‘Duna’, ficção científica dirigida por Denis Villeneuve, ganha primeiro trailer
Adaptação do livro de Frank Herbert tem Timothée Chalamet, Oscar Isaac e Zendaya no elenco. Estreia está prevista para 18 de dezembro. Trailer de 'Duna' O filme de ficção científica "Duna", dirigido por Denis Villeneuve ("Blade Runner 2049"), ganhou o primeiro trailer nesta quarta (9). Assista acima. O longa é uma adaptação do best-seller de Frank Herbert e conta a jornada por sobrevivência em um futuro distópico, no qual o planeta disputa um suprimento poderoso. Timothée Chalamet vive o protagonista Paul Atreides em 'Duna' Divulgação/Warner Bros. Pictures Timothée Chalamet vive o protagonista Paul Atreides. O elenco também tem Rebecca Ferguson, Oscar Isaac, Josh Brolin, Stellan Skarsgård, Dave Bautista, Zendaya, Jason Momoa e Javier Bardem. O roteiro é de Villeneuve com Jon Spaihts e Eric Roth. A estreia está prevista para 18 de dezembro. E uma continuação já foi acertada com o estúdio. "A história é tão rica e complexa que, para sermos fiéis ao livro, precisaremos fazer pelo menos dois filmes. Esse foi um acordo desde o início", disse Villeneuve durante um painel do filme organizado pela Warner.
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Halsey vai estrear como atriz ao lado de Sydney Sweeney na série ‘The Player’s Table’
Cantora faz sua estreia na televisão em drama baseado no livro 'They wish they were us', de Jessica Goodman. Halsey e Sydney Sweeney vão protagonizar série 'The Player's Table' Divulgação/Sam Dameshek A cantora Halsey vai estrear como atriz na série dramática "The Player's Table", ao lado de Sydney Sweeney ("Euphoria"). A produção é baseada no livro "They wish they were us", da autora Jessica Goodman. A história se desenvolve em uma escola preparatória dos Estados Unidos. Jill Newman (Sweeney) investiga detalhes da morte de sua melhor amiga há três anos. Rachel Calloway (Halsey) é uma jovem emocionalmente perturbada que ajudará Jill nessa busca. As meninas fazem parte de uma sociedade secreta na escola, "the Players". Sweeney e Halsey trabalharam juntas quando a atriz participou do clipe de "Graveyard", em 2019. Ela comemorou a parceria. "O maior segredo que eu já guardei. Tão animado para estrelar ao lado de uma pessoa tão talentosa. Não consigo pensar em ninguém com quem prefira fazer isso", disse Sweeney. Halsey também celebrou: "Sou a garota mais sortuda do mundo porque posso fazer minha estreia na atuação ao lado da minha pessoa preferida no mundo". Roteiro, direção e produção são de Annabelle Attanasio, que escreveu e dirigiu o longa "Mickey and the Bear", além de quatro curtas.
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Illy põe toque de samba-reggae em pagode popularizado por Belo há 20 anos
Cantora baiana lança single com regravação de 'Desafio', música que já interpretava no show 'Voo longe'. Capa do single 'Desafio', de Illy Julia Pavin ♪ Illy continua no terreno das regravações de sucessos alheios. Após diluir a densidade do repertório de Elis Regina (1945 – 1982) no álbum Te adorando pelo avesso (2020), lançado em abril, a cantora volta a abordar pagode popularizado pelo cantor Belo. Embora o single Desafio esteja sendo lançado nesta quarta-feira, 9 de setembro de 2020, a gravação foi feita em 2018, ano em que Illy estreou o sedutor show Voo longe já com a música no roteiro. Pérola do pagode romântico, o samba Desafio (Délcio Luiz e Adalto Magalha, 1999) foi apresentado em disco pelo grupo Kiloucura e caiu na boca do povo ao ser regravado pelo cantor Belo em 2000. Feita por Illy com produção musical e arranjo do baterista e percussionista Marcelo Costa, a gravação de Desafio evoca de leve a batida do samba-reggae, em alusão à origem baiana da cantora, sem se desviar do trilho do pagode romântico. Pretinho da Serrinha (cuíca), Guilherme Lírio (guitarra e surdo virado) e Gabriel Loddo (baixo, cavaquinho e surdo virado) figuram no time de músicos arregimentados para o cover de Desafio no single gravado no Estúdio Marini, na cidade do Rio de Janeiro (RJ), por Mauro Araújo e mixado e masterizado por Daniel Carvalho.
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Lucy Alves evoca capa de álbum de Gilberto Gil em single com regravação de ‘Andar com fé’
Capa do single 'Andar com fé', de Lucy Alves Reprodução / Instagram Lucy Alves ♪ Essa é a capa do próximo single de Lucy Alves, Andar com fé. Qualquer evocação da capa do álbum Um banda um, lançado por Gilberto Gil em 1982, não é mera semelhança. A cantora paraibana quis aludir na capa do single à arte gráfica do álbum em que o cantor e compositor baiano apresentou a música Andar com fé. Uma das composições mais populares da obra de Gil, Andar com fé ganha a voz de Lucy Alves em gravação feita para a trilha sonora da série Amor e sorte, que estreou na TV Globo na noite de ontem, 8 de setembro. Composta por quatro episódios independentes, a série idealizada por Jorge Furtado vai ao ar nas terças-feiras de setembro. O single Andar com fé será estrategicamente lançado por Lucy Alves na terça-feira, 15 de setembro, data programada para a exibição do segundo episódio, Linha de raciocínio, estrelado pelo casal Lázaro Ramos e Taís Araújo.
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Fernando Pires, vocalista do Só Pra Contrariar, sofre queda e está internado em hospital de Uberlândia
Cantor teve acidente doméstico no fim de semana e bateu a cabeça. Segundo a assessoria de imprensa do cantor, ele está bem. Fernando Pires, vocalista Só Pra Contrariar Reprodução/Instagram O cantor e vocalista do grupo Só Pra Contrariar, Fernando Pires, de 46 anos, está internado no Hospital Madrecor em Uberlândia, após ter sofrido uma queda e batido a cabeça no fim de semana. Por meio de nota, a assessoria de imprensa do cantor informou que o acidente foi em casa e que, na queda, Fernando bateu a parte de trás da cabeça. Ainda de acordo com a assessoria do cantor, ele passa bem, segue em observação na unidade de saúde e deve ter alta em breve. O G1 entrou em contato com a assessoria de imprensa do hospital, mas a unidade não quis se manifestar em respeito à privacidade do paciente. Fernando Pires deve ter alta em breve Reprodução/Instagram
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Músicas para descobrir em casa – ‘A máquina voadora’ (Ronnie Von e San Martin, 1970) com Ronnie Von
Capa do álbum 'A máquina voadora', de Ronnie Von Gil Prates ♪ MÚSICAS PARA DESCOBRIR EM CASA – A máquina voadora (Ronnie Von e San Martin, 1970) com Ronnie Von ♪ Em 1968, Ronnie Von decidiu destruir o castelo em que tinha se abrigado em segurança em território próximo do reino rival da Jovem Guarda. Promovido como o Pequeno príncipe daquela geração pop da década de 1960, tanto pela cara de galã quanto pelo repertório meloso, o artista resolveu que queria fugir da linha sentimental de músicas como Meu bem (Girl, John Lennon e Paul McCartney, 1965, em versão em português de Ronnie Von, 1966) e A praça (Carlos Imperial, 1967). Para pôr o castelo abaixo, Ronnie Von embarcou em viagem psicodélica feita em trilogia de álbuns encerrada em 1970 com a edição do LP A máquina voadora pelo selo Polydor, da gravadora Philips. Produzido por Arnaldo Saccomani (1949 – 2020), o álbum A máquina voadora seguiu rota mais arriscada que deu prestígio a Ronnie Von, nome artístico de Ronaldo Nogueira, cantor e compositor fluminense, nascido em julho de 1944 em Niterói (RJ), criado no bairro carioca de Copacabana e projetado como artista na cidade de São Paulo (SP), distante da abastada família. O grande trunfo do álbum é a música-título A máquina voadora, parceria de Ronnie com um amigo compositor creditado na ficha técnica como San Martin. O artista tinha o hábito de pilotar monomotores e, empolgado ao testar avião do gênero para ver se o comprava, percebeu que havia música no ronco do motor e resolveu fazer canção em homenagem ao ato de voar e à própria máquina voadora. Música que batizou e abriu o álbum, A máquina voadora é essa canção, composta em cerca de 40 minutos. Uma canção curta e inspirada, valorizada no primeiro e único registro fonográfico da composição pelo estupendo arranjo do maestro Chiquinho de Moraes. Simulando o ronco de um motor com o toque das guitarras de Cacho Valdez e Tony Osanah, o maestro criou arranjo que, no sopro dos metais, procurou evocar no ouvinte a sensação de um avião que decolava e planava pelo ar. A interpretação de Ronnie Von se ajustou com perfeição ao tom meio épico da canção e do arranjo de Chiquinho Moraes. Embora perfeita, a gravação de A máquina voadora jamais alçou o álbum ao topo das paradas, mas resultou em pequena obra-prima da fase mais ousada da discografia do desencantado Príncipe rival do Rei da Jovem Guarda. Finda a viagem psicodélica, Ronnie Von alcançaria maiores altitudes em playlists posteriores com as gravações das músicas Cavaleiro de Aruanda (Tony Osanah, 1972), Tranquei a vida (Ronnie Von e Tony Osanah, 1977) e Cachoeira (Thomas Roth e Luiz Guedes, 1979, hit com o cantor em 1984), mas seguindo rota mais segura, distante do voo artístico da música-título deste álbum de 1970, editado em CD em 2007 e relançado no formato original de LP em 2013 via Polysom com a capa original que destoava do conceito do disco. O artista queria que a capa do LP fosse o desenho de Pepe exposto na contracapa, mas a gravadora optou pela capa supostamente mais vendável com o cantor posando de galã. De todo modo, ao pôr A máquina voadora em ação, Ronnie Von destruiu de vez o castelo do Pequeno príncipe. Arte da contracapa do álbum 'A máquina voadora', de Ronnie Von Desenho de Pepe ♪ Ficha técnica da Música para descobrir em casa 18 : Título: A máquina voadora Compositores: Ronnie Von e San Martin Intérprete original: Ronnie Von Álbum da gravação original: A máquina voadora Ano da gravação original: 1970 Regravações que merecem menções: A música A máquina voadora nunca foi regravada. ♪ Eis a letra de A máquina voadora : “Quero todo o universo sem fim As alturas vou subir Vejo o espaço acima de mim E por ele vou sumir Vou vagar em pleno o ar Vou voar, vou voar… Em meu brilhante pássaro de prata Vou navegar pelas nuvens soltas Leve para o alto toda minha vida Meu aeroplano Combustível, metal e poema Minha máquina voadora Vejo os homens de cima, em cena Entre a música de um motor Vou vagar em pleno o ar Vou voar, vou voar…”
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Cineasta lança documentário sobre o movimento punk feminista dos anos 1990 em SP
'Faça Você Mesma' estreia nesta quinta-feira (10) no festival In-Edit e mostra versão brasileira do riot grrrl. Veja como shows para 50 fãs e gravações em fitas k7 fizeram barulho. Banda Dominatrix em apresentação na cidade de São Paulo. Pioneiro, grupo abriu os caminhos para as mulheres no punk no país Marcos Aragão/Arquivo Pessoal A agressividade dos vocais e das guitarras de um pequeno grupo de adolescentes no início da década de 1990, em São Paulo, não foi abafada nem mesmo pela sonoridade das fitas k7. Na verdade, impactaram profundamente a formação de uma geração de mulheres. A cineasta Letícia Marques, 36 anos, é uma delas. No documentário "Faça Você Mesma", lançado nesta quinta-feira (10), ela mostra como foi o movimento riot grrrl no Brasil. O longa é fruto da pesquisa dela e de um time de mulheres, nos últimos quatro anos. “O riot grrrl foi muito mais do que ‘música feita por garotas’. O ambiente do hardcore era machista e hostil à presença de mulheres. A música foi um veículo para que elas se apropriassem de um espaço, que é a grande mensagem do punk, mas tudo permeado por apoio mútuo, que é uma tradição feminista”, explica Letícia ao G1. “Faça Você Mesma” estreia nesta quinta no Festival Internacional do Documentário Musical (In-Edit) e fica disponível na plataforma online até 20 de setembro. A distribuidora do filme ainda negocia o lançamento em plataformas de streaming. Trailer de 'Faça Você Mesma' (2019), de Letícia Marques Chegada ao Brasil A cineasta explica que o movimento nasceu no estado de Washington, nos Estados Unidos, de onde emergiram bandas como Bikini Kill, Bratmobile e Heavens To Betsy. Letícia morou no país durante a adolescência e testemunhou a força desta cena diretamente da plateia de alguns shows. O riot grrrl desembarcou em São Paulo por meio de fitas k7 que uma amiga gravava para outra e também pelo empenho de selos, como Kill Rock Stars e Teenager In A Box. A coletânea Punk Rock Não É Só Para O Seu Namorado também foi importante para espalhar esses sons. Os holofotes não eram para mulheres nem nos Estados Unidos e tampouco no Brasil. Mais do que ocupar um espaço, adolescentes se uniram para criá-lo. O filme mostra que, em São Paulo, a banda Dominatrix abriu os caminhos em março de 1995, com um show no Victoria Pub, antiga casa noturna na Alameda Lorena, bairro dos Jardins. Aquele foi o começo da construção de uma cena por um grupo muito pequeno de amigas, e amigas de amigas. O grupo não apenas alcançou o palco, como inspirou uma geração de outras garotas que queriam tocar e cantar. “Ouvir aquelas garotas se expressando trouxe isso para a minha adolescência: experimente, questione, critique, se descubra", lembra Letícia. "É essa autonomia, essa ética, que sintetiza pra mim o que é se aprimorar. Foi a primeira centelha do pensamento: ‘nossa, é possível uma mulher com essa atitude’. Mexe com a autoestima." Pesquisa Isabella Gargiulo (banda Dominatrix) e Carolina Pfister (No Class e TPM), durante show na capital paulista Marcos Aragão/Arquivo Pessoal O documentário apresenta relíquias desta cena, que se desenvolveu no underground. Era como uma legítima contra-cultura paulistana, presenciada por plateias de 50 pessoas. Isso dificultou o acesso aos materiais da época, como fitas VHS, fotos, CDs raros e cartazes, mas o compilado em “Faça Você Mesma” é suficiente para transportar o espectador para dentro dos inferninhos escuros. Foi neles onde a cena se desenrolou. Espaços como o Alternative, na Penha, eram ocupados por cabeludos ouvindo canções com letras incompreensíveis, gritadas por garotas tatuadas em busca do seu lugar de fala. Personagens Além dos documentos, Letícia Marques também conversou com as protagonistas desta história, que tomaram rumos diferentes na vida. Da esquerda para direita, Carolina Pfister, em Portland, Oregon; Andressa Saboya, em Santos; Isabella Gargiulo, em Portland, Oregon; Marcela Mattos e Gigi Louise, em Santos; Jan Veneziani, em São Paulo; e Barbara Fraga, em Belo Horizonte. Cineasta Letícia Marques localizou algumas das garotas que construíram o riot grrrl no Brasil Black Sheep Filmes/Divulgação Foram 25 entrevistas com integrantes de bandas icônicas do movimento. Há relatos de quem surgiu com a cena, como Dominatrix, TPM e Hitch Lizard. Mas também há espaço para os últimos expoentes, como o Miêta e o Bertha Lutz, passando pelas garotas do Siete Armas e do Hidra, no início dos anos 2000. “Percebi que a autenticidade e a iniciativa daquelas mulheres se mantiveram, além do feminismo. Hoje, todas, de alguma forma, trabalham em uma rede com mulheres, ensinam mulheres, trabalham em ONG para mulheres ou montaram o próprio estúdio." "Senti também que continua presente o processo de autodescoberta”, conta a cineasta, que viajou de Santos (SP) a Portland, no estado americano do Oregon, para fazer as entrevistas. Mais que música Com os resultados da pesquisa em mãos, Letícia Marques começou as discussões que ocupam o centro do movimento riot grrrl. Entre os assuntos, destacam-se a micro-politica e as barreiras particulares enfrentadas pela mulher brasileira. Dessa forma, a cineasta conecta aquele pequeno fragmento da história das mulheres de São Paulo a pautas ainda atuais. “A busca daquelas adolescentes por pertencimento e reconhecimento continua sendo uma busca de todas as mulheres", compara. "Revela que o feminismo continua sendo necessário. A diferença é que tudo isso foi dito naquela época por meio da música, que permeava a vida dos jovens, já que o acesso a isso era diferente, demandava uma vontade de procurar, de gravar fitas k7, trocar descobertas, formando uma rede." No centro, Letícia Marques, diretora de 'Faça Você Mesma'. À esquerda, Brunella Martina, produtora executiva, e, à direita, Pryka Almeida, vocalista da banda Lâmina, que participou do filme Black Sheep Filmes/Divulgação O pano de fundo de “Faça Você Mesma” é uma playlist cronológica do desenvolvimento daquela cena, com diversidade de artistas, mas cadência na conexão entre elas. A sonoridade do filme ilumina um dos grandes trunfos deste documentário: a montagem. Letícia Marques sintoniza o ritmo da estrutura narrativa ao processo de amadurecimento do próprio riot grrrl e de suas protagonistas. O início tem os ruídos homogêneos produzidos por adolescentes em busca da própria identidade. Depois, ganha fôlego com os depoimentos até culminar, quase como em uma hipnose, em um final mais melódico, que remete à maturidade. "A ideia de fazer um filme vem também de introduzir e apresentar possibilidades. Neste caso, a possibilidade do feminismo, da sororidade, da autonomia, da auto-descoberta, da transformação, do amor, do pertencimento. Acho que o cinema pode trazer essa possibilidade, como o riot grrrl trouxe para a minha vida", comenta a diretora. “Me reconheci nele como mulher e ser humano. Trouxe empoderamento, por todo o conceito, e também pela musicalidade. Gostaria que o filme trouxesse esta inspiração pra quem assistir também. Que ‘faça por si mesma’ na vida. Acho que essa é a ideia. Mostrar que a gente pode e dever fazer o que quer, e não se desculpar por isso, e ocupar os lugares, e o mundo."
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‘Atravessa a Vida’, documentário de João Jardim, ganha trailer; ASSISTA
Filme selecionado para o festival É Tudo Verdade acompanha desafios de alunos no último ano do ensino médio no interior do Sergipe. Veja o trailer do documentário Atravessa a Vida
O novo documentário de João Jardim ("Getúlio"), "Atravessa a vida", lançou seu novo trailer nesta quinta-feira (10). Assista ao vídeo acima.
O filme foi selecionado para o festival É Tudo Verdade, que terá a maior parte de sua seleção exibida de forma digital entre os dias 23 de setembro e 4 de outubro.
A produção retrata o universo escolar e adolescente dos jovens de Simão Dias, cidade de 40 mil habitantes no interior do Sergipe. Enquanto buscam o sonho de garantir um ensino superior gratuito, os alunos refletem sobre temas como futuro, depressão, aborto, pena de morte e a ditadura militar.
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Julia e Rafaela buscam identidade no campo para nova fase: ‘A gente não gosta de falar de chifre’
Irmãs de 18 anos começaram cantando sofrência, mas viram que letras não têm a ver com elas. G1 mostra histórias de artistas que nasceram nos anos 2000. Definir a identidade musical é o objetivo da próxima fase na carreira de Julia e Rafaela, irmãs gêmeas de Campo Verde, interior do Mato Grosso. Elas começaram ainda pequenas, criaram um canal no YouTube e cantam profissionalmente desde os 14 anos. Hoje, aos 18, e depois de dois EPs e milhões de visualizações, ainda buscam o que querem cantar. "A gente sempre viu a nossa música muito a nossa identidade. A gente gosta das nossas músicas, mas falta alguma coisa", diz Rafaela ao G1. Ouça acima podcast com trechos da entrevista. Conheça 5 artistas brasileiros nascidos nos anos 2000 Nesta semana, o G1 mostra bastidores e carreira de artistas nascidos nos anos 2000: do funk de Don Juan e Ingryd à MPB de Agnes Nunes, passando pelo sertanejo (Julia e Rafaela) e pelo pop (Carol e Vitória). As primeiras músicas lançadas eram relacionadas à traição, sofrência e amores que as meninas não viviam aos 14 anos. "Muitas vezes no começo a gente não sabia o que cantar, não sabia de nada. Por ser uma música boa no olhar de outras pessoas, a gente acabava gravando. No final das contas, a gente falava assim 'vei não tem nada a ver com nós duas'", explica Júlia. "A gente não gosta de falar de chifre, coisas assim que não fazem parte da nossa realidade. A gente é muito mais sentimental, gosta de fazenda", completa Júlia. Elas estão trabalhando em três músicas para lançar ainda em 2020 com essa nova pegada. "De Onde eu Venho", música do álbum "Despertar" do ano passado, já foca mais no campo, nas origens. Júlia e Rafaela falam sobre sonhos e artistas preferidos Arte/G1 Começo com covers Em 2008, "A Favorita" passava na TV e a dupla Flora e Donatela de certa forma influenciou as garotas. Elas ouviram "Beijinho Doce" na novela e cantaram na sala para os pais, que acharam fofo. Aos 10 anos, incentivadas pela mãe, entraram na aula de canto e até chegaram a cantar na igreja, mas não por muito tempo. Nas férias, as meninas se dividiam entre ajudar o pai a tratar os bezerros e gravar vídeos com covers no YouTube, ideia da irmã mais velha, Camila. Hoje, ela é produtora e compositora da dupla. O primeiro vídeo foi lançado em agosto de 2015 com a música "Se olha no espelho", de Maiara e Maraísa, com participação de Cristiano Araújo. "A gente não sabia como era uma dupla feminina, nada assim. Ficamos chocadas e passamos a admirar muito o trabalho das duas", explica Julia. Julia e Rafaela Divulgação/Mauricio Antonio Além da dupla, Gino e Geno, Teodoro Sampaio e a cantora americana Billie Eilish são referências para as irmãs gêmeas: "Ela tem a nossa idade e veio com um estilo muito louco no mercado. A Billie realmente é o que ela é de verdade e isso é o mais inspirador." Situações constrangedoras Júlia e Rafaela dizem que não convivem muito com o machismo, nem sentem dificuldade de se posicionar pelo fato de serem mulheres na música. Elas reconhecem que o boom do feminejo foi importante para isso. "Hoje as pessoas querem ouvir muitas mulheres. Não tem mais essa coisa machista de você não pode fazer isso. Graças a elas que abriram muitas portas para outras mulheres", afirma Júlia. Mas não é que passam ilesas. As irmãs lembram de situações constrangedoras com fãs no camarim. Julia e Rafaela cantam com Felipe Araújo 'Latada na vida' Divulgação "É muito difícil lidar com homens, porque eles acham que podem pegar na sua bunda, podem pegar em qualquer lugar e é realmente bizarro. Eu não dei liberdade", diz Júlia. A saída nesses casos é ter jogo de cintura e manter contato visual com a equipe para que os funcionários resolvam a situação. "É muito difícil a gente brigar com a pessoa. Não posso fazer isso infelizmente, porque é um fã, é uma pessoa que às vezes está alcoolizada, não sabe o que está fazendo", explica Rafaela. Diferenças de 2015 para cá As irmãs são bem sinceras quando falam sobre como estão diferentes desde que começaram: "A gente não sabia nada do que tava fazendo. Hoje tem um pouco mais de noção, como posso te explicar… A gente sabe mais o que quer hoje, tem mais confiança", explicam. "Quando a gente entrou no escritório, a gente virou sócias e isso não entrou muito na minha cabeça", diz Rafaela. Julia e Rafaela em 2016 Divulgação "Cara, 14 anos não entende nada. É um processo tentar entender que a gente também é dona do processo inteiro. A gente está amadurecendo muito isso. Quatro anos muda muito". Elas também sentiram na pele a pressão do mercado e dizem que a ansiedade é grande a cada lançamento. "A música tem muita ansiedade, muita falsidade também. A gente tem uma família boa, uma base também que quando a gente precisa eles estão ali dando toque na gente, uma equipe também", explicam. As saídas para esses momentos de baixo astral são conversar com a família, ler e pensar em outra coisa que não seja música. No fim, elas gostam de ter começado a carreira tão cedo: "Eu até gosto de ser jovem assim no mercado, porque tem muito tempo de carreira ainda, né galera? Tem tempo de errar, de acertar." VÍDEOS: Semana Pop explica temas do entretenimento
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Ronald Bell, cofundador do grupo Kool & the Gang, morre aos 68 anos
Empresário da banda conhecida por hits como 'Celebration' e 'Ladies Night' confirmou a informação, mas causa da morte não foi revelada. Ronald Khalis Bell durante cerimônia na Calçada da Fama, em Los Angeles, em 2015 Rich Fury/Invision/Arquivo Ronald Bell, cofundador do grupo Kool & the Gang, com sucessos como "Celebration", "Jungle Boogie" e "Ladies Night", morreu na quarta-feira (9) aos 68 anos. O artista faleceu em sua casa nas Ilhas Virgens Americanas, afirmou à AFP o empresário do grupo, Angelo Ellerbee. Ele não revelou a causa da morte. Ronald Bell, cofundador do grupo Kool & the Gang, morre aos 68 anos Nascido em Youngstown, Ohio, em 1951, Bell também se chamava Khalis Bayyan por seu nome muçulmano. Bell fundou o Kool & the Gang com o irmão Robert e os amigos Dennis Thomas, Robert Mickens, Charles Smith, George Brown e Ricky West no início da década de 1960. A banda uniu uma base de jazz com funk e toques de disco, R&B e pop. O grupo fez grande sucesso na 1970, ao lado de bandas como Earth, Wind and Fire, Isley Brothers e Sly and the Family Stone. Kool & the Gang continua como um dos grupos favoritos dos DJs nas pistas de dança e já teve muitas canções sampleadas, especialmente no mundo do rap e hip hop, aparecendo em músicas de astros como Jay-Z, Nas, NWA, Tupac Shakur, The Wu-Tang Clan, Snoop Dogg, A Tribe Called Quest e Busta Rhymes. Em uma entrevista para a agência Reuters em 2008, o cantor afirmou que "Celebration" era sua música favorita. "Primeiro de tudo, eu tinha dúvidas, pensando se ela seria um hit. Eu não fazia ideia. Mas ao longo de todos esses anos, há momentos no final do show, quando eu vejo todas as pessoas cantando essa música, e depois de uma hora, uma hora e meia de show você pede pra elas pularem e elas continuam pulando…Isso é algo impressionante pra mim." Em 2015, a banda foi homenageada em Hollywood e ganhou sua estrela na Calçada da Fama. A banda Kool & The Gang recebe homenagem na Calçada da Fama, em Los Angeles, em 2015 Rich Fury/Invision/AP, Arquivo
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