Adriana Calcanhotto lança em agosto a edição em LP de ‘Só’
Caracterizado como 'disco emergencial' pela artista, o álbum autoral apresenta nove músicas compostas durante o isolamento social. ♪ A fábrica paulistana de LP Vinil Brasil abriu as portas neste mês de julho de 2020 somente para produzir a edição em LP de Só, álbum lançado por Adriana Calcanhotto em 29 de maio com nove músicas compostas pela artista durante o isolamento social iniciado em março. Caracterizado por Calcanhotto como “disco emergencial”, Só tinha sido lançado somente em edição digital. A edição em LP do álbum Só estará à venda na primeira semana de agosto na loja virtual que comercializa produtos associados à obra de Adriana Calcanhotto. Primeiro álbum editado pela cantora de forma independente, sem o selo da gravadora Sony Music, Só permanece inédito no formato de CD. Capa do álbum 'Só', de Adriana Calcanhotto Murilo Alvesso / Arte de Mike Knecht
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Livros de autoajuda e finanças pessoais dominam lista de mais vendidos durante quarentena
'Do mil ao milhão sem cortar o cafezinho' é topo de ranking de vendas dos últimos meses. Mercado de livros apresenta primeira alta em relação a 2019 desde início da pandemia no país. Homem usando máscara de proteção organiza livros na livraria La Sorbonne, na França Eric Gaillard/Reuters Os livros de autoajuda e finanças pessoais dominaram a lista de livros mais vendidos no período da quarentena. Em relatório feito pela Nielsen Bookscan, as duas categorias foram destaque no ranking das 10 obras com maior número de vendas. Os dados são referentes ao período de 16 de março até 19 de julho de 2020. "Do mil ao milhão sem cortar o cafezinho", do educador financeiro Thiago Nigro, aparece no topo da lista, seguido de "A sutil arte de ligar o f*da-se", de Mark Manson. "A revolução dos bichos" é a única ficção a aparecer no ranking. Confira lista dos 10 livros mais vendidos durante quarentena: "Do mil ao milhão sem cortar o cafezinho", de Thiago Nigro (HarperCollins) "A sutil arte de ligar o f*da-se", de Mark Manson (Intrínseca) "Mulheres que correm com os lobos", Clarissa Pinkola Estés (Rocco) "Os segredos da mente milionária", T. Harv Eker (Sextante) "Mais esperto que o diabo", de Napoleon Hill (CDG) "O milagre da manhã", de Hal Elrod (Best Seller) "O homem mais rico da Babilônia", de George S. Clason (HarperCollins) "A revolução dos bichos", de George Orwell (Companhia das Letras) "Mindset", de Carol S. Dweck (Objetiva) "Pequeno manual antirracista", de Djamila Ribeiro (Companhia das Letras) Autoajuda escandinava: Como livros que vendem felicidade nórdica viraram best-sellers Mercado em alta De acordo com dados de um estudo feito pela Nielsen e apresentado pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel), ao longo do mês de julho foram vendidos 2,95 milhões de títulos em todo o Brasil, o que gerou um faturamento de R$117,08 milhões. O resultado representa um aumento de 0,64% em volume e 4,44% em valor, em comparação com o mesmo período de 2019. Desde março, quando teve início a quarentena, este é o primeiro mês em que o resultado de 2020 na venda de livros supera o de 2019. O mercado de livros sofreu bastante com a pandemia e as livrarias iniciaram este mês o movimento de retomada de funcionamento. Assim como o restante das lojas, elas têm de obedecer a algumas regras, como distanciamento entre clientes e barreiras de acrílico nos caixas. A maior mudança é em relação aos livros manuseados. A cada vez que um cliente folheia um livro, ele precisa ser limpo imediatamente. Para não estragar a capa, o número de unidades embaladas com plástico aumentou.
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Lobão pega ‘Trem de doido’ em projeto com músicas de Aldir Blanc, Chico Buarque e Zé Rodrix
Cantor está em estúdio para gravar composições de artistas associados ao universo da MPB. ♪ Lobão vai pegar Trem de doido, uma das músicas menos conhecidas do álbum duplo Clube da Esquina (1972). Em vídeo postado em rede social na noite de quarta-feira, 29 de julho, o artista carioca revelou que está “enfurnado” no estúdio para gravar músicas de artistas associados ao universo da MPB. Além de Trem de doido, composição dos irmãos Lô Borges e Marcio Borges, Lobão planeja registrar músicas de Aldir Blanc (1946 – 2020), Caetano Veloso (Terra, canção de 1978), Chico Buarque (Pedaço de mim, outra canção de 1978), Gilberto Gil, Jards Macalé e Luiz Melodia (1951 – 2017), entre outros compositores. Sucesso do trio Sá, Rodrix & Guarabyra, Hoje ainda é dia de rock (Zé Rodrix, 1972) também está na seleção do cantor e compositor carioca, tendo sido gravada nesta última semana de julho de 2020. Esses registros constituem um projeto – caracterizado por Lobão no vídeo como “Canções da pandemia” – e devem dar origem a um disco de intérprete com releituras de músicas alheias produzidas e arranjadas pelo próprio Lobão. A maioria do repertório parece vir dos anos 1970, década anterior à da projeção obtida por Lobão no universo do rock brasileiro dos anos 1980.
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5ª Sinfonia de Beethoven ganha remix brega-funk nos 250 anos do músico alemão; ouça trecho
Gravadora Warner Classics promove ações globais para celebrar obra de Beethoven e convidou DJ pernambucano JS O Mão de Ouro para remix; 9ª Sinfonia sai no dia 14 de agosto. Ouça trecho do remix brega-funk da 5ª Sinfonia em celebração de 250 anos de Beethoven A 5ª Sinfonia de Beethoven ganhou um remix brega-funk como parte de uma celebração global da gravadora multinacional Warner por conta dos 250 anos de nascimento do compositor alemão. O remix foi assinado pelo DJ pernambucano JS O Mão de Ouro, a pedido da Warner Music Brasil, em parceria com a Warner Classics, divisão de música erudita da empresa. Ouça acima um trecho exclusivo da versão brega-funk da 5ª Sinfonia de Beethoven. A faixa completa será divulgada nesta sexta-feira (31). Beethoven e DJ JS O Mão de Ouro AP e Divulgação "Um personagem tão especial para a história da música não poderia passar despercebido pelo novo público, mais jovem e popular. Pensando nisso, a Warner Music Brasil, de maneira inédita, convida JS O Mão de Ouro para homenagear Beethoven em dois lançamentos celebrativos", diz a gravadora em comunicado. "O primeiro deles estreia nesta sexta-feira, dia 31 de julho, em todas as plataformas digitais – uma versão brega funk da "5ª Sinfonia". O próximo, chegará no dia 14 de agosto, com remix da '9ª Sinfonia'", avisa a Warner. Capa do single lançado pela Warner Music Brasil com remix brega-funk da 5ª Sinfonia de Beethoven assinada por JS O Mão de Ouro Divulgação Quem é JS O Mão de Ouro? JS O Mão de Ouro assinou quatro das músicas mais tocadas do último verão no Brasil: "Hit contagiante", "Surtada", "Sentadão" e "Tudo ok". Ninguém teve mais faixas do que ele neste ranking na virada do ano. O brega-funk, ritmo do Recife que dobrou de audiência em 2019, tem um som "de lata", com uma batida metalizada. JS criou suas bases batendo com uma colher de pau em uma panela de sua avó. Depois, processou esse som em um notebook antigo, usando lições de tutoriais de YouTube. Leia mais: como a panela de uma avó no Recife deu origem ao som do verão brasileiro de 2020 250 anos de Beethoven A obra de Beethoven foi tema recente do podcast O Assunto (ouça acima). O primeiro registro de Ludwig van Beethoven data de 17 de dezembro de 1770, na cidade alemã de Bonn, onde foi realizada sua certidão de batismo – seu nascimento é incerto, mas, de acordo com seus biógrafos, o mais provável é que tenha ocorrido na véspera, dia 16. Agora, 250 anos depois, o mundo celebra sua obra. Ele foi o segundo dos sete filhos da família Beethoven, dos quais apenas ele, Caspar e Johann sobreviveram. Aos 5 anos, seus traços de genialidade já apareciam no piano e no violino. Aos 12 anos, compôs sua primeira peça. E quando já era o grande compositor de sua geração, aos 26 anos começa a sofrer com a surdez – ao fim da vida, já estava com a audição completamente perdida. Já acometido pela surdez, Beethoven produziu suas maiores composições: as sinfonias, os concertos de piano, as sonatas. Entre elas, a obra que mais bem traduz os valores modernos e iluministas: a Nona Sinfonia, cujo quarto movimento inclui o poema Ode à Alegria, de Friedrich Schiller – hoje, ela é o hino da União Europeia.
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VMA 2020: Lady Gaga e Ariana Grande lideram lista de indicados; veja
Premiação da MTV dos EUA divulgou indicações nesta quinta-feira (30); veja lista. cantoras têm 9 indicações cada. Lady Gaga canta com Ariana Grande em 'Rain on Me' Divulgação/Universal A MTV anunciou nesta quinta-feira (30) os indicados aos Video Music Awards 2020 (VMA). Lady Gaga e Ariana Grande lideram a lista e concorrem em nove categorias cada — incluindo indicações conjuntas pelo clipe de "Rain on me". Em seguida, ficaram Billie Eilish e The Weeknd, indicados a seis prêmios cada. A cerimônia de premiação acontece no dia 30 de agosto, nos Estados Unidos. Veja a lista de indicados: Clipe do ano Billie Eilish – "Everything I Wanted" Eminem ft. Juice WRLD – "Godzilla" Future ft. Drake – "Life Is Good" Lady Gaga com Ariana Grande – "Rain On Me" Taylor Swift – "The Man" The Weeknd – "Blinding Lights" Artista do ano DaBaby Justin Bieber Lady Gaga Megan Thee Stallion Post Malone The Weeknd Música do ano Billie Eilish – "Everything I Wanted" Doja Cat – "Say So" Lady Gaga com Ariana Grande – "Rain On Me" Megan Thee Stallion – "Savage" Post Malone – "Circles" Roddy Ricch – "The Box" Melhor colaboração Ariana Grande & Justin Bieber – "Stuck with U" Black Eyed Peas ft. J Balvin – "RITMO (Bad Boys For Life)" Ed Sheeran ft. Khalid – "Beautiful People" Future ft. Drake – "Life Is Good" Karol G ft. Nicki Minaj – "Tusa" Lady Gaga with Ariana Grande – "Rain On Me" Melhor novo artista Doja Cat Jack Harlow Lewis Capaldi Roddy Ricch Tate McRae Yungblud Melhor pop BTS – "On" Halsey – "You Should Be Sad" Jonas Brothers – "What a Man Gotta Do" Justin Bieber ft. Quavo – "Intentions" Lady Gaga with Ariana Grande – "Rain On Me" Taylor Swift – "Lover" Melhor hip-hop DaBaby – "Bop" Eminem ft. Juice WRLD – "Godzilla" Future ft. Drake – "Life Is Good" Megan Thee Stallion – "Savage" Roddy Ricch – "The Box" Travis Scott – "Highest in the Room" Melhor rock Blink-182 – "Happy Days" Coldplay – "Orphans" Evanescence – "Wasted On You" Fall Out Boy ft. Wyclef Jean – "Dear Future Self (Hands Up)" Green Day – "Oh Yeah!" The Killers – "Caution" Melhor música alternativa The 1975 – "If You're Too Shy (Let Me Know)" All Time Low – "Some Kind Of Disaster" Finneas – "Let’s Fall in Love for the Night" Lana Del Rey – "Doin’ Time" Machine Gun Kelly – "Bloody Valentine" Twenty One Pilots – "Level of Concern" Melhor latina Anuel AA ft. Daddy Yankee, Ozuna, Karol G & J Balvin – "China" Bad Bunny – "Yo Perreo Sola" Black Eyed Peas ft. Ozuna & J. Rey Soul – "Mamacita" J Balvin – "Amarillo" Karol G ft. Nicki Minaj – "Tusa" Maluma ft. J Balvin – "Qué Pena" Melhor R&B Alicia Keys – "Underdog" Chloe x Halle – "Do It" H.E.R. ft. YG – "Slide" Khalid ft. Summer Walker – "Eleven" Lizzo – "Cuz I Love You" The Weeknd – "Blinding Lights" Melhor K-pop (G)I-DLE – "Oh My God" BTS – "On" EXO – "Obsession" Monsta X – "Someone's Someone" Tomorrow X Together – "9 and Three Quarters (Run Away)" Red Velvet – "Psycho" Melhor clipe com mensagem Anderson .Paak – "Lockdown" Billie Eilish – "All the Good Girls Go to Hell" Demi Lovato – "I Love Me" H.E.R. – "I Can’t Breathe" Lil Baby – "The Bigger Picture" Taylor Swift – "The Man" Melhor clipe caseiro 5 Seconds of Summer – "Wildflower" Ariana Grande & Justin Bieber – "Stuck with U" Blink-182 – "Happy Days" Drake – "Toosie Slide" John Legend – "Bigger Love" Twenty One Pilots – "Level of Concern" Melhor performance da quarentena Chloe & Halle – "Do It" from MTV’s Prom-athon CNCO – Unplugged At Home DJ D-Nice – Club MTV presents #DanceTogether John Legend – #togetherathome Concert Series Lady Gaga – "Smile" from One World: Together At Home Post Malone – Nirvana Tribute Melhor direção Billie Eilish – "Xanny" – Dirigido por Billie Eilish Doja Cat – "Say So" – Dirigido por Hannah Lux Davis Dua Lipa – "Don't Start Now" – Dirigido por Nabil Harry Styles – "Adore You" – Dirigido por Dave Meyers Taylor Swift – "The Man" – Dirigido por Taylor Swift The Weeknd – "Blinding Lights" – Dirigido por Anton Tammi Melhor direção de fotografia 5 Seconds of Summer – "Old Me" – Fotografia de Kieran Fowler Camila Cabello ft. DaBaby – "My Oh My" – Fotografia de Dave Meyers Billie Eilish – "All the Good Girls Go to Hell" – Fotografia de Christopher Probst Katy Perry – "Harleys In Hawaii" – Fotografia de Arnau Valls Lady Gaga with Ariana Grande – "Rain On Me" – Fotografia de Thomas Kloss The Weeknd – "Blinding Lights" – Fotografia de Oliver Millar Melhor direção de arte A$AP Rocky – "Babushka Boi" – Direção de arte de A$AP Rocky & Nadia Lee Cohen Dua Lipa – "Physical" – Direção de arte de Anna Colomé Nogu ́ Harry Styles – "Adore You" – Direção de arte de Laura Ellis Cricks Miley Cyrus – "Mother’s Daughter" – Direção de arte de Christian Stone Selena Gomez – "Boyfriend" – Direção de arte de Tatiana Van Sauter Taylor Swift – "Lover" – Direção de arte de Ethan Tobman Melhores efeitos visuais Billie Eilish – "All the Good Girls Go to Hell" – Efeitos visuais por Drive Studios Demi Lovato – "I Love Me" – Efeitos visuais por Hoody FX Dua Lipa – "Physical" – Efeitos visuais por EIGHTY4 Harry Styles – "Adore You" – Efeitos visuais por Mathematic Lady Gaga with Ariana Grande – "Rain On Me" – Efeitos visuais por Ingenuity Studios Travis Scott – "Highest in the Room" – Efeitos visuais por ARTJAIL, SCISSOR FILMS & FRENDER Melhor coreografia BTS – "On" – Coreografia por Son Sung Deuk, Lee Ga Hun, Lee Byung Eun CNCO & Natti Natasha – "Honey Boo" – Coreografia por Kyle Hanagami DaBaby – "Bop" – Coreografia por Dani Leigh and Cherry Dua Lipa – "Physical" – Coreografia por Charm La'Donna Lady Gaga with Ariana Grande – "Rain On Me" – Coreografia por Richy Jackson Normani – "Motivation" – Coreografia por Sean Bankhead Melhor edição Halsey – "Graveyard" – Edição por Emilie Aubry, Janne Vartia & Tim Montana James Blake – "Can't Believe the Way We Flow" – Edição por Frank Lebon Lizzo – "Good As Hell" – Edição por Russell Santos & Sofia Kerpan Miley Cyrus – "Mother’s Daughter" – Edição por Alexandre Moors, Nuno Xico Rosalía – "A Palé" – Edição por Andre Jones The Weeknd – "Blinding Lights" – Edição por Janne Vartia & Tim Montana
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Banda A Cor do Som volta às origens com o instrumental ‘Álbum rosa’
Com a formação clássica, grupo carioca lança disco com regravações de oito temas lançados entre 1977 e 1981. ♪ Reunido desde 2005 com a formação clássica, o grupo carioca A Cor do Som continua de olho no retrovisor. Após celebrar quatro décadas de existência no álbum 40 anos (2018), disco em que o quinteto surgido oficialmente em 1977 reciclou os maiores sucessos em repertório que apresentou duas músicas inéditas, A Cor do Som lança Álbum rosa. Disponível em edição digital a partir desta quinta-feira, 30 de julho, Álbum rosa é disco inteiramente instrumental, condizente com as origens da banda gerada a partir da arregimentação de músicos em 1975 para acompanhar Moraes Moreira (1947 – 2020) após a saída do cantor do grupo Novos Baianos. No disco, Armandinho (guitarra, bandolim e guitarra baiana), Ary Dias (percussão), Dadi Carvalho (baixo), Gustavo Schroeter (bateria) e Mú Carvalho (teclados) – músicos que constituíram a formação clássica d'A Cor do Som no período que foi de 1978 a 1981 – regravam oito músicas originalmente instrumentais apresentadas pelo grupo entre 1977 e 1981. Com capa criada por Batman Zavareze com a aglutinação de dois trabalhos dos irmãos Dadi Carvalho e Mú Carvalho no campos das artes plásticas, Álbum rosa reitera o virtuosismo dos músicos de grupo que, no fim dos anos 1970, injetou frescor pop na música brasileira – em mercado fonográfico então dominado pela MPB, pelo samba e pela disco music tupiniquim – com mix azeitado de rock com ritmos nacionais como choro, frevo (à moda baiana) e xote, além de um toque de música clássica. Capa do 'Álbum rosa', da banda A Cor do Som Batman Zavareze com artes criadas por Dadi Carvalho e Mú Carvalho ♪ Eis as oito músicas que compõem o repertório do Álbum rosa, do grupo A Cor do Som: 1. Chegando na terra (Armandinho Macedo, 1978) – Frevo lançado pelo quinteto no álbum ao vivo gravado em julho de 1978 em show d'A Cor do Som na 12ª edição do Montreux International Jazz Festival, Chegando na terra ganha o primeiro registro de estúdio no Álbum rosa, evidenciando o elétrico toque heavy da guitarra baiana de Armandinho, autor da composição. 2. Dança saci (Mú Carvalho, 1978) – Outra composição oriunda do disco A Cor do Som ao vivo – Montreux International Jazz Festival (1978) e até então nunca gravada em estúdio pelo grupo. 3. Arpoador (Armadinho Macedo, Dadi Carvalho, Gustavo Schroeter e Mú Carvalho, 1977) – Música que abriu o primeiro (instrumental) álbum do grupo, A Cor do Som, editado em 1977 com sonoridade pop elétrica que pareceu um desdobramento da mistura brasileira dos Novos Baianos, pais da banda. 4. Frutificar (Mú Carvalho, 1979) – Música-título do terceiro álbum d'A Cor do Som, Frutificar, lançado em 1979 com algumas composições com letras, caso do então inédito xote Abri a porta (Dominguinhos e Gilberto Gil, 1979), hit radiofônico do grupo. Tema de autoria de Mú Carvalho, Frutificar é suíte em três movimentos que expôs a influência da música clássica na arquitetura do som do quinteto. 5. Pororocas (Armandinho Macedo e Luís Brasil, 1979) – Outra música lançada originalmente no álbum Frutificar (1979), Pororocas é revivida no Álbum rosa com Armandinho no toque frenético do bandolim, instrumento condutor deste galope à beira-mar. 6. Ticaricuriquetô (Armandinho Macedo, 1979) – Frevo baiano, gênero que rendera hits para Caetano Veloso e Moraes Moreira ao longo dos anos 1970, Ticaricuriquetô também apareceu no álbum Frutificar (1979) com pegada heavy, veículo para a exposição dos dotes do compositor do tema, Armandinho, no toque da guitarra. 7. Espírito infantil (Mú Carvalho, 1977) – Tema apresentado em festival de choro transmitido pela TV Bandeirantes em 1977, Espírito infantil é choro que se integrou ao movimento de renovação do gênero na segunda metade dos anos 1970. Foi gravado pel'A Cor do Som no primeiro álbum do grupo e reprisado no disco ao vivo captado no festival de Montreux. 8. Saudação à paz (Mú Carvalho, 1981) – Composição que abriu o quinto álbum do grupo, Mudança de estação (1981), Saudação à paz fecha o Álbum rosa d'A Cor do Som.
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Felipe Neto é vítima de acusações falsas e ameaças nas redes sociais após fazer críticas a Bolsonaro
'Estou vendo agora na prática até onde as pessoas são capazes de ir', afirmou influenciador digital em entrevista ao 'Jornal Nacional'. Influenciador digital Felipe Neto é vítima de fake news e de ameaças
O influenciador digital Felipe Neto tem sido vítima de acusações falsas e de ameaças nas redes sociais desde que começou a fazer críticas a Jair Bolsonaro.
Nesta terça-feira (29), homens acompanhados de um carro de som foram até a entrada do condomínio onde Neto mora. Um deles se identifica nas redes sociais como "Cavallieri, o guerreiro de Bolsonaro".
Em outra publicação nas redes sociais, ele aparece segurando um fuzil, ao lado de crianças assustadas, e ameaça o influenciador.
"É, Felipe Neto. A gente vai se encontrar em breve. Eu quero ver se tu é macho. (…) Eu quero ver tu tirar onda comigo. Teus seguranças não me intimidam, não, irmão, que aqui também o bonde é pesado."
Em entrevista ao "Jornal Nacional" nesta quarta-feira (30), o influenciador digital afirmou que não imaginava que a reação fosse tão forte.
"Virem atrás de mim, dentro da minha casa, é um nível de perseguição que eu não imaginei que aconteceria. É o tipo de coisa que você vê em filme, vê em série, mas nunca imagina que realmente aconteça", disse Neto.
"Você vê em novela. Sabe aquele vilão de novela que você diz assim: 'não existe na vida real'. Mas existe, ele está aí, ele acontece, e estou vendo agora na prática até onde as pessoas são capazes de ir."
Ele é um dos maiores influenciadores digitais do país, com 63 milhões de seguidores em redes sociais.
Neto ganhou fama com vídeos de humor, muitas vezes críticas ácidas, a personagens e situações comuns aos jovens.
Nos últimos anos, ele passou também a falar de política, com críticas frequentes ao PT durante o governo de Dilma Rousseff.
Desde a eleição de 2018, também tem criticado duramente o presidente Bolsonaro.
Críticas no 'Times'
No último dia 15, o jornal americano "New York Times" publicou um vídeo de Felipe, com grande repercussão, no qual ele diz em inglês que Bolsonaro é o pior líder mundial no combate contra a Covid-19.
Desde então, passou a ser vítima de uma campanha de destruição nas redes sociais. Uma montagem liga seu perfil em uma rede com uma mensagem, que ele nunca escreveu, fazendo apologia a pedofilia.
A equipe do Fato ou Fake constatou que a mensagem é falsa, mas sua imagem já tinha sido prejudicada. Em um levantamento feito pelo próprio influenciador, em sites de busca seu nome já aparece ligado à palavra "pedófilo".
"Eu nunca imaginei que fosse passar por isso. Eu nunca dei qualquer margem, ou qualquer suspeita, ou levantei qualquer tipo de insinuação que pudesse levar qualquer pessoa a me associar com esse crime tão perverso, tão odioso, e ver isso acontecendo. As pessoas por não terem nada a falarem sobre mim inventam posts. Pegarem a minha foto e montarem no photoshop posts como se eu tivesse escrito. Aquilo mostra o quão vil é o coração dessas pessoas. O quanto elas estão dispostas a fazer o que quer que seja", disse Neto.
"Elas são capazes de mentir, de deturpar, de descontextualizar, de perseguir, de atacar. Eu não sei até onde mais elas são capazes de ir pra vencer isso que eles acreditam ser uma guerra moral, uma batalha do bem contra o mal onde eles não percebem que eles representam o mal."
Repercussão
Nesta terça-feira (28), dezenas de entidades como a Associação Brasileira de Imprensa, o Instituto Igarapé e o Instituto Vladimir Herzog assinaram uma carta em defesa da liberdade de expressão e condenaram o que chamaram de "campanha organizada e estruturada, contendo informações comprovadamente falsas, com o intuito de prejudicar a imagem de sua pessoa".
"Esses ataques online, eles têm repercussão na vida real das pessoas. A difamação e essa guerrilha digital contra alvos específicos está calando, está ameaçando a nossa democracia", explicou Ilona Szabó, diretora-executiva do Instituto Igarapé.
O professor de direito Thiago Bottino disse que os responsáveis pelos ataques à imagem de Felipe na internet e a ação com carro de som podem responder a processos nas áreas cível e criminal.
"Podemos ter ali, em primeiro lugar, um crime de ameaça, que é quando alguém ameaça de praticar algum tipo de mal, causar algum tipo de dano. As palavras que forem ditas por essas pessoas podem caracterizar tanto injúria quanto difamação. Eventualmente, calúnia também", disse o professor.
Segurança reforçada
Neto reforçou a segurança dele e de sua família, quando os ataques pela internet ficaram mais pesados e mais constantes.
Ele também conta com a ajuda de especialistas em tecnologia que rastreiam e que registram essas ameaças. Elas depois são enviadas à polícia.
O influenciador contratou ainda uma equipe de advogados para processar os responsáveis pelas acusações falsas, e afirmou que as ameaças sofridas na porta de casa também serão denunciadas.
"Eu acho que esse é o principal ponto. As pessoas podem discordar de mim. Não tem problema nenhum elas discordarem de mim. Discorde de mim, me questione, exponha erros que eu possa ter cometido ou que eu possa ter falado. Mas não minta. Não tente atacar com ódio, com raiva e com vontade de arruinar a vida da pessoa", disse Neto.
"Porque o que tá acontecendo comigo hoje pode amanhã acontecer com você que tá fazendo isso. Pode acontecer com alguém da sua família, pode acontecer com qualquer pessoa do país. Então, tenha responsabilidade usando as redes sociais. Entenda que essa campanha de assassinato de reputações, ela é feita através de mentira, ela é feita através de manipulação e que as pessoas manipulam. Esses grandes líderes manipulam justamente essas pessoas que fazem os envios, encaminhamentos. Não seja manipulado."
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Billie Eilish lança ‘My future’; ouça
Cantora lançou single e também clipe em animação; assista. Billie Eilish em versão animação no clipe de 'My future' Divulgação Billie Eilish lançou nesta quinta-feira (30) a música "My future". Ela também divulgou o clipe da música, feito em animação. Clique para assistir. "My future" é, por enquanto, um single avulso e não faz parte de nenhum álbum anunciado por ela. Esta é a primeira música de Billie Eilish desde "No time to die", lançada em fevereiro 2020, como trilha do novo filme da série 007. Semana Pop #73: O fenômeno Billie Eilish: da música sussurrada a ícone da moda alternativa
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Diogo Nogueira adia live por estar com sintomas de Covid-19
A princípio, a apresentação marcada para domingo (2) foi transferida para o dia 23 de agosto. Diogo Nogueira (arquivo) Divulgação O cantor e compositor Diogo Nogueira anunciou que irá adiar uma live que faria no domingo (2). A princípio, a apresentação foi transferida para o dia 23 de agosto. Segundo informações publicadas no perfil do artista no Instagram, o cantor está com sintomas de Covid-19. A mensagem diz, ainda, que ele já fez o teste para verificar se está infectado e que o resultado do exame deve sair nos próximos dias. "Prezando pela saúde e segurança de todos os envolvidos, o artista, em conjunto com sua equipe, optou pelo adiamento da live de Dia dos Pais, que seria transmitida através do YouTube neste domingo dia 02 de agosto. A nova data está prevista para o dia 23 de agosto", informou a equipe do artista. A nota também comunica que Diogo está em isolamento domiciliar e lamentou a interrupção dos planos. "Estou tocado pela corrente de boas energias que tenho recebido e confiante de que logo estaremos juntos novamente para levar muito samba, alegria e amor para o público que está em casa", afirmou o artista. Diogo também se solidarizou "com as famílias que estão lidando com a doença e com os profissionais de saúde que trabalham incansavelmente na linha de frente para salvar vidas".
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Discos para descobrir em casa – ‘Amigos chegados’, Jovelina Pérola Negra, 1990
Capa do álbum 'Amigos chegados', de Jovelina Pérola Negra Alexandre ♪ DISCOS PARA DESCOBRIR EM CASA – Amigos chegados, Jovelina Pérola Negra, 1990 ♪ Descendente da nobre linhagem de partideiras fluminenses que traziam na voz a carga ancestral do samba, a cantora e compositora carioca Jovelina Pérola Negra é da família musical de Clementina de Jesus (1901 – 1987) e Dona Ivone Lara (1922 – 2018). Como Clementina, Jovelina Farias Belfort (21 de julho de 1944 – 2 de novembro de 1998) trabalhou como empregada doméstica para se sustentar antes de conseguir viver do ofício de cantora. Como Ivone Lara, Jovelina – partideira hábil na arte de improvisar versos com graça e rapidez – ganhou incentivo de Adelzon Alves para ingressar na carreira musical quando já contabilizava 40 anos. Jovelina era atração frequente dos programas comandados nas madrugadas por esse radialista e produtor musical que notara a destreza da partideira nas rodas do pagode intitulado Terreirão da Tia Doca por ser armado no quintal da casa de Jilçária Cruz Costa (1932 – 2009), a sambista e pastora da Portela conhecida como Tia Doca. Quarto álbum solo de Jovelina Pérola Negra, Amigos chegados foi lançado em 1990 pela RGE, gravadora que editou todos os discos dessa artista nascida no bairro carioca de Botafogo, mas criada em Miguel Couto, distrito do município de Belford Roxo na Baixada Fluminense (RJ), e depois residente no bairro da Pavuna. Integrante da ala das baianas da escola de samba Império Serrano, Jovelina Pérola Negra sempre foi figura assídua e vivaz nas quadras das agremiações e nas rodas de pagode armadas nos subúrbios cariocas. Para o público, no entanto, a cantora apareceu somente em 1985, como uma das intérpretes do disco coletivo Raça brasileira, pedra fundamental para a consolidação da nova geração do samba do Rio de Janeiro – samba então rotulado como pagode pela mídia. Nesse pau-de-sebo (jargão fonográfico que designa discos com vários artistas iniciantes para testar a possibilidade de cada um escalar as paradas de sucesso), Jovelina cantou Pomba rolou (Carlinhos Caxambi e Adilson Gavião, 1985), dividiu com o também debutante Zeca Pagodinho a interpretação de Bagaço da laranja (1985) – partido alto composto por Zeca com Arlindo Cruz que se tornou um dos hits do disco – e deu voz à composição de lavra própria, Feirinha da Pavuna (1985), outro sucesso radiofônico do histórico LP. O estouro do álbum Raça brasileira abriu caminho para que todos os integrantes do disco gravassem um álbum solo. O de Jovelina saiu em 1986 com o nome da cantora no título e com repertório que destacou o partido alto Menina você bebeu (Beto sem Braço, Arlindo Cruz e Acyr Marques, 1986). O sucesso artístico e comercial do primeiro LP solo de Jovelina – com alardeadas 200 mil cópias vendidas – garantiu a continuidade da carreira fonográfica dessa artista de temperamento forte e voz áspera que, sem polimentos de estúdio, evocava uma rica ancestralidade afro-brasileira que fez de Jovelina uma sucessora natural de Clementina de Jesus. Vieram, então, álbuns como Luz do repente (1987), Sorriso aberto (1988) – disco projetado pelo marcante samba-título do compositor Guaracy Sant'anna, o Guará – e Amigos chegados, disco gravado em 1989 e lançado em abril de 1990. Produzido por Milton Manhães, com arranjos de Ivan Paulo e Mauro Diniz, o álbum Amigos chegados foi formatado em estúdio com músicos como Bira Haway (surdo), Evaldo Santos (teclados e guitarra), Gordinho (surdo), Ivan Machado (baixo), Jorge Simas (violão de sete cordas), Paulão (violão), Paulinho da Aba (pandeiro), Pedro Amorim (bandolim), Wanderson Martins (cavaco), Zeca da Cuíca e Zeca do Trombone, além de Mauro Diniz (cavaco). Com repertório composto por 12 sambas assinados por bambas em evidência na época, o álbum Amigos chegados celebrou em Poeta do morro (Carlinhos Cavalcante e Jovelina Pérola Negra, 1990) o legado do então recém-falecido Guará, o já mencionado compositor de Sorriso aberto, de versos evocados na letra de Poeta do morro. O samba que batizou o disco, Amigos chegados (Arlindo Cruz e Luizinho, 1990), foi partido que listou nominalmente na letra os pagodeiros das rodas dos anos 1980. Já o samba Não sei se te mereço (Paula Pinto, Elson Cruz e Chiquinho, 1990) pareceu enraizado em solo mais seminal, com ecos do calango. Peripécias da vida (Beto sem Braço e Carlos Senna, 1990) também soou assentado neste mesmo solo fértil em que também brotou Orgulho negro, samba de terreiro gravado com forte base percussiva e assinado por Tia Doca – em cujo pagode Jovelina começou a ser notada, cabe lembrar – com Jadilson Costa. A azeitada cozinha do disco também temperou Santo forte (Manoel Menezes), partido alto que baixou no terreiro de Jovelina neste álbum que surtiu pouco efeito comercial, até mesmo por conta da crise econômica que ceifou o poder aquisitivo do público consumidor de discos de pagode naquele ano de 1990. Em repertório nem sempre à altura da voz e da importância da partideira, Jovelina deu voz no álbum Amigos chegados a sambas como Porta na cara (Marco Aurélio FM, 1990) e Golpe de azar (Arlindo Cruz, Almir Guineto e Adalto Magalha, 1990), ambos letrados com crônicas sobre problemas conjugais. Em abordagem mais harmoniosa da relação de casal, o amor a dois também foi o tema de Comunhão de bens (1990), samba de Jovelina Pérola Negra com Carlito Cavalcante. Nesse repertório então inédito, Basta te ver (Mauro Diniz e Adilson Victor, 1990) se diferenciou pelo toque serelepe da sanfona de Marquinho em gravação que insinuou flerte do samba com o universo rítmico do forró. Os sambas Não vou te enganar (Simões PQD, Navel do Império, Keller e Duda, 1990) e Meu viver se transformou (Monarco e Ratinho, 1990) completaram o repertório de Amigos chegados, LP sucedido na discografia da artista por álbuns como Samba bom (1991), Vou na fé (1993) e Samba guerreiro (1996). Mesmo com menor visibilidade nos anos 1990, década em que o pagode mais pop de grupos como Raça Negra e Só pra Contrariar emergiu no mercado e desbancou os bambas revelado nos anos 1980, Jovelina Pérola Negra conseguiu se manter em cena. A cantora iria entrar em estúdio no começo de 1999 para gravar o oitavo álbum solo. Só que um infarto, na madrugada de 2 de novembro de 1998, calou a voz dessa partideira, dias após a cantora ter feito, na cidade do Rio de Janeiro (RJ), show intitulado Damas negras do samba ao lado de Ivone Lara e de Leci Brandão. Pérola negra do samba, Jovelina Farias Belfort vive na memória afetiva de quem a conheceu e de seguidores amealhados em vitoriosa trajetória no universo do samba.
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