Discos para descobrir em casa – ‘Tango’, Vitor Ramil, 1987
Capa do álbum 'Tango', de Vitor Ramil Arte de Carlos Scliar ♪ DISCOS PARA DESCOBRIR EM CASA – Tango, Vitor Ramil, 1987 ♪ Estudante de violão clássico desde os 11 anos e compositor desde os 12, o precoce Vitor Ramil tinha meros 18 anos quando teve a primeira música gravada – no caso, na voz cristalina de Zizi Possi. Música que Ramil compusera aos 14 anos. Ao registrar Minas de prata no álbum Zizi Possi, lançado em 1980, a cantora apresentou ao Brasil este compositor gerado no sul, mais especificamente de Pelotas (RS), cidade gaúcha onde Vitor Hugo Alves Ramil nascera em 7 de abril de 1962. Pelotas, no universo musical de Ramil, se tornou Satolep (anagrama do nome da cidade de natal), fonte de inspiração para a criação da Estética do frio, teoria formalizada em ensaio de 1992 e mola propulsora de grande parte da discografia do artista por apresentar obra calcada no universo do sul do Brasil sem se apoiar na visão estereotipada do gaúcho no eixo etnocentrista do sudeste, onde Ramil morou, na cidade do Rio de Janeiro (RJ), de 1986 a 1992. Nessa discografia inteiramente autoral composta por 11 álbuns (o 12º, Avenida Angélica, já está idealizado com músicas compostas sobre versos da poeta gaúcha Angélica Freitas, mas permanece inédito em 2020, à espera de oportunidade para ser gravado), Tango foi o terceiro disco deste cantor, compositor e músico de assinatura singular. Lançado pela gravadora EMI em 1987 no formato de LP, com capa que expôs Ramil no traço do artista plástico gaúcho Carlos Scliar, o álbum Tango foi editado em CD em 1996 em tiragem logo esgotada. Fora de catálogo há anos e fora das plataformas de streaming, Tango se tornou disco tão raro quanto interessante. Tango sucedeu A paixão de V segundo ele próprio (1984), álbum de tom experimental lançado três anos antes. Na época, Vitor já era percebido como o irmão mais cool da família Ramil, clã que fazia sucesso nacional sem negar as origens gaúchas, mas sem se render à visão folclórica da música do sul do Brasil pela ótica de cariocas e paulistas. É que, além de Vitor, dois irmãos do artista – ambos egressos do grupo Almôndegas, fundado na década de 1970 – tinham formado a bem-sucedida dupla Kleiton & Kledir, cujo primeiro álbum tinha sido lançado no mesmo ano de 1980 em que Zizi apresentou Vitor ao universo pop brasileiro. No rastro da gravação por Zizi de Minas de prata, parceria de Vitor Ramil com Arthur Nestrovski (com quem o cantor montara o primeiro show solo em 1979, Vitor Ramil e Corpo de baile, atração badalada na cena de Pelotas), o artista começou a preparar o primeiro álbum, Estrela, estrela, lançado em 1981. Zizi deu novo aval a Vitor ao participar da gravação de música, Um e dois (Vitor Ramil, 1981), desse álbum de estreia. Já Gal Costa – cantora que vivia pico de popularidade na época – incluiu a música-título Estrela, estrela no repertório do álbum Fantasia (1981). Ainda assim, fora do sul do Brasil, Vitor Ramil jamais se tornou uma estrela popular da música do Brasil como os irmãos Kleiton e Kledir. Em contrapartida, Vitor sempre foi o artista mais cultuado da família. Álbum gravado e mixado entre novembro de 1986 e janeiro de 1987, com produção musical de João Augusto, Tango justificou o culto a Vitor Ramil ao apresentar repertório composto por sete então inéditas músicas autorais (seis assinadas somente pelo artista) e por versão em português – também escrita pelo próprio Vitor – de Joey (1976). Joey era épica composição de Bob Dylan em parceria com Jacques Levy (1935 – 2004), lançada pelo bardo norte-americano no álbum Desire (1976), a cujo repertório, aliás, Vitor voltaria 30 anos depois ao versionar outra música desse disco de 1976, Sara, transformada em Ana no disco Campos neutrais (2017). Intitulada Joquim (assim mesmo, Joquim, sem o presumível “a”) e baseada na vida de Joaquim Fonseca, a versão de Dylan por Vitor Ramil em Tango flagrou o artista gaúcho mergulhado no mar de ideias do bardo, à bordo da “nau da loucura” citada poeticamente no refrão dessa saga guerrilheira ambientada por Ramil nas fronteiras imaginárias de Satolep. Joquim, a faixa, totalizou oito minutos e meio e se afinou, no universo do disco, com Loucos de cara, obra-prima da safra autoral apresentada pelo artista no álbum Tango. Parceria de Vitor com o irmão Kleiton Ramil que ganharia excelente registro fonográfico da cantora Lúcia Helena em 1989 feito com adesão do próprio Vitor, Loucos de cara sugeriu liberdade, em sintonia com a melodia e a letra sem amarras. Álbum criado sem fronteiras rítmicas, Tango nunca foi um disco de tango, como sugeria o título que assustou os diretores de marketing da gravadora EMI. E nem seria estranho se tivesse sido, pois Vitor sempre enfatizou na própria obra a influência da cultura da América Platina – a região formada por Argentina, Paraguai e Uruguai – na música do sul do Brasil. Essa influência soou bem diluída em Tango, álbum que evoluiu, ao longo de 34 minutos, com sonoridade de sotaque mais universal por conta dos arranjos criados por Ramil com a banda formada por (grandes) músicos como Ary Sperling (teclados e programações), Carlos Bala (bateria), Gilson Peranzzetta (teclados), Hélio Delmiro (guitarra), Leo Gandelman (sax), Marcio Montarroyos (1948 – 2007) (trompete), Nico Assumpção (1954 – 2001) (baixo) e o próprio Vitor Ramil (no violão e/ou no piano). Tal sonoridade embalou músicas como Sapatos em Copacabana (composição em que a poética imagética sobressaiu sobre a melodia) e Mais um dia (de clima quente e jazzy). Virda flagrou o compositor à vontade para desafiar a gramática em favor da poesia. Já Passageiro sinalizou que Vitor Ramil também tinha sido levado a embarcar no voo tecnopop que planava na década de 1980 – opção estética nem sempre acertada para a obra de compositor de letras escritas com fortes imagens poéticas. Tema instrumental do disco, Nino Rota no sobrado foi apresentado com trecho incidental de Tango da independência (Vitor Ramil e Paulo Seben), música então inédita que Ramil somente registraria na íntegra 26 depois no álbum retrospectivo Foi no mês que vem (2013). E veio então, no fim do álbum Tango, a canção Loucos de cara, aliciante exemplo da delirante veia poética deste inspirado cancionista do clã dos Ramil, família que continua crescendo e já pariu outra geração musical. Desafiando a noção etnocentrista carioca de que gaúchos vivem longe demais das capitais, como denunciou outro pensador gaúcho, Vitor Ramil continua livre, sem amarras, sem nada a lhe prender na criação de obra fonográfica. Após Tango, LP que surtiu pouco efeito comercial, essa obra foi desenvolvida por Vitor Ramil à margem do mercado em álbuns como À beça (1995) e Ramilonga – A estética do frio (1997), com coerência, sem jamais negar o talento precoce daquele compositor de então 18 anos apresentado ao Brasil na voz de Zizi Possi.
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BTS anuncia filme ‘Break the silence: The movie’, com exibições pelo mundo em setembro
Não há datas confirmadas de exibição no Brasil. Filme vai mostrar os bastidores da mais recente turnê mundial do grupo de k-pop. Cartaz do filme 'Break the silence', do BTS Divulgação O BTS anunciou nesta quinta-feira (6) que vai lançar o documentário "Break the silence: the movie", com imagens de bastidores da mais recente turnê mundial do grupo. As primeiras datas de exibição confirmada são em setembro, mas ainda não há datas confirmadas no Brasil. A maioria das salas de cinema do país ainda está fechada por causa da pandemia do novo coronavírus. Nos EUA, o filme vai estrear no dia 24 de setembro. Duas semanas antes, vai haver sessões especiais de lançamento em outros lugares do mundo. O filme mostra a turnê "Love yourself: speak yourself", que passou por São Paulo em maio de 2019. Semana Pop: Fãs de k-pop contribuem com movimento antirracista com doações e vídeos
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Lives de hoje: Caetano Veloso, Zé Neto & Cristiano, Ferrugem, Marcelo D2, Thiago Martins e mais shows
Nesta sexta (7), Coruja BC1, Gui Boratto e Teresa Cristina também fazem transmissões. Veja horários. Caetano Veloso canta com os filhos na live desta sexta (7); foto mostra os músicos no palco da Virada Cultural de 2019; Fábio Tito/G1 Caetano Veloso comemora o aniversário de 78 anos com live nesta sexta (7) e o Festival de Inverno do Rio acontece em versão on-line com Ferrugem, Marcelo D2 e Thiago Martins. Zé Neto e Cristiano, Coruja BC1, Gui Boratto e Teresa Cristina também fazem transmissões. Veja a lista completa com horários das lives abaixo. O G1 já fez um intensivão no começo da onda de lives, constatou o renascimento do pagode nas transmissões on-line, mostrou também a queda de audiência do fenômeno e a polêmica na cobrança de direito autoral nas lives. Veja horários e links das lives: Aline Calixto (Globo Minas) – 13h30 – Link Ferrugem, Marcelo D2 e Thiago Martins (Festival de Inverno Rio 2020) – 19h – Link Leandro Lehart (Em Casa com Sesc) – 19h – Link Padre Reginaldo Manzotti – 19h – Link Coruja BC1 (ShowlivrePlay) – 20h – Link Fernando Leitzke e Rui Alvim – 20h – Link Zé Neto e Cristiano – 20h – Link Caetano Veloso (Globoplay) – 21h30 – Link Gui Boratto – 22h – Link Teresa Cristina – 22h – Link L_cio – 23h59 – Link Semana Pop mostra os momentos em lives que saíram do controle
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‘Fall Guys’ é novo game viciante com gincanas no estilo de ‘Olimpíadas do Faustão’; G1 jogou
Jogo multiplayer mistura competições simples e divertidas com gênero de battle royale, deve agradar a todas as gerações de jogadores e tem potencial para ser próximo 'Fortnite'. É difícil prever qual será o próximo fenômeno dos games, como aconteceu com "League of legends" ou "Fortnite". Menos de uma semana após seu lançamento para PlayStation 4 e computadores, as chances do pequeno e independente "Fall Guys: Ultimate knockout" são promissoras. Assim como os prodígios anteriores, o novo jogo multiplayer dá uma personalidade própria a uma mistura de gêneros de sucesso para criar algo único. De forma simples e muito colorida, combina o gênero de battle royales, no qual diversos competidores são eliminados um a um, com gincanas que lembram muito as clássicas "Olimpíadas do Faustão" – pelo menos para quem cresceu nos anos 1990. Para os mais novos, é possível lembrar das disputas da série "Mario Party", mas sem as partes de tabuleiro, e com muito mais participantes. Assista ao trailer de 'Fall Guys: Ultimate knockout' Olha essas feras "Fall Guys" não perde muito tempo com apresentações ou tutoriais. Ao abrir o game, o jogador aprende os três botões que precisa apertar para ações básicas como pular ou mergulhar, e é lançado dentro da próxima partida. Nela, deve enfrentar cerca de outras 59 pessoas em competições que vão desde uma corrida com obstáculos incomuns, como bolas gigantes lançadas sobre plataformas instáveis, a disputas de times em pega-pegas ou coleta de ovos. A cada rodada, alguns são eliminados, até que apenas um é sagrado campeão. Parece bobo a princípio, mas é na simplicidade que está a grande fórmula do sucesso do game. Como cada partida dura poucos minutos, a ação é variada – na maioria do tempo. Com isso, até as derrotas são passageiras, e logo o jogador está pronto para a próxima. Além disso, não é necessário ser um grande viciado para dominar o básico e prevalecer até mesmo em disputas ainda inéditas. Até porque na maior parte das vezes não é preciso vencer, apenas não ficar entre os últimos. Mesmo assim, o sentimento de superação a cada etapa é legítimo, e uma vitória final se torna uma explosão de alegria após as diversas tentativas. Tudo isso com uma mecânica simples o suficiente para permitir que pais e filhos consigam curtir – e se viciar – juntos. Ou pelo menos permitiria, não fosse um dos grandes problemas de "Fall Guys". 'Fall Guys' mistura battle royale com gincanas estilo 'Olimpíadas do Faustão' Divulgação Correndo contra obstáculos O sucesso tão grande, com 1,5 milhão de jogadores registrados em 24 horas, pode ter sido inesperado e justifica alguns problemas enfrentados, mas não tudo. Dá para entender por que os servidores continuam instáveis, por mais que seja terrível perder todos os pontos conseguidos após três ou quatro rodadas – o game poderia fazer premiação ao final de cada uma. Mas é inexplicável a ausência de multiplayer local, uma característica que parece das mais obrigatórias em um período em que jogadores por todo o mundo estão presos em casa. O estúdio diz que o modo com tela dividida pode ser lançado depois, mas é algo que faz muita falta. 'Fall Guys' mistura battle royale com gincanas estilo 'Olimpíadas do Faustão' Divulgação Próximas rodadas De fato, a grande vantagem de um jogo como este é sua abertura a atualizações. Por enquanto, mesmo com a grande variedade de mapas e modos de disputa, alguns ainda aparecem mais do que outros, o que pode tornar alguns momentos um tanto repetitivos. Com o tempo, e a adição de novidades, isso deve ficar cada vez mais raro. Além disso, as roupinhas coloridas e temáticas dos personagens, que podem ser adquiridas com a moeda do jogo ou com dinheiro real e que funcionam apenas como itens cosméticos, têm tudo para virar tendência como acontece em "Fortnite". O futuro de "Fall Guys" depende apenas da dedicação de seus desenvolvedores, já que sua simplicidade garante um dos públicos mais diversos do disputado mercado de games multiplayer. Mas, pelo menos por ora, já se garante como o lançamento mais viciante dessa quarentena. 'Fall Guys' mistura battle royale com gincanas estilo 'Olimpíadas do Faustão' Divulgação
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Por trás da dança, FitDance impôs rotina de pressões e ameaças, dizem ex-membros
Plataforma de dança está no centro de uma onda de acusações. Dançarinos dizem que tinham redes controladas e eram pressionados a fazer trabalhos sem remuneração; empresa nega Fabio Duarte, um dos fundadores do FitDance, comanda aula de dança em academia da Zona Oeste de São Paulo Celso Tavares/G1 Por trás dos sorrisos em vídeos de dança e dos posts animados no Instagram, ex-integrantes do FitDance narram uma rotina de pressões e constrangimentos na empresa. A mais conhecida plataforma brasileira de dança da internet, que atua também em academias, está no centro de uma onda de acusações de irregularidades trabalhistas desde a saída de um de seus membros mais antigos, o ex-BBB Diogo Pretto. Ao anunciar a despedida, Diogo publicou um longo desabafo, criticando a empresa e um de seus fundadores, Fabio Duarte, conhecido como “Big Boss”, mas a quem o dançarino chamou de “ex-amigo”. Diogo Pretto fala sobre saída do FitDance “Eu estava ficando doente em casa, não estava mais aguentando”, diz Diogo sobre o período em que fez parte do grupo, no vídeo publicado no Instagram. Outros bailarinos, que também se desligaram da plataforma nos últimos anos, falaram ao G1 sobre casos em que o FitDance, segundo eles, coagiu integrantes a trabalharem sem remuneração, assumiu o controle sobre suas redes sociais e contratos externos e constrangeu dançarinos com punições e ameaças. A empresa nega qualquer irregularidade (leia comunicado mais abaixo). Wagner Magalhães/G1 Casos na Justiça Desde Lorena Improta, que deixou a empresa em 2016, o FitDance perdeu pelo menos outros sete de seus dançarinos mais conhecidos, a maioria de forma não amigável. No ano passado, o casal Juliana Paiva (1,3 milhão de seguidores no Instagram) e Dam Fernandes (704 mil) deu adeus ao grupo, por considerar que a empresa descumpriu cláusulas dos contratos assinados com os dois. Logo depois, eles contam, foram processados pelo FitDance, que quer impedir que o casal exerça atividades relacionadas à dança e trabalhos artísticos pelo período de dois anos, além do pagamento de multa por quebra de contrato. Os pedidos foram, inicialmente, negados pela Justiça, mas as ações continuam em andamento. “Existem contratos que proíbem o trabalhador de prestar serviço para determinadas empresas por algum período, depois do desligamento. Mas, nesses casos, deve haver um ressarcimento, uma remuneração ao profissional durante esse tempo”, explica o advogado trabalhista Vitor Hugo de Almeida. Correm, em sigilo, pelo menos três processos trabalhistas abertos por ex-prestadores de serviço contra a FitDance ou a Califórnia Filmes. As duas empresas são administradas por Fabio e o irmão, Bruno, e atuam em conjunto na produção de vídeos e clipes musicais. Controle das redes sociais O grupo de bailarinos que participa das gravações de coreografias, clipes e eventos do FitDance é chamado de Equipe Show. Com a visibilidade gerada pelos trabalhos, vários ganham status de influenciadores nas redes sociais. Ex-membros do time contam que eram contratados como prestadores de serviço, sem carteira assinada, e remunerados por ação feita para a empresa. Mesmo assim, segundo eles, o FitDance monitorava todos os contratos externos de seus integrantes, o que é considerado irregular nesse tipo de vínculo. “Ainda que exista uma cláusula de exclusividade, ela só é válida se o trabalho feito externamente afetar diretamente o serviço previsto em contrato”, diz o advogado trabalhista. “O dançarino pode aceitar, por exemplo, um trabalho que surge em um dia em que ele não tem nenhum serviço previsto com a empresa com que tem exclusividade.” Um bailarino, que não quis se identificar, diz que os integrantes do grupo eram proibidos de postar no TikTok e IGTV (serviço de vídeos longos do Instagram). Segundo ele, alguns foram compelidos a dar, à empresa, acesso às suas próprias redes sociais, que eram vigiadas, e, em um episódio, a conta de uma dançarina chegou a ser tirada do ar por um mês. Punições “A forma como a empresa era liderada causava uma pressão psicológica muito grande em todos os integrantes. Sempre de forma velada, existiam punições”, lembram Juliana e Dam, em um relato enviado ao G1. Os dois dizem que não tinham acesso aos valores fechados pela empresa para gravação de clipes e apresentações e, algumas vezes, eram pressionados a realizar trabalhos sem pagamento. “Nesses casos, se houvesse recusa do bailarino, ele era excluído de trabalhos posteriores, e a remuneração ao final do mês era menor como forma de punição.” Juliana Paiva se desligou do FitDance em 2019 Reprodução/Instagram/FitDance Segundo os ex-integrantes, os castigos para quem descumprisse orientações da empresa também incluíam a exclusão em trabalhos com artistas famosos e a diminuição da visibilidade nos vídeos publicados nos canais do FitDance na internet. Eles afirmam que as repreensões e cláusulas sobre multas contratuais eram usadas para ameaçar dançarinos. O advogado explica que, à exceção de serviços comprovadamente voluntários, não pode existir trabalho sem alguma forma de remuneração. “Também não se pode vincular esse tipo de obrigação a outros trabalhos. É assédio, falta grave”. Além disso, a empresa pode ser punida por intimidar trabalhadores com sanções. “Existe uma linha tênue entre a liberalidade da empresa e o assédio moral”, esclarece. “A empresa tem o direito, por exemplo, de não contratar mais alguém que presta serviço para um concorrente. Ela também pode decidir sobre como vai distribuir o trabalho. Mas, se faz isso de modo a prejudicar alguém específico, usa isso como ameaça e cria uma situação de pânico, é assédio moral.” O G1 solicitou uma entrevista com os representantes do FitDance para falar sobre os contratos e acusações dos ex-bailarinos, mas a assessoria de imprensa da empresa enviou apenas um comunicado. O texto afirma que todas as diretrizes e contratos do grupo são baseados em práticas de mercado e que as questões estão sendo analisadas pela equipe responsável. Leia a íntegra do comunicado enviado pelo FitDance: "A FitDance sempre teve como objetivo e missão fomentar o mercado da dança e levar alegria e bem-estar para os alunos e praticantes. Nossas diretrizes e contratos são baseados em práticas de mercado, profissionalismo, melhorias e aprendizados contínuos. Sempre estivemos à disposição para o diálogo e esclarecimentos. Todas as questões estão sendo analisadas pelas equipes responsáveis e esperamos que as mesmas sejam concluídas da melhor forma possível." FitDance transforma coreografias em estratégia de marketing musical Após a publicação da reportagem, o FitDance enviou outra nota ao G1, comentando ponto a ponto: "'Acusações e irregularidades trabalhistas': Os envolvidos não tinham vínculo empregatício com a empresa, sendo a relação pautada com instrumento particular definido entre as partes para prestação dos serviços artísticos; 'Redes sociais controladas': As redes sociais eram monitoradas, por estar previamente pactuado no instrumento particular a exclusividade da imagem do dançarino para evitar conflitos de imagem e empresariais; 'FitDance perdeu pelo menos outros sete de seus dançarinos mais conhecidos': Todos os dançarinos encerraram contrato com a empresa por término da vigência ou conveniência entre as partes, com exceção de Juliana e Damásio, que quebraram os seus contratos antecipadamente sem prévio acordo ou deliberação com a empresa; 'A FitDance quer impedir o exercício de atividades relacionadas à dança e trabalhos artísticos pelo período de dois anos': Os dançarinos possuíam estreita relação com a empresa, e naturalmente conquistaram um conjunto de habilidades, oportunidades e visibilidade que vão perdurar em suas carreiras, para tanto torna-se uma relação inerente ao contrato esta vedação, mesmo após a vigência contratual. Entretanto, fez parte da política da empresa negociar caso a caso flexibilizando as restrições de atuação e prazos de não concorrência com os dançarinos que tiveram seus contratos encerrados; 'Repreensões e cláusulas sobre multas contratuais eram usadas para ameaçar dançarinos': Toda e qualquer cláusula contratual sempre foi usada para regular a relação entre as partes, nunca existiu ameaça ou repreensão, pelo contrário, antes da devida comunicação dos descumprimentos contratuais praticados, a empresa sempre esteve aberta ao diálogo e procurou conciliar os interesses pessoais destes profissionais. Neste sentido, a empresa permitiu durante a vigência do contrato que alguns dançarinos tivessem negócios de dança, como, estúdios de dança, criação de eventos proprietários, parcerias comerciais, linhas de roupas de dança, entre outras; 'Punições para intimidar trabalhadores': A relação pactuada entre as partes não permite a aplicação de punições ou intimidações entre contratante e contratado, e toda e qualquer alegação nesse sentido precisa ser analisada conforme os limites estabelecidos, não cabendo suposições ou conjecturas de uma relação que extrapola o contrato firmado entre as partes."
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Caetano Veloso comemora 78 anos em live com os filhos nesta sexta
Cantor faz sua 1ª transmissão nesta sexta (7) com Tom, Moreno e Zeca Veloso no Globoplay. Show vai ser na sala da casa de Caetano no Rio, só com ele e os filhos tocando. Caetano Veloso Divulgação/Aline Fonseca Caetano Veloso vai celebrar os 78 anos nesta sexta-feira (7) em sua primeira live desde o começo da quarentena. A live começa às 21h30 e tem transmissão exclusiva no Globoplay. O músico baiano será acompanhado pelos filhos Tom, Moreno e Zeca Veloso, que estavam juntos na turnê do disco "Ofertório". Além dos clássicos da carreira de Caetano, o repertório da transmissão também terá a música "Talvez", lançada nesta sexta (7), em parceria com Tom Veloso. Eles também vão cantar a inédita "Pardo". "No começo, eu nem via possibilidade de fazer live. Não achava que o que me era proposto fosse do meu feitio. Mas eu queria fazer. Acho graça de o assunto ter ficado tão falado. O fundamental, que é cantar, estar na companhia dos meus filhos e escolher canções, me dá prazer", diz Caetano em comunicado à imprensa. "Recebo muitos recados e e-mails pedindo canções e até orientando se vou para o lado do material ultraconhecido ou se canto coisas que quase nunca cantei. Meu critério deveria ser exclusivamente este: o que eu posso fazer melhor? Mas tanto os sucessos consagrados quanto as coisas que tratam de temas mais adequados à situação de quarentena – além do desejo de cantar canções pouco ouvidas – abalam esse critério. Assim, o público pode esperar um misto dessas coisas todas", adianta o cantor. Sobre a divisão do repertório com os filhos, ele diz: "Não tem quase nada do Ofertório. Eles vão tocar comigo muitas das músicas escolhidas para a live e eu vou cantar ao menos uma com cada um deles. Nesse caso, canções deles mesmos. Uma, a de Moreno, é uma parceria comigo." Semana Pop mostra os momentos em lives que saíram do controle
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Cardi B lança ‘Wap’ com participação de Megan Thee Stallion
Clipe divulgado junto com single tem participações de Kylie Jenner, Normani e Rosalía. Cardi B lança 'Wap' com participação de Megan Thee Stallion Reprodução/Instagram As rappers Cardi B e Megan Thee Stallion se uniram para uma parceria musical. "Wap", single divulgado por Cardi B nesta sexta-feira (7), vem acompanhado de um vídeo clipe gravado em uma mansão luxuosa e cheia de cor. Além de Megan Thee Stallion, o clipe também conta com participações de Kylie Jenner, Normani e Rosalía. Para completar a fase de lançamento de "Wap", Cardi B disponibilizou uma edição limitada do single em formato vinil. Em seu Instagram, a cantora aparece autografando os exemplares. O último single lançado por Cardi B foi "Press", em maio de 2019. No início de julho, a rapper Megan Thee Stallion revelou que foi baleada antes da prisão de Tory Lanez. Segundo testemunhas ouvidas pela polícia, os rappers foram vistos discutindo dentro de um carro em Hollywood Hills antes que disparos fossem ouvidos. "No domingo de manhã, sofri ferimentos de bala, como resultado de um crime que foi cometido contra mim com a intenção de me machucar fisicamente. Eu nunca fui presa, os policiais me levaram ao hospital, onde fui submetida a uma cirurgia para remover as balas. Era importante esclarecer os detalhes sobre essa noite traumática", disse ela. Vídeo de Cardi B falando coronavírus viraliza; ASSISTA
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Elba Ramalho grava álbum em que pega ‘Maçã do rosto’ de Djavan e celebra Moraes Moreira
♪ Aproveitando a interrupção da agenda de shows por conta da pandemia do covid-19, Elba Ramalho está gravando disco no estúdio montado há anos pela cantora na casa em que está confinada na cidade do Rio de Janeiro (RJ). A intenção é dar forma a um álbum, o 39º da discografia da artista. Contudo, as faixas desse disco serão lançadas paulatinamente nas plataformas de áudio em forma de singles antes da existência propriamente dita do álbum. Elba já finalizou a gravação de seis músicas. Uma delas é Maça do rosto, composição de Djavan, apresentada pelo autor no álbum de estreia, A voz • O violão • A música de Djavan, lançado em 1976. Ao fazer esse disco, de cujo repertório Elba já espalhou Ventos do norte em gravação feita com o violão de Djavan para o álbum Felicidade urgente (1991), o cantor foi induzido a gravar basicamente sambas, mas Maçã do rosto, embora não tenha se desviado da cadência do gênero, flertou com a rítmica e a sintaxe da música nordestina rotulada genericamente como forró. Neste primeiro álbum de estúdio desde o estupendo O ouro do pó da estrada (2018), Elba pretende gravar música de Moraes Moreira (1947 – 2020) em homenagem a esse compositor baiano de quem lançou músicas como Boca do balão (1986, parceria de Moraes com Fred Góes e Zeca Barreto), Nós destinos (1987), São João na estrada (1992), Cidadão (1922, parceria de Moraes com José Carlos Capinan) e Caranguejo dance (1995). A provável música escolhida para a homenagem a Moraes Moreira é Sintonia (Moraes Moreira, Fred Góes e Zeca Barreto, 1986), um dos maiores sucessos radiofônicos da carreira do cantor.
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Zoe Saldana pede desculpas por interpretar Nina Simone em cinebiografia
'Eu nunca deveria ter interpretado Nina', afirmou atriz, que foi criticada por escurecer pele para filme. A cantora Nina Simone e a atriz Zoe Saldana Michel Gange/AFP e AP Quatro anos após o lançamento da cinebiografia da cantora de soul e jazz afro-americana Nina Simone, a atriz Zoe Saldana, que interpretou a artista no longa, pediu desculpas por assumir o papel na obra lançada em 2016. Zoe foi bastante criticada na época por escurecer a pele e usa prótese nasal para o papel. Sua participação como protagonista da obra não recebeu apoio da família de Simone e provocou indignação por parte dos fãs. As críticas ao elenco iniciaram em 2012, quando os nomes foram anunciados. Esta semana, Zoe se desculpou por sua participação no projeto durante uma entrevista que concedeu no Instagram. "Eu nunca deveria ter interpretado Nina." "Eu deveria ter tentado tudo o que estava ao meu alcance para escolherem uma mulher negra para interpretar uma mulher negra excepcionalmente perfeita", disse a atriz. "Naquela época, pensei que tivesse permissão porque era negra. E eu sou uma mulher negra. Mas era Nina Simone, e Nina teve uma vida e uma jornada que deveriam ser honradas pelos mínimos detalhes, porque ela era uma pessoa especificamente detalhada ". "Sinto muito, porque amo a música dela", lamentou Saldana. Initial plugin text Cantora Nina Simone completaria 85 anos
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Após ‘Na Raba Toma Tapão’, MC Niack não quer ser esquecido e sonha em mudar a vida da família
Aos 17 anos, MC de Ribeirão Preto (SP) desbancou Anitta sem nunca ter subido ao palco. Jovem quer se aproximar da música pop e voltar à escola após depressão que o fez desistir de estudar. Após 'Na Raba Toma Tapão', MC Niack planeja carreira e sonha em mudar a vida da família Após desbancar Anitta e conquistar o topo das paradas brasileiras, MC Niack, de 17 anos, não quer cair no esquecimento. Ele começou a cantar para se divertir durante a quarentena, mas, com o sucesso de "Na Raba Toma Tapão", decidiu se profissionalizar e sonha em dar uma vida mais confortável à família. "Estou fazendo música todos os dias”, diz o jovem, que planeja trocar Ribeirão Preto (SP), onde mora com os pais e três irmãos, pela capital paulista. "Cheguei a um nível que tenho que manter postura de artista, e manter o sucesso é difícil. Eu estava com medo de não estourar outras músicas e sumir." A escolha do nome artístico Niack foi a primeira das apostas de Davi Alexandre Magalhães de Almeida para atrair o público. Há quatro meses, o jovem começou a lançar músicas feitas em casa no tempo livre após o trabalho em uma fábrica de suplementos alimentares, da qual ele já pediu demissão. "Eu queria um nome diferente. Queria usar Nick, mas já tinha, aí pensei em colocar um 'A' no meio e já era. Ficou Niack. É estranho, mas é diferente no mercado", analisa. MC Niack em clipe de 'Oh Juliana', que chegou ao topo das paradas brasileiras KondZilla/Divulgação Sonho de criança Antes de se transformar em Niack, no entanto, Davi já pensava em ser cantor. Ele cresceu assistindo ao pai tocar piano e ao irmão mais velho dedilhar o violão ao som de hinos do gospel. Incentivo tinha de sobra, mas ele não gostava da própria voz e, por vergonha, deletava todas as músicas que gravava. "Sempre me interessei por música, aí pensei em usar esse dom, porque aqui em casa ninguém da minha família tentou alguma coisa, uma carreira diferente", diz. "Arroz e feijão nunca faltou, mas agora estou mantendo a casa." MC Niack, de Ribeirão Preto (SP), chega ao topo das paradas com 'Na Raba Toma Tapão' KondZilla/Divulgação Em março, David decidiu tentar novamente e, para a própria surpresa, conseguiu superar a timidez. Foi então que ele começou a escrever letras de funk, gravar os vocais com o celular e produzir as canções a partir de melodias semi prontas disponibilizadas gratuitamente na internet por DJs. "Não foi nada em estúdio. Foi um microfoninho, um computador muito ruinzinho, tudo inferior e básico", diz. "Eu estava pedindo a Deus para me abençoar, porque estava lançando várias músicas e alguma tinha que dar certo." Na internet, o MC conheceu Markim WF, um jovem de Belo Horizonte (MG) que vendia balas no semáforo, mas sonhava em ser DJ e passou a produzir as músicas de Niack, que gravava os vocais e enviava ao parceiro pelo chat do Instagram. MC Niack, de Ribeirão Preto (SP), não quer cair no esquecimento após 'Na Raba Toma Tapão' e 'Oh Juliana' KondZilla/Divulgação Do TikTok ao topo das paradas Os lançamentos chegavam primeiro ao YouTube, mas fizeram sucesso no TikTok, uma rede social de vídeos curtos de dublagens, danças e desafios que viralizou. Entre dezenas de músicas feitas pela dupla, "Na Raba Toma Tapão" foi a que chamou atenção. Ao todo, 67 mil usuários do app já gravaram vídeos dançando e dublando a canção. Para alguns deles, o "tapão" virou "um tapa no visual" e serviu de trilha sonora para desafios de maquiagem. Não demorou para o sucesso chegar às plataformas de streaming. "Nem eu sei explicar o que aconteceu, mas o mercado mudou. Hoje, você não precisa de uma mega produtora para fazer sucesso. Basta ter música boa, que o público gosta, e o que é para ser vai ser", afirma o jovem. MC Niack gravou versão bregafunk de 'Na Raba Toma Tapão' com DJ Pernambuco e MC CL KondZilla/Divulgação Dois meses após o lançamento, "Na Raba Toma Tapão" era a música mais escutada do Spotify no Brasil, à frente de "Rain On Me", das veteranas do pop Lady Gaga e Ariana Grande, e de "A Gente Fez Amor", do sertanejo Gusttavo Lima, dono da canção mais tocada nas rádios brasileiras em 2019. Niack chorou de felicidade, mas logo se viu tomado pelo medo de a música cair e levar o nome dele junto. Não aconteceu. Com 43 milhões de reproduções, ela continua entre as mais tocadas, atrás do "Pa Pa Pa" de Anitta e de "Oh Juliana", outro hit que o próprio MC fez em parceria com o DJ Léo da 17. "Eu já estava acompanhando a música subindo, mas quando vi no topo, passando Anitta, fiquei sem entender. Comecei faz quatro meses e conseguir chegar duas vezes ao topo é um marco na história do funk", afirma. Vida nova Com o sucesso, Niack diz que chegaram milhares de mensagens de colegas que ele não via há anos para parabenizá-lo. Ele não conseguiu responder a todos e precisou até trocar de número de telefone, mas se preocupa em manter contato com quem já era próximo. "Os vizinhos já sabem, tirei foto com o pessoal daqui, eles me veem e ficam olhando. É legal, eu gosto disso, mas estou mais em casa, reservado", conta. "Não estou podendo sair muito sozinho, porque estou com medo." Sem nunca ter subido ao palco, MC Niack desbancou Anitta no Spotify com 'Oh Juliana' KondZilla/Divulgação Por enquanto, o carinho dos fãs está restrito à internet. Como os shows estão paralisados por conta do coronavírus, Niack conhece pouco dos bailes onde as músicas dele chegam a ser tocadas dez vezes na mesma noite, mas a agenda já está aberta. "Tem vários estados do Brasil querendo show meu para depois da pandemia", revela. "Não sei como vai ser minha presença de palco. Estou muito ansioso e todo dia penso nisso. Fico com medo, mas estou confiante." Apesar de nunca ter subido ao palco, Niack já planeja até ir além dos bailes, com a batida do funk misturada com versos do pop. Para isso, o MC procurou a Ritmo dos Fluxos, uma agência que cresce na cena do funk paulista, e fez parceria com o KondZilla para produção de videoclipes. MC Niack gravou versão bregafunk de 'Na Raba Toma Tapão' com DJ Pernambuco e MC CL KondZilla/Divulgação Sonhos Ao mesmo tempo em que se dedica à indústria da música, o jovem também quer voltar a estudar. Ele abandonou a escola no primeiro ano do ensino médio, por conta de uma depressão que prejudicou os estudos. "Eu não estava muito bem psicologicamente, não aprendia nada, aí parei", relembra. "Agora vai ser mais difícil estudar, porque tem muita coisa acontecendo na minha vida, mas pretendo terminar e fazer uma faculdade." Por último, e mais importante, Niack quer dar uma vida confortável à família. Ele já conseguiu convencer o pai de deixar o trabalho e insiste para que a mãe peça demissão do emprego como faxineira para se mudar junto com ele e os irmãos para São Paulo. "Eu sonho em dar uma condição melhor para minha família, porque a gente sempre foi muito sofrido. Meus pais sempre trabalharam no pesado e não quero que eles sofram dessa forma. Quero mudar a vida deles e vou conseguir", diz. Após sucesso de 'Na Raba Toma Tapão', MC Niack sonha em melhorar a vida da família KondZilla/Divulgação *Sob supervisão de Thaisa Figueiredo Veja mais notícias da região no G1 Ribeirão Preto e Franca
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