Portabilidade do crédito imobiliário sobe 200% em 2019, diz Banco Central
Queda nas taxas de juros estimula a portabilidade, que atingiu 4.610 operações de crédito imobiliário no ano passado. A portabilidade de contratos de crédito para compra da casa própria cresceu 200% em 2019 e atingiu 4.610 operações, informou nesta terça-feira (2) o Banco Central. Considerando as renegociações de contratos com o mesmo banco, o processo atingiu cerca de 6 mil operações no ano passado, no valor de R$ 2,15 bilhões.
"Na portabilidade, o tomador migra o contrato de crédito imobiliário para outra instituição financeira que tenha oferecido condições mais vantajosas ou, alternativamente, consegue condições mais vantajosas renegociando o contrato original com a instituição com a qual tem o crédito imobiliário" explicou o BC.
Além das renegociações dentro do processo de portabilidade, o BC explicou que existem renegociações de mercado, ou seja, o tomador e o banco acordam uma redução de taxas, sem o envolvimento de outro banco no processo. Em 2019, ocorreram renegociações em aproximadamente 30 mil contratos (R$ 9,94 bilhões) nessa modalidade.
Juros menores
O Banco Central lembrou que o aumento na portabilidade do crédito imobiliário tem ocorrido por conta da queda dos juros básicos da economia nos últimos anos – que se reflete também nas demais linhas de crédito. Atualmente, a taxa Selic está em 3% ao ao ano, a mínima histórica.
A mediana das novas taxas das operações portadas foi de 7,71% ao ano no ano passado, o que significa, segundo o BC, uma redução de 2,99 pontos percentuais em relação à mediana das taxas originais dos contratos.
"A maior parte dos contratos portados (79,1%) foi de créditos originados entre o segundo semestre de 2015 e o primeiro de 2017, período que apresenta as maiores taxas de mercado no passado recente", acrescentou o Banco Central.
Essas novas taxas de juros das operações portadas também inferiores às 170 mil novas contratações registradas no Sistema de Informação de Crédito no segundo semestre de 2019 (7,94%).
O BC observou que as reduções de juros nos contratos de crédito imobiliário resultam em "descontos significativos" no valor total devido.
Se um contrato de R$ 300 mil com uma taxa de juros de 10% ao ano e duração de 30 anos fosse portado ou renegociado, alterando a taxa de juros para 9% ao ano, teria um desconto superior a R$ 40 mil no total a ser desembolsado, calculou a instituição.
Potencial de novas operações
O Banco Central avaliou que, considerando apenas as operações contratadas antes de 2019, adimplentes e com taxas de juros acima de 10%, existem no sistema financeiro 570 mil operações, no valor de R$ 102,8 bilhões, que poderiam se favorecer direta ou indiretamente da portabilidade.
"Os 36 mil contratos que se beneficiaram com redução de taxa de juros em 2019 representam apenas 6,4% desse potencial. Se as taxas de mercado se mantiverem em patamares historicamente baixos, há ainda elevado potencial para ganhos com a portabilidade do crédito imobiliário", concluiu a instituição.
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Anonymous: por que os cyber-ativistas estão outra vez sob os holofotes
Pessoas que se dizem ligadas ao grupo voltam a atuar em meio à enormes protestos nos EUA contra o assassinato de George Floyd pela polícia e em meio à crise política no Brasil O coletivo prometeu expor 'muitos crimes' cometidos pela polícia de Minneapolis para o mundo Getty Images/BBC Os cyber-ativistas que atuam sob o codinome Anonymous voltaram das sombras em um momento em que o Brasil e os Estados Unidos vivem situações turbulentas nas ruas. Protestos continuam em várias cidades dos EUA apesar de ameaça de Trump O coletivo chegou a ter presença regular na imprensa, promovendo cyber-ataques contra aqueles que acusam de injustiças. Após anos de relativo silêncio, o grupo reemergiu em meio aos protestos em Minneapolis (EUA) após a morte de George Floyd, homem negro estrangulado por um policial branco durante uma abordagem. O coletivo prometeu expor "muitos crimes" cometidos pela polícia de Minneapolis para o mundo. E, na segunda-feira (1°), uma conta no Twitter atribuída à Anonymous Brasil divulgou supostos dados pessoais do presidente Jair Bolsonaro e seus filhos, além de ministros do governo, empresários e políticos bolsonaristas. Grupo de hackers vaza em rede social supostos dados pessoais de Bolsonaro, filhos e ministros Foram publicados endereços, telefones e informações patrimoniais. Não se sabe se as informações eram verdadeiras. O Twitter apagou as postagens e baniu o perfil do grupo por violar as regras da plataforma. Apesar da reaparição dos Anonymous, não é fácil descobrir o que é realmente obra do coletivo. Os dados publicados não diferem muito do que pode ser encontrado livremente em sites como o do Tribunal Superior Eleitoral ou no Portal da Transparência. O ministro da Justiça e Segurança Pública, André Mendonça, pediu à Polícia Federal que investigue o vazamento. No Twitter, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, disse ser vítima de um movimento contra "famílias patriotas". "Nossos lares não estão mais seguros. Querem nos calar", afirmou. Quem são os Anonymous? O grupo não tem liderança nem estrutura formal. Eles se definem como uma "legião", dizendo ser formados por um grande número de indivíduos. Sem um comando central, qualquer um pode reivindicar participação no coletivo. Isso significa que membros podem ter prioridades radicalmente diferentes, e que a organização não tem uma agenda única. De forma geral, eles são ativistas que miram aqueles que consideram usar o poder de forma negativa. Eles agem de maneira pública, como quando atacam sites e os tiram do ar. Seu símbolo é a máscara de Guy Fawkes, mais conhecida pela história em quadrinhos V de Vingança, na qual um revolucionário anarquista combate um governo fascista e corrupto. O que eles fazem? Várias formas de cyber-ataque foram atribuídas ao Anonymous no caso dos protestos pela morte de George Floyd, nos EUA. Primeiro, o site da polícia de Minneapolis saiu do ar durante o fim de semana após supostamente sofrer um ataque do tipo DDoS (sigla em inglês para Distributed Denial of Service). Essa é uma modalidade simples porém efetiva de cyber-ataque que inunda de dados um servidor até que ele deixe de responder. É o que ocorre, por exemplo, quando muitas pessoas entram de uma só vez em um site pequeno, tirando-o do ar. Uma base de dados com endereços de email e senhas que seriam de membros do departamento de polícia da cidade está circulando e é atribuída a um ataque do Anonymous. Mas não há evidências de que os servidores da polícia tenham sido hackeados. Uma página em um site de uma pequena agência da ONU virou um memorial para George Floyd. O conteúdo do site foi substituído pela mensagem: "Rest in Power (descanse na força), George Floyd" com um logo do Anonymous. No Twitter, posts também viralizaram mostrando centrais de rádio da polícia aparentemente tocando música e impedindo a comunicação entre os agentes. No entanto, especialistas dizem que é improvável que isso tenha sido um ataque. Eles afirmam que a música poderia estar em algum pendrive confiscado de manifestantes por policiais — isso se os vídeos forem autênticos. Ativistas do Anonymous também estão circulando acusações antigas contra o presidente Donald Trump retiradas de um processo que foi encerrado voluntariamente por quem acusava o mandatário. O retorno do grupo é crível? A morte de George Floyd levou ao que o correspondente da BBC em Nova York Nick Bryant descreveu como a mais abrangente turbulência racial e civil nos EUA desde o assassinato de Martin Luther King, em 1968. Foi nesse contexto que uma página no Facebook alegadamente ligada ao Anonymous divulgou um vídeo sobre a morte de Floyd, na qual citava outros supostos crimes cometidos pela polícia de Minneapolis, e ameaçava agir. A mesma página no Facebook publicou vídeos semelhantes sobre Ovnis e "planos da China para a dominação global" nas últimas semanas. Tanto nesses vídeos quanto no de Floyd uma voz distorcida eletronicamente discutia reportagens sobre os temas. Mas a página só recebeu mais atenção após a polícia de Minneapolis ter seu site derrubado. É por esse tipo de ação que o Anonymous é conhecido? A primeira grande operação do Anonymous a ganhar o noticiário foi contra a Igreja da Cientologia, em 2008. O grupo usou ataques DDoS para derrubar alguns sites da organização. Também foram realizados trotes telefônicos e enviadas mensagens de fax para atrapalhar as comunicações da entidade. No ano seguinte, em meio à crise financeira global, o grupo apoiou o movimento da Primavera Árabe e atacou a empresa Sony Entertainment por sua tentativa de impedir o hackeamento de plataformas do PlayStation 3, além de apoiar os protestos Occupy Wall Street. Eles continuaram endossando causas similares e realizaram atos contra o establishment ao redor do mundo, mas sua projeção midiática diminuiu nos últimos anos. A imagem revolucionária e o desejo de combater entidades poderosas, porém, parecem ter apelo nas crises atuais por que passam os EUA e o Brasil.
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Pesquisador recebe US$ 100 mil da Apple por descobrir falha que permitia invadir contas autorizadas com Apple ID
Vulnerabilidade afetava serviços integrados com Apple ID, mas risco ao iCloud e serviços da própria Apple não foi confirmado. Serviço de 'login único' do ID Apple tinha falha na geração dos códigos de autorização. Apple recompensou caçador de falhas com US$ 100 mil pela descoberta. Thomas Peter/Reuters O pesquisador de segurança Bhavuk Jain recebeu uma recompensa de US$ 100 mil (cerca de R$ 520 mil) da Apple após relatar uma brecha que poderia permitir uma violação dos controles de acesso em serviços com suporte ao Apple ID. Apple lança sistema de registro em aplicativos e sites A falha, que já foi corrigida, permitia gerar uma credencial de acesso falsa para qualquer serviço compatível com o botão "inicie sessão com a Apple". Esse recurso dispensa o cadastramento de uma senha específica para cada aplicativo, então a única barreira é a autorização da própria Apple. Como a vulnerabilidade estava presente na geração dos chamados "tokens de acesso", os serviços da própria Apple, que usam a senha do ID Apple e não o token, tecnicamente não estariam vulneráveis. No entanto, há casos em que serviços de uma mesma empresa utilizam tokens internamente para facilitar a integração entre os diferentes aplicativos e sistemas. Embora a possibilidade exista, isso não foi confirmado nos serviços da Apple. Jain relatou a vulnerabilidade diretamente à Apple em abril. O contato foi realizado por meio de um canal dedicado ao recebimento de detalhes sobre falhas de segurança e nenhuma informação sobre a brecha foi publicada antes de ela ser corrigida. Segundo o pesquisador, a Apple realizou uma investigação interna e não encontrou qualquer evidência de que hackers tenham explorado essa falha para obter acesso indevido a qualquer serviço. Apesar de nenhum usuário ter sido atacado, o risco era alto. O valor pago pela descoberta – US$ 100 mil – é considerado elevado para os programas que recompensam caçadores de falhas. O Facebook, por exemplo, nunca pagou mais do que US$ 50 mil. O programa da Apple prevê recompensas de até US$ 1,5 milhão, mas apenas para brechas graves que impactam os sistemas operacionais da companhia. Empresa que compra brechas de software diz que vai parar de aceitar falhas no iPhone por 'oferta elevada' Como funciona o acesso via token Serviços de "login único", que são fornecidos por empresas como Apple, Facebook, Twitter, Google e Microsoft, dispensam a criação de cadastros individuais nos serviços e aplicativos compatíveis. Com o login único, não é preciso lembrar de senhas diferentes e nem realizar a validação do endereço de e-mail, que já terá sido conferido pelo prestador do serviço. O login único não compartilha a senha do usuário com os serviços e aplicativos com os quais eles são integrados – por exemplo, fazendo um login em um aplicativo com sua conta Google, o Google não compartilha sua senha com esse aplicativo. Em vez disso, o app recebe um "token" (código de autorização) que relaciona o acesso ao usuário (conta) que o solicitou. Para validar esse código de autorização, o aplicativo ou serviço deve consultar o serviço de login único. Caso o código seja legítimo, o acesso é liberado em nome daquele usuário. O que Jain descobriu é que a Apple gerava códigos de autorização para qualquer ID Apple, mesmo que a sessão iniciada não correspondesse ao e-mail solicitado para o código de autorização. Na prática, um atacante poderia gerar códigos de autorização para qualquer pessoa, autorizando acessos de outros usuários. Não se sabe ao certo como cada serviço compatível reagiria a esse cenário, porque isso não foi testado. Mas é muito provável que a sessão seria iniciada em nome do usuário correspondente ao código de autorização, permitindo a invasão das contas. Botões para ativar serviços de login único em um gerenciador de redes sociais: usuário pode iniciar a sessão usando Twitter, Facebook, Google ou Apple. Reprodução Dúvidas sobre segurança, hackers e vírus? Envie para g1seguranca@globomail.com
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Auxílio Emergencial: 11 milhões de pedidos feitos por app e site ainda aguardam análise, diz Caixa
São 5,7 milhões de trabalhadores ainda em primeira análise e 5,3 milhões em reanálise, ou seja, que foram considerados inelegíveis em uma primeira avaliação. Até a manhã desta terça-feira (2), 11 milhões de trabalhadores ainda aguardavam análise para receber o Auxílio Emergencial de R$ 600, segundo informou o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães.
São 5,7 milhões de pessoas ainda em primeira análise e 5,3 milhões em reanálise, ou seja, que foram considerados inelegíveis em uma primeira avaliação e recorreram. Todos esses trabalhadores fizeram o cadastro pelo site ou app do auxílio.
De acordo com Guimarães, a Caixa fará os pagamentos para os novos aprovados a partir de 48 horas após o recebimento dos dados processados pela Dataprev. O último lote de cadastros processados foi entregue pela Dataprev em 15 de maio, contendo 8,3 milhões de cadastros.
Trabalhadores que tentaram receber auxílio-emergencial receberam aviso que estavam mortos
De acordo com o balanço da Caixa, foram processados 101,2 milhões do total de 106,9 milhões de cadastros. Veja a situação em cada grupo de trabalhadores:
Bolsa Família
19,9 milhões de cadastros processados: 19,2 milhões elegíveis e 700 mil inelegíveis
Cadastro Único
32,1 milhões de cadastros processados: 10,5 milhões elegíveis e 21,6 milhões inelegíveis
Inscritos no app e site
54,9 milhões de cadastros (49,2 milhões processados): 29,3 milhões elegíveis, 19,9 inelegíveis (5,3 milhões destes em reanálise) e 5,7 milhões em 1ª análise
Veja a situação dos pedidos e análises do Auxílio Emergencial até esta terça:
Cadastrados: 106,3 milhões
Processados: 101,2 milhões
Elegíveis: 59 milhões
Inelegíveis: 42,2 milhões
Em 1ª análise: 5,7 milhões
Em reanálise: 5,3 milhões
Total de pagamentos (incluindo a 1ª e 2ª parcelas, até esta terça):
Bolsa Família
Beneficiários: 19,2 milhões
Valor pago: R$ 30,3 bilhões
CadÚnico
Beneficiários: 10,5 milhões
Valor pago: R$ 14 bilhões
App/Site
Beneficiários: 28,9 milhões
Valor pago: R$ 32,3 bilhões
Os trabalhadores podem consultar a situação do benefício pelo aplicativo do auxílio emergencial ou pelo site auxilio.caixa.gov.br. Os brasileiros poderão acompanhar ainda os seus pedidos por meio dos seguintes endereços: www.cidadania.gov.br/consultaauxilio e https://consultaauxilio.dataprev.gov.br .
Veja calendário da 2ª parcela
SAIBA TUDO SOBRE O AUXÍLIO EMERGENCIAL
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EUA investigam impostos sobre empresas digitais no exterior
Medida que pode levar a tarifas punitivas. Vários países europeus estão considerando uma taxa de serviços digitais sobre as receitas de unidades locais de empresas como Google e Facebook. O representante de Comércio dos Estados Unidos disse nesta terça-feira (2) que está abrindo investigação em relação a impostos sobre serviços digitais adotados ou que estão sendo considerados por vários países parceiros comerciais dos EUA — medida que pode levar a tarifas punitivas.
"O presidente (norte-americano Donald) Trump está preocupado com o fato de muitos de nossos parceiros comerciais adotarem esquemas tributários projetados para atingir injustamente nossas empresas", disse o representante de Comércio dos EUA, Robert Lighthizer, em comunicado. "Estamos preparados para tomar todas as medidas apropriadas para defender nossas empresas e trabalhadores contra qualquer discriminação."
O anúncio ocorreu poucas horas após o departamento dizer que investigaria se importações de vanádio metálico violam a segurança nacional, sinalizando que o governo Trump está ativamente buscando novas barreiras comerciais, apesar da pandemia de coronavírus.
Trump baseou sua guerra comercial com a China de quase dois anos em uma investigação da Seção 301 sobre práticas de propriedade intelectual e transferência de tecnologia de Pequim. Vários países europeus estão considerando uma taxa de serviços digitais sobre as receitas de unidades locais de empresas como Google e Facebook.
Lighthizer disse que a investigação inicialmente se concentrará em saber se os impostos discriminam empresas norte-americanas, se são injustamente retroativos e "possivelmente irracionais", se divergirem de normas internacionais.
"Os desvios podem incluir: extraterritorialidade; tributar receita e não renda; e um objetivo de penalizar empresas de tecnologia específicas por seu sucesso comercial", afirmou.
Presidente americano anuncia plano para reabrir economia dos EUA
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Retomada terá custo alto para varejo devido a protocolos sanitários, diz FecomercioSP
Comércio paulista acumula perda de R$ 71 bilhões desde o início da pandemia, devido às medidas de restrição para combater a Covid-19. Calçadão de São José dos Campos fica movimentado em dia de reabertura de comércio Reprodução/ TV Vanguarda A reabertura das atividades econômicas terá custo elevado para as empresas. As exigências de testagem dos empregados para Covid-19, a limitação da capacidade de atendimento a 20%, e a restrição de quatro horas de funcionamento acarretarão mais despesas, segundo Ivo Dall’Acqua Junior, vice-presidente da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (FecomercioSP). “Conversamos diariamente com as autoridades para encontrar melhores alternativas para a retomada econômica”, afirmou Dall’Acqua. O comércio paulista acumula perda aproximada de R$ 71 bilhões entre 24 março e 2 de junho devido à suspensão do atendimento dos consumidores nas lojas. 38 shoppings reabrem no interior de SP e Brasil tem 218 abertos em 14 estados, diz associação Atividade do comércio tem maior queda em 20 anos, mostra Serasa Na avaliação da FecomercioSP, que representa 1,8 milhão de empresas com cerca de 10 milhões de funcionários, os custos para a reabertura são relevantes aos pequenos e médios que amargam queda no faturamento há meses. Na cidade de São Paulo, as empresas devem submeter à prefeitura protocolos sanitários para serem aprovados pelas autoridades. “O dono de negócio no Jardim Ângela [extremo sul da capital] não tem condições de comprar testes como determina o decreto. O valor do teste é mais de 10% do salário médio do trabalhador do comércio”, observou o vice-presidente da federação. Outras preocupações são a lotação no transporte público e o respeito da população à quarentena. Para respeitar o distanciamento social de 1,5 metro, as lojas atenderão número reduzido de clientes porque a lotação máxima inclui o número de funcionários. Logo, uma pessoa precisará controlar o fluxo na entrada e disponibilizará álcool em gel, assim como estão fazendo os supermercados, atacados e drogarias. SP tem movimento no comércio, mas quarentena não foi flexibilizada Transporte público Nos terminais urbanos são transportados 225 mil passageiros no horário de pico, entre 6h45 e 8h15, mas o ideal seria cair para 160 mil pessoas. Para Dall’Acqua, a aglomeração nos ônibus, trens e metrôs é um risco para os funcionários e consumidores e que diminui a eficácia do protocolo com fluxo nos pontos de venda e testagem para a reabertura. “O ideal seria cada empresa modular sua própria escala de funcionamento, mas vamos nos adequar a este cenário”, disse o executivo. “O importante é que o diálogo com o governo do Estado acontece duas vezes por semana e na prefeitura a interlocução é diária.” Por enquanto, a prefeitura da capital não deu prazo para conceder as autorizações de reabertura das lojas. A quarentena no município está prevista para terminar em 15 de junho. Até lá, comércio e serviços vão retomar as atividades gradualmente se a prefeitura aprovar um protocolo apresentado pelos empresários com base nas orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS). Lojas de rua, shopping centers, escritórios, concessionárias de veículos e imobiliárias precisarão seguir as regras. De acordo com o vice-presidente da FecomercioSP, a entidade também faz reuniões virtuais com a Associação Comercial de São Paulo (ACSP) para auxiliar as empresas no envio dos documentos às autoridades.
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Preços do petróleo sobem mais de 3% antes de reunião da Opep+
Reabertura econômica em estados norte-americanos também ajudou a impulsionar a cotação do barril do petróleo. Os preços do petróleo avançaram mais de US$ 1 por barril nesta terça-feira (2), impulsionados por expectativas de que grandes produtores concordem ainda nesta semana em estender cortes de bombeamento e pelo início das reaberturas em estados norte-americanos e em alguns países após os "lockdowns" relacionados ao coronavírus. O petróleo Brent fechou em alta de US$ 1,25, ou 3,3%, a US$ 39,57 por barril, enquanto o petróleo dos EUA avançou US$ 1,37, ou 3,9%, para US$ 36,81 o barril. Campo terrestre de exploração de petróleo da Petrobras no Nordeste Divulgação Ambos os valores de referência se aproximaram de máximas de três semanas. "Há a antecipação de que a Opep+ chegará a um acordo para estender os atuais níveis (de cortes) por mais dois meses, e ao mesmo tempo o mercado antecipa que a reabertura de economias ao redor do mundo vá elevar a demanda e nos colocar em uma posição na qual, até agosto, o mercado esteja em equilíbrio", disse Andy Lipow, presidente da consultoria Lipow Oil Associates. A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e aliados, entre eles a Rússia, que formam o grupo conhecido como Opep+, estão considerando prorrogar os atuais cortes de produção, de 9,7 milhões de barris por dia (bpd), para julho e agosto. Uma reunião do grupo deve acontecer na quinta-feira. Pelo plano em vigor atualmente, esse nível de cortes perduraria por maio e junho, passando para uma redução de 7,7 milhões de bpd entre julho e dezembro. A Arábia Saudita, segundo fontes, tem pressionado para manter as reduções mais profundas por um período maior de tempo.
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Governo prevê para a próxima semana liberação de crédito a microempresas aprovado em abril
Secretário Carlos da Costa, do Ministério da Economia, diz que última regulamentação necessária ao Pronampe deve sair até sexta. 'Vamos ficar no pé dos bancos', afirma. O secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, Carlos da Costa, afirmou nesta terça-feira (2) que o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) deve estar disponível para contratações a partir da semana que vem.
O projeto de lei do Pronampe foi aprovado pelo Senado Federal em 24 de abril, e sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro quase um mês depois, com vetos, em 19 de maio.
"Devemos aprovar o regulamento hoje ou amanhã. O Banco do Brasil está com sistema pronto, aí é questão de os bancos colocarem esse crédito disponível na ponta. Aí é acompanhar pra ver o dinheiro chegando. Garantimos 100% de cada operação até o limite de 85% de cada carteira. Os bancos não tem porque segurar ela [a linha de crédito]. Semana que vem, espero que esteja na ponta. Vamos ficar no pé dos bancos", declarou ao G1.
A falta de crédito para micro, pequenas e médias empresas é uma das principais reclamações dos empresários durante a crise do novo coronavírus. Passadas mais de cinco semanas desde a aprovação no Congresso, entretanto, o dinheiro ainda não chegou às mãos dos empreendedores.
Empresários reclamam das condições para pegar crédito durante a pandemia
Segundo o secretário Carlos da Costa, a sanção presidencial foi atrasada por negociações com o Congresso Nacional sobre os vetos e por conversas com instituições financeiras para garantir o funcionamento do programa.
"Não tinha como ser mais ágil porque vetamos alguns artigos. Se eles não tivessem sido vetados, o Pronampe não ia rodar [funcionar corretamente]. Queríamos ter certeza que ia 'rodar' na ponta. Fizemos vários conversas com Banco do Brasil, Caixa, cooperativas interessadas, e conversarmos com o Congresso Nacional", disse.
O Pronampe é destinado a microempresas com faturamento de até R$ 360 mil por ano, e a pequenas empresas com faturamento anual de de R$ 360 mil a R$ 4,8 milhões. A taxa de juros é de 1,25% ao ano, mais a taxa Selic (atualmente em 3% ao ano).
Crédito para pequenas e médias empresas
Governo publica MP que pode destravar crédito às pequenas e médias empresas
O governo federal anunciou nesta terça-feira a criação, via medida provisória, de uma nova linha de crédito para empresas de maior porte. A proposta é chamada de Programa Emergencial de Acesso a Crédito destinado a pequenas e médias empresas.
De acordo com Carlos da Costa, do Ministério da Economia, esse crédito deve estar disponível para as empresas em até quatro semanas.
Até lá, ainda será preciso aprovar o estatuto e o regulamento do fundo garantidor dos investimentos (FGI). O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que vai administrar o fundo, também precisa aprovar processos internos e ajustar sistemas de informática e operação.
Questionado pelo G1, o secretário não quis antecipar qual será a taxa de juros cobrada nessa nova linha de crédito. "Vai ser definida no regulamento, a gente prefere divulgar depois. Mas não vai ultrapassar a taxa cobrada [das empresas em outras linhas de crédito] antes da Covid", declarou.
Pelas regras dessa linha de crédito, o FGI garantirá até 80% de cada operação, mas com um valor total de até 20% do valor total liberado para o conjunto das operações de crédito de cada banco.
"É característica dessas empresas, que têm na média inadimplência de 5% a 6%. De modo que 20% de 'stop loss' [trava de perdas da carteira] é muito significativo", disse ele.
O secretário confirmou a estimativa de que essa linha de crédito poderá resultar na liberação de até R$ 100 bilhões em operações de crédito para as pequenas e médias empresas. "É um valor extraordinário, não tivemos nenhum outro volume público de crédito que alcançou em isso em seis meses, que é o tempo de desembolso", concluiu.
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Bolsas de Nova York fecham em alta, mesmo com protestos nos EUA
O Dow Jones fechou em alta de 1,05%, ampliando bastante os ganhos na última hora de negociações, o S&P 500 avançou 0,82% e o Nasdaq subiu 0,59% Os índices acionários de Nova York fecharam em alta nesta terça-feira (2), após oscilarem ao longo do dia em meio aos temores de que a instabilidade gerada por protestos em várias partes dos Estados Unidos ameace a reabertura e recuperação econômica americana. O Dow Jones fechou em alta de 1,05%, a 25.742,65 pontos, ampliando bastante os ganhos na última hora de negociações. O S&P 500 avançou 0,82%, a 3.080,82 pontos, e o Nasdaq subiu 0,59%, a 9.608,37 pontos. Placa de Wall Street perto da bolsa de Nova York REUTERS/Shannon Stapleton Com os ganhos de hoje, o S&P 500 anotou o seu quinto ganho em seis sessões, recebendo suporte da interpretação de que os dados indicam que o pior já passou para a economia americana. Ontem, o índice PMI do Instituto para Gestão da Oferta (ISM) indicou alta de quase cinco pontos em maio, a 32,1 pontos, mas o número, ainda bem abaixo da marca dos 50 pontos, ainda indica forte contração do setor industrial. "Isso tem sido, em grande parte, sobre o reinício das atividades, que parece estar ganhando força um pouco mais rapidamente do que se acreditava há um mês ou seis semanas atrás", disse Bill Northey, diretor sênior de investimentos do US Bank Wealth Management. O otimismo superou o nervosismo com os protestos, mas os índices — sobretudo o Nasdaq — ainda oscilaram entre ganhos e perdas nesta terça, depois que algumas cidades americanas enfrentaram, ontem, mais uma noite de protestos contra o racismo e a violência policial, e alguns deles se tornaram violentos. A instabilidade ameaça a reabertura econômica nos EUA, com a Macy's e a Apple adiando a reabertura de suas lojas em meio aos temores, alimentando os receios de que a violência possa prejudicar a reabertura econômica nos EUA. Alguns grandes centros urbanos, incluindo Nova York e Los Angeles, estabeleceram ou estenderam toques de recolher para tentar conter a violência nas ruas. Protestos nos EUA continuam e toque de recolher em NY é antecipado O desempenho dos setores chama alguma atenção hoje. Excluindo o setor de energia — que tem tido um comportamento bastante volátil nos últimos meses, devido aos sustos dados pelos preços do petróleo —, os principais ganhadores na sessão desta terça foram as ações industriais (+1,29%) e de matérias-primas (+1,76%). Os investidores continuam apostando que ações mais ligadas ao crescimento global devem se recuperar, em meio à flexibilização das medidas de restrição de atividade econômica em diversos locais do mundo. Com isso as ações industriais têm tido uma performance superior à das ações de tecnologia, que foram o principal motor de crescimento nos últimos anos e ainda acumulam os maiores ganhos em 2020.
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Sony adia evento State of Play sobre PS5 por causa de protestos nos EUA: ‘não é momento para celebração’
Transmissão online focada no PlayStation 5 e na próxima geração de games ia acontecer nesta quinta-feira (4). DualSense é o controle do PlayStation 5 Divulgação/Sony A Sony anunciou nesta segunda-feira (1) que vai adiar seu evento online, State of Play, focado no PlayStation 5 e na próxima geração de games por causa dos protestos que acontecem nos Estados Unidos. Manifestantes voltaram às ruas nas principais cidades do país neste domingo (31), em mais um dia de protestos contra o racismo após a morte do ex-segurança George Floyd. A onda de protestos se espalhou pelo mundo — foram registrados atos na Europa, no Canadá e, inclusive, no Brasil. "Sabemos que gamers do mundo todo estão animados para ver os jogos no PS5, mas achamos que agora não é momento para celebração, e por enquanto, queremos dar espaço para vozes mais importantes serem ouvidas", escreveu a fabricante em seu perfil no Twitter. Initial plugin text E A Sony tem revelado poucas informações sobre seu novo console, que deve ser lançado no final de 2020. O evento programado para quinta-feira (4) seria a primeira grande transmissão da empresa focada no PS5. "Repudiamos o racismo e a violência sistêmica contra a comunidade negra. Continuaremos trabalhando rumo a um futuro marcado pela empatia e inclusão. Estamos juntos com nossos criadores, jogadores, funcionários, famílias e amigos negros", afirmou a fabricante. Initial plugin text "
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