Seita sexual que se infiltrou em Hollywood é exposta na série ‘The Vow’
Série documental da HBO detalha como culto atraiu pessoas ambiciosas e vulneráveis, escravizou mulheres e levou à cadeia atriz de 'Smallville' Allison Mack. Allison Mack comparece a evento em Nova York, em 2010 Bryan Bedder/GETTY IMAGES NORTH AMERICA/AFP Revelar a sujeira por trás de boas aparências é um mérito em documentários. Mas a série "The Vow" conta um esquema tão escabroso que começa pelo lado oposto: explica, com detalhes, a fachada limpa que encobria a seita sexual Nxivm. Como um falso "grupo de autoajuda" baseado na violência existiu durante vinte anos e se infiltrou em Hollywood? O lado podre já é conhecido: a atriz Allison Mack, atriz de 'Smallville', foi presa por recrutar escravas sexuais para o "coach" da seita. Elas tinham o peso controlado, eram chantageadas com fotos eróticas e até marcadas a ferro. Mack se declarou culpada em 2019. O mérito inicial de "The Vow" é mostrar, através dos depoimentos longos de dois ex-integrantes da seita, o seu lado falsamente positivo e sedutor. O primeiro episódio da série é só amor e esperança. A atriz da série "Smallville", Allison Mack, que participou do sistema de "escravo e mestre" do Nxivm Getty Images O diretor Mark Vicente e a atriz Sarah Edmondson foram atraídos para o culto e tinham perfis semelhantes: artistas lutando por destaque na indústria de entretenimento dos EUA. Cheios de ambições e de frustrações, eram alvos perfeitos da seita manipuladora. Os novatos viam vídeos e paletras que os ensinavam a abandonar suas "crenças limitadoras" e, depois, recrutar novos integrantes para subir na hierarquia. Por trás do mistério, a tal seita Nxivm era um misto de autoajuda e esquema de pirâmide. Eles descrevem e o encantamento pelo líder, Keith Raniere, que posava de intelectual e mentor de ricos e famosos. Ao seguir seus mandamentos, se sentiam mais poderosos e seguros. A chave para entender o mecanismo do culto aparece no final do episódio. É quando aparece a mulher de Mark, a australiana Bonnie Piesse. Ela atuou nos filmes da saga "Star Wars" do início dos anos 2000 como a jovem Beru Lars. Bonnie Piesse como Beru Lars em 'Star Wars, Episódio II: Ataque dos Clones (2002)' Divulgação O perfil de Bonnie é o mesmo dos outros dois ex-integrantes: artista ambiciosa, mas frustrada – na época, tentava sem sucesso ser cantora. Aí fica claro como este tipo de seita seduziu Hollywood, um lugar movido a vaidade, cheio de pessoas vulneráveis ao tal "coach". Alison Mack aparece mais tarde, vista como estrela. Mas, apesar de atuar numa série em alta, na pele da melhor amiga do jovem Clark Kent, não era uma atriz consagrada. Seu maior prêmio foi de atirz coadjuvante no Teen Choice Awards de 2001. Perfil não muito diferente dos outros. Após a boa estreia, a série ainda tem oito episódios para entrar nos detalhes sórdidos: como a seita conseguiu criar um ramo que se dizia feminista e estabeleceu ali um humilhante sistema de "escrava e mestre" entre as integrantes. Saiba mais: Escândalo da NXIVM: por que é tão difícil parar uma seita "The Vow" tem direção do egípcio-americano Karim Amer e da libanesa-americana Jehane Noujaim, dupla indicada ao Oscar em 2014 pelo eletrizante documentário político "The Square", sobre os protestos da Primavera Árabe no Egito. Se conseguir destrinchar a parte corrupta tão bem quanto a fachada de autoajuda, "The Vow" tem potencial para ser uma série consagrada – algo que, no fim das contas, nem um integrante da seita conseguiu. Semana Pop #95: Lembre de tragédias que envolveram atores de 'Glee', como Naya Rivera
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Festa do Peão faz live com provas de montaria e shows de Gusttavo Lima e duplas sertanejas
Apresentações no final de semana serão transmitidas do Parque do Peão de Barretos (SP). Felipe Araújo, Rionegro & Solimões, Matogrosso & Mathias e Edson & Hudson também estão no line-up. Gusttavo Lima na Festa do Peão de Barretos em 2019 Érico Andrade/G1/Arquivo A Festa do Peão de Barretos faz uma live no próximo final de semana com shows de sertanejos e provas de montaria. As apresentações pela internet comemoram os 65 anos da festa, que aconteceria em agosto, mas precisou ser adiada por conta do coronavírus. Os shows acontecerão no palco do Parque do Peão de Barretos (SP), que já está sendo montado. Participam da live os cantores Gusttavo Lima e Felipe Araújo, além das duplas Rionegro & Solimões, Matogrosso & Mathias e Edson & Hudson. As provas de montaria vão abrir a festa no sábado (29), com transmissão a partir das 18h no canal do YouTube da Festa do Peão. Às 21h, começam os shows musicais, que serão transmitidos no canal do cantor Gusttavo Lima. No domingo (30), o rodeio continua com as provas de montaria a partir das 17h no canal da Festa do Peão. A estrutura do evento está sendo montada com atenção às medidas de distanciamento e higiene necessárias para o combate à Covid-19, de acordo com a organização. Felipe Araújo na Festa do Peão de Barretos de 2019 Ricardo Nasi/G1/Arquivo Festa adiada A Festa do Peão, que aconteceria entre 20 e 30 de agosto, foi reagendada para acontecer entre 28 de outubro e 2 de novembro. Com a mudança, o rodeio terá duração reduzida de 11 para seis dias. Os ingressos já estão à venda pela internet. Veja a programação. 28 de outubro: Alexandre Pires 29 de outubro: Bruno & Marrone e Matogrosso & Mathias 30 de outubro: Jorge & Mateus, Marília Mendonça e Pedro Sampaio 31 de outubro: Zé Neto & Cristiano, Edson & Hudson, César Menotti & Fabiano e Rionegro & Solimões 1º de novembro: Gusttavo Lima Rionegro & Solimões na Festa do Peão de Barretos Matheus Rigola/G1/Arquivo Veja mais notícias da região no G1 Ribeirão Preto e Franca
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Millie Bobby Brown procura mãe desaparecida em trailer de ‘Enola Holmes’; ASSISTA
Henry Cavill, Helena Bonham-Carter e Sam Claflin também estão no elenco. Filme estreia em 23 de setembro. Trailer de 'Enola Holmes' Millie Bobby Brown é a estrela de "Enola Holmes", filme inspirado na irmã mais nova do famoso detetive Sherlock Holmes. No trailer oficial da produção, divulgado nesta terça (25), a personagem está em busca da mãe desaparecida. A atriz, conhecida por interpretar Eleven (ou Onze, em português) na série "Stranger Things", estrelará uma série de filmes dedicada à personagem. Longa estreia em 23 de setembro na Netflix. Henry Cavill interpreta Sherlock Holmes, Helena Bonham-Carter faz o papel da mãe e Sam Claflin interpreta Mycroft Holmes. A direção é de Harry Bradbeer, vencedor de dois Emmys pela comédia "Fleabag". Millie Bobby Brown estrela filme 'Enola Holmes' Divulgação/Netflix Os filmes serão baseados nos livros escritos por Nancy Springer, que têm Enola Holmes investigando diversos mistérios.O primeiro deles, "O caso do marquês desaparecido", foi lançado originalmente em 2006 e deu início à série que conta mais cinco publicações. Nele, Enola ainda tinha 14 anos quando sua mãe desaparece. 20 anos mais jovem que Sherlock, ela foge quando descobre que seus irmãos mais velhos planejam mandá-la para um internato.
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LIVE MUSICAL HOMENAGEIA CAMPO GRANDE E AJUDA MÚSICOS EM SITUAÇÃO DE RISCO
Promovida pela Engepar – Engenharia e Participação – acontece na quarta-feira, 26 de agosto, a live Viva Campo Grande, em favor do Sindicato dos Músicos, Autores e Técnicos de Mato Grosso do Sul, de meio dia às 15 horas. O evento tem como atrações Erika Espíndola e banda, Zé Geral, Zé Pretim e Filhos dos Livres, e participações virtuais (por vídeo) de artistas como Lenilde Ramos, Paulo Simões, Zé Du, Renato Teixeira, Jerry Espíndola, Maria Alice, Rodrigo Teixeira, Coral Lírico Cantarte, Luis Henrique Ávila e outros; e de Henrique de Medeiros, presidente da Academia Sul-mato-grossense de letras e do radialista Joel Silva.
Para isso, o cenário foi montado nos estúdios da Mart Music, respeitando a todos os protocolos de segurança por conta da pandemia do Coronavírus e terá transmissão pelo canal no You Tube da empresa. A direção executiva é de Marcos Roker com direção artística de Rogério Alexandre Zanetti.
Carlos Clemenino, CEO da Engepar, explica que “o Viva Campo Grande é o festival organizado pela nossa empresa todos os anos e em 2020 ainda não temos noção se será possível fazer. A live, com artista ligados à empresa, é uma forma de oferecer entretenimento aos campo-grandenses no feriado de 121 anos e também arrecadar recursos para o Sindicato que faz a distribuição para artistas e técnicos afetados pela pandemia. Acho que conseguimos unir o necessário ao agradável”, concluiu.
Serviço
Live Engepar Viva Campo Grande: em favor do Sindicato dos Músicos, Autores e Técnicos de Campo Grande
Dia 26 de agosto, quarta-feira
De 12h às 15 horas
Artistas: Erika Espíndola e Banda, Zé Geral, Zé Pretim e Filho dos Livres
Transmissão pelo You Tube, no canal da Mart Music
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Atriz Lori Loughlin e marido são condenados à prisão por compra de vagas em universidades
Estrela de 'Três é demais' teve sentença de dois meses de prisão. O casal precisa se entregar em 19 de novembro. Atriz Lori Loughlin e o marido, Mossimo Giannulli, deixam tribunal após admitir fraude em escândalo em universidade. Imagem feita em agosto de 2019. REUTERS/Josh Reynolds/Arquivo A atriz Lori Loughlin foi condenada, nesta sexta (21), a dois meses de prisão por ter participado de um esquema de suborno e fraude em universidades nos Estados Unidos. Seu marido, o estilista Mossimo Giannulli, recebeu pena de cinco meses. A sentença foi dada pelo juiz distrital Nathaniel Gorton, que condenou o casal em audiências separadas por meio de videoconferência. Segundo informações da agência Associated Press, a estrela de "Três é demais" e o marido precisam se entregar em 19 de novembro. Segundo a agência, o acordo judicial também prevê o pagamento de uma multa de US$ 250 mil dólares e 250 horas de serviço comunitário para Giannulli. Para Loughlin, a multa estipulada foi de US$ 150 mil e 100 horas de serviço comunitário. Os promotores acusaram 53 pessoas de participar de um esquema no qual os pais conspiraram com um consultor de admissões em faculdade da Califórnia para usar suborno e outras formas de fraude para garantir a admissão de seus filhos em universidades. Entre os co-réus de Loughlin no julgamento, estão Gamal Abdelaziz, ex-presidente da subsidiária da Wynn Resorts em Macau, e Robert Zangrillo, fundador da empresa de investimentos privados Dragon Global. "Tomei uma decisão terrível. Segui com um plano para dar às minhas filhas uma vantagem injusta no processo de admissão à faculdade. Tenho grande fé em Deus, acredito na redenção e farei tudo para me redimir", disse a atriz. Segundo o advogado de Loughlin, as filhas do casal passaram a ser intimidadas depois que as acusações se tornaram públicas e a família teve que contratar segurança para as jovens.
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Obra de Rita Lee e Roberto de Carvalho gera disco de remixes orquestrados por João Lee
Filho do casal também é o produtor executivo de documentário, filme de ficção e série de TV com base na autobiografia lançada pela cantora em 2016. ♪ Obra fundamental do universo pop brasileiro, o cancioneiro autoral de Rita Lee e Roberto de Carvalho gera disco de remixes de gravações da discografia dessa dupla que marcou época, sobretudo no período que foi de 1979 a 1990. Quem orquestra esse disco é um dos filhos do casal, João Lee, DJ e produtor paulistano. João também é o produtor executivo do filme, da série de TV e do documentário baseados no livro Rita Lee – Uma autobiografia (2016), um dos maiores best-sellers do mercado editorial brasileiro nos últimos tempos. Ainda em fase de pré-produção, esses projetos audiovisuais foram acordados em 2018 com a Biônica Filmes.
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Frankie Banali, baterista do Quiet Riot, morre aos 68 anos
Banda foi a primeira de heavy metal a liderar parada de álbuns da 'Billboard' nos EUA. Músico lutava contra câncer de pâncreas e também tocou em outros grupos, como o W.A.S.P. Frankie Banali, membro da formação clássica da banda Quiet Riot, durante show no Carioca Club, em São Paulo. Foto de novembro de 2016 Ale Frata/Código19/Estadão Conteúdo/Arquivo Frankie Banali, baterista da banda de heavy metal Quiet Riot, morreu aos 68 anos, nesta quinta-feira (21). Em abril de 2019, o músico foi diagnosticado com câncer no pâncreas. A banda divulgou um comunicado: "Ele travou uma batalha inspiradoramente corajosa por 16 meses até o fim e continuou a tocar ao vivo o máximo que conseguiu". Segundo o grupo, ele morreu ao lado de sua esposa e da filha. Nascido em Nova York, em 14 de novembro de 1951, o músico se mudou para Los Angeles nos anos 70. Após ser membro do New Steppenwolf, ele passou a tocar com o vocalista Kevin DuBrow. A banda dele, Quiet Riot, havia dado uma pausa, depois que o guitarrista Randy Rhoads e o baixista Rudy Sarzo saíram para tocar com Ozzy Osbourne. Após recomeçarem com outro nome, DuBrow, a banda mudou de novo o nome para Quiet Riot, a partir da formação com o baixista Chuck Wright e o guitarrista Carlos Cavazo, em 1982. Clássico do heavy metal O quarteto lançou o álbum "Metal Health" no início de 1983, incluindo "Cum On Feel the Noize" (cover do Slade) e "Metal Health (Bang Your Head)". Foi a primeira vez que um álbum de heavy metal chegou ao topo da parada de discos da revista americana "Billboard". Foram mais de 6 milhões de cópias vendidas. Nos anos 90 e 2000, a banda passou por idas e vindas, até a morte de DuBrow, em 2007. O último álbum do Quite Riot, "Hollywood Cowboys", foi lançado em 2019. Banali também tocou com outras bandas como o W.A.S.P., Faster Pussycat e Heavy Bones.
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Discos para descobrir em casa – ‘Piaf’, Bibi Ferreira, 1983
Capa do álbum 'Piaf', de Bibi Ferreira Josemar Ferrari ♪ DISCOS PARA DESCOBRIR EM CASA – Piaf, Bibi Ferreira, 1983 ♪ Uma das maiores intérpretes do mundo, Bibi Ferreira muitas vezes se agigantou em cena ao unir o poder do teatro à força da música. Duas formas de arte que Bibi amalgamou com dramaticidade inebriante. Tanto que chegava a ser redutor caracterizar a luminosa artista carioca Abigail Izquierdo Ferreira (1º de junho de 1922 – 13 de fevereiro de 2019) somente como atriz. Em gloriosa trajetória vivida nos palcos ao longo de 76 anos, precisamente de 1941 a 2017, ano do último e retrospectivo show Por toda a minha vida – La dernière tournée, Bibi Ferreira contribuiu decisivamente para implantar na cena brasileira o modelo norte-americano de musical de teatro, com toque brasileiro e com sagaz senso rítmico da artista na interpretação de músicas de cancioneiros estrangeiros. Sim, além de monumental atriz, Bibi foi grande cantora, dona do dom e de voz afinada, perpetuada em discografia poliglota que totalizou 18 títulos, entre singles e álbuns, a maioria com registros de espetáculos encenados pela artista. Dessa discografia iniciada em 1941, à qual ainda será acrescentado título póstumo com a edição da gravação do show Por toda a minha vida (2017), vale mencionar o pioneirismo dos álbuns Minha querida lady (1964) – LP editado pela gravadora CBS com a trilha sonora da primeira montagem brasileira do musical My fair lady, estrelada em 1962 por Bibi com o ator Paulo Autran (1922 – 2007) – e Alô, Dolly (1966), LP que trouxe a trilha sonora do musical Hello, Dolly, também protagonizado no Brasil por Bibi em encenação que estreou em 1965. Nunca editados em CD, esses dois álbuns são desconhecidos por muitos seguidores de Bibi. Dentro da obra fonográfica da artista, outros dois álbuns sobressaíram mais ao longo dos anos por perpetuarem números musicais e breves textos de dois marcantes (e mais recentes) espetáculos da carreira de Bibi. Um foi o álbum Gota d'água, editado em LP em 1977 pela gravadora RCA com registros do antológico musical Gota d'água, estreado em 1975 com a união da dramaturgia de Paulo Pontes (1940 – 1976) com o cancioneiro teatral de Chico Buarque. O outro foi o álbum ao vivo Piaf, lançado em 1983 pela gravadora Som Livre com 10 números musicais extraídos da gravação do espetáculo Piaf – A vida de uma estrela da canção (1983), encenação do texto da dramaturga inglesa Pam Gems (1925 – 2011) – traduzido para o português por Millôr Fernandes (1923 – 2012) – sob a direção de Flávio Rangel (1934 – 1988). Na foto da capa do álbum Piaf, tirada por Josemar Ferrari e reproduzida na capa da edição em CD lançada em 1994 pela gravadora Som Livre dentro da série Cast, Bibi apareceu em cena no espetáculo que arrastou multidões para o teatro. Oito anos após impactar o Brasil como Joana, a Medeia da favela carioca erguida no texto de Paulo Pontes e Chico Buarque, Bibi tornou a fazer história na cena nacional ao dar voz e vida à cantora francesa Edith Piaf (19 de dezembro de 1915 – 13 de outubro de 1963). Além de ter dirigido cantoras como Clara Nunes (1942 – 1983) e Maria Bethânia em shows antológicos como Clara mestiça (1981) e Nossos momentos (1982), respectivamente, Bibi encarnou em cena cantoras da dimensão de Piaf e da portuguesa Amália Rodrigues (1920 – 1999), estrela máxima do fado revivida pela artista carioca em show de 2001 com perfeito sotaque português. O repertório de Piaf jamais saiu da discografia de Bibi a partir de 1983 – ano em que a morte da diva francesa completou 20 anos – e rendeu dois discos. Além do álbum Piaf, a artista lançou em 2004, em edição da gravadora Biscoito Fino, o CD e DVD Bibi canta Piaf com o registro do show estreado pela cantora em 1992 com base no espetáculo original de 1983. Nesse desdobramento do musical de 1983, Bibi eliminou a dramaturgia do texto e centrou o roteiro nas canções de Piaf. O espetáculo de 1992 fez sucesso e correu o Brasil até 2014 sem jamais repetir o fenômeno artístico eternizado no álbum resultante do espetáculo original de 1983. Com versões para o português, escritas pela própria Bibi Ferreira, doze canções captadas ao vivo no espetáculo estreado em 25 de maio de 1983 mostraram, no álbum Piaf, que Bibi igualou o poder de interpretação de Piaf, com densidade raramente ouvida na discografia brasileira, mas em registro vocal menos áspero do que o da artista francesa. Coordenada pelo produtor musical Guto Graça Mello, a gravação ao vivo conservou o calor da cena no disco bilíngue de repertório cantado em português e/ou em francês. Tanto do ponto de vista musical como sob o prisma dramático, a perfeição da interpretação do cancioneiro de Piaf por Bibi saltou nítida aos ouvidos já na primeira faixa do álbum Piaf, em que a cantora brasileira deu voz ao medley que juntou La belle historie d'amour (Charles Dumont e Edith Piaf, 1960) com Hymme à l'amour (Marguerite Monnot e Edith Piaf, 1950). Na sequência do disco, a canção L'accordeoniste (Michel Emer, 1940) foi brevemente contextualizada por Bibi em português antes do início da interpretação propriamente dita, feita em francês de fluência impressionante como o talento da artista. A faixa terminou com o canto coletivo do Hino Nacional da França, La Marseillaise / A Marselhesa (Claude Joseph Rouget de Lisle, 1872). A mesma contextualização em português foi feita pela artista antes do canto de Bravo pour le clown (Louiguy e Henri Contet, 1953), ode à tristeza dos palhaços. Música cantada em francês, La foule (Ángel Cabral e Michel Rivgauhe, 1957) foi número ambientado em clima de cabaré francês, palco para o brilho de Piaf. Com versos em português e francês, La ville inconnue (Charles Dumont e Michel Vaucaire, 1960) mapeou a trajetória dramática de Piaf de hotel em hotel, de turnê em turnê. Na alternância de andamentos de Millord (Marguerite Monnot e Georges Moustaki, 1959), Bibi reiterou o total domínio do idioma musical francês e da linguagem da dramaturgia, exposta na faixa nas partes faladas em português. Em interpretação bilíngue, La goualante du pauvre Jean (Marguerite Monnot e Rene Rouzad, 1954) evidenciou a supremacia do acordeom de Irene Mutanen nos arranjos fiéis ao universo musical francês, mérito do maestro e pianista Nelson Melin, diretor musical do espetáculo e integrante do quarteto original que, além de Irene Mutanen e de Melin, foi formado pelo contrabaixista Álvaro Augusto e pelo baterista Paulo Eduardo Mello. Cantada em dueto por Bibi com o artista grego Théo Sarapo (1926 – 1970), a chanson À quoi ça sert l'amour (Michel Emer, 1962) resultou em momento de leveza ao tentar dimensionar o amor em disco cujo arco dramático também abriu espaço para a doçura apaixonada de La vie en rose (Louis Gugliemi e Edith Piaf, 1945), o maior sucesso de Piaf ao lado de Hymme à l'amour. Hymme à l'amour foi música reprisada ao fim do álbum após o canto de Non, je non regrette rien (Charles Dummont e Michel Vaucaire, 1956), antecedido na cena do disco e do musical pela notícia, dada em tom impostado, da saída de cena da imortal Edith Piaf, a dois meses de completar 48 anos de vida acidentada, marcada por altos e baixos emocionais. Bibi Ferreira viveu muito mais do que Piaf. Saiu de cena em 2019, aos 96 anos, coberta de glórias. Como atriz, Bibi deixou emoções imortalizadas nos corações de quem a viu em cena. Como cantora, Bibi deixou discos que, a exemplo do álbum Piaf, são atestados para a posteridade do talento fenomenal de Abigail Izquierdo Ferreira, um dos maiores nomes da arte do mundo em todos os tempos.
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Britney Spears permanece sob tutela do pai até 2021 após determinação da Justiça
Cantora tinha pedido na segunda-feira para que Jamie Spears fosse substituído como seu responsável. Britney Spears faz show em SP em 2016 Flavio Moraes / G1 A Justiça americana decidiu nesta quarta-feira (19) que a cantora Britney Spears continuará sob a tutela do pai, Jamie Spears, até o dia 1º de fevereiro de 2021, segundo o jornal "LA Times". Ela tinha pedido na segunda-feira (17) que ele fosse substituído de forma permanente por sua guardiã temporária, Jodi Montgomery. Depois da decisão, Jamie pediu que o tribunal inclua novamente o advogado Andrew M. Wallet como responsável pelo controle das questões pessoais e financeiras de Britney. Assim, ambos voltariam a dividir o cargo. No pedido, Jamie também afirmou que a filha de 38 anos é "substancialmente incapaz de gerenciar seus recursos financeiros ou de resistir a fraude ou influência imprópria". Ele é responsável pelos assuntos da filha desde 2008, quando a tutela foi determinada pela Justiça. Wallet dividiu a posição com Jamie de 2009 a 2019. O advogado da cantora, que foi escolhido pelo tribunal, pode fazer pedidos de mudança até 18 de setembro.
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A arte de Romero Britto: relembre as obras mais comentadas
Semana Pop deste sábado (22) fala sobre retratos de celebridades e líderes políticos feitos pelo brasileiro, que foi surpreendido por mulher que quebrou obra na sua frente. Semana Pop #100: Relembre as obras mais comentadas de Romero Britto
O artista Romero Britto voltou a ser comentado nos últimos dias depois da viralização de um vídeo em que aparece surpreso enquanto uma mulher quebra uma de suas obras na sua frente. Como o brasileiro não é conhecido apenas pelo episódio, o Semana Pop deste sábado (22) relembra algumas de suas pinturas e retratos mais conhecidos, de Jair Bolsonaro a Leonardo DiCaprio. Assista ao vídeo acima.
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O Semana Pop vai ao ar toda semana, com o resumo do tema está bombando no mundo do entretenimento. Pode ser sobre música, cinema, games, internet ou só a treta da semana mesmo. Está disponível em vídeo e podcast.
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