Paraná espera safra de pinhão menor este ano
Falta de chuvas impactou colheita, que deve ter entre 15% e 20% de redução. Paraná espera safra de pinhão menor este ano
É temporada de pinhão no Paraná, mas, este ano, a safra está menor. Em 2019, o estado produziu 4,2 toneladas de pinhão e é esperada uma redução de 15% a 20% na colheita de 2020.
A falta de chuva influenciou na colheita: cada pinheiro, que dava entre 50 a 60 pinhas, está rendendo entre 30 e 40 este ano.
Depois de colhidas, as pinhas são abertas e é preciso separar os pinhões das falhas, que são sementes que não se desenvolveram. Os agricultores vendem o quilo do pinhão por cerca de R$ 5.
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Projetos sociais levam produtos de pequenos agricultores a famílias de baixa renda do país
Em SP, o Campo Favela do Insper já beneficiou 250 famílias de agricultores e 23 mil lares de baixa renda das periferias. Ideia é ampliar essas iniciativas e torná-las sustentáveis. Projetos sociais levam produtos de pequenos agricultores a famílias de baixa renda do país Projetos sociais estão levando produtos dos pequenos agricultores aos lares das famílias de baixa renda do país. Com isso, essas iniciativas estão conseguindo melhorar, ao mesmo tempo, a vida das populações mais pobres das cidades e a dos pequenos produtores rurais, que foram fortemente impactados pela crise provocada pandemia do coronavírus. É o caso, por exemplo, do projeto Campo Favela, criado por professores e alunos do Instituto de Ensino e Pesquisa de São Paulo (Insper). Com a chegada da pandemia, eles passaram a arrecadar dinheiro na internet para comprar alimentos de pequenos produtores rurais e levá-los para as regiões mais pobres da cidade de São Paulo. Até o momento, a iniciativa do Insper conseguiu arrecadar mais de R$ 1 milhão e comprar quase 300 toneladas de alimentos direto do produtor rural. Com isso, foram beneficiadas, de um lado, 250 famílias de agricultores e, de outro, 23 mil lares de baixa renda das periferias. "Se você recebe algo que vem direto do campo e chega aqui pra nós com a qualidade que tem chegado esses alimentos, de forma organizada, isso transforma a vida das pessoas. O que eu espero é que essa parceria se perpetue, por muitos e muitos meses e por anos", diz a arquiteta Ester, de 25 anos, moradora do Jardim Colombo, uma comunidade que faz parte do conjunto de favelas de Paraisópolis e que está sendo beneficiada pelo projeto Campo Favela. A história dela se entrecruza com a produção de alimentos. Em sua comunidade, ela transformou um terreno abandonado em um projeto de horta urbana que, inclusive, seria apresentado na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, se não fosse a chegada da pandemia. A 100 km de onde mora Ester, em Piedade, o produtor rural Danilo também participa do Campo Favela, mas fornecendo alimentos. Ele cultiva alface junto com outras duas famílias. A verdura era vendida para a Ceagesp, a maior central de distribuição de alimentos do Brasil. Porém, com a pandemia, as vendas deles caíram 80%. Para conter os prejuízos, eles tiveram que tomar uma decisão difícil: destruir mais de 20 mil pés de alfaces. "Querendo ou não, a gente tem custos né? Seja de transporte, seja para cortar. A gente precisa de funcionários ali para fazer esse serviço. Foi uma tristeza sabendo que muita gente precisa de algum alimento". Porém, por meio do projeto Campo Favela Danilo conseguiu escoar a produção de alface. Eles venderam mais de 15 mil pés para o projeto. Doação para famílias do campo Projetos sociais levam produtos de pequenos agricultores a famílias de baixa renda do país Reprodução/Globo Rural Com a pandemia de Covid-19, os produtores rurais José Agenor Correa e Ivan Júnior Correa, que são pai e filho, respectivamente, tiveram muito medo da renda das famílias do assentamento onde vivem diminuir. O assentamento fica em Ipero, a duas horas de São Paulo. Mas o medo durou pouco tempo. A partir de uma parceria com o Armazém Terra Viva, em Sorocaba (SP), eles passaram a trabalhar para encontrar canais de venda para os seus produtos e, com isso, passaram a fazer entregas de cestas de orgânicos em condomínios particulares, por exemplo. Além disso, eles começaram a atuar como uma ponte entre os agricultores que precisam vender e institutos que querem comprar alimentos para doar para quem mais precisa. Parte dos produtos foi vendida para o Instituto Auá, que utiliza verba da Fundação Banco do Brasil para apoiar a agricultura familiar. Algumas dessas doações foram parar em Inhaiba, um bairro rural de Sorocaba. Parte das cestas de orgânicos foi distribuída para uma iniciativa chamada Ação Comunitária Inhayba que, além de atividades educativas, fornecia refeições diárias em seu refeitório. Porém, com a chegada da pandemia, o local passou a ser um ponto de doação de alimentos. Ampliação das iniciativas Muita gente tem se empenhado para ampliar iniciativas como essas. É o caso do economista e professor do Insper, Lars Meyer. Ele, que criou o projeto Campo Favela, estuda os custos de produção e distribuição na agricultura familiar. "O que a gente vê é de um lado da cadeia o produtor recebendo um valor abaixo do que seria um valor justo para todo o seu trabalho e, do outro lado, você vê famílias com dificuldade para pagar por um produto saudável", diz Lars. Por conta dessa situação, o próximo passo do economista é tornar este tipo de parceria sustentável no futuro, mesmo sem doações. "Nessas regiões pobres, você tem os mercadinhos locais, sacolões, os hortifrutis. Eles não conseguem negociar uma quantidade grande e, consequentemente, acabam tendo que comprar mais caro. A nossa ideia é criar um modelo de distribuição que permita que os produtos saiam com menor número de intermediários direto do produtor para as favelas", explica o professor do Insper.
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Tira-dúvidas do IR: especialista responde perguntas dos leitores sobre bens e investimentos
Carolina Nagahama responde questões sobre como informar bens e investimentos na declaração do imposto de renda. IRPF 2020: especialista esclarece dúvidas sobre como declarar bens e investimentos
O prazo para envio da declaração do Imposto de Renda de 2020 está na reta final. Os contribuintes têm até as 23h59 do dia 30 de junho para enviar os dados à Receita Federal.
Tem dúvidas sobre a declaração? Mande sua pergunta pelos comentários ao final da reportagem.
Prazo para envio da declaração é adiado para 30 de junho
Saiba tudo sobre o Imposto de Renda 2020
Tira-dúvidas do IR: especialista responde perguntas dos leitores sobre imóveis
Para responder às dúvidas dos leitores, o G1 convidou a diretora de Impostos da EY, Carolina Nagahama. Desta vez, ela tira dúvidas relacionadas à inclusão de bens e investimentos na declaração. Confira no vídeo.
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‘Guerra fria’ entre Estados Unidos e China é ‘ameaça global maior que coronavírus’, diz Jeffrey Sachs
Em entrevista à BBC, economista americano diz também que o mundo está caminhando para um período de "grande ruptura sem nenhuma liderança" após a pandemia. O aprofundamento da guerra fria entre os EUA e a China será uma preocupação maior para o mundo do que o coronavírus, segundo o influente economista Jeffrey Sachs.
O mundo está caminhando para um período de "grande ruptura sem nenhuma liderança" após a pandemia, disse ele à BBC.
A divisão entre as duas superpotências vai exacerbar isso, alertou.
O professor da Universidade de Columbia culpou o governo dos EUA pelas hostilidades entre os dois países.
"Os EUA são uma força de divisão, não de cooperação", afirmou à BBC.
"É uma potência que tenta criar uma nova guerra fria com a China. Se isso prosperar – se esse tipo de abordagem for usado, não voltaremos ao normal; na verdade, entraremos em uma controvérsia maior e em um maior perigo de fato."
As tensões crescem
Os comentários de Sachs ocorrem quando as tensões entre os EUA e a China continuam a crescer em várias frentes – não apenas no comércio.
Nesta semana, o presidente Trump assinou legislação autorizando sanções dos EUA contra autoridades chinesas responsáveis pela repressão aos muçulmanos na província de Xinjiang.
E, em entrevista ao "Wall Street Journal", Trump disse acreditar que a China pode ter incentivado a propagação internacional do vírus como uma maneira de desestabilizar as economias concorrentes.
O governo Trump também tem como alvo empresas chinesas, em particular a gigante chinesa de telecomunicações Huawei, que Washington diz estar sendo usada para ajudar Pequim a espionar seus clientes. A China nega isso, assim como a Huawei.
Mas a posição dura do presidente Trump sobre a China e a Huawei pode ter sido parte de uma manobra política para ser reeleito – pelo menos de acordo com um novo livro do ex-conselheiro de Segurança Nacional John Bolton.
Sachs concorda que atingir a Huawei nunca foi simplesmente uma preocupação de segurança.
"Os EUA ficaram para trás em relação ao 5G, que é uma parte crítica da nova economia digital. E a Huawei estava ganhando uma participação cada vez maior dos mercados globais. Os EUA inventaram, na minha opinião, a visão de que a Huawei é uma ameaça global. E se apoiaram muito nos aliados dos EUA … para tentar romper as relações com a Huawei", disse ele.
A tensão aumenta
Os EUA não são o único país com o qual a China está em conflito.
Nesta semana, as tensões aumentaram na fronteira Índia-China, com pelo menos 20 soldados indianos mortos em alguns dos piores casos de violência que os dois lados viram em quase cinquenta anos.
E a China tem ativamente financiado projetos econômicos no Paquistão, Mianmar, Sri Lanka e Nepal – vizinhos mais próximos da Índia. Por isso, a Índia teme que Pequim esteja tentando interromper sua influência na região.
Sachs diz que a ascensão da China é preocupante para seus vizinhos na Ásia – especialmente se ela não fizer mais para mostrar que está tentando crescer de maneira pacífica e cooperativa.
"Se eu acredito que a China poderia fazer mais para aliviar medos que são muito reais? Acredito que sim", afirmou.
"A grande escolha, francamente, está nas mãos da China. Se a China for cooperativa, se envolver em diplomacia, cooperação regional e multilateralismo, em outras palavras, "soft power", porque é um país muito poderoso… Daí acho que a Ásia tem uma incrível futuro brilhante."
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Veja concursos e seleções com editais publicados na PB de 21 a 28 de junho
Seis editais com inscrições abertas oferecem 585 vagas. Divulgação/UBM Pelo menos 585 vagas são oferecidas em seis editais de concursos e seleções publicados na Paraíba, nesta semana de 21 a 28 de junho. Concurso da prefeitura de Capim Vagas: 126 + 30 CR Níveis: todos Salários: R$ 1.045 a R$ 2,8 mil Prazo de inscrição: até sexta-feira (26) Local de inscrição: site da organizadora, Facet concursos Taxas de inscrição: R$ 75 (fundamental), R$ 85 (médio/técnico) e R$ 115 (superior) Provas: 30 de agosto Edital do concurso da prefeitura de Capim Concurso da prefeitura de Congo Vagas: 56 Níveis: todos Salários: R$ 1.045 a R$ 4 mil mais R$ 8 mil de gratificação Prazo de inscrição: até domingo (28) Local de inscrição: site da organizadora, Contemax Consultoria Taxas de inscrição: R$ 60 (fundamental), R$ 75 (médio/técnico) e R$ 90 (superior) Provas: 2 de agosto Edital do concurso da prefeitura de Congo Concurso da prefeitura de Poço Dantas Vagas: 21 Nível: fundamental, médio e superior Salários: a partir de R$1.045 até R$ 8 mil Prazo de inscrição: até 3 de julho Local de inscrição: site da organizadora, Facet concursos Taxas de inscrição: R$ 60 (fundamental), R$ 80 (médio) e R$100 (superior) Provas: suspensas Edital do concurso da prefeitura de Poço Dantas Concurso da prefeitura de Mogeiro Vagas: 72 Nível: fundamental, médio e superior Salários: a partir de R$ 1.045 até R$ 6,9 mil Prazo de inscrição: 22 de junho a 7 de agosto Local de inscrição: site da organizadora, Facet concursos Taxas de inscrição: R$ 75 (fundamental), R$ 85 (médio) e R$ 115 (superior) Provas: 13 de setembro Edital do concurso da prefeitura de Mogeiro Concurso para Guarda Municipal de Pitimbu Vagas: 10 (sendo 5 para cadastro de reserva) Nível: médio Salários: R$ 1.045 Prazo de inscrição: até 19 de julho Local de inscrição: site da organizadora, Idib Taxas de inscrição: R$ 100 Provas: 20 de setembro de 2020 Edital do concurso para Guarda Civil de Pitimbu Concurso para Prefeitura de Pitimbu Vagas: 305 para contratação imediata e 305 para cadastro de reserva Nível: fundamental, médio e superior Salários: variam de R$ 1.045 a R$ 2.892,67 Prazo de inscrição: até 19 de julho Local de inscrição: site da organizadora, Idib Taxas de inscrição: entre R$ 70 e R$ 130 Provas: 27 de setembro de 2020 Edital do concurso para Prefeitura de Pitimbu
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Usuários do TikTok e fãs de K-pop dizem que agiram para esvaziar comício de Trump
Eles incentivaram outras pessoas a se registrar para comparecer e não ir. Campanha de Trump esperava grande número de participantes, mas arena ficou parcialmente cheia. Várias cadeiras ficaram vazios no comício de Trump em Tulsa neste sábado (20) Nicholas Kamm / AFP Usuários do aplicativo TikTok e fãs de K-Pop afirmam ser parcialmente responsáveis pelo comparecimento de público abaixo do esperado em um comício realizado pelo presidente americano, Donald Trump, em Tulsa, Oklahoma, no sábado (20). Análise: Trump mantém discurso para eleitorado que não é o mesmo Trump volta a citar Brasil como país em situação ruim na pandemia Os usuários teriam feito o registro para participar gratuitamente do comício, sem a intenção de realmente comparecer, segundo a imprensa norte-americana. O jornal "New York Times" relatou que os usuários e fãs de música popular coreana encorajaram as pessoas a fazer o mesmo, depois que a conta oficial da campanha de Trump solicitou que apoiadores se registrassem para o evento utilizando seus números de telefone. Segundo o jornal, muitos dos usuários apagaram as publicações com os pedidos de registro, como parte do plano. Como Coreia do Sul investiu em cultura e colhe lucro e prestígio com o K-pop Initial plugin text Antes do evento, o gerente de campanha de Trump, Brad Parscale, afirmou em uma rede social, na segunda-feira (14), que houve mais de um milhão de inscrições para participar do comício. Um porta-voz do Departamento de Bombeiros de Tulsa disse à agência Reuters que a contagem do público ficou em 6.200 pessoas. Initial plugin text No entanto, a BOK Center Arena, com capacidade para 19.000 pessoas, teve vários assentos vazios na noite de sábado, e Trump e o vice-presidente Mike Pence cancelaram discursos para o público “excedente”, que era esperado haver no lado de fora da arena. A campanha de Trump via o comício como uma maneira de revigorar a base do presidente e angariar apoio, com as pesquisas de opinião mostrando crescimento do rival, o democrata e ex-vice-presidente Joe Biden. Donald Trump retoma campanha com público menor que o esperado A campanha de Trump disse que a entrada era por “ordem de chegada” e que ninguém recebeu um ingresso de verdade. “Os esquerdistas sempre se iludem que estão sendo espertos. O registro ao comício significa apenas que você confirmou presença com um número de celular”, disse o porta-voz da campanha de Trump, Tim Murtaugh, em um comunicado. “Mas nós os agradecemos pelas informações de contato.” Initial plugin text Parscale disse em um comunicado que a campanha de Trump retira números falsos de telefone e que isso foi feito com “dezenas de milhares” para o evento de Tulsa, ao calcular a potencial presença. A deputada democrata Alexandria Ocasio-Cortez respondeu com escárnio a uma publicação no Twitter de Parscale que culpou a imprensa por desencorajar o público e citou o comportamento ruim de manifestantes no lado de fora. Initial plugin text “Na verdade, vocês foram simplesmente DERRUBADOS por adolescentes no TikTok que inundaram a campanha de Trump com reservas falsas de ingressos e os enganaram a acreditar que um milhão de pessoas queria seu discurso supremacista branco, o suficiente para encher uma arena durante a pandemia”, escreveu, no sábado. “Um salve para os Zoomers [adolescentes da Geração Z], vocês me deixam orgulhosa", acrescentou. Initial plugin text Na noite de sábado, houve alguma competição de gritos e tumultos no lado de fora do evento entre cerca de 30 manifestantes do Black Lives Matter e alguns apoiadores de Trump esperando para entrar. Um repórter da Reuters disse que, embora a polícia tenha temporariamente fechado o acesso aos portões depois que os manifestantes chegaram ao perímetro do comício, tropas estaduais ajudaram a desobstruir a área, e os portões foram reabertos por volta de três horas antes de o comício começar.
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Por que o Banco da Inglaterra não quer devolver 31 toneladas de ouro da Venezuela
Tribunal em Londres decidirá neste mês se governo de Nicolás Maduro tem legitimidade para reivindicar o ouro que está em cofres britânicos. O governo de Nicolás Maduro deu prioridade ao ouro com a queda do petróleo Reuters/BBC Trinta e uma toneladas de ouro estão no centro de uma disputa legal entre o Banco Central da Venezuela (BCV) e o Banco da Inglaterra, o banco central britânico. Os lingotes de ouro, com valor equivalente a US$ 1 bilhão, estão nos cofres da instituição britânica e pertencem à Venezuela, que agora quer vendê-los e usar os fundos para combater a pandemia do coronavírus, segundo afirma o governo do presidente Nicolás Maduro. No entanto, o Banco da Inglaterra negou o pedido venezuelano. O motivo? A atual diretoria do BCV responde ao governo de Maduro, e a instituição britânica expressa dúvidas sobre a autoridade desta diretoria, argumentando que o Reino Unido reconhece como presidente legítimo o líder opositor Juan Guaidó. A disputa começou no início de 2019, quando mais de 50 países reconheceram Guaidó como presidente. Sarosh Zaiwalla, advogado que representa o BCV em Londres, disse à BBC News Mundo (serviço da BBC em língua espanhola) que o Banco da Inglaterra informou a dois representantes do BCV: "Não, nosso governo (Reino Unido) reconhece Guaidó e por isso não vamos lhes dar o ouro". Os representantes — o presidente do BCV, Calixto Ortega, e o então ministro das Finanças, Simón Zerpa — haviam viajado para Londres para reaver o ouro. Agora um tribunal em Londres terá que decidir, a partir de 22 de junho, quem é autoridade legítima que pode movimentar o ouro do Banco da Inglaterra. O governo de Maduro diz que quer vender parte do ouro e transferir os recursos provenientes da venda para o Programa das Nações Unidas para Desenvolvimento (Pnud), para compra de alimentos e remédios de combate ao coronavírus na Venezuela. "Esse ouro é todo do povo venezuelano, é do país, e o BCV exige que esses recursos sejam utilizados através do Pnud da ONU para atender à pandemia na Venezuela", disse a vice-presidente venezuelana, Delcy Rodríguez. "Cada minuto e hora que passa significa pessoas que podem perder a vida por causa do vírus, e a Venezuela necessita de seus recursos, e não que uma quadrilha de ladrões delinquentes de colarinho branco nos roube." Mas por que a Venezuela mantém reservas de ouro na Inglaterra? Estratégia convencional Durante décadas, a Venezuela armazenou parte do ouro que forma suas reservas internacionais no Banco Central em países no exterior, tanto na Europa como nos Estados Unidos, em uma estratégia igual a de vários outros países. "Não há nada de estranho que um país mantenha reservas de ouro e outros títulos em outros bancos", explica Luis Vicente Leon, economista venezuelano e presidente da consultoria Datanálisis. "Existe ouro no que se chama de prestadores de serviço de guarda, que são diferentes bancos, incluindo alguns centrais, que prestam serviços e cobram uma comissão para guardar reservas internacionais." Para o economista, essa é simplesmente uma estratégia de proteção e garantia das reservas de ouro. "Eu diria que é uma estratégia muito convencional entre países pequenos. Os países maiores têm capacidade para proteger suas próprias reservas, mantendo-as em seus cofres." "É uma dor de cabeça para os bancos centrais, sobretudo quando não se tem capacidade de proteção, de medidas de segurança e de tecnologia para impedir que haja uma operação de roubo. Quando você coloca em um banco estrangeiro o seu ouro, você tem uma contabilidade. Se algo acontecer, você estará protegido porque está pagando por um serviço de custódia." Em 2011, o então presidente Hugo Chávez repatriou cerca de 160 toneladas de ouro que estavam em bancos nos Estados Unidos e na União Europeia, citando a necessidade de seu país de ter controle físico de seus ativos. "A Venezuela retornou ouro ao Banco Central, tirando de diferentes países, porque era um momento em que o governo temia a aplicação de sanções internacionais que pudessem congelar suas reservas lá fora", diz León. "O governo sentiu que manter reservas no exterior era uma estratégia perigosa e que ele poderia ter parte de seus recursos congelada." O economista e deputado de oposição José Guerra disse à BBC News Mundo que "trouxe-se algo como 90% do ouro da Venezuela no exterior para os cofres do BCV". Segundo ele, a maior parte destas reservas está em Caracas. No entanto, o ouro que a Venezuela tinha no Banco da Inglaterra, e que hoje é alvo de disputa, permaneceu lá. "Nosso cliente, o BCV, abriu uma conta de depósito de ouro no Banco da Inglaterra em 2008 e esta foi operada pelo BCV sem nenhum problema até 2018", disse Zaiwalla à BBC News Mundo. Foi no final daquele ano que as autoridades venezuelanas tentaram pela primeira vez reaver o ouro. Londres, o centro do ouro Um quinto do ouro dos governos do mundo se encontra em Londres e a razão é simples: a capital britânica é o centro mundial do comércio de metal precioso. "Em termos econômicos, (ter ouro em Londres) pode permitir uma transação rápida em uma moeda importante, em vez de armazená-lo no país, e ter que transportar enormes reservas de ouro na tentativa de trocá-lo por outro ativo desejável", explica Drew Woodhouse, professor de economia da Universidade de Sheffield Hallam, no Reino Unido. Homem passa em frente à sede do Banco da Inglaterra, em Londres Hannah McKay/Reuters "O ouro não tem risco de contrapartida, por isso mantê-lo no exterior é considerado relativamente seguro." Woodhouse explica que Londres se estabeleceu como protagonista no mercado de ouro em 1732, quando o Banco da Inglaterra construiu seu primeiro cofre na cidade. Além disso, ele diz, "geograficamente se pode perceber que (a Inglaterra) conecta os Estados Unidos com a Europa, as duas principais esferas de influência geopolítica, para as quais se pode utilizar o ouro". Os cofres do Banco da Inglaterra possuem mais de 5 mil toneladas de ouro, ou 400 mil lingotes, incluindo as reservas do Tesouro do Reino Unido, e grande parte do volume enorme negociado na cidade. Só o Federal Reserve (banco central estadual) de Nova York possui mais ouro que isso no mundo. Os bancos centrais de 30 países armazenam na Inglaterra parte de suas reservas nacionais do metal. Além disso acredita-se que em 320 anos de história nenhum lingote jamais tenha sido roubado dos cofres. Hoje em dia eles são abertos com chaves que podem chegar a quase um metro de tamanho e é preciso falar uma senha a um microfone incorporado no sistema de segurança para se ter acesso ao local. Por que o ouro está retido? O Banco da Inglaterra se nega a comentar sobre sua relação com seus clientes. Mas um banco pode ficar com as reservas de outro país? A resposta mais simples é: não. "Um banco central não pode de maneira alguma, uma vez que tenha reservas de ouro, ficar com elas e não devolvê-las ao seu legítimo dono, a não ser que estejam cumprindo alguma condição estabelecida no contrato. Têm que devolvê-las ao legítimo dono assim que o legítimo dono solicite", diz Luis Vicente León. Juan Guaidó durante marcha no dia 10 de março de 2020 Manaure Quintero/Reuters Guaidó, que foi reconhecido por mais de 50 países como líder legítimo da Venezuela, escreveu uma carta para a então primeira-ministra Theresa May e o então presidente do Banco da Inglaterra, Mark Carney, pedindo que eles não entregassem o ouro a Maduro, argumentando que os recursos seriam usados para fins de corrupção. "O Banco da Inglaterra não está dizendo que não vai dar o ouro a seu legítimo dono. O que está dizendo é que só vai dar o ouro quando ele for solicitado por seu legítimo dono, e como eles não reconhecem o governo de Maduro, não reconhecem a institucionalidade de quem está fazendo o pedido", argumenta o economista. O pedido Em meados de maio, o BCV solicitou que o Banco da Inglaterra cumpra com a ordem de vender parte do ouro e entregue os fundos para o Pnud. Os documentos venezuelanos falam que existe "caráter de urgência" no pedido. Segundo as autoridades venezuelanas, o dinheiro iria para uma agência da ONU como garantia de que não seria usado para outros fins que não o combate à pademia. Fachada do Banco Central da Venezuela, em Caracas Reuters/Marco Bello A ONU disse à BBC que o banco venezuelano havia consultado a entidade para explorar essa possibilidade. A disputa legal acontece em meio a temores sobre o colapso do sistema de saúde da Venezuela por conta da pandemia. "Meu cliente, o BCV, está muito preocupado porque a Venezuela necessita de dinheiro para comprar comida e equipamento médico", disse à BBC Mundo o advogado do BCV, Sarosh Zaiwalla. "Ele não quer o dinheiro ou o ouro de volta, mas sim que os fundos sejam enviados ao Pnud." Deutsche Bank: outra disputa, mesmo motivo As 31 toneladas de ouro sob custódia do Banco da Inglaterra não são os únicos recursos venezuelanos a espera de uma resolução. O Deutsche Bank também quer que um juiz decida sobre cerca de US$ 123 milhões que pertencem ao BCV e que devem ser entregues ao governo de Maduro ou ao governo paralelo de Guaidó. Estátua em frente ao logo do Deutsche Bank em Frankfurt, na Alemanha. Kai Pfaffenbach/Reuters O dinheiro é fruto de um acordo de swap de ouro entre o BCV e o banco alemão realizado no ano passado. Em um acordo firmado em 2016, a Venezuela recebeu um empréstimo de US$ 750 milhões do Deutsche Bank e deu 20 toneladas de ouro como garantia. O empréstimo terminaria em 2021, mas foi rescindido no ano passado porque a Venezuela não pagou os juros devidos. Os US$ 120 milhões representam a diferença do preço do ouro na época que se firmou o contrato para a cotação no momento da rescisão. A questão será decidida também na audiência do dia 22 de junho, disse Zaiwalla. O Deutsche Bank não quis comentar o caso. Por que o ouro é tão importante agora? Em meio à enorme crise econômica e humanitária na Venezuela, o ouro é uma das poucas alternativas de financiamento e liquidez para o governo de Maduro, sobretudo desde fevereiro de 2019 quando os Estados Unidos adotaram sanções contra a empresa estatal de petróleo PDVSA, responsável por muitos recursos nacionais. Manifestantes em ruas de Caracas contra o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, em 2019 Carlos Garcia Rawlins/Reuters O governo também está de olho em minas no sudeste do país, em uma vasta zona que se estende da fronteira com a Guiana até a fronteira com o Brasil. Trata-se de uma região estratégica para o governo. Em fevereiro de 2016, Maduro decretou que o chamado Arco Mineiro do Orinoco (AMO) será uma zona de desenvolvimento estratégico nacional. Países como Rússia e China ampliaram sua presença em empresas mistas de extração, com participação do governo. O AMO tem 111.846 quilômetros quadrados, cerca de 12% do território do país, e pode ser fonte de até 7 mil toneladas de ouro. O BCV vem recebendo cada vez mais reservas do Arco, mas mesmo assim suas reservas estão em queda. Um informe do Conselho Mundial do Ouro diz que o BCV foi a instituição bancária que mais vendeu ouro em 2017 e 2018. Segundo a Reuters, o BCV tinha o equivalente a US$ 4,6 bilhões em barras de ouro em meados de 2019. A quantidade é 18,5% inferior ao volume do final de 2018 — e o nível mais baixo da Venezuela em 75 anos. A Turquia é hoje o maior comprador do ouro venezuelano, com US$ 900 milhões importados em 2018. A princípio o ouro seria refinado na Turquia e devolvido para a Venezuela, mas não há registros dessa reexportação. No mês passado, navios iranianos com gasolina chegaram à Venezuela. Acredita-se que a Venezuela está pagando o Irã com ouro. O ouro que está no Banco da Inglaterra é, portanto, vital para a situação financeira do país.
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Veja as vagas de emprego do Sine Macapá para 22 de junho; inscrições são apenas pela web
Há oportunidades nas funções de vendedor externo, auxiliar de escritório, e caseiro. Há vagas para vendedor em Macapá Pilar Olivares/Reuters O Sistema Nacional de Emprego no Amapá (Sine-AP) oferta vagas de emprego para Macapá na segunda-feira (22). O atendimento ao público está suspenso na sede do órgão e os candidatos interessados devem encaminhar e-mail com currículo anexado. As inscrições e cadastros devem ser feitas pela internet, pelo e-mail sinetrabalhador@sete.ap.gov.br. As vagas estão disponíveis apenas para o dia divulgado. O atendimento do Sine por e-mail já era feito para as empresas que ofertam as vagas e agora o órgão estendeu para os interessados em enviar currículos. A alternativa, que visa compensar o tempo em que o Sine ficou fechado, deve durar até o fim do decreto de isolamento. Veja as vagas disponíveis de acordo com as solicitações das empresas, para esta segunda-feira: vendedor externo – 2 vagas; auxiliar de escritório – 1 vaga; caseiro – 1 vaga. Veja o plantão de últimas notícias do G1 Amapá
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Auxílio Emergencial: Caixa paga 3ª parcela a 1,9 milhão de beneficiários do Bolsa Família com NIS final 4 nesta segunda
Para os demais trabalhadores aprovados no programa, as datas de pagamento da terceira parcela do benefício seguem indefinidas. A Caixa Econômica Federal (CEF) paga nesta segunda-feira (22) a terceira parcela do Auxílio Emergencial para 1,9 milhão beneficiários do Bolsa Família qualificados no programa, cujo número do NIS termina em 4. Os pagamentos para esse grupo são feitos da mesma forma que o Bolsa. Veja o calendário completo de pagamentos do Auxílio Emergencial Tira dúvidas sobre o Auxílio Emergencial SAIBA TUDO SOBRE O AUXÍLIO EMERGENCIAL Veja o calendário: Calendário de saques da terceira parcela do auxílio emergencial para quem faz parte do Bolsa Família Editoria de Economia/G1 Auxílio emergencial: governo começa a pagar 3ª parcela a trabalhadores do Bolsa Família Sem definição para demais beneficiários Para os demais trabalhadores aprovados no programa, as datas de pagamento da terceira parcela do benefício seguem indefinidas. O segundo e terceiro lotes de aprovados que se inscreveram por meio do site e do aplicativo do programa, e que receberam a primeira parcela do Auxílio Emergencial após 30 de abril, o pagamento da segunda parcela também não foi definido. Ainda segundo a Caixa, foram processados pela Dataprev 106,3 milhões de cadastros, dos quais 64,1 milhões foram considerados elegíveis – destes, 19,2 milhões de beneficiários do Bolsa Família, 10,5 milhões do Cadastro Único e 34,4 milhões de trabalhadores que se inscreveram por meio do site e do aplicativo do programa. Foram considerados inelegíveis 42,2 milhões de cadastros, entre eles 19,9 milhões feitos por meio do site e do aplicativo do programa. Outros 1,2 milhão de cadastros feitos pelo app e site estão em reanálise, e 1,5 milhão ainda aguardam a primeira análise. Os trabalhadores podem consultar a situação do benefício pelo aplicativo do auxílio emergencial ou pelo site auxilio.caixa.gov.br. Initial plugin text
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País tem ao menos 105 concursos com inscrições abertas para mais de 7,6 mil vagas
Cargos são em todos os níveis de escolaridade. Os salários chegam a R$ 17.111,67 na Prefeitura de Luzerna, em Santa Catarina. Há oportunidades para todos os níveis de escolaridade em diversas cidades brasileiras Editoria de arte/G1 Pelo menos 105 concursos públicos estão com inscrições abertas nesta segunda-feira (22). Juntos, eles reúnem mais de 7,6 mil vagas. Há oportunidades para cargos de todos os níveis de escolaridade. Só na Prefeituras do Agreste Potiguar, no Rio Grande do Norte chega a 500 o número de vagas ofertadas. CONFIRA AQUI A LISTA COMPLETA DE CONCURSOS E OPORTUNIDADES A remuneração oferecida varia entre os concursos abertos. Na Prefeitura de Luzerna, em Santa Catarina, o salário pode chegar a R$ 17.111,67. Além das vagas abertas, há concursos para formação de cadastro de reserva – ou seja, os candidatos aprovados são chamados conforme a abertura de vagas durante a validade do concurso. Entre os principais concursos federais abertos estão: Exército, que oferece 41 vagas de nível superior; Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia, com 12 vagas; Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), com 63 vagas; Marinha, com 110 vagas para o Curso de Formação de Oficiais Ministério da Justiça e Segurança Pública, com 35 vagas de nível superior Dentre os concursos em aberto, ao menos três começam a receber inscrições nesta segunda-feira (22). São eles: Prefeitura de Bias Fortes (MG) Inscrições: até 22 de julho 58 vagas Salários de até R$ 5.252,63 Cargos de nível fundamental, médio, técnico e superior Veja o edital Prefeitura de Governador Celso Ramos (SC) Inscrições: até 21 de julho 09 vagas Salários de até R$ 1.691,96 Cargos de nível fundamental Veja o edital Prefeitura de Pedro Gomes (MS) Inscrições: até 26 de junho 05 vagas Salários de até R$ 714,02 Cargos de nível médio Veja o edital
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