Kim Kardashian fala sobre transtorno bipolar de Kanye West e pede ‘compaixão e empatia’
'Ele é uma pessoa brilhante, mas complicada', escreveu empresária em post. Rapper tenta concorrer às eleições americanas e fez publicações polêmicas sobre a esposa nos últimos dias. Kanye West e Kim Kardashian em festa da Harper’s Bazaar’s no Plaza Hotel, durante a NY Fashion Week, em Nova York, no dia 9 de setembro Reuters/Andrew Kelly A empresária e digital influencer Kim Kardashian fez posts no Instagram nesta quarta (22) para falar sobre o transtorno bipolar do marido Kanye West e pediu "compaixão e empatia". Nos últimos dias, o rapper tem feito comentários e posts polêmicos nas redes sociais e em eventos: West chorou ao fazer um discurso antiaborto durante uma manifestação política, em Charleston, Carolina do Sul, depois de anunciar que vai se candidatar às eleições americanas; Depois, fez um post no Twitter falando que Kim queria interná-lo após a aparição pública; Ele também afirmou que tenta se separar há 2 anos da empresária, mas apagou a publicação nesta quarta. Kim publicou um longo texto justificando que achava necessário falar agora, "por causa do estigma e das visões equivocadas sobre questões de saúde mental". "Como muitos de vocês sabem, Kanye tem transtorno bipolar. Quem tem isso ou tem um ente querido em sua vida sabe o quão incrivelmente complicado e doloroso é entender", escreveu. "Eu nunca falei publicamente sobre como isso nos afetou em casa, porque eu sou muito protetora dos nossos filhos e do direito de Kanye à privacidade quando se trata de sua saúde. Mas hoje, sinto que devo comentar sobre sua saúde, por causa do estigma e equívocos sobre saúde mental", continuou. A empresária falou que entende a exposição do marido por ser uma figura pública e a repercussão que seus comentários podem ter. "Ele é uma pessoa brilhante, mas complicada, que, além das pressões de ser um artista e um homem negro, viveu a dolorosa morte de sua mãe, e ainda tem que lidar com a pressão e o isolamento que é intensificado pelo seu transtorno bipolar", explica Kim. "Viver com transtorno bipolar não diminui ou invalida os sonhos e as ideias criativas, não importa quão grandes ou inatingíveis elas pareçam para alguns. Isso é parte de sua genialidade, e como todos nós já testemunhamos, vários de seus grandes sonhos viraram realidade", afirmou. Por fim, a empresária pediu que a compreensão da imprensa e dos fãs com o marido: "Eu peço gentilmente que a mídia e o público nos dê a compaixão e empatia que são necessárias para que possamos superar isso", finalizou. Kim e Kanye são pais de North, de 7 anos, Saint, 4 anos e meio, Chicago, 2 anos e meio, e Psalm, de um ano. Semana Pop lembra de famosos que se arriscaram na carreira política nos Estados Unidos
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Show em tributo aos 90 anos de Angela Maria ganha registro em disco
Elenco do espetáculo inclui Alcione, Ayrton Montarroyos, Claudette Soares, Filipe Catto, Joanna e Wanderléa. ♪ Angela Maria (13 de maio de 1929 – 29 de setembro de 2018) saiu de cena a menos de um ano de completar 90 anos de vida. Mesmo sem a presença viva da cantora, a efeméride foi festejada em série de três shows produzidos por Thiago Marques Luiz e apresentados no teatro do Sesc Vila Mariana de 6 a 8 de junho de 2019. Feito sob direção musical do violonista Ronaldo Rayol e com direção de Ricardo Cravo Alvin, o show ganha registro em disco programado para ser lançado pela gravadora Biscoito Fino neste segundo semestre de 2020. Nada menos do que 12 artistas – Agnaldo Rayol, Alaíde Costa, Alcione, As Bahias e a Cozinha Mineira, Ayrton Montarroyos, Claudette Soares, Eliana Pittman, Filipe Catto, Joanna, Márcio Gomes, Tânia Alves e Wanderléa – dão vozes ao repertório de Angela Maria, cantora projetada nos anos 1950 no apogeu da era do rádio. A edição da gravação ao vivo do show foi negociada no ano passado pelo produtor Thiago Marques Luiz com a gravadora Biscoito Fino.
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Madonna posta vídeo de ex-moradora de rua de Manaus dançando ‘Holiday’ em bar da capital
"Eu tô toda arrepiada, dos pés a cabeça", disse a manauara após ver postagem da 'Rainha do Pop'. Publicação foi feita nesta quarta-feira (22). Em postagem feita por Madonna, ex-moradora de rua de Manaus aparece ao dançar música 'Holiday', da cantora. Reprodução A 'Rainha do Pop', Madonna, postou um vídeo em uma rede social em que mostra uma ex-moradora de rua de Manaus, Maria Solange, de 50 anos, dançando um dos sucessos da cantora, "Holiday", em um bar no Centro da cidade, nesta quarta-feira (22). Os brasileiros reconheceram a mulher e a postagem fez sucesso entre eles nos comentários. "Eu tô toda arrepiada, dos pés a cabeça", disse a manauara ao G1. Em "Holiday", Madonna fala sobre esquecer os tempos ruins e celebrar a vida. No vídeo, a manauara aparece em um bar do Centro da cidade, localizado na esquina das ruas Joaquim Nabuco e Quintino Bocaiúva, ao dançar a música da "Rainha do Pop". Na postagem, Madonna fez uma comparação com notícias ruins vividas em todo o mundo e propôs que, em situações como essa, as pessoas dancem para esquecerem os tempos ruins. "Você está se sentindo sem esperança hoje? A vida parece ser uma notícia ruim atrás de outra? O apocalipse parece estar perto? Eu acho que muitos de nós nos sentimos do mesmo jeito. Em dias como esses, nós só temos que aumentar a música e dançar", disse, a cantora na legenda da postagem. Madonna posta vídeo de ex-moradora de rua de Manaus dançando 'Holiday' Ao G1, a ex-moradora de rua, conhecida na cidade como Marina Silva, por conta da semelhança com a política, disse que estava na casa em que mora com o pai, durante a tarde. Ela contou que saiu para comprar pão e, quando voltou, ele mostrou para ela a publicação feita por Madonna. "O pai viu e logo me mostrou. Eu fiquei muito feliz. Só sorriso, só felicidade", disse Maria. Assim como a legenda da postagem e a letra da música de Madonna, Maria lembrou do ditado "Quem canta, os males espanta" e disse que sempre costuma cantar e dançar durante a vida. "Eu levo esse lema para mim. Eu amo cantar, dançar, pular, gritar. Para mim, isso é uma terapia. Em homenagem à ela, eu vou dançar agora para a Madonna", finalizou. Em rede social, Marina Silva agradeceu postagem feita por Madonna. Reprodução
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Clint Eastwood entra com ação contra uso de seu nome para vender canabidiol
Artista de 90 anos diz que sua imagem foi usada em fraudes online para vender produtos com o composto não-psicoativo da cannabis. Ele alega até falsa entrevista em site. Clint Eastwood em Cannes em 2017 AP Photo/Thibault Camus Clint Eastwood entrou com ações judiciais nesta quarta-feira por uso fraudulento de seu nome para vender produtos de canabidiol (CBD). O astro de 90 anos argumentou que seu nome e imagem foram usados em fraudes online para vender óleo de CBD, gomas e outros produtos. O CBD é um composto não-psicoativo da cannabis e também é derivado da planta de cânhamo. Foi legalizado nos EUA em 2018. "O sr. Eastwood não possui e nunca teve nenhuma associação com a fabricação, promoção e/ou venda de qualquer produto de CBD", afirma o processo. Falsa entrevista O primeiro processo cita um artigo de notícias online com uma suposta entrevista na qual Eastwood diz que está desenvolvendo uma nova linha de CBD e está "se afastando dos holofotes para dedicar mais tempo ao seu negócio de bem-estar". Eastwood, diretor e ator premiado com o Oscar, raramente apoia qualquer coisa, segundo o processo. Além disso, ele "não expressa um ponto de vista sobre os produtos de CBD ou sobre a indústria legítima de CBD", afirmou seu representante. Um segundo processo afirma que código de programação foi usado para inserir ilegalmente o nome da Eastwood em algumas pesquisas online de produtos CBD. Os dois processos relacionados, que alegam difamação, violação de marca registrada e invasão de privacidade, buscam indenizações não especificadas. Eles foram movidos em um tribunal federal na Califórnia contra vários laboratórios, corporações e indivíduos.
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Discos para descobrir em casa – ‘O Q faço é música’, Jards Macalé, 1998
Capa do álbum 'O Q faço é música', de Jards Macalé Lygia Anet ♪ DISCOS PARA DESCOBRIR EM CASA – O Q faço é música, Jards Macalé, 1998 ♪ Quando Jards Macalé soltou Besta fera em fevereiro de 2019, o artista foi ovacionado pela arquitetura ousada deste álbum apocalítico que conectou o cantor com turma de músicos e produtores paulistanos arregimentados por Romulo Fróes, Kiko Dinucci e Thomas Harres. Além das notórias qualidades do álbum, Besta fera foi recebido com entusiasmo também por ser o primeiro disco de músicas inéditas de Macalé em longos 21 anos. O álbum anterior com repertório novo, O Q faço é música, tinha sido lançado em 1998 com boa receptividade, mas sem tanta ovação, talvez por ter sido editado por gravadora, Atração Fonográfica, com marketing de alcance reduzido. Gravado sob direção musical do pianista Cristovão Bastos e do próprio Macalé, criadores dos arranjos das 16 músicas, o álbum O Q faço é música manteve o alto padrão de qualidade do cancioneiro do cantor, compositor e violonista Jards Anet da Silva – carioca nascido em 3 de março de 1943 – sem reeditar o alto teor vanguardista de álbuns como Jards Macalé (1972) e Aprender a nadar (1974). Esses dois álbuns são pedras fundamentais de discografia iniciada pelo cantor com o single quádruplo – compacto duplo, de acordo com o jargão fonográfico da época – Só morto / Burning night, editado em 1969, ano em que Macalé assombrou o público do IV Festival Internacional da Canção (FIC) com a apresentação performática de música, Gothan city (Jards Macalé e José Carlos Capinan, 1969), que aludia ao estado repressor do Brasil naquele momento tenso da história nacional. Compositor lançado em disco em 1964 por Elizeth Cardoso (1920 – 1990), cantora que apresentou Meu mundo é seu (Jards Macalé e Roberto Nascimento) no álbum A meiga Elizete nº 5, Macalé se aliou à revolução tropicalista de 1967/1968 sem perder a autonomia criativa e sem se prender ao movimento. Com liberdades estilísticas, alta dose de experimentações e ecos de bossa nova, rock e blues (sobretudo no canto por vezes ruminado), Macalé sempre transitou por ritmos cariocas como samba, samba-canção e choro, gêneros presentes no repertório de O Q faço é música, álbum cuja capa expôs Macalé bebê, no colo do pai acordeonista, em foto do acervo pessoal de Lygia Anet, mãe do artista. A gênese carioca da obra do artista saltou aos ouvidos já no trocadilho do título da primeira das 16 músicas do disco, Rei de janeiro (1998), samba composto por Macalé a partir de quatro versos do cineasta Glauber Rocha (1939 – 1981) – “Idolatrada mãe a quem recorro / Toda vez ameaçado o pranto / Paraíso São Sebastião / Rei de Janeiro” – e gravado com as vozes do conjunto As Gatas. Dentro do terreirão do samba, Macalé reconstruiu Favela (Padeirinho e Jorginho Pessanha, 1966) em cadência friccionada pela artilharia da guitarra psicodélica de Lanny Gordin e pelas vozes da Velha Guarda da Portela e da cantora Cristina Buarque. A turma portelense voltou no arremate do álbum, fechado com a batida percussiva do surdo que fez pulsar Coração do Brasil (Jards Macalé, 1998) com certa melancolia. Já Lanny Gordin reapareceu no disco com o violão de aço que emoldurou a lembrança de O mais-que-perfeito, parceria de Macalé com Vinicius de Moraes (1913 – 1980) lançada pela cantora Clara Nunes (1942 – 1983) em single de 1973, mas até então inédita na voz do próprio Macalé. Entre regravações de dois clássicos da parceria fundamental de Macalé com o poeta Waly Salomão (1943 – 2003), Vapor barato e Movimento dos barcos (em clima jazzy), ambos apresentados em 1971, o cantor mostrou músicas então inéditas em disco, caso de Destino (1998), samba-canção com sotaque de blues composto pelo artista a partir de versos do poeta tropicalista Torquato Neto (1944 – 1972). Dias antes de se suicidar, Torquato bateu na casa de Macalé e deixou dois poemas, Destino e Dente no dente (1998), ambos musicados pelo compositor e gravados no álbum O Q faço é música 26 anos após a morte do poeta. Dente no dente se revelou samba que desvendou a riqueza rítmica do violão de Macalé, único instrumento da faixa. Motor do particular universo musical de Macalé, o violão originalíssimo do músico também sobressaiu na primeira metade da gravação de Destino, posteriormente adornada com cordas. Samba da lavra mais rara de Macalé com o poeta Abel Silva, Terceira vez (1998) ganhou citação sagaz de verso de outro samba, A primeira vez (Alcebíades Barcelos, o Bide, e Armando Marçal, 1940). Nunca mais gravado desde então, Terceira vez permaneceu esquecido neste disco em que Macalé também deu voz ao samba de breque Cidade lagoa (Cícero Nunes e Sebastião Fonseca, 1959), reafirmando a conexão com o Rio de Janeiro (RJ) e a afinidade com Moreira da Silva (1902 – 2000), intérprete original da composição que versa sobre as chuvas que alagam a cidade. Tal sintonia fez com que, três anos após a edição do disco O Q faço é música, Macalé voltasse ao mercado fonográfico com tributo a este difusor do samba de breque em disco intitulado Macalé canta Moreira (2001). Fora do trilho autoral, Macalé se mostrou intérprete ousado ao trazer para a prosódia do choro um clássico do rock'n'roll, Blue sueede shoes (Carls Perkins, 1955), com aguçado senso rítmico. Dentro do universo do choro, o artista também situou o tema instrumental Mais um abraço no nosso amigo Radamés (Jards Macalé, 1998), arranjado por Cristovão Bastos em refinado clima vintage, fiel ao espírito da música do tempo do compositor, arranjador e maestro Radamés Gnattali (1906 – 1988). Na costura do disco, a faixa se alinhou com outro inédito tema instrumental da lavra de Macalé, Um abraço no Oliveira (1998), tributo a ninguém menos do que João Gilberto Prado Pereira de Oliveira (1931 – 2019), papa da bossa nova, da qual Macalé também é filho, embora rebelde. Como sensível intérprete, Macalé deu voz em espanhol a Unicórnio (1982), canção mais conhecida do compositor cubano Silvio Rodríguez, em bela gravação orquestrada com cordas de molde tradicional. Parceria de Macalé com Xico Chaves, Mais uma luz iluminou flash da cidade do Rio de Janeiro (RJ) na levada de fox-blues. Já Poema da Rosa (Jards Macalé sobre versos de Bertolt Brecht em tradução de Augusto Boal, 1969), lançado na voz de Nara Leão (1942 – 1989), foi desfolhado novamente pelo cantor 21 anos depois da gravação do álbum Contrastes (1977). Condutor do leme do barco que movimenta com independência artística desde os anos 1960, Jards Macalé fez música de alta qualidade neste álbum de 1998 e também em todos os outros discos de obra coerente com a ideologia deste artista indomado.
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Lives de hoje: Rael, Sofi Tukker, Gino e Geno, Teresa Cristina e mais shows para ver em casa
Nesta quinta (23), Sérgio Pererê e DJ Julia Bacellar também fazem transmissões e Paula Lima entrevista Fafá de Belém. Veja horários. Rael Divulgação/Bruno Trindade Rael, Sofi Tukker, Gino e Geno e Teresa Cristina estão entre os artistas com lives programadas para esta quinta (23). Veja a lista completa com horários das lives abaixo. O G1 já fez um intensivão no começo da onda de lives, constatou o renascimento do pagode nas transmissões on-line, mostrou também a queda de audiência do fenômeno e a polêmica na cobrança de direito autoral nas lives. Sofi Tukker – 14h – Link Paula Lima entrevista Fafá de Belém – 16h – Link Sérgio Pererê com participação de Acauã Ranne (Em Casa com Sesc) – 19h – Link Gino e Geno – 20h – Link Rael – 20h – Link DJ Julia Bacellar – 22h – Link Teresa Cristina – 22h – Link Semana pop explica como o Black Lives Matter está mudando a cultura pop
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Livrarias de volta: Lojas reabrem com vendas 70% menores, dívidas com editoras e ‘socorro’ digital
Lojas que voltaram a funcionar lidam com horários restritos e público receoso de ir às compras não essenciais. Campanha arrecada dinheiro para ajudar micro e pequenas livrarias. Homem usando máscara de proteção organiza livros na livraria La Sorbonne, na França Eric Gaillard/Reuters Quando as livrarias fecharam as portas em março, elas já enfrentavam crise no mercado e algumas dívidas. Agora, após mais de 100 dias de quarentena, as lojas que não puderam abrir notaram que poucos clientes migraram para o on-line. Também não houve ajuda ou linha de crédito específicas. Quando a retomada aconteceu nas cidades mais controladas, as unidades que abriram suas portas saíram da quarentena com desafios a superar: Vendas 70% menores que o habitual, dívidas ainda maiores e uma folha de pagamento que se manteve a mesma, com ou sem clientes; E a necessidade de atrair um público ainda com medo de sair de casa, mesmo com abertura em horários restritos, muitas vezes coincidindo com o horário comercial. O cenário descrito acima foi contado ao G1 pelo presidente da Câmara Brasileira do Livro (CBL), Vitor Tavares; um dos sócios da Livraria da Travessa, Rui Campos; o presidente da Associação Nacional de Livrarias (ANL), Bernardo Gurbanov; e Samuel Seibel, presidente da Livraria da Vila. CINEMAS DE VOLTA: A adaptação para a reabertura As livrarias entram na categoria de comércio e puderam voltar a funcionar nas cidades em que o setor foi autorizado a reabrir. Assim como o restante das lojas, elas têm de obedecer a algumas regras, como distanciamento entre clientes e barreiras de acrílico nos caixas. A maior mudança é em relação aos livros manuseados. A cada vez que um cliente folheia um livro, ele precisa ser limpo imediatamente. Para não estragar a capa, o número de unidades embaladas com plástico aumentou. Em algumas livrarias, a edição folheada e não comprada é embalada novamente antes de voltar para a prateleira. Queda de faturamento Clientes entram de máscara na Livraria da Travessa Divulgação/ Livraria da Travessa “Reabrimos, mas todo mundo ainda está assustado e não temos um resultado muito bom. Nas lojas, temos vendido 30% do habitual”, conta Rui Campos, da Livraria da Travessa. A Livraria da Vila registra a mesma porcentagem de vendas. "Se não conseguirmos manter as despesas das lojas proporcionais ao que vendem, aí a situação complica mais do que já está", diz Seibel, presidente da empresa. Mesmo com a queda de 70%, vale a pena abrir. O custo da livraria fechada permanece o mesmo, dizem os empresários. Os livreiros reclamam da falta de incentivo governamental e só recentemente conseguiram recorrer a empréstimos de bancos privados com aval do BNDES. Mas obter crédito é um desafio grande para os pequenos. "Quando eles conseguem, geralmente é via banco privado e os juros são altos porque nem sempre as livrarias têm histórico com os bancos ou uma boa condição financeira que garanta taxas melhores", explica Tavares. Sem capital de giro, elas não conseguem sequer comprar obras novas e se preparar para a reabertura seguindo os protocolo de segurança, diz Gurbanov. A Lei Aldir Blanc, sancionada pelo Governo Federal em 29 de junho, prevê linhas de crédito e financiamento de projetos culturais, incluindo as livrarias. Mas as fontes ouvidas pelo G1 dizem que ainda não sabem quando nem como a lei passará a valer. 'Socorro' digital Grandes redes e franquias recorreram às vendas on-line durante os meses de fechamento e conseguiram se salvar. Na Livraria da Vila, as vendas digitais já têm um faturamento equivalente a uma loja pequena. Na Travessa, elas dobraram durante os meses de quarentena. Já as pequenas muitas vezes não têm tecnologia e conhecimento para vender na internet. “As micro e pequenas mal conseguiram vender por telefone ou Whatsapp. Essas começaram a passar por uma situação terrível”, explica Tavares. Elas também esbarram na falta de serviço de entrega. “Recomendamos o uso de serviços terceirizados ou mesmo o Rappi. Contratar um motoboy de qualquer jeito não é o ideal, porque pode acabar em alguma infração trabalhista." A produção caiu e poucos autores têm lançado obras novas. Além disso, um dos livros lançados na pandemia teve contrato de exclusividade com um vendedor. “A Amazon exigiu exclusividade de vendas do novo livro do Ciro Gomes [“Projeto Nacional: O Dever Da Esperança”]. Nós tentamos comprar da editora, mas não conseguimos. E é um livro importante. Reclamamos com a LeYa, mas eles alegaram que no momento de crise que estão passando, não tinham como recusar”, conta Campos. Ajuda às pequenas livrarias Para ajudar as pequenas unidades, a Câmara Brasileira do Livro, a Associação Nacional de Livrarias e o Sindicato Nacional dos Editores de Livros se uniram para promover a campanha Retomada das Livrarias. A campanha é um financiamento coletivo e, segundo Tavares, a ideia é arrecadar o máximo possível até o final de julho para poder disponibilizar o dinheiro em agosto. Até o momento, foram arrecadados R$ 300 mil. A CBL prevê que consigam chegar a R$ 500 mil até o fim do mês. 56% das doações foram feitas por pessoas físicas e 44%, por empresas, principalmente do setor editorial. Depois disso, uma comissão formada por editores, autores e livreiros vai selecionar 50 livrarias com apenas uma unidade e que tenha 50% do negócio dedicado à venda de livros para receberem R$ 10 mil. O projeto Retomada das Livrarias esperava receber inscrição de 40 livrarias. Foram mais de 200 pedidos. Os selecionados terão R$ 10 mil para ajudar no aluguel, reposição de estoque e outros gastos que podem fazer o negócio falir. O Brasil tem, hoje, pouco mais de 2,2 mil livrarias. É um número baixo tanto em relação à quantidade de municípios (5.570) quanto se comparado às unidades que o país já teve. “Já chegamos a 3 mil livrarias. Mas somos um país de leitura per capita baixa. A última pesquisa do instituto pró-livro mostrou que a média de leitura no Brasil é 2,5 livros por pessoa anualmente. Se dobrássemos essa média, teríamos mais livrarias e até preços mais baixos, porque o valor por escala diminui”, diz Tavares.
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Mateus Aleluia se equilibra entre céu e terra no álbum ‘Olorum’ sem perder elo com a ancestralidade
Disco tempera textura afro-barroca da obra do artista com sonoridade mais contemporânea sem atenuar a carga espiritual do cantor projetado nos anos 1970 no grupo Tincoãs. Capa do álbum 'Olorum', de Mateus Aleluia Ilustração de Jorge dos Anjos Resenha de álbum Título: Olorum Artista: Mateus Aleluia Gravadora: Selo Sesc Cotação: * * * * ♪ Oriundo da interiorana cidade de Cachoeira (BA), reduto da ancestralidade africana em que emergiu o grupo Os Tincoãs, Mateus Aleluia reacende o fogo sagrado das divindades de matriz afro-brasileira no terceiro álbum solo do artista, Olorum, disponível a partir de sexta-feira, 24 de julho, na plataforma Sesc digital, com 12 músicas assinadas somente pelo cantor, compositor e músico baiano. A centelha divina brilha no canto rústico e grave de Aleluia quando o artista de quase 77 anos – nascido em setembro de 1943 – roga ao orixá Olorum, na música que abre e batiza o disco produzido por Ronaldo Evangelista, que saia do reino e venha ver “o povo cansado de sofrer”. Olorum, na mitologia iorubá, é a entidade que rege a humanidade e os próprios orixás com poder supremo. De início conduzida pelo toque do violão de Aleluia, a faixa-título Olorum culmina com o baticum dos atabaques evocativos da África, matriz da música do artista. Esse batuque sustenta a louvação a Xangô – deus do fogo e da justiça – feita em Kawô Kabiyesilê, tema de arquitetura afro-barroca friccionada pelas cordas do violoncelo de Filipe Massumi. Disco gravado em dezembro de 2018 e ao longo de 2019, Olorum soa coerente com os álbuns antecessores Cinco sentidos (2010) e Fogueira doce (2017). Integrante da segunda e mais relevante formação do grupo Os Tincoãs, Mateus Aleluia jamais se desvia do terreno afro-barroco em que assentou obra pautada por alta carga de espiritualidade e de negritude, explicitada com justificado orgulho em Filho de rei. “Eu sou do Ilê do Malê / Minha dança é de negro / Quero ver meu pé sangrar / Quebro meu cativeiro / Com um canto que é milenar”, celebra Aleluia em Filho de rei, em sentença de liberdade reforçada pelo coro das vozes das Pastoras do Rosário. Contudo, há clima mais fluido na ambientação de músicas como o samba Amarelou e Canta sabiá, faixa também encorpada com as vozes das Pastoras do Rosário. É como se, nessas músicas, Aleluia soasse ligeiramente “pop” e contemporâneo dentro do universo musical em que está confinado na medida em que um artista da estirpe dele possa se mostrar “pop” e contemporâneo. Mateus Aleluia lança o terceiro álbum solo, 'Olorum', produzido por Ronaldo Evangelista Vinicius Xavier / Divulgação Amarelou e Bem-te-vi trazem o toque do piano Rhodes de João Donato sem impor a personalidade latina do músico acriano nesse reencontro simbólico, já que Donato atuou como arranjador de dois dos três referenciais álbuns lançados pelo grupo Os Tincoãs nos anos 1970 – O africanto dos Tincoãs (1975) e Os Tincoãs (1977) – em função dividida com o saxofonista carioca Oberdan Magalhães (1945 – 1984), fundador da banda Black Rio. Com melancolia sublinhada pelo sopro do trombone de Douglas Antunes e do toque dos violoncelos de Filipe Massumi (músico fundamental na arquitetura do álbum Olorum), em faixa sedutora, Bem-te-vi é música que voa alto dentro do tema da sofrência sem cair na trivialidade recorrente em canções do gênero. Mateus Aleluia mantém alto o nível poético ao versar sobre desamor. Antecedido pelo singles Samba-oração e Nganga Njila (faixa gravada com a voz a cantora moçambicana Lenna Bahule), o álbum Olorum propaga forças ancestrais mesmo quando confidencia vulnerabilidades humanas, assunto de Liquifez. “O amor está no ar”, propaga Aleluia em verso de Talismã após ter admitido em Pimenta mumuíla ter inflamado a alma com o sabor ardido da paixão em gravação adornada pelos sopros inusitadamente orquestrados por Thiago França. Ao longo do álbum Olorum, Mateus Aleluia se equilibra entre evocações celestiais – como a de Kyriê! Epa Babá…, tema adaptado do Compêndio da Música Sacra Católica – e questões terrenas sem perder o elo barroco com a espiritualidade e a ancestralidade afro-brasileira.
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‘Liberdade provisória’, de Henrique & Juliano, é maior hit do 1º semestre do Brasil no Spotify
Veja listas de faixas mais tocadas e rankings de artistas e gêneros. Sertanejo ainda domina, mas perdeu espaço para pop gringo. Audiência dos hits caiu pela metade no início da pandemia. CONHEÇA OS HITS DO PRIMEIRO SEMESTRE EM STREAMING NO BRASIL O sertanejo emplacou o maior hit e o artista mais tocado do primeiro semestre de 2020 no Brasil no Spotify. Uma análise feita pelo G1 com base nos rankings diários do serviço de streaming mostra que: "Liberdade provisória", de Henrique & Juliano, é o maior sucesso do período. Na soma de todas as músicas do Top 200 diário, Marília Mendonça foi a artista mais tocada. O sertanejo lidera, mas perdeu espaço nos últimos meses. O pop estrangeiro cresceu. O ano começou com alta inédita de audiência. Mas no início da pandemia, a queda também foi recorde. Dois gêneros ainda pequenos ganham espaço aos poucos: gospel e k-pop. O G1 compilou todas as listas diárias de 200 músicas mais tocadas do país no Spotify, principal app de streaming de música hoje. A análise só considera execuções no Brasil, feitas enquanto a música estava entre as 200 mais tocadas, entre 1º de janeiro a 30 de junho. 1 – O hit do semestre “Liberdade provisória” é a vencedora, tanto em execuções totais quanto em permanência na parada A faixa passou 79 dos 182 dias no topo – quase metade do período. O G1 já destrinchou a história da criação deste "sertanejo jurídico" em texto e podcast. Só nove músicas chegaram a ocupar o primeiro lugar diário do ranking. As outras que passaram mais tempo foram a bachata sertaneja “A gente fez amor”, de Gusttavo Lima (56 dias) e o funk de TikTok “Na raba toma tapão”, de MC Niack e DJ Markim WF (30 dias). As músicas que mais ficaram em primeiro lugar entre 1º de janeiro a 30 de junho de 2020 no Spotify no Brasil O G1 também compilou as músicas que tiveram mais execuções totais no primeiro semestre. Neste quesito, “A gente fez amor” chegou até mais perto de “Liberdade provisória”. Também se destacam faixas que não chegaram a liderar as paradas, mas foram bem na soma total de plays do semestre, como “Graveto”, de Marília Mendonça; “Sentadão”, de Pedro Sampaio e “S de Saudade”, de Luíza & Maurílio. As músicas mais tocadas entre 1º de janeiro a 30 de junho de 2020 no Spotify no Brasil 2 – A dona da parada Marília Mendonça Divulgação Somadas as execuções de todas as músicas do top 200 diário do primeiro semestre no Brasil, a artista mais tocada é Marília Mendonça, com mais de 330 milhões de execuções. Esta soma de execuções não considera músicas em parceria em que o artista seja o convidado. Em suas tabelas, o Spotify considera apenas o intérprete principal da faixa, sem os "feats." Os artistas mais tocados entre 1º de janeiro a 30 de junho de 2020 no Spotify no Brasil Arte G1 O Spotify tem um índice interno que categoriza a popularidade atual de cada artista. Este número não aparece para os usuários, mas faz parte de um grupo de informações adicionais que podem ser baixadas do serviço. A empresa não abre o algoritmo, mas diz calcular este índice pelas audições de todas as faixa do artista, com maior peso para as execuções mais recentes. Atualmente, há um empate de sertanejos na primeira posição brasileira. Entre os nomes menos manjados na lista estão a cantora Luisa Sonza (12º), o duo de forró de piseiro Barões da Pisadinha (14º) e o DJ de EDM Vintage Culture (15º). Os artistas brasileiros mais populares no final do primeiro semestre de 2020 segundo algoritmo do Spotify que considera audiência com peso para execuções mais recentes Luísa Sonza e a fantasia de 'cena do crime' no Bloco da Anitta Reprodução/TV Globo 3 – Os gêneros que dominam os hits O sertanejo e funk dominam entre os gêneros na soma dos top 200 diários no primeiro semestre. Foram mais de 2,4 bilhões de execuções de sertanejo e 1,3 bilhão do funk nas paradas. Os estilos mais tocados no Spotify no Brasil entre 1º de janeiro a 30 de junho de 2020 Mas este domínio já foi maior. Desde 2017, o sertanejo e o funk foram tomando o espaço do pop internacional entre os estilos preferidos dos brasileiros no ranking. O primeiro semestre de 2020 foi a primeira vez em que esta tendência se inverteu. O sertanejo continua sendo o gênero mais tocado, mas perdeu espaço. O funk se manteve quase estável, mas em patamar menor. E o pop estrangeiro, que só caía desde 2017, voltou a ganhar terreno. Veja abaixo o gráfico com a evolução de 2017 até o primeiro semestre de 2020: A proporção entre os seis estilos mais tocados no Top 200 do Spotify no Brasil com os dados de 2017, 2018, 2019 e do primeiro semestre de 2020 4 – A audiência total da parada A análise dos dados do Spotify desde 2017 indica que há picos de execução nas paradas durante o verão. A audiência geral das músicas top 200 sempre sobe bastante perto de janeiro. Estes movimentos de onda no verão têm puxado um crescimento total a cada ano. Vale relembrar que os dados dizem respeito à audiência das músicas do top 200, não ao volume total do Spotify. O primeiro semestre de 2020 seguiu esta tendência de forma exacerbada. Janeiro registrou o maior pico até hoje, chegando a quase 50 milhões de audições por dia entre as faixas do top 200. Mas a queda em março, no início da pandemia, também foi inédita. Uma queda ao longo do primeiro semestre aconteceu nos outros anos, mas agora foi mais intensa, e pela primeira vez a audiência desceu quase à metade, de quase 50 milhões para 25 milhões por dia. Depois disso, no entanto, a curva se estabilizou e até subiu um pouco. Veja abaixo: Evolução da audiência das 200 músicas mais tocadas por dia no Spotify no Brasil entre janeiro de 2017 e junho de 2020 Arte G1 5 – Pequenos em crescimento A análise do G1 também registrou o crescimento recente nas paradas de dois gêneros que, mesmo que não estejam entre os mais tocados, têm subido no gosto dos brasileiros. Priscilla Alcântara abriu palco de musica cristã da Virada Cultural, na Sé Fábio Tito/G1 O gospel terminou 2019 e começou 2020 mais tocado do que nunca, puxado principalmente pela música "Girassol", de Priscilla Alcântara. Evolução da audiência de músicas gospel entre as 200 músicas mais tocadas por dia no Spotify no Brasil entre janeiro de 2017 e junho de 2020 O k-pop ainda é o gênero menos ouvido da parada, mas o gráfico mostra sua subida pouco a pouco entre os sucessos brasileiros. O pico mais recente, em junho, foi com a música "How do you like that", do grupo Blackpink. Evolução da audiência de músicas de k-pop entre as 200 músicas mais tocadas por dia no Spotify no Brasil entre janeiro de 2017 e junho de 2020 O grupo de k-pop Blackpink Reprodução/Instagram Semana Pop: Fãs de k-pop contribuem com movimento antirracista com doações e vídeos
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Demi Lovato anuncia noivado com Max Ehrich: ‘Nunca me senti tão amada em toda minha vida’
Cantora e ator compartilharam a novidade em suas redes sociais e receberam o carinho dos fãs anônimos e famosos. Demi Lovato anuncia noivado com Max Ehrich: 'Nunca me senti tão amada em toda minha vida' Reprodução/Instagram Demi Lovato e Max Ehrich vão se casar. A cantora e o ator usaram suas redes sociais para contar que estão noivos e celebrar a novidade. Nas mensagens, o casal trocou declarações de amor e recebeu o carinho de fãs anônimos e famosos. Nas fotos, Demi mostrou o anel de noivado em imagens em que os dois aparecem em uma praia. "Quando eu era uma garotinha, meu pai biológico me chamava de 'pequena parceira' – algo que talvez soe estranho sem seu sotaque do interior. Para mim, fazia perfeito sentido. E hoje o mundo faz sentido novamente, mas hoje eu sou oficialmente a parceira de alguém", escreveu a cantora. "Max, eu sabia que te amava desde o momento em que te conheci. Isso era algo que eu não poderia descrever para ninguém que não tenha experimentado essa sensação, mas felizmente você sentiu também. Eu nunca me senti tão incondicionalmente amada em toda a minha vida (além dos meus pais), com meus defeitos e tudo mais." "Você nunca me pressiona para ser nada além de mim mesma. E você me faz querer ser a minha melhor versão. Estou honrada em aceitar seu pedido de casamento. Eu te amo mais do que uma legenda pode expressar, e eu estou empolgada por começar uma família e uma vida com você. Eu te amo para sempre, meu amor. Meu parceiro. Um brinde ao nosso futuro", escreveu Demi. Estrela do filme "High School Musical 3: Ano da Formatura" e várias séries de TV, Max Ehrich também compartilhou um texto apaixonado em seu Instagram para dar a notícia. "Você é todas as canções de amor, todos os filmes, todas as letras, todos os poemas, tudo o que sempre sonhei e ainda mais em uma parceira para a vida. Palavras não podem expressar o quanto eu te amo infinitamente. Eu não posso mais passar mais nenhum segundo nesse mundo sem o milagre de ter você como minha mulher. Um brinde a eternidade, amor. Eu estou tão empolgado. Você é a pessoa mais linda por dentro e por fora desse mundo e eu não poderia estar mais grato por Deus ter nos colocado juntos. Te amo tanto, e sempre vou valorizar sua alma pura, linda e infinita." Initial plugin text Initial plugin text Demi Lovato fala pela primeira vez, depois de ser internada sob suspeita de overdose
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