Importação de soja brasileira pela China em maio registra maior nível em 2 anos
Compras do produto do Brasil cresceram 49% na comparação com abril. Brasil é o principal exportador mundial de soja Fábio Scremim/APPA As importações chinesas de soja do principal fornecedor, o Brasil, atingiram em maio o nível mais alto em dois anos, de acordo com dados alfandegários divulgados nesta sexta-feira (26), com a China demonstrando grande apetite por uma safra brasileira recorde neste ano. A China, o maior importador mundial de soja, trouxe 8,86 milhões de toneladas de soja brasileira no mês passado, o maior volume desde maio de 2018 e 41% a mais do que as 6,3 milhões de toneladas vistas no mesmo período de 2019, mostraram dados da Administração Geral das Alfândegas. As importações de soja do Brasil também cresceram 49% na comparação com abril. Já as compras chinesas de soja dos Estados Unidos somaram 491.697 toneladas em maio, queda de quase 50% em relação a maio de 2019 e a menor contagem mensal desde janeiro de 2019. As chuvas atrasaram os embarques de soja do Brasil no final de fevereiro, o que afetou gravemente as chegadas em março e abril na China. À medida que o tempo melhorou, os embarques aumentaram gradualmente e agora provavelmente atingiram na China o pico para o fornecedor sul-americano. Em abril, as exportações do Brasil para todos os destinos atingiram um volume recorde de 16,3 milhões de toneladas de soja, segundo dados do governo brasileiro, que apontaram embarques de outras 15,5 milhões de toneladas em maio. Agora, espera-se que a China volte-se aos Estados Unidos, à medida que os chineses tentam cumprir seu acordo de impulsionar as compras agrícolas sob o pacto comercial da fase 1 com os norte-americanos –Pequim repetiu seu compromisso durante conversas no Havaí na semana passada. O período de pico para remessas dos EUA para a China ocorre tradicionalmente durante os últimos quatro meses do ano civil, e a China historicamente conclui mais de 40% de suas compras de um ano inteiro dos Estados Unidos durante essa janela.
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Brasil não pode prometer à China cargas de soja livres de coronavírus, diz associação dos exportadores
Chineses pediram que vendedores brasileiros atestassem que o grão chegaria sem o vírus, mas segundo Anec, pedido do país asiático inclui "coisas complicadas". Trabalhadores vestem máscaras enquanto trabalham no porto em Qingdao, na China China Daily via REUTERS Os exportadores brasileiros de soja não devem dar à China as garantias que foram solicitadas por autoridades alfandegárias do país asiático de que as cargas estejam livres do novo coronavírus, pois isso exigiria testes mais amplos, afirmou a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) nesta quinta-feira (25). A resposta dos exportadores ao pedido chinês enfatizará que não há evidências de que o coronavírus possa ser transmitido por alimentos, disse Marcos Amorim, diretor do comitê de contratos da Anec, durante um webinar. Os membros da Anec incluem a maioria dos principais comerciantes de commodities agrícolas do mundo. A China é a maior importadora global de soja, com compras estimadas em 94 milhões de toneladas em 2019/20, a maior parte do Brasil e Estados Unidos. "A Anec está preparando uma carta para os associados responderem (aos chineses) de maneira igual. De preferência, a gente gostaria que a declaração… não fosse assinada (pelos exportadores brasileiros)", disse Amorim. Segundo ele, o pedido do país asiático inclui "coisas complicadas", como por exemplo "dizer que a carga está livre de Covid". "A gente não pode declarar isso sem que a carga seja testada. E também declarar que as leis chinesas estão sendo respeitadas. O exportador brasileiro não pode declarar isso porque ele não conhece (as leis chinesas). Mesmos as maiores empresas, elas não conhecem."
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Imposto de Renda 2020: a 4 dias do fim do prazo, 7,3 milhões de contribuintes ainda não enviaram declaração
Órgão federal recebeu 24,65 milhões de declarações. Esse número representa aproximadamente 77% do volume esperado de 32 milhões de documentos. selo IR 2020 Arte/G1 A 4 dias do fim do prazo, 7,36 milhões de contribuintes ainda não declararam o Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) de 2020. Até as 11h desta sexta-feira (26), 24.647.002 declarações foram recebidas pelos sistemas da Receita Federal – equivalente a cerca de 77% de um total de 32 milhões que o órgão espera receber neste ano. Em razão da pandemia de coronavírus, o prazo para a entrega da declaração foi prorrogado do dia 30 de abril para 30 de junho. A multa para o contribuinte que não fizer a declaração ou entregá-la fora do prazo será de, no mínimo, R$ 165,74. O valor máximo será correspondente a 20% do imposto devido. O vencimento das cotas também foi prorrogado. A primeira ou única cota vence no dia 30 de junho de 2020, enquanto as demais vencem no último dia útil dos meses subsequentes. SAIBA TUDO SOBRE O IR 2020 IR 2020: veja passo a passo de como fazer uma declaração simples Receita Federal libera consulta a lote de restituição com o maior valor da história A Receita alerta para que o contribuinte não deixe a entrega da declaração para os últimos dias. “É importante que o declarante junte a documentação e comece o preenchimento para o envio, afim de se evitar atropelos de última hora, já que muitas dúvidas surgem nesse momento", diz o supervisor nacional do IR, Joaquim Adir, Vale lembrar ainda ainda que o quanto antes a declaração for regularmente enviada, mais rápido será o processamento e eventual restituição. Quem é obrigado a declarar Deve declarar o IR neste ano quem recebeu rendimentos tributáveis acima de R$ 28.559,70 em 2019. O valor é o mesmo da declaração do IR do ano passado. Também devem declarar: Contribuintes que receberam rendimentos isentos, não-tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte, cuja soma tenha sido superior a R$ 40 mil no ano passado; Quem obteve, em qualquer mês de 2019, ganho de capital na alienação de bens ou direitos, sujeito à incidência do imposto, ou realizou operações em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas; Quem teve, em 2019, receita bruta em valor superior a R$ 142.798,50 em atividade rural; Quem tinha, até 31 de dezembro de 2019, a posse ou a propriedade de bens ou direitos, inclusive terra nua, de valor total superior a R$ 300 mil; Quem passou à condição de residente no Brasil em qualquer mês do ano passado e nessa condição encontrava-se em 31 de dezembro de 2019; Quem optou pela isenção do imposto incidente em valor obtido na venda de imóveis residenciais cujo produto da venda seja aplicado na aquisição de imóveis residenciais localizados no país, no prazo de 180 dias, contado da celebração do contrato de venda. IR 2020: veja passo a passo de como fazer uma declaração simples
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Twitter notifica clientes corporativos sobre risco de vazamento de dados pessoais
Rede social deixou de enviar instruções para navegador 'esquecer' páginas contendo endereço de e-mail, telefone e quatro dígitos do cartão de crédito. Twitter pediu 'desculpas' por não ter marcado páginas que exibiam dados sensíveis para remoção do cache do navegador. Thomas White/Reuters O Twitter enviou um e-mail para clientes corporativos informando que uma página que exibe informações de pagamento na rede social não instruía o navegador a apagar imediatamente os dados, o que significa que as informações podem ter ficado armazenadas no computador. Embora a página trouxesse informações como endereço de e-mail, número de telefone e os últimos quatro dígitos do cartão de crédito, não é possível saber se alguma informação foi realmente exposta ou vazada. O alerta do Twitter trata apenas de uma negligência específica da rede social e não menciona se qualquer ataque ou roubo de dados realmente ocorreu. O risco é maior para quem acessou a página a partir de dispositivos compartilhados (computadores públicos, por exemplo), já que outras pessoas podem verificar o "cache" do navegador onde as páginas ficam armazenadas. O caso foi divulgado pelo site Bleeping Computer e pela rede BBC. Segundo as informações presentes no alerta reproduzido pelo Bleeping Computer, as páginas em questão eram específicas para clientes que usam os serviços de publicidade do Twitter. Quem não usa esses serviços não têm acesso a essas páginas e, portanto, não pode ter sido afetado de nenhuma forma. Na notificação, o Twitter também revela que soube do problema no dia 20 de maio. Entenda o problema As páginas, imagens e demais recursos acessados por um navegador são armazenados temporariamente no computador ou celular. Durante o envio desses elementos, o site também diz ao navegador quanto tempo cada um deles deve ficar retido. O site pode estimular o navegador a guardar por mais tempo informações que provavelmente não vão mudar (como imagens e elementos que compõem uma página). Caso o usuário volte para a página novamente ou visite outras páginas no mesmo site, o acesso tende a ser mais rápido, já que não será preciso baixar novamente esses elementos. Da mesma forma, o site pode orientar o navegador a apagar imediatamente (ou "esquecer") as páginas que contêm informações sensíveis. O alerta do Twitter informa que essa orientação não foi passada ao navegador nas páginas em questão, aumentando a chance de que os dados ali presentes fossem expostos a outras pessoas que usam o mesmo computador. Navegadores permitem remover dados de navegação, garatindo a exclusão de páginas que não solicitaram sua remoção imediata. Em vários navegadores, incluindo Chrome, Firefox e Edge, essa tela pode ser acessada com a combinação Ctrl+Shift+Del. Reprodução Alerta incomum O alerta do Twitter não trata de uma brecha ou vazamento de informação direta, que ocorre quando invasores acessam um banco de dados. O Twitter apenas deixou de tomar uma atitude que aumenta a segurança dos usuários em alguns casos, mas o efeito prático da medida pode ser quase nulo em outros. Esse tipo de alerta é incomum e sites não costumam abordar essas questões. O Twitter, no entanto, alegou que quer "manter os usuários cientes do problema para que se protejam daqui para frente". Para quem usa computadores compartilhados, a rede social recomenda a limpeza manual dos dados ao fim da sessão. Isso pode ser realizado pelo próprio usuário no navegador, normalmente com a combinação Ctrl+Shift+Del. Este já é o segundo alerta do Twitter relacionado ao mesmo problema. O primeiro, em abril, foi publicado no site da rede social e apontou que informações pessoais, inclusive as "DMs", podem ter ficado armazenadas no cache do navegador Firefox. Por que o botão 'sair' fica escondido em alguns aplicativos? Ele é necessário? Tanto no caso anterior como agora, quem não acessou a página a partir de computadores ou sistemas compartilhados dificilmente corre algum risco. No entanto, qualquer dispositivo de armazenamento, especialmente se não estiver criptografado, pode conservar vestígios de tudo que já foi salvo. Até arquivos apagados muitas vezes deixam rastros, sendo necessária a adoção de medidas específicas para garantir a eliminação completa dos dados caso o equipamento seja vendido ou descartado. Computadores públicos podem ter programas de espionagem ou outras configurações que invalidam qualquer tentativa de proteger os dados dos usuários por parte dos sites visitados. Por essa razão, o uso de computadores públicos para tarefas sensíveis deve ser totalmente evitado. Dúvidas sobre segurança, hackers e vírus? Envie para g1seguranca@globomail.com
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Novos saques do FGTS: trabalhador que não quer receber dinheiro precisa avisar a Caixa 10 dias antes; veja como funciona
Os nascidos em fevereiro têm até esta sexta-feira (26) para avisar a Caixa que não querem sacar o dinheiro, pois o crédito cai automaticamente no dia 6 de julho. Os trabalhadores que não querem sacar o valor de R$ 1.045 do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) devem avisar à Caixa Econômica Federal até 10 dias antes do início do calendário de crédito na conta poupança social digital para que o valor não seja debitado. O calendário de pagamento é de acordo com o mês de nascimento do trabalhador. Veja tira-dúvidas sobre novos saques do FGTS de até R$ 1.045 Veja como consultar o saldo e a data de liberação dos novos saques do FGTS Veja passo a passo para abrir a poupança digital Os nascidos em fevereiro têm até esta sexta-feira (26) para avisar a Caixa que não querem sacar o dinheiro, pois o crédito cai automaticamente no dia 6 de julho. Já os que nasceram em março e vão receber o recurso em 13 de julho têm até 3 de julho para recusar o dinheiro. E, assim, sucessivamente. Veja calendário de saques abaixo: Calendário de saque emergencial do FGTS Caixa O cancelamento do saque pode ser solicitado da seguinte forma: Pelo site fgts.caixa.gov.br Internet Banking CAIXA App FGTS Após verificar o saldo disponível, é preciso clicar em “Não quero receber”. Caso o crédito dos valores tenha sido feito na poupança social digital do trabalhador e essa conta não seja movimentada até 30 de novembro, os recursos serão retornados à conta do FGTS, devidamente corrigidos e sem nenhum prejuízo ao trabalhador, segundo a Caixa. Os pagamentos começarão a partir de segunda-feira (29) para os trabalhadores que nasceram em janeiro, e o crédito dos valores será realizado por meio de conta poupança social digital, aberta automaticamente pela Caixa em nome dos trabalhadores. Inicialmente, será possível usar os recursos apenas digitalmente. Saques e transferências a partir das poupanças digitais serão liberados a partir de 25 de julho, para os nascidos em janeiro, conforme calendário acima. Valor dos saques Terão direito aos saques os trabalhadores que tenham contas ativas (do emprego atual) ou inativas (de empregos anteriores) do FGTS. Cada trabalhador poderá sacar até R$ 1.045. Se o trabalhador tiver mais de uma conta de FGTS, o saque será feito primeiro das contas de contratos de trabalho extintos (inativas), iniciando pela conta que tiver o menor saldo. Depois, o dinheiro será sacado das demais contas, também iniciando pela que tiver o menor saldo. Independentemente do número de contas do trabalhador, o valor não pode passar de R$ 1.045. Assim, ninguém poderá tirar mais do que esse valor, ainda que tenha duas ou três contas com saldos superiores a essa quantia. Poupança digital A movimentação do valor do saque emergencial poderá, inicialmente, ser realizada somente por meio digital com o uso do aplicativo Caixa Tem, sem custo. "Após o crédito dos valores na conta poupança social digital, já será possível pagar boletos e contas ou utilizar o cartão de débito virtual e QR code para fazer compras em supermercados, padarias, farmácias e outros estabelecimentos, tudo por meio do aplicativo", explica a Caixa. A partir da data de disponibilização dos recursos para saque ou transferência, os trabalhadores poderão transferir os recursos para contas em qualquer banco, sem custos, ou realizar o saque em espécie nos terminais de autoatendimento da Caixa e casas lotéricas.
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Coronavírus: Campinas anuncia 800 vagas temporárias para trabalho braçal com direito a salário mínimo e benefícios
Prefeito Jonas Donizette vai enviar projeto de lei para aprovação na Câmara Municipal no início de julho. Oportunidades são para trabalhos de roçagem, que eram feitos por reeducandos antes da pandemia. Trabalho de limpeza da calçada, por exemplo, feito por reeducandos, passará a ser realizado por 800 moradores. Reprodução/EPTV A Prefeitura de Campinas (SP) anunciou, nesta sexta-feira (26), a criação de 800 vagas temporárias de emprego para trabalho braçal nas ruas da cidade. A medida visa ajudar na manutenção urbana, que era feita por reeducandos antes da pandemia do novo coronavírus. O projeto de lei será encaminhado para aprovação na Câmara Municipal no início de julho. A data exata não foi informada. Campinas confirma mais 6 mortes por coronavírus e chega a 277; casos chegam a 7.027 Campinas prorroga fechamento do comércio e shoppings até 5 de julho As oportunidades são uma parceria das secretarias de Serviços Públicos e Assistência Social, e o plano é oferecer um salário mínimo (R$ 1.045), além de almoço e cesta básica para os moradores selecionados. Em transmissão ao vivo, o prefeito Jonas Donizette afirmou que não será exigida escolaridade mínima, mas os candidatos terão que fazer exame de saúde. "Vai abrir um cadastro, será tudo feito organizadamente. Não terá exigência de escolaridade, mas será necessário fazer exame de saúde. Tem que estar saudável, a faixa de idade será de 18 a 60 anos, até porque depois dos 60 tem todas as restrições por causa da Covid", explicou o chefe do Executivo. A contratação será por três meses, podendo prorrogar por mais três. O trabalho envolve serviços de zeladoria, por exemplo roçagem de mato, limpeza de áreas públicas e pintura de guias. A carga horária será menor do que a dos reeducandos. "Serviço braçal, serviço que os reeducandos faziam, o contrato está suspenso. Vamos substituir essa mão de obra por contratações com a população. O trabalho será por uma jornada menor. Por ser uma bolsa, vai ter um período de capacitação para a pessoa aprender o oficio. Vai ser um trabalho braçal e pesado", esclarece o prefeito. Prefeito de Campinas (SP), Jonas Donizette, durante coletiva online nesta sexta-feira (26). Reprodução/Facebook Vagas divididas por região A medida vai dividir as 800 vagas por regionais das seis subprefeituras. Segundo Donizette, são 15 regionais em Campinas, e cada uma das divisões terá aproximadamente 40 vagas. "Serão média de 40 pessoas por região, para as pessoas não precisarem gastar com condução. Essas regionais estão geograficamente distribuídas pela cidade e as subprefeituras também", explica. Formas erradas e corretas de usar máscara de proteção contra o coronavírus Arte/G1 Initial plugin text Veja mais notícias da região no G1 Campinas
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Microsoft vai fechar todas suas lojas físicas
Gigante da tecnologia afirmou que decisão causará impacto de US$ 450 milhões no atual trimestre fiscal. Quatro das lojas serão convertidas em 'centros de experiência'. Sede da Microsoft em Redmond, Washington Ted S. Warren/AP Photo/Arquivo A Microsoft anunciou nesta sexta-feira (26) que vai fechar todas as suas lojas física de varejo ao redor do mundo. De acordo com a gigante de tecnologia, a decisão vai causar um impacto de US$ 450 milhões no trimestre atual gerado por depreciação de ativos. A empresa afirmou que vai continuar investindo na loja on-line, bem como nas lojas do Xbox e do Windows, "alcançando 1,2 bilhão de pessoas todos os meses em 190 mercados". Em comunicado, a empresa afirmou que "os membros do time de varejo vão continuar a servir consumidores corporativos da Microsoft e vendas realizadas remotamente", mas não especificou se haverá demissões. "Esta é uma decisão estratégica difícil, mas inteligente, para a [o presidente-executivo Satya] Nadella tomar neste momento. As lojas físicas geraram uma receita de varejo insignificante para a Microsoft e, finalmente, tudo estava se movendo cada vez mais para os canais digitais nos últimos anos", disse o analista da Wedbush, Dan Ives, em nota à agência Reuters. Segundo a Microsoft, quatro das lojas serão convertidas em "centros de experiências". Essas lojas ficam em Nova York, Sidney, Londres e em Redmond, onde fica a sede da empresa, no estado americano de Washington. A Microsoft não tem lojas no Brasil. Segundo o portal The Verge, esse era um plano da empresa para o ano que vem, mas que foi antecipado devido à pandemia de coronavírus.
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Nuvem de gafanhotos segue na Argentina, mas governo local ‘perde’ a localização dos insetos
Último boletim do país vizinho afirma que gafanhotos voaram para região de difícil acesso e pede ajuda aos agricultores locais para informar sobre deslocamento. Governo brasileiro divulga manual de orientações, caso insetos cheguem ao país. RS e SC entram em estado de emergência fitossanitária por risco de nuvem de gafanhotos A nuvem de gafanhotos segue em território argentino e não há previsão, até o momento, de que os insetos chegarão ao Brasil, segundo os governos dos dois países. Nuvem de gafanhotos: que se sabe até agora De acordo com o último boletim do Serviço Nacional de Saúde e Qualidade Agroalimentar argentino (Senasa), divulgado na noite de quinta-feira (25), a nuvem está na província de Corrientes, mas não é possível saber a localização exata dos insetos porque a área é de "difícil acesso, com poucas estradas". "Devido às baixas temperaturas, estimamos que ela não se moveu, pelo menos a grandes distâncias", afirma o Senasa. Gafanhotos estão em local de difícil acesso para os técnicos do governo argentino Divulgação/Senasa O governo argentino disse que está preparado para fazer o controle dos insetos na região, se for necessário. A província tem um avião pulverizador disponível para isso. "Nesse sentido, solicitamos aos produtores da área que entrem em contato com a Senasa se tiverem informações sobre a praga." Ministério divulga orientações e monitora No Brasil, o Ministério da Agricultura afirmou na noite de quinta-feira que o monitoramento feito pelo governo indica que "até o momento, estão mantidas as previsões sobre a rota da nuvem de gafanhotos, que não entrou em território brasileiro". "De acordo com os dados meteorológicos para a Região Sul do Brasil, previstos para os próximos dias, é pouco provável – até o presente momento – que a nuvem avance em território nacional. Caso isso ocorra, será feito um monitoramento interno para o acompanhamento da evolução do evento." Anne Lottermann explica como a previsão do tempo ajuda a afastar nuvem de gafanhotos A expectativa é que os insetos migrem para o Uruguai. O ministério, que declarou emergência fitossanitária em função da nuvem, disse que as equipes técnicas do Rio Grande do Sul, Paraná e de Santa Catarina estão em alerta e monitorando o avanço dos gafanhotos. Por fim, a pasta divulgou um manual técnico com orientações sobre as ações de controle da praga, "com respaldo científico", para eventual surto da praga no país. O manual pode ser acessado clicando aqui. Memes e reação nas redes A notícia de que a nuvem não deverá entrar no Brasil gerou piadas e memes nas redes sociais nos últimos dias. Como não poderia deixar de ser, os usuários lembraram da crise vivida pelo novo coronavírus no país para comemorar a permanência da nuvem de gafanhotos na Argentina. Initial plugin text Initial plugin text Initial plugin text Initial plugin text Initial plugin text Initial plugin text Initial plugin text
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Falhas no combate ao coronavírus devem afetar economia da América Latina no terceiro trimestre, diz FMI
Região não apresenta achatamento da curva de contágio e, assim, medidas de isolamento social devem durar mais tempo. Ponte Octavio Frias de Oliveira vazia por causa da quarentena em SP REUTERS/Leonardo Benassatto As falhas no combate à pandemia do novo coronavírus na América Latina vão afetar os indicadores econômicos da região também no terceiro trimestre de 2020. O prenúncio é do Fundo Monetário Internacional (FMI), registrado no relatório "Previsões para América Latina e Caribe: Uma pandemia que se intensifica", divulgado nesta sexta-feira (26). Com impacto do coronavírus, FMI prevê queda de 9,1% para o PIB do Brasil neste ano A análise toma por base o fato de que a América Latina concentra cerca de 25% dos casos mundiais do novo coronavírus e não apresenta ainda o achatamento das curvas de contágio. Com isso, a aposta é que medidas de distanciamento social precisem permanecer em vigor por mais tempo, gerando depressão e econômica e dificuldades de recuperação. "Muitos países da região têm altos níveis de informalidade e pouco preparo para lidar com novos surtos, pela alta ocupação de leitos de UTI e pequena capacidade de testagem e monitoramento de doentes", diz Alejandro Werner, diretor do Departamento do Hemisfério Ocidental do FMI. "Diante deste cenário, os países devem adotar bastante cautela ao considerar a abertura da economia e permitir que a ciência e os dados guiarem o processo", afirma. FMI: países da América Latina não apresentaram achatamento da curva e devem ter isolamento social por mais tempo Divulgação/FMI Na última quarta-feira (24), o FMI revisou a previsão de queda das economias mundiais no relatório World Economic Outlook. O documento mostra uma piora generalizada para a atividade econômica em todo o globo, confirmando que os estragos econômicos da pandemia são mais intensos do que o previsto inicialmente. A revisão para baixo aconteceu para todo o continente, mas o cenário para o Brasil é mais pessimista que a média. O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro deve recuar 9,1% segundo a nova projeção, versus queda de 5,3% previstas pelo fundo em abril. "As autoridades responderam fortemente à pandemia, com cortes expressivos da taxa de juros, pacotes fiscais e de liquidez, incluindo depósitos diretos em dinheiro aos grupos vulneráveis", diz Alejandro Werner. "A retirada dos estímulos, contudo, vai impactar o crescimento de 2021, já que a economia enfrentava problemas desde 2015/2016." "Nesse contexto, políticas de acomodação monetária serão necessárias para apoiar a retomada, além de uma agenda fiscal para recuperar a confiança de investidores", resume. Juliana Rosa: ‘FMI prevê queda de 9,1% do PIB brasileiro’ Segundo o relatório de Alejandro Werner, a piora dos números teve como plano de fundo os resultados de produção mais negativos do primeiro trimestre e mostras de que o segundo trimestre também pode vir abaixo da projeção. Para o economista, os riscos de saúde pública são altos, mas é preciso observar o cenário financeiro de países desenvolvidos e monitorar as trocas possíveis para comércio exterior e financiamento de dívida como possível caminho de melhora. "Surpresas positivas também podem acontecer. Os indicadores de economias desenvolvidas vieram melhores do que o esperado. O crescimento global também pode seguir o caminho, apoiando mais exportações, preços de commodities e o turismo", diz Werner. Preocupação fiscal O FMI ressalta que os países da região devem manter programas de estímulo à manutenção de empregos e de transferência de renda. No Brasil, é o caso do Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda e do Auxílio Emergencial. Em especial em países de alta informalidade, o FMI fala que governantes devem achar "soluções criativas" para oferecer suporte às populações vulneráveis. Com o cenário geral de inflação baixa, a política monetária também deve continuar criando estímulos, segundo o relatório. O fundo alerta, contudo, que os países não devem perder de vista a preocupação fiscal e com dívida pública. "O compromisso com planos de segurança fiscal de médio prazo e de reformas para crescimento sustentável serão chave para mitigar preocupações com a dívida", diz o texto.
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Em um mês, país registrou 1,4 milhão de pessoas a mais na fila do desemprego, diz IBGE
Levantamento foi feito na primeira semana de junho, quando chegou a 11,2 milhões o número de desempregados no país. Na primeira semana de maio, eram 9,8 milhões nesta condição. Desemprego vem aumentando diante da paralisação das atividades econômicas durante a pandemia, segundo o IBGE Vanessa Rodrigues/Jornal A Tribuna O Brasil encerrou a primeira semana de junho com 11,2 milhões de desempregados, 1,4 milhão a mais que na primeira semana de maio. É o que apontam os dados divulgados nesta sexta-feira (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com o levantamento, feito entre os dias 31 de maio e 6 de junho, em apenas uma semana o desemprego no Brasil aumentou em cerca de 300 mil pessoas. Na semana anterior à pesquisa, o número de desempregados somava, aproximadamente, 10,9 milhões de pessoas. Desemprego cresceu ao longo do mês de maio, segundo dados do IBGE Economia/G1 O levantamento foi feito por meio da Pnad Covid19, versão da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua realizada com apoio do Ministério da Saúde para identificar os impactos da pandemia no mercado de trabalho e para quantificar as pessoas com sintomas associados à síndrome gripal no Brasil – a pesquisa não é comparável à Pnad Contínua, divulgada mensalmente também pelo IBGE e qua aponta os dados oficiais de desemprego do país. Apesar de também avaliar o mercado de trabalho, a Pnad Covid19 não é comparável aos dados da Pnad Contínua, que é usada como indicador oficial do desemprego no país devido às características metodológicas, que são distintas. Na última divulgação, a Pnad Contínua mostrou que, em abril, chegava a 12,8 milhões o número de desempregados no país. Os dados de maio serão divulgados no dia 30 de junho. Com pandemia, 9,7 milhões de trabalhadores ficaram sem remuneração em maio, diz IBGE Pandemia fez 1 milhão de brasileiros perderem o emprego em maio, diz IBGE 5 milhões com renda mensal domiciliar de até R$ 56 não receberam o Auxílio Emergencial Segundo o IBGE, 83,7 milhões de brasileiros estavam ocupados na semana de referência da pesquisa. Destes, 8,9 milhões estavam trabalhando remotamente, o que corresponde a 13,2% da população ocupada. Na comparação com a semana anterior, aumentou em cerca de 100 mil o número de trabalhadores em home office ou teletrabalho. Já na comparação com a primeira semana de maio, esse contingente aumentou em, aproximadamente, 300 mil pessoas. Sudeste concentra quase metade dos desempregados Dos cerca de 11,2 milhões de desempregados no Brasil, 5,3 milhões (47,7%) estão no Sudeste, que é a região mais populosa do país. O Nordeste aparece em segundo lugar com o maior número de desempregados, seguido pela Região Sul. Quase metade dos desempregados do país estão na Região Sudeste, segundo o IBGE Economia/G1 Na comparação com a primeira semana de maio, somente a Região Norte registrou queda no número de desempregados. A redução foi de 12%, o que corresponde a, aproximadamente, 68 mil desempregados a menos. O maior aumento do número de desempregados no mês ocorreu na Região Sul, onde a alta foi de 19%, representando cerca de 241 mil desempregados a mais em relação à primeira semana de maio. A segunda maior alta foi observada no Sudeste, de 18% (810 mil a mais), seguida pelo Centro-Oeste, onde foi de 16% (128 mil a mais), e Nordeste, onde o crescimento foi de 13% (123 mil a mais). Já na comparação com a última semana de maio, novamente a Região Norte foi a única a registrar queda no número de desempregados. O recuo foi de 12%, o que representa um contingente de 111 mil desempregados a menos. No Centro-Oeste, a variação foi nula, ou seja, não houve alteração significativa no número de desocupados. A maior alta no número de desempregados, na passagem da última semana de maio para a primeira de junho, foi observada na Região Sul. Lá, aumentou em 13% o número de desempregados, o que corresponde a 176 mil trabalhadores a mais foram do mercado de trabalho. No Nordeste foi registrada a segunda maior alta, de 5% (123 mil a mais), enquanto no Sudeste o crescimento foi de 3% (167 mil a mais). Informalidade em alta segura a ocupação A pesquisa mostrou que o nível de ocupação no Brasil ficou estável na primeira semana de junho (49,3%), tanto na comparação com a semana anterior (49,7%) quanto à primeira semana de maio. A informalidade no mercado de trabalho é que teria contribuído para manter o nível de ocupação no país, pois vem crescendo. A taxa de informalidade ficou em 35,6% na semana de referência da pesquisa, 1,1 ponto percentual maior que na semana anterior, quando ficou em 34,5%. Já na comparação com a primeira semana de maio, quando a taxa de informalidade ficou em 35,7%, o indicador ficou estável. “Isso [aumento da informalidade] pode significar o retorno dessas pessoas ao mercado de trabalho, já que, inicialmente, elas foram as mais afetadas pela pandemia. Todo o comércio informal interrompeu suas atividades, uma vez que essas pessoas ficaram impedidas de trabalhar”, apontou a gerente da pesquisa, Maria Lúcia Vieira. O IBGE considera como trabalhador informal aqueles empregados no setor privado sem carteira assinada, trabalhadores domésticos sem carteira, trabalhadores por conta própria sem CNPJ e empregadores sem CNPJ, além de pessoas que ajudam parentes. Na Região Norte, única a apresentar redução no número de desempregados, tanto na comparação com a primeira de maio, quando à última, quase metade dos trabalhadores estão na informalidade. Lá, a taxa de informalidade ficou em 49,2%. A Região Nordeste apresentou a segunda maior taxa, de 46,2%. Centro-Oeste, Sudeste e Sul aparecem na sequência, todas com taxas menores que a média nacional – respectivamente de 34,5%, 31,5% e 26,3% – sendo a menor delas na Região Sul. Cai o número de afastamentos por causa da pandemia A pesquisa mostrou, ainda, que vem caindo o número de pessoas afastadas do trabalho em decorrência do isolamento social. Na primeira semana de junho, 13,5 milhões de trabalhadores estavam nesta condição. Na comparação com a semana anterior, esse contingente, que era de 14,6 milhões, teve queda de 7,5%. Já quando comparado com a primeira semana de maio, quando 16,6 milhões estavam afastadas do trabalho, a queda foi ainda maior, de 18,7%. O IBGE destacou a maior parte do afastamento do trabalho se deu em função do isolamento social. Neste contingente, porém, também estão incluídos trabalhadores em férias ou em licença, seja ela médica ou por maternidade, por exemplo. Nesta divulgação, o instituto não detalhou os motivos do afastamento. 17,9 milhões deixaram de procurar trabalho em função da pandemia Ainda de acordo com a Pnad Covid-19, cerca de 17,9 milhões de pessoas queriam trabalhar e estavam disponíveis na primeira semana de junho, mas não procuraram por trabalho por causa da pandemia ou por não haver vaga na localidade onde moram. Ao todo, 75 milhões de pessoas não estavam ocupadas e não buscaram por trabalho na primeira semana de junho. Esse contingente fora da força de trabalho, conforme destacou o IBGE, ficou estatisticamente estável em relação à semana anterior, quando era de 17,7 milhões de pessoas, mas recuou em relação à primeira semana de maio, quando somava 19,1 milhões de pessoas. Nessa população, cerca de 26,8 milhões de pessoas, o que equivale a 35,8% da população fora da força de trabalho, disseram que gostariam de trabalhar. Esse contingente cresceu em relação à semana anterior, quando era de 25,7 milhões, e ficou estatisticamente estável em relação à primeira semana de maio, quando este grupo somava cerca de 19,1 milhões de pessoas.
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