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Wanda Sá festeja os 86 anos de João Donato em live com participação do compositor

terça-feira, 11 agosto 2020 por Administrador

♪ Na próxima segunda-feira, 17 de agosto, João Donato completa 86 anos de vida. Wanda Sá – cantora afinada com a latinidade cheia de bossa do repertório autoral deste compositor e pianista acriano – celebra em live o aniversário do artista. Intitulada Para Donato de Wanda Sá, a live acontece no próprio dia do aniversário de Donato, às 19h, no Instagram oficial de Wanda Sá (@wandasaoficial), com ingresso solidário. Com a autoridade de ser cantora habituada a dar voz às músicas do parceiro de Caetano Veloso em A rã (1974) e de inclusive ter gravado disco com o compositor, Wanda Sá com João Donato (2003), a artista terá a participação do próprio Donato na live para cantar e conversar. Entre números musicais e bate-papo, o público poderá ouvir na voz da cantora – com ou sem a adesão de Donato – composições como Minha saudade (João Donato e João Gilberto, 1959), Lugar comum (João Donato e Gilberto Gil, 1975), Nasci para bailar (João Donato e Paulo André Barata, 1982) e Pra sempre (João Donato e Carlos Lyra, 2014), entre outras músicas do compositor já gravadas em disco por Wanda Sá.

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Taxação de livros: como proposta de reforma tributária pode encarecer obras

terça-feira, 11 agosto 2020 por Administrador

Projeto de reforma do governo federal prevê cobrança de contribuição para o setor de livros. Governo calcula alíquota de 12% para novo imposto. Clientes entram de máscara na Livraria da Travessa Divulgação/ Livraria da Travessa Uma campanha em defesa dos livros no Brasil movimenta as redes sociais nesta terça (11). O motivo é a proposta de reforma tributária do governo federal que prevê o fim da isenção de contribuição para livros. Proposta do governo prevê cortar 34% dos benefícios fiscais de PIS e Cofins Livrarias reabrem com vendas 70% menores, dívidas com editoras e 'socorro' digital Enviada para análise do Congresso em julho, a primeira parte da reforma propõe a unificação da cobrança do PIS/Pasep e do Cofins em um novo imposto sobre valor agregado, com o nome de Contribuição Social sobre Operações com Bens e Serviços (CBS). A alíquota desse novo tributo seria de 12%, segundo o Ministério da Economia. Ministro da Economia entrega ao Congresso primeira parte da proposta de reforma tributária Entenda como o mercado editorial pode ser afetado: Como é a tributação do setor de livros? O setor não paga impostos e é protegido dessa cobrança pela Constituição Federal. No caso das Contribuições, como o Pis/Pasep e o Cofins, ele é protegido da cobrança pela Lei 10.865, aprovada em 2004, que isenta tributação sobre vendas e importações. O que muda com a proposta do governo? Na proposta de reforma tributária, essa isenção de contribuição deixa de existir. Com isso, as vendas de livros no Brasil estariam sujeitas à alíquota prevista de 12%. Consequentemente, o valor das obras para o consumidor final se tornaria mais alto. "[O valor aumento de preço] ainda não foi quantificado, até porque o encaminhamento da proposta ao Congresso é muito recente. Mas claro que haverá elevação no preço dos livros, que impacta o mercado editorial como um todo. Além disso, a taxação pode inviabilizar as atividades de livrarias e distribuidoras", diz Vitor Tavares, presidente da Câmara Brasileira do Livro, ao G1. O que dizem as entidades de livro no Brasil? A Câmara Brasileira do Livro, o Sindicato Nacional dos Editores de Livro e a Associação Brasileira de Editores de Livros Escolares publicaram um "manifesto em defesa do livro", em que se posicionam contrárias à mudança. Para as instituições, essa cobrança aumentaria a desigualdade do acesso ao conhecimento e à cultura. "As instituições ligadas ao livro estão plenamente conscientes da necessidade da reforma e simplificação tributárias no Brasil. Mas não será com a elevação do preço dos livros – inevitável diante da tributação inexistente até hoje – que se resolverá a questão", diz o texto. Além disso, elas pretendem, a partir da próxima semana, iniciar "contatos com parlamentares para buscar essa sensibilização sobre o nosso pleito", segundo Tavares. Como está o mercado editorial brasileiro? Após amargar quedas nos primeiros meses da pandemia, com faturamento 48% menor em abril, o mercado editorial teve um bom resultado em julho em relação ao mesmo período de 2019. De acordo com dados de um estudo feito pela Nielsen, apresentados pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel), ao longo de julho, houve um aumento de 0,64% em volume e 4,44% em valor, em comparação ao mesmo mês de 2019. Mas é preciso olhar com atenção para esses dados: o setor seguia em queda desde 2018, quando as redes de livrarias Cultura e Saraiva entraram com pedido de recuperação judicial e fecharam lojas pelo país. O setor sofreu impactos da pandemia? Segundo pessoas do mercado editorial ouvidos pelo G1, as livrarias foram as mais afetadas de setor editorial. Elas tiveram queda de 70% nas vendas durante os meses em que estiveram fechadas. E as pequenas tiveram pouca ou nenhuma conversão de vendas físicas para on-line. O desempenho das livrarias também impactou as editoras, que recebem pagamentos das lojas físicas e dos marketplaces. Com isso, muitas editoras não receberam das livrarias.

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‘Halo Infinite’ é adiado para 2021 por causa da pandemia do novo coronavírus

terça-feira, 11 agosto 2020 por Administrador

Jogo estava previsto para o final de 2020. 'Não é sustentável para o bem-estar da nossa equipe ou para o sucesso geral do game lançar no fim do ano', afirmou chefe do estúdio. 'Halo Infinite' ganha primeiro trailer com gameplay; ASSISTA
"Halo Infinite" foi adiado para 2021 por causa da pandemia do novo coronavírus nesta terça-feira (11).
O game, um dos principais lançamentos da próxima geração de consoles do Xbox, estava previsto para ser lançado no final de 2020. A Microsoft também anunciou que o Series X vai ser lançado em novembro.
"Não é sustentável para o bem-estar da nossa equipe ou para o sucesso geral do game lançar no fim do ano", escreveu o chefe do estúdio 343 Industries, Chris Lee, em nota publicada no Twitter.
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"Tomamos a decisão difícil de mudar o lançamento para 2021, para assegurar que a equipe tenha o tempo adequado para lançar a experiência 'Halo' que combine com a nossa visão."
Além do Xbox Series X, "Halo Infinite" também será lançado para o Xbox One e para computadores. No lançamento do trailer, em julho, os gráficos apresentados foram criticados pelo público.
"Sabemos que isso é decepcionante para muitos de vocês e compartilhamos do sentimento. A paixão e o apoio que a comunidade nos mostrou ao longo dos anos foi incrível e inspirador", afirmou Lee.
"O tempo extra vai nos permitir terminar o trabalho crítico necessário para entregar o 'Halo' mais ambicioso já feito com a qualidade que sabemos que nossos fãs esperam."

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Seu Jorge canta David Bowie: saiba como ver a live do cantor

terça-feira, 11 agosto 2020 por Administrador

Apresentação vai ter versões em português de clássicos de David Bowie que Seu Jorge fez para a trilha do filme 'A vida marinha com Steve Zissou'. Show intimista terá venda de ingressos. Seu Jorge em cena de "A vida marinha com Steve Zissou" Reprodução Seu Jorge anunciou para o dia 15 de agosto, às 16h, uma live só com as versões em português de David Bowie que ele fez para o filme "A vida marinha com Steve Zissou". A transmissão intimista vai ter ingressos vendidos a partir de R$ 50 (veja abaixo como comprar com desconto). A trilha do filme do diretor Wes Anderson, lançado em 2004, tem releituras de canções como "Ziggy Stardust", "Changes" e "Rebel Rebel". No filme, ele é Pelé dos Santos e canta as versões, que foram aprovadas e elogiadas por Bowie. Seu Jorge anuncia live com músicas de David Bowie para o dia 15 de agosto Seu Jorge já havia atuado em "Cidade de Deus", e a participação no filme americano ajudou a dar projeção internacional à carreira do brasileiro. Ele fez uma turnê mundial para divulgar o álbum. Após a morte de Bowie, em 2016, voltou a fazer shows com as versões. Seu Jorge canta David Bowie Divulgação Seu Jorge apresenta 'The Life Aquatic Studio Sessions' Live com tributo a David Bowie Quando: 15 de agosto (sábado), às 16h Ingresso: R$ 50, pelo site Ingresse (use o cupom PROMO25 e ganhe R$ 25 de desconto)

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Xbox Series X vai ser lançado em novembro

terça-feira, 11 agosto 2020 por Administrador

Microsoft anunciou que sua nova geração de consoles será lançado no mundo inteiro com cerca de 100 games otimizados. Xbox Series X vai ser lançado em novembro Reprodução/YouTube/Xbox A Microsoft anunciou nesta terça-feira (11) que seu novo console, o Xbox Series X, vai ser lançado em novembro. A notícia acontece junto do aviso de que "Halo Infinite", um dos principais lançamentos para a nova geração, vai ser adiado para 2021. Em publicação em no blog do Xbox, a Microsoft afirmou que o Series X vai ser lançado no mundo inteiro com mais de 100 games otimizados para o console. O preço ainda não foi revelado.

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Caetano Veloso revela insegurança para live: ‘Estou com medo de errar’

segunda-feira, 10 agosto 2020 por Administrador

Em entrevista ao programa 'Encontro', cantor falou sobre apresentação que fará na noite desta sexta-feira (7), em celebração ao aniversário de 78 anos. Caetano Veloso Divulgação/Fernando Young Depois de muita insistência dos fãs e familiares, Caetano Veloso vai realizar sua primeira live. A transmissão do show on-line acontece na noite desta sexta-feira (7) e será em celebração ao aniversário de 78 anos do cantor. "Ensaiamos pouquíssimo", afirmou o cantor. Em entrevista ao programa "Encontro", Caetano afirmou que, apesar de ter a companhia dos filhos Tom, Moreno e Zeca Veloso, a live não será baseada na turnê "Ofertório", que a família realizou em parceria. "Vou cantar canções que muita gente conhece, mas algumas que eu próprio não lembrava a letra toda. Estou inseguro. Estou com medo de errar, mas uma vontade de conseguir não errar", afirmou o cantor que tem mais de 50 anos de carreira. A live começa às 21h30 e tem transmissão exclusiva no Globoplay. Além dos clássicos da carreira de Caetano, o repertório também terá a música "Talvez", lançada nesta sexta (7), em parceria com Tom Veloso. No programa, o cantor também falou sobre a nova idade. "Esse ano é um ano atípico, porque estou parado desde fevereiro. Mas me sinto essencialmente a mesma pessoa de sempre." Documentário Caetano também falou sobre "Narciso em férias", documentário sobre sua prisão durante a ditadura militar no Brasil (1964-1985). A obra foi selecionada para a 77ª edição do Festival de Cinema de Veneza, que acontecerá de 2 a 12 de setembro, na Itália. "Tudo é doloroso naquele episódio", contou Caetano ao citar os dois meses que ficou preso "quase enlouquecendo", conforme narrou. "Mas chorei quando lembrei de um sargento que proporcionava meus encontros com a Dedé [ex-mulher do cantor]. Me doeu não lembrar o nome dele. Ele foi preso porque descobriram que ele me ajudava", recordou o cantor com emoção. Trailer do documentário 'Narciso em férias'

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Diogo Nogueira se une com filho Davi, sem desonrar pai e mãe, no single ‘Princípio, meio & fim’

segunda-feira, 10 agosto 2020 por Administrador

Com o toque do piano do rebento de 14 anos e com cordas da Osesp, o cantor valoriza samba espiritualista lançado em 2018 pelo grupo de pagode Bom Gosto. Capa do single 'Princípio, meio & fim', de Diogo Nogueira Divulgação Resenha de single Título: Princípio, meio & fim Artista: Diogo Nogueira Composição: Serginho Meriti e Claudemir da Silva Gravadora: Dig Nog Produções Cotação: * * * * ♪ Uma das obras-primas da parceria do compositor Noel Rosa (1910 – 1937) com Vadico (1910 – 1962), o samba-canção Feitio de oração (1933) reverbera de forma indireta no single, Princípio, meio & fim, lançado por Diogo Nogueira nesta sexta-feira, 7 de agosto, enquanto o artista carioca se recupera em casa de infecção pelo covid-19. Samba de temática espiritualista de autoria de Serginho Meriti e Claudemir da Silva, compositores de sucessos de Zeca Pagodinho, Princípio, meio & fim foi apresentado em março de 2018 em gravação feita pelo grupo de pagode Bom Gosto com a participação de Jorge Aragão. No registro de Diogo, o samba é posto em altar mais elevado, tangenciando aura sacra no arranjo em que o produtor musical do fonograma, Lua Lafaiette, combina tons sagrados e profanos em gravação feita com o toque sutil do piano do filho de Diogo – Davi Nogueira, de 14 anos – com as cordas de 14 músicos da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp) e o acento pagodeiro dos vocais do grupo Inovasamba, além da pegada de músicos recorrentes nos discos e shows do cantor, casos de Rafael dos Anjos (violão), Chiclete (percussão), Henrique Garcia (cavaquinho), João Marcos (baixo), Maninho (percussão) e Wilsinho (percussão). O feitio de oração de Princípio, meio & fim fica nítido na abertura do single em que Diogo acompanha-se ao violão no canto do refrão do samba, com notas salpicadas pelo piano do filho Davi. Nesse refrão, a letra do samba cita verso do Salmo 91:7 (“Mil cairão a seu lado, dez mil à direita”) de forma fluente, natural. A produção musical de Lua Lafaiette e o canto cada vez mais maturado do intérprete valorizam o single Princípio, meio & fim, ponto alto em discografia em que Diogo Nogueira nem sempre pisa no altar sagrado do samba habitado por imortais como João Nogueira (1941 – 2000). Com o single Princípio, meio & fim, Diogo Nogueira se reflete no espelho sem desonrar pai e mãe.

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Duo de Roberta Sá com André Mehmari aponta (um) caminho para cantora

segunda-feira, 10 agosto 2020 por Administrador

Artista e pianista se afinam em quatro números apresentados na programação do 'Festival de Inverno'. ♪ Antes de a pandemia do covid-19 paralisar a produção de espetáculos presenciais, a partir de março, Roberta Sá preparava show inédito para comemorar em 2020 os 40 anos de idade – a serem festejados em dezembro – e os 15 anos de carreira, tomando como ponto de partida a edição do álbum Braseiro em 2005. Essa turnê comemorativa continua à espera da normalização do mercado de shows. Contudo, apresentação virtual da cantora com o pianista André Mehmari – pré-gravada na cidade de São Paulo (SP) e transmitida na noite de quinta-feira, 6 de agosto, dentro da programação da edição 2020 do Festival de Inverno, da Dell'Arte – aponta (um) caminho para a cantora. Foi o primeiro trabalho da cantora no formato de voz e piano, molde que favorece intérpretes que prezam o rigor estilístico, caso de Roberta Sá. Com o toque sempre preciso do piano de Mehmari, Roberta deu voz límpida às músicas Paratodos (Chico Buarque, 1993), Shangri-lá (Rita Lee, 1980), Por baixo (Tom Zé, 2015) e a um medley que agregou O que tinha de ser (Antonio Carlos Jobim e Vinicius de Moraes, 1959) e Sabiá (Antonio Carlos Jobim e Chico Buarque, 1968). Se Roberta Sá quiser, já há pelo menos um EP com Mehmari… Ou o projeto de show mais completo com o virtuoso pianista, com quem a cantora se afinou e se entendeu musicalmente bem – sobretudo na abordagem de Por baixo, música lúdica de Tom Zé lançada por Gal Costa no álbum Estratosférica (2015) e talhada para o canto leve da artista – a julgar pelos quatro números apresentados pelo duo no Festival de Inverno.

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Seu Jorge anuncia live com músicas de David Bowie para o dia 15 de agosto

segunda-feira, 10 agosto 2020 por Administrador

Apresentação vai ter versões em português de clássicos de David Bowie que Seu Jorge fez para a trilha do filme 'A vida marinha com Steve Zissou'. Show intimista terá venda de ingressos. Seu Jorge em cena de "A vida marinha com Steve Zissou" Reprodução Seu Jorge anunciou para o dia 15 de agosto, às 16h, uma live só com as versões em português de David Bowie que ele fez para o filme "A vida marinha com Steve Zissou". A transmissão intimista vai ter ingressos vendidos a partir de R$ 50 (veja abaixo como comprar). A trilha do filme do diretor Wes Anderson, lançado em 2004, tem releituras de canções como "Ziggy Stardust", "Changes" e "Rebel Rebel". No filme, ele é Pelé dos Santos e canta as versões, que foram aprovadas e elogiadas por Bowie. Seu Jorge já havia atuado em "Cidade de Deus", e a participação no filme americano ajudou a dar projeção internacional à carreira do brasileiro. Seu Jorge fez uma turnê mundial para divulgar o álbum. Após a morte de Bowie, em 2016, ele voltou a fazer shows com as versões. Seu Jorge canta David Bowie Divulgação Seu Jorge apresenta 'The Life Aquatic Studio Sessions' Live com tributo a David Bowie Quando: 15 de agosto (sábado), às 16h Ingresso: R$ 50, pelo site Ingresse

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Discos para descobrir em casa – ‘Pérolas aos povos’, Rita Benneditto, 1999

segunda-feira, 10 agosto 2020 por Administrador

Capa do álbum 'Rita Ribeiro', de Rita Benneditto Gal Oppido ♪ DISCOS PARA DESCOBRIR EM CASA – Pérolas aos povos, Rita Benneditto, 1999 ♪ Rita de Cássia Ribeiro – cantora e compositora nascida em 13 de junho de 1966, em São Benedito do Rio de Preto (MA), cidade do interior do Maranhão – ainda era Rita Ribeiro quando lançou em junho de 1999 o segundo álbum, Pérolas aos povos, disco produzido por Mário Manga sob direção artística de Marco Mazzola, cérebro e CEO da gravadora MZA Music. Tanto que a capa do CD original de 1999 expôs com destaque a identidade da artista na foto de Gal Oppido, autor do projeto gráfico do disco. Em 2012, a artista maranhense decidiu mudar o nome artístico para Rita Benneditto para homenagear tanto a cidade natal como o pai, Fausto Benedito Pinheiro, e sobretudo para evitar pendenga judicial com cantora homônima que registrara o nome Rita Ribeiro e reivindicara o direito ao uso exclusivo do nome. Mudou o nome artístico da cantora maranhense, mas permaneceu a limpidez da voz de emissão precisa, lapidada em 1986 em estudo de canto erudito no Chile. Na ocasião dessa temporada chilena, Rita já estava em cena há cerca de cinco anos em festivais e em apresentações na noite da cidade de São Luís (MA). Contudo, o primeiro show solo de caráter mais oficial, Cunhã, chegou à cena somente em 1989 sob direção musical de Zeca Baleiro. Conterrâneo, o maranhense Baleiro avalizou a colega debutante e produziu – juntamente com Mario Manga – o primeiro álbum da cantora, Rita Ribeiro, lançado em 1997 pela gravadora Velas. Baleiro forneceu as então inéditas canções Lenha (1997), Missiva (1997) e Olhozinho (1997) para o repertório deste disco em que Rita também apresentou Cocada (Antônio Vieira, 1997) e regravou a balada Impossível acreditar que perdi você (Márcio Greyck e Cobel, 1970), sinalizando faro para pescar pérolas no cancioneiro da música brasileira. No embalo da boa repercussão do álbum Rita Ribeiro, a cantora assinou contrato em 1998 com a MZA Music, gravadora por onde lançou dois álbuns, Pérolas aos povos e Comigo (2001), que fecharam o primeiro ciclo da carreira da artista. Entre um disco e outro, Rita teve o álbum Pérolas aos povos lançado em 2000 nos Estados Unidos e Canadá pelo selo Putumayo. Outro ciclo seria aberto na trajetória da artista com a estreia, em 2003, do show Tecnomacumba. Com abordagens calorosas de músicas que evocavam símbolos e divindades de religiões de matriz afro-brasileira, Tecnomacumba se tornou marco na carreira de Rita Benneditto, elevou a cantora a um novo patamar de popularidade, gerou álbum de estúdio em 2006 e ganhou registro audiovisual em DVD editado em 2009. Por mais que Rita tenha planejado cantar para subir, o show Tecnomacumba jamais saiu de cena, tendo norteado inclusive trabalhos posteriores da artista, como o álbum Encanto (2014), espécie de desdobramento do projeto afro-brasileiro. A devoção da cantora aos orixás sempre foi sincera e apareceu na discografia da artista desde o primeiro álbum. Em Pérolas aos povos, essa devoção foi reiterada na última das 14 composições do álbum, Na gira, música de acento afro assinada pela própria Rita Benneditto – compositora de produção eventual – e dedicada a Clara Nunes (1942 – 1983) e a Clementina de Jesus (1901 – 1987) na detalhada ficha técnica do encarte do CD. Inclusive por ter reforçado a conexão da cantora com o produtor musical Mario Manga, o álbum Pérolas aos povos soou como prolongamento do disco de estreia da artista. Compositor recorrente neste primeiro disco de 1997, Zeca Baleiro marcou tripla presença no repertório de Pérolas aos povos como parceiro de Rita na criação de Tô (1999) – música que abriu o álbum – e como único compositor da balada cool Muzak (1999) e do Mambo da dor (1999), este apresentado por Rita na forma de canção abolerada, diferentemente do que fez supor o título da música. Autor do já mencionado hit anterior Cocada, o compositor maranhense Antônio Vieira (1920 – 2009) cedeu o manemolente Banho cheiroso (1999) samba associado à festividade, Lelê de São Simão, popular no interior no Maranhão. Do estado natal, Rita também deu voz ao reggae Filhos da precisão (Erasmo Dibell, 1992), de temática social. Ainda na praia do reggae, ritmo forte em São Luís, a “Jamaica brasileira”, a cantora se banhou na cadência da música-título Pérolas aos povos, tema da compositora Isla Jay, com aguçado senso rítmico. O suingue da artista também valorizou a lembrança de Vendedor de bananas (Jorge Ben Jor, 1970), turbinada com citação de gravação da dupla paulistana de rap Thaíde & DJ Hum. Composição da paulista Vânia Borges, Há mulheres (1999) enfatizou, na gravação de Rita, um acento moderno de world music que pautou o álbum Pérolas aos povos e que certamente contribuiu para motivar o selo Putumayo (voltado para esse genérico gênero) a editar o disco fora do Brasil. Dentro ou fora das fronteiras musicais maranhenses, reforçadas no disco Pérolas aos povos com o registro de Mana Chica, aliciante cantiga de bailado de escravos do século XVIII embasada em baticum pressuroso, Rita Benneditto sempre soube cair no suingue com a mesma naturalidade com que costuma dar voz precisa a baladas românticas. Nessa serra, a cantora apresentou Déjà vu (1999) – composição em português da argentina Natalia Mello – e deu voz a uma das mais apaixonantes baladas de Chico César, Pensar em você, gravada pelo compositor no mesmo ano para o álbum Mama múndi (1999). O registro de Pensar em você por Rita evidenciou a fricção inusual das cordas no arranjo de Mario Manga, cujo incisivo toque da guitarra iluminou Eclipse em meia-lua (Carlos Careqa, Arrigo Barnabé e Adriano Sátiro, 1998). Em terreno mais popular, a cantora reapresentou a canção Jamais estive tão segura de mim mesma, composta em 1972 pelo futuro ídolo roqueiro Raul Seixas (1945 – 1989) para a cantora Núbia Lafayette (1937 – 2007) quando era conhecido como Raulzito e atuava na gravadora CBS como produtor musical de intérpretes associados à música dita cafona. Tão regionalista quanto contemporânea, Rita Benneditto cumpriu o que prometeu no título deste segundo álbum e ofereceu pérolas musicais aos povos dispostos a ouvir a música do mundo, se confirmando como uma das melhores e mais interessantes cantoras brasileiras projetadas na década de 1990.

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