‘The last of us part 2’ é um ótimo game, mas não é para todo mundo; G1 jogou
Jogo de PlayStation 4 é lançado nesta sexta-feira (19) com desenvolvimento de personagens queridos e temas complexos, mas limites da longa narrativa podem frustrar. Ao ser lançado nesta sexta-feira (19), "The last of us part 2" vai finalmente atingir as expectativas de milhões de fãs de todo o mundo. O game exclusivo de PlayStation 4 é tenso, violento e emocionante, e não tem medo de desafiar seus jogadores — mas também dificilmente vai agradar quem já não gostou de seu antecessor. 'The last of us part 2' questiona moralidade em distopia: 'Herói é questão de perspectiva', diz diretor A sequência do jogo de 2013, considerado o melhor daquele ano, sabe aproveitar com maestria os personagens e o mundo apresentados no original. Ao mesmo tempo, expande seus temas complexos sobre natureza humana e a dualidade do herói. Essas propostas, no entanto, exigem uma narrativa que muitas vezes limita o jogador, tirando a importância de suas decisões ou até o seu controle sobre a ação. Essas restrições não são necessariamente um problema. Afinal, funcionaram muito bem no primeiro, que tinha potencial para agradar até aqueles que preferem maior liberdade. Mas a história de "Part 2" se perde diversas vezes, com idas e vindas no tempo e entre personagens diferentes, com propósitos distintos, e momentos em que os objetivos não se justificam. Assista ao trailer de 'The last of us part 2' A força de Ellie O novo "The last of us" começa cinco anos após o fim do primeiro jogo. Nele, os protagonistas Joel e Ellie vivem uma vida pacífica (até onde isso é possível) em uma comunidade que se une para sobreviver. Apesar da tranquilidade, este ainda é um mundo pós-pandêmico, destruído por uma doença que transformou a maior parte das pessoas em criaturas parecidas com zumbis. Dessa vez, os jogadores assumem o controle da jovem, agora com 19 anos. Após mais um episódio violento que acaba com a paz da região, ela parte em sua própria jornada. A passagem de bastão é a melhor decisão que o estúdio Naughty Dog, responsável também pela franquia "Uncharted", poderia tomar. Ellie tem um espaço muito maior para evoluir, e desde o antecessor já se mostrava um personagem mais complexo. Um pouco mais madura, ela perde as limitações que tornavam seus momentos tão frustrantes no jogo de 2013, e prova que é uma força a ser reconhecida. Mais que isso, ela é mais humana e acessível que o experiente Joel, o que torna seu controle ainda mais intenso e prazeroso nos combates. Ellie em 'The last of us part 2' Divulgação Time ganhando A escassez de recursos esperada em um mundo pós-apocalíptico, fator que marcava o antecessor, continua a tornar os confrontos com zumbis e facções inimigas extremamente satisfatórios. Frustrantes no começo, os combates aos poucos evoluem e recompensam estratégia e paciência. Nesse sentido, o sistema permanece em grande parte inalterado. Afinal, para que mexer em algo que deu tão certo. Visualmente, o jogo corresponde às expectativas de um lançamento à véspera de uma troca de geração de consoles, com uma evolução gritante, em especial nos detalhes. A técnica de captura de movimentos usada na construção dos personagens também reflete a melhora, e suas expressões estão ainda mais humanas. Ellie em 'The last of us part 2' Divulgação A dualidade na história A dualidade das ações de quem pensa ser o herói já era um tema gritante no momento em que Joel tira Ellie da sala de operação ao final de "The last of us". Na continuação, ela se aprofunda, principalmente através da adição do ponto de vista de novos personagens que batem de frente com a jovem. Infelizmente, por mais que jogar com Ellie seja um ponto alto, é difícil encontrar a motivação nesses momentos que vão além do desejo de voltar à protagonista o mais rápido possível. Além disso, uma história tão estabelecida cobra seu preço, pago através de limitações nas escolhas do jogador. Ele pode traçar a melhor estratégia para o combate, é verdade, mas fica totalmente refém da narrativa, que por diversas vezes deixa de lado a coerência para forçar momentos desnecessários. É possível relevar a falta de liberdade diante de um texto impecável. Isso fica mais difícil quando, depois de matar dez inimigos fortemente armados sem dar um único um único tiro, Ellie se esquece de que está em ambiente hostil e é pega de surpresa em uma sequência de animação. Além disso, há diversos momentos em que a trama se arrasta, presa em convenções e clichês típicos de games, que envolvem ir e voltar de lugares para encontrar pessoas que nunca estão exatamente lá, como se existissem apenas para aumentar a já longa duração da campanha. Ellie em 'The last of us part 2' Divulgação Representatividade sem pregar Em entrevista, o diretor do jogo, Neil Druckmann, afirmou que era muito importante não forçar a barra, não "pregar" as mensagens. Nesse sentido, é possível dizer que a sequência é bem-sucedida. Apesar das enrolações e dos deslizes, a história constrói uma boa reflexão sobre busca de justiça e maniqueísmo sem gritar os conceitos o tempo inteiro. Além disso, dá gosto de ver a naturalidade com que trata a sexualidade da protagonista, que já tinha sido revelada na expansão "Left Behind", de 2014. Entre violência e selvageria, "The last of us part 2" atende à maior parte dos anseios dos fãs da série, por mais que se leve a sério demais em alguns momentos. Pode não agradar aqueles que desejam mais controle, e se beneficiaria ao cortar um pouco de sua longa duração — mas quem gostar ficará marcado pela aventura de Ellie por muito tempo. Em 'The last of us 2', Ellie ganha a companhia de Dina Reprodução
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Black Eyed Peas lança álbum de reggaeton pouco inspirado com Shakira e mais latinos; G1 Ouviu
Trio americano abandona hip hop mais politizado e romântico do disco anterior e volta aos arranjos dançantes. Maluma, J Balvin, Ozuna e Becky G estão entre convidados. O primeiro álbum do Black Eyed Peas após a saída de Fergie, lançado em 2018, era uma volta ao hip hop mais politizado e romântico do começo da carreira. Quem botou "Masters of the Sun" para tocar teve dificuldade de rebolar como nos hits que o grupo lançou nos anos 2000. Mas esse Black Eyed Peas aí já era. "Translation" chega nesta sexta-feira (19) evocando, de novo, o som festivo do agora trio de reggaeton. A lista de convidados (quase todos latinos) é matadora, o reencontro da banda com as batidas dançantes combina com a onda de nostalgia deste ano, mas o álbum mostra will.i.am, Apl.de.ap e Taboo em fase pouca inspirada. O álbum vale mais pelo time de peso nos "feats", com destaque para a seleção colombiana formada por Shakira, J Balvin, Maluma e Piso 21. O disco tem ainda o porto-riquenho Ozuna; a mexicana Beck G; o dominicano El Alfa; e os americanos Tyga e Nicky Jam. Faria sentido, mas "eXplosion", parceria com Anitta de setembro do ano passado, ficou de fora. Você já ouviu isso antes… Capa do álbum 'Translation', do Black Eyed Peas Divulgação "Ritmo" abre o álbum, com a banda se unindo a J Balvin. Lançada em outubro de 2019 e também inserida na trilha de "Bad Boys Para Sempre", ela toma emprestado o refrão de "The Rhythm Of The Night", hit dance do Corona de 1993, com voz da brasileira Olga de Souza. Não é a primeira vez que a banda usa um refrão antigo que todo mundo sabe de cor. "The Time (Dirty Bit)" estourou em 2010 por ter versos de "(I've Had) The Time of My Life", tema do filme "Dirty Dancing". Outro single lançado antes do álbum, "Mamacita" (com o onipresente Ozuna) tem sampler de "La Isla Bonita", da Madonna. O vocal enjoativo de J Rey Soul, a nova cantora do grupo que esteve com eles no Rock in Rio, faz com que a música não decole. Mas claro que nem tudo está perdido. Com um clipe bem sacado e alguma insistência, músicas como "Girl like me" (a melhor do álbum, com Shakira) e "Fell the beat" (com Maluma) até que têm força para uma subida nas paradas. Outras menos impactantes como "I woke up" e "Vida loca" (com Tyga e Nicky Jam) são opções aceitáveis para uma vaga na sua playlist de latinidades dançantes. 'Lost in translation' Mesmo assim, "Translation" apresenta, no geral, um Black Eyed Peas meio perdido na tradução. Há versos em espanhol meio forçados, artificiais. Fazem falta as mudanças de ritmo e dinâmicas de clássicos do pop anos 2000 como "I gotta feeling" ou até de hits menos nobres como "My humps". Neste novo álbum, tudo meio que se transforma em uma massaroca sonora. Nas primeiras audições, não há sequer um refrão que cole. Não há uma letra que te faça pensar "putz, que frivolidade gostosa, isso é muito Black Eyed Peas". Na disputa pelo posto de melhor trilha para lavar louça dançando, dada a necessidade de se evitar aglomerações, Dua Lipa e Lady Gaga seguem disparadas na frente.
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Mario Jr., o ‘galã’ do TikTok, viraliza fazendo charme de comédia romântica: ‘Sou assim na vida real’
Vídeos com cenas melosas viraram meme, até entre famosos. Ele fala ao G1 sobre repercussão: 'Sou só um menino que diz coisas bonitas pra deixar as pessoas felizes.' 'Galã' do TikTok, viraliza fazendo charme tipo comédia romântica Se é mesmo verdade que essa espécie está em extinção, o último romântico tem nome e @ no TikTok. Mario Junior, o @Izmaario, de 20 anos, virou celebridade na internet nas últimas semanas por causa dos vídeos em que reproduz o charme de um protagonista de comédia romântica americana. Seja convidando uma garota para o baile de formatura – em português – ou, nervoso, segurando flores antes de buscá-la em casa, Mario não tem medo de clichês. “Tem gente que fala que estou interpretando um personagem. Acho curioso. Só quem me conhece de verdade sabe que eu sou assim na vida real”, diz ao G1. Nas gravações, ele encena diálogos melosos com uma interlocutora imaginária. Há também vídeos em que aparece na frente do espelho, enviando palavras carinhosas e mensagens de autoestima aos quase 340 mil seguidores no TikTok. Há quem suspire. Segundo Mario, a maior parte de seu público tem entre 12 e 15 anos. “Recebo muitas e muitas mensagens de meninas que dizem se sentir bem depois de verem meus vídeos. Meninas já me disseram que curei a depressão delas”, conta. “Mas eu sou só um menino que diz coisas bonitas na frente do espelho pra deixar as pessoas felizes.” Mas tem também quem ache graça. Nesta semana, Mario ultrapassou a barreira do TikTok e chegou a outras redes, em memes compartilhados até por famosos, como Whindersson Nunes, Felipe Neto e Lucas Rangel. “Tem gente achando que fico chateado, mas sou eu quem mais se diverte. Dou muita risada dos memes.” 'Aceita ir ao baile comigo?' Mario nasceu em São Paulo, cresceu em Florianópolis, mas atualmente vive na Inglaterra. Lá, trabalha em um hotel, mas, por causa da pandemia do coronavírus, está parado. Ele já era usuário do TikTok, mas o tédio da quarentena o motivou a intensificar a criação de conteúdo, há pouco mais de dois meses. Mario é brasileiro, mas vive na Inglaterra Reprodução/Instagram Antes de gravar um vídeo, ele pensa no conceito da cena e anota no celular. “As falas eu improviso na hora.” Suas maiores influências são mesmo as comédias românticas, um gênero que diz adorar. Vêm daí as encenações de convites para o baile de formatura, traço marcante da cultura adolescente americana, retratada em muitos desses filmes e séries. Mas ele jura também reviver experiências próprias. “Uns dois ou três vídeos têm situações que aconteceram comigo.” O garoto reflete sobre o que atrai tanto os adolescentes às palavras doces de seus vídeos. “Eu acho que essa fase, de 12, 13, 14 anos, é muito complicada para os pré-adolescentes. Você não tem autoconfiança, não sabe bem quem você é. E o que eu falo tem muito a ver com isso.” Para ele, há entre muitos jovens uma “mentalidade imatura”, de “meninos que só querem contar para os amigos com quantas meninas ficaram na festa”. “Esse tipo de pensamento não cabe mais hoje em dia. Muitas meninas sentem falta de garotos que queiram assumi-las, que falem coisas românticas.” Se interessou? Então aí vai uma informação importante: ele está solteiro.
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Anitta, com imagem desgastada no Brasil, tenta novo salto na carreira internacional
Cantora lança em 10 de julho o single 'Tócame', gravado com Arcangel e De La Ghetto, e até o fim do ano apresenta álbum direcionado para o exterior. ♪ ANÁLISE – Anitta já tinha revelado há tempos que focaria na carreira internacional ao longo deste ano de 2020. Ainda assim, o anúncio oficial da contratação da cantora e compositora carioca pela Warner Records – passo fundamental para essa nova investida da artista no mercado externo – soa estratégico e oportuno nesse momento em que Anitta está com a imagem desgastada no Brasil por conta de desavenças que se tornaram públicas nas últimas semanas, com direito a exposições de áudios e prints. Nesse processo de desgaste, a briga pública com Ludmilla foi somente o ápice de momento delicado na trajetória de Anitta. Dentro desse contexto desfavorável para a cantora na cena nacional, a já anteriormente planejada reinvestida no mercado internacional – programada para o segundo semestre – vem bem a calhar com a edição de álbum gravado por Anitta em Los Angeles (EUA), com produção executiva de Ryan Tedder. Previsto para ser lançado até o fim deste ano de 2020, esse disco será promovido em escala planetária com o marketing da Warner Records, com ênfase naturalmente no mercado norte-americano e nos países de língua hispânica. Ciente de que seria arriscado abandonar o mercado do Brasil, onde tem público cativo, Anitta também renovou o contrato com a filial brasileira da Warner Music para continuar lançando músicas em português para o mercado nacional. Contudo, o foco primordial da artista por ora recairá mesmo na carreira internacional. Capa de 'Tócame', single de Anitta com Arcangel e De La Ghetto Divulgação Em 10 de julho, a cantora já lança o primeiro single via Warner Records, Tócame, música de clima sensual gravada pela artista com as participações de dois cantores norte-americanos com conexões latinas, Arcangel (artista de ascendência dominicana) e De La Ghetto (astro do reggaeton nascido em Nova York, mas criado em Porto Rico). Resta saber se, empresariada pelo norte-americano Brandon Silverstain (o mesmo do grupo Fifth Harmony) e com a carreira gerenciada em âmbito global pela Warner Records, Anitta vai dar enfim o grande salto internacional que tentou (em vão) dar com o álbum trilíngue Kisses (2009), lançado em abril do ano passado sem fazer todo o barulho imaginado pela artista. Tanto que, ironicamente, a faixa de maior sucesso do álbum foi a música Onda diferente, composta por Ludmilla, mas creditada a Snoop Dogg e a Anitta, em ação controvertida que gerou toda a polêmica responsável por desgastar a imagem da artista no Brasil. Para Anitta, ao menos por enquanto, a saída mais indicada parece ser o aeroporto…
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Gabriel O Pensador se une a Gabz e ao Ponto de Equilíbrio para atacar o racismo no single ‘Vamo aí’
A rapper carioca e o grupo de reggae são os convidados do artista na gravação da música que cita as mortes de João Pedro e George Floyd. ♪ Os assassinatos do adolescente brasileiro João Pedro Mattos Pinto (2006 – 2020) e do adulto norte-americano George Floyd (1974 – 2020) – ambos negros e ambos mortos por tiros disparados em desastradas ações policiais, sendo que Floyd foi asfixiado sem motivo por policial branco e João Pedro foi atingido dentro de casa, durante operação policial na comunidade fluminense em que residia – causaram protestos no Brasil e no mundo. A revolta de parte da sociedade reverberou inclusive em músicas com alusões aos crimes. Tradicionalmente engajado em causas humanitárias e na luta contra a opressão desde que surgiu em cena, em 1992, o rapper carioca Gabriel O Pensador se une à rapper conterrânea Gabz e ao grupo de reggae Ponto de Equilíbrio, também carioca, para atacar o racismo nos versos de Vamo aí. Música inédita, Vamo aí será lançada em single programado para sábado, 20 de junho. Mas o clipe originário da gravação – filmado com cenas gravadas em estúdio e na Ilha da Gigóia, no Rio de Janeiro, sob direção de PH Stelzer – já entra em rotação nesta sexta-feira, 19 de junho. Na letra de Vamo aí, o Pensador combate o racismo e também critica os que ficam indiferentes diante das formas cotidianas de opressão. As mortes de João Pedro e João Floyd são citadas em versos de Vamo aí.
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Kelly Clarkson e Zac Efron ganharão estrelas na Calçada da Fama de Hollywood
Câmara de Comércio de Hollywood, que administra a atração turística, anunciou os nomes de 35 estrelas do cinema, televisão e da música que serão homenageados em 2021. Kelly Clarkson será homenageada na Calçada da Fama em 2021 REUTERS/Mario Anzuoni A cantora vencedora do "American Idol" Kelly Clarkson, o ator Zac Efron e o astro britânico Benedict Cumberbatch estão entre as celebridades que vão ganhar estrelas na Calçada da Fama de Hollywood em 2021. O ator Shia LaBeouf, a rapper Missy Elliott e o cantor e compositor do clássico "American Pie" Don McLean também estão entre as 35 estrelas do cinema, televisão e da música anunciadas nesta quinta-feira pela Câmara de Comércio de Hollywood, que administra a atração turística. O falecido tenor Luciano Pavarotti e o dramaturgo August Wilson, vencedor do Prêmio Pulitzer e autor da peça "Fences", que deu origem ao filme "Um Limite entre Nós", receberão estrelas póstumas. Eles se juntarão a mais de 2.600 celebridades, incluindo Charlie Chaplin, Jennifer Aniston, Jimi Hendrix e o rapper Snoop Dogg, cujos nomes estão inscritos em estrelas cor de rosa e bronze na calçada ao longo da Hollywood Boulevard, em uma tradição que começou em 1960. As cerimônias de inauguração das estrelas na Calçada da Fama foram suspensas em meados de março por conta da pandemia de coronavírus. As revelações para seis celebridades não identificadas serão remarcadas para uma data posterior, disseram os responsáveis.
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Carlos Ruiz Zafón, autor de ‘A Sombra do Vento’, morre aos 55 anos
Editora Planeta, responsável pela publicação da obra, afirmou que Záfon morreu nesta sexta-feira (19) vítima de um câncer. O escritor espanhol Carlos Ruiz Zafon durante lançamento do livro ‘O labirinto dos espíritos’, em Barcelona, em novembro de 2016 PAU BARRENA / AFP O escritor espanhol Carlos Ruiz Zafón, que conquistou fama internacional com o livro "A Sombra do Vento", faleceu aos 55 anos. A informação foi confirmada nesta sexta-feira (19) pela editora Planeta, que publicou sua obra. "O escritor Carlos Ruiz Zafón faleceu hoje, 19 de junho de 2020, aos 55 anos, em sua residência de Los Angeles, Estados Unidos, vítima de câncer", informa o grupo editorial em um comunicado. "Nos deixou um dos melhores romancistas contemporâneos, mas seguirá muito vivo entre todos nós por meio de seus livros", completou a Planeta em sua nota oficial. O texto inclui uma frase do criador do personagem Daniel Sempere, o protagonista de seu livro mais conhecido e um dos romances espanhóis de maior sucesso das últimas décadas. "Cada livro, cada tomo que você vê, tem alma. A alma de quem o escreveu e a alma dos que leram, viveram e sonharam com ele", afirmou o personagem ao conversar com o filho sobre o Cemitério dos Livros Esquecidos. Esta é a gênese de uma história de suspense ambientada na Barcelona posterior à guerra civil espanhola (1936-1939), na qual Daniel Sempere tenta desvendar o mistério que cerca o autor de um livro, Julián Carax. Publicada em 2001, a obra foi uma sensação literária, com traduções para quase 50 idiomas e milhões de cópias vendidas em todo mundo. O sucesso levou Ruiz Zafón, antes dedicado à literatura juvenil com obras como "Marina", ao estrelato. "A Sombra do Vento" foi o início da tetralogia "O Cemitério dos Livros Esquecidos", a labiríntica e mágica biblioteca secreta, sobre a qual gira a saga que terminou em 2016, dois anos antes de o escritor ser diagnosticado com câncer. Na apresentação em Barcelona do quarto volume, "O Labirinto dos Espíritos", o autor afirmou que estava "em paz", porque a tetralogia era "exatamente o que tinha que ser". Na ocasião, ele também explicou por quê nunca se deixou seduzir pelas muitas ofertas para adaptar a saga ao cinema. "Para mim, estes livros são uma homenagem à literatura, à palavra escrita. Portanto, transformá-los para o cinema, ou televisão, seria uma traição", afirmou. Nascido em Barcelona em 1964, Ruiz Zafón estudou em um colégio religioso e se formou em Ciências da Informação. Apesar de sua paixão pela literatura desde a infância, Zafón publicou o primeiro livro somente aos 30 anos e depois de abandonar a carreira que tinha na publicidade. O escritor espanhol Carlos Ruiz Zafon durante lançamento do livro ‘O labirinto dos espíritos’, em Barcelona, em novembro de 2016 PAU BARRENA / AFP
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Ian Holm, ator de ‘Senhor dos Anéis’, morre aos 88 anos
Agente do ator informou ao jornal The Guardian que morte foi por complicações do Mal de Parkinson. Ator Ian Holm durante lançamento do filme “Tolkien", em Londres, em abril de 2019 REUTERS/Henry Nicholls/Arquivo Ian Holm, ator de filmes como "Senhor dos Anéis", "Alien: O Oitavo Passageiro" e "Carruagens de Fogo", morreu aos 88 anos, em Londres, na manhã desta sexta-feira (19). Segundo o jornal The Guardian, a notícia foi confirmada por seu agente. "Ele morreu pacificamente no hospital, com seus familiares e seu cuidador", informou o agente, adicionando que a causa da morte foi dada por complicações do Mal de Parkinson. "Charmoso, gentil e extremamente talentoso, sentiremos muito a sua falta." Segundo o The Guardian, os últimos dias de vida de Holm foram registrados em fotos feitas por sua mulher, Sophie de Stempel. Initial plugin text Ian Holm nasceu em 12 de setembro, na Inglaterra e tem várias premiações no currículo. Membro da Royal Shakespeare Company, ele atuou em mais de 100 projetos, incluindo filmes e trabalhos para TV. Ao longo da carreira, Holm estrelou dezenas de filmes após abandonar o palco. Em 1981, venceu o Bafta e foi indicado ao Oscar por seu trabalho como o técnico Sam Mussabini no filme "Carruagens de Fogo". No início dos anos 2000, Ian interpretou o personagem Bilbo Baggins em "O Senhor dos Anéis: A Sociedade do Anel", voltando a aparecer nos filmes da saga em 2003, em "O retorno do rei". No começo de junho, Ian expressou sua tristeza em não estar disponível para participar da reunião virtual do elenco de “Senhor dos anéis”. "Lamento não poder encontrar vocês, sinto falta de todos e espero que essa aventura leve vocês a muitos lugares. Estou trancado em minha casa." O último trabalho de Ian para os cinemas foi em "O Hobbit: A Batalha dos Cinco Exércitos".
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Coronavírus: flexibilização da quarentena provoca alta nas vagas de emprego em cidades da região de Campinas
Campinas e Sumaré anunciaram mais vagas até 15 de junho do que em todo o mês de maio. Comércios foram autorizados a reabrir pelo Plano São Paulo do governo estadual. Postos de Atendimento ao Trabalhador da região apontam aumento no número de vagas A flexibilização da quarentena contra o coronavírus, com a reabertura dos comércios e alguns serviços permitidos pelo governo estadual no Plano São Paulo, causou um reflexo positivo na geração de vagas de emprego. Em Campinas (SP), por exemplo, o órgão municipal ofereceu 66 vagas em maio e já foram 84 até 15 de junho. A mesma tendência de alta ocorre em Indaiatuba (SP) e Sumaré (SP). No Centro Público de Apoio ao Trabalhador (CPAT) de Campinas, os candidatos às vagas têm agendado horários para a realização de entrevistas. Na manhã desta quinta-feira (18), algumas pessoas aguardavam a vez em frente ao órgão. "Faz quatro anos que estou parado. Trabalhei em várias áreas, auxiliar de produção, repositor e atendimento ao cliente", conta Guilherme Rodrigues Pedro, desempregado. "Fiquei quase um ano parado. Então, essa sensação é satisfatória, saber que você vai conseguir fazer uma entrevista e pode ser que arrume um emprego", afirma Higor Juvêncio, que foi chamado para participar de um processo seletivo. Os órgãos ressaltam a importância da qualificação dos candidatos nesse período, para que sejam aproveitados nas oportunidades abertas. reabertura de comércio na pandemia contra o coronavírus aumentou oferta de vagas de emprego na região de Campinas Reprodução/EPTV 'Recuperação da confiança do empresariado' Segundo o economista Haroldo Torres, por conta da quarentena, abril foi o pior mês da economia brasileira dos últimos 40 anos. O pagamento do auxílio emergencial às famílias gerou uma expectativa de reabertura na economia. "Levou a uma recuperação da confiança do empresariado. Vamos começar a ter, a partir de agora, taxas positivas, mas muito baixas. Nós só vamos ver um cenário [similar] ao que era antes da pandemia em 2021", explica. Formas erradas e corretas de usar máscara de proteção contra o coronavírus Arte/G1 Initial plugin text Veja mais notícias da região no G1 Campinas
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Latam Airlines prevê operar com metade da capacidade pré-pandemia até o final do ano
Presidente-executivo da aérea, Roberto Alvo, disse que recuperação total da companhia é improvável por pelo menos três a quatro anos. Centro de Manutenção da Latam em São Carlos Divulgação/Latam O presidente-executivo da Latam Airlines, Roberto Alvo, disse nesta quinta-feira (18) que espera que a maior companhia aérea da América Latina esteja operando com cerca de metade da capacidade anterior à pandemia até o final deste ano, e que uma recuperação total é improvável por pelo menos três a quatro anos. A Latam entrou com pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos no mês passado, com o objetivo de reestruturar 18 bilhões de dólares em dívidas. Até então, a empresa era a maior companhia aérea do mundo a buscar proteção contra credores por causa da pandemia de coronavírus. Alvo acrescentou que a Latam espera encaminhar à justiça dos EUA um plano de recuperação de 2 bilhões de dólares nos próximos dias. Latam entra com pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos
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