Lírio Ferreira saúda em filme o prazer de Cafi em fazer amigos e capas de discos
Com estreia programada para 28 de setembro, o documentário do cineasta com Natara Ney perfila o fotógrafo que imortalizou imagens de álbuns de Milton Nascimento, Lô Borges e Alceu Valença. Resenha de documentário musical Título: Cafi – Salve o prazer Direção: Lírio Ferreira e Natara Ney Roteiro: Lírio Ferreira Realização: Luni Filmes Cotação: * * * * ♪ Filme com exibição programada para 28 de setembro pelo Canal Curta! ♪ Por mais de uma vez, Cafi cantarola o samba Alegria (Assis Valente, 1937) enquanto se encontra com algum amigo para papo captado pelas lentes afetuosas dos cineastas Lírio Ferreira e Natara Ney. É legítimo que verso da letra desse samba, lançado em 1937 na voz do cantor Orlando Silva (1915 – 1978), esteja reproduzido no título do documentário Cafi – Salve o prazer, filme inédito que tem estreia programada pelo Canal Curta! para 28 de setembro. Autor do roteiro, Lírio Ferreira documenta o prazer cotidiano que pautou a vida do fotógrafo e artista plástico pernambucano Carlos da Silva Assunção Filho (20 de fevereiro de 1950 – 1º de janeiro de 2019). “Eu literalmente me apaixono todo dia”, enfatiza Cafi. Como fotógrafo, Cafi foi celebrizado por ter criado as imagens de mais de 300 capas de discos, muitas delas icônicas, como as capas do álbum duplo Clube da Esquina (1972) e a do primeiro LP solo de Lô Borges, lançado no mesmo ano de 1972 e popularmente conhecido como “o disco do tênis” justamente pela foto da capa. No filme, Cafi conta a gênese dessas capas e revê amigos como o conterrâneo Alceu Valença, com quem confabula sobre os mistérios e magias de Olinda (PE), cidade de Pernambuco, estado natal cuja cultura permaneceu impressa na alma de Cafi por toda a vida, saboreada desde julho de 1962 no Rio de Janeiro (RJ), para onde viajou chorando, com saudades antecipadas de Pernambuco, como revela nesse documentário aberto e encerrado ao som de Dora (1945) na voz do autor Dorival Caymmi (1914 – 2018). Dora, a “rainha do frevo e do maracatu”, ritmos da terra natal de Cafi. O roteiro de Lírio Ferreira parte justamente das impressões pernambucanas de Cafi, precisamente com o prazer do fotógrafo de captar imagens do maracatu, musical manifestação folclórica da Zona da Mata Pernambucana. Imagens que, das primeiras vezes, saíram pretas e somente ganharam cores vivas e reais quando mãe de santo abriu na Bahia os caminhos de Cafi no maracatu de Pernambuco. Cafi em cena do documentário 'Salve o prazer', cuja estreia acontece em 28 de setembro no Canal Curta! Reprodução / Vídeo Iniciada em 1970 com a criação da capa de É a maior!, álbum decisivo na carreira da cantora Marlene (1922 – 2014), a trajetória de Cafi no mercado fonográfico foi até 2019, ano da edição do último álbum de Jards Macalé, Besta fera (2019), lançado em fevereiro do ano passado, um mês após a morte de Cafi, vítima de infarto. A propósito, Macalé é um dos amigos que Cafi reencontra na rota traçada por Lírio Ferreira para perfilar o fotógrafo no documentário, cujo roteiro é conduzido por depoimentos dados por Cafi para o filme. Com Macalé, Cafi saúda o prazer da vida e da amizade. “Você é um menino”, diz enternecida, em outro encontro, Deborah Colker para Cafi, ex-marido da coreógrafa. Entre esses encontros celebrativos da vida, Cafi rememora com indisfarçável orgulho a proeza de ter criado tantas emblemáticas capas de discos. Somente para Milton Nascimento, o fotógrafo contabiliza 18 capas. “Com 31 cm por 31cm, a capa de disco sempre foi um espaço generoso (para a criação). Você vende sensibilidade”, frisa Cafi. De fato, o fotógrafo eternizou sensibilidades em imagens de álbuns de Alaíde Costa, Alceu Valença, Francis Hime, Geraldo Azevedo, Gonzaguinha (1945 – 1991) e Jards Macalé, entre muitos outros nomes. Só que nem sempre os gestores das companhias de disco captam a sensibilidade do artista. Cafi conta que o diretor de produção da gravadora Odeon nos anos 1970, Milton Miranda, se assustou com a imagem dos dois meninos na capa do álbum Clube da Esquina – exposta sem palavras e sem qualquer menção ao título do disco e aos nomes de Milton Nascimento e Lô Borges – e exigiu que a contracapa do LP destacasse os nomes dos cantores. Ordem acatada. Só que, diante do apelo da imagem, os lojistas logo optaram por exibir a capa – e não a contracapa, como tinham sido instruídos pelos vendedores da gravadora. A sensibilidade venceu e vendeu. No encontro descontraído com os irmãos Lô Borges e Marcio Borges, é revelado que o par surrado de tênis de Lô somente foi para a capa do álbum Lô Borges (1972) porque o cantor sentenciara que não queria a própria cara no primeiro disco solo. “Se não quer fotografar a cara, põe o pé”, teria dito Marcio. “Então fotografa o tênis”, teria concordado Lô, tentando acabar com o impasse. E assim foi feito para a gloria de Cafi. No fim do documentário, realizado pela Luni Filmes, Cafi admite a solidão do ofício. “O fotógrafo sempre foi muito só”, conclui, feliz por ter tido o prazer de fazer capas de discos juntamente com amigos. E amigos, como discos, são eternos como a obra de Cafi.
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Maurício Manieri ‘passa bem’ após ser internado e sofrer infarto, diz assessoria do cantor
Cantor foi submetido a cateterismo nesta segunda (14). Ele sentiu 'fortes dores no peito' na sexta-feira. Maurício Manieri Divulgação O cantor Maurício Manieri "passa bem" após ter sido internado por um infarto que sofreu na sexta-feira (11), segundo sua assessoria. Manieri foi internado no Hospital São Luiz, em São Caetano do Sul, nesta segunda-feira (14) para fazer um cateterismo. "O procedimento foi bem-sucedido, o cantor passa bem e está na UTI (Unidade de terapia intensiva) para acompanhamento", explicou a assessoria. "Após sentir fortes dores no peito na última sexta-feira (11), depois da realização de uma live, o artista foi levado às pressas ao hospital, onde realizou vários exames. A família de Manieri agradece as mensagens e manifestações de carinho recebidas", disse a assessoria. O cantor, que completou 50 anos no último dia 10 de setembro, é casado com a apresentadora Iza Stein, com quem tem um filho de seis anos, Marco Manieri. Turnê e lives Durante a pandemia de coronavírus, o cantor se apresentou por lives e shows em drive-ins, em Porto Alegre e São Paulo. Desde 2017, Manieri estava em turnê com o show Classics, projeto de covers do cancioneiro romântico internacional que gerou álbum em agosto de 2019. Maurício Manieri se apresenta no POA Drive-in Show VÍDEOS: as notícias mais assistidas do G1
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Bilheteria nacional no fim de semana mais que dobra com reabertura de alguns cinemas
Setor movimentou R$ 288 mil entre quinta e domingo e teve alta de 157% em relação à semana anterior. 'Scooby – O filme' foi o mais visto no período. 'Scooby – o filme' Divulgação/Warner "Scooby – O filme" liderou a bilheteria nacional entre quinta (10) e domingo (13). O filme sobre o cão detetive faturou quase R$ 139 mil e teve mais de sete mil espectadores. "A maldição do espelho" e "O segredo – ouse sonhar" completaram o top 3. Como é feita a programação dos cines drive-in Como as sessões e salas vão se adaptar para a reabertura Antes de estrear nos cinemas, o filme teve que ser lançado nas plataformas de streaming por causa da pandemia de coronavírus. Com algumas salas de cinema reabertas pelo país, o público e a bilheteria dos dez filmes mais vistos mais que dobraram em relação à semana anterior: A bilheteria passou de R$ 112 mil para R$ 288 mil; E o público foi de 6,7 mil pessoas para mais de 16,5 mil. Os dados foram divulgados pela ComScore. A empresa não informou quantas salas e quantos cinemas drive-in enviaram os dados do levantamento. A maioria dos cinemas segue fechada por conta da pandemia do novo coronavírus. Veja o ranking da bilheteria no país: 'Scooby – O Filme' – R$ 138 mil 'A maldição do espelho' – R$ 59,4 mil 'O segredo: ouse sonhar" – R$ 27,7 mil 'Magnatas do crime' – R$ 27,2 mil 'Fuga da pretória' – R$ 11,8 mil 'O roubo do século' – R$ 7,9 mil 'Bloodshot' – R$ 4,5 mil 'Apocalypse Now Final Cut' – R$ 4,1 mil 'Mulher-Maravilha' – R$ 3,2 mil 'Maria e João – O Conto das Bruxas' – R$ 3 mil
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Gilberto Gil é homenageado em trilha de ‘Amor e Sorte’ e grava tema de abertura com a família
Sandy e Lucas Lima, Lucy Alves, Liniker e outros artistas regravaram músicas do artista para embalar histórias de casais em série. Gilberto Gil grava "Parabolicamará" com o neto João e o filho Bem. Faixa é trilha de abertura de "Amor e Sorte" Divulgação Gilberto Gil será homenageado nos três próximos episódios de "Amor e Sorte". A série, que estreou na última terça-feira (8), traz histórias de relacionamentos durante o período de isolamento social. Para embalar o enredo dos casais, a diretora artística Patricia Pedrosa convocou artistas que estão sozinhos ou passando o período de quarentena juntos para regravar sucessos de Gil. Sandy e Lucas Lima, por exemplo, regravaram "Estrela", que aparece no episódio "Linha de Raciocínio", o mesmo que ganha faixas gravadas por Lucy Alves ("Andar com Fé") e Liniker ("Barato Total"). Elza Soares, Pitty, Silva e Rubel também participam da homenagem. Veja lista completa de faixas e artistas abaixo. 'Amor e Sorte' traz histórias de relacionamentos durante isolamento e homenagem a Fernanda Young Emílio Dantas fala sobre gravação de série com Fabiula Nascimento: 'Tempo de se reabastecer' Taís Araújo e Lázaro Ramos falam sobre experiência em gravar série longe de equipe: difícil e prazeroso Além disso, Gilberto Gil também ficou responsável pela gravação da trilha de abertura. O cantor gravou "Parabolicamará" na companhia dos filhos Bem, Maria e Preta Gil, do neto João Gil e da nora Mariá Pinkusfeld. Mariá Pinkusfeld, Maria e Preta Gil gravam "Parabolicamará" para trilha para amor e "Amor e Sorte" Divulgação Veja a lista de artistas e músicas de Gil que estarão em cada episódio: Episódio "Linha de Raciocínio" Sandy e Lucas Lima – "Estrela" Lucy Alves – "Andar com Fé" Liniker – "Barato Total" Episódio "A Beleza Salvará o Mundo" Elza Soares e Renegado – "Divino Maravilhoso" Rubel – "Palco" Silva – "A Coisa mais Linda que Existe" Episódio "Territórios" Céu e Pupilo – "Aqui e Agora" Milton e Amaro – "Drão" Anavitória – "Retiros Espirituais" Pitty – "Questão de Ordem" Teago Oliveora – "Esotérico" Gilberto Gil fala sobre quarentena e pandemia: ‘Precisamos ser cada vez mais civilistas’
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Cortejo em homenagem a Parrerito reúne dezenas de parentes, amigos e fãs do cantor do Trio Parada Dura; FOTOS
Músico morreu com Covid-19 aos 67 anos, em Belo Horizonte, na noite deste domingo (13), e será enterrado em Contagem, na região metropolitana. Cortejo em homenagem a Parrerito reúne dezenas de parentes e fãs. Iana Coimbra / TV Globo Um cortejo em homenagem ao cantor Parrerito reuniu dezenas de parentes, amigos e fãs do cantor do Trio Parada Dura por volta das 15h desta segunda-feira (14), pouco antes de ele ser enterrado em Contagem, na Região Metropolitana. Vítima da Covid-19, o músico morreu na noite deste domingo (13) em um hospital particular da capital mineira, onde estava internado desde o fim de agosto. Eduardo Borges, conhecido como Parrerito, tinha 67 anos e era diabético. Assim como Parrerito, outras 2.067 pessoas com diabetes já morreram de Covid-19 em Minas O corpo de Parrerito chegou em uma van às 14h40, no bairro Linda Vista, em Contagem. Ali, as pessoas se reuniram e entoaram orações em homenagem ao músico, que depois foi aplaudido. Em seguida, mais de 20 carros seguiram em cortejo em direção ao cemitério Parque Renascer, escoltados pela Polícia Militar. PM escoltou o cortejo de Parrerito em Contagem. Iana Coimbra / TV Globo O primeiro carro do cortejo é do músico Xonadão, outro integrante do Trio Parada Dura. Mais de 20 carros participaram de cortejo em homenagem a Parrerito, morto com Covid-19. Iana Coimbra / TV Globo Por causa da pandemia e das orientações dos órgãos de saúde, não haverá velório e o enterro ocorrerá em uma cerimônia restrita, às 16h desta segunda. Música Sertaneja de luto com a partida de Parrerito, do Trio Parada Dura Por meio de nota, a família e a equipe do Trio Parada Dura agradeceram pelas mensagens de condolências e às homenagens de fãs e amigos. Atualmente, o Trio Parada Dura era formado pelos músicos Parrerito, Creone e Xonadão. Os outros dois integrantes da banda fizeram o exame e testaram negativo para coronavírus. A esposa de Parrerito também foi diagnosticada com Covid-19, mas se recuperava em casa. Parrerito e o Trio Parada Dura morre aos 67 anos Érico Andrade/G1 Parrerito nasceu em São Fidélis (RJ), mas construiu a carreira, com o Trio Parada Dura, em Minas Gerais. Ele morava com a família em Contagem, na Região Metropolitana de BH. O artista deixa esposa, filhas e netos. Parrerito, cantor do Trio Parada Dura, morre em BH Repercussão Famosos usaram suas redes sociais para lamentar a morte de Parrerito. Xonadão, integrante do Trio Parada Dura "Sem palavras, coração partido. Perder um amigo, colega de trabalho, amizade há 35 anos, arrasado. Obrigado aos nossos fãs pelo carinho o tempo todo, vá em paz, Parrerito." Initial plugin text Zé Neto, cantor sertanejo, dupla de Cristiano "Que tristeza meu Deus. Infelizmente nosso ídolo foi morar com Deus. Mais uma vítima dessa doença maldita. Que Deus conforte a família. Vai com Deus, Parrerito." Initial plugin text Fabiano, dupla de César Menotti "Descanse em Paz meu amigo, Parrerito! Minha admiração por você será eterna." Initial plugin text Chitãozinho e Xororó "A música sertaneja perdeu uma grande voz. Deixamos aqui o nosso muito obrigado. Fica a lembrança eterna de sua história na música e no coração de todos nós. Que Deus conforte familiares, amigos e fãs do Parrerito." Initial plugin text Trio Parada Dura Trio Parada Dura era formado por Parrerito, Xonadão e Creone Trio Parada Dura/Divulgação Parrerito entrou para o Trio Parada no lugar do irmão Barrerito, que sofreu um acidente aéreo na década de 1980, ficou paraplégico, e decidiu seguir carreira solo. O fundador do grupo e último representante da formação original, Carlos Alberto Mangabinha Ribeiro, conhecido como Mangabinha, morreu em 2015 depois de ter um acidente vascular cerebral. O Trio Parada Dura foi criado em 1971 e teve diversas formações ao longo da história. “Fuscão Preto", “Telefone Mudo” e "As Andorinhas" estão entre as músicas de maior sucesso gravadas pelo grupo. VÍDEOS: Personalidades que morreram em 2020
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Cardi B se junta a Anitta e Myke Towers em ‘Me gusta’, nova música da brasileira
Single vai ser lançado nesta sexta-feira (18). Cardi B e Anitta Reprodução/Instagram/Anitta Cardi B é a convidada misteriosa de Anitta na canção "Me Gusta", que vai ser lançada na sexta-feira (18). A cantora brasileira anunciou a participação nesta segunda-feira (14). Além da americana, a música conta também com o porto-riquenho Myke Towers. Initial plugin text Anitta fez suspense sobre a participação da rapper em suas redes sociais. "Todos também sabem que Myke Towers vai participar. O que vocês não sabem (e eu também não sabia até semana passada quando meu empresário me surpreendeu) é que temos outra artista maravilhosa na faixa. Algum palpite?", publicou a cantora no sábado (12). Initial plugin text Nesta segunda, ela tuitou um vídeo no qual uma série de convidados diziam que devia ser Cardi B. Initial plugin text Capa do single 'Me gusta', em que Anitta conta com participação de Cardi B e Myke Towers Divulgação
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Anitta mistura funk, rap e pagode baiano em single com Cardi B e Myke Towers
Veja a capa de 'Me gusta', single programado para sexta-feira, 18 de setembro. ♪ Anitta lança na próxima sexta-feira, 18 de setembro, o inédito single Me gusta. Além da já sabida participação do rapper porto-riquenho Myke Towers, a novidade é a presença da rapper norte-americana Cardi B na gravação. A colaboração de Cardi B vinha sendo especulada, mas somente foi confirmada nesta segunda-feira, 13 de setembro, com a revelação da capa do single. Em Me gusta, Anitta mistura funk carioca com rap e pagode baiano. A composição é assinada pela artista carioca com Andrés Torres (artista colombiano que ganhou notoriedade ao produzir a canção Despacito, hit planetário de 2017), Gale (artista porto-riquenha) e Ryan Tedder (produtor, cantor e compositor norte-americano, projetado como vocalista da banda OneRepublic). O clipe da música Me gusta foi gravado no Pelourinho, no Centro Histórico de Salvador (BA), capital da Bahia, no início deste ano de 2020. ♪ Cabe lembrar que, em outubro de 2019, Ludmilla também gravou música com Cardi B em estúdio em Nova York (EUA). A cantora fluminense comemorou o feito nas redes sociais, mas ainda não lançou o single feito com a rapper norte-americana, tendo dado prioridade neste ano de 2020 ao EP de pagode Numanice, editado em 24 de abril.
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Jason Momoa apoia Ray Fisher em relação a abusos durante gravações de ‘Liga da Justiça’
Ator que interpretou Ciborgue acusou diretor Joss Whedon e produtores. Estúdio afirma que ele não colabora com investigador contratado. Ray Fisher e Jason Momoa em cena de 'Liga da Justiça' Reprodução Jason Momoa publicou um texto nesta segunda-feira (14) no qual apoia o colega Ray Fisher, com quem trabalhou em "Liga da Justiça" (2017), em relação às denúncias feitas pelo ator sobre o ambiente abusivo nas gravações do filme. "Essa merda tem de parar e precisa ser investigada", escreveu Momoa em seu perfil no Instagram. "Ray Fisher e todos os que viveram o que aconteceu sob o olhar da Warner Pictures precisam de uma investigação legítima." Initial plugin text Fisher, intérprete do Ciborgue no filme, disse em julho que o comportamento do diretor Joss Whedon durante as gravações "foi grosseiro, abusivo, não profissional e completamente inaceitável", e que os produtores Geoff Johns e Jon Berg permitiram as ações do cineasta. No começo de setembro, a Warner disse que tinha aberto uma investigação, mas que o ator se recusava a colaborar. O ator se defendeu e disse que o estúdio tentava desacreditá-lo. Nesta segunda, Momoa afirmou também que anunciaram sua participação em outro filme da Warner, "Frosty the Snowman", para desviar a atenção do caso. "Acho que é uma bosta que as pessoas tenham feito um anúncio falso do 'Frosty' sem a minha permissão para tentar distrair da denúncia de Ray Fisher sobre o jeito merda que nós éramos tratados nas refilmagens de 'Liga da Justiça'", escreveu o intérprete do Aquaman. "Coisas sérias aconteceram. Elas precisam ser investigadas e pessoas precisam ser responsabilizadas." Whedon assumiu o comando da produção quando parte já tinha sido gravada pelo diretor Zack Snyder, que teve de deixar o projeto após a morte de sua filha. Com isso, o cineasta conhecido pelos primeiros filmes dos "Vingadores" liderou o final da produção e o processo de refilmagem de cenas.
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Músicas para descobrir em casa – ‘Safado’ (Renato Teixeira, 1985) com Joanna
Capa de 'Joanna', álbum de 1985 que apresentou a primeira e única gravação de 'Safado' Antonio Guerreiro ♪ MÚSICAS PARA DESCOBRIR EM CASA – Safado (Renato Teixeira, 1985) com Joanna ♪ “Eu tô a fim de um fado / Pra amansar o meu amor safado”, avisou Joanna, marota, no refrão de Safado, música do sétimo álbum da cantora e compositora carioca. Safado é música que ficou esquecida neste álbum intitulado Joanna e lançado em 1985 pela gravadora RCA com produção musical orquestrada por Guti Carvalho sob direção artística de Miguel Plopschi. A maior curiosidade é o fato de Safado ser música incomum da lavra de Renato Teixeira, compositor paulista, fino estilista da canção ruralista feita no Brasil com ecos da música folk norte-americana. Celebrado pela autoria de canções associadas ao mais refinado Brasil interiorano, como Romaria (1977) e Amora (1979), Teixeira tinha fornecido canção para Joanna, Recado (Meu namorado), que se tornou o principal sucesso do álbum anterior da cantora, lançado em 1984 e também intitulado Joanna. Por conta do hit do ano anterior, a presença de Renato Teixeira nos créditos do disco de 1985 soou natural. Safado é estilização do fado de cadência mais animada, mas a música foi apresentada sem forte conexão com o universo musical de Portugal. Sequer há guitarra portuguesa no arranjo criado e regido pelo maestro e pianista Eduardo Souto Neto. Os toques dos teclados (os de Souto Neto e os de Rique Pantoja) fizeram Safado flertar (sem se lambuzar) com o tecnopop dos anos 1980 na gravação feita com a bateria de Jurim Moreira, o baixo de Décio Crispim e o violão e a guitarra de Rick Ferreira, além das vozes do seis integrantes do grupo Roupa Nova no coro que encorpava o refrão gracioso. Entrando no clima lúdico da faixa, Joanna simulou sotaque português ao cantar os versos “Quando ele chegou de Portugal / Se tornou o meu Camões / E o meu Cabral”, acentuando o espírito gracioso dessa letra em que Renato Teixeira versa com leveza sobre a saudade de amor de além-mar, de rapaz sumido. Da forma como foi escrita, sem apontar o gênero do eu-lírico da canção, a letra pode soar sob ótica feminina (se a música for cantada por uma mulher) ou gay (se o intérprete for um homem). Música espirituosa, tão simples quanto envolvente, Safado nunca foi regravada – nem mesmo por Joanna – desde que foi lançada há 35 anos pela cantora. ♪ Ficha técnica da Música para descobrir em casa 23 : Título: Safado Compositor: Renato Teixeira Intérprete original: Joanna Álbum da gravação original: Joanna Ano da gravação original: 1985 Regravações que merecem menções: A música Safado nunca foi regravada. ♪ Eis a letra de Safado : “Meu amor não mora mais aqui Foi só um descuido E o rapaz sumiu Quando a saudade dá o bote Eu ordeno ao coração: 'Suporte!' Eu tô a fim de um fado Pra amansar o meu amor safado Hoje eu vivo só de fantasia Não existe mais aquele carnaval Na navegação do dia-a-dia Eu perdi minha melhor poesia Eu tô a fim de um fado Pra amansar o meu amor safado Quando ele chegou de Portugal Se tornou o meu Camões E o meu Cabral E nestas terras sul-americanas Além-mar foi fundo nas entranhas Não sei muito bem por que traí Quando vi já era tarde… Eu esqueci Que esse lindo povo lusitano É sentimental demais … Dançamos Eu tô a fim de um fado Pra amansar o meu amor safado”
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Adriana Calcanhotto lança single em que ecoa a indignação do Brasil com a morte do menino Miguel Otávio
Apresentada em 'Um show só', a canção '2 de junho' expõe a ferida social que tirou a vida do garoto de cinco anos. ♪ Nascido em Vitória de Santo Antão (PE), cidade do interior de Pernambuco, Miguel Otávio Santana da Silva (17 de novembro de 2014 – 2 de junho de 2020) era menino cheio de vida que vivia a sorrir e a brincar como qualquer criança. Até que, em 2 de junho, dia em que a regulamentação do trabalho doméstico no Brasil completava cinco anos, Miguel Otávio perdeu a vida e o sorriso quando também tinha cinco anos. Nessa data, Miguel morreu ao cair do nono andar do prédio do Recife (PE) em que a mãe, Mirtes Renata Santana de Souza, cumpria expediente como empregada na casa de Sari Mariana Costa Gaspar Côrte Real. A queda foi resultado da negligência da patroa no cuidado com o filho da empregada. Em agosto, dois meses após a morte de Miguel, Adriana Calcanhotto traduziu a revolta e a indignação do Brasil com o caso ao compor a música 2 de junho. “Levei o mês de agosto inteiro escrevendo essa música 2 de junho. Nunca uma canção foi tão dura de ser feita para mim, nunca tive esse tipo de emoções e sentimentos durante uma composição”, confidencia Calcanhotto. Capa do single '2 de junho', de Adriana Calcanhotto Murilo Alvesso Apresentada em 5 de setembro no roteiro de Um show só, espetáculo inspirado no álbum Só (2020) e transmitido online do palco do Teatro Riachuelo no Rio de Janeiro (RJ), a canção 2 de junho impactou o público que assistiu a Um show só pela letra evocativa das narrativas épicas de Bob Dylan. Letra sem rima e sem poesia que toca na ferida ao expôr a tragédia social do Brasil sob o prisma desse caso chocante. Captado na apresentação, o registro áspero de 2 de junho – feito por Calcanhotto somente com a voz e o toque da guitarra da artista – ganha edição em single programado para chegar ao mercado fonográfico em 18 de setembro, antecedendo a disponibilização integral de Um show só em data ainda incerta. A renda dos direitos autorais do single 2 de junho será revertida para o Instituto Menino Miguel, criado no Recife (PE) sob a égide do cuidado humano com crianças, adolescentes e pessoas idosas. ♪ Eis a letra da música 2 de junho, de Adriana Calcanhotto: “No país negro e racista No coração da América Latina Na cidade do Recife Terça feira 2 de junho de dois mil e vinte Vinte e nove graus Celsius Céu claro Sai pra trabalhar a empregada Mesmo no meio da pandemia E por isso ela leva pela mão Miguel, cinco anos Nome de anjo Miguel Otávio Primeiro e único Trinta e cinco metros de voo Do nono andar Cinquenta e nove segundos antes de sua mãe voltar O destino de Ícaro O sangue de preto 2x As asas de ar No país negro e racista No coração da América Latina”
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