Dólar opera instável nesta quinta-feira
Na quarta-feira, a moeda norte-americana fechou em queda de 2,29%, a R$ 5,0925. Notas de dólar em casa de câmbio Hafidz Mubarak/Reuters O dólar opera instável nesta quinta-feira (4). Na véspera, a moeda fechou no menor patamar desde março, à espera do anúncio de mais medidas de auxílio na zona do euro. Às 11h36, a moeda tinha alta de 0,08%, a R$ 5,0964. Veja mais cotações. Na véspera, o dólar fechou em queda de 2,29%, a R$ 5,0925, no menor patamar de fechamento desde 26 de março (R$ 4,9988). Na mínima da sessão, o dólar chegou a R$ 5,0171. Na parcial da semana, o dólar passou a acumular queda de 4,57%. Em 2020, porém, a moeda ainda tem alta de 27%. s Cenário externo e interno No exterior, os investidores avaliam nesta quinta dados sobre os pedidos semanais de auxílio-desemprego nos Estados Unidos – que mostraram a nona queda semanal seguida. Também no radar está a decisão do Banco Central Europeu de expandir seu programa de compras emergenciais para a pandemia (PEPP, na sigla em inglês) em 600 bilhões de euros, para um total de 1,35 trilhão de euros. Nos últimos dias, o movimento de enfraquecimento do dólar tem sido global. Passado o momento de maior nervosismo da crise, a forte injeção de liquidez de grandes bancos centrais combinado com a reabertura econômica passaram a exercer uma pressão baixista sobre o dólar, que foi o ativo mais demandado do mundo no auge da crise, em março. No cenário local, a notícia de emissão de dívida soberana no mercado internacional pelo Tesouro Nacional endossou leitura de que há demanda por ativos brasileiros, reforça o movimento de maior apetite por risco e de correção na taxa de câmbio. Governo anuncia emissão de US$ 3,5 bi em títulos da dívida externa Além disso, o fluxo cambial ao Brasil tem melhorado nas últimas semanas, com o aumento da oferta de dólar dando saída para investidores que buscam reduzir posições contrárias ao real, movimento que alimenta a perda de valor da moeda dos EUA, destaca a Reuters. Mercados financeiros sobem, apesar da crise mundial; Carlos Alberto Sardenberg explica Apesar da queda expressiva do dólar — que já perdeu muito terreno desde que ficou a poucos centavos de superar o patamar de R$ 6 no mês passado –, analistas não descartam a possibilidade de volatilidade daqui para frente diante das tensões políticas locais, entre o Executivo e o Judiciário, e nos EUA, em meio a protestos contra o racismo e a violência policial. Analistas observam ainda que uma recuperação definitiva do real ainda é incerta diante de riscos negativos como a possibilidade de uma segunda onda de contaminações por Covid-19 e embates do lado político. Nesta semana, os economistas do mercado financeiro reduziram novamente a previsão para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2020, conforme boletim "Focus" do Banco Central. A projeção passou de queda de 5,89% para um tombo de 6,25% no ano. Já projeção para a taxa de câmbio no fim de 2020 ficou estável em R$ 5,40. Para o fechamento de 2021, subiu de R$ 5,03 por dólar para R$ 5,08 por dólar. Crise escancara desigualdade, e Brasil terá retomada lenta, dizem economistas Variação do dólar em 2020 Economia G1
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Justiça manda frigorífico em SC recontratar indígenas demitidos durante pandemia
Cerca de 40 trabalhadores Kaingang, incluindo uma grávida, foram dispensados em maio. Após a reintegração, a empresa deverá afastar os trabalhadores de imediato para seguir a determinação do governo estadual. Justiça manda frigorífico em SC recontratar indígenas demitidos A Justiça do Trabalho, em Concórdia, no Oeste catarinense, determinou na quarta-feira (3) a reintegração dos trabalhadores indígenas dispensados em maio pelo frigorífico de aves e suínos da Seara Alimentos/JBS em Seara, com pagamento dos salários desde o desligamento até sua efetiva reintegração. Os empregados, cerca de 40 trabalhadores indígenas Kaingang, incluindo uma grávida, moram na Terra Indígena (TI) Serrinha, no Rio Grande do Sul (RS), onde havia dois casos confirmados de coronavírus. De acordo com a decisão, após a reintegração, a empresa deverá afastar os trabalhadores de imediato para seguir a determinação do governo estadual, que considera os trabalhadores indígenas parte do grupo de risco do novo coronavírus. O juiz Adilton José Detoni entendeu que a medida adotada pela Seara é desproporcional, pois viola as obrigações fixadas pela Funai, que determinou restrições quanto à entrada em terras indígenas, com vistas à prevenção da expansão da epidemia da Covid-19 e afrontou os termos da Secretaria de Saúde do Estado de Santa Catarina. Por fim, ele entendeu que a dispensa é discriminatória e viola “a dignidade do trabalhador e seu próprio direito à saúde e subsistência, com preterição total da pessoa em razão, unicamente, do negócio”. A ação foi apresentada pelo Ministério Público do Trabalho em Joaçaba (MPT-SC) na segunda-feira (1). A empresa alegou que as demissões foram feitas pelo custo elevado da operação de transporte dos funcionários e sobre a reintegração informou não comentar ações judiciais em andamento, já que tem prazo de 15 dias para se manifestar oficialmente. A unidade de Seara tem 3.700 trabalhadores, sendo que cerca de 200 deles são membros de comunidades indígenas e estão afastados preventivamente, disse a JSB. Frigorífico da Seara Alimentos/JBS em Seara, no Oeste catarinense Reprodução/NSC TV Ipumirim Nesta semana, a Justiça do Trabalho liberou a reabertura do frigorífico de abate de aves da Seara Alimentos/JBS em Ipumirim, também no Oeste catarinense. A unidade estava interditada desde 18 de maio, após a Superintendência Regional do Trabalho ter constatado falhas na prevenção ao novo coronavírus. Entre outros fatores para a autorização, a juíza substituta Paula Naves dos Santos considerou a importância econômica da atividade para o município. Veja mais notícias do estado no G1 SC
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Santander e outras duas empresas selecionam para mais de 1,5 mil vagas de emprego
Maior parte das vagas é para a área de tecnologia; só no Santander são 1,5 mil vagas. As empresas Santander, BRQ Digital Solution e Winsocial estão selecionando para mais de 1,5 mil vagas de emprego. Veja a abaixo os detalhes das vagas:
Veja mais vagas de emprego pelo país
Santander
O Santander Brasil iniciou contratações para 1,5 mil vagas para especialistas de alta performance para atuar em áreas como Tecnologia, Dados, Riscos, Finanças e Jurídico.
A maior parte das vagas é para a área de tecnologia, mas há ainda oportunidades para posições de riscos, dados, financeiras e jurídicas, sendo algumas vagas em postos de liderança. Os interessados podem se candidatar pelo sites https://jobs.i-hunter.com/santander/login e https://santanderbrasil.gupy.io/jobs/210779.
Na área de Tecnologia , o banco tem como foco recrutar arquitetos e desenvolvedores especializados em Web, Mobile, BigData, Inteligência Artificial e Cloud.
Em maio, o Santander Brasil criou um banco de talentos específico para tecnologia, com foco na diversidade. Residentes na capital, região metropolitana e na cidade de São Carlos podem se inscrever para diferentes setores como arquitetura e ciência de dados, infraestrutura, inteligência de dados e ainda desenvolvimento Java, Front End e Mobile. Cada candidato pode se inscrever para quantas áreas tiver afinidade, tudo dentro de um mesmo cadastro.
Os candidatos pré-selecionados receberão um link para realização de testes online: aderência à cultura, lógica e uso do português são alguns dos testes propostos. Caso sejam aprovados nessa etapa, a próxima é uma entrevista com o RH. Os interessados podem se inscrever pelo endereço https://santander-tech.gupy.io/.
BRQ
A empresa de tecnologia BRQ Digital Solution anunciou 26 vagas de estágio para estudantes de tecnologia, que estão cursos entre o penúltimo e último ano da graduação. Entre os diferenciais está o conhecimento em lógica de programação.
As vagas contemplam trilha de aprendizagem com capacitação técnica com tecnologias de RPA, Net, Java, Android, Angular e FullStack, mentoria, desenvolvimento das competências comportamentais e feedback contínuo dos gestores.
Para se inscrever, acesse o site: http://epartner.vagas.com.br/v2066208.
Winsocial
A Winsocial, startup de tecnologia especializada em inclusão social e engajamento de clusters, está com 12 oportunidades abertas para compor o seu time comercial nas cidades do Rio de Janeiro e em São Paulo.
As vagas são para atuar como Agente Comercial. Para concorrer à posição, é preciso estar cursando nível superior ou já ter concluído a formação; experiência na área comercial; ter perfil comunicativo, empreendedor, habilidade de negociação e focado em resultados.
Ter conhecimento em produtos e serviços financeiros será considerado um diferencial. O candidato selecionado atuará na prospecção de clientes, agendamento e realização de consultoria comercial.
Dente os benefícios, a oportunidade oferece, além do salário e remuneração variável, vales-refeição e alimentação, plano de saúde, auxílio creche ou babá e oportunidade de carreira. Os interessados devem se inscrever pelos links abaixo:
São Paulo: https://www.vagas.com.br/vagas/v2064703/agente-comercial-sao-paulo
Rio de Janeiro: https://www.vagas.com.br/vagas/v2064697/agente-comercial-rio-de-janeiro
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Novos pedidos de seguro desemprego nos EUA caem pela 9ª semana
Número semanal de pedidos, no entanto, segue muito acima da média pré-pandemia. O número de norte-americanos que solicitaram auxílio-desemprego na última semana ficou em 1,877 milhão, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (28) pelo Departamento do Trabalho dos Estados Unidos. Foi a nona queda semanal seguida do indicador – que segue, no entanto, várias vezes superior ao número médio de pedidos pré-pandemia. Além disso, o número total de novos pedidos desde meados de março, quando houve uma aceleração brusca do indicador, já soma 42 milhões. O total de pedidos feitos na semana anterior foi revisado de 2,123 milhões para 2,126 milhões. Pedidos de seguro-desemprego nos EUA Economia G1 O relatório de pedidos de auxílio-desemprego, os dados mais oportunos sobre a saúde da economia, poderia oferecer pistas sobre a rapidez com que as empresas recontratam trabalhadores à medida que reabrem e sobre o sucesso do programa de proteção de emprego do governo. Uma ampla quarentena no país em meados de março para conter a disseminação do Covid-19, a doença respiratória causada pelo novo coronavírus, resultou no pior desemprego desde a Grande Depressão. A economia perdeu um recorde de 20,5 milhões de empregos em abril, acima da perda de 881.000 posições em março. EUA atingem a marca de cem mil mortes por coronavírus
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Hackers miram desenvolvedores com praga digital para Windows e Linux que se espalhou no Github
Software interferia no ambiente de desenvolvimento NetBeans e enviava códigos para repositórios. Código malicioso interferia no funcionamento do NetBeans, usado por programadores Java, e instalava um componente de acesso remoto no sistema. Alfred Muller/Pixabay O site Github, que fornece um serviço de gestão de projetos de software, revelou que hackers atacaram repositórios de código abrigados na plataforma com um vírus de computador chamado "Octopus Scanner". O ataque não atingiu o site em si, mas os próprios programadores, adulterando os códigos enviados por eles para contaminar quem baixasse os códigos. Como as mudanças não foram realizadas pelos programadores de forma intencional, o Github decidiu investigar o que estava acontecendo. Segundo a apuração, as adulterações foram identificadas em 26 projetos de software livre. O Octopus Scanner contaminava o ambiente de desenvolvimento NetBeans, usado para a criação de software na linguagem Java. Durante o processo de "build" ("montagem") dos programas, a praga digital incluía seu próprio código no arquivo final para contaminar o sistema da vítima. Para finalizar a contaminação, a praga digital instalava um componente de acesso remoto para controlar totalmente os computadores das vítimas. Por conta da distribuição limitada e incomum, poucos antivírus eram capazes de detectar a presença do programa malicioso. Um dos arquivos, por exemplo, era detectado por um único antivírus entre os 61 produtos disponíveis no site "VirusTotal". Programadores na mira Diferentemente de muitas pragas digitais que funcionam apenas no Windows, o Octopus Scanner era multiplataforma e compatível também com Linux, que é muito utilizado entre programadores. O vírus ainda tentava infectar sistemas macOS, da Apple, com a mesma rotina usada no Linux, mas as diferenças técnicas entre os sistemas impediam isso de funcionar. Após contaminar o ambiente NetBeans, a praga digital enviava os arquivos modificados para os repositórios no Github. Qualquer usuário ou programador que baixasse o código estava correndo o risco de contaminar seu próprio sistema. Essas rotinas indicam que a praga digital realmente tinha os programadores como alvos principais. Ataques contra programadores responsáveis pela manutenção de softwares têm um potencial de estrago elevado. Devido ao reaproveitamento dos códigos, a contaminação pode se espalhar para outros projetos, aumentando o número de vítimas. Esse tipo de abordagem tem aparecido com alguma frequência, especialmente para roubar criptomoedas. Na última terça-feira (26), um usuário relatou no site "Reddit" que hackers possivelmente usaram um robô para identificar uma chave de segurança enviada acidentalmente a um repositório no Github. A chave acabou permitindo o roubo de moedas na rede Ethereum. Dúvidas sobre segurança, hackers e vírus? Envie para g1seguranca@globomail.com
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Em 4 anos, aumenta em 11,7 milhões o número de brasileiros que fazem trabalhos não remunerados, diz IBGE
Ao todo, 85,7% dos brasileiros se dedicaram aos afazeres domésticos em 2019. Mulheres dedicam quase o dobro de tempo a mais que os homens na rotina do lar. Uma pesquisa divulgada nesta quinta-feira (4) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que, em quatro anos, aumentou em 11,7 milhões o número de brasileiros que se dedicam a algum tipo trabalho não remunerado no país. O que mais cresceu foram os afazeres domésticos. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), referentes a 2019, ano em que o país registrou recorde da informalidade no mercado de trabalho brasileiro. Neste levantamento, o IBGE investigou quatro formas de trabalho que, se fossem remuneradas, poderiam agregar valor ao Produto Interno Bruto do país. São elas: Afazeres domésticos Cuidados de pessoas Produção para o próprio consumo Trabalho voluntário Trabalho não remunerado Economia G1 Ao todo, segundo o IBGE, 150.260 milhões de brasileiros realizaram algum destes trabalhos não remunerados. Em 2016, quando teve início a série histórica da pesquisa, esse contingente era de 138.584 milhões – uma alta de 8,4% em quatro anos. O instituto enfatizou que uma pessoa pode realizar mais de uma destas formas de trabalho, além de ainda desenvolver alguma atividade remunerada no mercado de trabalho, seja ela formal ou informal. O que mais cresceu nestes quatro anos foi o contingente de pessoas que realizam afazeres domésticos – aumentou em 11,8 milhões – seguido pelo grupo dos que se dedicam aos cuidados de pessoas, que teve alta de 9,5 milhões de pessoas. Já o número de brasileiros que produzem algo para consumo próprio aumentou em 2,3 milhões, enquanto o contingente dos que realizam trabalho voluntário cresceu em 439 mil pessoas. Na passagem de 2018, porém, houve queda no número de pessoas que realizam produção para o próprio consumo (-254 mil pessoas) e que se dedicam a trabalhos voluntários (-281 mil) – foi a segunda queda seguida para este tipo de atividade. As outras duas formas de trabalho mantêm crescimento anual ao longo da série histórica da pesquisa. Trabalho não remunerado Economia G1 Mais homens nas atividades do lar Na passagem de 2018 para 2019, aumentou em 1,6 milhão o número de brasileiros que se dedicam a algum tipo de afazer doméstico. As mulheres continuam liderando os cuidados com o lar, mas foi entre os homens em que este tipo de trabalho cresceu – ao menos na taxa de realização. De acordo com o levantamento, 146,5 milhões de pessoas fizeram algum tipo de afazer doméstico em 2019. Um ano antes, esse número era de 144,9 milhões – cresceu em 840 mil o número de mulheres que se dedicavam a essas atividades, enquanto o contingente de homens aumentou em 791 mil. Apesar do aumento em números absolutos ter sido maior entre as mulheres, foi entre os homens que se observou crescimento da taxa de realização de afazeres domésticos. A deles cresceu em 0,4 pontos percentuais (p.p.), enquanto a delas recuou em 0,1 p.p., mesmo movimento observado entre o total da população. Em 2019, a taxa de realização de afazeres domésticos no país foi de 85,7%, enquanto a dos homens foi de 78,6% e a das mulheres, de 92,1%. O IBGE destacou que a taxa de realização de afazeres domésticos dos homens só é equivalente à das mulheres quando moram sozinhos. De acordo com a analista do IBGE, Adriana Beringuy, o crescimento da taxa apenas entre os homens pode ser explicada pelo justamente pelo crescimento do número de pessoas morando sozinhas em 2019. “Embora não tenhamos a desagregação por sexo, a Pnad já mostrou a única categoria de domicílio que cresceu em 2019 foi a de apenas um morador. Todas as outras ou ficaram estáveis, ou diminuíram”, apontou. Segundo a pesquisadora, de 2018 para 2019 aumentou em cerca de 700 mil o número de domicílios com apenas um morador no país. Dentre as atividades consideradas como afazeres domésticos, os homens só superam as mulheres quando se trata de fazer pequenos reparos ou manutenção no domicílio – seja na estrutura da casa, no automóvel ou de eletrodomésticos, por exemplo. Tipos de afazeres domésticos e a diferença na proporção de dedicação a essas atividades entre homens e mulheres Aparecido Gonçalves/G1 A maior dedicação das mulheres aos afazeres domésticos em relação aos homens é evidenciada ainda mais quando se compara o tempo médio semanal gasto com essas atividades – elas dedicam praticamente o dobro a mais de horas que eles quando ambos são desempregados. Quando ambos são ocupados no mercado de trabalho, elas dedicam 8,1 horas a mais que eles. Outros dados da pesquisa mostram que: Por grupos etários, a taxa de realização de afazeres domésticos é maior entre adultos de 25 a 49 anos (89,2%) que entre jovens de 14 a 24 anos (76,9%). A menor taxa ocorreu entre homens de 14 a 24 anos (67,8%) e a maior entre mulheres de 25 a 49 anos (95,5%). Por grupos de cor ou raça, a taxa é maior entre os pretos (87,6%) que entre os brancos (86,4%) e pardos (84,7%). A maior taxa foi entre as mulheres pretas (94,1%) e a menor, entre os homens pardos (76,5%). A realização de afazeres domésticos aumenta conforme cresce o nível de instrução, sobretudo entre os homens. A taxa era de 81,9% entre aqueles sem instrução ou com fundamental incompleto e de 90,3% entre aqueles com ensino superior completo. Menos dedicação aos cuidados de crianças Assim como observado em relação aos afazeres domésticos, a cada ano aumenta o número de pessoas que dedicam tempo ao cuidado de pessoas, sejam parentes ou não. Em 2019, 54,1 milhões de brasileiros se dedicavam a essas atividades. Na comparação com 2016, esse contingente aumentou em 9,5 milhões de pessoas. Já em relação a 2018, esse grupo cresceu em 192 mil pessoas. O IBGE considera como cuidados de pessoas atividades como: Auxiliar nos cuidados pessoais como alimentar, vestir, pentear, dar remédio, dar banho, colocar para dormir Auxiliar nas atividades educacionais Ler, jogar ou brincar Transportar ou acompanhar para escola, médico, exames, etc Monitorar ou fazer companhia dentro do domicílio Ao observar as pessoas que receberam os cuidados de alguém, o IBGE apontou que diminuiu a proporção de crianças menores de 5 anos nesta condição na passagem de 2018 para 2019. O recuo foi de 1,5 ponto percentual (p.p.), enquanto aumentou em 0,9 p.p. o grupo de 6 a 14 anos que demandou cuidados, em 1.4 p.p. o grupo de 15 a 59 anos, e em 0,8 p.p. do grupo com 60 anos ou mais de idade. Segundo a analista do IBGE Alessandra Brito, esse resultado pode estar relacionado ao envelhecimento da população brasileira, que aumenta a cada ano. Cai a produção de bens para consumo próprio A produção de bens para consumo próprio caiu no país na passagem de 2018 para 2019. Segundo o IBGE, 12,8 milhões de brasileiros produziam algo para consumo no lar, 254 mil pessoas a menos que em 2018 no período, quando o país registrou recorde desse contingente (13 milhões de pessoas). Na comparação com 2016, porém, esse grupo cresceu em 2,3 milhões de pessoas. Dentre os bens para consumo próprio investigados pelo IBGE estão: Cultivo, pesca, caça e criação de animais; Produção de carvão, corte ou coleta de lenha, coleta de água, extração de sementes, de ervas, de areia, argila ou outro material; Fabricação de roupas, tricô, crochê, bordado, cerâmicas, rede de pesca, alimentos ou bebidas alcoólicas, produtos medicinais ou outros produtos; Construção de casa, cômodo, muro, telhado, forno ou churrasqueira, cerca, estrada, abrigo para animais ou outras obras. Para os quatro tipos de bens produzidos para o próprio consumo houve queda no contingente de pessoas a eles dedicadas. A maior queda foi para o grupo relacionado à produção de carvão, corte ou coleta de lenha (-10,85%), seguido pela fabricação de produtos artesanais, como roupas e alimentos (-8,06%). A construção de casas teve redução de 6,55% do número de pessoas dedicadas, e o cultivo, pesca, caça e criação de animais teve queda de 0,36%. O IBGE destacou, ainda, que a queda na produção para o próprio consumo ocorreu em todas as grandes regiões do país. As Regiões Nordeste e Norte foram as que apresentaram as maiores taxas (10,7% e 9,8%, respectivamente), seguidas pela Região Sul (9,4%). Já no Centro-Oeste essa taxa foi de 6,6%, enquanto o Sudeste registrou a menor taxa, de 4,5%. Na média nacional, essa taxa foi de 7,5%. Voluntariado tem segunda queda seguida O levantamento do IBGE mostrou que, pelo segundo ano seguido, houve queda no número de brasileiros que se dedicam a algum tipo de trabalho voluntário. O IBGE define o trabalho voluntário como sendo “aquele não compulsório, realizado por pelo menos uma hora na semana de referência, sem receber nenhuma remuneração em dinheiro ou benefícios, com o objetivo de produzir bens ou serviços para terceiros, isto é, pessoas não moradoras do domicílio e não parentes”. Em 2019, 6,9 milhões de pessoas de 14 anos ou mais de idade realizaram algum tipo de trabalho voluntário. Na comparação com 2018, houve queda de 281 mil pessoas nesse contingente. Na passagem de 2017 para 2018 já havia sido observada uma redução em 118 mil no número de pessoas que se dedicavam ao voluntariado. A taxa de realização do trabalho voluntário no país foi de 4% em 2019, menor em 0,3 p.p. que a estimada para 2018. Segundo o IBGE, essa taxa caiu em todas as grandes regiões do país. A Região com menor taxa de realização de trabalho voluntário foi a Nordeste (2,9%). O Centro-Oeste também registrou taxa menor que a média nacional (3,9%). Já o Sul (4,6%), Sudeste (4,5%) e Norte (4,4%) tiveram taxas maiores que a do país. Apesar da queda disseminada da taxa de realização de trabalho voluntário, o IBGE destacou que aumentou a média de horas dedicadas a essas atividades por quem as realizou. E média nacional foi de 6,6 horas semanais, ante 6,5 horas semanais registradas no ano anterior. Entre as regiões, somente o Sudeste registrou redução dessa média de horas – caiu de 6,7 horas semanais para 6,4 horas. No Centro-Oeste, essa média subiu de 6,6 horas para 7,3; no Norte de 6,8 para 7,3; no Nordeste de 6,4 para 6,9; e no Sul de 6 para 6,3. O levantamento do IBGE mostrou que, pelo segundo ano seguido, houve queda no número de brasileiros que se dedicam a algum tipo de trabalho voluntário. O IBGE define o trabalho voluntário como sendo “aquele não compulsório, realizado por pelo menos uma hora na semana de referência, sem receber nenhuma remuneração em dinheiro ou benefícios, com o objetivo de produzir bens ou serviços para terceiros, isto é, pessoas não moradoras do domicílio e não parentes”. Em 2019, 6,9 milhões de pessoas de 14 anos ou mais de idade realizaram algum tipo de trabalho voluntário. Na comparação com 2018, houve queda de 281 mil pessoas nesse contingente. Na passagem de 2017 para 2018 já havia sido observada uma redução em 118 mil no número de pessoas que se dedicavam ao voluntariado. A taxa de realização do trabalho voluntário no país foi de 4% em 2019, menor em 0,3 p.p. que a estimada para 2018. Segundo o IBGE, essa taxa caiu em todas as grandes regiões do país. A Região com menor taxa de realização de trabalho voluntário foi a Nordeste (2,9%). O Centro-Oeste também registrou taxa menor que a média nacional (3,9%). Já o Sul (4,6%), Sudeste (4,5%) e Norte (4,4%) tiveram taxas maiores que a do país. Apesar da queda disseminada da taxa de realização de trabalho voluntário, o IBGE destacou que aumentou a média de horas dedicadas a essas atividades por quem as realizou. E média nacional foi de 6,6 horas semanais, ante 6,5 horas semanais registradas no ano anterior. Entre as regiões, somente o Sudeste registrou redução dessa média de horas – caiu de 6,7 horas semanais para 6,4 horas. No Centro-Oeste, essa média subiu de 6,6 horas para 7,3; no Norte de 6,8 para 7,3; no Nordeste de 6,4 para 6,9; e no Sul de 6 para 6,3. Mulheres são maioria em trabalho doméstico sem remuneração, aponta relatório da Oxfam
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Pedidos de falência saltam 30% em maio, aponta Boa Vista
Já para os pedidos de recuperação judicial tiveram alta de 68,6% na comparação com abril. Os pedidos de falência no país cresceram 30% em maio, na comparação com abril, segundo indicador da Boa Vista divulgado nesta quinta-feira (4).
O levantamento mostra também que os pedidos de recuperação judicial e as recuperações judiciais concedidas aumentaram 68,6% e 61,5%, respectivamente, na comparação com o mês anterior.
Apesar da disparada dos processos de insolvência de empresas em meio à pandemia, no acumulado em 12 meses os pedidos de falência ainda registram queda de 25% e as falências decretadas recuo de 21,6%. Já os os pedidos de recuperação judicial apresentaram alta acumulado de 3,7% em 1 ano, e as recuperações judiciais deferidas registram avanço de 2,4%.
Especialistas preveem uma disparada no número de casos de quebra de empresas nos próximos meses diante da perspectiva de um forte tombo da economia brasileira e mundial em 2020 e das dificuldades financeiras das empresas em meio à pandemia de coronavírus.
Pedidos de recuperação judicial e falência crescem no país e atingem mais as pequenas empresas
"De acordo com os resultados acumulados em 12 meses, ainda se observa a continuidade da tendência de queda nos pedidos de falência e falências decretadas. No entanto, esse movimento estava atrelado à melhora nas condições econômicas apresentada entre 2017 e o início deste ano. Agora, com os impactos econômicos causados pela chegada do novo coronavírus, e como já observado na análise mensal, a tendência é de que as empresas encontrem maiores dificuldades em dar continuidade a esse movimento nos próximos meses", destaca a Boa Vista.
O indicador da Boa Vista é elaborado com base na apuração dos dados mensais registrados na base do Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC), oriundos dos fóruns, varas de falências e dos Diários Oficiais e da Justiça dos estados.
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Bovespa oscila após fortes ganhos da véspera
Na quarta-feira, Ibovespa subiu 2,15%, e encerrou pregão a 93.002 pontos. O principal índice da bolsa de valores brasileira, a B3, passou a oscilar nesta quinta-feira (4), após ganhos nos últimos quatro pregões. A semana vinha marcada por viés positivo no mercado acionário brasileiro, em meio a perspectivas otimistas sobre a recuperação das economias após a pandemia de Covid-19, em um cenário de elevada liquidez global. Às 11h45, o Ibovespa tinha alta de 0,12%, a 93.110 pontos. Veja mais cotações. Na quarta-feira, a bolsa fechou em alta de 2,15% a 93.002 pontos. No mês, a bolsa acumula alta de 6,41%, mas no ano ainda tem queda de 19,58%. o Cenário local e externo No exterior, os investidores avaliam nesta quinta dados sobre os pedidos semanais de auxílio-desemprego nos Estados Unidos – que mostraram a nona queda seguida. Também no radar está a decisão do Banco Central Europeu de expandir seu programa de compras emergenciais para a pandemia (PEPP, na sigla em inglês) em 600 bilhões de euros, para um total de 1,35 trilhão de euros. No cenário local, a notícia de emissão de dívida soberana no mercado internacional pelo Tesouro Nacional endossou leitura de que há demanda por ativos brasileiros, reforça o movimento de maior apetite por risco e de correção na taxa de câmbio. Governo anuncia emissão de US$ 3,5 bi em títulos da dívida externa Brasil supera a marca de 30 mil mortos por Covid-19 "O ambiente de ampla liquidez, resultado das injeções de recursos sem precedentes feitas pelos bancos centrais, têm sustentado ativos de risco junto à crescente expectativa de que a primeira fase da recuperação econômica será em 'V'", observou a equipe da Guide Investimentos, em nota a clientes. "A combinação destes fatores tem levado índices de mercado a testarem novas máximas desde o início da crise, ofuscando um cenário desafiador do ponto de vista econômico e de grandes incertezas no quadro da geopolítica", acrescentou. No cenário local, os investidores seguem de olho no noticiário político e no afrouxamento das regras de isolamento social nos estados. Crise escancara desigualdade, e Brasil terá retomada lenta, dizem economistas Variação do Ibovespa em 2020 G1 Economia Initial plugin text Busque pelo título do caso
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Rentabilidade de bancos brasileiros sobe em 2019 e lucro bate recorde, mostra BC
Lucro líquido dos bancos somou R$ 118 bilhões. Retorno sobre o patrimônio líquido do sistema bancário ficou bem acima de países como Reino Unido, Alemanha e Estados Unidos. A rentabilidade dos bancos brasileiros subiu em 2019 e o lucro das instituições financeiras bateu novo recorde, segundo informações divulgadas nesta quinta-feira (4) pelo Banco Central.
O chamado retorno sobre o patrimônio líquido do sistema bancário nacional alcançou 16,5% em dezembro do ano passado, contra 14,8% no fechamento de 2018, e retornou a patamares registrados em 2011.
No caso dos bancos de grande e médio portes, a rentabilidade foi maior ainda, atingindo 18,8% no final do ano passado.
"Isso se deve, provavelmente, aos maiores ganhos de escala e diversificação, que permitem aos bancos grandes e médios captarem recursos com menor custo", informou o BC.
"A recuperação do ambiente econômico e a melhora da percepção de risco observada até final de 2019 criaram condições favoráveis para o crescimento da rentabilidade do sistema bancário ao longo do ano", informou o Banco Central.
De acordo com a instituição, o aumento da rentabilidade dos bancos decorreu principalmente da retomada do crédito, com alteração da composição das carteiras para segmentos mais rentáveis (pessoas físicas, e pequenas e médias empresas), que "implicaram aumento no valor do resultado de crédito bruto do setor bancário".
Além disso, acrescentou o BC, outro "fator importante" para a evolução da rentabilidade foi o aumento das receitas de serviços, que contou principalmente com o crescimento das rendas de mercado de capitais (colocação de títulos e corretagens).
Entre as maiores do mundo
De acordo com dados do BC, a rentabilidade do sistema bancário brasileiro está entre as maiores do mundo. O indicador brasileiro ficou abaixo, em 2019, da Argentina, do México e do Canadá, mas superou grande parte dos países desenvolvidos – como Estados Unidos, Itália, Reino Unido e Japão.
Lucro do sistema financeiro
De acordo com o relatório do BC, o lucro líquido dos bancos se aproximou dos R$ 118 bilhões e bateu novo recorde no ano passado. A série histórica do Banco Central para este indicador começa em 1994.
O aumento da rentabilidade e do lucro dos bancos brasileiros acontece em um cenário de juros bancários elevados. Apesar de a taxa básica da economia, a Selic, estar no menor patamar da história (3% ao ano), as instituições financeiras ainda cobram taxas elevadas.
Apesar de a taxa básica de juros da economia brasileira ter recuado 6,5% ao ano no fim de 2018 para 4,5% ao ano no fechamento de 2019 – uma queda de dois pontos percentuais -, os juros bancários médios recuaram 1,6 ponto percentual no ano passado. Ou seja, as instituições não repassaram toda a queda da taxa Selic registrada no último ano.
Em algumas linhas de crédito, como cartão de crédito rotativo e no cheque especial das pessoas físicas, os juros bancários médios fecharam 2019 acima de 300% ao ano. Neste ano, o juro do cheque especial recuou para 119,3% ao ano (6,8% ao mês) em abril depois que o Banco Central impôs limite para essa taxa.
Dados do BC mostram que os cinco maiores conglomerados bancários do país detinham, no fim de 2019, 83,7% do mercado de crédito e com 83,4% dos depósitos totais. Os cálculos englobam bancos comerciais, bancos múltiplos com carteira comercial e as caixas econômicas.
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Veja abaixo reportagem sobre programa criado pelo governo para oferecer crédito a empresas durante a pandemia do novo coronavírus.
Governo cria linha de crédito para pequenas e médias empresas; Miriam Leitão comenta
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BC europeu expande programa de compras emergenciais em 600 bilhões de euros
Além disso, anunciou uma extensão do programa até pelo menos o fim de junho de 2021. Taxas de juros não tiveram alteração. O Banco Central Europeu (BCE) anunciou nesta quinta-feira (4) uma expansão do seu programa de compras emergenciais para a pandemia (PEPP, na sigla em inglês) em 600 bilhões de euros, para um total de 1,35 trilhão. Além disso, anunciou uma extensão do PEPP até pelo menos o fim de junho de 2021 e que os rendimentos do programa serão reinvestidos até pelo menos o fim de 2022. Por meio desse programa, o BCE recompra títulos da dívida no mercado, promovendo uma injeção de recursos. Christine Lagarde, presidente do BC europeu, em imagem de arquivo Francois Lenoir/Reuters As taxas de juros de referência do BCE foram mantidas estáveis, com a taxa de depósito negativa em 0,5%. A taxa de empréstimo segue em 0,25% e a de refinanciamento, em 0%. O BCE anunciou também que o volume de compras líquidas de seu programa de compras de ativos (APP) será mantido em 20 bilhões de euros mensais, somados ao pacote único de compras de 120 bilhões de euros até o fim do ano, anunciado anteriormente em resposta à pandemia. O conselho do BCE disse que as compras do APP serão mantidas "por quanto tempo for necessário para reforçar o impacto acomodatício das suas taxas de juros" e devem terminar pouco tempo antes do BCE começar a elevar as taxas de referência do BCE. Os vencimentos dos APP continuarão sendo reinvestidos por um longo período de tempo após o BCE começar a elevar os juros. Banco Central europeu faz alerta para consequências econômicas do coronavírus
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