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Vania Toledo, fotógrafa que retratou a alma de ídolos da música brasileira, morre aos 75 anos

sexta-feira, 17 julho 2020 por Administrador

Artista deixa, em capas de discos, belas imagens de cantores como Ney Matogrosso e Rita Lee. Vania Toledo morre em São Paulo, vítima de complicações decorrente de infecção urinária Reprodução / Facebook Vania Toledo ♪ OBITUÁRIO – “(Estou pensando) na dor da perda… Como dói”, confidenciou Vania Toledo no último post que publicou no Facebook, em 6 de julho, um dia após a morte do grande amigo Antonio Bivar (1939 – 2020). Dez dias após a derradeira publicação, nomes da música e do teatro do Brasil enfrentam a dor da perda de Vania Rosa Cordeiro de Toledo (29 de janeiro de 1945 – 16 de julho de 2020), fotógrafa mineira que, paralelamente ao trabalho em vários jornais e revistas, deixou belas imagens em capas de discos e em retratos de ícones da música brasileira como Caetano Veloso, Cazuza (1958 – 1990), Frenéticas, Guilherme Arantes, Milton Nascimento, Ney Matogrosso, Rita Lee e Zizi Possi, entre muitos outros. Esses nomes não foram clicados por Vania por acaso. “Meu vício é gente. Gente atuante, libertária, gente que produz e faz arte, que gosta de viver como eu. Por isso ou por aquilo, sempre fotografei pessoas assim, com esse perfil”, declarou há dois anos ao promover a exposição Tarja preta – Vania Toledo (2018). Capa do álbum 'Sujeito estranho', lançado em 1980 por Ney Matogrosso Vania Toledo Na ocasião, a mostra estava em cartaz em São Paulo (SP), cidade onde a fotógrafa morreu aos 75 anos na manhã desta quinta-feira, 16 de julho, vítima de complicações decorrentes de infecção urinária que a levara a ser internada em hospital da capital. Nascida na interiorana cidade mineira de Paracatu (MG), Vania Toledo se mudou para São Paulo (SP) em 1961. Nos anos 1970, o nome da fotógrafa começou a aparecer em imagens oficiais de artistas da MPB. Capa do álbum 'Pecado', de Ney Matogrosso Vania Toledo São dela, por exemplo, as fotos de Ney Matogrosso estampadas nas capas dos álbuns Pecado (1977) e Sujeito estranho, lançados respectivamente em 1977 e em 1980, ano em que Vania Toledo editou o livro Homens – Ensaio, em que apresentou fotos de nus masculinos de artistas como Caetano Veloso e o próprio Ney Matogrosso. Rita Lee está eternizada por Vania em fotos como a da capa do álbum Bossa'n'roll, de 1991. Já Zizi Possi foi fotografada pela retratista em três álbuns sequenciais – Um minuto além (1981), Asa morena (1982) e Pra sempre e mais um dia (1983) – da primeira metade dos anos 1980. Dos álbuns dos anos 1990 que expuseram fotos de Vania Toledo nas capas, merece menção honrosa Nascimento (1997) pela expressiva imagem de Milton Nascimento. Se “fotografia é retrato da alma”, como conceituou a artista certa vez, pode-se dizer que Vania Toledo retratou almas com a beleza da arte e com a luz da generosidade humana. Capa do álbum 'Bossa'n'roll', de Rita Lee Vania Toledo

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‘Kanye 2020’: Comitê de campanha presidencial de Kanye West é registrado nos EUA, mas rapper ainda pode não concorrer

sexta-feira, 17 julho 2020 por Administrador

Comissão Federal Eleitoral recebeu documentos para registrar o comitê 'Kanye 2020' nesta quarta (15). Para concorrer, rapper precisa se inscrever também nos estados. Entenda os detalhes da campanha presidencial de West. Kanye West em evento em Nova York, em maio de 2016 REUTERS/Lucas Jackson A Comissão Federal Eleitoral dos Estados Unidos recebeu, nesta quarta-feira (15), documentos para registro da campanha "Kanye 2020", inscrito como o principal comitê de campanha presidencial do candidato Kanye West, pelo partido BDY. O comitê foi registrado por Andre Bodiford, que também se coloca como o responsável pela tesouraria e pelos registros da campanha. Ainda não está claro se a chapa foi inscrita com a aprovação do rapper. À revista Rolling Stone, a Comissão Federal Eleitoral declarou que não é capaz de confirmar a legitimidade do registro. Em entrevista feita no dia 8 de julho, West confirmou a intenção de concorrer este ano e falou sobre seus primeiros planos de governo. O registro no comissão federal é um dos passos necessários para a candidatura, mas para conseguir disputar as eleições de 2020, o rapper precisa se inscrever também em conselhos eleitorais estaduais. Nesta quarta (15), o Conselho Eleitoral de Oklahoma revelou, no Twitter, que a candidatura de West foi qualificada no estado. "O candidato presidencial independente Kanye West se qualificou para a eleição geral em Oklahoma. (Hoje é o prazo final de Oklahoma para os candidatos presidenciais de partidos independentes ou não reconhecidos apresentarem declarações de candidatura com suas petições ou taxa de registro)", escreveu a conta do conselho. Mas Kanye pode não concorrer. Segundo a imprensa americana, ele perdeu o prazo de inscrição em alguns estados. No Texas, por exemplo, o prazo final para registro foi 26 de junho, segundo um documento de instruções da Comissão Federal Eleitoral. Ainda nesta semana, um jornal de Nova York noticiou que West teria desistido da campanha, segundo fontes que haviam sido contratadas para trabalhar com ele nos estados da Flórida e da Carolina do Sul. Semana Pop lembra de famosos que se arriscaram na carreira política nos Estados Unidos

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Chris Evans manda vídeo para menino que salvou irmã de ataque de cachorro: ‘Você é um herói’

sexta-feira, 17 julho 2020 por Administrador

Bridger Waler é fã de 'Vingadores' e também recebeu mensagens de Mark Ruffalo e Chris Hemsworth que interpretam heróis na franquia. Veja vídeo. Chris Evans mandou vídeo para menino que foi mordido por cachorro para salvar irmã Reprodução/Instagram/NikkiWalker O ator Chris Evans, que interpretou o Capitão América na franquia "Vingadores", mandou um vídeo para o menino que seis anos que salvou a irmã mais nova de um ataque de cachorro em Cheyenne, no estado de Wyoming, nos Estados Unidos. "Essa é uma mensagem para Bridger. Aqui é o Capitão América, como você está? Eu li a sua história e vi o que você fez. Tenho certeza que você ouviu muito isso nos últimos dias, mas deixe eu ser o próximo a falar: 'Cara, você é um herói'", afirmou o ator em vídeo divulgado pela conta da tia Nicole Walker nesta quarta (15). "O que você fez foi tão corajoso, tão altruísta. Sua irmã tem tanta sorte em te ter como irmão mais velho, seus pais devem estar muito orgulhosos", continuou. O ator ainda disse que vai mandar um "escudo autêntico" do Capitão América para Bridger Walker, de seis anos. Veja no vídeo abaixo. Initial plugin text A intenção de Nicole em divulgar a história de coragem do sobrinho no Instagram foi justamente chamar atenção dos atores de "Vingadores", já que Bridger é muito fã da franquia. Ao compartilhar o vídeo de Evans e a reação do sobrinho, Nicole escreveu: "Sem palavras, muito, muito obrigada!" Bridger Walker e a irmã, após o incidente; ele levou 90 pontos nos ferimentos depois do ataque de cachorro Reprodução/Instragram/Lisa Walker Mais heróis Mark Ruffalo, que interpreta Hulk em 'Os Vingadores', também escreveu para Bridger: "As pessoas que colocam o bem-estar dos outros à frente de si mesmas são as pessoas mais heroicas e atenciosas que conheço. Eu realmente respeito e admiro sua coragem e seu coração", disse o ator. "A verdadeira coragem não está em dominar as pessoas ou lutar contra elas ou andar por aí como um cara durão. A verdadeira coragem é saber o que é certo fazer e fazê-lo, mesmo que isso possa acabar machucando você de alguma forma. Você é mais homem do que muitos, muitos que vi ou conheci. Com Admiração…Mark Ruffalo (Bruce Banner/Hulk/Professor)", finalizou Ruffalo. Chris Hemsworth, que interpretou Thor na franquia, publicou vídeos em sua conta no Instagram sobre o menino. "Quero dizer que você é uma inspiração. Sua coragem é inacreditável e estamos todos impressionados com você", afirmou. "Fique forte e a gente se fala em breve". Ataque de cachorro Bridger conseguiu puxar a irmãzinha pela mão e se livrar do animal após sofrer várias mordidas no rosto. Ele precisou levar 90 pontos nos ferimentos, mas se recupera bem. Segundo sua tia, Nicole, o menino justificou a atitude dizendo que “se alguém tivesse que morrer, achei que deveria ser eu”. O incidente aconteceu no dia 9 de julho. Bridger Walker após o incidente Reprodução/Instragram/Lisa Walker Outros atores também se impressionaram e comentaram o ato de bravura de Bridger. Octavia Spencer escreveu: “Não sou uma vingadora, mas os conheço e aprecio, assim como aprecio seu pequeno herói. Abraços de anjo para você”. O ator Robie Amell, que atuou em séries como “The tomorrow people” e “The Flash”, também elogiou Bridger, a quem chamou de “um verdadeiro herói” e desejou melhoras. Outras pessoas se ofereceram para enviar ao menino presentes como um videogame, aulas grátis de surfe e muitos estão mandando pedras coloridas e exóticas de diversos locais, já que Nicole explicou que ele é fã de geologia e tem um grande interesse por rochas. Bridger Walker e a irmã antes do incidente Reprodução/Instragram/Lisa Walker "Nem os atores puderam ver todo o roteiro", diz diretor de 'Vingadores: Ultimato'

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Segurança de Johnny Depp depõe em tribunal e diz que ator foi agredido por ex-mulher

sexta-feira, 17 julho 2020 por Administrador

Em depoimento, Sean Bett afirmou que houve várias vezes em que Amber Heard deixou ferimentos visíveis no ator. Johnny Depp e Amber Heard deixam tribunal após depoimentos nesta quinta-feira (16) REUTERS/Hannah McKay A atriz Amber Heard deu um soco em seu ex-marido e astro de Hollywood Johnny Depp durante uma das discussões acaloradas entre eles, atingindo-o para proteger a irmã dela, segundo depoimento na Suprema Corte de Londres nesta quinta-feira (16). Depp, de 57 anos, está processando a editora do jornal britânico Sun por difamação por causa de um artigo que o rotulou de "espancador de mulheres" e diz que foi ele quem sofreu violência doméstica nas mãos de Heard durante relacionamento volátil. O jornal argumenta que o artigo é verdadeiro e, de acordo com declaração no tribunal, Heard, de 34 anos, acusa seu ex-marido de atacá-la em pelo menos 14 ocasiões entre 2013 e 2016, quando ele teria entrado em crise nervosa por beber ou usar drogas em excesso. Em depoimento no tribunal, o guarda-costas de Depp, Sean Bett, disse que houve várias vezes em que Heard deixou ferimentos visíveis em seu empregador. Ele afirmou que um deles ocorreu em 21 de abril de 2016, depois de uma festa no aniversário de Heard. Nesta ocasião, segundo relatos anteriores no tribunal, ela alega que Depp a atacou porque reclamou que ele chegou atrasado para a festa. Ele nega isso e diz que ela o agrediu, dando um soco durante briga. Bett disse que levou Depp para outra casa após a discussão e tirou uma foto do rosto do ator depois que ele relatou que Heard o havia dado um soco. Depp já prestou depoimento por cinco dias, e Heard deve ser ouvida na próxima semana. Leia também: Johnny Depp acusa ex de defecar em sua cama; Amber Heard diz que fezes eram de cachorros, mas funcionária desmente

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Conchata Ferrell, atriz de ‘Two and a half men’, sofreu infarto e está internada desde maio

sexta-feira, 17 julho 2020 por Administrador

Marido de intérprete de Berta afirmou ao TMZ que ela está ligada a um respirador e em condição estável, mas não consegue se comunicar. Conchata Ferrell em cena de 'Two and a half men' Reprodução A atriz Conchata Ferrell, conhecida por seu trabalho na série "Two and a half men" ("Dois homens e meio", no Brasil), sofreu um infarto e está internada desde maio. A informação foi divulgada por seu marido, Arnie Anderson, em entrevista publicada nesta quinta-feira (16) ao site TMZ. Ela passou cerca de um mês na unidade de tratamento intensivo (UTI) após se sentir mal e teve um ataque cardíaco nesse período. Atualmente, sua condição é estável, mas ela está ligada a um respirador e não está totalmente consciente. Por isso, não consegue se comunicar. Anderson afirma que não consegue visitar a mulher por causa do risco de contaminação do novo coronavírus. Ferrell já tinha ficado algumas semanas internadas em dezembro de 2019 por causa de uma infecção no rim.

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Não há personagens trans nos principais filmes de Hollywood pelo 3º ano, diz relatório

sexta-feira, 17 julho 2020 por Administrador

De 118 filmes lançados pelos principais estúdios de Hollywood em 2019, apenas 22 tinham personagens LGBTQ+. Taron Egerton (Elton John) e Richard Madden (o empresário John Reid) em 'Rocketman' Divulgação Hollywood aumentou o número de personagens gays e bissexuais nos filmes em 2019, mas a maioria deles teve participação rápida, e não houve personagens transgêneros, de acordo com pesquisa divulgada nesta quinta-feira (16). O Índice de Responsabilidade dos Estúdios, do grupo de defesa LGBTQ Glaad, mostrou que: Dos 118 filmes lançados pelos principais estúdios de Hollywood em 2019, 22 (18,6%) tinham personagens LGBTQ+, incluindo filmes como "O Escândalo", “Rocketman", "Judy: Muito Além do Arco-Íris" e "Fora de Série"; Houve um leve aumento em relação a 2018 (18,2%) e é a maior porcentagem de filmes com inclusão de gênero nos oito anos de história da pesquisa anual do Glaad; Não houve personagens transgêneros pelo terceiro ano consecutivo, apesar da crescente visibilidade da comunidade trans na televisão em programas como "Pose", "Supergirl" e "The L Word"; O grupo também expressou decepção com o baixo perfil dado aos personagens LGBTQ+ nos principais filmes do ano passado. Apenas nove dos 22 filmes inclusivos identificados pelo Glaad tinham um personagem LGBTQ+ com mais de 10 minutos de tempo na tela, enquanto mais da metade desses personagens teve menos de três minutos. "Apesar da porcentagem recorde de filmes LGBTQ este ano, a indústria ainda tem um longo caminho a percorrer em termos de representar de maneira justa e precisa a indústria LGBTQ", disse a executiva-chefe do Glaad, Sarah Kate Ellis, em comunicado.

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Discos para descobrir em casa – ‘Marcelo D2 canta Bezerra da Silva’, Marcelo D2, 2010

sexta-feira, 17 julho 2020 por Administrador

Capa do álbum 'Marcelo D2 canta Bezerra da Silva', de Marcelo D2 César Martín Tovar ♪ DISCOS PARA DESCOBRIR EM CASA – Marcelo D2 canta Bezerra da Silva, Marcelo D2, 2010 ♪ Partideiro que soava indigesto para ouvidos urbanos habituados a ignorar a vida e os códigos dos morros, José Bezerra da Silva (23 de fevereiro de 1927 – 17 de janeiro de 2005) sempre fez a cabeça de Marcelo Maldonado Gomes Peixoto. Rapper convertido em sambista na eterna busca da batida perfeita, Marcelo D2 – nome artístico desse artista carioca nascido em 1967 e projetado nacionalmente a partir de 1995 com voz do grupo Planet Hemp – tirou onda dessa afinidade e celebrou a devoção ao cantor pernambucano no quinto álbum de estúdio da carreira solo, Marcelo D2 canta Bezerra da Silva, disco de título autoexplicativo produzido por Leandro Sapucahy. Idealizado em 2005, no calor da emoção pela morte de Bezerra aos 77 anos, o álbum somente ganhou forma cinco anos depois e foi lançado em outubro de 2010, pela gravadora EMI, com capa em que D2 refez, em foto de César Martín Tovar, a pose antológica de Bezerra na capa do álbum Eu não sou santo (1992). A diferença é que, nas mãos, o D2 crucificado à frente de uma favela portava microfones e não as armas da imagem original do disco de Bezerra. Sexto álbum solo do rapper, se postos na conta o CD e DVD editados pelo artista em 2004 na série Acústico MTV, o CD Marcelo D2 canta Bezerra da Silva soou inusitado na discografia do rapper por perseguir a sonoridade tradicional do samba nos arranjos do pianista Jota Moraes, orquestrados com percussões, violões, cavacos e sopros. Por outro lado, o álbum soou natural sob a ótica de quem sabia que D2 participara de disco revisionista de Bezerra, Meu bom juiz (2003), se juntando ao partideiro na regravação de Garrafada do norte (Édson Show, Wilsinho Saravá e Roxinho, 1992) no mesmo ano de 2003 em que convidou Bezerra para participar do clipe de Qual é? (Marcelo D2 e David Corcos, 2003), um dos maiores sucessos da discografia solo do rapper. Diretor musical do disco, Leandro Sapucahy buscou trazer D2 para o habitat musical de Bezerra em vez de “atualizar” o discurso do partideiro com a linguagem e a batida do hip hop em nome de suposta modernidade. Sem DJs, beats e samples, D2 cantou Bezerra da Silva com a intimidade de quem sempre teve na ponta da língua o repertório desse cantor que deu voz a compositores marginalizados, muitos oriundos de comunidades pobres. Esses compositores são autores de letras que sempre soaram como crônicas da vida real desse povo oprimido nas filas, vilas e favelas. Em vez de misturar samba com rap, como fez em álbuns como Eu tiro é onda (1998) e À procura da batida perfeita (2003), D2 “subiu o morro” para tomar partido de Bezerra da Silva com fidelidade ao espírito da obra de um artista que conviveu com o estigma de ser “cantor de bandido” por conta da temática de sambas como Meu bom juiz (Beto sem Braço e Serginho Meriti, 1986) e Bicho feroz (Cláudio Inspiração e Tonho, 1985), cuja gravação de Bezerra – cabe lembrar – já tinha aparecido como citação incidental no registro fonográfico de Porcos fardados (Marcelo D2 e Rafael Lopes, 1995), faixa do primeiro álbum do Planet Hemp, Usuário (1995). Esses dois sambas, Meu bom juiz e Bicho feroz, figuraram entre as 14 músicas selecionadas por D2 no repertório de Bezerra, artista que nos anos 1950 migrou de Pernambuco para o Rio de Janeiro (RJ), onde começou a carreira fonográfica em 1969, tendo sido apresentado como “o rei do coco” em LPs da década de 1970 até se firmar como cantor de partido alto. Nesse gênero, a carreira de Bezerra atingiu pico de popularidade na segunda metade dos anos 1980 com o sucesso Malandragem dá um tempo (Adelzonilton Barbosa da Silva, Moacir Bombeiro e Popular P, 1986), samba evidentemente regravado por D2 neste disco em que o rapper – usuário assumido de maconha, assunto dominante no repertório da banda Planet Hemp – se sentiu em casa ao dar voz a um samba como A semente (Roxinho, Tião Miranda, Felipão e Walmir da Purificação, 1987). Porta-voz de universo endurecido pela luta da vida cotidiana, Bezerra se perfilou em Partideiro sem nó na garganta (Adelzonilton, Nilo Dias e Franco Teixeira, 1992) e celebrou o morro em Saudação às favelas (Pedro Butina e Sergio Fernandes, 1985), samba também abordado por D2 em disco que evidenciou o humor politicamente incorreto de composições como Minha sogra parece sapatão (Roxinho, Tião Miranda e 1000tinho, 1983) – partido alto cantado de forma desinibida por D2 – e Quem usa antena é televisão (Celsinho da Barra Funda e Pinga, 1995). Sempre à vontade no canto desse repertório de linguagem simples, o rapper sambista também rebobinou Pega eu (Criolo Doido, 1979) – primeiro sucesso de Bezerra – e o irreverente samba Na aba (Trambique, Paulinho Correa e Ney Silva, 1982), mais associado a Martinho da Vila, por conta de famosa gravação de 1984, mas a rigor lançado em disco dois anos antes por Bezerra. Crônica de embate conjugal nesse universo popular, o samba A necessidade (José Garcia e Jorge Garcia, 1977) foi cantada por D2 com o produtor do disco, Leandro Sapucahy, como se ambos fossem dois partideiros. Essa e outras faixas foram valorizadas pelo coro do trio feminino de vocalistas – Carla Pietro, Keilla Santos e Neth Bonfim – arregimentadas por Sapucahy para remeter às vozes do conjunto As Gatas, presença marcante em discos de samba das década de 1980 e 1990. Embora pautado por uniformidade linear, o álbum Marcelo D2 canta Bezerra da Silva teve o mérito de expor afinidades temáticas entre os guetos do hip hop e as quebradas dos morros onde imperavam o samba espontâneo de Bezerra da Silva, partideiro que fazia a cabeça de Marcelo D2.

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Festival de Cinema de Gramado exibirá filmes da mostra competitiva na televisão e pela internet

sexta-feira, 17 julho 2020 por Administrador

Eventos presenciais dependem da evolução do coronavírus na cidade. Festival chegará a sua 48ª edição em setembro deste ano. Festival de Cinema de Gramado exibirá filmes da mostra competitiva na televisão e internet O Festival de Cinema de Gramado anunciou nesta quinta-feira (16) que exibirá os filmes da mostra competitiva deste ano pela televisão, no Canal Brasil, e pela internet. A organização planeja realizar a cerimônia de premiação, de acordo com os protocolos de segurança contra o coronavírus, e avalia a possibilidade de realizar os demais eventos presenciais do festival. Veja fotos do Festival de Cinema Gramado de 2019 A programação, que normalmente acontece em agosto, foi transferida para setembro, entre os dias 18 e 26, devido ao coronavírus. O Festival de Gramado chega a sua 48ª edição neste ano. Festival de Cinema de Gramado Reprodução/JN Os longas e curtas, brasileiros e estrangeiros, que nas outras edições eram exibidos no Palácio dos Festivais, poderão ser vistos pelo Canal Brasil, disponível na TV por assinatura, e pela plataforma de streaming do canal, o Canal Brasil Play. “Entendemos que na mesma medida do nosso desafio, essa é também uma grande oportunidade de expandirmos o alcance do Festival. Estamos muito felizes em levar produções incríveis e inéditas para todo o Brasil. É uma maneira de democratizar o evento", afirma a diretora de eventos da Gramadotur, Iara Sartori. As inscrições para a categoria longa-metragem gaúcho, que desde o ano passado é premiada, iniciam nesta sexta (17), e seguem até o dia 29, no site do festival.

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Lives de hoje: Paula Toller, Hungria, Angela Ro Ro, Roberta Sá e mais shows para ver em casa

sexta-feira, 17 julho 2020 por Administrador

Nesta sexta (17), Luíza e Maurílio, Tayrone e Teresa Cristina também fazem transmissões. Veja horários. Paula Toller Leo Aversa/Divulgação Paula Toller, Hungria e Angela Ro Ro fazem lives nesta sexta (17). Veja a lista completa com horários das lives abaixo. O G1 já fez um intensivão no começo da onda de lives, constatou o renascimento do pagode nas transmissões on-line, mostrou também a queda de audiência do fenômeno e a polêmica na cobrança de direito autoral nas lives. Affonsinho (Globo Minas) – 13h30 – Link Angela Roro (Em Casa com Sesc) – 19h – Link Hungria – 19h – Link Esteban Tavares (Showlivre Play) – 20h – Link Paula Toller – 20h – Link Roberta Sá – 20h – Link Luíza e Maurílio – 20h – Link Tayrone – 20h – Link Teresa Cristina – 22h – Link Chitãozinho e Xororó – 22h15 – Link Semana pop explica como o Black Lives Matter está mudando a cultura pop

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Aldir Blanc é celebrado em disco de Augusto Martins com pianista Paulo Malaguti

sexta-feira, 17 julho 2020 por Administrador

Viúva do compositor avaliza o álbum anunciado com o single 'Altos e baixos' nesta sexta-feira, 17 de julho. ♪ Pela força das letras imagéticas, crônicas poéticas de modas e costumes de um Brasil corroído por injustiças sociais, a obra musical de Aldir Blanc (2 de setembro de 1946 – 4 de maio de 2020) volta e meia seduz intérpretes a gravar discos com o cancioneiro do compositor e escritor carioca, falecido há dois meses. Em 2016, a cantora carioca Dorina lançou o álbum Dorina canta sambas de Aldir & ouvir ao vivo – Composições de Aldir Blanc. Em 2017, a cantora portuguesa Maria João deu voz às letras do cronista musical no álbum A poesia de Aldir Blanc. Dois anos depois, outra cantora – a carioca Mariana Baltar – elevou a obra do compositor às alturas em álbum, Os Arcos – Paixão e morte (2018), gravado com o toque do grupo Água de Moringa. Neste ano de 2020, o cantor Augusto Martins se junta a esse time de intérpretes – que inclui Leila Pinheiro, cantora que abordou a obra de Guinga e Aldir no álbum Catavento e girassol (1996) – em álbum gravado com o pianista Paulo Malaguti Pauleira. Paulo Malaguti Pauleira e Augusto Martins abordam no disco parcerias menos badaladas de Aldir Blanc com Edu Lobo e Sombra Felipe Varanda / Divulgação Ainda em fase de gestação, o álbum repetirá o formato de voz & piano do songbook com músicas de Antonio Carlos Jobim (1927 – 1994) lançado pela dupla em 2017. O embrião do disco em tributo a Aldir foi a gravação de Altos e baixos (Sueli Costa e Aldir Blanc, 1979), feita há cerca de 15 anos por Augusto com Malaguti. Encontrada recentemente pelo cantor, essa gravação foi enviada a Mari Blanc, viúva de Aldir, avalista da ideia do álbum, anunciado oficialmente nesta sexta-feira, 17 de julho, com a edição do single Altos e baixos, justamente o fonograma que desencadeou a ideia do projeto. A ideia do cantor e do pianista é abordar repertório que abarcará algumas músicas menos conhecidas do cancioneiro do compositor poeta, caso sobretudo de Vale a pena ouvir de novo, parceria de Aldir com Sombra, lançada em disco em 2003 pelo cantor Jorge Aragão e desde então nunca mais gravada por nenhum outro intérprete. Caça à raposa (João Bosco e Aldir Blanc, 1975) e Ave rara (Edu Lobo e Aldir Blanc, 1993) são músicas já confirmadas no repertório do álbum em progresso de Augusto Martins e Paulo Malaguti Pauleira.

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