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Tomorrowland virtual tem sets de Armin van Buuren, Dimitri Vegas e Stevie Aoki neste sábado

segunda-feira, 27 julho 2020 por Administrador

'Tomorrowland Around the World' acontece neste sábado e domingo (26), com ingressos a partir de R$ 70. DJs brasileiros Anna, Vintage Culture e Cat Dealers estão na programação. Edição de 2019 do festival Tomorrowland Winter, na França Divulgação Com a pandemia do novo coronavírus, o festival de música eletrônica Tomorrowland vai acontecer em uma versão virtual neste final de semana. Armin van Buuren, Dimitri Vegas e Stevie Aoki tocam na noite deste sábado (25), mas o "Tomorrowland Around the World" começa às 13h. Afrojack, Anna, Robin Schulz e a cantora Katy Perry também estão na programação. Veja horários aqui. A entrada para cada dia custa 12,50 euros, cerca de R$ 70. Já o passaporte para o fim de semana custa 20 euros, cerca de R$ 112. Os 64 artistas da programação gravaram suas performances de diferentes lugares do mundo e os sets serão transmitidos em 8 palcos virtuais. O festival de música eletrônica promete um experiência imersiva com cenários 3D, efeitos especiais, fogos de artifícios. Para reproduzir a multidão que costuma acompanhar o festival presencialmente, o evento criou 280 mil pessoas virtuais. Os brasileiros Vintage Culture e Cat Dealers tocam no domingo (26), mesmo dia de Martin Garrix, David Guetta e Tiësto. Além dos shows, o Tomorrowland Around the World também terá quinze palestras de will.i.am, do Black Eyed Peas, e Shaquille O’Neal e outros artistas. Coronavírus: veja lista de shows, festivais e estreias de filmes cancelados por causa da pandemia As cenas de 'lives' da quarentena que já estão na história do entretenimento brasileiro

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Vocalista da banda ‘Renato e Seus Blue Caps’ está em estado grave no Rio após cirurgia

segunda-feira, 27 julho 2020 por Administrador

Ele teve complicações após cirurgia cardíaca de dissecção da aorta. Apesar do estado delicado, filha diz que recuperação está sendo um milagre. Renato Barros, vocalista do Renato e Seus Blue Caps, em maio de 2020 Arquivo Pessoal O cantor Renato Barros, vocalista da banda Renato e seus Blue Caps, está em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital de Clínicas em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio. Ele precisou ser internado, aos 76 anos, após ter complicações em uma cirurgia cardíaca de dissecção da artéria aorta. 'Renato e Seus Blue Caps' é a banda em atividade mais antiga do mundo Renata Barros, filha do músico, conversou com o G1 e contou que Renato chegou a ficar 30 minutos sem suas funções vitais durante o procedimento que foi submetido. Segundo a filha, a recuperação do cantor é um milagre. “Ele fez uma cirurgia da aorta, uma dissecção da aorta. Ele ficou meia hora sem as funções vitais durante a operação. Logo depois da operação, ele teve uma complicação pulmonar. Agora, está se recuperando. Quando ele entrou para o centro cirúrgico, os médicos falaram que ele estava quase morrendo. Foi um milagre”, disse Renata. Foto de arquivo: Vocalista do grupo Renato e Seus Blue Caps no Festival de Inverno de Garanhuns Jael Soares/ G1 Os familiares contaram que estão vivendo “um dia de cada vez”. Segundo Renata Barros, o estado dele é “muito grave” e que os pulmões estão comprometidos. Mas, de acordo com ela, há uma evolução do quadro clínico acontecendo. “Eu acabei de sair da visita. Ele está muito grave. Mas estamos contando um dia de cada vez. Ele teve uma melhora boa. Ele está respirando melhor, o que mais nos preocupa agora são os pulmões. Ele está começando a se alimentar via oral hoje”, afirmou. O Hospital de Clínicas de Jacarepaguá informou que o paciente deu entrada na unidade na última sexta-feira (17) em estado grave. Ele foi “submetido à cirurgia cardíaca em virtude de dissecção de aorta e segue internado em Unidade Cardiointensiva, recebendo todos os cuidados médicos adequados ao seu quadro clínico”. 'Certeza que ele vai sair dessa', diz filha Renata Barros visitou o pai com a irmã Érika Barros na sexta-feira (24). Elas tiveram a companhia de um médico da família, que está acompanhando a evolução de Renato. Com a situação delicada, as irmãs informaram que estão “a base de calmante”, mas que confiam numa recuperação do pai. “A gente está a base de calmante, todo mundo desestabilizado. Ele é muito querido, importante para todos nós. Nós somos unidos e apaixonados por ele. Mas vamos caminhando, um dia de cada vez, cada um com sua fé. Tenho certeza que ele vai sair dessa”, contou Renata. Initial plugin text Fãs mandam mensagens em rede social Os familiares do cantor postam boletins informativos sobre a evolução da saúde de Renato Barros em um perfil da banda no Instagram. Os fãs da banda acompanham as publicações e mandam mensagens para o músico. "Grande cantor ! Logo estará cantando pra nós essas músicas tão linda que nos alegra muito! Que Deus os Abençoe com muita saúde Renato!", desejou uma fã. "Na torcida por vc Renato …ídolo , guitarrista de prima …embalou meus tempos de juventude", disse outro.

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Em formato de live, Sambinha na Laje tem sete horas de música neste sábado (25)

segunda-feira, 27 julho 2020 por Administrador

Mesa Doze, Preto no Branco, Daquele Jeito, Som e Balanço, Família Além do Normal e Xingu são atrações de evento que será transmitido pelo YouTube. Família Além do Normal Divulgação A edição virtual do Sambinha Na Laje será realizada neste sábado (25). A live chegou a ser iniciada no último dia 11, mas, devido às fortes chuvas que caíram em Natal, precisou ser interrompida por questões de segurança. O novo encontro terá o mesmo clima de descontração e as mesmas atrações anunciadas anteriormente. Com repertório de grandes clássicos do samba e do pagode, as bandas Mesa Doze, Preto no Branco, Daquele Jeito, Som e Balanço, Família Além do Normal e o cantor Xingu comandarão sete horas de programação no canal do YouTube do Sambinha na Laje. A organização comunicou que serão montados dois palcos, em espaço coberto, e, enquanto uma banda se apresenta, o outro palco é preparado e higienizado para a banda seguinte, seguindo os protocolos de prevenção ao novo coronavírus. A primeira edição do Sambinha na Laje foi realizada em 2019, com entrada gratuita, e levou aproximadamente 1 mil pessoas à Arena das Dunas. Este ano, com a pandemia, precisou se reinventar e adotar o formato de live para levar o samba à casa dos amantes do estilo musical.

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Sandra Belê afirma o próprio lugar ao se voltar para a Paraíba natal no álbum ‘Cantos de cá’

segunda-feira, 27 julho 2020 por Administrador

Artista lança em agosto disco que, entre ardências e lirismos, oferece bela visão contemporânea da música produzida por compositores da região. Capa do álbum 'Cantos de cá', de Sandra Belê Divulgação Resenha de álbum Título: Cantos de cá Artista: Sandra Belê Gravadora: Edição independente da artista Cotação: * * * * ♪ “Canto e afirmo meu lugar / Em todo lugar sou eu / Vou seguindo e cumprindo / A missão que Deus me deu”. Ouvidos na voz de Sandra Belê, na interpretação a capella da música que abre o quinto álbum da artista paraibana, os versos de Para agradecer (Regina Limeira) são a senha para o entendimento do ainda inédito disco Cantos de cá. Após temporada em São Paulo (SP), Sandra Belê retorna literal e musicalmente para o estado natal, se voltando para os sons e compositores da Paraíba em álbum que será lançado em agosto por vias independentes. Sandra Belê é o nome artístico de Elisandra Romeira da Silva, cantora e compositora nascida há 40 anos no cariri paraibano, mais precisamente na interiorana cidade de Zabelê (PB), onde veio ao mundo em março de 1980. Como observa Chico César – talento paraibano gerado em Catolé do Rocha (PB) – no texto em que apresenta o álbum Cantos de cá, Sandra Belê traz a cidade natal de Zabelê entranhada no nome artístico. É com essa vivência paraibana que a cantora dá voz no disco a músicas como Mugido do tempo (Junior Cordeiro) – um “gemido aboiador”, como bem caracteriza verso dessa composição gravada com alfaia, reco-reco e caxixis percutidos por Escurinho em fonograma já previamente apresentado em single editado em março – e Onça caetana (Glória Gadelha e Afonso Gadelha, 1983), cujo rugido foi ouvido pela primeira vez em disco na voz arretada da cantora Marinês (1935 – 2007). Na sequência das 13 músicas do álbum Cantos de cá, o coco Terabeat (Tiago Moura) evidencia o tom contemporâneo – mas jamais modernoso – do disco em faixa gravada com a voz rústica de Vô Mera e com arranjo que harmoniza o pife de Renato Oliveira com a guitarra de Léo Meira. Sandra Belê canta a aridez existencial em 'Escombros', uma das 13 músicas do álbum 'Cantos de cá' Asley Ravel / Divulgação Por mais que acuse em verso de Terabeat “a lonjura das capitais”, Cantos de cá não deve ser percebido como álbum “regionalista” porque tal entendimento avalizaria o etnocentrismo carioca e paulista no mapa musical do Brasil. A incandescente pulsação do registro de Mangará (Jonathas Pereira Falcão) situa o álbum de Sandra Belê em zona de modernidade no frenesi do arranjo que integra piano, sanfona, guitarra, zabumba e baixo. Em cadência que conjuga células rítmicas de baião, samba e xote, Lado de cá da janela – outra música de Jonathas Pereira Falcão, compositor paraibano que vem emergindo na cena musical brasileira – deixa vislumbrar paisagem natural povoada por bichos e poesia contemporânea. Introduzida pela aridez do toque do baixo acústico de Rainere Travassos, Escombros (Melchior Sezefredo e Roberto Cajá) desenha cenário marcado pela secura existencial. “Mande as flores para mim”, pede Belê na lírica poética de Cadê as flores?, parceria de Chico César com Escurinho que retrata um Nordeste embelezado com jardins literários – o que justifica a participação da escritora Maria Valéria Rezende, declamando breve texto na faixa. À deriva, composição de Pedro Medeiros, repõe o álbum Cantos de cá em solo abrasado, mas, na sequência, Sandra Belê distribui os versos de Poema ao sol (Chico Lino Filho e Adeildo Vieira) em temperatura adequadamente amena, ao som solitário do violão de Cledinaldo Júnior. Primeiro álbum da artista desde Encarnado azul (2011), lançado há nove anos, Cantos de cá se equilibra bem entre faixas mais líricas e temas mais ardentes. Nesse mosaico, a canção Relicário reitera a inspiração melódica e poética de Flavia Wenceslau, compositora que, embora radicada na Bahia, nasceu na Paraíba e vem se destacando com músicas que geralmente versam sobre o caminhar do Homem na estrada da vida – caso de Relicário. Símbolo da festiva alegria nordestina, Brincadeira (Chico Limeira) acende a fogueira e levanta o barro do chão em baião junino. No fim do disco, Sandra Belê volta ao começo de Cantos de cá e reprisa os versos da canção Para agradecer (Regina Limeira), desta vez com acordeom, viola e percussões. Na reprise que arremata o álbum, Para agradecer soa como reverência da cantora aos artistas da região que desbravaram caminhos na Paraíba para que Sandra Belê possa, em 2020, afirmar o próprio lugar nobre nessa cena impregnada de vasta riqueza musical.

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Com rosto ainda desconhecido, primeira escritora negra do Brasil é redescoberta após décadas de anonimato

segunda-feira, 27 julho 2020 por Administrador

Não se sabe quando nem como, mas a imagem da autora de “Úrsula” (1859) — hoje considerado o primeiro romance afro-brasileiro, pioneiro da literatura antiescravista no país — se confundiu com a de uma escritora gaúcha. Como se imagina que seja Maria Firmina dos Reis, autora de "Úrsula" (1859), hoje considerado o primeiro romance afro-brasileiro, pioneiro da literatura antiescravista no país André Valente/BBC Cabelos presos, colar, um vestido aparentemente luxuoso, a pele branca. Assim esteve representada até 2012 a escritora Maria Firmina dos Reis (1822-1917), primeira romancista negra do Brasil, em uma parede da Câmara dos Vereadores de Guimarães, cidade do Maranhão onde a autora passou a maior parte de sua vida. Não se sabe quando nem como, mas a imagem da autora de Úrsula (1859) — hoje considerado o primeiro romance afro-brasileiro, pioneiro da literatura antiescravista no país — se confundiu com a da escritora gaúcha Maria Benedita Câmara (1853-1895), conhecida como Délia. "Em Guimarães já sabiam que aquela não era Maria Firmina, mas, como o quadro foi doação de alguém importante da cidade, não tiraram da parede", conta Régia Agostinho, professora da Universidade Federal do Maranhão. Em 2012, ela visitou Guimarães durante um trabalho de pesquisa para sua tese de doutorado sobre a escritora. De volta à cidade após concluir sua tese, publicada em 2013, o quadro havia sido removido. Como Maria Firmina não deixou para trás nenhuma foto ou retrato, no entanto, o engano perdura. Mesmo hoje, algumas das primeiras imagens que aparecem em pesquisas pelo nome da escritora na internet ainda são de Délia. Em um busto esculpido em sua homenagem, hoje exposto na Praça do Pantheon, no centro de São Luís, pouco transparece da descrição feita por ex-alunos e conhecidos de Maria Firmina: uma mulher de rosto arredondado, cabelo crespo, grisalho, cortado curto e amarrado na altura da nuca, com nariz curto e grosso. Na estátua "o nariz é afilado, os lábios finos, cabelos lisos, amarrados em coque, em nada se parecendo a uma mulher negra ou mulata", constata Agostinho. Para ela, o escultor Flory Gama se preocupou antes em representar a artista como a única mulher, em meio aos bustos de tantos homens maranhenses ilustres, do que como negra. Daí os seios avantajados, ainda mais marcantes em contraste com a magreza das feições da estátua. As confusões com a imagem de Maria Firmina espelham sua própria obra, que teve boa aceitação da crítica quando publicada, mas acabou caindo no esquecimento após sua morte. Só seria redescoberta em 1962, quando o historiador paraibano Horácio de Almeida (1896-1983) encontrou, em um sebo do Rio de Janeiro, uma edição de Úrsula, único romance da escritora e hoje considerado o primeiro livro brasileiro a se posicionar explicitamente contra a escravidão, antecedendo em mais de dez anos obras como O Navio Negreiro (1870) e A Escrava Isaura (1875). A biografia que se sabe Maria Firmina nasceu no dia 11 de março de 1822, na cidade de São Luís do Maranhão, filha de uma escrava alforriada e de um pai negro. Até 2018, acreditava-se que tivesse nascido em 11 de outubro de 1825 — na realidade a data de seu batismo —, de mãe branca com origem portuguesa, segundo a primeira biografia da autora, Maria Firmina – Fragmentos de uma Vida (1975), escrita pelo poeta e jornalista maranhense José Nascimento Morais Filho (1922-2009). A descoberta da nova data de nascimento foi feita por Dilercy Aragão, professora aposentada da Universidade Federal do Maranhão que hoje ocupa a cadeira de Maria Firmina na Academia Ludovicense de Letras. O caso é um exemplo do pouco que se conhece sobre a vida da autora. Do nascimento até a publicação de Úrsula, em 1859, há várias lacunas. Sabe-se que ficou órfã e se mudou em 1830 para a casa da tia em Guimarães, onde viveu até o fim da vida. Com a parente, que tinha melhores condições financeiras, teve a oportunidade de estudar, algo raro para mulheres negras no período. Em 1847, foi aprovada em concurso público para professora de primário, cargo que exerceu até se aposentar em 1881. No momento de receber o título, Maria Firmina se recusou a ser levada em um palanque sobre o ombro de escravos, uma tradição na época. "Negro não é animal para se andar montado nele", teria dito. Em vez disso, foi a pé. Durante 50 anos, a escritora colaborou com vários jornais maranhenses, onde publicou poesias, contos e crônicas. Entre eles, os contos Gupeva (1861) e A Escrava (1887), dois de seus textos mais famosos. Um ano antes de se aposentar, Maria Firmina fundou em Guimarães a primeira escola mista do Maranhão, que recebia gratuitamente meninos e meninas pobres. Morreu em 1917, aos 95 anos de idade, deixando 11 filhos adotivos. Além da imagem, Aragão lembra que faltam detalhes importantes da biografia da escritora, como os anos de sua juventude, a vida do pai, João Pedro Esteves, e onde ela teria realizado seus estudos. "Guimarães era uma vila pequena naquela época, então onde ela pode ter estudado? Ainda existe uma longa jornada pela frente, e todas essas dúvidas só nos instigam a buscar mais respostas", diz a pesquisadora. O escravo humanizado Maria Firmina esteve entre os primeiros escritores a de fato dar voz a personagens negros no Brasil, afirma o professor de literatura brasileira da Universidade de Brasília Danglei de Castro. "O enfoque dado aos problemas da escravidão, como a situação da criança negra, a perda de identidade dos escravos em seu deslocamento da África para o Brasil e o alcoolismo são formas de representar o lugar dos negros na sociedade brasileira do século 19", explica. Para Agostinho, da Universidade Federal do Maranhão, a autora humanizava os personagens cativos, colocando-os em pé de igualdade com os brancos da trama — a Úrsula do título do romance é uma mulher branca. "Ele escuta a nênia plangente de seu pai, escuta a canção sentida que cai dos lábios de sua mãe, e sente como eles, que é livre; porque a razão lho diz, e a alma o compreende. Oh! A mente! Isso sim ninguém a pode escravizar!" O trecho de Úrsula retrata uma reflexão do escravo Túlio sobre sua condição. Também no livro, a negra Susana descreve as dificuldades do traslado entre África e Brasil anos antes da publicação de O Navio Negreiro, de Castro Alves. De acordo com a pesquisadora, exemplos como esses mostram que Maria Firmina apresentava personagens escravos "com uma positividade que não foi feita nem depois dela, mesmo por escritores abolicionistas". Isso porque livros posteriores, como As Vítimas-Algozes (1869), de Joaquim Manuel de Macedo, e A Escrava Isaura (1875), de Bernardo Guimarães, teriam sido escritos para sensibilizar leitores brancos, mostrando como a escravidão poderia ser um problema para eles, mas deixando em segundo plano o sofrimento dos negros. Décadas mais tarde, com o avanço da causa na sociedade brasileira, a autora chegou a criar em contos como A Escrava personagens negras abertamente abolicionistas. A questão da mulher O caso da escritora foi atípico para a sociedade profundamente machista da época. Segundo a professora da Universidade Estadual do Piauí Algemira de Macêdo, ela foi a única mulher com presença tão marcada na imprensa maranhense ao longo de todo o século 19. Esse descompasso não passava despercebido à própria autora, que, no prólogo de Úrsula, dizia ter consciência de que "pouco vale este romance, porque escrito por uma mulher, e mulher brasileira, de educação acanhada e sem o trato e a conversação dos homens ilustrados, que aconselham, que discutem e que corrigem". Na sua escrita, destaca-se uma pluralidade do retrato das mulheres, com exemplos que vão desde o ideal feminino do período até personagens que desafiam fortemente as convenções. "No conto A Escrava, encontramos grupos de mulheres que se sujeitam aos ditames dos maridos ou apoiam a escravidão, mas também outras da sociedade burguesa que lutam contra ela", explica Macêdo. A pesquisadora também aponta a personagem da negra Susana, de Úrsula, como uma quebra no estereótipo da mulher negra sexualizada, interessada em seduzir, muito presente na literatura do período. "Ela é descrita como uma mulher não atraente, magra, seca. A autora não se preocupou em incluir esse aspecto que a cultura brasileira costuma dar para mulheres negras." Reconstruindo vida e obra Na cidade de Guimarães, da casa onde Maria Firmina viveu e lecionou a única memória que resta é uma placa com seu nome, sobre a fachada de uma loja de móveis construída no mesmo lugar. Quando visitou o local, em 2012, Agostinho não encontrou nas bibliotecas públicas nenhum exemplar da obra da autora. Nem mesmo seu túmulo estava identificado — na ocasião, a placa tinha sido roubada por vândalos. Apesar do descaso com a memória física de Maria Firmina, a pesquisadora relatou em sua tese que os moradores conheciam a autora, concluindo que "a memória social de Maria Firmina dos Reis está viva entre os habitantes da cidade de Guimarães". Desde então, o reconhecimento da escritora no país se expandiu. Entre os anos de 2017 e 2018, Úrsula ganhou 13 novas edições. Além disso, vários estudos foram dedicados a sua vida e obra e, em 2019, a escritora foi homenageada com um Doodle do Google — em outubro, ainda na data errada de seu nascimento. Para Danglei de Castro, o lugar da autora em nossa literatura vem sendo progressivamente recuperado. "A obra de Firmina é atual, mesmo distante no tempo histórico. É uma autora de grande força expressiva e, por isso, sua leitura é importante para compreender a complexidade da sociedade brasileira." "Algumas pessoas têm publicado trabalhos sobre o livro Úrsula, mas ainda é pouco para a grandiosidade de Maria Firmina, considerando que foi a primeira romancista brasileira", afirma Dilercy Aragão. "Nós brasileiros não valorizamos a nossa cultura. Por isso, é importante continuar consolidando essa visibilidade." No ano de 2017, o estado do Maranhão instituiu o Dia da Mulher Maranhense, que coincide com o aniversário da autora. Em 2018, Maria Firmina foi uma das artistas homenageadas na Flup (Festa Literária das Periferias), no Rio de Janeiro, que organizou um concurso visando recriar o rosto da autora. "Ainda estamos reconstruindo a história de Maria Firmina", diz Algemira de Macêdo. "Quando comecei a pesquisar sobre ela, em 2011, me sentia praticamente sozinha. Hoje fico feliz em ver minha voz ecoada."

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Wado reúne Flora, Lucas Santtana e Felipe De Vas no 12º álbum em duas décadas de trajetória indie

segunda-feira, 27 julho 2020 por Administrador

♪ Wado já está a um ano de completar duas décadas de carreira fonográfica pavimentada em trilho indie desde 2001, ano que foi editado Manifesto da arte periférica, primeiro álbum desse cantor e compositor catarinense de 43 anos, nascido Oswaldo Schlikmann Filho em Florianópolis (SC), em julho de 1977, e residente desde a infância em Maceió (AL). Por ora sem pensar em projeto retrospectivo para celebrar os 20 anos de disco, o artista se prepara para lançar o 12º álbum, A beleza que deriva do mundo, mas a ele escapa, neste segundo semestre de 2020. Gravado com músicos como Vitor Peixoto (violão), Igor Peixoto (baixo), Dinho Zampier (piano) e Jair Donato (cordas), o disco A beleza que deriva do mundo, mas a ele escapa reúne convidados como Flora (na música Faz comigo, lançada em maio como primeiro single do álbum), Lucas Santtana (no segundo single, Nina, canção composta e gravada por Wado com o colega de origem baiana), Felipe De Vas e Yo Soy Toño (alcunha de Antonio Oiticica). Felipe e Toño figuram em Arcos, música lançada esta semana como terceiro single do álbum. A beleza que deriva do mundo, mas a ele escapa é o primeiro álbum de Wado desde Precariado (2018).

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Norueguês bate recorde mundial cantando Elvis por 50 horas

segunda-feira, 27 julho 2020 por Administrador

Em 50 horas, 50 minutos e 50 segundos, "Kjell Elvis" pulverizou em mais de sete horas o recorde anterior aprovado pelo Guinness World Records. Por 16 anos, esse recorde pertenceu ao alemão Thomas "Curtis" Gäthje. Kjell Henning Bjornestad durante performance em Oslo, capital da Noruega, em 23 de julho NTB Scanpix/Fredrik Hagen via Reuters Kjell Henning Bjornestad, um imitador norueguês de Elvis Presley, quebrou um recorde mundial na manhã deste sábado (25), em Oslo, cantando músicas do rei por mais de 50 horas em uma maratona musical transmitida ao vivo pela Internet. Em 50 horas, 50 minutos e 50 segundos, "Kjell Elvis", nome artístico de Kjell Henning Bjornestad, pulverizou em mais de sete horas o recorde anterior aprovado pelo Guinness World Records. Por 16 anos, esse recorde pertenceu ao alemão Thomas "Curtis" Gäthje. "Nunca mais farei isso de novo", declarou o "cover" do astro americano à televisão norueguesa NRK, após sua apresentação, por volta das 10h50 locais (5h50 em Brasília). Ele começou a cantar na quinta-feira de manhã, às 8h, em um bar no centro de Oslo, completamente caracterizado como Elvis. Segundo seu agente, recomentou-se ao artista não exagerar no café para conseguir superar duas noites inteiras cantando. Vitaminas, frutas e barras energéticas permitiram que ele continuasse de pé e preservasse sua voz, um pouco arranhada nas últimas horas. Bjornestad, de 52 anos, já havia recebido atenção da mídia internacional ao quebrar o recorde duas vezes o recorde, a última vez em 2003, em uma maratona de 26 horas à época. O artista havia lançado uma campanha para doações no site do evento, destinado em parte à construção de hospitais em Mianmar.

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Morre Peter Green, um dos fundadores da banda Fleetwood Mac

segunda-feira, 27 julho 2020 por Administrador

Informação foi confirmada pelos advogados do artista que disseram que ele morreu dormindo. O guitarrista britânico Peter Green, membro fundador do Fleetwood Mac, em foto de arquivo tirada em 7 de abril de 2001 Mark Lennihan/AP/Arquivo Morreu neste sábado (25) o guitarrista Peter Green, um dos fundadores do grupo Fleetwood Mac, aos 73 anos. Segundo a agência Associated Press, a morte foi confirmada pelos advogados da família por meio de um comunicado. O documento diz que o músico morreu "pacificamente enquanto dormia". Morre, aos 73 anos, guitarrista britânico Peter Green, um dos fundadores da Fleetwood Mac Uma declaração adicional será emitida nos próximos dias, disseram seus responsáveis jurídicos. Peter Allen Greenbaum nasceu em Londres, no dia 29 de outubro de 1946. Aos dez anos ganhou sua primeira guitarra e não parou de tocar. Ele foi compositor dos clássicos "Albatross", "Oh Well" e "Black Magic Woman". Relembre momentos da carreira de Peter Green Peter Green, guitarrista da formação original do Fleetwood Mac, em performance de "Black Magic Woman" Reuters/Arquivo Foto de 7 de abril de 2001 – Peter Green se apresentou com o Splinter Group no B.B. King Blues Club & Grill, em Nova York Mark Lennihan/AP/Arquivo Foto de 7 de abril de 2001 – Peter Green se apresentou com o Splinter Group no B.B. King Blues Club & Grill, em Nova York Mark Lennihan/AP/Arquivo

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Morre, aos 89 anos, o ator Turíbio Ruiz

segunda-feira, 27 julho 2020 por Administrador

Último trabalho de Ruiz na TV foi em 2010 na novela "Araguaia". Enterro será em Poá, cidade em que o ator nasceu. Ator Turíbio Ruiz interpretou o índio 'Ruriá' em "Araguaia", ao lado de Cléo Pires Reprodução/TV Globo Morreu aos 89 anos, na madrugada deste sábado (25), o ator Turíbio Ruiz. Nascido em Poá, o artista faleceu na cidade de São Paulo, vítima de um acidente vascular cerebral. Turíbio participou de diversas produções da TV Globo. O último trabalho foi em 2010, na novela "Araguaia", quando interpretou o índio Ruriá ao lado de atores como Juca de Oliveira e Cleo Pires. Nos anos 1980, ele também fez uma participação no programa "Trapalhões", ao lado de Renato Aragão (assista abaixo). Ruiz atuou como apresentador, radialista em Mogi das Cruzes, e dublador de filmes e séries para televisão. O ator será velado e enterrado no Cemitério Municipal de Poá. Ator Turíbio Ruiz, nascido em Poá, morre aos 89 anos

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Regis Philbin, famoso apresentador de TV, morre aos 88 anos

segunda-feira, 27 julho 2020 por Administrador

Segundo a família, o apresentador morreu de causas naturais. Regis Philbin, o apresentador de 'Quem quer ser um milionário' nos EUA. Divulgação O apresentador de televisão Regis Philbin, popularmente conhecido por comandar talk shows nos Estados Unidos, morreu aos 88 anos nesta sexta-feira (24), segundo informações da revista 'People'. Em comunicado para a revista americana, a família informou que o apresentador morreu de causas naturais. "Estamos profundamente tristes em compartilhar que nosso amado Regis Philbin faleceu ontem à noite por causas naturais, um mês antes de seu aniversário de 89 anos". "Sua família e amigos são eternamente gratos pelo tempo que passamos com ele – por seu calor, seu lendário senso de humor e a sua capacidade singular de transformar todos os dias em algo que valha a pena falar. Agradecemos os seus fãs e admiradores por todo o apoio ao longo de sua carreira de 60 anos e pedimos privacidade enquanto lamentamos nossa perda ", disse a família. Philbin comandou o game show "Who Wants to Be a Millionaire?" (Quem quer ser um milionário) e o programa matinal "Live! With Regis and Kathie".

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