Quando a live sai do controle: Tiroteio, micos e outras situações inesperadas de shows on-line
Grupo foi interrompido por tiroteio durante transmissão nesta semana. Lives já tiveram outras emergências (até fuga de cavalo); relembre no Semana Pop. Semana Pop mostra os momentos em lives saíram do controle
Nesta semana, um tiroteio interrompeu a live do grupo Aglomerou, em Angra dos Reis, no Rio. Mas, a essa altura da quarentena, essa está longe de ser a única emergência transmitida ao vivo durante um show on-line. O Semana Pop deste sábado (1º) relembra outras vezes em que as lives saíram completamente do controle (assista acima).
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O Semana Pop vai ao ar toda semana, com o resumo do tema está bombando no mundo do entretenimento. Pode ser sobre música, cinema, games, internet ou só a treta da semana mesmo. Está disponível em vídeo e podcast.
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Em ‘Black is king’, Beyoncé recria ‘Rei leão’ e faz filme melhor que o de 2019; G1 já viu
Álbum visual baseado na trilha do remake de 'Rei leão' de 2019 é mais legal do que o próprio longa. Beyoncé reimagina saga de Simba unindo mitologia africana e os dias atuais. Veja trailer de 'Black is king', da Beyoncé Beyoncé foi convidada para uma trilha sonora e acabou fazendo os clipes das músicas ficarem melhores do que o próprio filme. O álbum visual "Black is king" é uma recriação da saga de "O Rei Leão" mais criativa do que o remake feito em 2019. O longa do ano passado, que recontava a animação de 1993 com imagens realistas dos animais, tinha trilha de Beyoncé. Agora ela lança o "álbum visual" baseado na trilha. Aqui, Simba é um garoto negro que acha em suas raízes força para viver em 2020. Ela recria todo o universo da trama com a verve que faltou no segundo filme. Leia mais: Com novo 'O Rei Leão', Disney se torna ótima 'plagiadora' de seus próprios clássicos; G1 já viu "Black is king" saiu nesta sexta (31) na plataforma Disney +. Seria melhor ter feito o contrário: transformar a ideia de Beyoncé no longa principal e deixar as imagens de leões realistas para vídeos extras no ano seguinte. Beyoncé no novo trailer de 'Black is king' Reprodução/Instagram/beyonce Como tudo que Beyoncé faz, o figurino e a fotografia são superproduzidos. O começo até demora a ganhar ritmo, com cara de editorial de moda e narração sussurrada em off tipo de "Democracia em vertigem". Mas quando a história e a parte musical engatam, o ritmo vem certinho. As assustadoras hienas da animação original viram uma gangue de moto, e Jesse Reyes encarna com força este espírito sinistro em "Scar", uma das melhores cenas. A fase "Hakuna Matata", do jovem Simba se divertindo com Timão e Pumba, vira ostentação numa mansão com Beyoncé e o marido. Não há papeis claros, mas dá para inferir que Jay-Z é o Pumba – sacada melhor que qualquer tentativa de graça do filme de 2019. Beyoncé lança clipe de 'Already', música que integra novo álbum visual da cantora Reprodução/YouTube Além de Rayes e Jay-Z há diversos convidados, de Naomi Campbell a Kendrick Lamar, incluindo Blue Ivy, filha de Beyoncé, já com oito anos de idade. Há inserções de áudios dos diálogos tirados do filme para acompanhar a relação entre a história original e a criada por Beyoncé. O Simba de "Black is king" é uma criança negra que se perde no mundo e acha nas suas raízes africanas a força para crescer. O filme ainda tem a vantagem de vir na esteira dos protestos antirracistas após a morte de George Floyd, maior manifestação da história dos Estados Unidos. Neste contexto, as falas de Beyoncé sobre coragem e superação se tornam menos genéricas e mais urgentes. Mais um ponto para "Black is king".
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Fabiana Cozza faz oração ao orixá das folhas antes do álbum ‘Dos Santos’ ‘baixar’ em setembro
Single com música inédita de Pedro Luís e Carlos Rennó está programado para 7 de agosto. ♪ Oitavo álbum de Fabiana Cozza, Dos Santos vai baixar no mercado fonográfico em 4 de setembro. Antes, a cantora apresenta na próxima sexta-feira, 7 de agosto, Oração a Ossain, terceiro e último single antes do lançamento desse álbum conceitual de repertório inédito composto por saudações a divindades de religiões de matrizes africanas e indígenas. A música Oração a Ossain foi feita pelo compositor carioca Pedro Luís, com letra de Carlos Rennó, sob encomenda para a cantora paulistana – assim como todo o repertório do disco, com exceção de Senhora negra (2017), música já pré-existente do compositor mineira Sérgio Pererê, cantada por Cozza de forma sublime em gravação lançada em 19 de junho como o primeiro single do álbum Dos Santos. Composição de Moyseis Marques com letra de Luiz Antonio Simas (também autor dos versos de outras duas músicas do repertório), Bravum de Elegbara foi o segundo single do álbum Dos Santos, lançado em 10 de julho. Capa do single 'Oração a Ossain', de Fabiana Cozza Divulgação Mantendo o alto padrão de qualidade dos dois singles anteriores, Oração a Ossain tem como destaque do arranjo o suingue do toque da guitarra de Jurandir Santana, músico baiano residente em Barcelona, na Espanha. Produtor e arranjador do álbum Dos Santos, o baixista Fi Maróstica tira sons percussivos ao batucar o corpo do contrabaixo, instrumento que Fi toca na gravação de Oração a Ossain. Cabe lembrar que, na simbologia das religiões de matriz afro-brasileira, Ossain é o orixá das folhas sagradas com poder curativo. No álbum Dos Santos, cujo engenhoso título reproduz o último sobrenome de Fabiana Cozza dos Santos, a cantora dá voz a músicas de compositores como Alfredo Del-Penho, Douglas Germano, Giselle de Santi, Nei Lopes, Paulo César Pinheiro, Roque Ferreira e Tiganá Santana, além dos já mencionados Carlos Rennó, Luiz Antonio Simas, Moyseis Marques, Pedro Luís e Sérgio Pererê.
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Oswaldo Montenegro faz ‘A voz da tela’ ressoar em single após 25 anos
Artista lança gravação inédita da canção apresentada em 1995 no álbum 'Aos filhos dos hippies'. ♪ Há 25 anos, Oswaldo Montenegro renovou o repertório autoral ao apresentar cancioneiro inédito do álbum Aos filhos dos hippies (1995). Uma das músicas desse disco foi A voz da tela, parceria do compositor carioca com Márcio Guimarães gravada originalmente pelo menestrel com a participação de Tânia Maya. Escrita na época em que Montenegro compunha a trilha sonora para balé sobre pintores, A voz da tela ressoa após 25 anos em gravação inédita lançada em single disponibilizado na sexta-feira, 31 de julho, duas semanas após o clipe ter entrado em rotação. Capa do single 'A voz da tela', de Oswaldo Montenegro Divulgação Nesse novo registro da canção, o arranjo e a mixagem são de Alexandre Meu Rei, músico que tocou guitarra e baixo no fonograma formatado com a voz e o violão de Montenegro. No embalo da edição do single A voz da tela, Oswaldo Montenegro estreia no Canal Brasil neste sábado, 1º de agosto, a série ficcional De sonhos e segredos, composta por seis episódios roteirizados, dirigidos, editados e sonorizados pelo próprio Oswaldo Montenegro, artista multimídia que entrou em cena na década de 1970.
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Arícia Mess apronta álbum ‘Versos do mundo’ com samba em parceria com Dona Onete
Enquanto viabiliza a edição do disco, artista lança o single 'Viralata humana' com oito capas diferentes. ♪ Cantora e compositora de origem fluminense projetada na década de 1990, Arícia Mess apronta o terceiro álbum – o primeiro desde Onde mora o segredo (2010), lançado há dez anos. Intitulado Versos do mundo, o terceiro álbum de Arícia apresenta repertório composto e gravado entre São Paulo (SP), Lisboa (Portugal) e Londres (Inglaterra), cidades onde a artista viveu nos últimos três anos. Uma das músicas do álbum Versos do mundo é o samba Batuque é reza forte, composto e gravado pela artista com a paraense Dona Onete em Londres. A parceria nasceu quando Arícia encontrou Onete na capital da Inglaterra para entrevista para o programa de rádio Música negra do Brasil e do mundo, apresentado pela cantora niteroiense. Em vez de se deixar ser entrevistada, Onete surpreendeu Arícia ao improvisar melodias e cantos que, complementados posteriormente por Arícia, geraram o samba Batuque é reza forte. Gravado com a voz de Onete (captada na gravação da suposta entrevista), o violão de Aleh Ferreira e a percussão de Pupillo, o samba está sendo previamente apresentado na coletânea Brazil – Samba, bossa e beyond, editada na sexta-feira, 31 de julho, pelo selo norte-americano Putumayo. Uma das oito capas do single 'Viralata humana' Arte de Dedeia Rocha Enquanto procura meios de viabilizar a edição do disco Versos do mundo, Arícia Mess lança na próxima quinta-feira, 6 de agosto, single avulso e dissociado do álbum (embora previsto para entrar no disco como faixa-bônus). Trata-se de Viralata humana, single que apresenta música composta pela artista com Suely Mesquita nos anos 1990, mas até então inédita em disco. Arícia chegou a anunciar a edição do single Viralata humana em outubro de 2018 em rede social, mas o lançamento oficial da musica acabou ficando para este mês de agosto de 2020, com o charme de o single – produzido por Carlos Trilha e João Deogracias – chegar às plataformas de áudio com nada menos do que oito capas diferentes. Cada capa é assinada por uma mulher integrante de time de oito artistas convidadas a criar imagem tradutora de Viralata humana, música que mistura reggae e rap com a habitual pegada black da artista. Cinco – Ana Luiza Rodrigues, Dedeia Rocha (autora da colagem vista na capa exposta acima), Marcia Thompson, Mercedes Lachamann e Patricia Tavares – são artistas plásticas. Jô Hallack é jornalista e roteirista. Marcella Haddad é fotógrafa. Já Nina Miranda é cantora e compositora, além de artista visual.
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Cinema drive-in dedicado a filmes brasileiros abre neste sábado em SP com ingressos gratuitos
Com curadoria da cineasta Marina Person, cine em São Paulo começa a funcionar neste sábado (1º) no estacionamento da Alesp e quer exaltar filmes nacionais clássicos e contemporâneos. Drive-in Paradiso estreia hoje na Alesp O cinema drive-in Paradiso, dedicado a filmes brasileiros, abre neste sábado (1º) no estacionamento da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), na região do Ibirapuera, na Zona Sul de São Paulo, com ingressos gratuitos. O projeto é do Instituto Olga Rabinovich com parceria da Prefeitura de São Paulo por meio da Secretaria Municipal de Cultura e da Spcine, parceria do Cine Autorama, e apoio da Alesp. A curadoria é feita pela cineasta Marina Person. O evento possui capacidade para 100 carros, com até quatro pessoas por veículo, as quais serão submetidas à triagem que inclui medição de temperatura. Cinema drive-in: filmes, ingressos, programação e horários O filme escolhido para a abertura foi "Café com Canela", para celebrar o movimento "Vidas Negras Importam". A previsão é a de que o espaço funcione até o dia 23 de agosto. A programação vai mesclar clássicos do cinema brasileiro, como "Central do Brasil", comédias como "De pernas pro ar 3" e filmes mais novos, como o inédito "Meu Nome é Bagdá". A sessões serão realizadas aos sábados e domingos, às 17h, 20h e 23h e os ingressos deverão ser reservados pela plataforma Sympla. Público acompanha filme dentro dos carros em sessão do cinema Drive-In Paradiso, no estacionamento da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) neste sábado (1). Anderson Lira/Estadão Conteúdo Programação 17h Sessão #vidasnegrasimportam Filme: Café com Canela Direção: Glenda Nicário e Ary Rosa Ano: 2017 Classificação: 14 anos Duração: 103 minutos Gênero: Drama 20h Filme: Meu Nome É Bagdá Direção: Caru Alves de Souza Ano: 2019 Duração: 100 minutos Gênero: Drama 23h Filme: Central do Brasil Direção: Walter Salles Ano: 1998 Classificação: 12 anos Duração: 120 minutos Gênero: Drama Domingo (02/08) 17h Filme: As Aventuras do Avião Vermelho Direção: Frederico Pinto e José Maia Ano: 2014 Classificação: Livre Duração: 100 minutos 20h Filme: Elis Direção: Hugo Prata Ano: 2016 Classificação: 14 anos Duração: 105 minutos Gênero: Drama 23h Filme: De Pernas pro Ar 3 Direção: Julia Rezende Ano: 2018 Classificação: 14 anos Duração: 108 minutos Gênero: Comédia
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Discos para descobrir em casa – ‘Orlando Silva canta músicas de Ary Barroso’, Orlando Silva, 1953
Capa do álbum 'Orlando Silva canta músicas de Ary Barroso', de Orlando Silva Reprodução ♪ DISCOS PARA DESCOBRIR EM CASA – Orlando Silva canta músicas de Ary Barroso, Orlando Silva, 1953 ♪ Formato lançado em 1951 no mercado fonográfico do Brasil, o LP de 10 polegadas – disco de vinil com espaço para oito faixas em dois lados – possibilitou a idealização de álbuns conceituais. Antes de ceder lugar ao LP de 12 polegadas, a partir de 1956, esse primeiro molde de LP conviveu nas lojas com os seminais singles de 78 rotações por minutos. Foi em LP de 10 polegadas editado em 1953 pela gravadora Musidisc que a voz referencial do cantor carioca Orlando Garcia da Silva (3 de outubro de 1915 – 7 de agosto de 1978) se uniu ao cancioneiro igualmente emblemático do compositor mineiro Ary Evangelista Barroso (7 de novembro de 1903 – 9 de fevereiro de 1964), cuja obra é um dos pilares da música brasileira construída dos anos 1930 aos anos 1950 antes da ruptura estética provocada pela revolução da Bossa Nova. Primeiro ídolo de massa produzido no Brasil dos anos 1930 pela indústria do disco e pela máquina do rádio, Orlando Silva já estava distante do auge da voz e da popularidade quando entrou em estúdio em 1953 para gravar, com arranjos e com a orquestra do maestro paulistano Leo Peracchi (1911 – 1993), oito músicas de Ary Barroso – e também oito músicas do compositor carioca Custódio Mesquita (1910 – 1945) para dar origem a um segundo LP de 10 polegadas editado pela Musidisc naquele ano de 1953. Mesmo assim, o artista ainda era, se não um senhor cantor, pelo menos um grande cantor a ser respeitado, nem que fosse pela história pregressa. Orlando Silva tinha sido “o cantor das multidões” que impressionara ninguém menos do que João Gilberto (1931 – 2019) com o moderno fraseado vocal e com divisões sagazes que chamaram a atenção do futuro criador da bossa nova e que, mais tarde, também encantariam um discípulo insuspeito chamado Roberto Carlos, futuro rei da juventude brasileira dos anos 1960. No período que foi de 1935 a 1942, Orlando Silva conseguiu ofuscar a fama de outros grandes cantores de multidões como o conterrâneo carioca que lhe ajudara no início da carreira, Francisco Alves (1898 – 1952), o “rei da voz”, calado em fatal acidente de carro, um ano antes de Orlando abordar as oito músicas de Ary Barroso nesse LP de 10 polegadas que pode ser considerado o primeiro álbum do cantor. Dono de potente voz de longo alcance, propagada pelo rádio a partir de 1934, estreada em disco em 1935 e moldada para repertório de tom seresteiro, Orlando Silva saiu do subúrbio carioca para a glória nacional de forma quase instantânea, a ponto de ter se tornado ídolo já na segunda metade dos anos 1930. Em 1953, a discografia do cantor já incluía gravações originais de músicas emblemáticas como o choro-canção Carinhoso (Pixinguinha, 1917, com a letra posterior de João de Barro, 1937) e a valsa Lábios que beijei (J. Cascata e Leonel Azevedo, 1937). Só que as multidões se afastaram do cantor ao longo dos anos 1940 e Orlando Silva amargou um dos declínios mais dolorosos (literal e metaforicamente) da história da música brasileira. A dor literal era procedente da deterioração dos ossos que embasam as raízes dos dentes, problema que obrigou o artista a extrair vários dentes e a usar doses cavalares de morfina, droga que já usara para amenizar o sofrimento decorrente da amputação de parte do pé, consequência de grave acidente de bonde sofrido em 1932, dois anos antes de o cantor iniciar a escalada fulminante para o sucesso. A morfina corroeu a voz privilegiada do cantor – de emissão já prejudicada pela extração dos dentes – e essa perda (parcial) do viço vocal como intérprete provocou dores tão ou mais profundas na alma de Orlando Silva. Ouvidas em 2020 sem esse contexto trágico, as oito interpretações alinhadas no LP de dez polegadas Orlando Silva canta músicas de Ary Barroso flagram um cantor ainda dono do dom, mesmo que soe como um cantor menos arrebatador no confronto inevitável com o intérprete da fase áurea. Na primeira das oito faixas do disco, gravada com andamento lento e com contracantos proeminentes, Orlando Silva revolveu Terra seca (1943) – samba de caráter social, lançado há então dez anos pelo conjunto vocal Quatro Ases e um Coringa – e, na sequência, deu voz ao melodramático e moralista samba-canção Trapo de gente (1953), também gravado naquele mesmo pela cantora Linda Batista (1919 – 1988). Apresentada em disco na voz de Silvio Caldas (1908 – 1998), outro cantor imponente da era do rádio, a composição Por causa desta cabocla (Ary Barroso e Luiz Peixoto, 1935) exalou lirismo seresteiro e ruralista no registro tradicionalista de Orlando Silva. Também lançados por Caldas, ambos em 1935, os sambas-canção Inquietação e Tu mostraram que o cantor tinha pleno entendimento do significado poético dos versos que interpretava com boa combinação de técnica e sentimento. Tu, em especial, reiterou no LP a vocação de Orlando Silva para dar voz a temas líricos, de romantismo derramado – habilidade que deveria ter convencido o maestro Leo Peracchi a dispensar o coro do arranjo demasiadamente opulento, criado à moda grandiloquente da época. Erro que, na gravação de Orlando, também empanou ligeiramente o brilho de outra pérola então recente de Ary Barroso no terreno do samba-canção, Risque (1952), composição apresentada no ano anterior na voz da cantora Aurora Miranda (1915 – 2005). Muito presente no disco, o coro se ajustou com menor estranheza ao samba Faceira. Composição lançada em 1931 na voz do recorrente Silvio Caldas, Faceira foi a música mais antiga da boa seleção de repertório deste álbum Orlando Silva canta músicas de Ary Barroso. E que músicas! O samba-canção Caco velho (1934), apresentado em disco há então 19 anos na voz da esquecida cantora gaúcha Elisa Coelho (1909 – 2001), corroborou o acerto do reencontro da obra refinada de Ary Barroso com o canto de Orlando Silva. A voz desse grande cantor – mesmo ofuscada por intérpretes sucessores como Nelson Gonçalves (1919 – 1998) e por movimentos musicais como a Bossa Nova, a Jovem Guarda e a Tropicália – somente se calaria definitivamente em agosto de 1978, quando o nome de Orlando Garcia da Silva já estava entronizado na história da música brasileira por ter arrastado multidões embevecidas entre 1935 e 1942.
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Lives de hoje: Gusttavo Lima, Aglomerou, Léo Santana, Emicida e mais shows para ver em casa
Neste domingo (2) também tem a edição virtual do festival Lollapalooza, além de Larissa Luz, Teresa Cristina e mais; veja lista de shows. Aglomerou, Emicida e Gusttavo Lima fazem lives neste domingo (2) Divulgação Gusttavo Lima, Léo Santana e Emicida estão entre os destaques das lives deste domingo (2). Outra transmissão marcada é do grupo de pagode Aglomerou, após o tiroteio que interrompeu a live na semana passada. Também vai continuar a edição virtual do festival Lollapalooza. Veja a lista completa com horários das lives abaixo. O G1 já fez um intensivão no começo da onda de lives, constatou o renascimento do pagode nas transmissões on-line, mostrou também a queda de audiência do fenômeno e a polêmica na cobrança de direito autoral nas lives. Léo Santana convida Dilsinho e Ferrugem – 13h – Link Gusttavo Lima com participação de Matheus & Kauan, Rai Saia Rodada e Wallas Arrais – 14h – Link Aglomerou – 15h – Link Larissa Luz (Em Casa com Sesc) – 19h – Link Lolla 2020 – 19h – Link Emicida – 21h – Link Teresa Cristina – 22h – Link Semana Pop: como a pandemia afetou as produções de seriados médicos
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G1 Ouviu #100 – As cem músicas para entender o pop atual
Centésimo episódio do podcast é especial e traz uma lista para entender os principais movimentos da música brasileira e internacional hoje; ouça. Você pode ouvir o G1 ouviu no G1, no Spotify, no Castbox, no Google Podcasts ou no Apple Podcasts. Assine ou siga o G1 Ouviu para ser avisado sempre que tiver novo episódio no ar. O que são podcasts? Um podcast é como se fosse um programa de rádio, mas não é: em vez de ter uma hora certa para ir ao ar, pode ser ouvido quando e onde a gente quiser. E em vez de sintonizar numa estação de rádio, a gente acha na internet. De graça. Dá para escutar num site, numa plataforma de música ou num aplicativo só de podcast no celular, para ir ouvindo quando a gente preferir: no trânsito, lavando louça, na praia, na academia… Os podcasts podem ser temáticos, contar uma história única, trazer debates ou simplesmente conversas sobre os mais diversos assuntos. É possível ouvir episódios avulsos ou assinar um podcast – de graça – e, assim, ser avisado sempre que um novo episódio for publicado G1 ouviu, podcast de música do G1 G1/Divulgação
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Técnicos de som, luz e imagem de eventos se manifestam em SP por protocolos para volta ao trabalho
Profissionais levaram cases que usam para guardar equipamentos e protestaram em frente à Alesp, neste domingo na Zona Sul. Organizadores dizem que pandemia trouxe 'apagão'. Profissionais da área técnica de eventos, shows, teatro e cinema promovem manifestação Passeata com Cases em São Paulo neste domingo (2) Van Campos/FotoArena/Estadão Conteúdo Profissionais da área técnica de eventos, conhecidos nos bastidores como "graxa", fizeram uma passeata de protesto neste domingo (2), na Zona Sul da cidade de São Paulo. Levando os cases que usam para trabalhar, eles cobraram uma definição dos protocolos de segurança para a retomada do setor ao trabalho durante a pandemia de coronavírus, entre outras coisas (veja abaixo). Segundo os organizadores, a pandemia do coronavírus trouxe "o verdadeiro pesadelo do apagão". A reivindicação do grupo é por um plano emergencial para a categoria e pela revisão das leis para o setor, que "não mais atendem a realidade e necessidades da Área Técnica". "Somos os profissionais que ninguém vê, mas, sem o nosso trabalho, nenhum artista sobe ao palco, nenhuma marca apresenta o seu produto, nenhum aplauso será ouvido. Sim, nós empurramos cases, mas também fazemos o show acontecer", escreveram os profissionais em um manifesto. Durante a passeata, os manifestantes levaram os cases usados nos bastidores para guardar os equipamentos para a montagem dos shows. Eles realizaram o ato em fila, com distanciamento entre os participantes, que usavam máscaras de proteção e seguravam cartazes. O grupo se reuniu na Avenida Pedro Álvares Cabral, nas imediações do Parque Ibirapuera, passou pelo Monumento às Bandeiras, e terminou em frente a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp). Profissionais da área técnica de eventos pedem protocolos para retomada ao trabalho em protesto neste domingo (3), em São Paulo Van Campos/FotoArena/Estadão Conteúdo O que reivindicam As principais reivindicações dos manifestantes são: definição dos protocolos de segurança para a retomada do setor ao trabalho; auxílio emergencial até o fim do estado de calamidade pública ou até que seja autorizada a realização de eventos; cursos de capacitação para os profissionais, de modo que possam atuar como trabalhadores formais; criação de um Comitê de Eventos no Conselho Nacional de Turismo para identificar e discutir questões do setor de eventos; criação de uma linha de crédito voltada para o setor de eventos, visando, principalmente, o pagamento da folha de salários e das despesas das empresas.
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