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Erro fez programa para pequenas empresas dos EUA distribuir auxílio duas vezes em muitos casos

terça-feira, 02 junho 2020 por Administrador

Dinheiro entregue por engano pode chegar a centenas de milhões de dólares. Um problema técnico em um sistema do governo dos Estados Unidos fez com que muitas pequenas empresas recebessem empréstimos duas ou mais vezes de um programa federal de ajuda a empresas prejudicadas pela pandemia de Covid-19, disseram quase uma dúzia de pessoas com conhecimento do assunto.
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O dinheiro entregue por engano pode chegar a centenas de milhões de dólares que o governo e os credores – que concederam os empréstimos – vêm tentando identificar e recuperar nas últimas semanas, disse uma das pessoas informadas sobre o assunto.
O problema técnico e a escala dos depósitos duplicados feitos no âmbito do programa "Paycheck Protection Program" (PPP) de US$ 660 bilhões, não haviam sido relatados anteriormente. Esse é o problema mais recente a surgir com o enorme programa, projetado para manter vivas empresas abaladas pelo novo coronavírus, bem como o emprego de funcionários.
O erro foi causado por um ponto cego no sistema de processamento de empréstimos, que não conseguiu ver quando alguns mutuários enviavam solicitações várias vezes, normalmente com vários credores diferentes, disseram três das fontes.
As informações fornecidas pelas fontes, que incluem executivos da indústria e tomadores de empréstimos, além de publicações no Reddit, sugerem que pelo menos 1.020 depósitos duplicados foram emitidos. Embora essa seja uma pequena fração dos fundos desembolsados no âmbito do imenso programa, pode chegar a US$ 116 milhões com base no tamanho médio dos empréstimos.
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Lives da semana: Tiago Iorc, Leonardo, Marcelo D2, Mumuzinho e mais shows

segunda-feira, 01 junho 2020 por Administrador

Veja agenda de lives de segunda (1º) a domingo (7). Fernando e Sorocaba, Jota Quest, Bell Marques, Ponto de Equilíbrio, Filipe Catto e Teresa Cristina também fazem transmissões. Tiago Iorc Marcos Hermes / Divulgação Tiago Iorc, Marcelo D2, Mano Walter, Mumuzinho, Naiara Azevedo estão entre os artistas com lives programadas entre segunda (1º) e domingo (7). Fernando & Sorocaba, Jota Quest, Vibrações, Tropkillaz e Bruninho e Davi também fazem transmissões. Veja a lista completa com horários das lives abaixo. Na onda das lives, o bastidor virou o show. Casas de músicos são os palcos possíveis no isolamento para conter o coronavírus. O G1 fez um intensivão de lives e avaliou os desafios deste formato; leia. Veja lives por dia e onde assistir: Segunda (1º) Cristian Budu (Em Casa com Sesc) – 19h – Link Bate-papo Carlinhos Brown e Luedji Luna (Nômade Festival) – 19h – Link Lufe Steffen (Cultura em Casa) – 21h30 – Link Teresa Cristina – 22h – Link Terça (2) Zé Renato (Em Casa com Sesc) – 19h – Link Teresa Cristina – 22h – Link Quarta (3) Bate-papo com Téo Lima, Zé Nogueira, Luizinho Avellar e outros membros da banda Sururu de Capote que acompanhou Djavan na turnê "Alumbramento" – 16h – Link Nego do Borel – 16h – Link Sepultura – 16h15 – Link Filipe Catto (Em Casa com Sesc) – 19h – Link Bate-papo Carlinhos Brown e Elza Soares (Nômade Festival) – 19h – Link Tiago Iorc – 21h – Link Lobão (Cultura em Casa) – 21h30 – Link Teresa Cristina – 22h – Link Quinta (4) Bruninho e Davi – 18 – Link Edgard Scandurra (Em Casa com Sesc) – 19h – Link Naiara Azevedo – 20h – Link Mastruz com Leite – 21h – Link Teresa Cristina – 22h – Link Sexta (5) Mateus e Cristiano – 18h – Link Teresa Cristina (Em Casa com Sesc) – 19h – Link Marcelo D2 (Multishow) – 20h – Link Mano Walter – 20h – Link Thiago e Graciano – 20h – Link Ponto de Equilíbrio – 21h – Link Xênia França (Cultura em Casa) – 21h30 – Link Teresa Cristina – 22h – Link Tropkillaz – 22h – Link Sábado (6) Arraiá do Bell Marques – 12h – Link Sérgio Britto (Showlivre Play)- 16h – Link Zé Neto e Cristiano – 18h – Link Francis e Olivia Hime (Em Casa com Sesc) – 19h – Link Jota Quest – 20h – Link Vibrações – 20h – Link Fernando e Sorocaba – 21h – Link Teresa Cristina – 22h – Link Tuyo – 21h – Link Domingo (7) Thaeme e Thiago – 16h – Link Mumuzinho – 18h – Link Renato Teixeira (Em Casa com Sesc) – 19h – Link VillaMix em Casa Modão com Leonardo, Rionegro e Solimões e outros – 20h – Link Teresa Cristina – 22h – Link As cenas de 'lives' da quarentena que já estão na história do entretenimento brasileiro

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Bovespa abre o mês de junho em alta

segunda-feira, 01 junho 2020 por Administrador

Na sexta-feira, Ibovespa subiu 0,52%, a 87.402 pontos, acumulando alta de 8,57% no mês de maio. Fachada do prédio da B3, a bolsa brasileira, no Centro de São Paulo Rahel Patrasso/Reuters O principal índice da bolsa de valores brasileira, a B3, opera em alta nesta segunda-feira (1), em linha com o cenário externo, com agentes financeiros monitorando a cena política brasileira e noticiário relacionado a Estados Unidos e China. Às 15h, o Ibovespa subia 1,50%, a 88.714 pontos. Veja mais cotações. Na sexta-feira, a Bolsa fechou em queda de 0,52%, a 87.402 pontos, acumulando alta de 8,57% em maio. Foi o melhor desempenho do Ibovespa para um mês de maio desde 2009, segundo a Economatica. No acumulado do ano, porém, o índice ainda acumula queda de 24,42%. Cenário local e externo No exterior, os principais índices de Wall Street recuavam besta segunda, após uma forte alta no mês passado, com os investidores cautelosos em meio a protestos nos Estados Unidos e a uma escalada na tensão entre Washington e Pequim. Na cena doméstica, os investidores seguem de olho nas tensões políticas e nos impactos da pandemia de coronavírus na atividade econômica. Os economistas do mercado financeiro reduziram novamente a previsão para o Produto Interno Bruto (PIB) neste ano. A projeção passou de queda de 5,89% para um tombo de 6,25% em 2020. Crise escancara desigualdade, e Brasil terá retomada lenta, dizem economistas Com crise do coronavírus, Brasil terá retomada lenta, dizem economistas Variação do Ibovespa em 2020 Economia/G1 Initial plugin text Busque pelo título do caso

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INSS: último balanço mostra 1,8 milhão de benefícios represados e tempo médio de 69 dias para concessão; veja cuidados ao fazer o pedido

segunda-feira, 01 junho 2020 por Administrador

Desse total, 1.282.274 esperavam pela primeira avaliação dos seus requerimentos e 520.035 já haviam passado pela análise e necessitavam cumprir exigências do INSS para serem pagos. Beneficiários do INSS relatam inúmeros dificuldades no atendimento em meio à pandemia O último Boletim Estatístico da Previdência Social divulgado nesta segunda-feira (1) mostra que havia 1.802.309 requerimentos de benefícios previdenciários aguardando análise pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) em março. Desse total, 1.282.274 esperavam pela primeira avaliação dos seus requerimentos e 520.035 já haviam passado pela análise e necessitavam cumprir exigências do INSS para serem pagos. Houve queda de 3,27% no número total de pedidos de benefícios em análise entre fevereiro e março. E também caíram os pedidos em análise até 45 dias e acima desse período. Veja no gráfico abaixo: Requerimentos de benefícios em análise no INSS por período de tempo Editoria de Economia/G1 A região Sudeste concentrava em março o maior número de pedidos represados, seguida pelo Nordeste. Veja abaixo: Sudeste: 747.709 Nordeste: 486.361 Sul: 293.956 Norte: 145.995 Centro-Oeste: 128.288 O tempo médio de concessão de benefícios no país era de 69 dias em março, queda em relação a fevereiro, quando eram 72 dias. Por lei, os pedidos devem ser analisados em um prazo de até 45 dias. Os estados com maior tempo, em março, eram Tocantins, Piauí e Alagoas, com o recorde de 90 dias para concessão. Veja abaixo: Tempo médio de concessão de benefícios Editoria de Economia/G1 Já em relação às concessões e indeferimentos, 2019 foi o ano com o maior número de recusas de benefícios. Já as concessões no ano passado só não superaram os números registrados em 2013 e 2014. Veja no gráfico abaixo: Benefícios concedidos e negados ano a ano Editoria de Economia/G1 Cuidado na documentação De acordo com especialistas, o segurado que está aguardando a análise do seu benefício deve ter cuidado com a documentação que apresenta nos requerimentos e pode recorrer ao Judiciário caso a autarquia se negue a realizar o atendimento e a análise para a concessão do benefício. A Lei 8.213/1991 prevê que os pedidos devem ser analisados em um prazo de até 45 dias, e a tendência é que a fila cresça por conta da pandemia, dizem os advogados. "Os números de pedidos, especialmente os de auxílio-doença, tendem a se potencializar. A demanda de benefícios e de serviços é cada vez maior e, no entanto, a autarquia não vem repondo adequadamente o seu quadro de servidores, o que dificulta a prestação de um serviço ágil e adequado para a população", analisa Débora Palline Magalhães, advogada especialista em Direito Previdenciário do escritório Magalhães & Moreno Advogados. Leandro Madureira, advogado previdenciário e sócio do escritório Mauro Menezes & Advogados, orienta que os pedidos de benefícios devem ser feitos com a documentação mais completa possível para evitar que a concessão dependa de exigências que não podem ser cumpridas devido ao fechamento das agências. "O segurado pode judicializar a demanda se o prazo de análise ultrapassar um período razoável, de 30 a 45 dias, mas a recomendação inicial é que o segurado procure o Judiciário após insistir na esfera administrativa, por meio de contestação no próprio INSS. É possível abrir uma reclamação na Ouvidoria da Previdência, mas nem sempre o resultado é ágil ou positivo. Para aqueles que estão aguardando a análise do seu processo há bastante tempo, por mais de seis meses, a recomendação é buscar o Judiciário", complementa. Entretanto, para Ruslan Stuchi, sócio do escritório Stuchi Advogados, é recomendável também que o segurado não exagere na documentação, o que pode tornar a análise mais demorada. "O meu conselho é entregar apenas os documentos solicitados. Não entregue um documento sem saber para que ele irá servir, verifique se o documento solicitado realmente não foi entregue no pedido original e nunca deixe de cumprir uma exigência feita pelo INSS. Assim facilita a concessão do benefício com mais agilidade", ressalta. Beneficiários do INSS relatam inúmeros dificuldades no atendimento em meio à pandemia Atendimento nas agências do INSS está suspenso O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) suspendeu o atendimento presencial nas agências como medida de enfrentamento da epidemia do coronavírus, e esse prazo poderá ser prorrogado. No período em que as agências estiverem fechadas, os pedidos de serviços previdenciários e assistenciais deverá ser feito, exclusivamente, por meio de dois canais: pela internet, em Meu INSS, e por telefone, na central de atendimento 135. Segurados que fizerem requerimentos de auxílio-doença e Benefício de Prestação Continuada (BPC) para pessoa com deficiência devem enviar o atestado médico pelo Meu INSS. O documento será recepcionado pela perícia médica, que fará as devidas verificações. A plataforma digital permite ainda o acompanhamento de processos, informações sobre benefícios, entre outros serviços. Os agendamentos estão suspensos, inclusive de reabilitação profissional e serviço social, devendo ser reagendados apenas quando o atendimento nas agências for retomado. O INSS diz que está garantida, no entanto, a observância da data de entrada do requerimento. Além disso, o INSS autorizou a prorrogação automática dos benefícios de auxílio-doença enquanto perdurar o fechamento das agências e suspensão do atendimento presencial. A portaria fixa, entretanto, em seis o " limite máximo de pedidos de prorrogação que, ao serem efetivados, gerarão prorrogação automática do benefício". Serviços na pandemia Para João Badari, advogado especialista em Direito Previdenciário e sócio do escritório Aith, Badari e Luchin Advogados, o INSS tem se mostrado efetivo durante a crise ao investir em seus canais digitais. "O principal problema hoje para um sistema totalmente remoto são os erros no Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS), mas isso depende mais da apresentação de documentos pelo segurado", afirma. A portaria interna nº 123/20 passou recentemente a permitir que a alteração de vínculos de trabalho no cadastro seja feita pelo canal de comunicação do INSS, o telefone 135, para resolver o problema durante a crise sanitária. Questionado sobre a portaria, o INSS se limitou a informar que, eventualmente, acertos poderão ser solicitados no telefone 135 para posterior envio de documentação pelo Meu INSS. Outro problema apontado pelos especialistas é o fato de o canal digital não permitir o envio de todos os tipos de documentos. "Em tempos de pandemia, o INSS deveria disponibilizar que todos os tipos pudessem ser juntados pela internet para que agilizasse o processo de análise. Se levarmos em consideração o tempo que as agências estão fechadas, podemos no mínimo assegurar um prejuízo de três meses ao segurado para o prosseguimento das análises dos benefícios", afirma Ruslan Stuchi.

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BC defende mudança em programa que financia salários de pequenas e médias empresas

segunda-feira, 01 junho 2020 por Administrador

Presidente do BC, Roberto Campos Neto, defendeu entrada de empresas maiores no programa e que aquelas que aderirem tenham permissão para demitir até 50% dos funcionários. Diante do fraco desempenho do programa criado pelo governo federal que concede empréstimo emergencial para pagamento de salários, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, defendeu nesta segunda-feira (1º) mudanças no seu formato para aumentar a adesão das empresas e o número de trabalhadores beneficiados.
O programa emergencial foi anunciado em março e instituído por meio da Medida Provisória 944. Ele prevê uma linha de crédito, com juros de 3,75% ao ano, para empresas pagarem salários de funcionários por até dois meses. Em contrapartida, as empresas não podem demitir os trabalhadores por até dois meses após o fim do empréstimo.
A linha de crédito disponibilizou um total de R$ 40 bilhões. Entretanto, a procura foi baixa: até esta segunda, de acordo com dados oficiais, apenas R$ 2 bilhões haviam sido emprestados.
Ao mesmo tempo em que o programa registra baixa procura, a falta de crédito tem sido uma das principais reclamações de pequenos e médios empresários durante a pandemia do novo coronavírus – que tem gerado forte queda do nível de atividade e aumento do desemprego no país.
O próprio governo já admitiu que enfrenta dificuldades para que os recursos disponibilizados, neste e em outros programas e ações de combate aos efeitos da pandemia, chegue na ponta, ou seja, nas empresas.
Miriam Leitão analisa lei que cria linha de crédito para micro e pequenas empresas
Entre as principais mudanças sugeridas por Campos Neto para elevar as concessões do programa está a inclusão de empresas maiores, com faturamento acima de R$ 10 milhões no ano de 2019. Atualmente, podem ter acesso à linha de crédito empresas com faturamento em R$ 360 mil e R$ 10 milhões por ano.
Outra alteração seria na exigência de manutenção de empregos: a proposta é que as empresas que aderirem ao programa sejam obrigadas a manter 50% dos contratados, não 100%, como é agora.
Em meados de maio, o secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, Carlos da Costa, informou que a exigência de manutenção de todos os empregos, além do fato de boa parte das empresas não terem folha de pagamentos em bancos estava gerando dificuldades na liberação dos recursos.
Durante audiência pública na Comissão mista do Congresso Nacional que acompanha as medidas de combate ao novo coronavírus, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, defendeu ainda a extensão do programa de financiamento de salários por mais dois meses.
Nesta segunda-feira (1º), o presidente do Senado, Davi Alcolumbre já prorrogou a vigência da Medida Provisória por mais dois meses.
"É um programa que, apesar do desembolso ter sido menor do que o esperado, tem capacidade de controle muito bom. Consegue ver o tipo de empresa, funcionário, em que áreas. Tem um volume de informação que nos ajuda a guiar nessa crise. A gente vai ter modificações em breve no programa, que vai fazer com que aumente o volume liberado", declarou Campos Neto.
Com as mudanças, o BC estima que ao menos mais R$ 20 bilhões sejam emprestados.
Questionado se não poderia ser retirado o piso de R$ 360 mil para acesso ao programa de crédito, o presidente do BC afirmou que não é contra a medida.
“Estamos de acordo com a sugestão, mas o programa tem concentração [busca por empresas] mais perto de R$ 10 milhões [de faturamento]”, declarou, explicando que as empresas maiores são aquelas que têm folha de pagamento cadastrada em instituições financeiras.
Crédito
O presidente do BC também afirmou que não houve queda do crédito no Brasil durante crise do coronavírus, o que seria “razoável” diante da queda do nível de atividade.
“O crédito cresceu em relação a 2019. Outros países emergentes tiveram queda no saldo de crédito. Mesmo os países mais desenvolvidos, Alemanha, França e Itália, comparando com o saldo no Brasil, só os Estados Unidos foram maiores. As concessões de crédito subiram 36% no Brasil. A parte de famílias, a gente teve uma pequena queda por conta de uma demanda menor, efeito do cartão de crédito volume de compras caiu”, disse ele.
Campos Neto acrescentou que o custo do crédito também recuou no mês de abril.
“Subiu [o juro] em desconto de duplicata, e por isso tem a sensação de não estarem sendo atendidas. Para conta garantida, está caindo. No crédito para pessoa física, preços estão caindo, a gente tem até o final de abril. Aquisição e veículos, preços estão subindo, pois a inadimplência subiu”, afirmou.

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IR 2020: Especialista ensina a preencher uma declaração simples; veja vídeo

segunda-feira, 01 junho 2020 por Administrador

G1 convidou a especialista Carolina Nagahama, diretora de impostos da EY, para orientar o preenchimento básico da declaração. Prazo vai até o dia 30 de junho. IR 2020: veja passo a passo de como fazer uma declaração simples
Com a pandemia do novo coronavírus, o prazo para envio da Declaração do Imposto de Renda foi prorrogado para o dia 30 de junho. Para quem nunca fez uma Declaração do Imposto de Renda e tem dúvidas de como preenche-la, o G1 preparou um passo a passo em vídeo.
Quem orienta o preenchimento é a especialista Carolina Nagahama, diretora de impostos da EY, que alerta para a importância de os contribuintes cumprirem o prazo de entrega – há multa de, no mínimo, R$ 165,74 para quem enviar o documento após o final do prazo.
No vídeo, o G1 mostra o preenchimento da declaração com opção pelo desconto simplificado, que é de 20% sobre a na renda tributável A outra opção de preenchimento é pelo modelo de tributação por deduções legais, em que o contribuinte informa todos gastos que podem ser abatidos do imposto de renda.
Conforme enfatizou a especialista Carolina Nagahama, o próprio programa gerador da declaração indica a opção mais vantajosa. Ou seja, a que oferece maior valor de restituição ou menor valor de imposto a pagar.
Prazo para envio da declaração é adiado para 30 de junho
O que mudou? Veja as novidades no Imposto de Renda deste ano
SAIBA TUDO SOBRE O IMPOSTO DE RENDA 2020
Para preencher a declaração, e indispensável instalar o Programa Gerador, disponível para download no site da Receita Federal. Também é preciso separar a documentação necessária.
Clique aqui para fazer o download do programa
Os documentos básicos para preencher a declaração são o CPF, título de eleitor e os informes de rendimentos da(s) empresa(s) em que trabalha ou trabalhou em 2019, dos bancos e instituições financeiras e de todas as rendas recebidas no ano passado.
Veja a lista dos principais documentos a serem reunidos
Veja algumas dicas que podem ajudar quem declara pela primeira vez:
Separar os documentos antes da começar a preencher, como os informes de rendimentos e toda a documentação relativa a ganhos, gastos e patrimônio.
Escolher qual modalidade de declaração é mais vantajosa, se a simplificada ou a completa. O programa da Receita vai apontar qual modalidade é melhor;
Ter cuidado ao preencher os dados;
Não deixar para enviar a declaração na última hora para ter tempo de fazer uma boa revisão;
No site da Receita Federal, há uma lista de perguntas e respostas que pode ajudar em caso de dúvidas;
Quem deve declarar?
Deve declarar o IR neste ano quem recebeu rendimentos tributáveis acima de R$ 28.559,70 em 2019. O valor é o mesmo da declaração do IR do ano passado.
Contribuintes que receberam rendimentos isentos, não-tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte, cuja soma tenha sido superior a R$ 40 mil no ano passado;
Quem obteve, em qualquer mês de 2019, ganho de capital na alienação de bens ou direitos, sujeito à incidência do imposto, ou realizou operações em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas;
Quem teve, em 2019, receita bruta em valor superior a R$ 142.798,50 em atividade rural;
Quem tinha, até 31 de dezembro de 2019, a posse ou a propriedade de bens ou direitos, inclusive terra nua, de valor total superior a R$ 300 mil;
Quem passou à condição de residente no Brasil em qualquer mês do ano passado e nessa condição encontrava-se em 31 de dezembro de 2019;
Quem optou pela isenção do imposto incidente em valor obtido na venda de imóveis residenciais cujo produto da venda seja aplicado na aquisição de imóveis residenciais localizados no país, no prazo de 180 dias, contado da celebração do contrato de venda.

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1,1 mil respiradores foram consertados por força-tarefa com Senai e montadoras em 2 meses

segunda-feira, 01 junho 2020 por Administrador

Desde 30 de março, 3.313 foram enviados para manutenção. Técnico trabalha no conserto de respirador na fábrica da Fiat, em Betim (MG) Divulgação A força-tarefa voluntária contra o novo coronavírus centralizada pelo governo federal consertou 1.131 respiradores hospitalares que estavam fora de uso em 2 meses, informou o Ministério da Defesa ao G1, nesta segunda-feira (1). O balanço traz números levantados até última sexta-feira (29) e é o mais atualizado da operação para arrumar os aparelhos. Esses equipamentos, também chamados de ventiladores, são fundamentais para o tratamento de doentes graves de Covid-19. Um levantamento feito em abril, mostrou que 33% das cidades tinham no máximo 10 respiradores mecânicos. Coronavírus: veja perguntas e respostas O grupo formado por montadoras de veículos, unidades do Senai e outras empresas, com 39 pontos de manutenção pelo país, começou o trabalho em 30 de março. Com as linhas de produção paradas nos últimos meses por causa da pandemia, 15 montadoras de veículos participam do grupo de recuperação dos aparelhos. BMW, Fiat Chrysler, Ford, General Motors, Honda, Hyundai, Jaguar Land Rover, Mercedes-Benz, Moto Honda, Renault, Scania, Toyota, Troller, Volkswagen e Volvo fazem parte do grupo voluntário. De acordo com o governo, a força-tarefa recebeu 3.313 respiradores hospitalares para conserto, dos quais 1.475 ainda estão em manutenção. Outros 191 passam por calibração, última etapa antes da devolução aos centros médicos. Além disso, 333 estão em processo de triagem e 183 foram considerados inviáveis para voltar ao uso. Equipe da montadora de automóveis da Honda, em Sumaré (SP), recebeu respiradores para conserto Marcos Brasil/Honda/Divulgação O total de aparelhos enviados para conserto está próximo da estimativa do governo federal, feita no início de abril, de que existiam cerca de 3 mil respiradores fora de uso em todo o país. Entre os estados que receberam de volta os respiradores arrumados, São Paulo lidera com 418 unidades; seguido de Minas Gerais (155) e Bahia (141). Respiradores devolvidos para cada estado Acre – 2 Alagoas – 2 Amapá – 11 Amazonas – 18 Bahia – 141 Ceará – 70 Distrito Federal – 23 Espírito Santo – 12 Goiás – 16 Maranhão – 9 Mato Grosso – 13 Mato Grosso do Sul – 39 Minas Gerais – 155 Pará – 26 Paraíba – 16 Paraná – 14 Pernambuco – 18 Rio de Janeiro – 36 Rio Grande do Norte – 8 Rio Grande do Sul – 35 Santa Catarina – 41 São Paulo – 418 Tocantins – 10 Além das montadoras de veículos, a força tarefa para consertar os respiradores é formada pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), ArcelorMittal, Estúdios Globo, Instituto Votorantim, Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e POLI-USP, Petrobras, Usiminas, Vale. A operação voluntária tem o apoio do Ministério da Saúde, do Ministério da Economia, do Ministério da Defesa, da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e da ABEClin. Coronavírus em SP: montadoras de carros consertam respiradores Initial plugin text

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Após Covid-19 em funcionários, justiça determina que JBS teste empregados de frigorífico em RO

segunda-feira, 01 junho 2020 por Administrador

Decisão é do juiz Wadler Ferreira, da Justiça do Trabalho. Empresa deverá adotar controle nos vestiários e distanciamento de funcionários em São Miguel do Guaporé. JBS deve atender vários pedidos liminares e será multada, caso descumpra algum item, diz judiciário Paulo Whitaker/Reuters Depois de dezenas de funcionários do JBS serem contaminados com o novo coronavírus, em São Miguel do Guaporé (RO), a Justiça do Trabalho de Rondônia determinou que a empresa teste seus funcionários. A decisão é do juiz Wadler Ferreira e foi publicada no fim de semana. Por causa da infecção de funcionários, a unidade frigorífica de São Miguel do Guaporé está interditada desde 27 de maio, por meio de uma decisão da própria Justiça do Trabalho. Após a interdição, o juiz fez uma audiência de justificativa na quinta-feira (28) com a JBS e, no fim de semana, o judiciário determinou os seguintes pedidos liminares: Fazer testes de Covid-19 nos funcionários; Reduzir a quantidade de pessoas que podem entrar ao mesmo tempo nos vestiários; Manter um trabalhador controlando o acesso ao vestiário do frigorífico; Escalonamento das entradas e saídas diárias; Forneçer e obrigar todos os seus funcionários, sem exceção, a utilizar a máscara de acrílico, outras máscaras e touca “ninja”; Os funcionários devem manter distância mínima de um metro entre um trabalhador e outro; Caso não seja possível distanciar os trabalhadores, os funcionários deverão usar máscara PFF2 no labor; A JBS ficará proibida de oferecer premiação, bônus ou incentivo financeiro aos funcionários enquanto durar a pandemia; Não sujeitar seus trabalhadores a fazer horário extra de expediente; Segundo a Justiça do Trabalho, a empresa tem cinco dias para comprovar se as medidas foram adotadas. Caso descumpra, será fixada multa diária de R$ 50 mil para cada pedido descumprido. "Caso a empresa cumpra e comprometa-se a cumprir as medidas acima e ainda as medidas a seguir, o Juízo avaliará o retorno imediato das atividades industriais da unidade", diz a decisão do juiz. Na decisão liminar, o juiz diz ainda que a JBS deverá informar as autoridades de São Miguel sobre os testes feitos nos funcionários e seus respectivos resultados. O G1 entrou em contato com a JBS para verificar se a empresa vai adotar os pedidos liminares e, até a publicação da reportagem, não obteve retorno. Na audiência de justificativa com a Justiça do Trabalho, a JBS apresentou um plano de testagem aos trabalhadores. Contaminação entre funcionários da JBS de São Miguel Na última semana, dezenas de funcionários da JBS testaram positivo para Covid-19. Por causa disso, Ministério Público de Rondônia (MP-RO) e Ministério Público do Trabalho entraram com ação judicial pedindo a interdição do frigorífico. O pedido foi acatado pela Justiça do Trabalho. "O frigorífico tem setores, como desossa e abate, em que trabalham confinadas mais de 100 pessoas, em temperaturas muito baixas, sem que haja janelas para circulação de ar e sem que seja mantida uma distância mínima entre os funcionários. Há informações de aglomerações de funcionários, sobretudo nos momentos de pausa (em que todos os funcionários saem ao mesmo tempo por uma única porta existente em cada um dos seus setores) e nos momentos de troca de roupa", diz a denúncia da promotoria, que ainda pede o pagamento de R$ 20 milhões por danos morais aos trabalhadores. O Ministério Público também denunciou que a JBS não ofertou aos seus funcionários qualquer teste para detecção de Covid-19, e também não encaminhou os trabalhadores para a coleta dos exames, "mesmo nos casos em que eram evidentes os sintomas característicos do novo coronavírus". Em nota ao G1, a JBS informou que "são equivocadas as informações sobre o confinamento e aglomeração de trabalhadores em setores da unidade". Initial plugin text

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Educação Financeira #91: entenda o que muda nos consórcios com a pandemia

segunda-feira, 01 junho 2020 por Administrador

Mudança temporária nas regras permite saque da carta de crédito em dinheiro para contemplados até o final do ano. Saiba como funciona e quando vale a pena. Em razão da pandemia e da maior dificuldade financeira dos brasileiros, foram anunciadas algumas flexibilizações nas regras dos consórcios. A principal delas é que consumidores que possuem cotas em de consórcios e que forem contemplados até o final de dezembro poderão receber o valor da carta de crédito em dinheiro. Antes, era preciso esperar 180 dias para receber em dinheiro. O resgate do crédito em espécie, no entanto, está condicionado ao pagamento de todas as parcelas do consórcio e da quitação de todas as obrigações com o grupo e com a administradora. A mudança visa injetar dinheiro na economia e representa uma alternativa interessante tanto para quem está enfrentando dificuldade para utilizar a carta de crédito para buscar um imóvel, carro ou serviço por conta do isolamento social, como para quem está com necessidade urgente de levantar recursos financeiros por conta da crise. Para explicar o que muda e como funcionam os consórcios, conversamos com o planejador financeiro Valter Police e com o presidente da fintech Mycon, Marcio Kogut. Atualmente, o sistema de consórcio reúne no Brasil 7,4 milhões de participantes ativos, com um total de mais de R$ 33,5 bilhões em créditos comercializados, segundo dados da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcio (Abac). O que são podcasts? Podcasts são episódios de programas de áudio distribuídos pela internet e que podem ser apreciados em diversas plataformas – inclusive no G1, no GloboEsporte.com e no Gshow, de modo gratuito. Os conteúdos podem ser ouvidos sob demanda, ou seja, quando e como você quiser! Geralmente, os podcasts costumam abordar um tema específico e de aprofundamento na tentativa de construir um público fiel. Logo podcast Educação Financeira Comunicação/Globo

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Avanço da soja cria ‘cemitério de colmeias’ no interior do Pará

segunda-feira, 01 junho 2020 por Administrador

Criadores de abelhas nativas afirmam que produção de mel despencou conforme a região foi tomada por fazendas nas últimas décadas. Produção de abelhas sem ferrão despencou na região de Belterra e se tornou economicamente insustentável Gabriel Siqueira/BBC Cercada de plantios de soja por todos os lados, a Chácara João do Mel, em Belterra, no oeste do Pará, é como uma ilha de biodiversidade que ainda reflete a natureza amazônica em um cenário formado por áreas desmatadas a perder de vista. Por que a produção de alimentos depende tanto de agrotóxicos? Apesar da expressão de resistência ecológica, o pequeno oásis pertencente a João Batista Ferreira já sofre os efeitos do modelo de monocultura regada a agrotóxicos em larga escala. Esse e outros impactos socioambientais têm sido cada vez mais associados ao extermínio de abelhas e, consequentemente, à inviabilidade da produção de mel como atividade econômica desse município que integra a Região Metropolitana de Santarém, a 724 km de Belém. Aos 59 anos, Ferreira passa por uma mudança de rumo profissional jamais imaginada para quem transformou um hobby, aprimorado desde a adolescência, em um bem-sucedido negócio de meliponicultura (cultivo de abelhas nativas sem ferrão) que o tornou conhecido regionalmente como João do Mel. Ele recorda que há 20 anos tinha mais de mil colmeias, abrigadas em caixas de madeira padronizadas que foi aprendendo a confeccionar a partir dos 17 anos. Estrategicamente espalhadas pela propriedade de 16 hectares, cada uma chegava a ter de 80 mil a 100 mil abelhas jataí, jandaíra e outras espécies nativas. Conhecedor dos nomes científicos e principais hábitos das abelhas, o ex-produtor diz que as chamadas de canudo (ou tucano) eram campeãs de produtividade. "Produziam de 5 a 6 kg, por caixa. Mas, atualmente, a produção de cada uma não rende nem meio quilo", calcula, relacionando esse declínio à expansão gradativa da soja nas últimas duas décadas na região. E acrescenta que o agronegócio mudou o comportamento e a dinâmica de reprodução desses polinizadores. "Quantas vezes encontramos caixas completamente vazias ou enxames mortos." Assim, o sonho de manter essa atividade comercial ruiu completamente depois de 40 anos. Com cerca de 100 caixas que restaram na chácara, João do Mel admite que naquele “cemitério de colmeias” jaz a meliponicultura como atividade de reconhecida importância socioeconômica e ambiental. Colmeia de abelha nativa sem ferrão na Chácara João do Mel, em Belterra Gabriel Siqueira/BBC As pequenas quantidades de abelhas que resistem precisam se alimentar do próprio mel produzido nas últimas colmeias que ele mantém somente para nutri-las. "Se tirar o mel o enxame se acaba", explica, acrescentando que além da redução da quantidade de áreas de florestas e, consequentemente, das floradas das quais dependem esses e outros polinizadores, a situação piora na temporada de chuvas intensas na Amazônia. Como outro reflexo do desequilíbrio ecológico regional, o ex-produtor menciona que não faltam, ainda, as investidas de tamanduás que, ao farejarem a presença de abelhas, muitas vezes rompem as tampas das caixas em busca das colmeias que restam. Com olhos marejados e voz embargada, ele diz ainda estar sentindo o impacto emocional pelo extermínio das abelhas na sua propriedade e nas de outros produtores da região. Argumenta, ainda, que o fracasso dessa prática tradicionalmente vinculada à cultura indígena, à agricultura familiar e à agroecologia representa um sinal de risco, principalmente à segurança alimentar, embora o problema seja pouco percebido por grande parte da sociedade. "O agronegócio chegou como uma bomba atômica a Belterra e o seu impacto foi violento", opina João do Mel. "O agrotóxico pulverizado nos plantios de soja se dispersa no vento e na chuva, afetando toda a cidade." Ele diz que os efeitos podem atingir até mesmo as árvores mais altas, cujas floradas são buscadas pelas abelhas sem ferrão. Ele se queixa da falta de fiscalização ao uso desses produtos químicos e diz que são cada vez mais comuns os casos de câncer na região, doença praticamente inexistente antes da expansão dessa cultura agrícola. O ex-produtor afirma que enquanto a agricultura familiar é benéfica à presença de abelhas, as monoculturas, de forma geral, contribuem para ampliar a perda de habitat. Em um passeio com a reportagem pela chácara, João do Mel fala das conexões entre fauna e flora. "A cotia passou por aqui. Veio comer tucumã", explica mostrando as marcas das patas do animal deixadas na terra molhada e aponta para o pé de carregado, com muitos frutos já caídos pelo chão. João do Mel com tucumã nas mãos: produtor se dedicou à produção de mel por mais de 40 anos Elizabeth Oliveira Apaixonado por música e poesia, ele gosta de criar inspirado nas dinâmicas da natureza. "A ecologia perdeu seu lugar. Lutar para quê, se a vida é matar ou morrer?". diz em O lamento do João do Mel, poema que tem despertado o interesse de estudiosos e outros profissionais atentos ao que acontece na região. Filho de pais que vieram do Ceará para trabalhar no fracassado polo da borracha da Amazônia e se radicaram em Belterra, ele deixa escapar alguns sinais de força e esperança. Quando reconheceu a impossibilidade de tirar o sustento da produção de mel, João do Mel passou a produzir móveis e peças decorativas com restos de madeira em uma oficina que instalou na chácara. Agora se considera artesão. Também está prestes a ser pai e, ao falar sobre o filho que deve nascer em meados do ano, sorri. Mas desanima quando indagado sobre as expectativas para o desenvolvimento da cidade que será a terra do seu filho: "Não vejo futuro nenhum em Belterra", afirma. E se tivesse que dar um conselho para quem deseja se dedicar à meliponicultura na região? "Eu não aconselharia. É prejuízo na certa. Muitas abelhas já foram extintas e outras serão brevemente." Os Jandaíras contra a extinção Em outra área de 16 hectares de floresta conservada, o pastor José Batista Ferreira, 57 anos, também tenta livrar as abelhas da extinção. Desde a adolescência, o pastor Natalino, como é conhecido, tem uma grande preocupação com a proteção da natureza, tanto que há cerca de 40 anos tem se dedicado à criação desses polinizadores. Assim como o irmão, João do Mel, ele tem predileção pelas abelhas sem ferrão. Ambos sorriem quando são comparados à jandaíra, espécie resistente às condições adversas. Para o pastor, o avanço do agronegócio pode ter sido importante do ponto de vista econômico para o Brasil, mas a julgar pela realidade de Belterra, o balanço não é positivo. Ele relata que, há 20 anos, a sua produção de mel alcançava até seis toneladas por ano. Em 2019, foram produzidos somente 100 kg, mesmo tendo uma área de floresta com diversidade de espécies que contribuem para a proteção das abelhas. Sua escala comercial também foi sendo gradativamente inviabilizada. "O que ainda fazemos é para livrar as abelhas da extinção", afirma. Durante a entrevista, o pastor aponta para os ingás e avisa: "Tá na hora da florada". Nos arredores do sítio explica que espécies como cedro, murta, louro, pau-ferro e outras florescem em diferentes épocas do ano. Assim como na propriedade do irmão, apesar da queda da produção do mel, considera que o ambiente ainda pode ser considerado uma "ilha de vida silvestre". Tentativa de implantação de polo industrial em Belterra favoreceu a expansão da soja Gabriel Siqueira/BBC Em torno das caixas de abelhas jataí, por exemplo, conta que são avistados morcegos, beija-flores, borboletas e mariposas. Nos arredores da casa também são vistos tamanduás, pacas, tatus e cotias. "A diversidade da floresta garante um mel de alto valor nutricional", ressalta. O pastor também considera que o uso de agrotóxicos nas plantações de soja tem relação direta com a perda gradativa da produção de mel, antes abundante na região. Ele relata que encontrar colmeias vazias se tornou uma rotina, quando antes enchiam de abelhas e mel, o que leva a crer em uma mudança na dinâmica de reprodução desses polinizadores. "Se as abelhas deixarem de existir, outras espécies vão desaparecer, e o ser humano também", alerta. Com expressão preocupada, conta, ainda, que produtores de soja estão interessados em comprar as suas terras e fazem ofertas que não correspondem ao valor da propriedade. Tem sido assim com outros proprietários, conforme inúmeros relatos ouvidos sobre esse tipo de pressão provocada pelo setor. Assim como outros entrevistados, o pastor afirma que ainda falta liderança na cidade para questionar os impactos do avanço da produção de soja percebidos no ambiente, na saúde dos moradores e, sobretudo, na agricultura familiar. Para ele, embora o prefeito de Belterra seja médico, não parece priorizar as questões ambientais, que têm interface direta com problemas de saúde pública. 'O veneno está no centro da cidade' Cortada por uma rua de barro, a casa de Lucivaldo Pimentel, conhecido como Seu Lúcio, de 46 anos, é separada de uma área de mais de 60 hectares de plantio de soja por uma distância de cerca de dez metros. Ele conta que, há pouco mais de dez anos, quando foi morar naquela residência, a vista era tomada por uma floresta com ipês, seringueiras, castanheiras e tantas outras árvores amazônicas. "Pouco tempo depois, chegaram os (produtores) gaúchos. Passaram o trator e derrubaram tudo", recorda. Os novos vizinhos, que nada construíram, disseram que tinham documentos de titulação, mas os moradores da localidade tinham conhecimento de que aquelas se tratavam de terras pertencentes à União. A derrubada da floresta foi denunciada à Secretaria Municipal de Meio Ambiente e ao Ibama, relata o morador. A área chegou a ser lacrada pelos órgãos públicos, mas, a partir de 2010, o plantio de soja tomou forma de vez, sendo regularmente pulverizado com agrotóxicos. Enquanto os seus quatro filhos e os filhos dos vizinhos passaram a manifestar alergias na pele, náuseas e outros sintomas, Seu Lúcio conta que começou a amargar prejuízos causados pelos impactos dos produtos químicos em árvores frutíferas e animais que serviam de fontes de renda e alimentação familiar. No ano passado mais de 60 galinhas do seu quintal morreram, segundo ele, afetadas pelo veneno trazido pelo vento e pela chuva. Os vizinhos produtores de soja prometeram pagar cerca de R$ 5 mil, mas o ressarcimento ainda não ocorreu. Além de não haver mais carne e ovos para comer e vender, o abacateiro, outra fonte de renda familiar, não produz mais frutos. As bananeiras estão secando e a mangueira tem folhas escurecidas, com mangas que apodrecem antes mesmo do crescimento. Colmeias em produção em comunidade da Reserva Extrativista Tapajós Arapiuns Projeto Saúde & Alegria Seu Lúcio relata que perdeu a conta da quantidade de pássaros mortos que tem visto. "Abelhas e outros insetos desapareceram daqui", lamenta. Há nove anos, ele sofreu uma queda enquanto trabalhava em uma construção. O impacto na coluna vertebral levou à perda dos movimentos das pernas. Desde então, passou a usar cadeira de rodas e a viver com um benefício de um salário mínimo. Diante da dificuldade de locomoção, começou a ficar mais tempo em casa e a sentir mais diretamente os efeitos dos agrotóxicos pulverizados na plantação de soja dos vizinhos. "O veneno é lançado na parte da tarde e tem um cheiro muito forte", afirma. E acrescenta que pode ser sentido tanto pelas crianças na escola como pelos doentes no hospital da cidade. "Sabemos que veneno em área urbana é proibido. Mas não existe fiscalização. A gente denuncia, mas não há qualquer providência", lamenta. Ao ser indagado sobre o que espera para o seu futuro, Seu Lúcio responde com os olhos marejados que, brevemente, aquela terra "não servirá para mais nada". A degradação ambiental, diz, será fonte de mais dificuldades financeiras, sobretudo para a população mais pobre, que, consequentemente, deverá ter mais problemas de saúde. "Eu mesmo tenho medo de ter uma doença. Sabemos que têm morrido muitas pessoas com câncer na cidade. Aqui não existia isso", ressalta. Por fim, diz não sentir que Belterra evolui com a expansão da soja. "Aqui não fica nada. Vai tudo para a China", comenta em relação às exportações do produto. Agrotóxicos no ambiente O comportamento dos agrotóxicos no ambiente representa uma das principais preocupações dos pesquisadores dedicados aos estudos sobre esses produtos químicos, segundo o biólogo Ruy Bessa, professor da Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA). "Essas substâncias transitam por todas as matrizes ambientais. Estão no solo, na água, no ar, na biota e em nós", afirma o especialista, que atua em ecotoxicologia, uma área de pesquisa com interfaces entre os temas de saúde ambiental e saúde pública. Últimas colmeias de João do Mel: 'O homem não vê o tempero da natureza', diz o ex-produtor Gabriel Siqueira/BBC Ao tomar conhecimento dos relatos ouvidos pela equipe de reportagem, o professor concordou com as percepções dos entrevistados sobre os potenciais riscos de dispersão de agrotóxicos. "O apodrecimento ou enrugamento das folhas do abacateiro do morador de Belterra se deve a isso", diz. "A literatura científica nos informa que mais de 90% desses venenos, desses compostos, quando aplicados, atingem populações formadas por não alvos. É o abacateiro do seu João, a mangueira, a andiroba. São os roedores, os pássaros, as abelhas e somos nós." Como indicador de problemas relacionados à "saúde ambiental", Bessa destaca que há um declínio nas populações de abelhas, em nível mundial, não causado apenas pelo uso de agrotóxicos. Na região metropolitana de Santarém são afetadas, especialmente, as abelhas sem ferrão. O especialista destaca que sem essas formas de vida, "as florestas encolhem". A importância socioambiental e econômica dos serviços de polinização é apresentada no Relatório Temático sobre Polinização, Polinizadores e Produção de Alimentos no Brasil, lançado em 2019, pela Plataforma Brasileira de Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (BPBES, na sigla em inglês) Defensor da ampliação do monitoramento sistemático sobre os potenciais impactos causados pelos agrotóxicos na Região Metropolitana de Santarém, o professor também alerta para outros riscos que preocupam os pesquisadores. "O problema maior é que nós estamos no coração da região. No meio da área de produção [de soja] nós temos a Floresta Nacional (Flona) do Tapajós", alerta. Essa unidade de conservação federal, de importância socioambiental e econômica central para a região, ocupa 527,3 mil hectares, abrangendo os municípios paraenses de Aveiro, Belterra, Placas e Rurópolis, embora a sua maior extensão (248,2 mil hectares, 46,94% da área total) esteja localizada em Belterra. O especialista defende, principalmente, análises de riscos de contaminação dos seus recursos hídricos. O professor adverte, ainda, que alguns compostos químicos presentes nos agrotóxicos podem se movimentar com mais facilidade na Região Metropolitana de Santarém devido ao seu tipo de solo mais aerado. "Essa contaminação pode atingir o lençol freático". Para o especialista, isso precisa ser mais amplamente investigado. Das seringueiras à soja O passado de Belterra foi marcado, no início do século passado, pela tentativa frustrada de Henry Ford, na época o empresário mais rico do mundo, de produzir borracha na Amazônia, a partir de concessões governamentais para exploração de cerca de 1 milhão de hectares. No Pará, o projeto de plantio de seringueiras para a fabricação de pneus dos automóveis da companhia americana foi iniciado por Fordlândia, atualmente pertencente ao município de Aveiro. Como o projeto falhou, por uma série de razões envolvendo as particularidades naturais do bioma (incluindo a sazonalidade de seus rios), a praga que atingiu as árvores plantadas e a resistência cultural de seus povos aos hábitos estrangeiros que se tentou impor, Belterra foi a segunda escolha pela sua localização, solo e relevo considerados privilegiados à expansão dessa monocultura. Embora essa nova investida também não tenha dado certo, resquícios da presença americana ainda são perceptíveis na atualidade. Os traços são visíveis na arquitetura de prédios públicos e da vila de casas construída para as famílias dos funcionários que vieram viver na cidade, fundada em 1934, com objetivo de abrigar um polo industrial. Seu nome deriva de Bela Terra, uma expressão de surpresa diante das riquezas naturais existentes em abundância, até então. Arquitetura americana em Belterra: resquícios da passagem da montadora Ford pela região Elizabeth Oliveira A família da professora Laura Chagas vive na casa número 2, construída em madeira de pequiá e castanheira para hospedar o então presidente Getúlio Vargas, que visitou o megaprojeto em 1940. Há 54 anos, a residência passou à propriedade da família já que o pai dela veio para a região, como agrônomo, para atuar no polo da borracha e, posteriormente, foi contratado pelo Ministério da Agricultura. A casa número 1, também erguida em madeira nobre, foi projetada para receber o empresário Henry Ford, que nunca veio à região temendo contrair doenças tropicais. Ela conta que, além da vila residencial, a Ford providenciou a instalação de infraestrutura urbana de Belterra, cidade que foi projetada em quadras. Água tratada e canalizada, hospital, telecomunicações, entre outros serviços foram trazidos à cidade em caráter pioneiro na região. “Esse passado deixou uma infraestrutura que continua servindo à cidade. E hoje o que a soja deixa para nós?”, questiona a professora, graduada em biologia e preocupada com os impactos socioambientais desse modelo de monocultura que se expandiu na região. No documentário Beyond Fordlândia (Muito além de Fordlândia, no título em português), dirigido pelo pesquisador Marcos Colón, é traçado um paralelo entre passado e presente da região, a partir de uma narrativa que ilustra como a cultura da soja se beneficiou do caminho aberto pelo projeto megalomaníaco de Ford, cujo desmatamento buscava a substituição da floresta nativa pela monocultura de seringueiras. Cortada pela controversa rodovia Santarém-Cuiabá, a BR-163, Belterra, com cerca de 17 mil habitantes, está inserida num polo regional de produção da oleaginosa que se expandiu nos últimos 20 anos. O aposentado Francisco Bezerra Oliveira, 80 anos, conhece bem a história de se tentar, sem sucesso, fazer de Belterra um laboratório a céu aberto de produção de borracha natural. Ele conta que seus pais vieram com a família do Ceará, atraídos por essa promessa não cumprida de progresso para a Amazônia. Entre passado e presente, o aposentado também busca traçar um paralelo pela experiência de vida. "Assim como aconteceu com as seringueiras, a soja também não vai dar certo", opina. "O solo não é apropriado", acrescenta, destacando a necessidade de uma grande quantidade de produtos químicos para viabilizar os plantios. Ele diz que a riqueza da Amazônia está na sua floresta de pé. "O solo é apropriado à floresta", reforça ao reclamar que o desmatamento da região, também associado à expansão da soja, contribui para o desaparecimento das abelhas e de muitas outras espécies. O aposentado diz conhecer famílias que sofrem diretamente “os efeitos dos jatos de veneno” da pulverização de agrotóxicos, precisando vedar janelas e outras entradas de ar de suas casas durante essas aplicações nas plantações no entorno. Mas reclama da falta de fiscalização e de mobilização da sociedade para enfrentamento mais enérgico do problema. Lamenta, ainda, que, historicamente, seja recorrente na Amazônia a concessão de terras públicas para plantio de culturas que não são nativas da região. Sua visão crítica se reflete nas músicas e paródias que gosta de criar. Ao violão entoa: "…A soja plantada, a mata sumindo e o povo assistindo sem nada fazer”. Outros versos dão o tom do entendimento da interface entre desmatamento e o agravamento da crise climática: "Motosserra zoando e o clima só faz aquecer….". O aposentado reconhece que existem leis para a salvaguarda da natureza, mas que não estão sendo cumpridas devido aos inúmeros interesses econômicos e políticos envolvidos. Suas ideias também se transformam em versos críticos que soam ao violão em questionamento: "… A lei protege, mas que proteção é essa, se o trator e a motosserra todo dia fazem festa?….". A reportagem manteve contatos com o prefeito de Belterra, Jociclélio Castro Macedo, e com a assessoria de imprensa da ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina. Mas, até a publicação desta reportagem, não houve retorno às solicitações de entrevistas para discutir possíveis soluções para os problemas relatados. Initial plugin text

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