o concurso é autorizado, prevê vagas para dezenas de cargos diferentes, tudo ao mesmo tempo, no mesmo edital. O professor de direito constitucional destaca ainda o aumento na abertura de vagas temporárias na pandemia. “Esses concursos devem servir a uma demanda transitória, como combate à dengue no verão ou realização de censo demográfico. Em certos casos, a contratação temporária preenche uma função necessária até que seja feito um concurso para preenchimento da vaga. Infelizmente, no Brasil, o temporário ocupa vaga que deveria ser de um servidor efetivo e acaba tendo seu contrato renovado ilegalmente, por questões político-eleitorais. Agora, com a pandemia, essas situações irregulares tendem a aumentar”, alerta. Desemprego aumenta procura Guimarães considera que a procura por um cargo público tende a aumentar nesse período de crise por conta da alta taxa de desemprego no Brasil. “As pessoas tendem a buscar a estabilidade, um dos grandes atrativos do cargo público”. Para ele, a alta na busca de cursos preparatórios se deve ao fato de que os candidatos compreenderam que o estudo de longo prazo é o melhor caminho rumo à aprovação. “Não há mais espaço para quem estuda somente após a publicação do edital. Outro fato relevante é a ampliação do mercado de cursos online no Brasil. Esse formato de estudo tem ganhado muitos adeptos, principalmente agora, em tempos de pandemia”, comenta. Batist acha que a concorrência pelas vagas vai aumentar. “A pandemia prejudicou muito a economia brasileira, gerando, entre outras consequências, desemprego ou redução de renda para milhões de pessoas. Isso tende a levar a um aumento na concorrência dos concursos que, em crises econômicas, são vistos mais frequentemente como oportunidades de trabalho e renda. Com muito mais mão de obra disponível, a tendência é que a concorrência aumente”, analisa. Aprovados em concursos dão dicas para quem sonha em conquistar uma vaga Initial plugin text
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Bolsas da China fecham em alta após dados otimistas impulsionarem esperanças de recuperação
Índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, avançou 1,32%, enquanto o índice de Xangai teve alta de 0,78%. As ações chinesas terminaram em alta nesta terça-feira (30), lideradas pelos ganhos no setor de tecnologia, com dados otimistas dos Estados Unidos e da China renovando as esperanças de uma recuperação econômica global.
O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, avançou 1,32%, enquanto o índice de Xangai teve alta de 0,78%.
Liderando os ganhos, o índice de start-ups ChiNext saltou 2,8%, para máximas de quatro anos, em meio a tensões sino-americanas.
Os investidores comemoravam os ganhos em Wall Street após fortes dados imobiliários nos EUA, bem como o anúncio da China de um esquema de gerenciamento de patrimônio que liga Hong Kong, Macau e suas cidades vizinhas ao continente.
Já a pesquisa PMI mostrou que a atividade industrial da China cresceu a um ritmo mais forte em junho depois que o governo suspendeu restrições e ampliou o investimento. O Índice de Gerentes de Compras (PMI) oficial de indústria ficou em 50,9 em junho de 50,6 em maio, informou nesta terça-feira a Agência Nacional de Estatísticas.
"Apesar da forte recuperação entre março e meados de junho, acreditamos que uma recuperação econômica total permanece distante. Na nossa visão, é cedo demais para Pequim reverter sua postura de afrouxamento", escreveram analistas do Nomura em nota a clientes.
Em TÓQUIO, o índice Nikkei avançou 1,33%, a 22.288 pontos.
Em HONG KONG, o índice HANG SENG subiu 0,52%, a 24.427 pontos.
Em XANGAI, o índice SSEC ganhou 0,78%, a 2.984 pontos.
O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, avançou 1,32%, a 4.163 pontos.
Em SEUL, o índice KOSPI teve valorização de 0,71%, a 2.108 pontos.
Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou alta de 0,68%, a 11.621 pontos.
Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES valorizou-se 0,61%, a 2.589 pontos.
Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 avançou 1,43%, a 5.897 pontos.
Parlamento da China aprova a controversa lei de segurança nacional para Hong Kong
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Economia do Reino Unido tem maior contração em 40 anos no 1º trimestre
PIB do país caiu 2,2% nos 3 primeiros meses do ano, sobre o trimestre anterior, informou a Agência para Estatísticas Nacionais. A economia britânica registrou no início de 2020 a maior contração desde 1979 uma vez que as famílias reduziram seus gastos, de acordo com dados oficiais que incluem os primeiros dias das restrições devido ao coronavírus.
O Produto Interno Bruto recuou 2,2% no primeiro trimestre sobre o período anterior, informou a Agência para Estatísticas Nacionais. A expectativa em pesquisa da Reuters era de contração de 2%.
A economia britânica pode ter contraído 20% no primeiro semestre de 2020, afirmou o banco central britânico neste mês, já que os efeitos totais das paralisações afetaram mais os setores entre abril e junho.
O Banco da Inglaterra afirmou que a queda na economia este ano pode ser a pior em três séculos.
Os dados desta terça-feira mostraram um salto na poupança das famílias conforme os gastos despencaram no ritmo mais forte desde que os registros começaram na década de 1950.
A taxa de poupança das famílias acelerou a 8,6% no primeiro trimestre de 6,6% no fim de 2019.
Boris Johnson diz que novo coronavírus foi um desastre para o Reino Unido
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