Preços de gasolina e diesel sobem nas refinarias a partir de sexta
Aumento médio será de 5% no preço do litro da gasolina, e 8% no preço do diesel. No início do mês, Petrobras aumentou gasolina em 10% nas refinarias
A Petrobras informou nesta quinta-feira (18) que haverá um reajuste médio de 8% para o diesel e 5% para a gasolina nas refinarias a partir desta sexta, 19 de junho.
O movimento é o primeiro reajuste neste mês para o diesel, combustível mais utilizado do Brasil, e o segundo para a gasolina, que havia sofrido aumento de 10% em 9 de junho.
Preços do petróleo caem diante de novos surtos de covid-19 e alta no estoque dos EUA
As elevações seguem-se a aumentos consecutivos vistos no mês passado, principalmente na gasolina, em meio a uma recuperação nas cotações do petróleo no mercado internacional a partir de abril, após acordo entre Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e aliados para cortes recordes de oferta.
O petróleo Brent, referência internacional, acumula ganhos de mais de 100% desde meados de abril, quando tocou mínima de 21 anos, abaixo de 16 dólares.
A Petrobras defende que sua política de preços busca seguir valores de paridade de importação, que levam em conta o petróleo no mercado internacional e custos de importadores, como transporte e taxas portuárias, com impacto também do câmbio.
Petrobras registra queda de 31% dos casos de furto de combustíveis em dutos
O dólar acumula valorização de mais de 10% contra o real desde 8 de junho, quando havia recuado para mínimas em 12 semanas.
O repasse de reajustes nas refinarias até os consumidores finais, no entanto, não é imediato e depende de uma série de questões, como margem da distribuição e revenda, impostos e adição obrigatória de biodiesel.
Defasagem
Para o presidente da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), Sergio Araujo, apesar dos reajustes que deverão começar a vigorar na sexta-feira, continua a defasagem dos preços da Petrobras na comparação com os valores externos: em 11 centavos de real por litro para o diesel e de 0,13 real por litro para a gasolina.
Na opinião dele, isso inviabiliza importações de derivados, uma vez que o petróleo Brent está sendo negociado acima de 41 dólares o barril e o dólar está no patamar de 5,35 reais.
Reservas de petróleo nos EUA voltam a recorde histórico
A Petrobras informou no final da semana passada à Reuters que as refinarias da empresa, que responde por quase 100% do refino de petróleo nacional, tiveram recuperação na taxa de utilização de capacidade, com uma melhora no mercado de combustíveis no Brasil, uma queda na importação de derivados e exportações recordes de óleo combustível.
A taxa de utilização das refinarias no país atingiu cerca de 74%, bem próximo aos 77% verificados no período anterior ao início da pandemia de coronavírus, segundo os mais recentes dados do Ministério de Minas e Energia.
Mas, para o presidente da Abicom, "a demanda (de combustíveis) ainda não voltou ao normal" no país.
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Bolsas da Europa recuam com preocupações sobre nova onda de coronavírus
Investidores diminuíram as apostas arriscadas à medida que a contagem diária de casos atingia novos picos na Califórnia e no Texas, além de maiores restrições em Pequim. Líderes da União Europeia se reúnem para discutir maior pacote de recuperação da história
As bolsas da Europa fecharam em queda nesta quinta-feira (18), com um aumento nos casos de Covid-19 na China e em alguns Estados norte-americanos. Os temores sobre uma segunda onda de infecções resultou em queda de 60% nas ações da Wirecard pressionou o Stoxx 600.
Os investidores diminuíram as apostas arriscadas à medida que a contagem diária de casos atingia novos picos na Califórnia e no Texas, dois dos Estados mais populosos dos Estados Unidos, enquanto Pequim aumentava as restrições de movimento.
"Quanto mais rápido as economias reabrirem, maior será a probabilidade de vermos uma segunda onda de infecções se transformar em novos bloqueios. Portanto, o caminho nos próximos meses será obscuro", disse Hussein Sayed, estrategista-chefe de mercado da FXTM.
O índice FTSEurofirst 300 caiu 0,74%, a 1.418 pontos, enquanto o índice pan-europeu Stoxx 600 perdeu 0,71%, a 363 pontos, após dois dias seguidos de ganhos em meio a esperanças de uma rápida recuperação.
A Wirecard liderou as perdas, despencando 61,8%, depois que o auditor da empresa de pagamentos alemã recusou-se a assinar suas contas de 2019, com falta de mais de 2,1 bilhões de dólares.
Em Londres, o índice Financial Times recuava 0,47%, a 6.224 pontos.
Em Frankfurt, o índice DAX caía 0,81%, a 12.281 pontos.
Em Paris, o índice CAC-40 perdia 0,75%, a 4.958 pontos.
Em Milão, o índice Ftse/Mib tinha desvalorização de 0,51%, a 19.485 pontos.
Em Madri, o índice Ibex-35 registrava baixa de 1,18%, a 7.390 pontos.
Em Lisboa, o índice PSI20 desvalorizava-se 0,50%, a 4.428 pontos.
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Economia da Colômbia recua 20,06% em abril devido a coronavírus
O presidente do país, Iván Duque, declarou quarentena nacional no final de março e, embora algumas restrições tenham sido relaxadas recentemente, o bloqueio está programado para durar até 1º de julho. A economia da Colômbia teve contração de 20,06% em abril na comparação com o mesmo mês do ano anterior, uma vez que o país sentiu os efeitos de um bloqueio nacional para conter o coronavírus, informou a agência de estatísticas do governo colombiano nesta quinta-feira (18).
PIB do Peru despenca 40% anuais em abril por coronavírus
O presidente do país, Iván Duque, declarou uma quarentena nacional para conter a propagação da doença no final de março. Embora algumas restrições tenham sido relaxadas recentemente, o bloqueio está programado para durar até 1º de julho.
A economia do país andino cresceu 1,1% no primeiro trimestre do ano, após uma forte expansão em janeiro e fevereiro ter sido compensada pelo início das medidas contra a pandemia em março.
Milhares de empresas colombianas fecharam suas portas, o desemprego aumentou e o governo — que abandonou seus limites de déficit fiscal para 2020 e 2021 — espera que a economia recue 5,5% este ano.
Colômbia entra em nova fase de isolamento social obrigatório
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Ludmilla fala sobre atrito com Anitta: ‘Se não mudar de caráter, não quero perto de mim’
Em entrevista ao programa 'Encontro', cantora afirmou que uma conversa entre as cantoras é possível se Anitta 'mudar de verdade'. Anitta e Ludmilla Montagem/G1 Ludmilla foi uma das convidadas do programa "Encontro" desta terça-feira (16) e voltou a falar sobre a polêmica entre ela e Anitta. Um dia antes, na segunda-feira (15), Ludmilla usou suas redes sociais para fazer um longo desabafo sobre a cantora, no que ela chamou de "Carta Aberta". No Instagram, Lud postou um vídeo de quase 11 minutos, no qual narra momentos de atritos entre elas, relembra a polêmica sobre composição de "Onda Diferente" e expõe troca de áudios com Anitta. Antes de questionar a cantora, Fátima Bernardes disse que torcia para que as duas artistas se entendessem eperguntou se uma conversa entre elas era possível. "Logico, se um dia a pessoa mudar o caráter. Sem caráter, não adiante de nada. Se mudar de caráter de verdade, talvez a paz comece a reinar", afirmou a cantora. "Nunca quis guerra com ninguém, só queria ficar na paz. Mas eu tive que expor a verdade e foi libertador pra mim. Passei maus bocados na minha casa, pessoas falando o que não sabiam." "Quero que esse capítulo fique pra lá. Se não mudar de caráter, não quero esse tipo de pessoa perto de mim e na minha vida", encerrou a cantora, já emendando o desabafo com o anúncio de seu próximo lançamento musical. A cantora vai lançar "Cobra venenosa" no dia 3 de julho. Esta semana, Ludmilla divulgou um trecho da canção nas redes sociais. O G1 procurou a assessoria de Anitta e aguardava resposta até a última atualização desta reportagem. Initial plugin text Queda em live Na atração, Ludmilla também relembrou o tombo na piscina durante sua primeira live. "Perturbei minha equipe querendo um palco transparente e queria na altura da piscina. Ficou tão transparente que se misturou com a piscina. E eu animadíssima. Quando fui ver, caramba… cai na piscina", relembrou a cantora. "Foi sufoco porque não dá pra chamar comercial em live. Tive que fazer [a apresentação] molhada. Tinha água no microfone, no fone de ouvido… Fui me ajeitando aos poucos." Ludmilla cai na piscina durante live Reprodução/YouTube/Ludmilla Internação Durante a conversa com Fátima, Ludmilla também falou sobre o lançamento de seu prometido disco de pagode, a quarentena ao lado da mulher, Brunna Gonçalves, contou que compôs três músicas na quarentena e relembrou sua internação em maio por causa de um problema renal. Ludmilla passou 6 dias no hospital após ser diagnosticada com com pielonefrite aguda. "Um susto que já passou, agora estou 100%. Fiz exames de revisão e, graças a Deus, estou zerada." Ludmilla contou que tentou aguentar ao máximo a dor que sentia, pois não queria ir ao hospital em meio à pandemia de coronavírus. "Por isso que fiquei mais tempo sentindo dor. A última opção era hospital. Mas senti tanta dor, que no final fui obrigada a ir. Agora tô ótima." Ludmilla faz desabafo sobre Anitta, expõe áudios da cantora e diz que "quer distância"
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França repensa Cultura pós-pandemia, revê modelo econômico e relação com público
Setor emprega mais de um milhão de franceses e produz dividendos sete vezes maiores que a indústria automobilística do país. Homem usando máscara de proteção organiza livros na livraria La Sorbonne, na França Eric Gaillard/Reuters 6 mil cinemas, 3 mil livrarias, 2500 casas de show, 1200 museus e mais de mil 1000 teatros fechados. 2540 shows cancelados em festivais de verão do Hemisfério Norte, que tentam sobreviver a um prejuízo da ordem de 3 milhões de euros. A cultura na França acorda lentamente e com ressaca do torpor causado pela crise sanitária, tentando recuperar um setor que emprega mais de um milhão de franceses, e que produz dividendos sete vezes maiores que a indústria automobilística do país. Rumores de que o novo coronavírus trazia ameaças mais sérias do que "uma gripezinha" começaram a correr a França no dia 4 de março de 2020, quando as portas do museu mais visitado do mundo – o Louvre – foram fechadas para o público em plena temporada. Os franceses e parisienses começaram então a perceber que algo mais série se passava do ponto de vista sanitário. Essa percepção demorou para se consolidar. No dia 7 de março, o presidente da França, Emmanuel Macron, esteve na plateia de um espetáculo no tradicional teatro Bouffes du Nord, no décimo distrito de Paris. Mas o "coup de grâce", ou o golpe final para o setor cultural francês, veio no 13 de março, quando o primeiro-ministro, já em alerta pelo alcance da pandemia, mandava fechar à meia-noite daquele dia todas as estruturas de acolhimento do público que não fossem “essenciais para o país”. Além de casas de shows, ópera, teatro e dança, o que na França é conhecido como "spectacle vivant", também os museus, grande patrimônio francês, estão tendo que remodelar seus sistemas econômicos para a reabertura do país, que engata nova fase no dia 22 de junho com a abertura das salas de cinema. A questão se coloca de maneira dramática, uma vez que o atual modelo econômico dos grandes museus depende de uma frequência massiva do público para sobreviver. O centro de arte contemporânea de Paris – o Georges Pompidou – contabiliza um prejuízo atual de 2 milhões de euros e o Grand Palais perde cerca de 50 mil de euros por dia sem os visitantes. Qual seria a nova fórmula para sobreviver em tempos de pós-pandemia? Abrir e fechar mais tarde as salas, para diminuir o amontoamento do público? Mudar a relação com a apreciação da obra de arte, em espaços mais desfalcados de gente? Todas essas questões são passadas a limpo neste mês de junho na França. A ministra francesa da Cultura, Aurélie Filippetti, questiona se não seria a hora de mudar o modelo econômico que hoje sustenta os grandes museus. "Talvez seja o momento de investir mais nas coleções permanentes e menos nas grandes exposições temporárias temáticas, que chamamos de exposição-evento", argumentou Flippetti à televisão francesa. Foi anunciado em 6 de maio um plano de recuperação para o setor cultural na França, gravemente afetado pela pandemia e pela quarentena. Muito criticado pelo setor, que denunciava coletivamente um "esquecimento intencional da cultura", Macron anunciou na ocasião que manteria o sistema de remunerações dos artistas, produtores e técnicos das artes até agosto de 2021 e a criação de um "fundo de indenização" para todos os profissionais do audiovisual francês cujas produções fossem canceladas devido à crise do coronavírus. 'Crianças mimadas' "Para ser bem sincero, acredito que na França somos as crianças mimadas da cultura", diz o roteirista Jean-Marie Chavent, que assina séries de sucesso para a televisão francesa. "Quero dizer com isso que existe uma espécie de reclamação de que apenas 1% do orçamento francês seja destinado à cultura. Acredito que, no mundo, somos um dos países onde o orçamento destinado ao setor é um dos mais significativos, e isso nunca foi questionado”, argumenta. "Depois, há o estatuto dos 'intermitentes do espetáculo', pelo qual somos invejados por artistas do mundo inteiro", afirma Chavent. "Efetivamente, podemos dizer que existe um modelo a ser reinventado, mas, uma vez mais, minha percepção é de que somos privilegiados, seja no cinema, na televisão, ou nas chamadas 'exceções culturais' [mecanismo que obriga os canais de televisão a investir uma boa parte de seus lucros no cinema francês]", diz o roteirista. "Apesar de tudo, fazemos parte de um sistema bastante privilegiado e protegido. Podemos sempre reclamar a curto prazo, dizendo que [os efeitos da crise sanitária na cultura francesa] foram mal administrados, mas eu não acredito nisso", afirma. Chavent conta que as equipes de televisão já voltaram a gravar novos episódios na França, mas com algumas medidas de precaução. "Não existe nenhuma indicação sobre a idade [dos atores e da equipe]. No que diz respeito aos roteiristas, o governo francês administrou bem a crise, algumas subvenções do Estado foram criadas, e também a categoria contou com isenção parcial de impostos. Ajudas de urgência foram disponibilizadas também pelo CNC [o Centro Nacional de Cinema da França]", relata. "Essas ajudas foram relativamente eficazes", avalia Chavent. O sistema da intermitência a que se refere o roteirista Jean-Marie Chavent é uma especificidade francesa que garante a sobrevivência de artistas e técnicos do espetáculo durante o período em que não estão em atividade na França. Para se ter direito a esta indenização especial e dedicada à classe artística, cada profissional deve cumprir e comprovar 507 horas de trabalho por ano, sem as quais não se consegue o subsídio. 'A incerteza é a materialização da cultura' Radicado na Europa há mais de 15 anos, o performer e artista brasileiro Wagner Schwartz hoje mora na França, onde já se apresentou em algumas das instituições culturais mais prestigiosas do país. O autor de "La Bête", obra que chocou a extrema direita brasileira e virou alvo de sites de fake news e milhares de ameaças anônimas, tem uma visão nada romântica do momento. "Artistas intermitentes estão furiosos, porque muitos pensam a cultura na França e não apenas em salvar a própria vida durante uma pandemia. Macron pensa em salvar a vida dos intermitentes durante a pandemia. Ele não se preocupa com vida dos artistas, com a cultura na França. O que, olhando de fora, não parece coerente, visto o grande número de festivais, teatros, centros de formação que este país construiu", afirma Schwartz. "Pensar a cultura local – que também é internacional – exigiria um investimento maior, porque ela não se reduz à arte institucionalizada, mas também ao que está ao redor dela: as produções intermitentes, que entram e saem das instituições. Garantir a sobrevida de uma estrutura, de uma tradição não significa problematizar o que as faz existir ainda hoje", garante. "Muitos artistas vivem a incerteza de um próximo trabalho e este estado de precariedade é também a França. Ele não pode ser ignorado. A incerteza faz parte do contexto de muitos trabalhos, peças, filmes apresentados na França. A incerteza é a materialização da cultura", diz o performer. "O investimento maior, do qual falava logo acima, não tem relação alguma com orçamento, mas com um compromisso intelectual, político: investir no assunto em detrimento do funcionamento dos estabelecimentos. Investir no assunto de hoje, na incerteza, dá trabalho, muito mais trabalho do que se possa imaginar. Contudo, é daí que surge um verdadeiro compromisso com a cultura local/internacional. Já dizia Woody Allen, 'a tradição é uma ilusão da permanência'", conclui o artista. O drama dos DJs Outra categoria cultural que sofreu bastante com a pandemia foram os DJs como o brasileiro Thy San, que assina algumas das noitadas mais disputadas de Paris, e que está há três meses de molho. "Acho que a nossa profissão é uma das que mais vai sofrer, porque será certamente o ultimo setor a retornar", avalia San. "Precisamos em nossa profissão obrigatoriamente do presencial. Geralmente as festas que faço aqui são bem cheias, entre 300 e 1.000 pessoas. Alguns lugares já começam a abrir esta semana, mas com música mais lounge, e não para dançar", conta o DJ. "Não sei quanto tempo isso vai durar, porque a verdade é que todo mundo começa a dançar num determinado momento. É impossível controlar isso", confessa o profissional. "Nos lugares que reabrem esta semana, propuseram que as pessoas permaneçam sentadas, e as casas poderão atuar apenas com 30% de sua capacidade de público. Além disso, as pessoas não podem beber de pé, apenas sentadas. Não sei muito bem como vai ser isso", diz. "Fomos atingidos muito fortemente pelos efeitos da crise sanitária. Eu tinha acabado de fazer diversas festas do Carnaval brasileiro, cheguei em Paris com várias datas pré-marcadas que foram canceladas. Não teve como recuperar isso, do dia para a noite tudo se perdeu", afirma. "Eu sou inscrito no estatuto de pequeno empresário ('autoentrepreneur') na França (que autoriza a receber cachês e emitir notas fiscais). Tivemos ajuda do governo para sobreviver nestes três meses, uma ajuda 'excepcional' para quem tem os documentos em dia. Eles estudam agora continuar essa ajuda até setembro, quando nossa atividade deve recomeçar de fato", afirma Thy San. "Acho bem legal a ajuda do governo francês a profissionais como DJs, sobretudo em comparação com o Brasil. Meus amigos no Brasil não tem acesso a essa ajuda, por exemplo. No começo deu um desespero, porque não houve uma resposta específica sobre a nossa categoria, mas agora está tudo bem", conclui o DJ.
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Alan Frank, ex-membro do Polegar, fala sobre recuperação da Covid-19: ‘Reaprendendo a comer, falar, andar’
Ex-tecladista e vocalista, que hoje é oftalmologista, conta que não está mais entubado, mas ainda respira com ajuda de um catéter e se alimenta por sonda. Ele está internado em São Paulo. Alan Frank, ex-vocalista do Polegar Reprodução / Instagram Alan Frank, ex-tecladista e vocalista do grupo Polegar, divulgou um vídeo nesta terça-feira (19) em que ele fala sobre sua recuperação da Covid-19. O vídeo foi gravado no dia 12 de junho, e ele diz no post que ainda está internado e continua se recuperando. Alan está internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo. O músico, que fez parte do Polegar em todas as suas formações, em períodos entre 1989 e 2015, hoje trabalha como médico oftalmologista. Ele chegou a ficar em estado grave por causa do novo coronavírus. “Estou reaprendendo a comer, falar, andar. Mas graças a Deus e à toda equipe maravilhosa e atenciosa eu estou melhorando bastante", ele diz. Alan conta que não está mais entubado, mas ainda respira com ajuda de um catéter e se alimenta por sonda. "Valorizem a vida, a vida vale demais, gente." Veja o vídeo abaixo: Initial plugin text Semana Pop conta quais famosos têm ações concretas para combater coronavírus
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PC Siqueira apaga canal no YouTube após acusações e investigação
Canal maspoxavida ficou indisponível nesta terça-feira (16). Perfil no Twitter divulgou suposta conversa em que youtuber teria comentado foto de criança de seis anos nua. Canal maspoxavida, de PC Siqueira, antes de ficar indisponível Reprodução/Wayback Machine PC Siqueira apagou seu canal no YouTube, o maspoxavida, nesta terça-feira (16). O youtuber também deixou privado seu perfil no Instagram. Quem tenta acessar o canal, criado em 2010 na plataforma de vídeos, encontra o aviso que a página está indisponível. Ele é investigado pela polícia após o vazamento de supostas mensagens e acusações pedofilia. Na última semana, um perfil no Twitter compartilhou imagens de uma conversa em que Siqueira teria afirmado que recebeu fotos de uma criança de 6 anos nua. Por meio de comunicado, a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo confirmou a investigação: "a 4ª Delegacia de Proteção à Pessoa, do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), apura a denúncia feita por meio das redes sociais contra a pessoa citada". O crime seria de pornografia infantil. Após o vazamento do vídeo com a conversa, o youtuber publicou um longo texto nas redes sociais citando "articulação criminosa" para tentar acusá-lo de "algo terrível, que jamais cometi ou cometeria"
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Emmy 2020 é confirmado em setembro com Jimmy Kimmel como apresentador
Maior premiação da TV americana mantém data programada, mas não dá detalhes sobre como será cerimônia em época de isolamento social. Jimmy Kimmel apresenta o Emmy em 2016 Reuters A entrega dos prêmios Emmy para a televisão, um dos maiores eventos do calendário do showbusiness, irá ocorrer em setembro conforme planejado, com Jimmy Kimmel como apresentador, informou a emissora ABC nesta terça-feira (16). A ABC, da Walt Disney, não deu detalhes de como a cerimônia de entrega dos principais prêmios da televisão será produzida em uma época na qual a pandemia do novo coronavírus tem forçado o cancelamento de vários eventos ao vivo. "Não sei onde faremos isso ou como faremos isso ou mesmo por que estamos fazendo isso, mas estamos fazendo e estou apresentando", disse Kimmel em comunicado sobre o evento marcado para 20 de setembro. O Emmy Awards geralmente é realizado ao vivo em Los Angeles, diante de um público de estrelas e precedido pelo tapete vermelho. Não estava claro se a cerimônia iria adiante neste ano, em razão das restrições a grandes aglomerações e exigências de distanciamento social. O comunicado desta terça informou que detalhes de como a premiação será produzida serão anunciados em breve. Os cenários considerados incluem um evento completamente virtual ou uma combinação de elementos presenciais, trechos pré-gravados e aparições online, de acordo com a revista "Variety", que acompanha os bastidores de Hollywood. A epidemia do coronavírus interrompeu a produção de programas de televisão e filmes em todo o mundo em meados de março e levou ao cancelamento de festivais de cinema e apresentações ao vivo.
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Discos para descobrir em casa ‘Miúcha’, Miúcha, 1988
Capa do álbum 'Miúcha', de Miúcha Márcia Ramalho ♪ DISCOS PARA DESCOBRIR EM CASA – Miúcha, Miúcha, 1988 ♪ Em 1968, sete anos antes de se lançar profissionalmente como cantora com a gravação de compacto duplo editado em 1975, Heloísa Maria Buarque de Hollanda (30 de novembro de 1937 – 27 de dezembro de 2018) residia em Nova York (EUA) quando o dionisíaco encenador de teatro José Celso Martinez Corrêa a presenteou com disco da cantora norte-americana Billie Holiday (1915 – 1959). Ao ouvir o disco, Heloísa – Miúcha, para a família, os amigos e, no futuro, para o Brasil – se encantou com a abordagem do standard jazzístico Solitude (Duke Ellington, Eddie DeLange e Irving Mills, 1934) por Billie. Um tempo depois, ao conhecer Albert Dailey (1939 – 1984), Miúcha se aventurou a registrar Solitude em fita com o toque desse pianista norte-americano de jazz. Vinte anos depois, a fita foi encontrada e, uma vez restaurada, a gravação seminal de Miúcha se transformou na sétima das 11 faixas do quinto álbum da cantora carioca, Miúcha, lançado em 1988 pela gravadora Continental. A bem da verdade, esse belo álbum Miúcha podia até ser considerado o sexto da artista, já que, por questões jurídicas entre gravadoras, a cantora nunca recebeu oficialmente o devido crédito pela relevante participação vocal no disco The best of two worlds – Stan Getz e João Gilberto (1976), o real álbum de estreia de Miúcha. Gravado sob direção musical do violonista Luiz Claudio Ramos, autor dos arranjos de criação dividida com o pianista Cristovão Bastos, o LP Miúcha de 1988 foi – de todo modo – o segundo álbum solo da cantora. O primeiro desde o álbum de 1980 também intitulado Miúcha. É que, em 1988, com meros 13 anos de carreira fonográfica, Miúcha já tinha tido a primazia – aliás, uma proeza única na história da música brasileira – de ter assinado três álbuns com Antonio Carlos Jobim (1927 – 1994). Dois foram gravados em estúdio pela cantora com o maestro e lançados em 1977 e 1978. Entre um e outro álbum, houve disco ao vivo que perpetuou show feito em 1977 por Miúcha e Tom Jobim com Vinicius de Moraes (1913 – 1980) e Toquinho. Aliás, a atmosfera da bossa nova e a soberania da música de Tom Jobim foram evocadas e citadas pelo álbum Miúcha no estupendo arranjo de Saudosismo (Caetano Veloso, 1968). Em registro cheio de nostalgia, a regravação de Saudosismo juntou Miúcha com a filha Bebel Gilberto, então em início de carreira – tendo lançado em 1986 EP com parceiras com Cazuza (1958 –1990) e Dé Palmeira – e soando imatura nessa participação premonitória da associação de Bebel com a bossa carioca que ela repaginaria em moderna ambiência eletrônica apresentada ao mundo no ano 2000. Desde então, Miúcha também passou também a ser “a mãe de Bebel Gilberto”, além de continuar sendo a “irmã de Chico Buarque” e a “ex-mulher de João Gilberto” (1931 – 2019) aos olhos de quem ignorava, por desconhecimento ou maldade, que Miúcha era também cantora interessante, dona de discografia coerente, diluída ao longo da década de 1990 com a feitura de um único álbum de estúdio para o Japão, Rosa amarela (1997), mas retomada nos anos 2000 a partir do ingresso da cantora na gravadora Biscoito Fino. Ao ser lançado em 1988, o álbum Miúcha reiterou a importância e a beleza dessa discografia pautada pelo bom gosto. Basta lembrar que ninguém menos do que o cantor e compositor cubano Pablo Milanés figurou na abertura do disco, dividindo com Miúcha a interpretação de Buenos dias, América, então recente salsa que batizara álbum lançado por Milanés em 1987. A gravação caiu no suingue cubano e culminou em clima de jam latin session. Compositora bissexta de músicas como Todo amor (1980) e No Carnaval de Olinda (1982), Miúcha assinou a letra de Para viver, versão em português de outra música Pablo Milanés, Para vivir (1976), canção elevada no disco pelo arranjo celestial do pianista Helvius Vilela (1941 – 2010). Helvius foi um dos virtuosos músicos arregimentados para a feitura desse álbum que consumiu dois anos entre a idealização e a efetiva gravação, como Miúcha ressaltou em um dos elucidativos textos que escreveu para o encarte do LP de 1988. Mesmo gravitando em volta das tradições da MPB, como mostrou a gravação do então inédito samba Iaiá (Cristovão Bastos e Paulo César Pinheiro, 1988), Miúcha surpreendeu ao transformar Anjo exterminado (Jards Macalé e Waly Salomão, 1972) em samba sincopado que evoluiria bem em salão de gafieira. Evocações modernas do passado da música brasileira também saltaram aos ouvidos nas quatro então inéditas parcerias de Guinga com Paulo César Pinheiro incluídas no repertório do álbum Miúcha. A melhor abordagem foi a de Nonsense, valsa à moda francesa em cuja gravação a cantora valorizou a letra engenhosa em que Pinheiro, escrevendo em bom português, evocou com precisão a sonoridade de língua francesa. Miúcha também se saiu bem ao seguir o ágil andamento do moderno choro Chorando as mágoas. Já a interpretação de Porto de Araújo se ressentiu da falta de dramaticidade, a rigor inexistente no canto de Miúcha. Com a leveza da bossa, o samba Por gratidão completou o lote de parcerias de Guinga e Paulo César Pinheiro apresentadas por Miúcha no álbum lançado três anos antes de a MPB descobrir Guinga e incensar o compositor pela parceria com Aldir Blanc (1946 – 2020). Uma quinta música de Guinga e Pinheiro, Fonte abandonada, gravada pela cantora em 2003 em registro até então inédito em disco, apareceu na caprichosa segunda edição em CD do álbum Miúcha, idealizada por Heron Coelho para celebrar os 40 anos de carreira da cantora e editada em 2015 pela Warner Music, detentora do acervo da gravadora Continental (a primeira desleixada edição em CD tinha saído em 1994). Na disposição do LP original de 1988, a regravação da Valsa dos músicos (Uma só família) (Mutinho e Vinicius de Moraes, 1981) encerrou o álbum Miúcha com a classe dessa cantora que, citando versos da letra da valsa, em 2018, aos 81 anos, “subiu para o infinito astral pelos degraus de um som”, deixando no plano terreno uma família musical que extrapolou os nobres laços de sangue da artista.
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Lives de hoje: Chitãozinho & Xororó, Vitor Kley, Sepultura e mais shows para ver em casa
Quarta-feira (17) também é dia de shows de Fafá de Belém, MC Soffia, Tereza Cristina, Adriana Moreira e outros. Dupla Chitãozinho & Xororó na Festa do Peão de Americana de 2019 Érico Andrade/G1 Chitãozinho & Xororó, Vitor Kley e Sepultura estão entre os artistas com lives programas nesta quarta-feira (17). Veja a lista completa com horários das lives abaixo. Sepultura – 16h15 – Link MC Soffia e outros – Quintal da Cultura – Vidas pretas importam – 17h – Link Adriana Moreira (Em Casa com Sesc) – 19h – Link Vitor Kley – Multishow – 20h – Link Chitãozinho e Xororó – 20h30 – Link Fafá de Belém (Cultura em Casa) – 21h30 – Link Teresa Cristina – 22h – Link As cenas de 'lives' da quarentena que já estão na história do entretenimento brasileiro
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