G1 Ouviu #108 – Matuê é o maior rapper atual do Brasil?
Rapper cearense conta sua história e fala sobre o álbum que bateu recorde nas paradas com trap que une influência de Chorão a 'experiências psicodélicas'. Você pode ouvir o G1 ouviu no G1, no Spotify, no Castbox, no Google Podcasts ou no Apple Podcasts. Assine ou siga o G1 Ouviu para ser avisado sempre que tiver novo episódio no ar. O que são podcasts? Um podcast é como se fosse um programa de rádio, mas não é: em vez de ter uma hora certa para ir ao ar, pode ser ouvido quando e onde a gente quiser. E em vez de sintonizar numa estação de rádio, a gente acha na internet. De graça. Dá para escutar num site, numa plataforma de música ou num aplicativo só de podcast no celular, para ir ouvindo quando a gente preferir: no trânsito, lavando louça, na praia, na academia… Os podcasts podem ser temáticos, contar uma história única, trazer debates ou simplesmente conversas sobre os mais diversos assuntos. É possível ouvir episódios avulsos ou assinar um podcast – de graça – e, assim, ser avisado sempre que um novo episódio for publicado. G1 ouviu, podcast de música do G1 G1/Divulgação
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Voz de Gal Costa é a bússola que guia a cantora na desorientação de live dos 75 anos
Resenha de live Título: Gal 75 Artista: Gal Costa Local: Casa de Francisca (São Paulo, SP) Data: 26 de setembro, das 22h às 23h30m Cotação: * * 1/2 ♪ A voz luminosa estava lá, bússola a guiar Gal Costa na desorientação da primeira live da carreira da cantora, estrategicamente programada para a noite de sábado, 26 de setembro, data em que a artista completou 75 anos de vida. Mesmo precisa, essa voz demorou um pouco a entrar no tom, porque o retorno de ouvido foi a desorientação de Gal no começo do show transmitido pelo canal TNT diretamente do palco da Casa de Francisca, na cidade de São Paulo (SP). Outras desorientações seriam percebidas ao longo da transmissão. Por tudo que significava para a arte do Brasil, sobretudo em momento tão delicado, a live Gal 75 tinha tudo para ser antológica. Ao fim da hora e meia de transmissão ao vivo, ficou sensação de decepção no ar. Não por conta de Gal, ainda e sempre uma das maiores cantoras do Brasil de todos os tempos. Mas porque parece ter havido falta de sincronia entre a produção do show e a direção da cineasta Laís Bodansky, celebrada por filmes como Bicho de sete cabeças (2001). A opção estética por imagem de acabamento cinematográfico resultou infeliz. Captada por câmeras por vezes trepidantes, a imagem ficou sem contraste e chegou em muitos momentos com baixa definição à tela da TV para quem acompanhou a transmissão pelo YouTube do TNT (na transmissão do canal TNT, a definição estava dentro dos padrões) – surpresa diante das lives apresentadas pela Casa de Francisca com acabamento cinematográfico espetacular, como as recentes transmissões dos shows das cantoras Tulipa Ruiz e Ná Ozzetti. Havia excesso de fumaça no ar, prejudicando iluminação que já não primava pela beleza plástica. “É show da Gal ou do Planet Hemp?” gracejou espectador nos comentários, em alusão à banda carioca associada ao consumo da maconha. Para piorar, Gal foi surpreendida o tempo todo com pedidos para se movimentar pela casa que a deixaram desorientada. Se houve dois ensaios, por que essa movimentação não foi combinada antes? A impressão que ficou – cabe ressaltar mais uma vez – foi a dissintonia entre a produção e a direção da live Gal 75. Tudo já soou estranho quando – para quem assistia à live pelo canal do TNT no YouTube – a transmissão entrou no ar no meio do samba Eu vim da Bahia (Gilberto Gil, 1965), primeira música do roteiro de 20 músicas, calcado em sucessos da cantora em 55 anos de carreira fonográfica (na transmissão do canal, o número de abertura foi visto desde o início). Sem falar que, em determinados momentos, uma voz feminina – a de Laís Bodansky – se dirigiu a Gal, não somente para sugerir movimentações em cena, mas também para fazer perguntas que prejudicaram a fluência do show. Diante de tantos problemas, sintetizados no ruído provocado pelo estouro do equipamento de retorno da cantora, o brilho de Gal esmaeceu e, se houve grandes momentos, foi porque a voz-bússola da cantora a guiou sobre todas as coisas. Gal entrou fria em cena. Números como Baby (Caetano Veloso, 1968) e Vapor barato (Jards Macalé e Waly Salomão, 1971) renderam menos do que poderiam. Mas, aos poucos, a grande cantora apareceu e se impôs em cena. Alocado na sequência de Modinha para Gabriela (Dorival Caymmi, 1975), Tema de amor de Gabriela (Antonio Carlos Jobim, 1983) foi o primeiro número que, pela grandeza da interpretação, deixou evidente que, sim, Gal é Gal. Antes, a emoção genuína da cantora – após ver/ouvir o depoimento de Caetano Veloso, cuja imagem foi projetada no prédio em frente à Casa de Francisca – foi instante de beleza acesa por dentro. O choro ainda era visível no rosto de Gal quando ela começou a cantar Dom de iludir (Caetano Veloso, 1977). Aliás, a ideia de projetar (da rua) falas e/ou imagens de grandes artistas amigos de Gal – como Chico Buarque, Gilberto Gil, Maria Bethânia (“Estamos ficando mocinhas”, brincou no depoimento reproduzido somente em áudio com direito à dispensável intervenção da diretora) e Milton Nascimento, além de Caetano – foi a contribuição mais original da direção de Laís Bodansky, ainda que essas exposições tenham diluído a fluência do show. Para quem queria somente música, a live Gal 75 ofereceu bom retrospecto da carreira de Gal. Com os toques dos músicos Chicão (piano), Fábio Sá (baixo) e Pedro Sá (violão e guitarra), Gal reacendeu Luz do sol (Caetano Veloso, 1982) – com direito a discurso em favor da natureza e contra o fogo no Pantanal – e cantou sucessos como Força estranha (Caetano Veloso, 1978) e Açaí (Djavan, 1981), caindo com leveza no suingue de Que pena (Ela já não gosta mais de mim) (Jorge Ben Jor, 1969). A única música inusitada do roteiro – já anunciada na imprensa – foi Creio (1987), boa balada de Lulu Santos esquecida em um dos álbuns mais controvertidos da discografia da cantora, Lua de mel como o diabo gosta (1987). A questão é que, do início ao fim, pareceu mesmo haver uma força estranha no ar. Gal chegou a perguntar duas vezes se estava ao vivo. E se surpreendeu com a resposta positiva! Contudo, a cantora foi valente até o fim, inclusive quando, solicitada a fazer bis, improvisou Festa no interior (Moraes Moreira e Abel Silva, 1981). Palmas para Gal Costa, pelos 75 anos de vida e pela voz-bússola que a guiou em mar de desorientação em que quase se afundou a primeira live da grande cantora. Gal Costa em cena na Casa de Francisca, na transmissão da live 'Gal 75' Reprodução / Vídeo ♪ Eis o roteiro seguido em 26 de setembro de 2020 por Gal Costa na live Gal 75, transmitida pelo canal TNT: 1. Eu vim da Bahia (Gilberto Gil, 1965) 2. Baby (Caetano Veloso, 1968) 3. Vapor barato (Jards Macalé e Waly Salomão, 1971) 4. Dom de iludir (Caetano Veloso, 1977) 5. Meu bem, meu mal (Caetano Veloso, 1981) 6. Modinha para Gabriela (Dorival Caymmi, 1975) 7. Tema de amor para Gabriela (Antonio Carlos Jobim, 1983) 8. Luz do sol (Gal Costa, 1982) 9. Força estranha (Caetano Veloso, 1978) 10. Creio (Lulu Santos, 1987) 11. Ela já não gosta mais de mim (Jorge Ben Jor, 1969) 12. Sua estupidez (Roberto Carlos e Erasmo Carlos, 1969) 13. Palavras no corpo (Silva e Omar Salomão, 2018) 14. Folhetim (Chico Buarque, 1978) 15. Volta (Lupicínio Rodrigues, 1957) 16. O que é que há (Fábio Jr. e Sérgio Sá, 1982) 17. Sorte (Celso Fonseca e Ronaldo Bastos, 1985) 18. Açaí (Djavan, 1981) 19. Você não entende nada (Caetano Veloso, 1970) Bis: 20. Festa do interior (Moraes Moreira e Abel Silva, 1981)
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Curta dirigido por jovem de Patrocínio ganha prêmio de Melhor Filme no Festival de Cinema de Caruaru
'Minha Querida Ansiedade' foi feito através de um financiamento coletivo como projeto final do curso técnico de cinema. Elenco principal de Minha Querida Ansiedade Paulo Ernesto/Arquivo pessoal “Minha Queria Ansiedade”, curta-metragem feito por um jovem de Patrocínio, ganhou o prêmio de Melhor Filme no Festival de Cinema de Caruaru (PE). Como indicado pelo título, o filme trata do distúrbio de ansiedade por diferentes perspectivas. O filme foi escrito e dirigido por Paulo Ernesto, de 28 anos, que é natural de Patrocínio e mora atualmente em São Paulo (SP). O projeto começou a ser desenvolvido em março de 2018 como projeto final para o curso de cinema do diretor. Já formado, atualmente ele trabalha em uma produtora, que fundou junto com uma colega de curso. A ideia inicial do filme era falar sobre a ansiedade em jovens causada pressão do Enem e vestibulares. Ernesto contou que teve a ideia porque ele mesmo sofreu de ansiedade quando jovem. O primeiro passo para a realização do curta foi uma pesquisa com diversos jovens que estavam no Ensino Médio, assim como amigos e psicólogos. Ernesto então percebeu que a ansiedade era um distúrbio que “chegava cada vez mais cedo” e que as preocupações dos jovens eram, muitas vezes, diminuídas pelos adultos ao redor, que já passaram pela situação. Para ele, o objetivo do filme “não é resolver a ansiedade, mas descobrir formas de lidar com ela” e, com isso, que os adolescentes “pudessem se reconhecer”. Foi daí que surgiu a necessidade de personagens adultos no filme, para fazer um contraste com os pontos de vista da personagem principal, uma adolescente. A partir de então, o projeto foi se desenvolvendo através de crowdfunding (projeto de financiamento coletivo), com parte da equipe de produção trabalhando voluntariamente no filme. As filmagens foram feitas no final do mesmo ano e todo o processo foi finalizado em março de 2019. Ernesto contou que a distribuição de filmes ainda é um processo bastante difícil no Brasil e que pode durar até dois anos. Por isso, mesmo o filme tendo sido finalizado há mais de um ano, só agora ele está indo para premiações. Como requerimento para participar em alguns festivais, o filme ainda não foi disponibilizado para o público oficialmente. No entanto, alguns destes festivais, que ocorrem pela internet devido à pandemia de Covid-19, estão disponibilizando os filmes participantes online. Bem recebido pela crítica, o filme já participou de diversos festivais de cinema, inclusive em alguns internacionais. No Brasil, o filme foi para festivais como o de Jaraguá do Sul (SC), além ter sido exibido nos Estados Unidos, na Índia e na Argentina, todos países com forte cultura cinematográfica. Mesmo assim, o auge veio com o Festival de Cinema de Caruaru, que ocorreu entre o final de agosto e início de setembro. O filme concorreu na mostra Adolescine do festival e ganhou os prêmios de Melhor Filme do júri da crítica e do público. Segundo o júri da crítica, o filme trata sobre um “tema urgente de adolescência”. De acordo com Ernesto, com o bom recebimento pelo público e pela crítica e o final em aberto deixado pelo curta, existe a ideia para que uma sequência seja feita. Uma opção é um longa-metragem baseado no curta, ou até mesmo uma série, utilizando o curta como episódio piloto. No entanto, o diretor afirma que ainda não há nenhum plano e tudo está em aberto. Para ele, o próximo passo é disponibilizar o filme em alguma plataforma de streaming, como o YouTube e o Vimeo. Ele também está finalizando outro curta, este uma comédia-romântica sobre relacionamentos no século XXI. Natural de Patrocínio e também tendo morado em Uberlândia, ele conta que pretende gravar dois projetos na região do Triângulo Mineiro, para tratar sobre os estereótipos da região. Paulo Ernesto também deixou uma mensagem para os espectadores. Confira: Mensagem de Paulo Ernesto
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Luedji Luna anuncia o segundo álbum, ‘Bom mesmo é estar debaixo d’água’
♪ Luedji Luna anuncia o segundo álbum, três anos após ganhar projeção com a edição do primeiro álbum, Um corpo no mundo (2017), disco que pôs na pista a música Banho de folhas. Bom mesmo é estar debaixo d'água é o título desse álbum, programado para ser lançado em outubro por essa cantora e compositora baiana nascida em Salvador (BA) em maio de 1987 – com o nome de Luedji Gomes Santa Rita – e em cena desde 2011. Já em rotação desde sexta-feira, 25 de setembro, o primeiro single do álbum é a música-título Bom mesmo é estar debaixo d'água, composta por Luedji em parceria com François Muleka, cantor e compositor paulistano de ascendência congolesa. Capa do single 'Bom mesmo é estar debaixo d'água', de Luedji Luna Reprodução Residente em São Paulo (SP), Luedji Luna gravou parte do disco no Quênia, país da África, mas finalizou o álbum Bom mesmo é estar debaixo d'água no Brasil, onde deu à luz em julho o primeiro filho, Dayo. Na discografia da artista, o álbum Bom mesmo é estar debaixo d'água sucede o EP Mundo (2019), disco lançado no ano passado com remixes de faixas do primeiro álbum da artista.
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Vitão parte de canção de Lulu Santos para chegar na ‘Califórnia’
♪ Primeiro sucesso do cancioneiro autoral de Lulu Santos, De repente Califórnia – parceria do artista com Nelson Motta – veio ao mundo em 1981 em single com a gravação feita por Ricardo Graça Mello para a trilha sonora do filme Menino do Rio (1982). No ano seguinte, Lulu incluiu De repente Califórnia no repertório do primeiro álbum, Tempos modernos (1982). Foi a partir da canção de Lulu e Nelson Motta que Vitão teve a inspiração para compor Califórnia, música que lançou em single na sexta-feira, 25 de setembro. O verso inicial do sucesso de Lulu, “Garota, eu vou pra Califórnia”, se repete na abertura da letra da composição de Vitão antes a de música seguir a trilha do erotismo trivial no ritmo do pop da atualidade. Califórnia ganhou forma no estúdio com produção musical creditada a Doug Moda, a Nave e ao trio Los Brasileros (Dan Valbusa, Marcelinho Ferraz e Pedro Dash). Capa do single 'Califórnia', de Vitão Divulgação
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Músicas para descobrir em casa – ‘Perto do fim’ (Thiago Pethit, 2012) com Thiago Pethit e Mallu Magalhães
Capa de 'Estrela decadente', álbum em Thiago Pethit apresentou a música 'Perto do fim' Gianfranco Briceño ♪ MÚSICAS PARA DESCOBRIR EM CASA – Perto do fim (Thiago Pethit, 2012) com Thiago Pethit e Mallu Magalhães ♪ Ator que começou a se apresentar como cantor e compositor em 2008, ano em que lançou o EP Em outro lugar, o paulistano Thiago Pethit construiu obra autoral que se revelou especialmente relevante a partir do segundo álbum do artista, Estrela decadente. Álbum ambientado em clima de cabaré-rock, Estrela decadente promoveu a ascensão de Pethit ao posto de um dos artistas mais talentosos e mais originais do universo pop nos anos 2010. Entre as nove músicas desse disco embebido em dor, havia Perto do fim, balada melancólica que soou como mais uma escala da viagem do primeiro álbum do cantor, Berlim, Texas (2010), disco entranhado na trilha folk. Perto do fim é canção bilíngue que alterna versos em inglês e em português na gravação feita por Pethit com Mallu Magalhães. Produtor do álbum Estrela decadente, Alexandre Kassin entrou no clima underground da canção ao dar forma à gravação pontuada por guitarra, baixo, bateria e piano tocados pelo próprio Kassin. O percussionista Stéphane San Juan foi o único músico arregimentado por Kassin para a faixa. Perto do fim é música linda de doer! Uma canção sobre partir, sobre a finitude de amor pelo qual nada mais resta a fazer. Música de atmosfera indie, Perto do fim exala ar meio marginal que seria respirado por Pethit com maior intensidade no libidinoso álbum posterior do artista, Rock'n'roll sugar darling (2014), ao qual se seguiu em 2019 o majestoso e sinfônico Mal dos trópicos (Queda e ascensão de Orfeu da Consolação). ♪ Ficha técnica da Música para descobrir em casa 36 : Título: Perto do fim Compositor: Thiago Pethit Intérprete original: Thiago Pethit e Mallu Magalhães Álbum da gravação original: Estrela decadente Ano da gravação original: 2012 Regravações que merecem menções: a música Perto do fim nunca foi regravada. ♪ Eis a letra da música Perto do fim : “We've been in hotel rooms before. I know much more than you can think of We know that I'm no good for you, But as you said you ain't good too. Until you start your random talk I know by far that you should walk on Well you should fly away from me Just like planes do over the sea Se a vida parece esquecer, O que rimou 'eu com você' Não resta muito a fazer Ou insistir, sem ter por quê Antes de o dia terminar Eu sei que há tanta coisa pra contar Mas é melhor fugir de mim. Sem mais, sem dor, perto do fim I've been in hotel rooms before And all you can say, eu sei de cor Como num voo sobre o mar Sempre partir, nunca ficar Se o mundo parece esquecer, O que rimou 'eu com você' É bem melhor você sumir Just like planes do over the sea”
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Zé Renato expõe ‘Preconceito’ para anunciar álbum com músicas do repertório do cantor Orlando Silva
Artista lança disco ao vivo com a gravação de show captado em 2004 no Rio de Janeiro. ♪ Não chega a surpreender o fato de que Zé Renato lançará no fim deste ano de 2020 um álbum ao vivo com músicas do repertório do cantor carioca Orlando Silva (3 de outubro de 1915 – 7 de agosto de 1978). Em 1997, Zé fazia show com Elton Medeiros (1930 – 2019) e com Mariana de Moraes quando foi presenteado pela cantora com caixa de CDs com gravações de Orlando. Ao ouvir os discos, Zé Renato percebeu toda a magnitude do canto deste intérprete que influenciou ninguém menos do que João Gilberto (1931 – 2019) pelo moderno fraseado vocal, pelas divisões inusitadas e pelo entendimento sensível do repertório a que deu voz com emissão perfeita no período áureo que foi de 1935 a 1942. Retomar o contato com a obra do Cantor das multidões – ouvido por Zé Renato desde a infância pelo fato de Orlando Silva ter sido uma das referências musicais do pai do artista, o jornalista Simão Moschkovich (1932 – 2008) – acabou gerando, anos mais tarde, show apresentado por Zé Renato em 2004 na cidade do Rio de Janeiro (RJ) com músicas do repertório do intérprete original de composições emblemáticas como a valsa Lábios que beijei (J. Cascata e Leonel Azevedo, 1937). Orlando Silva (1915 – 1978), cantor que apresentou músicas como a valsa 'Lábios que beijei' Reprodução Com direção e textos de Flávio Marinho, além de cenário do caricaturista Lan, o show Orlando mavioso foi gravado em junho de 2004 – em apresentação no Centro Cultural Carioca, no Rio de Janeiro (RJ) – somente para o arquivo pessoal de Zé Renato. Ao se deparar em 2018 com o registro do show, Zé começou a vislumbrar a ideia de lançar álbum com a gravação, projeto concretizado neste ano de 2020 através do selo Discobertas. “Ouvindo o resultado das gravações, eu fiquei animado com o espírito das apresentações, a alegria e o prazer dos músicos com aquele repertório e com a sonoridade ótima do grupo”, relata Zé Renato, se referindo ao quinteto formado para o show com os músicos Beto Cazes (percussão), João Castilho (guitarra), Marcos Nimrichter (acordeom) e Romulo Gomes (contrabaixo), além do próprio Zé Renato no violão e no canto. Anunciando a edição do álbum Orlando mavioso no fim do ano, o single Preconceito chega ao mercado fonográfico em 3 de outubro com capa que expõe arte criada por Philippe Leon a partir de foto de Beatriz Giacomini. Capa do single 'Preconceito', de Zé Renato Beatriz Giacomini com arte de Philippe Leon Com letra que versa sobre romance inter-racial entre homem negro e mulher branca, Preconceito é samba de autoria do compositor Wilson Baptista (1913 – 1968) em parceria com Marino Pinto (1916 – 1965) lançado na voz de Orlando Silva em 1941 e gravado por João Gilberto em shows eternizados em discos ao vivo editados em 1986 e em 2004. Além de Preconceito e da já mencionada valsa Lábios que beijei, Zé Renato selecionou músicas como o choro-canção Carinhoso (Pixinguinha, 1917 / com letra de João de Barro, 1937) e a valsa Rosa (Pixinguinha, 1917 / com letra de Otávio de Souza, 1937). O álbum Orlando mavioso se juntará, na discografia de Zé Renato, a primorosos songbooks do cantor como Arranha-céu – Sobre as músicas e interpretações de Sylvio Caldas (1994), Natural do Rio de Janeiro – Sobre os sambas de Zé Kétti (1996) e O amor é um segredo – Zé Renato canta Paulinho da Viola (2019).
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Jonas Esticado emplaca ‘Investe em Mim’ fora do Nordeste e vira investimento de Gusttavo Lima
Cantor de forró gravou na sexta (25) música e clipe com Gusttavo, que ajudou hit a se espalhar e contratou para seu escritório. Conheça a história de Jonas, que vendia bijuterias em mercados e feiras do Ceará. "Investe em mim, aposta tudo em mim…" De tanto cantar esse refrão, o cantor de forró Jonas Esticado ganhou um investidor de peso: Gusttavo Lima. O sertanejo o contratou para seu escritório, Balada Music, o leva para lives, ajuda a divulgar sua música e prepara nova faixa e clipe em parceria. Jonas Esticado lançou "Investe em Mim" em dezembro de 2019, mas a música só virou um sucesso na pandemia, depois de cair no gosto de Andressa Suita e Gusttavo Lima. Ele participou de lives do cantor sertanejo e o efeito foi imediato no desempenho da música. Ela está entre as 10 mais tocadas do Brasil no Spotify, aparece no ranking do YouTube há 15 semanas e acumula mais de 90 milhões de visualizações. "A música vinha bem no Nordeste, mas depois disso que a Andressa brincou com o Gusttavo pedindo para ele investir nela e vice-versa, as coisas mudaram", explica ao G1. O hit ganhou boa execução nas rádios. Na semana de 13 a 19 de setembro, "Investe em mim" foi a 17ª faixa mais tocada nas principais emissoras do Brasil, segundo monitoramento da empresa Crowley. Gusttavo Lima dança com Andressa Suita ao som de 'Investe em Mim', de Jonas Esticado Reprodução/Instagram/JonasEsticado Esticado ouviu a música na voz do cantor Zé Vaqueiro Estilizado e resolveu testar em um CD promocional, prática comum no forró para sentir a reação do público. Gostou do resultado, fez um clipe e teve boa aceitação no Norte e Nordeste. Quando já estava partindo para outros projetos, ele teve que refazer o planejamento para aproveitar a segunda onda da música. "Já estava meio que dando um escanteio na música, mas depois que a gente viu a repercussão, falou: 'Bora voltar que agora vai'", diz. Ele chegou a lançar, em maio, um DVD com 18 músicas e nove inéditas, mas pouco se fala dele. Por enquanto, só dá "Investe em Mim". Expansão com o padrinho Gusttavo Esticado quer aproveitar o momento em alta para expandir o seu público e está contando com a ajuda de Gusttavo Lima. A próxima música que vai lançar é "Ele Não Tem". Ele fechou uma parceria com o escritório do cantor goiano em janeiro e está participando de todas as lives desde junho. "É uma música que tem um refrão fácil assim como 'Investe em Mim' e a gente fez uma mistura com o forró e a bachata", explica. Com toda essa aproximação, Esticado não hesita em confirmar que vê Gusttavo como um padrinho na música. "São poucas as pessoas que abrem as portas da sua casa, que lhe dão a liberdade de conhecer a sua família, então eu acho que rola uma coisa meio de padrinho mesmo, de apadrinhar o projeto Jonas Esticado", diz. Voz de cantor de forró Era isso que os amigos da escola diziam para Jonas Mikael Costa Xavier nas rodinhas de violão em Juazeiro do Norte (CE). "Sabe aquele ditado água mole em pedra dura tanto bate até que fura? De tanto meus amigos falarem…", diz. Jonas Esticado e Gusttavo Lima Reprodução / Instagram Jonas Esticado Ainda adolescente, ele trabalhava com o pai como camelô em feiras e mercados no Ceará. Inclusive chegou a ver Safadão, Lima, Jorge e Matheus e outros nomes nos palcos das exposições. "Eu ficava encantado com toda a estrutura, todo o palco. Nesse tempo eu nem sonhava em cantar, não tinha aquela vontade, não tinha surgido em mim ainda". Esticado diz que o pai que era bom de vender as bijuterias e os outros produtos da barraca que tinham, mas herdou a lábia de comerciante para vender os primeiros shows. Jonas Esticado voltou a focar em 'Investe em Mim' após sucesso em lives; DVD gravado em Brasília não vai ser trabalhado agora Divulgação Ele mesmo negociava, transportava os instrumentos, montava os shows nos bares até conseguir um empresário e ir ficando mais profissional, nos últimos seis anos. Antes de "Investe em Mim", as músicas "Com Amor não se Brinca" e "Vem Me Amar" foram sucessos no Norte e Nordeste. Mais música para 2020 Outra parceria prevista para esse ano é com o Wesley Safadão. Ele lembra que o cantor, também do Ceará, foi uma das primeiras pessoas que o chamaram para cantar no palco. "Eu dificilmente gravo músicas para cima, com essa pegada mais animada. Gravo mais músicas românticas, dançantes e agora a gente resolveu gravar uma um pouco baladinha, que tem um lado de pegação", fala sobre "Isca". Jonas Esticado gravou "Isca" com Wesley Safadão Reprodução/Instagram/JonasEsticado Mesmo emplacando um hit na pandemia, Esticado reconhece a falta de sair em turnê pelo Brasil para a música estourar. "Depois que parou tudo foi que cantor viu que 40% da música é o show, se não for 50%. Só que a gente também não pode deixar de lançar, deixar de gerar conteúdo, novos trabalhos", explica. "A gente tem que aproveitar o momento que estão lá os ouvintes mensais em alta, a galera está lá com os ouvidos abertos para ouvir novos projetos do Jonas Esticado", finaliza. Semana Pop mostra os momentos em lives que saíram do controle
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MC Brinquedo sofre acidente de moto: ‘Tive ferimentos na cabeça, na boca e na perna’
Cantor compartilhou imagem em que aparece com curativos e deixou mensagem em sua rede social citando repouso. MC Brinquedo Reprodução/Facebook MC Brinquedo sofreu um acidente de moto neste domingo (27). Sem dar detalhes sobre o incidente, o cantor fez um comunicado através de sua rede social afirmando que sofreu ferimentos na cabeça, na boca e na perna. Além do texto, MC Brinquedo mostrou uma imagem em que aparece com curativos na cabeça e no rosto. "Quero ser breve aqui. Sofri um acidente de moto hoje. Tive alguns ferimentos na cabeça, na boca e na perna. Mas já quero avisar vocês que estou bem, graças a Deus. Irei ficar de repouso e tomando medicações", escreveu o cantor, sem dar detalhes sobre o acidente. "Quero agradecer a todos que estão mandando mensagens positivas. Logo, logo, estou aqui com vocês." MC Brinquedo sofre acidente de moto e publica comunicado em rede social Reprodução/Instagram MC Brinquedo sofre acidente de moto e publica comunicado em rede social Reprodução/Instagram MC Brinquedo e MC Pikachu encaram desafio de game
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Yuko Takeuchi, atriz japonesa, é encontrada morta aos 40 anos
Segundo a BBC, a polícia investiga o caso e trabalha com a suspeita de suicídio. Yuko Takeuchi durante festival de Berlim em fevereiro de 2016. A atriz japonesa foi encontrada morta aos 40 anos JOHN MACDOUGALL / AFP A atriz japonesa Yuko Takeuchi foi encontrada morta em sua casa, em Tóquio. Segundo a BBC, a atriz de 40 anos foi encontrada pelo marido Taiki Nakabayashi. Yuko teve a morte confirmada em um hospital. De acordo com a publicação, a polícia abriu uma investigação sobre a morte e a suspeita é de suicídio. Popular no Japão, ela é conhecida por seu trabalho no filme “Ring: O Chamado” (1998), que foi adaptado por Hollywood como “O Chamado” (2002). A atriz também participou da série “Miss Sherlock”, em 2018. Yuko Takeuchi levou por três anos o prêmio de Melhor Atriz pela Academia Japonesa. Em um comunicado, a agência que representa a atriz se disse "chocada e triste com a notícia".
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