Ryan Reynolds oferece recompensa de quase R$ 20 mil por ursinho de pelúcia roubado
Dona diz que boneco tinha gravação com voz de sua mãe, que morreu em 2019. Ryan Reynolds em 'Vida' Divulgação O ator Ryan Reynolds ofereceu neste sábado (25) uma recompensa de quase R$ 20 mil (5 mil dólares canadenses) por um ursinho de pelúcia roubado. De acordo com a dona, o boneco tem uma gravação de sua mãe, que morreu em junho de 2019 por causa de um câncer. "Vancouver: $5,000 para quem devolver esse urso a Mara. Nenhuma pergunta será feita. Acho que todos precisamos que esse urso volte para casa", escreveu o ator de "Deadpool" (2016) em seu perfil no Twitter. Initial plugin text De acordo com a revista "Time", o boneco pertencia a Mara Soriano, de 28 anos, e foi roubado durante uma mudança recente na cidade canadense de Vancouver. Ele estava em uma mochila, que ainda tinha um tablet, documentos e um Nintendo Switch, mas Soriano afirma que o urso era o item mais importante. Ao canal de notícias CNN, ela afirmou que abraçava o boneco sempre que sentia falta da mãe.
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Programa de Ellen DeGeneres é alvo de investigação interna sobre tratamento dos funcionários, diz site
Warner Media vai investigar relatos na imprensa dos EUA de que os empregados do programa são alvo de racismo e tratamento desrepeitoso durante a pandemia do novo coronavírus. Ellen DeGeneres em foto de 2016 no programa "The Ellen Show" Andrew Harnik, Archivo/AP A Warner Media, empresa responsável pelo "The Ellen DeGeneres Show", abriu uma investigação interna a respeito de denúncias de racismo e desrespeito a fucionários do programa nos EUA, disse nesta segunda-feira (27) o site da revista "Variety". Duas reportagens recentes, dos sites "Buzzfeed" e da própria "Variety", mostraram relatos de empregados do programa dizendo que foram alvos de comentários racistas por parte da chefia da atração (o nome da apresentadora Ellen não é citado diretamente). Os funcionários também dizem que tiveram salários reduzidos e foram tratados de forma desrespeitosa durante a transição para o trabalho remoto durante a pandemia do novo coronavírus. A Warner Media enviou um comunicado interno a toda a equipe do programa dizendo que faria uma investigação com a ajuda de uma empresa externa de auditoria para avaliar a relação entre a chefia e os funcionários.
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Emmy anuncia indicados nesta terça (28); veja nomes mais cotados para concorrer
Maior premiação da TV dos EUA vai anunciar seus concorrentes nesta terça-feira (28), às 12h30 no horário de Brasília. Jimmy Kimmel apresenta o Emmy em 2016. Ele vai apresentar novamente a cerimônia em 2020, mas não se sabe como será o evento Reuters Os indicados ao Emmy, prêmio mais importante da televisão dos EUA, serão anunciados na terça-feira (28) em meio à crise que a indústria atravessa pela pandemia do novo coronavírus. O anúncio será feito em cerimônia ao vivo, às 12h30 no horário de Brasília, em um momento em que o calendário televisivo foi tão afetado que alguns programas não entraram na janela de elegibilidade. As indicações serão anunciadas pelas atrizes Leslie Jones, Laverne Cox e Tatiana Maslany, o ator Josh Gad e o presidente da Academia, Frank Scherma. Outras premiações de Hollywood, como o Oscar e o Globo de Ouro, tiveram que adiar suas cerimônias e alterar parte de suas regras para se adaptar aos novos tempos sem cinemas. Formato indefinido da cerimônia O Emmy será celebrado em 20 de setembro e, embora seus organizadores não tenham dado detalhes sobre a cerimônia, tudo indica que será virtual, enquanto o vírus se espalha com força nos Estados Unidos. "Não sei onde faremos isto ou como faremos ou inclusive porque estamos fazendo isto, mas estamos fazendo e vou apresentá-lo", disse o anfitrião dos Emmy, Jimmy Kimmel, em um comunicado em 16 de junho. Recorde de inscrições Os 24 mil membros da Academia de Televisão, que entrega o prêmio, receberam, contudo, um número recorde de inscrições este ano. Mas a pandemia impediu que estúdios pudessem fazer suas habituais campanhas para conquistar votos entre os membros que tiveram mais tempo em casa para assistir televisão, o que pode pesar em suas decisões. Mais cotados A Academia estendeu a oito o número de indicados nas categorias mais importantes: melhor série dramática e de comédia. Mais uma vez, HBO e Netflix deverão ter o maior número de indicações. Sem os ganhadores do ano passado, "Game of Thrones" e "Fleabag", no páreo, e nenhum programa novo que traga surpresas, produções como "Succession", sobre uma poderosa família dona de veículos de comunicação que luta pelo controle da empresa, e o thriller policial "Ozark" partem como favoritos na categoria drama. Cena de 'Succession' Divulgação/HBO A série marco da Netflix "The Crown" e o drama distópico da Hulu "O conto da Aia" – que não disputaram os prêmios no ano passado – também devem aparecer entre os indicados, junto com a 'prequel' de "Breaking Bad", "Better Call Saul", e "The Morning Show", da nova plataforma Apple TV+. Entre as séries cômicas, "The Marvelous Mrs. Maisel", produção da Amazon sobre uma dona-de-casa dos anos 1950 transformada em comediante de stand-up, é considerada favorita, junto com o sucesso canadense "Schitt's Creek". A Maravilhosa Sra. Maisel (Divulgação/Amazon Prime Video) "Big Little Lies" tentará o Emmy de melhor série dramática, após ter levado em 2017 o prêmio de melhor minissérie. A categoria tem como favorita "Watchmen", sobre vigilantes mascarados tratados como criminosos pelas agências do governo. Nas categorias de melhor ator dramático, é provável que Brian Cox encabece a lista por seu papel em "Succession", junto com Jason Bateman, por "Ozark", e Bob Odenkirk, por "Better Call Saul". A ganhadora do Oscar Olivia Colman deverá encabeçar a disputa pelo prêmio de melhor atriz, com Laura Linney ("Ozark"), Jennifer Aniston ("The Morning Show") e Elizabeth Moss ("The Handmaid's Tale"). Olivia Colman como a rainha Elizabeth 2ª em 'The Crown' Divulgação / Netflix
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Aishwarya Rai Bachchan, atriz de Bollywood, tem alta após ser hospitalizada por coronavírus
Indiana tinha sido internada com sua filha de 8 anos. Ambas foram liberadas. Aishwarya Rai Bachchan em cena de 'Enthiran' Divulgação A estrela de Bollywood e ex-Miss Mundo, Aishwarya Rai Bachchan, e sua filha de oito anos, que foram hospitalizadas após testar positivo para o novo coronavírus no início de julho, receberam alta do hospital, anunciou seu marido nesta segunda-feira (27). "Aishwarya e Aaradhya felizmente testaram negativo e foram liberadas do hospital", escreveu o marido e pai, Rai Abhishek Bachchan, no Twitter, agradecendo aos fãs por suas "orações e bons votos de melhora". "Meu pai e eu ainda estamos no hospital", acrescentou o marido. Aishwarya Rai Bachchan, de 46 anos, e sua filha Aaradhya passaram a quarentena em casa, mas tiveram que ser transferidas para o hospital após apresentarem "dificuldades respiratórias", segundo informou o "Times of India" em julho. "Elas estão bem", afirmou uma fonte do hospital, no qual já se encontrava o marido da atriz, seu sogro e a lenda viva do cinema indiano, Amitabh Bachchan, à agência de notícias Press Trust of India. Aishwarya Rai foi coroada como Miss Mundo em 1984, e estreou no cinema no final dos anos 90. Desde o início da epidemia na Índia, cerca de 26.000 pessoas morreram do novo coronavírus na Índia.
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Discos para descobrir em casa – ‘Apresentamos nosso Cassiano’, Cassiano, 1973
Capa do álbum 'Apresentamos nosso Cassiano', de Cassiano Reprodução ♪ DISCOS PARA DESCOBRIR EM CASA – Apresentamos nosso Cassiano, Cassiano, 1973 ♪ Apresentamos nosso Cassiano. O título do segundo álbum solo do cantor, compositor, violonista e guitarrista Genival Cassiano dos Santos fez supor que se tratava do disco de estreia deste fino estilista do soul brasileiro. Não era. Lançado em 1973 pela gravadora Odeon, o LP tinha sido antecedido dois anos antes pelo real primeiro álbum solo de Cassiano, Imagem e som, editado em 1971 via RCA. Só que o título Apresentamos nosso Cassiano fazia certo sentido porque, em 1973, o cantor permanecia desconhecido do público. Somente ouvidos mais atentos e antenados sabiam que o artista paraibano – nascido em 16 de janeiro de 1943 em Campina Grande (PB), mas residente na cidade do Rio de Janeiro (RJ) desde o fim dos anos 1940 – era um dos compositores, em parceria com Silvio Roachel, da balada-soul Primavera (Vai chuva), primeiro sucesso do cantor Tim Maia (1942 – 1998). Gravada por Tim Maia em 1969, ano em que Cassiano integrava o conjunto carioca de funk, samba e soul Os Diagonais, a canção Primavera foi lançada no início de 1970 em single que abriu caminho para que Tim fizesse o primeiro LP. Esse álbum de estreia do cantor carioca saiu naquele ano de 1970 com outra poderosa balada de autoria de Cassiano com Roachel, Eu amo você, no repertório. Se Tim foi catapultado ao estrelato com o LP, Cassiano permaneceu desconhecido, mas reverenciado entre compositores e instrumentistas pela musicalidade refinada que começou a exercitar aos 21 anos, em 1964, ano em que fundou o Bossa Trio. Cassiano era o violonista desse trio de samba-soul-jazz, cuja bossa negra foi o embrião do grupo Os Diagonais. Além de Cassiano, a formação original dos Diagonais incluía Camarão (irmão de Cassiano) e Hyldon, soulman de origem baiana que, assim como o colega paraibano, também batalhava pela carreira na efervescente cidade do Rio de Janeiro (RJ). Com esses músicos, Cassiano gravou o primeiro dos dois únicos álbuns desse seminal grupo que misturava samba e funk de forma pioneira no Brasil, Os Diagonais, LP editado em 1969. Quando o conjunto gravou e lançou em 1971 o derradeiro disco, Cada um na sua, Cassiano já estava fora, pavimentando carreira fonográfica solo iniciada naquele mesmo ano de 1971 com a edição do citado álbum Imagem e som. Neste disco, Cassiano deu voz à canção Primavera e apresentou oito inéditas canções autorais, sendo seis (É isso aí, Já, Minister, Não fique triste, Uma lágrima e Eu, meu filho e você) de autoria solitária do compositor e duas, Ela mandou esperar e Tenho dito, em parceria com Tim Maia. O álbum Imagem e som apresentou Cassiano como compositor de harmonias requintadas, dono de obra influente, mas de absorção por vezes difícil como o temperamento deste artista genial e genioso. Esse requinte foi burilado dois anos depois com o tom orquestral e o tempero psicodélico do segundo álbum solo do cantor, Apresentamos nosso Cassiano, produzido pelo guitarrista Pedrinho da Luz (1945 – 2013) – na época, integrante do grupo The Fevers – e arranjado por Carlos Alberto Girio, o pianista conhecido pelo nome artístico de Dom Charles. O disco foi gravado por músicos identificados com a linguagem da black music, caso do então novato Robson Jorge (1954 – 1992), que tocou baixo na gravação do LP, e do próprio Dom Charles ao piano. Aberto com O vale, uma das baladas mais belas e obscuras do cancioneiro do compositor, o álbum Apresentamos nosso Cassiano alinhou 10 músicas então inéditas no repertório inteiramente autoral. Sete vieram assinadas somente por Cassiano. Me chame atenção foi parceria do artista com Renato Britto. Já Calçada e a música que fechou o LP, Cedo ou tarde, foram creditadas na contracapa a Cassiano e a uma compositora identificada somente como Suzana – na realidade, a cantora e compositora mineira Suzana Tostes, também parceira de Cassiano em uma terceira música dessa safra de 1973, Importa, lançada somente em single como lado B de Cinzas. Da lavra solitária do compositor, A casa de pedra foi erguida no disco com arquitetura esboçada com traços do rock progressivo então em evidência no universo pop. O repertório do álbum Apresentamos nosso Cassiano apresentou os funks Slogan e Cinzas (de espírito folião), duas pérolas pescadas por Nelson Motta e Sandra de Sá – discípula carioca do mestre paraibano – para o álbum Sandra! (1990), produzido por Motta. De melodias sinuosas, as baladas Melissa (composta para a filha do artista e gravado com arranjo que destacou o violão de Cassiano) e Castiçal sinalizaram que, neste disco de 1973, Cassiano estava distante do formato mais palatável da canção. Já o soul Chuva de cristal caiu no álbum com ecos do som produzido pelo arranjador norte-americano Charles Stepney (1931 – 1976), músico associado a grupos como Earth, Wind & Fire. Esse link de Cassiano com Stepney foi devidamente apontado por Ed Motta em texto escrito para o encarte da caprichada compilação Coleção, produzida por Ed para a gravadora Dubas e editada em 2000. A coletânea rebobinou evidentemente os dois maiores sucessos de Cassiano como intérprete, A lua e eu (1975) e Coleção (1976), baladas compostas pelo estilista em parceria com Paulo Zdanowski. Ambas integraram o repertório do terceiro álbum solo de Cassiano, Cuban soul – 18 Kilates, editado em 1976, mas A lua e eu foi iluminada no ano anterior por ter sido apresentada na trilha sonora da novela O grito (TV Globo, 1975 / 1976). Já Coleção virou sucesso nacional ao ser propagada em 1977 na trilha de outra novela da TV Globo, Locomotivas. Em que pese esse duplo sucesso popular, a carreira de Cassiano implodiu a partir de 1978, ano em que o cantor chegou a fazer na gravadora CBS um quarto álbum solo com arranjos do pianista Dom Charles para músicas então inéditas como Soul divinal e Viver de amor. Só que a gravadora, sem a mínima sensibilidade, abortou a edição do álbum com a alegação de que a produção estava ficando demasiadamente cara para disco de retorno comercial previsivelmente baixo. E esse álbum de 1978 ficou perdido no tempo. Com problemas de saúde, Cassiano saiu temporariamente de cena e somente voltou ao disco em 1984 com a gravação de single editado sem a repercussão que seria obtida, sete ano depois, pelo quarto e por ora último álbum de Cassiano, Cedo ou tarde (1991), disco produzido por Líber Gadelha com mix de músicas inéditas e regravações de sucessos com as participações de discípulos como Claudio Zoli, Ed Motta e Sandra de Sá, além de Djavan e Marisa Monte. Em 2001, Cassiano expressou em entrevista o descontentamento com esse disco de dez anos atrás – feito sem o controle artístico do cantor – e anunciou o plano de lançar um quinto álbum solo. Esse disco inédito nunca veio ao mundo e Cassiano, supostamente recluso em apartamento na cidade do Rio de Janeiro (RJ), virou lenda do soul brasileiro. Um mestre que precisa ser apresentado às novas gerações por conta de discos antológicos como este álbum de soul progressivo e psicodélico Apresentamos nosso Cassiano.
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Cauã Reymond cria série e conta como perda da mãe o aproximou do esporte: ‘Lugar de cura’
Ator medita, faz análise e participa de projeto para ajudar comunidades na pandemia. Ele fala ao G1 sobre ansiedade na quarentena e retorno às novelas: 'Tinha esquecido o quanto se trabalha'. Cauã Reymond em foto publicada no Instagram Reprodução/Instagram/Cauã Reymond Cauã Reymond sempre foi uma pessoa ativa. Na adolescência, por pouco não virou atleta profissional de jiu-jitsu. Mas, nos últimos meses, se aproximou ainda mais do esporte. A conexão com o corpo e a mente em equilíbrio o ajudam a lidar com a saudade da mãe, que morreu em 2019, vítima de um câncer. No mesmo ano, ele também perdeu uma tia para a doença. “Encontrei na saúde e no cuidado com a cabeça um lugar de cura”, diz. Na quarentena causada pelo coronavírus, o ator buscou alívio em conversas com nomes desse universo. Mas também na meditação, em um pouco de surfe e na análise duas vezes por semana. O trabalho tem ajudado. Cauã está criando uma série para a TV, depois de acumular experiências na produção de filmes como “Não devore meu coração” (2017), “Uma quase dupla” (2018) e “Pedro” (ainda sem data de estreia). Na frente das câmeras, participa de lives e da série “Lifesaving conversations” (conversas que salvam vidas, em tradução livre), em que conduz mais um papo inspirado. Dessa vez, com a professora Camila Cristal, fundadora de um projeto para afastar crianças de contextos de violência através da educação, no Complexo do Alemão, no Rio. Ludmilla, Pabllo Vittar e Daniela Mercury também estão entre os artistas que participam da edição brasileira do projeto, comandado pela organização internacional Liberatum, para arrecadar fundos a comunidades vulneráveis durante a pandemia. Volta às novelas Além de tudo, Cauã se prepara para voltar às novelas. O desejo de estar mais próximo da mãe em seus últimos momentos foi uma das razões que levaram o ator a se afastar da rotina intensa de gravações imposta pelo formato, nos últimos cinco anos. Cauã Reymond em 'A regra do jogo', sua novela mais recente, exibida em 2015 Fabiano Battaglin/TV Globo Em entrevista ao G1, ele conta como foi começar a gravar, antes da quarentena, a trama que substituirá "Amor de mãe" (TV Globo) no horário das 21h. “Eu tinha esquecido o quanto se trabalha em novela, se trabalha muito.” Também reflete sobre o período em que pôde se dedicar a outros projetos, um privilégio que ele atribui aos anos de trabalho sem férias, no início da carreira. G1 – Como muitos brasileiros, você se vê emocionalmente abalado durante a quarentena? O que tem feito para segurar as pontas? Cauã Reymond – No começo, cada semana era uma semana. Busquei conversar com outras pessoas pela internet, como muita gente fez. Tentei falar com pessoas que me inspiravam naquele momento, pra lidar com a angústia, a ansiedade e o medo, Acabei sendo levado para o lado do esporte. Conversei muito com o com [o nadador] Daniel Dias, nosso maior paratleta. Mas também falei com [o filósofo Mario Sergio] Cortella, Monja Coen, Fábio Assunção… são pessoas que me trazem algum tipo de luz. Estou muito inspirado pelo Fábio nessa busca que ele vive pra encontrar um lugar no esporte. Também busquei alívio na meditação, em aplicativos… Já tenho uma rotina de ir de máscara a alguns lugares. Saio de casa, sempre com os cuidados necessários. Em alguns momentos, fui surfar. Já testei algumas vezes [para o coronavírus]. Tenho todo o cuidado também por causa da minha filha, que está em guarda compartilhada [Sofia é fruto do relacionamento do ator com Grazi Massafera]. Cauã Reymond com a filha Sofia, fruto do relacionamento com Grazi Massafera Reprodução/Instagram/Cauã Reymond Alguns momentos são muitos angustiantes. Eu sou um cara muito das pessoas, nem sabia que era tanto. Duas vezes por semana faço análise, por telefone. Tem sido um período muito rico pra falar sobre o que está acontecendo, como estou inserido nisso e quem eu quero me tornar. G1 – Essa proximidade com o esporte tem a ver com a série que você está criando para a Globo? Cauã Reymond – Sempre tive contato com o esporte. Fui atleta na adolescência, No ano passado, perdi minha mãe e minha tia para o câncer. Com isso, minha relação com esse lugar do bem estar ganhou um novo capítulo. "Por ter tido essas perdas para a doença, encontrei na saúde e no cuidado com a cabeça um lugar de cura. Eu amo estar em contato com isso porque sinto muita saudade da minha mãe." Na série, vamos falar sobre muitos assuntos delicados. Está sendo muito legal trabalhar com ela nesse período. Estamos tocando em lugares corajosos. G1 – Qual tem sido a parte mais difícil do isolamento? Cauã Reymond – Ficar sem trabalhar. Já tinha iniciado as gravações da próxima novela das 21h. Estava muito aquecido como ator. Foi difícil parar no meio. G1 – Há 5 anos você está longe das novelas. Como foi voltar para começar a filmar essa nova trama? Cauã Reymond – Filmamos em Praga, em São Paulo e estávamos filmando no Rio quando começou a quarentena. "Eu tinha esquecido o quanto se trabalha em novela, se trabalha muito. É um trabalho árduo de contar a mesma história de forma diferente todo dia, pra que a pessoa que não viu na segunda possa entender na terça." Mas é um trabalho também de muito reconhecimento. As pessoas entram em contato com seu trabalho de forma muito imediata. Estou curioso pra saber como vai ser sentir isso de novo. Cauã Reymond como Jorginho em "Avenida Brasil" Raphael Dias/TVGlobo G1 – Esses anos que passou dedicado a outros projetos foram planejados, uma escolha estratégica da sua carreira? Cauã Reymond – Foram planejados, sim. Minha mãe ficou 5 anos doente. A família se organizou pra estar presente, estar com ela nesse período. Mas foi também um desejo artístico, pra fazer outros projetos e dar continuidade ao caminho que eu sonhava pra minha carreira. Nesse período fiz coisas muito bacanas, que só me amadureceram. Mudei um pouco a plataforma e acho que isso faz parte do jogo. Me sinto lisonjeado por ter tido essa possibilidade, sei que não é uma coisa tão fácil. mas foi fruto de muito trabalho, de não tirar férias nos 10, 15 primeiros anos da minha carreira. Sempre emendava uma novela com algum filme. Fico muito feliz por ter conseguido me dar essa oportunidade e também por ter ficado perto da minha mãe durantes esses últimos anos. G1 – A proposta da série “Lifesaving conversations”, da qual você participa, tem a ver com as conversas inspiradoras que você tem tido durante a quarentena. Como se preparou para o seu episódio? Cauã Reymond – Camila Cristal me tocou muito. Por eu ter feito o filme ‘Alemão’ [de 2014], eu tive um contato próximo com o pessoal da comunidade na época. Fiquei frequentando o Alemão pra fazer laboratório. Fiquei mexido com as histórias que ela me contou de violência doméstica e assédio das crianças. Elas me trouxeram uma indignação muito grande. Camila fala sem valorizar a própria dor. Não sei bem como explicar… parece que ela não tem compaixão por ela mesma, mas pelos outros. É uma luta pessoal. Ela tem noção das oportunidades que teve e, ao mesmo tempo, percebe que, se tivesse tido a ajuda que ela está oferecendo para essas crianças e jovens, tudo seria diferente. É um projeto muito bonito. G1 – É um projeto sobre pautas sociais, que marcaram muito esses últimos meses, com a pandemia e o movimento das Vidas Negras Importam. Na sua opinião, qual o papel de artistas num contexto como esse? É uma pergunta complicada, não posso falar pelos meus colegas. Com tanta coisa importante sendo discutida. cada pessoa tem a sua luta e, com isso, tem também mais propriedade pra falar sobre determinados assuntos – liberdade das escolhas sexuais, feminismo, respeito às causas, luta contra o desmatamento, injustiças sociais… "A gente vê as notícias sobre o número de mortos e a sensação é de que o ser humano vai se acostumando com cenários negativos. Fico preocupado com pessoas que não se preocupam com a saúde dos outros." Mas, sobre o papel dos artistas, cada um encontra o seu e fala o que tem que falar. Muitos deles inspiram outras pessoas. A [filósofa] Djamila Ribeiro, por exemplo. Não sei se dá pra chamá-la exatamente de artista, mas ela ocupa esse lugar e fala muito bem, tem um discurso sem ódio, o que é muito agregador e inspirador. Gisele [Bündchen] fez 40 anos e comemorou com uma campanha pra plantar árvores na Amazônia. É isso, cada um encontra a sua narrativa. No meu caso, vou me encaixando nas coisas que me tocam e que eu sinto que tenho capacidade de defender. Posto coisas que me interessam sobre igualdade racial, a questão feminina, poluição, aquecimento global… Eatou aprendendo com as coisas com as quais eu entro em contato. Não me coloco no lugar de uma pessoa que sabe tudo. até pra não entrar de gaiato numa situação sem ter um pouquinho de propriedade. Trailer de 'Piedade' G1 – No cinema, você está no filme “Piedade”, de Claudio Assis, que estreou em junho em um festival on-line. Acha que, após a pandemia, esse tipo de estreia no streaming vai se tornar mais comum? Vê isso com bons olhos? Cauã Reymond – Normalmente, esse tipo de filme nos cinemas não chega a 80 mil espectadores. Nesse festival on-line, “Piedade” teve 80 mil views em dois dias. Cerca de 70% das pessoas que acessaram o festival foram em busca dele. Foi uma vitória que a gente não imaginava. Mas o filme ainda vai estrear [em um cinema físico]. "O lugar do cinema é muito importante. Ficou claro nessa pandemia que a arte ajuda a gente na solidão." Todas as formas de arte nos dão a possibilidade de desengasgar, e muita gente está engasgada com o que está acontecendo. Eu espero que o cinema volte com força total. Eu não acho que o streaming vai ocupar 100% desse lugar. Não tem como trocar um pelo outro. Ir ao cinema é uma experiência única, que te proporciona, por exemplo, jantar, tomar um vinho depois, conversar. É bem diferente de ver um filme em casa. G1 – Nesse filme, tem gerado muita curiosidade e repercussão as cenas amorosas e sexuais que você protagoniza com o Matheus Nachtergaele. Acha essa curiosidade natural ou isso faz parte de uma cultura homofóbica? Cauã Reymond – Nunca pensei como homofobia. Não sei te explicar… contracenar com um homem é como com mulher. Você vai lá e cumpre o trabalho. E o Matheus está entre os três maiores atores do Brasil, é um monstro. Pra mim é um presente estar com ele. O ‘Piedade’ é um projeto que eu tenho tanto orgulho. Acho que ele convida a gente a olhar o mundo de um jeito diferente. Claudio não tem medo de colocar o dedo na ferida. Ele me proporcionou um desses personagens raros.
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Lives seguem em queda, e buscas não chegam a 25% do que eram no auge, em abril
No pico do interesse pelas transmissões musicais, no final de abril, brasileiros buscavam por lives quatro vezes mais do que hoje. Veja como índice foi caindo ao longo das semanas. A curva de queda de interesse pelas lives no Brasil continua apontando para baixo. O auge aconteceu no dia 19 de abril, quando a busca pelas transmissões era quatro vezes maior do que atualmente. O G1 notou a tendência negativa ainda no fim de maio. Houve uma ligeira subida no meio de junho, com as lives do dia dos namorados. Mas, em geral o índice só cai. A curva abaixo indica o número de buscas pelo termo "live" no Google no Brasil desde o início do período de isolamento social por causa da pandemia do novo coronavírus. O índice sempre sobe nos finais de semana, mas o patamar tem sido cada vez menor. Buscas pelo termo 'live' no Brasil desde o início do isolamento social por conta do novo coronavírus. O índice, calculado pelo Google, vai de 0 a 100, e o valor máximo corresponde ao período de maior busca, no final de abril Há dois meses já se comenta nos bastidores sobre uma "saturação" das lives, que atraem menos patrocínios do que no início. “Algumas já começaram a dar uma saturada. Às vezes o artista está na terceira live. O cara patrocinou as três, aí cai na redundância uma hora, e a galera vai tirando o pé”, disse ao G1 um produtor do mercado sertanejo, que pediu para não ser identificado. Ainda em maio, já era possível ver como o interesse foi caindo ao comparar as audiências da primeira e da segunda transmissão de cada artista. Veja quatro exemplos abaixo: Gusttavo Lima prepara canjica para o show Buteco Especial de São João, em Goiás Reprodução/Youtube Semana pop explica como o Black Lives Matter está mudando a cultura pop
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‘Macabro’: Suspense estreia em drive-ins retratando ‘irmãos necrófilos’ e violência no Brasil
Filme com Renato Góes reconta crimes na Serra dos Órgãos (RJ), em 1990. Suspense com ares sobrenaturais é sobre 'racismo, fanatismo religioso e violência sexual', diz diretor. Cena do filme 'Macabro', de Marcos Prado Divulgação Nenhum juiz bateu o martelo sobre a motivação para uma série de assassinatos na Serra dos Órgãos (RJ) nos anos 1990. Mas violência sexual, racismo e fanatismo religioso são peças-chave na história dos "irmãos necrófilos", acusados de matar e estuprar pelo menos oito mulheres, um homem e uma criança. Cinemas de volta: adaptação para a reabertura Cinema drive-in: filmes, ingressos, programação e horários A história desses crimes estreia nesta terça (28) em cinemas drive-in no Brasil contada pelo filme "Macabro", dirigido por Marcos Prado ("Paraísos artificiais") e protagonizado por Renato Góes. O longa foi eleito melhor filme pelo júri popular no Brooklyn Film Festival e na categoria “Dark Matters" do Festival de Austin, no Texas, dedicada ao cinema "não convencional". Veja trailer do filme 'Macabro' A história chocou o país após ser esmiuçada pela imprensa. Mas o que levou Prado a escolher contá-la foi uma experiência pessoal. "Viajei para uma cidadezinha que estava naquele perímetro durante as buscas pelos irmãos. Fiquei cabreiro, peguei a faca da cozinha e botei ao lado da cama para conseguir dormir", conta o diretor ao G1. Anos depois, em um encontro com Rodrigo Pimentel, o ex-policial do Bope e um dos roteiristas de "Tropa de Elite" contou a Prado detalhes da busca de oito meses feita pelo Batalhão de Operações Policiais Especiais na serra de Friburgo. "Ele conheceu vários policiais que participaram ativamente. O Bope foi feito para subir favela, não para entrar em floresta e isso moldou o caso." Para contar essa história, o diretor optou por um suspense com ares sobrenaturais. Segundo Prado, os habitantes da região acreditavam que os irmãos, Ibrahim e Henrique, tinham poderes sobre-humanos. "Tinham avistamentos dos garotos em lugares bem distantes em 24 horas, até a polícia achava estranho que alguém pudesse percorrer 40 km em um dia na mata fechada." Ele pensou em criar um terror, mas mudou de ideia quando foi procurado pelo advogado de Henrique, que se declarava inocente. O mais novo dos irmãos foi condenado a 49 anos de prisão baseado no depoimento de uma vítima, que mudou a versão inicial, quando disse que apenas Ibrahim a tinha estuprado. “Agora temos um filme sobre justiça, sobre todas essas raízes que formaram aquela comunidade e formam o Brasil até hoje: racismo, fanatismo religioso e violência sexual." Pôster do filme 'Macabro' Divulgação “Macabro” não é uma reconstrução fiel do caso. O policial Téo, vivido por Renato Góes, é inspirado em um policial do Bope que "confundiu furadeira com pistola" em 2010 e matou um inocente no Morro do Andaraí, no Rio, mas também nos policiais que conduziram as investigações dos irmãos. Estreia em drive-in e prejuízo O filme foi gravado em 2018 e estava previsto para estrear nos cinemas em setembro de 2020. Depois dos prêmios internacionais e do crescimento das obras sobre crimes reais no Brasil e no mundo, a equipe esperava uma bilheteria com lucro. Agora, eles torcem para que o filme pelo menos se pague. A escolha de adiantar a estreia foi uma consequência do aumento das mortes e casos da pandemia no Brasil – e a falta de perspectiva de melhora. O filme vai estrear no Belas Artes Drive-in, em São Paulo, e pode também ser exibido em outros seis cinemas drive-in pelo Brasil.
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Thammy Miranda se manifesta após ataques por participação em propaganda de Dia dos Pais
'Amor, respeito, afeto e coragem são coisas que precisamos pra enfrentar a vida', escreveu Thammy, repostando a mensagem da mãe, a cantora Gretchen, que gravou vídeo em defesa do filho. Thammy Miranda se manifesta após ataques por estrelar propaganda de Dia dos Pais Reprodução/Instagram Thammy Miranda usou as redes sociais para escrever uma breve mensagem após ser atacado virtualmente por ser contratado para estrelar uma campanha de Dia dos Pais. Após o anúncio de seu nome da propaganda comercial comemorativa da Natura, Thammy e a marca receberam inúmeras mensagens transfóbicas nas redes sociais. Thammy é pai de Bento, de seis meses, de sua relação com Andressa Ferreira. "Amor, respeito, afeto e coragem são coisas que precisamos pra enfrentar a vida", escreveu Thammy. A mensagem foi escrita pelo ator no Twitter, que repostou o vídeo em que sua mãe, a cantora Gretchen, também parte em sua defesa. "Eu preferi nem escrever, preferi gravar um vídeo, porque é o seguinte. Meu filho foi contratado pela Natura para fazer a campanha do Dia dos Pais porque ele é um pai de verdade. Porque é um pai presente, um pai que sustenta, um pai que ama, porque é um pai que cuida de seu filho, que protege sua mulher, é um pai que está do lado do filho e da mulher, é um pai de verdade." "Então vocês que não estão gostando que ele tenha sido contratado pra fazer essa campanha de Dia dos Pais, me desculpem, mas eu sei a educação que dei pra meu filho e eu sei muito bem que ele é um pai de verdade", afirmou Gretchen em vídeo. No Instagram, Thammy fez uma série de vídeos também falando sobre o caso. "As pessoas, quando criticam as outras, falam muito mais sobre elas do que sobre minha pessoa", afirmou o ator. Initial plugin text Thammy Miranda se manifesta após ataques por participar de propaganda de Dia dos Pais
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‘Tenet’, de Christopher Nolan, ganha nova data de estreia e será lançado em mais de 70 países
Após várias mudanças por causa da pandemia de coronavírus, drama de espionagem de ficção científica chegará aos cinemas em 26 de agosto. Com John David Washington e Robert Pattinson, 'Tenet' ganha nova data de estreia nos cinemas Divulgação "Tenet", suspense do diretor Christopher Nolan adiado várias vezes em razão da pandemia do coronavírus, vai estrear nos cinemas de mais de 70 países a partir de 26 de agosto, informou nesta segunda-feira (27) o estúdio cinematográfico Warner Bros.. O filme será lançado em cidades selecionadas dos Estados Unidos na semana do feriado do Dia do Trabalho, informou a Warner Bros. em comunicado. O Dia do Trabalho nos EUA ocorre em 7 de setembro. Initial plugin text A data de lançamento é uma boa notícia para as redes de cinema, que contam com filmes de grande orçamento, como "Tenet", para ajudar a atrair o público a sair de casa durante a pandemia. Cinemas ao redor do mundo fecharam as portas em meados de março para ajudar a impedir a propagação do coronavírus. Muitos reabriram no mundo com limites de capacidade e outras medidas de proteção, embora a maioria dos cinemas nos Estados Unidos permaneça fechado. Na semana passada, as redes de cinema AMC e Cineworld adiaram a data de reabertura das salas de cinema nos EUA para, pelo menos, meados de agosto, ante o fim de julho. "Tenet" é um drama de espionagem de ficção científica estrelado por John David Washington e Robert Pattinson e dirigido por Nolan, diretor britânico de sucessos como "Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge" e "A Origem". Pouco foi revelado sobre o enredo do longa, que estava programado para ser lançado em 17 de julho. Semana Pop #88: relembre clássicos do cinema com momentos em drive-ins
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