Eddie Redmayne critica tuítes de J. K. Rowling e repete: ‘Mulheres trans são mulheres’
Ator, que interpreta protagonista de filmes baseados em obras da escritora, citou declaração de Daniel Radcliffe contra comentários sobre identidade de gênero. Eddie Redmayne em cena de 'Animais Fantásticos: Os Crimes de Grindelwald' Divulgação O ator Eddie Redmayne, protagonista da série de filmes "Animais fantásticos", se juntou ao colega Daniel Radcliffe nesta quarta-feira (10) ao criticar tuítes da escritora J. K. Rowling em relação a identidade de gênero. "Como alguém que trabalhou tanto com J. K. Rowling quanto com membros da comunidade trans, quero deixar absolutamente claro qual a minha posição", afirmou o britânico em comunicado enviado à revista "Variety". "Eu discordo dos comentários de Jo." A série cinematográfica "Animais fantásticos" é baseada em obras da escritora, com história anterior aos acontecimentos de "Harry Potter". Redmayne voltará ao personagem no terceiro filme, previsto para 2021. No domingo (7), ela motivou a raiva de fãs e membros da comunidade após uma série de tuítes considerados transfóbicos. Na segunda-feira (8), a autora foi criticada também por Radcliffe, que interpretou o bruxo Harry Potter em oito filmes. Redmayne repetiu uma frase usada pelo colega. "Mulheres trans são mulheres, homens trans são homens e identidades não-binárias são válidas. Eu nunca falaria em nome da comunidade, mas sei que meus queridos amigos e colegas transgênero estão cansados desse questionamento constante sobre suas identidades, que muitas vezes resulta em violência e abuso." Redmayne foi indicado ao Oscar de melhor ator em 2016 por "A Garota Dinamarquesa", no qual interpretava uma mulher transgênero. "Respeito por pessoas transgênero permanece um imperativo cultural, e ao longo dos anos venho tentado me educar constantemente", disse o ator.
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CPM 22 anuncia afastamento do baterista Japinha da banda após vazamento de conversa com fã que disse ter 16 anos
Ao G1, Japinha confirmou que a conversa aconteceu, mas disse que não havia 'intenção de seduzir'. Ele disse que o grupo ia 'se prontificar' a defendê-lo por que a 'banda é unida'. Japinha, do CPM22, desce o braço na bateria durante show no festival João Rock 2019, em Ribeirão Preto, SP Érico Andrade/G1 O CPM 22 anunciou o afastamento do baterista Japinha da banda nesta quarta-feira (10). A decisão foi tomada após o vazamento de conversas de Japinha com uma fã de 16 anos. Em entrevista ao G1, Japinha confirmou que teve a conversa em 2012, mas disse que fazia "brincadeiras" e não tinha "intenção de seduzir". "Após os últimos acontecimentos, decidimos pelo afastamento do nosso baterista, Ricardo Japinha, reafirmando nossa posição de não compactuar com atitudes desrespeitosas com quem quer que seja. A banda continua", diz o comunicado do CPM 22. Ricardo Di Roberto, conhecido como Japinha, tocou no CPM 22 durante 21 anos. Ele entrou na banda em 1999, quatro anos depois de sua formação, e tocou em todos os sete álbuns de estúdio (só não participou de demo tapes de 1996 e 1998). Initial plugin text Nas mensagens em 2012, eles falaram de namoro e virgindade. A conversa com o baterista, que na época tinha 36 anos, foi divulgada no dia 4 de junho de forma anônima, em um perfil chamado "Exposed emo" no Twitter. Nos últimos dias, a hashtag #exposed tem sido usada em denúncias de abusos e assédio feitas por mulheres. Initial plugin text A repercussão negativa aumentou na terça-feira (9), depois que o baixista do CPM 22, Fernando Sanches, saiu da banda. Ele fez o anúncio no Instagram, mas não disse o motivo. Japinha também disse ao G1, na noite de terça-feira, não saber a causa da saída de Fernando. Mas ele afirmou na entrevista ao G1 que que o resto da banda estava "se prontificando" a defendê-lo. Japinha, baterista da banda CPM 22, no sambódromo Cláudio Augusto/Brazil News "A gente não pode deixar todo mundo falando mal de mim. Os caras me conhecem, sabem da minha índole, me acompanham há 21 anos. Nunca viram eu fazer mal para nem uma pessoa", disse Japinha ao G1 na noite de terça. " Por isso eles também estão se prontificando a me defender, porque a banda é unida. " Um dos trechos da conversa de Japinha com a fã que diz ter 16 anos Reprodução / Twitter Na madrugada de terça-feira, a banda havia divulgado outro comunicado sobre o caso, antes de anunciar o afastamento do baterista: "Fomos surpreendidos com postagens sobre o comportamento de um integrante de nossa banda. Somos um coletivo onde cada um responde por suas atitudes. Mas uma coisa é clara: não compactuamos com atitudes desrespeitosas contra quem quer que seja. Nosso maior interesse é que tudo isso seja esclarecido o quanto antes." CPM 22 Mateus Mondin/Divulgação
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J. K. Rowling defende sua ‘preocupação com novo ativismo trans’ após críticas
Escritora de 'Harry Potter' publicou longo texto sobre sua postura. Ela foi criticada pela comunidade LGBT+ e por atores como Daniel Radcliffe e Eddie Redmayne. Escritora britânica J. K. Rowling, autora de 'Harry Potter' Martyn Hicks, One Young World J. K. Rowling publicou nesta quarta-feira (10) um longo texto em seu site em defesa de seus comentários e sua postura sobre identidade de gênero. No domingo (7), ela provocou raiva de fãs e membros da comunidade LGBT+ após uma série de tuítes considerados transfóbicos. Ela também foi criticada por atores que interpretaram protagonistas em adaptações de suas obras, como Daniel Radcliffe e Eddie Redmayne. Na publicação desta quarta, a autora da série de livros "Harry Potter" afirma que se interessa pelo assunto por ser "sobrevivente de abuso doméstico e de ataque sexual". "Estou sob olhares públicos por 20 anos e nunca falei publicamente sobre ser uma sobrevivente de abuso doméstico e de ataque sexual. Isso não é porque tenho vergonha das coisas que aconteceram comigo, mas porque elas são traumáticas de revisitar e lembrar", escreveu Rowling. "Também sinto que devo proteger minha filha de meu primeiro casamento. Não queria reivindicar propriedade exclusiva sobre uma história que também pertence a ela. No entanto, há pouco tempo, perguntei a ela como ela se sentiria se eu fosse publicamente honesta sobre essa parte da minha vida, e ela me encorajou a seguir em frente", diz ela no texto. "Menciono essas coisas agora não em uma tentativa de conseguir simpatia, mas em solidariedade ao número gigantesco de mulheres que têm histórias como as minhas, que foram difamadas como intolerantes por terem preocupações com lugares para um só sexo." Ela afirma ter outros quatro fatores que motivam sua "preocupação com o novo ativismo trans": o impacto que o "o novo ativismo trans" terá em causas que ela apoia, como projetos para prisioneiras mulheres ou sobreviventes de abuso; seu passado como professora e seu papel atual como fundadora de uma instituição de caridades para crianças; um interesse pela liberdade de expressão, por ser uma autora que já foi banida diversas vezes; e um preocupação com o "a enorme explosão de jovens mulheres que desejam fazer a transição e também o crescente número daquelas que parecem estar revertendo o processo". "Pessoas trans precisam de e merecem proteção. Como mulheres, elas têm mais chances de serem mortas por parceiros sexuais. Mulheres trans que trabalham na indústria sexual, particularmente mulheres trans de cor, estão particularmente em risco. Como toda outra sobrevivente de abuso doméstico e abuso sexual que conheço, eu sinto nada além de empatia e solidariedade por mulheres trans que são abusadas por homens." Em seguida, no entanto, ela defende que alguns lugares mantenham separações baseadas no nascimento. "Ao mesmo tempo, eu não quero que quem nasceu como garotas e mulheres fiquem menos seguras. Quando você abre as portas de banheiros e vestiários a qualquer homem que acredita ser uma mulher – e, como eu disse, certificados de confirmação de gênero podem agora ser dados sem necessidade de cirurgia ou hormônios – então você abre a porta para qualquer e todo homem que deseje entrar. Essa é a simples verdade."
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Thiaguinho cancela live após diagnóstico de inflamação nas pregas vocais: ‘Fiquei bem triste’
Em seu Instagram, cantor afirmou que está de repouso vocal e cumprindo ordens médicas. Ainda não há data para a nova apresentação on-line. Thiaguinho no Baile da Santinha, de Léo Santana Joilson César/Ag Haack Thiaguinho cancelou a live que faria neste sábado (13) após ser diagnosticado com inflamação nas pregas vocais. O anúncio foi feito pelo próprio cantor nas redes sociais. “Gostaria de fazer um vídeo para dizer isso pra vocês, mas estou em repouso vocal. Sim, também fui pego de surpresa", iniciou Thiaguinho. "Infelizmente, estou com as pregas vocais bem inflamadas. Coisas que fogem do nosso controle, né? Fiquei bem triste. Já estava todo empolgado com a chance de cantar com vocês, mesmo que de longe. Mas tudo no tempo de Deus." "Não se preocupem! Já estou me tratando e cumprindo todas as ordens médicas. Prometo fazer tudo que estiver ao meu alcance para melhorar o mais breve possível." Ainda não há data para a nova apresentação on-line. Thiaguinho fez uma live no dia 23 de abril e entrou para a lista das apresentações online mais vistas no Brasil. Initial plugin text
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‘E o vento levou’ lidera lista de mais vendidos da Amazon nos EUA depois de ser retirado de plataforma
Filme de 1939 foi removido de catálogo da HBO Max após críticas à representação de escravos. Hattie McDaniel (esq.) e Vivien Leigh em cena de '…E o vento levou' Divulgação O filme "…E o vento levou" (1939) chegou ao topo da lista de filmes e TV da Amazon nos Estados Unidos nesta quarta-feira (10), um dia depois de ser retirado do catálogo de uma plataforma de vídeos. A produção, ganhadora de oito Oscar, foi removida temporariamente do HBO Max por suas "representações racistas", segundo a empresa. Já na loja digital da Apple, o filme está na quinta colocação. "…E o vento levou" continua sendo uma das maiores bilheterias de todos os tempos (quando são calculados os ajustes pela inflação), mas sua representação de escravos conformados e heroicos proprietários de escravos é alvo de críticas. "'E o Vento Levou' é um produto de seu tempo e contém alguns dos preconceitos étnicos e raciais que, infelizmente, têm sido comuns na sociedade americana", afirmou um porta-voz da HBO Max em um comunicado enviado à AFP. "Estas representações racistas estavam erradas na época e estão erradas hoje, e sentimos que manter este título disponível sem uma explicação e uma denúncia dessas representações seria irresponsável", completou. Várias manifestações aconteceram nos Estados Unidos após a morte, em 25 de maio, do afro-americano George Floyd durante uma ação policial, com pedidos de reforma das forças de segurança e da remoção símbolos do legado racista, incluindo alguns monumentos. O filme será disponibilizado novamente na plataforma de streaming em uma data ainda a ser definida, junto com uma discussão de seu contexto histórico, informou a empresa. Mas nenhum corte será feito no longa-metragem, "porque fazer isto seria como dizer que estes preconceitos nunca existiram".
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Discos para descobrir em casa – ‘Elo’, Maria Rita, 2011
Capa do álbum 'Elo', de Maria Rita Vicente de Paulo ♪ DISCOS PARA DESCOBRIR EM CASA – Elo, Maria Rita, 2011 ♪ Em maio de 2010, Maria Rita estreou show de atmosfera mais íntima na casa Tom Jazz, na cidade de São Paulo (SP). Em tese, seria mero show de entressafra, concebido por encomenda do mercado europeu e feito sem pressão e sem compromisso de virar disco ou turnê. Na prática, o show gerou longa turnê pelo Brasil e deu origem ao quarto álbum da artista, Elo, lançado em setembro de 2011 com registro de estúdio de várias músicas a que Maria Rita dava voz nesse show que – por apresentar a cantora paulistana ao lado de trio de piano (o de Tiago Costa), baixo acústico (o de Sylvinho Mazzucca) e bateria (a de Cuca Teixeira) – reconectou a filha de Elis Regina (1945 – 1982) à sonoridade do estupendo e avassalador início de carreira. Só que havia uma diferença fundamental entre esse começo de trajetória e o momento transitório de Elo. É que, em 2010, Maria Rita Camargo Mariano já havia cortado o cordão umbilical no álbum que lançara há então três anos, Samba meu (2007), título definidor da linha seguida posteriormente pela artista com predomínio do samba no repertório. Esse corte começara a se delinear no segundo álbum da cantora, intitulado justamente Segundo (2005), mas foi efetivado quando Maria Rita pediu licença aos bambas, adotou imagem mais jovial e caiu no samba, se desvinculando da herança musical da mãe, visível de forma assombrosa no primeiro álbum dessa cantora nascida em 9 de setembro de 1977, Maria Rita (2003). Em cena desde 2002, ano em que foi apadrinhada por Milton Nascimento com convite para participar de Pietá, revigorante álbum lançado pelo cantor ao fim daquele ano de 2002, Maria Rita já surgiu como cantora incrivelmente pronta, segura, como se já tivesse anos de estrada. Uma grande cantora, cuja voz conjugava técnica admirável e alta carga emocional, evidenciada no álbum inicial de 2003 e intencionalmente diluída nos álbuns posteriores, sobretudo em Samba meu. Essa grandeza foi amplificada em escala nacional pelo agressivo plano de marketing traçado em 2003 pela diretoria da Warner Music na figura de Marcelo Maia, então executivo da gravadora, para lançar a cantora com pompa. Extremamente vitorioso ao alimentar a monumental expectativa da mídia com a edição do álbum Maria Rita (2003), campeão de vendas e críticas, esse marketing desafinou no lançamento do segundo disco, a ponto de tirar o foco dos méritos do CD sequencial de 2005. Contudo, Maria Rita sempre pairou acima de estratégias mercadológicas (as certeiras e as equivocadas) pela imponência do canto naturalmente prodigioso que ressoou límpido no álbum Elo. A rigor, Elo foi disco gravado – com produção musical orquestrada pela própria cantora – para cumprir e encerrar o contrato da artista com a Warner Music. Até porque, quando gravou Elo em apenas dez dias, de 20 a 30 de julho de 2011 no estúdio carioca Toca do Bandido, Maria Rita já tinha acertado a ida para a Universal Music, gravadora na qual debutaria em 2012 com o registro do show Redescobrir, de roteiro inteiramente dedicado ao matricial repertório de Elis Regina. Dentro desse desfavorável contexto mercadológico, Elo foi lançado em setembro de 2011 sem o peso de disco de carreira na trajetória de Maria Rita. Fosse álbum de cantora de baixa estatura vocal, Elo soaria como disco menor. Como foi álbum de Maria Rita, Elo resultou interessante – inclusive por costurar momentos da carreira da artista sem ter parecido colcha de retalhos – e resistiu bem ao longo desses nove anos. Cantada com a devida leveza, a balada Só de você (Rita Lee e Roberto de Carvalho, 1982) – arranjada pelo pai da cantora, César Camargo Mariano, na gravação original de Rita Lee – era reminiscência do primeiro show feito por Maria Rita, em 2002, ainda sem a perspectiva de entrar em gravadora e de construir carreira fonográfica. Canção lançada pela banda Los Hermanos no álbum Ventura (2003), A outra teve o drama feminino depurado por Maria Rita em interpretação cool em gravação que reconectou a cantora com Marcelo Camelo, compositor carioca sobressalente no repertório do primeiro álbum de Maria Rita, para quem Camelo dera Santa chuva (drama de tons maiores) e o samba Cara valente. Composição de Fred Martins e Francisco Bosco, lançada em disco em 2010 pela cantora mineira Regina Machado, Perfeitamente era sobra do álbum Segundo que Maria Rita atualizou com a devida intensidade. A música Perfeitamente tinha aparecido na voz de Maria Rita no show de 2010 que gerou o álbum Elo. Do roteiro do show, Maria Rita também registrou – com a habitual segurança vocal – duas composições até então inéditas na voz da cantora, mas já gravadas por outras grandes cantoras do Brasil. Valorizada em Elo pela introdução dramática, Conceição dos coqueiros (Lula Queiroga, Alexandre Bicudo e Lulu Oliveira, 2004) tinha ganhado tocante registro em feitio de oração na voz de Elba Ramalho no álbum Qual o assunto que mais lhe interessa? (2007). Gravada por Gal Costa no álbum Hoje (2005), um ano após o registro do autor, Santana (Junio Barreto e João Carlos Araújo, 2004) também caiu bem na voz de Maria Rita, que já tinha cantado a música em evento com o autor Junio Barreto e com Lenine, produtor do álbum Segundo. Maria Rita inclusive chegara a abordar Santana na pré-produção desse segundo disco, mas, eticamente, retirou a composição do álbum em respeito ao fato de Junio Barreto já ter oferecido Santana para Gal sem saber que Maria Rita conhecera a música através de Lenine. Sem temer comparações, a cantora recontou A história de Lily Braun (Edu Lobo e Chico Buarque, 1983) com gracejos vocais na interpretação da música que cantava desde 2004 e que tinha sido apresentada na voz da mesma Gal no disco com a trilha sonora do balé O grande circo místico (1983). Segura, a filha de Elis também deu voz em Elo à canção Menino do Rio (Caetano Veloso, 1979) – imortalizada na voz de Baby do Brasil – em registro sereno que acertou as contas com a memória afetiva de Maria Rita, fã da canção na gravação de Baby, então Consuelo para todo o Brasil. Já Nem um dia (Djavan, 1996) se ressentiu da comparação com a gravação de Djavan e resultou na faixa mais opaca do álbum Elo, disco de tons pastéis, sinalizados pela foto da capa que expõe a cantora em imagem clicada por Vicente de Paulo. Mesmo quando caiu no samba em Elo, Maria Rita seguiu a linha cool, como exemplificou a gravação de Pra matar meu coração (Daniel Jobim e Pedro Baby, 2011), música inédita do repertório do disco. Composição também inédita, Coração a batucar (Davi Moraes e Álvaro Lancellotti, 2011) bateu bem em Elo, mostrando Maria Rita à vontade no universo do samba-jazz. Por fim, o samba Coração em desalinho (Monarco e Ratinho, 1986) também bateu no álbum Elo, mas como faixa-bônus, por ter sido gravado anteriormente pela cantora, ainda em 2010 e a convite do novelista Gilberto Braga, para tema de abertura da novela Insensato coração (TV Globo, 2011). Síntese dos oito primeiros anos de carreira de Maria Rita, o álbum Elo fechou ciclo na carreira da cantora. Consolidado o corte do cordão umbilical, Maria Rita se permitiu inclusive a dar voz ao repertório de Elis Regina no show e disco Redescobrir (2012) porque já tinha delineado a própria identidade no mercado – no caso, associada a tipo específico de samba, mote dos dois posteriores álbuns de estúdio da cantora, Coração a batucar (2014) e Amor e música (2018). Já a caminho dos 20 anos de carreira, a serem festejados em 2022, Maria Rita continua sendo uma grande cantora em 2020, pronta para reforçar o elo com o público e – quem sabe? – apresentar o grande álbum pelo qual os seguidores esperam há anos com ansiedade.
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Lives de hoje: Sandy e Lucas Lima, Xande de Pilares, É o Tchan e mais shows para ver em casa
Sandy e o marido Lucas fazem live romântica na véspera do Dia dos Namorados. Nesta quinta-feira (11), também tem Di Ferrero, Teresa Cristina, Cavaleiros do Forró, Daniel Boaventura e outros. Sandy e Lucas Lima fazem live romântica na véspera do Dia dos Namorados Divulgação / Globo Sandy e Lucas Lima, Xande de Pilares e É o Tchan estão entre os artistas com lives programadas nesta quinta-feira (11). Di Ferrero, Teresa Cristina, Cavaleiros do Forró, Daniel Boaventura e outros também fazem transmissões. Veja a lista completa com horários das lives abaixo. Xande de Pilares – 16h – Link É o Tchan! – 16h – Link Cavaleiros do Forró – 19h – Link Daniel Boaventura – Tributo a Frank Sinatra – 19h – Link Vidal Assis (Em Casa com Sesc) – 19h – Link Sandy e Lucas Lima – 20h – Link Anelis Assumpção e Curumin – 21h – Link Di Ferrero – 22h – Link Teresa Cristina – 22h – Link Lucas Lucco – 17h30 – Link As cenas de 'lives' da quarentena que já estão na história do entretenimento brasileiro
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Silvia Machete revive balada em inglês de Tim Maia, lançada pelo cantor em 1978
A lembrança de 'With no one else around' é o primeiro single do sétimo álbum da cantora, 'Rhonda', gravado com repertório inspirado por São Paulo e também composto em inglês. ♪ Em 1978, Tim Maia (1942 – 1998) lançou álbum inteiramente composto e cantado em inglês. O álbum Tim Maia foi aberto com a balada-soul With no one else around, regravada pelo próprio artista carioca dez anos depois no álbum Carinhos (1988), mas até então nunca registrada em disco por nenhum outro intérprete. Esquecida no cancioneiro de Tim, a balada é revivida por Silvia Machete em single que chega ao mercado na sexta-feira, 12 de junho, anunciando oficialmente o sétimo álbum da cantora e compositora carioca, Rhonda. A lembrança de No one else around faz sentido porque o álbum Rhonda é o primeiro disco de Machete inteiramente cantado e composto em inglês, tal como o LP editado por Tim Maia em 1978. Previsto para ser lançado em julho pela gravadora Biscoito Fino, três anos após o CD e DVD Dussek veste Machete, o álbum Rhonda traz repertório majoritariamente autoral, composto por Machete em parcerias recém-abertas com o carioca Alberto Continentino, o paulistano Emerson Villani, o cearense Rafael e o norte-americano Nick Jones. Fall in love e Great mistake são duas músicas que compõem o repertório do álbum Rhonda. Capa do álbum 'With no one else around', de Silvia Machete José de Holanda A única música sem a assinatura de Machete é justamente a balada de Tim Maia With no one else around, cuja regravação foi sugerida à artista por Alberto Continentino. Baixista, arranjador e compositor, Continentino assina com Silvia Machete a produção musical do álbum Rhonda, tendo sido mentor de arranjos como o da abordagem da balada de Tim Maia. Com a palavra, a cantora: “O arranjo aconteceu organicamente, conduzido pelo Alberto e a faixa foi gravada ao vivo, com os músicos no estúdio e com sonoridade fruto dos timbres e da onda de cada um deles tocando juntos. A forma original da canção foi respeitada, assim como a melodia e a divisão do Tim, porém com novo andamento. Na verdade, a canção se apresenta da forma mais crua possível, com quatro elementos musicais cheios de texturas, levando para um ambiente diferente do original, talvez mais íntimo, mais simples”, caracteriza Silvia Machete em nota oficial sobre o single With no one else around. Gravado ao longo de 2019, com inspiração na vivência de Machete em Nova York (EUA) e na identificação da artista com a cidade de São Paulo (SP), onde a cantora reside atualmente, o álbum Rhonda tem título alusivo ao samba-canção Ronda (Paulo Vanzolini, 1953), uma das mais perfeitas traduções musicais de Sampa. Rhonda é também o título do show gerado simultaneamente com o disco homônimo. Em Rhonda, primeiro álbum de estúdio da cantora desde Souvenir (2014), Silvia Machete transita por ritmos como soul, folk, jazz e pop sem a chave cômica que deu o tom de discos e shows anteriores da artista. Silvia Machete em imagem promocional do projeto 'Rhonda' José de Holanda
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Xand Avião prepara live de São João e lamenta prejuízo sem festa junina: ‘ninguém tem caixa para aguentar 3 meses parado’
Cantor faz live junina neste sábado (13) com Luiz Gonzaga e Dominguinhos no repertório. Ao G1, ele fala de planos para parceria com Safadão e 10 músicas inéditas na gaveta. Xand Avião no São João de Campina Grande 2019 Emanuel Tadeu/Medow Promo Xand Avião tinha uma agenda com mais shows do que dias em junho. O cantor de forró teve que trocar 32 palcos e cachês por uma live e alguns patrocínios. “Nunca tinha ficado tão triste”, diz com um riso nervoso ao telefone. A live de São João é uma tentativa de expulsar essa tristeza e manter a tradição tão importante pra ele pessoalmente e profissionalmente. Ao G1, ele diz que, entre os projetos, têm ainda uma live em parceria com Wesley Safadão e o lançamento de um DVD com 10 músicas inéditas, misturando seu forró com o pagodão de Léo Santana e o pagodinho de Dilsinho. Veja a entrevista de Xand Avião ao G1. G1 – Como você se preparou para a live de São João? Xand Avião – Esse negócio de live pegou a gente de surpresa. Essa agora é a que está dando mais trabalho. Mais até que um show normal, tô pra ficar doido aqui. Tem que ter um “que” a mais. Então está sendo mais elaborada, chamei um pessoal de Recife pra nos ajudar a montar, alugamos um espaço em Fortaleza, vai ser nossa maior live. Tive que preparar um repertório diferente das outras duas, senão o público vai embora. Vou trazer grandes nomes do forró que me inspiram, como Luiz Gonzaga, Dominguinhos e Elba Ramalho. G1 – É uma equipe grande? Xand Avião – Estamos usando um número de mínimo de pessoas. Aqui [em Fortaleza] já começou o relaxamento, a situação melhor. Mas tomamos cuidado. G1 – Quantas pessoas vão participar da live? Xand Avião – Comigo no palco são cinco pessoas. Para montar eu não mentir e dizer que são menos que oito. Mas eles vão montar e vão embora. Também não posso mentir, às vezes minha esposa vai comigo também, porque fico com saudade, mas só. G1 – E como você tem sentido essa experiência? Qual é a parte mais difícil? Xand Avião – Eu sinto falta do público cantando comigo. Essa é a parte mais difícil. Parece que estou cantando sozinho no banheiro. A primeira live foi mais para doações e porque as pessoas pediam. Fiz no deck da minha casa e consegui arrecadar R$ 400 mil e 400 toneladas de alimento. Eu não queria fazer porque tinha medo de não sair legal. Depois que o Gusttavo Lima fez, eu pensei “agora sim”. Fiquei com um norte da dele e quis fazer uma parecida parecida, mas não fiz porque minha casa é um décimo da casa dele. G1 – O São João é uma data muito importante para vocês. Qual foi o impacto do cancelamento das festas? Xand Avião – É meu melhor mês, teríamos 32 shows. Não ter São João foi um choque, nunca tinha ficado tao triste. É como se fosse o Carnaval pro carioca ou pro baiano. Alguns setores conseguiram trabalhar, o nosso zerou 100%. Foi um prejuízo sem tamanho. Ninguém tem um fundo de caixa tão grande assim pra aguentar três meses parado. Tentamos segurar a equipe. Mas não vai voltar tão cedo, nosso trabalho é com aglomeração. Nem compensa montar uma estrutura pra pouca gente. Estamos vendendo o almoço pra comprar a janta. G1 – As pessoas que trabalham para colocar as grandes festas de pé devem ter sentido ainda mais. Você tem contato com eles? Xand Avião – Uma festa daquele tamanho tem o cara da iluminação, do som, os roadies. Parou tudo, em Caruaru, a quantidade de gente sem ganhar agora é grande. Tem gente que trabalha em junho e passa o ano inteiro vivendo daquilo. Na minha primeira live, eu fiz arrecadação para esses trabalhadores. Xand Avião faz o X do comandante Igor do Ó/Divulgação G1 – Você tem trabalhado algum material novo nesse período? A quarentena está criativa? Xand Avião – Bom, eu quase aprendi a cozinhar. Também estou aprendendo a tocar violão e piano. No violão, estou indo bem, mas o piano ainda está devagar. E aproveitei para ficar com meus filhos. Antes da pandemia, eu viajava de quarta a domingo. Na segunda, ia para o escritório e só tinha a terça para ficar com eles. Então comecei a curtir coisas que há muito tempo não fazia com eles. G1 – Teve trabalho também? Xand Avião – Olha, eu estava com a gravação de um DVD marcado pra abril em Fortaleza, para 500 mil pessoas, meu maior público aberto, e sem cobrança de ingresso. Tenho 10 músicas inéditas que iria lançar no DVD, mas agora elas estão guardadas. Eu podia lançar no Youtube ou nas plataformas, mas acho que não estamos nem no clima de lançar um trabalho, com tudo isso que está acontecendo. Então não trabalhei em algo novo agora por isso. G1 – Você lançou um EP alguns dias antes da quarentena começar no país. Deu para divulgar e trabalhar o material? O que você tinha planejado para esse EP? Xand Avião – A gente tinha planejado um escarcéu de divulgação com TV e rádio, tentar colocar em alguma novela. Fomos pegos de surpresa porque a gente não achou que a pandemia seria tão forte no Brasil. Algumas pessoas não levam tão a sério. Como eu tive lá no comecinho de março e não foi forte, eu não entendia a gravidade. Mas é grave sim. Mesmo só com streaming, as músicas estão indo muito bem, mas não tiveram a divulgação que merecem. E o que estoura música é show, o pessoal tem que cantar junto. Estamos em um barco meio sem saber para onde ir. G1 – Falando em show, vocês já estão organizando a agenda pós-quarentena. Imagino que vai haver um overbooking de datas e casas de show. Xand Avião – Já tínhamos vários shows marcados. Entramos de férias em março e quando voltamos, não voltamos porque já estava tudo parado. Tinha show em Belém do Pará em abril para 15 mil pessoas. Em Natal, para 19 mil. Ninguém devolveu o ingresso, mas ainda não conseguimos remarcar porque não conseguimos encontrar data. Agora eu tenho uma equipe inteira só vendo remanejamento de show justamente por essa lotação que você falou. Tem gente chateada já. G1 – Quais são os planos para a retomada? Antes da retomada, tenho uma parceria com o Wesley Safadão. Fomos convocados para fazer uma live juntos. E agora gente está vendo as agendas, não temos a data certa, mas vamos fazer. E depois, finalmente gravar o DVD. Temos música com Dilsinho e com Léo Santana. Eu cantando pagode e eles, forró. Ia ser lindo. Vou ter que gravar, mas não sei como. Não quero gravar em live, não vamos poder fazer com o público que eu queria. Mas vai sair e vai ser uma festa, com forró, pagode, arrocha e bachata.
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Seu Jorge e Daniel Jobim louvam o amor no tom maior de Antonio Carlos Jobim
Live dos artistas está programada para o Dia dos Namorados e reencena atmosfera do show estreado em março. ♪ No Dia dos Namorados, Seu Jorge canta o amor sob o prisma soberano do cancioneiro de Antonio Carlos Jobim (25 de janeiro de 1927 – 8 de dezembro de 1994) em live com o toque do piano de Daniel Jobim, neto do compositor e maestro carioca. Com transmissão ao vivo programada para as 19h30m de sexta-feira, 12 de junho, no canal oficial do Teatro Bradesco no YouTube, a live reencenará a atmosfera do espetáculo estreado por Seu Jorge e Daniel Jobim na cidade de Porto Alegre (RS) em 7 de março com roteiro centrado nas músicas de Tom. No show, que seria apresentado pelo Brasil ao longo deste ano de 2020 em turnê forçosamente interrompida que abrangeria Estados Unidos e Europa, Jorge e Daniel alinhavam 20 músicas de Tom em roteiro seguido pelo duo com os músicos Adriano Trindade (bateria) e Sidão Santos (baixo), músicos que também estarão presentes na live. Essas 20 músicas deverão compor o roteiro da live prevista para ter mais de duas horas de duração, transmitindo a união do canto grave de Seu Jorge – cantor e compositor carioca projetado em 1998 como integrante do grupo Farofa Carioca e atualmente com 50 anos, recém-completados na segunda-feira, 8 de junho – com o toque contemporâneo (mas reverente a Tom) do piano de Daniel Jobim. O neto do compositor usará em cena o chapéu Panamá que caracterizava publicamente a figura de Tom Jobim. Tal como chegou a fazer no show com Seu Jorge, Daniel Jobim deverá contar na live algumas histórias sobre o avô entre músicas do cancioneiro de Jobim. Chega de saudade (Antonio Carlos Jobim e Vinicius de Moraes, 1958), A felicidade (Antonio Carlos Jobim e Vinicius de Moraes, 1959), Corcovado (Antonio Carlos Jobim, 1960), Samba de uma nota só (Antonio Carlos Jobim e Newton Mendonça, 1960), Garota de Ipanema (Antonio Carlos Jobim e Vinicius de Moraes, 1962), Wave (Antonio Carlos Jobim, 1967), Retrato em branco e preto (Antonio Carlos Jobim e Chico Buarque, 1968), Águas de março (Antonio Carlos Jobim, 1972), Lígia (Antonio Carlos Jobim, 1974), Luíza (Antonio Carlos Jobim, 1981), Passarim (Antonio Carlos Jobim, 1985) e Anos dourados (Antonio Carlos Jobim e Chico Buarque, 1986) são músicas previstas no roteiro da live de Seu Jorge com Daniel Jobim. Composições que exemplificam o dom de Antonio Carlos Jobim para abordar o amor em tom maior, sozinho ou com parceiros.
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