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David Blaine vai transmitir voo segurando balões de hélio sobre Nova York

quinta-feira, 13 agosto 2020 por Administrador

Mágico vai realizar 'Ascension', sua primeira exibição em dez anos, no dia 31 de agosto. David Blaine segura balões em imagem de divulgação Divulgação/YouTube O mágico David Blaine anunciou nesta quarta-feira (12) que vai realizar um voo segurando balões de hélio sobre Nova York, nos Estados Unidos. A exibição "Ascension", sua primeira em dez anos, vai ser exibida ao vivo pelo YouTube no dia 31 de agosto. A ideia é partir da cidade de New Jersey, atravessar o rio Hudson e sobrevoar Nova York, cidade natal de Blaine. Initial plugin text "Esta proeza está sendo planejada há dez anos", escreveu o mágico em seu perfil no Twitter. "Vamos transformar preocupações em admiração e levar a magia e novas alturas." David Blaine no Jardim dos Deuses, em Colorado, nos Estados Unidos Reprodução/Instagram/davidblaine

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Adriana Calcanhotto inclui música inédita na única apresentação do show ‘Só’

quinta-feira, 13 agosto 2020 por Administrador

Cantora volta à cena em setembro com espetáculo virtual de 'cores fortes', inspirado pelo disco lançado em maio com nove composições feitas durante o isolamento social. ♪ A pandemia do covid-19 fez Adriana Calcanhotto permanecer no Brasil em 2020 em vez de partir para Portugal – como planejado – para retomar o ofício de professora de Letras em universidade de Coimbra. Em isolamento social, a cantora compôs, gravou e mixou em 43 dias – em período que foi de 27 de março a 8 de maio – as nove músicas que formam o repertório inteiramente autoral do álbum emergencial intitulado Só e lançado em 29 de maio. Uma décima musica foi criada nesse período, mas ficou com Maria Bethânia. E uma décima-primeira, composta neste mês de agosto, será apresentada pela cantora no inédito show Só. Sim, Calcanhotto vai entrar em cena – às 21h de 5 de setembro, no palco do Teatro Riachuelo, na cidade do Rio de Janeiro (RJ) – para estrear o show baseado no disco Só. Em tese, haverá somente uma única apresentação virtual do show Só dentro do projeto Teatro Riachuelo de palco aberto com ingressos a R$ 20. E com o detalhe de que será um show propriamente dito, com transmissão online e com estética criada para o palco, e não uma live. Adriana Calcanhotto faz apresentação online do show 'Só' em 5 de setembro, no palco do Teatro Riachuelo Leo Aversa / Divulgação ♪ Em nota sobre a estreia do show Só, Adriana Calcanhotto promete apresentação de “cores fortes” e explica a concepção do espetáculo virtual. Com a palavra, a artista: “Recebi um convite do Teatro Riachuelo para fazer um show sem público transmitido pela internet. Andei fazendo algumas lives e descobri essa novidade que é fazer show em casa para as pessoas em casa e gostei muito. A data, 5 de setembro, considerei tempo suficiente para não me sentir quebrando a quarentena e botando pra trabalhar um bocado de gente junta antes de momento razoavelmente adequado, (já que) aqui no Rio os números vêm caindo. O que adorei, no entanto, foi a possibilidade de pisar no palco, cheirar as cortinas, me perder pelos bastidores. Daí que vou ao belo e bem tratado Teatro Riachuelo, que já foi o Cine Palácio, cantar para uma plateia que estará cheia, mas não ali. Nas passagens de som, principalmente dos meus shows de voz e violão, com o teatro vazio, vivi momentos intensos nas diferentes acústicas, gosto muito de cantar na sala vazia, vai ser bom partilhar esse prazer. Então, cantarei somente o repertório do meu álbum Só (teremos intérprete de Libras), em formato solo, tocando MPC, violão, guitarra e máquina de escrever e vou fazer uma canção inédita, que escrevi agora em agosto. Como os arranjos do álbum foram feitos com muitas participações e em diferentes cidades do Brasil, nem cogitei uma banda base, também pelos motivos relativos ao isolamento social. Se fôssemos para a estrada seria diferente, acho. E cá pra nós, não vejo minha equipe desde fevereiro, não senti vontade nenhuma de dividi-la com uma banda, que é um tipo de entidade que demanda, quero eles (os integrantes da equipe) “só” pra mim. A estética do espetáculo tem a ver com cores fortes, com um tipo de “não combinação” de cores fortes, na linha de contrastes que usei na capa do meu primeiro disco, Enguiço. O álbum Só tem toda uma ambientação branca, ele foi feito sobre a influência das ideias de branco de que se falou na Europa no começo da pandemia. A revista italiana Vogue publicou em abril uma capa toda branca, como um manifesto de luz, de razão, de renascimento e ao mesmo tempo uma celebração da medicina e as canções do Só foram escritas sob essa influência. Agora que tenho um pouquinho mais de intimidade com essas canções, que tanta coisa já aconteceu num espaço tão curto de tempo, por algum motivo, para o palco precisei das cores. Não sei se algum dia eu conceberia um espetáculo como esse, mas a pandemia está nos ensinando a inventar novas formas para tudo e essa é a parte boa, inventemos! A expectativa é a de show de verdade, dar o máximo e receber de volta o mesmo amor. Uma turnê que começa e termina no mesmo dia, uma estreia e um encerramento, um show novo com canções novas, tudo novo pra mim, mal posso esperar. Até lá! Usem máscara.” Adriana Calcanhotto

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Inglaterra inaugura modelo de show em arena aberta com fãs em ‘cercas’; veja imagens

quinta-feira, 13 agosto 2020 por Administrador

Estreia do festival com distanciamento social reuniu 2,5 mil fãs divididos em 500 "cercas". Sam Fender inaugurou evento que terá Libertines, Supergrass e Two Door Cinema Club. Público se dividiu em 'cercas' em novo festival na Inglaterra Divulgação / Virgin Money Unity Arena / David Wala Um show para 2,5 mil pessoas divididas em 500 "cercas" testou um novo formato de festival de música com distanciamento social em Newcastle, na Inglaterra. Initial plugin text A apresentação de estreia do festival foi do cantor Sam Fender, nesta terça-feira (11). O evento também terá Libertines, Supergrass, Two Door Cinema Club e outros artistas. Público em show de Sam Fender com distanciamento social na Inglaterra Divulgação / Virgin Money Unity Arena / David Wala O público da Virgin Money Unity Arena ficou dividido em grupos nas 500 áreas cercadas, com distância de 2 metros entre cada uma. Show de Sam Fender em Newcastle, na Inglagerra, com público em 'cercas' Divulgação / Virgin Arena / David Wala O ingresso custava 32,50 libras (cerca de 230 reais) por pessoa, com mais uma taxa de 20 libras (cerca 141 reais) por "cerca". Initial plugin text Show na com distanciamento social na Inglaterra Divulgação / Virgin Arena / David Wala

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Marcio Arantes se lança como cantor após anos de atuação como músico e produtor

quinta-feira, 13 agosto 2020 por Administrador

Presente nas fichas técnicas de discos de Maria Bethânia e Tulipa Ruiz, entre outros nomes, artista apresenta o primeiro single, 'Mais uma flor'. ♪ O nome de Marcio Arantes apareceu ao longo dos últimos 20 anos – seja como produtor musical, arranjador, compositor ou músico – nas fichas técnicas de discos de Emicida, Marcelo Jeneci, Maria Bethânia, Mariana Aydar e Tulipa Ruiz. Parceiro de Chico César em Grão do mar, música lançada por Bethânia no álbum Mar de Sophia (2006), Arantes foi o produtor de umas das gravações mais celebradas da carreira fonográfica cantora, a de Mortal loucura (José Miguel Wisnik com versos do poeta Gregório de Matos, 2005), feita para a trilha sonora da novela Velho Chico (TV Globo, 2016). Atuante sobretudo na cena musical paulista, Arantes tenta se impor como cantor neste ano de 2020 e apresenta o primeiro single, Mais uma flor, lançado nesta quarta-feira, 12 de agosto. Parceria do artista com Arthur Nogueira e Zé Manoel, a inédita música Mais uma flor foi gravada por Marcio Arantes – que, além de pôr voz, tocou piano, baixo synth e sintetizadores, além de ter feito as programações do single – com os toques dos músicos Anderson Quevedo (saxofone) e Zé Ruivo (sintetizadores).

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Lives de hoje: Tim Bernardes, Charli XCX, Fióti, Teresa Cristina e mais shows para ver em casa

quinta-feira, 13 agosto 2020 por Administrador

Nesta quinta (13), Paula Lima também conversa com Lellêzinha. Veja horários. Tim Bernardes no Maracanã Leo Aversa / Divulgação Tim Bernardes, Charli XCX, Fióti e Teresa Cristina fazem lives nesta quinta (13). Veja a lista completa com horários das lives abaixo. O G1 já fez um intensivão no começo da onda de lives, constatou o renascimento do pagode nas transmissões on-line, mostrou também a queda de audiência do fenômeno e a polêmica na cobrança de direito autoral nas lives. Veja horários e links da live desta quinta (13): Paula Lima conversa com Lellêzinha – 16h – Link Charli XCX – 19h – Link Tim Bernardes (Em Casa com Sesc) – 19h – Link Sérgio Lopes – 20h – Link Laura Conceição – 21h – Link Fióti – 22h – Link Teresa Cristina – 22h – Link Semana Pop mostra os momentos em lives que saíram do controle

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Discos para descobrir em casa – ‘O glorioso retorno de quem nunca esteve aqui’, Emicida, 2013

quinta-feira, 13 agosto 2020 por Administrador

Capa do álbum 'O glorioso retorno de quem nunca esteve aqui' Ênio Cesar ♪ DISCOS PARA DESCOBRIR EM CASA – O glorioso retorno de quem nunca esteve aqui, Emicida, 2013 ♪ “No final das contas, a única coisa que vale a pena ter aos milhões são os sonhos / … / No final das contas, tudo é ubuntu (fristaili), que significa 'eu sou porque nós somos' ”. A primeira e a última frases do texto escrito por Emicida para a contracapa externa da edição em CD do primeiro álbum do artista – O glorioso retorno de quem nunca esteve aqui, gravado com produção musical de Felipe Vassão e lançado em 2013 pela gravadora do próprio Emicida, Laboratório Fantasma – sintetizam o sentido de transcendência e coletividade que vem pautando a existência de Leandro Roque de Oliveira. As palavras do rapper paulistano – nascido em 17 de agosto de 1985 e criado no Jardim Fontális, violento bairro da periferia da cidade de São Paulo (SP) – soaram mais do que pura retórica para quem conhecia a trajetória desse MC que, há apenas quatro anos, lançara em 2009 a primeira gravação. Foi uma mixtape, cujo título Pra quem já mordeu um cachorro por comida até que eu cheguei longe pareceu mais do que figura de linguagem aos ouvidos de quem conhecia a dura realidade das quebradas paulistanas de onde veio Emicida. Embora formado em desenho pela Escola Arte São Paulo, Emicida traçou outro destino quando começou a escrever raps e a enfrentar MCs nas batalhas travadas nas ruas de Sampa. O nome artístico Emicida, aliás, foi a reprodução do apelido recebido por volta de 2005 pelo rapper então iniciante por sempre liquidar o concorrente nessas batalhas, trampolins para a escalada social de jovens pobres egressos da periferia paulistana. Foi ali, em criativa união das palavras MC e homicida, que Leandro virou para sempre Emicida aos olhos dos concorrentes das batalhas e, no decorrer dos anos 2010, aos olhos e ouvidos de todo o Brasil. Pela aguçada consciência social que o faz denunciar o racismo entranhado no país, Emicida se tornou um pensador relevante no Brasil de 2020. Um pensador que, mesmo quando faz rimas com o já notório dom do improviso, joga bem com as palavras nas entrevistas em que expõe fraturas sociais de país corroído por esse racismo e pela profunda desigualdade que confina os pobres em guetos. “Nóiz sempre vai ser gueto”, rimou Emicida em música do álbum O glorioso retorno de quem nunca esteve aqui gravada com a adesão de MC Guimê. Quando vislumbrava a eternidade do gueto, Emicida apontava a união entre a própria classe, tema de Nóiz (Emicida e Felipe Vassão), rap gravado com o sentimento de irmandade que pautou o discurso ampliado e amadurecido pelo rapper neste disco de 2013, lançado cinco anos após a edição do primeiro single do artista, Triunfo (2008). Ponto de mutação em discografia desenvolvida até então com o EP Sua mina ouve meu rep também (2010), a mixtape Emicídio (2011) e o EP Doozicabraba e a revolução silenciosa (2012), e que renderia até 2020 mais dois primorosos álbuns de estúdio com músicas inéditas, Sobre crianças, quadris, pesadelos e lições de casa (2015) e AmarElo (2019), o disco O glorioso retorno de quem nunca esteve aqui evidenciou o talento de Emicida para construir discurso elaborado com doses bem calculadas de politização e lirismo. Sem a marra (também necessária) do grupo de rap Racionais MC's, Emicida se tornou o principal expoente da geração 2010 em que também se destacaram Criolo – conterrâneo paulistano com quem Emicida gravou álbum ao vivo e DVD lançados em 2013 – e, mais recentemente, o rapper mineiro Djonga. Ao longo de 14 faixas de disco aberto com o poema Milionários do sonho (Elisa Lucinda), Emicida inventariou glórias e tensões da trajetória das rinhas do gueto do hip hop para a fama nacional – caminhada vitoriosa que o artista celebraria e sintetizaria no DVD 10 anos de triunfo (2018). No álbum O glorioso retorno de quem nunca esteve aqui, Emicida louvou o gueto ao mesmo tempo em que tentou derrubar cada vez mais as fronteiras desse nicho. Inclusive as musicais. A propagação da sombria faixa Zoião (Emicida, Felipe Vassão e DJ Zala) na trilha sonora da novela Sangue bom (TV Globo, 2013) foi indício de que o discurso do rapper já começava a ecoar muito além do gueto. A presença de Pitty em Hoje cedo (Emicida e Felipe Vassão), faixa de vibe mais pop, corroborou a intenção do MC de fazer o discurso reverberar em outros territórios, inclusive na seara do rock. Em tempo de maior delicadeza, Sol de giz de cera (Emicida e Felipe Vassão) se abriu no disco com os vocais de Tulipa ruiz e de Estela Virgílio, filha de Emicida. Já a mãe do artista, Dona Jacira, entrou na roda de samba armada em Crisântemo (Emicida, Dona Jacira e Felipe Vassão), faixa em que desabrochou a azeitada mistura de samba e rap que o MC refinaria ainda mais no posterior álbum AmarElo. Ainda dentro da roda, Samba do fim do mundo (Emicida e Felipe Vassão) avisou que é preciso estar atento e forte. Já Alma gêmea (Emicida e Felipe Vassão) poetizou a mulher amada com o charm leve dos bailes da pesada. Essa mesma mulher é menos glorificada no discurso com dor-de-corno de Trepadeira (Emicida e Felipe Vassão), samba cantado por Emicida com o bamba carioca Wilson das Neves (1936 – 2017). E por falar em bambas, Hino vira-lata (Emicida e Beatnick & K-Salaam) caiu no suingue com o toque do Quinteto em Branco e Preto, grupo (desfeito em 2014) que se tornara referência do melhor samba produzido em Sampa. Seja na roda do samba ou na batalha do rap, Emicida sempre apontou o caminho do bem e foi nessa direção que seguiu Bang! (Emicida, Ogi, Rael e Felipe Vassão), rap que exemplificou a tensão motora de disco criado a partir das vivências do artista. No fim do disco, Ubuntu Fristaili (Emicida) reforçou o discurso positivista do rapper com o coro formado por manos e minas como Fabiana Cozza, Juçara Marçal, MC Guimê, Rael, Rashid e Tulipa Ruiz. “Música é nossa religião”, professou Emicida, com a fé que moveu o MC das quebradas para o olimpo reservado aos que vencem no Brasil sem abrir mão dos milhões de sonhos, sintetizados na luta cotidiana por justiça social e igualdade racial.

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Sérgio Mendes comenta recordes nos EUA em 60 anos de carreira: ‘Não foi só jogada de marketing’

quinta-feira, 13 agosto 2020 por Administrador

Músico recordista no hot 100 americano também fala de álbum recém-lançado e de quarentena em família. G1 conta as histórias dos maiores hits do Brasil no exterior. Sergio Mendes no começo da carreira e em 2020, no lançamento do álbum 'In The Key of Joy' Divulgação/Katsunari Kawai Nenhum brasileiro ou brasileira chegou tão perto do topo da principal parada de sucessos do mundo quanto Sérgio Mendes. O pianista de 79 anos saiu direto de Niterói (RJ) para o quarto lugar do hot 100 da revista americana "Billboard". Foram duas vezes no top 4: em 1983, com "Never Gonna Let You Go"; e 1968, com "The Look of Love". Em entrevista ao G1 (ouça no podcast abaixo), Mendes comentou esses e outros feitos nos Estados Unidos, onde mora desde 1964. Ele falou das várias parcerias em quase 60 anos de carreira, da quarentena com a família em Los Angeles e de seu álbum duplo "The Key of Joy", lançado em fevereiro. Nesta semana, o G1 conta as histórias dos maiores hits do Brasil no exterior. E de seus compositores. Quais as músicas brasileiras que bombaram nas paradas da Europa e dos EUA? Como 'Chora me liga' foi parar em estádios argentinos 'Tchetchê rere' rendeu R$ 5 milhões e versão do Bob Esponja G1 – Começando com o conceito do álbum 'The Key of Joy'. Como o senhor chegou a ele? Sérgio Mendes – A ideia de colaborar com outros artistas é uma coisa que eu já venho fazendo. Então, esse disco foi gravado metade no Brasil e a outra metade aqui em Los Angeles. Meus convidados foram pessoas que você conhece, músicos e compositores que eu gosto há muitos anos: João Donato, Hermeto Pascoal, Guinga. Tenho também colaborações com gente nova, como a Sugar Joans, minha afilhada. O pai dela é o Joe Pizzulo, que cantou em "Never Gonna Let You Go". Mas no fundo, no fundo, é "no tom da alegria", música brasileira com participações de músicos daí, daqui, Pretinho da Serrinha na percussão. G1 – E outras participações internacionais, como do Will.i.am, do Common? Sérgio Mendes – Eu já venho fazendo essa coisa de usar os ritmos brasileiros junto com o rap. Tenho feito isso desde que fiz um disco com o Black Eyed Peas, com o Will.i.am. É uma coisa que eu gosto muito, então por isso eu convidei o Common. Ele é uma espécie de guru do rap aqui. É um cara muito legal, muito musical. Ele adora a música brasileira. Então, é essa troca entre músicos e cantores mostrando a diversidade da nossa música, os vários ritmos. É uma coisa bem internacional e, ao mesmo tempo, tem essa diversidade de estilos. G1 – Além do álbum de inéditas, há um documentário a ser lançado. Como é o filme? O senhor lançou também uma coletânea, né? Sérgio Mendes – O documentário não saiu até agora, por causa da pandemia. Deve sair até o fim do ano ou no início do ano que vem. Ficou muito legal. Foi feito por um diretor que fez o do John Coltrane ["Chasing Trane: The John Coltrane Documentary"]. O nome dele é John Scheinfeld. É com depoimentos de músicos aí do Brasil… Aliás, eu esqueci do nosso Carlinhos Brown também. Ele é meu querido amigo e compositor. Eu não posso me esquecer dele. Ele está sempre comigo desde os anos 80, quando nós fizemos um disco brasileiro. Mas também resolveram lançar [um álbum com] o meu catálogo, de coisas mais antigas com quase 60 anos de música, né? Então, a ideia foi essa, mas infelizmente com esse negócio de pandemia a gente não pode sair para tocar, fazer shows. Eu estou confinado em casa, como todo mundo. Sérgio Mendes chegou duas vezes ao quarto lugar do top 100 da revista americana 'Billboard', um recorde para brasileiros, com 'The Look of Love' (1968) e 'Never gonna let you go' (1983) Divulgação G1 – O senhor já botou 14 músicas no top 100 americano, quatro delas dos anos 80 e dez dos anos 60. E foram duas vezes no quarto lugar. Quem mais chegou perto do topo dentre os brasileiros foi o senhor. O senhor liga para paradas? Sérgio Mendes – Claro, naturalmente. É o espelho do que está acontecendo com o seu trabalho. Mas eu não faço disco pensando nisso, faço disco pensando no que eu quero fazer com total liberdade. Eu sempre tive. Nunca segui fórmula nenhuma nem nada disso. Eu faço o que estou sentindo no momento. Quando eu encontro, por exemplo, um Pretinho da Serrinha, um músico que eu adorei trabalhar, um cara jovem. Eu adoro esse tipo de encontro de diferentes gerações, de diferentes culturas. Então, meu trabalho tem sido bastante sobre isso. G1 – O senhor se lembra da primeira vez nos anos 60 que apareceu na parada da 'Billboard'? Qual foi a sensação? Sérgio Mendes – Lembro, nos anos 60. A sensação é maravilhosa quando você ouve, de repente, a sua música no rádio pop americano. Você vê seu nome nos charts depois. Entra no top 10, no top 5. Uma depois da outra… É uma sensação muito boa. Eu sinto isso quando vai bem [nas paradas] do mundo inteiro. G1 – Para os mais novos, quando se fala do seu nome, muitos lembram do Black Eyed Peas. O senhor pensa que esse trabalho com eles te apresentou para outras gerações? Sérgio Mendes – Com o negócio do Black Eye Peas, o Will que veio até a minha casa, falou que era fã, que ouvia minha música desde garoto. Eu gostei muito dele, nos tornamos amigos. Aconteceu por meio desses encontros assim, que não foram programados, mas que deram certo. "Minha vida é muito feita por esses encontros, seja com Frank Sinatra, com Will.I.Am. Eu sou anti fórmula. Eu sigo muito a minha intuição e sou muito curioso. E essa curiosidade que me leva a isso, a encontrar essas pessoas e ter essa troca musical." Sérgio Mendes Divulgação/Katsunari Kawai G1 – O senhor gosta do rótulo de world music? Sérgio Mendes – Tudo bem falar "música mundial". Hoje, poderia falar "global music", que é uma coisa mais… A música é universal mesmo, eu sempre acreditei nisso. Eu quando estava começando no Brasil eu tocava Tom Jobim, ouvia Charlie Parker, ouvia Nat King Cole e ouvia Horace Silver. Então, a música é universal mesmo. É essa coisa linda que é a música. Esses títulos que vão surgindo, enfim. Antigamente, se falava de easy listening. Lembra disso, ou não? G1 – Lembro. Sérgio Mendes – [Risos] Essas coisas vão sempre se transformando. Mas são rótulos. Eu acho que o caminho é você seguir a tua intuição. Gostar do que você faz, curtir e ter um entusiasmo que não pode parar. E o aprendizado de sempre. Você trabalha com músicos do mundo inteiro, você tem a oportunidade de trocar ideia, de aprender coisas novas. É isso que eu gosto. G1 – Tem gente que acha pejorativo esse rótulo de easy listening. Sérgio Mendes – Ah, eles vão botando rótulo em qualquer coisa. Enfim, eu nunca me preocupei com isso, não, para te dizer a verdade. Vão ter sempre que se referir ao que você faz e ter um nome. Daí chamam disso, chamam de aquilo… Nelson Motta fala dos 50 anos da carreira de Sérgio Mendes G1 – Como é sua relação com o piano? Nessa quarentena, o senhor tem tocado no seu dia a dia? Sérgio Mendes – O dia a dia virou uma coisa surrealista. Ninguém estava esperando isso, essa pandemia, essa tragédia pegou todo mundo de surpresa. Então, os shows só vou fazer no ano que vem. De vez em quando eu vou no piano, começo a escrever uma música, mas eu não tenho nenhum plano… Eu estou mais ou menos contemplando o que está acontecendo e vivendo o dia a dia, como todo mundo. É horrível, porque você fica isolado. Naturalmente, você fala pelo telefone com as pessoas, mas já estou em casa há mais de quatro meses sem sair. G1 – E o que o senhor tem feito para passar o tempo? Sérgio Mendes – Ah, filmes, livros, discos… Conversa pelo telefone. Hoje você tem o Zoom que você vê a pessoa do outro lado. Tem coisas que a tecnologia ajudou muito com essa distância, né? Eu consigo falar com quem está no Brasil, ver pela tela. Eu faço isso e procuro sair o mínimo possível, usar máscara e torço para inventem essa vacina rapidinho. G1 – Com quem o senhor está passando a quarentena? Sérgio Mendes – Estou com minha mulher, que se chama Gracinha Leporace. Ela é cantora. Uma excelente cantora, canta no disco inteiro, sempre está nas minhas gravações. Já estamos juntos há 50 anos mais ou menos. Temos filhos aqui. Nosso filho Thiago, que tem 26, está aqui confinado com a gente. O outro filho com a Gracinha, que se chama Gustavo, está casado. Tenho outros filhos que moram aqui em Los Angeles. A gente, graças a Deus, tem isso, faz companhia um ao outro. O confinamento sozinho deve ser um horror, né? Eu tenho essa sorte de ter minha mulher, meus filhos, meus netos… A gente se fala todo dia por telefone e vai tocando a vida. Sérgio Mendes Katsunari Kawai G1 – Tendo trabalhado tanto com cantoras nas suas músicas, qual sua opinião sobre uma nova safra de cantoras brasileiras como Anitta, Ludmilla, Pabllo Vittar e Iza? Sérgio Mendes – Vou te falar a verdade. Eu conheço muito pouco para dar alguma opinião. Eu vejo de vez em quando na TV, me mandam muita coisa, mas eu realmente não conheço bem o trabalho delas. As pessoas que estou mais ligado do Brasil são essas que eu já te falei, que eu gosto muito, e que participaram do CD. O Carlinhos Brown, conheci o filho dele, que é um amor, o Chico Brown. O Pretinho da Serrinha me apresentou ao sobrinho dele, que tem 11 anos e é um amor, percussionista maravilhoso. Quando vou Brasil, tenho a chance de conhecer esse pessoal todo. Hoje, você pode mandar takes [gravações] pra aqui e pra lá, mas é importante da experiência de gravar um pouco no Brasil e um pouco aqui. G1 – Falando com alguém que esteve tantas vezes nas paradas… O senhor acompanha os rankings da Billboard hoje? Tem noção do que está tocando, gosta de se manter atualizado, mesmo que seja pelos filhos, pelos netos? Sérgio Mendes – Escuta, eu assino "Billboard", naturalmente. Então, eu estou sabendo o que está acontecendo. Mas eu não ouço muito. Mas você tem noção do que está acontecendo, do que está no chart. Mas eu não fico fuçando atrás disso, não é por aí pra mim. Eu começo a ouvir música clássica. De repente, me dá vontade de ouvir Villa-Lobos, me dá vontade de ouvir Stravinski. Então, adoro ouvir discos antigos de jazz, composições do Tom Jobim… G1 – O senhor ajudou muito a fazer com que a música brasileira fosse ouvida fora daqui. Qual a percepção, hoje, que quem é de fora tem da música brasileira? Sérgio Mendes – Sempre existiu e existe esse interesse. As pessoas ouvem como uma música diferente. E, realmente, é uma música diferente das outras músicas populares de outros países. É uma visão mundial. "Hoje, você vê a influência de reggaeton, que de repente é o ritmo que está na moda, que o pessoal gosta de dançar. Então, tem essas coisas. Mas com a música brasileira, acho que a diferença foram as grandes melodias que você lembra. Não foi só um ritmo, só uma jogada de marketing." Foi um negócio de grandes canções. Eu acho que é isso que diferencia e matem esse sucesso até hoje. Você toca qualquer dessas músicas e as pessoas reconhecem e apreciam.

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Marcelo D2 revela a capa do álbum ‘Assim tocam os meus tambores’

quinta-feira, 13 agosto 2020 por Administrador

Capa do álbum 'Assim tocam os meus tambores', de Marcelo D2 Ronaldo Land com arte de Felipe Yung ♪ Esta é a capa do álbum Assim tocam os meus tambores, disco que Marcelo D2 lança neste mês de agosto de 2020. Criado e gravado através de plataforma de vídeo, em lives feitas durante o período de isolamento social, o álbum Assim tocam os meus tambores teve a capa apresentada nas redes sociais do artista carioca na noite de quarta-feira, 12 de agosto. Na capa, cuja arte foi criada por Felipe Yung, D2 aparece em foto de Ronaldo Land. Neste disco, o rapper foi atrás da perfeição da batida de seis beatmakers – Barba Negra e Jorge Dubman, entre eles – elevados ao status de produtores do álbum Assim tocam os meus tambores em função dividida com o próprio D2. Baco Exu do Blues, Criolo, Helio Bentes (vocalista da banda de reggae Ponto de Equilíbrio), Liniker, Maria Rita, Russo Passapusso e o duo Tropkillaz integram o time de convidados arregimentados por D2 para a gravação das 12 músicas inéditas que compõem o repertório autoral do oitavo álbum solo de estúdio do rapper projetado nos anos 1990 como vocalista da banda carioca Planet Hemp.

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Atores de parques da Disney voltarão ao trabalho após empresa oferecer testes de Covid-19

quinta-feira, 13 agosto 2020 por Administrador

Walt Disney World retomou atividades em julho, mas sem time de atores por divergências sobre medidas de segurança. Nesta quarta-feira, sindicato anunciou que diferenças foram resolvidas. Visitantes do Walt Disney World em Lake Buena REUTERS/Octavio Jones Atores e atrizes que eram contrários às salvaguardas propostas pela Walt Disney para a retomada das atividades no parque temático Walt Disney World chegaram a um acordo para voltar ao trabalho, segundo nota de um sindicato nesta quarta-feira (12). A Associação de Equidade de Atores disse que a Disney havia se comprometido a providenciar testes de Covid-19 nos parques temáticos no Estado da Flórida para seus membros, que não podem usar máscaras de proteção enquanto trabalham, diferentemente dos outros funcionários. O Walt Disney World reabriu ao público no dia 11 de julho com várias medidas de segurança, incluindo capacidade limitada de visitantes, distanciamento social em filas e brinquedos, e uso obrigatório de máscaras para visitantes e equipe de funcionários. O sindicato, que representa cerca de 750 artistas de palco que atuam no parque, disse publicamente que as medidas não eram suficientes para proteger os membros da organização e pediu testagens regulares. A Disney então decidiu reabrir o parque sem os atores. Na quarta-feira, o sindicato anunciou que as diferenças haviam sido resolvidas. "Estou feliz em anunciar que o comitê executivo do sindicato assinou um memorando de entendimento com a Disney para que os artistas voltem ao trabalho", disse Kate Shindle, presidente da organização em nota. Dois parques da Disney reabrem em Orlando nos Estados Unidos; Veja o que muda

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Morcego invade live e persegue cantor no Sudão; veja vídeo

quarta-feira, 12 agosto 2020 por Administrador

Imagens do cantor sudanês Hassan Qari tentando fugir de morcego enquanto canta viralizaram. Morcego invade live e persegue cantor no Sudão As emergências em lives não assombram só cantores brasileiros. No Sudão, um morcego invadiu uma transmissão musical e voou várias vezes no rosto do cantor. Agora, as imagens viralizam pelo mundo. O cantor Hassan Qari tenta continuar cantando, mas desiste após várias investidas do morcego. Veja no vídeo acima. A transmissão aconteceu no canal Draso Music, no YouTube, no dia 25 de julho. Depois, o próprio cantor publicou o vídeo em seu perfil no TikTok, e o vídeo se espalhou por outras redes sociais. Morcego invade live no Sudão Reprodução

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