TVK Web Cultural

  • CULTURA
  • TURISMO
  • NEGÓCIOS
  • POLÍTICA
  • GALERIA
  • CONTATO

Para Emicida, Brasil tem um ‘racismo extremamente sofisticado e letal’

quarta-feira, 23 dezembro 2020 por Administrador

Em entrevista, cantor diz que o Brasil criou 'uma mitologia a respeito de si mesmo de que esse tipo de segregação não se reproduz no seu solo, quando na verdade a especificidade do racismo brasileiro é muito sofisticada.' Emicida no Theatro Municipal Divulgação / Jef Delgado Jovem e carismático, o rapper Emicida construiu um império cultural a partir da periferia de São Paulo, fundindo diferentes ritmos, realidades e perspectivas de um país polarizado com desigualdades abismais e um "racismo sofisticado e letal". Seu segredo? Ser o ponto de encontro dessas correntes e tensões. "O que caracteriza a sociedade brasileira é o encontro: com todas suas tragédias, com toda sua barbárie, ainda assim é um encontro", revela em entrevista à AFP o artista, cuja trajetória – que inclui música, literatura, moda e televisão – acaba de ser relatada no documentário "AmarElo – É Tudo Pra Ontem", produzido pela Netflix. "Talvez os melhores cartões postais do Brasil sejam por causa do encontro entre samba, gastronomia, nossa arte como um todo. Eu me dedico a utilizar essa força do encontro para questionar todos esses pilares opressores que construíram nossa história", reflete o músico de 35 anos. Leandro Roque de Oliveira, que ganhou fama como Emicida, conta que anos atrás tentou construir pontes por meio das palavras, mas agora faz isso através das emoções que suas histórias expressam. "Diferente do racional, a emoção cria uma ponte antes da gente entender alguma coisa", explica. Racismo "sofisticado e letal" A temática racial é um eixo da obra do artista, negro e de origem pobre, embora seu repertório seja tão amplo e complexo quanto o Brasil, um país de 211,8 milhões de habitantes e o último da América a abolir a escravidão (1888). Para Emicida, o Brasil criou "uma mitologia a respeito de si mesmo de que esse tipo de segregação não se reproduz no seu solo, porque só há racismo de fato em lugares como Estados Unidos ou na África do Sul, quando na verdade a especificidade do racismo brasileiro é muito sofisticada". Os brasileiros se orgulham de sua miscigenação nas escolas de samba ou nas festas populares, "mas não se consideram na obrigação de reivindicar o reconhecimento dessa miscigenação quando observam, por exemplo, o retrato das pessoas que são aprovadas para ser os juízes e fazer parte do sistema judiciário no Brasil onde a gente só vê pessoas brancas". "Esse tipo de paradoxo só pode ser produzido por uma sociedade que tem um racismo extremamente sofisticado e letal", afirma. Emicida Divulgação Nos últimos anos, "a sociedade brasileira baixou a guarda […], mas quando você tem uma história colonial tão bárbara, a manutenção da liberdade exige vigilância constante", alerta. No Brasil, 55% da população se define como negra ou parda, mas 75,7% das vítimas de homicídio correspondem a esse grupo, segundo o Atlas da Violência publicado em agosto pelo IPEA. Ainda assim, o presidente Jair Bolsonaro e seu vice, Hamilton Mourão, afirmam que "não há racismo no Brasil". Emicida analisa essas posições de uma perspectiva mais ampla e aborda, como exemplo, a constante negação de Bolsonaro da gravidade da pandemia de covid-19, que já deixou mais de 188 mil mortos no país. "Se essas pessoas não conseguem ter uma análise sensível em cima de 180 mil corpos, como a gente vai ter a expectativa de que eles vão ser mais inteligentes na análise de uma situação mais complexa [como o racismo]?", questiona. Existe "um movimento para tirar o país das pessoas, a cultura das pessoas. Não é à toa que a cultura tem sofrido tantos ataques na gestão do Bolsonaro, porque ele quer esvaziar nossa existência de sentido, nos cansar fazendo a manutenção do caos para que a gente chegue no final do dia acreditando que não há solução", diz Emicida. O artista, porém, aponta que "o superpoder do brasileiro médio é chegar no final do dia e encontrar uma solução às vezes milagrosa". Emicida lança clipe com trecho da música de Belchior e no qual dá voz a excluídos Emicida conta que suas duas filhas, de 2 e 10 anos, o tornaram um homem mais esperançoso, que trabalha para deixar um mundo melhor do que o que ele encontrou. E acredita que o desafio da sociedade é trabalhar para que o país real, aquele que ocorre nas ruas, floresça. O filme "AmarElo – É Tudo Pra Ontem" narra um Brasil a partir de sua arte e sua música. O lugar de confluência do passado e do futuro, de pendências e conquistas, é o Theatro Municipal de São Paulo, espaço da elite cultural, onde Emicida entrou pela primeira vez aos 30 anos, quando já era um artista consagrado. O show que o rapper fez no teatro, em novembro de 2019, constitui o fio da narrativa do documentário e se torna um ato de inclusão e empoderamento. "Quero convencer as pessoas de que tudo é possível, que precisam se conectar", insiste Emicida, que resume seus mandamentos como uma espécie de sermão que leva à reflexão e dá esperança: "falamos de amor, fé, sonho, comunhão, união e urgência porque no final das contas é tudo para ontem, a gente não tem tanto tempo quanto acha que tem". VÍDEOS: Saiba tudo sobre entretenimento com o Semana Pop

Leia Mais
  • Publicado em Cultura
No Comments

Tom Hanks faz seu primeiro faroeste em ‘Relatos do Mundo’

quarta-feira, 23 dezembro 2020 por Administrador

'Tem que se tratar de algo maior do que o gênero em si', justifica ator. Longa estreia nos Estados Unidos em 25 de dezembro. Tom Hanks em cena de "Relatos do Mundo" Reprodução Tom Hanks levou mais de 35 anos para fazer seu primeiro faroeste, e por isso quis ter certeza de que tinha algo especial a dizer quando finalmente montou em um cavalo e participou de um duelo com armas. Hanks, conhecido por interpretar tipos bem-comportados, estrela "Relatos do Mundo", que estreia nos cinemas norte-americanos no dia 25 de dezembro, e brincou que gosta de pensar no filme como "'O Mandaloriano' sem os sabres de luz". "Não existe motivo para fazer um faroeste só porque você pode vestir roupas confortáveis e usar um chapéu. Tem que se tratar de algo maior do que o gênero em si", disse Hanks. Transcorrido após a Guerra Civil, o filme acompanha o capitão Jefferson Kyle Kidd (Hanks) enquanto ele atravessa uma América dividida lendo as notícias em cidades pequenas. Ele conhece uma menina traumatizada, vivida pela novata Helena Zengel, que foi levada pelo povo indígena kiowa anos atrás, e decide conduzi-la a seus parentes sobreviventes. Para Hanks e o diretor Paul Greengrass, "Relatos do Mundo" trata do poder da cura depois de acontecimentos desestabilizadores. "Ele me deu a sensação de uma história contemporânea –o mundo dividido amargamente, a paisagem (pós) Guerra Civil, o desejo desesperado de cura, mas sem saber como é a estrada para a cura", disse Greengrass. Embora a filmagem tenha acontecido mais de um ano atrás, ecoa os tempos atuais por ter como pano de fundo as epidemias de cólera e meningite que atingiram os Estados Unidos no final do século 19. Assista ao trailer de "Relatos do Mundo" VÍDEOS: Saiba tudo sobre entretenimento com o Semana Pop

Leia Mais
  • Publicado em Cultura
No Comments

Voz do Amapá, Oneide Bastos grava álbum produzido com arranjos de Dante Ozzetti

quarta-feira, 23 dezembro 2020 por Administrador

♪ Voz do Amapá, a cantora e compositora Oneide Bastos – nascida em Macapá (AP) em 8 de fevereiro de 1946 – completa 75 anos de vida em 2021 já com comemoração à vista. A artista vai gravar álbum com produção musical e arranjos do músico paulistano Dante Ozzetti. Por ora intitulado Oneide Bastos – 60 anos de canto amazônico, o disco terá músicas de autoria de Oneide e de outros compositores ligados ao universo sonoro do norte do Brasil. Em cena profissionalmente desde 1977, a cantora amapaense – que se caracteriza orgulhosamente como cabocla Tucuju, em referência à etnia indígena associada à região norte – começou a carreira como integrante do grupo Seono, no qual permaneceu até 1982. Após integrar outros grupos (como Trio da Terra, o quarteto Clave de Sol e o Sonora Brasil) e um coral (o Vozes do Amapá), Oneide Bastos lançou o primeiro álbum solo, Mururé, em 1994. O último, Quando bate o tambor, foi editado em 2013 e – coerente com a trajetória da artista – foi pautado por ritmos da Amazônia.

Leia Mais
  • Publicado em Cultura
No Comments

Vovô Bebê discorre sobre a vida na pandemia no álbum ‘Lixas vários tipos’

quarta-feira, 23 dezembro 2020 por Administrador

Dez meses após 'Briga de família', artista lança o segundo disco com repertório autoral em 2020. ♪ Em fevereiro, um mês antes de a pandemia chegar ao Brasil, Vovô Bebê – nome artístico do cantor, compositor e músico carioca Pedro Dias Carneiro – lançou o terceiro álbum, Briga de família, com repertório inteiramente autoral formado por 13 músicas, sendo 12 inéditas. Mas eis que a roda viva chegou ao Brasil, em março, e carregou o destino para lá com a imposição do isolamento social para frear o contágio do covid-19. Foi a partir de março que Vovô Bebê começou a criar outra safra de composições autorais, como Bolha, Carta, Deprê, Entregadores, Monstro, Ninha e 10 anos. O ato de compor sobre os efeitos da pandemia gerou a necessidade de gravar outro álbum. E eis que, neste mês de dezembro, Vovô Bebê lança Lixas vários tipos, segundo álbum autoral do artista a ganhar o mundo digital em 2020 – no caso, pelo mesmo selo paulistano, Risco, que bancou a edição do disco anterior Briga de família. Capa do álbum 'Lixas vários tipos', de Vovô Bebê Reprodução As 14 músicas do álbum Lixas vários tipos são da lavra de Vovô Bebê, mas a formatação do disco foi feita coletivamente, por vias remotas. O produtor musical Chico Neves pilotou synths, moog e programações na faixa Bracinho, por exemplo. Gabriel Ventura (guitarra), Guilherme Lírio (baixo) e Marcelo Callado (bateria) formam o power trio de Deprê. Biel Basile (do trio paulistano O Terno) toca bateria e percussões em Bolha. Quarto álbum de Vovô Bebê, Lixas vários tipos se junta aos discos que, criados e lançados a partir de março, retratam a vida na pandemia sob diferentes ritmos e pontos de vista.

Leia Mais
  • Publicado em Cultura
No Comments

Reynaldo Gianecchini e Marília Gabriela relembram casamento e falam sobre término

quarta-feira, 23 dezembro 2020 por Administrador

Theodoro Cochrane convidou a mãe e o ex-padrasto para uma entrevista. 'Quando a gente terminou, não era por falta de amor. Isso ficou muito claro.' Reynaldo Gianecchini e Marília Gabriela relembram casamento em entrevista para Theodoro Cochrane Reprodução/Instagram Reynaldo Gianecchini e Marília Gabriela relembraram os tempos de união durante uma entrevista para Theodoro Cochrane, filho da apresentadora. Casados por sete anos, entre 1999 e 2006, Giane e Marília revisitaram os momentos que passaram juntos, incluindo o dia em que se conheceram até o término da relação. "Quando a gente terminou, não era por falta de amor. Isso ficou muito claro. A gente chorou muito, se amparou", contou Giane. "Eu senti que tinham caminhos que pareciam que estavam gritando para lados diferentes. Eu poderia ficar casado a vida inteira, tenho certeza disso, mas um lado meu sabia que eu precisava sair daquele castelinho, eu estava muito protegido, e ir viver uma vida", explicou o ator sobre o fim da união. "Eu constatei esses dias, eu acho quase triste, mas não porque é o que é… Eu não lembro mais de como é estar apaixonado. Faz muito tempo que não sou mais aquele cara que vai se apaixonar a cada esquina. Tenho uma coisa que precisa ser o encontro, senão meu lado racional… eu sou muito independente, gosto de estar disponível pra vida. Então pra me tirar desse lugar, tem que ser um encontro, uma porrada, como a gente teve", disse o ator. Gianecchini também aproveitou o encontro para relatar que no período em que esteve com Marília foi a sua fase de maior estabilidade emocional. "Tão gostoso a gente se reunir pra falar disso, porque esses dias eu estava pensando nas fases da vida, como a gente vai mudando. A fase do nosso casamento tenho uma gratidão, está num lugar tão especial em meu coração, porque acho que nunca estive tão estável emocionalmente. Tão protegido naquela historinha que a gente fez, que parecia quase um conto de fadas. Nunca mais tive essa estabilidade emocional." "A gente se salvava", completou Marília ao ouvir o depoimento do ex-marido. O bate-papo também contou com lembranças da primeira novela de Gianecchini e as cenas de beijo com Vera Fisher em "Laços de Família", novela que está atualmente no ar no "Vale a Pena Ver de Novo". Theodoro questionou se a mãe gostou do resultado das cenas. "Olha, a gente era um casal tão amigo que ele chegava e contava da estranheza e depois de como ficou. A gente conversava sobre tudo o que acontecia." "O que eu não gostei foi do buchicho, a loucura, a procura do escândalo, o fato de ele ter virado um galã. Porque ele apareceu e virou. Porque a gente era muito feliz durante um ano e meio. Apareceu a primeira vez… Aí começou o bombardeio. As meninas muito jovens começaram a me ofender, a escrever coisas. Era o começo da comunicação pela internet. Não foi legal", recordou Marília. Em seguida, Giane agradeceu ao apoio de Marília naquela época. "Tenho que dizer é que você foi fundamental na minha estreia na televisão. Só não pirei por sua causa. Você me pegou e me amparou tanto. Você me deu apoio emocional, afetivo, foi de me segurar e falar, ó: 'Temos uma estrutura aqui, não vamos pirar'." O que é a pansexualidade, orientação de Gianecchini e outros famosos VÍDEOS: Saiba tudo sobre entretenimento com o Semana Pop

Leia Mais
  • Publicado em Cultura
No Comments

Empregos formais são 414 mil em novembro, melhor resultado em um mês desde 1992, diz governo

quarta-feira, 23 dezembro 2020 por Administrador

Mas geração de empregos nos últimos meses não compensou vagas fechadas durante a pandemia. Abertura de vagas com carteira assinada superou demissões pelo quinto mês seguido. Brasil gera 414.556 vagas de emprego com carteira assinada
O Brasil gerou 414.556 empregos com carteira assinada em novembro, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta quarta-feira (23).
Esse resultado é a diferença entre as contratações e as demissões. Em novembro, o país registrou 1.532.189 contratações e 1.117.633 demissões.
De acordo com o Ministério da Economia, o número de empregos formais criados em novembro de 2020 foi o maior de toda série histórica, que teve início em 1992. Em novembro do ano passado, foram abertas 99.232 vagas formais.
Esse também foi o quinto mês seguido de geração de empregos com carteira assinada, segundo os dados do ministério. Em outubro deste ano, foram gerados 394.989 postos.
Também nesta sexta, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que o país encerrou o mês de novembro com um contingente de 14 milhões de desempregados, aumento de 2% frente a outubro (13,8 milhões), e de 38,6% desde maio (10 milhões).
Os dados do IBGE fazem parte da pesquisa PNAD Covid-19, que usa uma metodologia diferente da do Caged, do Ministério da Economia. Os dados do Caged são coletados das empresas e abarcam o setor privado com carteira assinada, enquanto que os dados da PNAD Covid são obtidos por meio de pesquisa domiciliar, e abrangem também o setor informal da economia
Parcial de 2020
De janeiro a novembro deste ano, houve a geração de 227.025 empregos com carteira assinada. No mesmo período do ano passado, o Brasil registrou 948.344 contratações a mais do que demissões.
O resultado dos onze primeiros meses de 2020 é o pior para esse período desde 2016, quando foi registrado o fechamento líquido de 858.333 postos de trabalho com carteira assinada.
As demissões no acumulado do ano refletem o impacto da recessão na economia brasileira gerada pela pandemia de Covid-19.
A estimativa mais recente dos economistas dos bancos é de que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro vai cair 4,40% neste ano. Entretanto, nos últimos meses, dados já apontam para uma recuperação do nível de atividade e saída da recessão.
Segundo o Ministério da Economia, mesmo com o crescimento dos empregos formais nos últimos três meses, ainda não houve recuperação das perdas registradas entre março e junho deste ano. No período, o Brasil registrou 1,612 milhão de demissões a mais do que contratações.
De julho a novembro, foram abertas 1,49 milhão de vagas com carteira assinada.
De acordo com o ministro da Economia, Paulo Guedes, a criação de empregos formais, principalmente nos setores de serviços e comércio em novembro, mostra a retomada da economia. Na visão do ministro, esses foram os setores mais afetados pela pandemia.
“Só o negacionismo pode negar os números. Os números estão aí, um ano de criação líquida de empregos em plena pandemia. Eu não imagino que isso possa ter acontecido em qualquer outro país do mundo, pelo menos no mercado formal de trabalho. Seguimos preocupados com os invisíveis [informais] e vamos, aí na frente, cuidar disso também”, disse.
Guedes também mandou um “abraço afetuoso” aos brasileiros pela “resiliência e pela fraternidade” durante a pandemia e disse que a esperança, para 2021, é o início do processo de vacinação em massa.
"O que espero agora é que vocês tenham, se mantenham em boa saúde, celebrem a vida com as famílias e, para o ano que vem, nossa esperança e nosso trabalho vai ser a vacinação em massa pra salvar vidas, garantir um retorno seguro ao trabalho e garantir a retomada do crescimento econômico brasileiro", declarou.
Setores da economia
A movimentação das vagas de emprego nos diferentes setores da economia em novembro foi:
Por região
Segundo o Ministério da Economia, as cinco regiões do país registraram mais contratações do que demissões em novembro:
Programa de manutenção do emprego
Segundo o Ministério da Economia, o programa de manutenção do emprego, que possibilita a suspensão do contrato de trabalho e a redução de jornada com pagamento de uma complementação por parte do governo, ajudou a evitar a perda de vagas neste ano e, com isso, contribuiu para o resultado do emprego formal nos últimos meses.
De acordo com dados oficiais, 9,83 milhões de trabalhadores tiveram jornada reduzida ou contrato de trabalho suspenso ao longo dos últimos meses. A previsão do governo é de pagar R$ 34,2 bilhões neste ano dentro do programa. Até o momento, R$ 31,3 bilhões foram gastos. Parte dos valores serão pagos em 2021.
Bruno Bianco, secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, afirmou que ainda há restos a pagar do programa de manutenção do emprego em 2021, relativos a este ano, mas acrescentou que isso não significa que o programa será prorrogado no próximo ano.
“[A eventual prorrogação] ainda passará por analise do ministro [Guedes] e do presidente da República. Daremos todos subsídios técnicos e estamos avaliando de maneira criteriosa se ainda há necessidade. Se precisaria de uma prorrogação do BEM [programa de manutenção do emprego], tudo isso depende de um orçamento extraordinário. Há restrições orçamentárias, pois estamos restritos ao ano de 2020. Estamos fazendo os estudos, que levaremos ao Guedes e ao presidente da República”, concluiu.
VÍDEOS: últimas notícias de economia

Leia Mais
  • Publicado em Negócios
No Comments

Ministério da Economia baixa para R$ 831,8 bi projeção de rombo nas contas do governo em 2020

quarta-feira, 23 dezembro 2020 por Administrador

Governo divulgou nesta terça-feira novo balanço sobre os gastos para combater a pandemia de Covid-19 e os efeitos na economia. Em novembro, a estimativa para o déficit nas contas do governo foi de R$ 844 bilhões. As contas do governo devem registrar um déficit primário de R$ 831,8 bilhões neste ano, estimou o Ministério da Economia nesta terça-feira (22) por meio de balanço das medidas de enfrentamento da Covid-19.
Quando as despesas do governo superam as receitas com impostos e contribuições, há déficit primário. Quando ocorre o contrário, é registrado superávit. Esse conceito não considera os gastos do governo com o pagamento dos juros da dívida pública, por isso se chama primário.
Em novembro, no relatório de receitas e despesas do orçamento deste ano, a área econômica estimou que o rombo nas contas públicas seria maior: de R$ 844 bilhões.
No final de outubro, por ocasião do balanço das ações de combate à pandemia do novo coronavírus, a previsão estava em um déficit fiscal de R$ 880,5 bilhões nas contas do governo.
O novo cálculo considera uma retração de 4,5% para o Produto Interno Bruto (PIB) neste ano, última estimativa divulgada pelo Ministério da Economia.
Para este ano, o governo tinha autorização para registrar em suas contas um déficit primário de até R$ 124,1 bilhões.
Entretanto, com o decreto de calamidade pública, proposto pelo governo e aprovado pelo Congresso Nacional devido à pandemia de Covid-19, o governo foi desobrigado de cumprir a meta, ou seja, foi autorizado a gastar mais.
De acordo com o secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, os R$ 31,6 bilhões em medidas de combate ao novo coronavírus que ficaram para 2021, entre os quais R$ 20 bilhões para vacinação da população, ficarão fora do teto de gastos — mecanismo que impede o crescimento da maior parte das despesas acima da inflação do ano anterior.
"Como crédito extraordinário, ficam fora do teto. E temos o posicionamento do TCU, ao qual estamos atentos e diligentes, e portanto temos essa consideração com relação a restos a pagar. Em regra, como estamos tratando de crédito extraordinário, eles não entram no teto de gastos", disse.
Contas do Governo Central fecham setembro com rombo recorde de R$ 76,1 bilhões
Gastos e queda de receitas
Segundo o balanço do Ministério da Economia, as medidas de combate à Covid-19, neste ano, estão estimadas em R$ 620,5 bilhões.
Desse valor total, 594,2 bilhões referem-se ao aumento de despesas e R$ 26,2 bilhões à redução de tributos (como a zeragem do IOF para operações de crédito e redução de tributos para importação de produtos hospitalares).
Os principais gastos estimados são:
Auxílio Financeiro Emergencial: R$ 321,8 bilhões;
Auxílio Financeiro Emergencial Federativo (4 meses): R$ 60,2 bilhões;
Benefício Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda: R$ 51,5 bilhões;
Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe): R$ 27,9 bilhões;
Programa Emergencial de Acesso a Crédito – Fundo Garantidor para Investimentos (PEAC – FGI) – BNDES: R$ 20 bilhões.
Do lado das despesas, a principal novidade é a inclusão de R$ 20 bilhões autorizados por meio de Medida Provisória para a compra de vacinas. Essa medida, porém, terá impacto nas contas públicas somente em 2021, acrescentou o Ministério da Economia.
Também está previsto o pagamento de outros R$ 11,6 bilhões, no próximo anos, em restos a pagar dos Ministérios da Cidadania, Saúde e Trabalho.
Dívida pública e reformas
A área econômica também baixou de 96% para 93,3% sua estimativa para a dívida bruta do setor público (que engloba também estados, municípios e empresas estatais) no fim desse ano. No fim do ano passado, a dívida bruta estava em 75,8% do PIB.
Devido ao forte crescimento da dívida pública neste ano, em razão das medidas de combate à pandemia do novo coronavírus, o Ministério da Economia voltou a defender uma agenda de reformas para reequilibrar as contas públicas e aumentar a produtividade da economia:
Continuidade nos Programas de Concessões e Privatização de Empresas Estatais
Pacto Federativo
Medidas de Liberalização Comercial
Redução e Racionalização dos Subsídios Concedidos pela União
Reforma Administrativa
Reforma Tributária: redução de complexidade, burocracia e insegurança jurídica
“Novo Marco Legal do Trabalho” – redução dos custos para se contratar
Marcos Legais (petróleo e gás, ferrovias, cabotagem, energia e saneamento)
Autonomia do Banco Central
Medidas para fomento aos mercados de capitais
VÍDEOS: últimas notícias de economia

Leia Mais
  • Publicado em Negócios
No Comments

Câmara aprova projeto que cria fundos de investimento no setor agropecuário

quarta-feira, 23 dezembro 2020 por Administrador

Pela proposta, fundos poderão aplicar em propriedades rurais e títulos de crédito. Ruralistas falam em democratizar mercado fundiário; oposição vê concentração de terras. A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (22) projeto de lei que cria os Fundos de Investimento nas Cadeias Produtivas Agroindustriais (Fiagro). O texto seguirá agora para análise do Senado.
Os fundos de investimento são destinados a reunir recursos e aplicá-los em mercados específicos.
Segundo a bancada ruralista na Câmara, o projeto permitirá ao investidor lucrar com os rendimentos do agronegócio sem ser produtor rural.
A oposição obstruiu a votação, sob o argumento de que a proposta provocará concentração de terras e abertura de exploração das terras para investidor estrangeiro (leia mais abaixo).
Agronegócio resiste ao impacto da pandemia de coronavírus
A proposta
De acordo com o projeto, os Fiagro seguirão os moldes de fundos já consolidados, como os de investimentos imobiliários.
O projeto diz que os fundos destinados a investimentos nas cadeias produtivas do agro aplicarão os recursos em:
imóveis rurais;
participação em sociedades que explorem atividades integrantes da cadeia produtiva agroindustrial;
ativos financeiros, títulos de crédito ou valores mobiliários emitidos por pessoas físicas e jurídicas que integrem a cadeia produtiva agroindustrial;
direitos creditórios do agronegócio e títulos de securitização emitidos com lastro em direitos creditórios do agronegócio;
direitos creditórios imobiliários relativos a imóveis rurais e títulos de securitização emitidos com lastro em tais direitos creditórios;
cotas de fundos de investimento que apliquem mais de 50% de seu patrimônio nos ativos referidos acima.
Segundo o texto, os Fiagro poderão arrendar ou alienar os imóveis que comprarem. Caso o arrendatário não pague os valores devidos poderá ser ajuizada ação judicial para desocupação.
Os rendimentos e ganhos de capital dos fundos, quando distribuídos, serão taxados na fonte com alíquota de 20% referente ao imposto sobre a renda.
Isenção de IR
Assim como os fundos imobiliários, ficarão isentos de imposto de renda — na fonte e na declaração — os rendimentos dos fundos que tenham, no mínimo, 50 cotistas e cujas cotas sejam negociadas exclusivamente na bolsa de valores ou no mercado de balcão organizado.
A isenção não será concedida à pessoa física que tenha participação de 10% ou mais da totalidade das cotas emitidas pelos fundos ou cujas cotas dão direito ao recebimento de rendimento superior a 10% do total de rendimentos do fundo.
Relator defende
O autor do projeto é o deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP). O relator foi o deputado Christino Aureo (PP-RJ).
Em seu parecer, Aureo disse que o Fiagro vai democratizar o mercado fundiário porque, segundo ele, permitirá o investimento no setor por meio da aquisição de cotas de fundos que farão a aquisição de propriedades.
“Ou seja, o objetivo da criação dos Fiagro é permitir, em especial, que pequenos investidores usufruam os benefícios de investir em ativos atrelados ao lucrativo e sofisticado setor agroindustrial brasileiro, sem que para tanto seja necessário ser proprietário de terras”, afirmou o deputado no relatório.
Oposição contesta
A oposição obstruiu a votação. A líder do PSOL, Sâmia Bomfim (SP) disse que o projeto abre o setor ainda mais para o setor especulativo.
“Esse projeto cria muitos mecanismos de favorecimento do modelo agroexportador, no momento em que a agricultura familiar deveria ser favorecida no Brasil”, afirmou.
A deputada Erika Kokay (PT-DF) destacou que a proposta ameaça a democratização da terra e, ao mesmo tempo, a própria segurança alimentar.
“Por esse fundo, vai-se poder adquirir a terra. Ora, vai haver um fundo, com esse volume de recursos, inclusive recursos estrangeiros, que vai contribuir com a concentração da terra, e não com a divisão da terra", declarou.
VÍDEOS: notícias de política

Leia Mais
  • Publicado em Negócios
No Comments

Confiança do consumidor dos EUA vacila e Covid-19 prejudica ímpeto econômico

quarta-feira, 23 dezembro 2020 por Administrador

Índice do Conference Board caiu para 88,6 neste mês, uma mínima desde agosto. Black Friday: loja de games no Tysons Corner Center, na Virgínia, Estados Unidos, tem aglomeração de compradores nesta sexta-feira (27). REUTERS/Hannah McKay A confiança do consumidor dos Estados Unidos caiu pelo segundo mês consecutivo em dezembro, refletindo a deterioração do mercado de trabalho em meio a novas restrições empresariais para desacelerar a pandemia, que ofuscavam a distribuição de uma vacina para a Covid-19. O índice de confiança do consumidor do Conference Board caiu para 88,6 neste mês, uma mínima desde agosto, ante leitura de 92,9 em novembro. Economistas consultados pela Reuters previam que o índice subiria para 97,0 em dezembro. O índice estava em 132,6 em fevereiro. A data-limite para a pesquisa foi 14 de dezembro. O declínio na confiança para uma mínima em quatro meses, relatado pelo Conference Board nesta terça-feira (22), é a mais recente indicação de que a retomada econômica está perdendo força. O governo norte-americano confirmou nesta terça que a economia cresceu a um ritmo histórico no terceiro trimestre, aproveitando o apoio de mais de US$ 3 trilhões em alívio pandêmico. Congresso dos EUA aprova novo pacote de ajuda de US$ 900 bilhões O Congresso aprovou na segunda-feira um estímulo fiscal adicional no valor de quase US$ 900 bilhões, mas economistas disseram que isso é insuficiente e veio tarde demais para conter um inverno sombrio no Hemisfério Norte, com infecções por coronavírus e demissões crescentes. Por outro lado, duas vacinas foram aprovadas para uso no combate a doenças respiratórias, o que limitará, de acordo com economistas, ainda mais perdas na confiança do consumidor. O índice de situação atual da pesquisa, com base na avaliação dos consumidores sobre as condições atuais do mercado de trabalho e empresas, caiu para uma leitura de 90,3 neste mês, de 105,9 em novembro. O índice de expectativas, com base nas perspectivas de curto prazo dos consumidores para renda, empresas e condições do mercado de trabalho, subiu para 87,5, ante leitura de 84,3 em novembro. Agência reguladora dos EUA aprova uso emergencial de 2ª vacina contra a Covid-19 Pandemia acelerando Os Estados Unidos estão lutando contra o ressurgimento de novos casos de coronavírus, com mais de 17,78 milhões de pessoas infectadas e mais de 317.800 mortos, de acordo com uma contagem de dados oficiais da Reuters. Os governos estaduais e locais voltaram a impor restrições às empresas, minando os gastos dos consumidores e desencadeando uma nova onda de demissões. A parcela de consumidores que esperava aumento na renda subiu de 16,0% em novembro para 16,8% neste mês. A porção que antecipava queda caiu de 14,5% no mês passado para 14,3%. Menos consumidores esperavam comprar casas e veículos motorizados nos próximos seis meses em relação à pesquisa de novembro. Mas mais consumidores planejam comprar aparelhos como geladeiras e televisores. Isso sugere algum arrefecimento adiante para as moradias, setor que tem sido a estrela da recuperação. Um relatório separado da Associação Nacional de Corretores de Imóveis divulgado nesta terça-feira mostrou que as vendas de moradias usadas caíram 2,5% nos Estados Unidos, a uma taxa anual ajustada sazonalmente de 6,69 milhões de unidades em novembro. A queda veio após cinco ganhos mensais consecutivos. Compras online batem recorde no fim de ano nos Estados Unidos O mercado imobiliário está sendo impulsionado por taxas de juros em mínimas recordes, mas a alta dos preços das casas em meio à escassez de propriedades está afastando muitos compradores de primeira viagem. O Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA se recuperou a uma taxa anualizada de 33,4% no trimestre passado, disse o Departamento de Comércio dos EUA em sua terceira estimativa do PIB. O dado foi revisado em relação ao ritmo de 33,1% informado no mês passado. A taxa se seguiu a uma contração de 31,4% no trimestre de abril a junho, a mais profunda desde que o governo começou a manter registros, em 1947. A economia continua 3,5% abaixo do nível do final de 2019. Os gastos do consumidor, que respondem por mais de dois terços da atividade econômica dos EUA, lideraram a ampla recuperação no último trimestre. Mas o consumo parece ter arrefecido desde então, com as vendas no varejo caindo em outubro e novembro, já que a renda das famílias ficou sob pressão em meio ao fim de um subsídio semanal de auxílio-desemprego financiado pelo governo. VÍDEOS: Últimas notícias de Economia

Leia Mais
  • Publicado em Negócios
No Comments

Ações europeias se recuperam com progresso de acordo do Brexit

quarta-feira, 23 dezembro 2020 por Administrador

Índice pan-europeu Stoxx 600 encerrou em alta de 1,2%, recuperando-se de uma queda de mais de 2% na sessão anterior. As ações da Europa registraram seu melhor dia em seis semanas nesta terça-feira (22), recuperando-se de fortes vendas generalizadas com o otimismo em torno do Brexit e do estímulo dos Estados Unidos ajudando a dissipar as preocupações de um novo impacto para a economia global do surgimento de uma nova cepa do coronavírus no Reino Unido.
O índice pan-europeu Stoxx 600 encerrou em alta de 1,2%, recuperando-se de uma queda de mais de 2% na sessão anterior, o que também constituiu o maior recuo em uma sessão em quase dois meses.
A União Europeia (UE) está dando um "impulso final" na tentativa de chegar a um acordo comercial do Brexit com o Reino Unido, afirmou seu principal negociador nesta terça, com os dois lados caminhando para um acordo sobre pesca — uma questão de conflito — dias antes do fim do acordo de transição do Reino Unido desde que saiu do bloco.
"(O progresso da pesca) destaca a vontade de avançar para algo que acabará por romper o impasse atual", disse Joshua Mahony, analista sênior de mercado da plataforma IG.
Auxiliando o índice de Londres a reverter as perdas iniciais, dados mostraram que a recuperação econômica do Reino Unido após o impacto do coronavírus foi mais rápida do que se estimava anteriormente no terceiro trimestre. O índice fechou em alta de 0,6%, rompendo uma sequência de perdas de três sessões.
As perdas foram desencadeadas pelo surgimento de uma nova variante do coronavírus de rápida propagação no Reino Unido, que forçou lockdowns mais amplos na região e levou países a fecharem suas fronteiras com o Reino Unido. A UE recomendou nesta terça-feira a flexibilização do fechamento de fronteiras para permitir a retomada do transporte de carga.
Em LONDRES, o índice Financial Times avançou 0,57%, a 6.453 pontos.
Em FRANKFURT, o índice DAX teve alta de 1,3%, a 13.418 pontos.
Em PARIS, o índice CAC-40 valorizou-se 1,36%, a 5.466 pontos.
Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve valorização de 2,03%, a 21.844 pontos.
Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou ganho de 1,85%, a 7.934 pontos.
Em LISBOA, o índice PSI20 valorizou-se 1,45%, a 4.726 pontos.
VÍDEOS: Últimas notícias de Economia

Leia Mais
  • Publicado em Negócios
No Comments
  • 95
  • 96
  • 97
  • 98
  • 99
  • 100
  • 101

Destaques

  • Câmara de Campo Grande aprova projetos sobre cultura, meio ambiente e inclusão de estudantes com TEA

    Na sessão ordinária desta terça-feira, 13 de ma...
  • Semana Nacional de Museus 2025: Programação especial em Campo Grande homenageia Lídia Baís

    A 23ª Semana Nacional de Museus acontece entre ...
  • Porto Geral de Corumbá recebe Festival América do Sul 2025 com atrações nacionais e celebração da cultura regional

    Entre os dias 15 e 18 de maio, o histórico Port...
  • Campão Cultural 2024 traz programação intensa e gratuita até 6 de abril

    O Campão Cultural está de volta, levando uma pr...
  • Casa de Cultura de Campo Grande oferece cursos gratuitos em música e dança

    A Casa de Cultura de Campo Grande está com insc...
TOPO