Alok revela que a mulher, Romana Novais, está grávida: ‘Esse é o resultado da nossa quarentena’
DJ contou ainda que segundo filho 'foi feito no dia da live', em maio. 'Energia perdurou a noite inteira'. Alok e Romana já são papais de Ravi, de seis meses. Alok revela que a mulher, Romana Novais, está grávida: 'Esse é o resultado da nossa quarentena' Reprodução/Instagram Alok usou as redes sociais para contar que será pai pela segunda vez. O DJ anunciou, nesta terça-feira (14), que a mulher, Romana Novais, está grávida. "É com enorme alegria que gostaríamos de contar pra vocês que nossa família está crescendo. Estamos esperando mais um bebê! Esse é o resultado da nossa quarentena. Ps: Foi feito no dia da live", revelou o DJ, citando a apresentação realizada no dia 2 de maio, direto de sua casa. "A energia da Live perdurou a noite inteira! E essa luz vai permanecer pelo resto de nossas vidas." Alok e Romana já sai papais de Ravi, de seis meses. Pouco mais de um ano antes da chegada de Ravi, Romana sofreu um aborto espontâneo. Alok e Romana se casaram em janeiro de 2019 em uma cerimônia ao nascer do sol aos pés do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro. Initial plugin text ‘Alok Em Casa’ agitou o Brasil no sábado (2)
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Mickey Madden, baixista do Maroon 5, se afasta da banda após prisão por violência doméstica
'Tenho algumas coisas com as quais preciso lidar e resolver agora', afirmou músico, que foi preso em junho em Los Angeles, à revista 'People'. Desde 1994 na banda, Mickey Madden é o baixista do Maroon 5 Ton Muller/Divulgação Time For Fun O baixista do Maroon 5, Mickey Madden, anunciou que vai se afastar da banda por tempo indeterminado nesta terça-feira (14). Ele foi preso no final de junho, em Los Angeles, e liberado após pagar fiança. De acordo com o site da revista "Entertainment Weekly", ele é acusado de violência doméstica. "'Tenho algumas coisas com as quais preciso lidar e resolver agora, então decidi me afastar do Maroon 5 por tempo indeterminado", afirmou Madden em comunicado à revista "People". "Durante esse tempo, não quero ser uma distração aos meus colegas de banda. Desejo a eles o melhor." A banda lamentou o afastamento. "Estamos profundamente devastados por essa notícia decepcionante", afirmou um representante do grupo em comunicado à "People". "Conforme descobrimos mais, estamos olhando para isso de forma muito séria. Por enquanto, estamos permitindo todo os indivíduos envolvidos terem o espaço para resolver as coisas."
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Abrigo de idosos em Londres recria capas de discos famosos durante a quarentena
Ideia foi de divertir os idosos em isolamento. O abrigo está fechado para visitas desde março. Residente do abrigo recriando o disco "Aladdin Sane" do David Bowie. Reprodução redes sociais Moradores e funcionários de uma clínica de repouso no norte de Londres, que estão em isolamento por conta da pandemia de Covid-19, recriaram capas de discos para lidar com o distanciamento social e a ausência de visitas. A iniciativa foi do diretor de atividades da casa, Robert Speker, que fotografou os moradores refazendo discos de David Bowie, The Clash, Bruce Springsteen, Queen, Michael Jackson, Adele e Taylor Swift. Reprodução do disco "1989" da Taylor Swift. Reprodução redes sociais A clínica Sydmar Lodge Care Home, localizada na cidade de Edgware, foi fechada para visitas em 12 de março. Em entrevista à BBC, Speker informou que teve a ideia há cerca de um mês. "Comecei a tirar as fotos e a escolher quais moradores tinham uma vaga semelhança com o artista", disse ele. "O principal objetivo da iniciativa é mostrar que as casas de repouso não precisam ser um ambiente triste, mesmo durante essa pandemia", disse Speker em entrevista à BBC. Os moradores do abrigo também recriaram o disco "Bad" do Michael Jackson. Reprodução redes sociais Initial plugin text
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Festival João Rock adia edição para 19 de junho de 2021 por causa da pandemia
Previsto inicialmente para junho de 2020, evento em Ribeirão Preto, SP, já havia sido remarcado para setembro. Ingressos serão válidos para o próximo ano, mas há opção de devolução. Fãs durante show do Capital Inicial no João Rock 2019, em Ribeirão Preto Érico Andrade/G1 A organização do festival João Rock comunicou na tarde desta terça-feira (14) o adiamento da edição para 19 de junho de 2021. Esta é a segunda vez que o evento é adiado por causa da pandemia do novo coronavírus. Previsto inicialmente para acontecer no dia 6 de junho, o João Rock já havia sido remarcado para setembro, em Ribeirão Preto (SP). Em nota, um dos organizadores afirmou que a decisão foi tomada em razão do avanço da doença no país. "Até a data que inicialmente previmos, não será possível realizar o evento sem colocar pessoas em risco de contágio e principalmente no clima de paz, união e alegria como são nossas premissas”, disse Luit Marques. Ainda segundo a organização, todos os ingressos vendidos para a edição de 2020 serão válidos para a nova data. Festival João Rock adia edição para 19 de junho de 2021 por causa da pandemia Política de reembolso Mas os fãs que quiserem reaver o valor pago podem solicitar o reembolso até 14 de outubro de 2020 pelo site oficial do festival. “O ressarcimento dos valores (dos pedidos enviados dentro do prazo) será efetivado no próximo ano, antes da edição 2021 do João Rock, atendendo a medida provisória nº 948 publicada em 08/04/2020”, diz o comunicado. Já os fãs que compraram o ingresso nos pontos de venda físicos deverão devolver a pulseira de acesso nos locais que serão divulgados pela organização após o fim do prazo de solicitação do reembolso. Mais informações podem ser obtidas pelo site oficial do festival. Initial plugin text Veja mais notícias da região no G1 Ribeirão Preto e Franca
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Naya Rivera: Autópsia confirma causa da morte como afogamento acidental
Atriz de 'Glee' estava desaparecida desde a última quarta-feira (8) após passeio de barco com o filho. Naya Rivera, em foto de outubro de 2017 Matt Winkelmeyer/Getty Images North America/Getty Images via AFP/Arquivo A autópsia do corpo da atriz Naya Rivera, divulgada nesta terça-feira (14), indica que a causa da morte foi afogamento acidental. A atriz de 33 anos estava desaparecida desde a última quarta-feira (8) após passeio de barco com o filho. O garoto de 4 anos foi encontrado sozinho no barco e afirmou que sua mãe o ajudou a subir à embarcação de desaparecer. Após dias de buscas, a polícia do condado de Ventura, na Califórnia, encontrou o corpo nesta segunda-feira (13). Initial plugin text "O corpo foi submetido a raio-X e uma autópsia completa foi realizada. As descobertas da autópsia são consistentes com afogamento e a condição do corpo é consistente com o tempo em que ela esteve submersa", afirmou a polícia em comunicado publicado no Twitter. "Não foram encontrados machucados ou doenças. Não há indicação da investigação ou exame que drogas ou álcool tenham participado da morte." A atriz americana, conhecida por sua atuação em "Glee", nasceu em janeiro de 1987 na Califórnia e começou a atuar ainda bebê. O primeiro destaque da carreira foi aos 4 anos na comédia da CBS "The Royal Family". Ela fez participações especiais em vários programas, incluindo "Um Maluco no Pedaço", "Baywatch" e "CSI: Miami". O maior destaque da carreira foi na série musical "Glee", quando Naya interpretou Santana Lopez, uma líder de torcida, e apareceu em 113 episódios. O musical de sucesso foi transmitido de 2009 a 2015, mas Naya saiu da produção em 2014. Maldição de 'Glee'? Veja lista com outras tragédias e polêmicas da série Relembre momentos da atriz em FOTOS Ela também era modelo e tinha uma carreira como cantora. Naya lançou o single "Sorry" com participação de Big Sean em 2013. A atriz tinha 33 anos e deixa o filho de 4 anos que estava com ela no passeio de barco, fruto do relacionamento com o ator Ryan Dorsey. Eles se casaram em 2014, mas se separaram quatro anos depois.
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Discos para descobrir em casa – ‘Babando Lamartine’, Frenéticas, 1980
Capa do álbum 'Babando Lamartine', das Frenéticas Caricatura de Lan ♪ DISCOS PARA DESCOBRIR EM CASA – Babando Lamartine, Frenéticas, 1980 ♪ Em 1980, o globo espelhado das discotecas começou a perder luminosidade após período de cinco anos, entre 1974 e 1979, em que a disco music dominou as paradas mundiais e ditou modas em tsunami que abarcou até cantores dissociados do gênero – inclusive no Brasil. Com o declínio dos dancin' days, o brilho esfuziante das Frenéticas também começou a se apagar paulatinamente. O desmoronamento do império disco contribuiu para que o quarto álbum do sexteto feminino, Babando Lamartine, tenha sido recebido com injusta frieza por público e críticos ao ser lançado em 1980. Como já antecipou o engenhoso título Babando Lamartine, o disco produzido por Liminha com Sérgio Cabral – sob a direção musical do pianista César Camargo Mariano – marcou o encontro do deboche das Frenéticas com a irreverência de Lamartine Babo (10 de janeiro de 1940 – 16 de junho de 1963), eclético compositor carioca fundamental para a consolidação da marchinhas de Carnaval como popular gênero musical dos anos 1930. Babando Lamartine foi o último álbum com a formação original do sexteto feminino idealizado por Nelson Motta em 1976 para servir mesas, músicas e alegria para os frequentadores da então recém-inaugurada discoteca Frenetic Dancing Days Discotheque, pioneiro point carioca da disco music. Quatro décadas antes da expressão “empoderada” virar clichê para designar mulheres donas de si no universo pop brasileiro, Dulcilene Moraes (a Dhu), Edyr de Castro (1946 – 2019), Leila Neves (a Leiloca), Maria Lídia Martuscelli, a Lidoka (1950 – 2016), Regina Chaves e Sandra Pêra botaram, não as mesas, mas banca e seguiram o trem da alegria no trilho radiante da disco music com doses fartas de lantejoulas e sensualidade em atitude que desafiou o império historicamente machista da música brasileira. Contratado pela gravadora WEA, conglomerado fonográfico então recém-instalado no Brasil, o grupo fez a festa com os álbuns Frenéticas (1977) e Caia na gandaia (1978), discos que geraram os mega-hits Perigosa (Roberto de Carvalho, Nelson Motta e Rita Lee, 1977) – rock que puxou o antológico primeiro álbum do sexteto – e Dancin' days (Ruban Barra e Nelson Motta, 1978), o hino disco que jogou o Brasil na pista, confirmando as Frenéticas como a nova mania nacional a reboque do sucesso fenomenal da novela também intitulada Dancin' days e exibida pela TV Globo entre julho de 1978 e janeiro de 1979. Neste ano, o menor impacto provocado pelo terceiro álbum das Frenéticas, Soltas na vida (1979), sinalizou que o Carnaval disco das Frenéticas também teria um fim. O álbum Babando Lamartine, ode a um compositor associado sobretudo à folia e à alegria, foi o lance idealizado pela gravadora WEA para manter as Frenéticas em cena e no jogo. Ouvido e analisado em perspectiva, 40 anos após o lançamento, Babando Lamartine resistiu bem ao tempo, mas faz surgir em 2020 a sensação de que não era o disco para ter sido gravado pelas Frenéticas em 1980, ano crucial para o futuro do grupo. Por mais que as ousadias estilísticas do diretor musical e arranjador César Camargo Mariano tenham tirado qualquer ranço nostálgico na abordagem da obra de Lamartine, evitando que as Frenéticas caíssem na armadilha do cover, o disco resultou sem apelo popular para a época porque, em 1980, a música pop do Brasil já vislumbrava novo começo de era. Não havia no songbook de Lamartine qualquer possível hit blockbuster que afastasse o fantasma do fim do auge das Frenéticas. Tanto que o álbum surtiu nenhum efeito nas paradas, fazendo com que as Frenéticas fossem dispensadas pela WEA. Em 1982, Regina Chaves e Sandra Pêra encararam o fato de que o sexteto estaria para sempre associado ao desbunde laminado da disco music e saíram do grupo, que ainda lançou um quinto álbum como quarteto, Diabo a 4 (1983), antes de se dissolver, rendido às evidências. Eventuais retornos, como o de 1992, jamais tiveram força para dissociar as Frenéticas dos dancin' days e, por isso mesmo, o álbum Babando Lamartine acabou soando como ponto fora da curva na discografia curta, mas relevante, das Frenéticas. Relançado em CD em 2017, dentro da caixa Frenéticas – 40 anos de dancin' days, e posteriormente disponibilizado em edição digital, o álbum Babando Lamartine alinhou dez músicas de Lamartine Babo, lançadas originalmente entre 1931 e 1942. Com exposição de caricatura inédita em que Lan (amigo de Lamartine) retratou as Frenéticas em chamego com o compositor, a capa do álbum Babando Lamartine evidenciou o capricho que cercou a produção do LP, cujo encarte reproduziu o formato dos almanaques de cultura inútil do tempo áureo de Lamartine. A sensualidade posta pelo grupo no registro da marchinha Jou Jou e balangandãs (1939) – temperada pelo suingue pop do piano de César Camargo Mariano – foi acentuada com a malícia da ênfase no entra-e-sai da letra da marchinha La canga (1942), parceria de Lamartine com os compositores Ari Machado e Heber de Bôscoli (1917 – 1956). Nome recorrente nas bandas arregimentadas por Mariano para discos e shows, sobretudo da cantora Elis Regina (1945 – 1982), o guitarrista Natan Marques deixou o toque do músico em gravações de composições como o fox Canção pra inglês ver (1931), a marchinha Ai, hein! (1933) – em abordagem turbinada com solo de outro guitarrista fundamental do disco, Piska (1951 – 2011) – e a marcha Rasguei a minha fantasia (1935), faixa cantada por Dhu Moraes (com melancolia entranhada na alegria) que mais bem exemplificou a sonoridade então atual com que as Frenéticas babaram prazerosamente em cima da obra de Lamartine, completamente absorvidas pela graça da rancheira Babo.. zeira (1932). Nesse clima de cabaré moderno, as Frenéticas iluminaram o fox-trote Maria da Luz (1932) – faixa charmosamente introduzida pela voz de Lamartine Babo em take extraído de gravação radiofônica de 1931 – e evidenciaram a beleza melódica da atualmente intolerável marchinha O teu cabelo não nega (1932), composta por Lamartine com “inspiração” em Mulata (1929), marcha dos irmãos pernambucanos João Valença (1890 – 1983) e Raul Valença (1894 – 1977), posteriormente incorporados aos créditos dessa composição que merece mesmo o “cancelamento” dos tempos atuais por conta dos versos indefensavelmente racistas. Inegável mesmo foi a comicidade do registro de Infelizmente (1933), faixa debochada e entranhada em clima interiorano que, no fim, se banhou em latinidade no arranjo cheio da bossa de César Camargo Mariano. Encerrado com gravação esfuziante da marcha Linda morena (1933), o álbum Babando Lamartine honrou tanto a irreverência do compositor quanto a das Frenéticas, empoderadas vozes femininas dos inesquecíveis dancin' days.
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Filha de Vander Lee, Laura Catarina forma duo Seiva com Gustavito Amaral
Cantores e compositores mineiros planejam álbum autoral com músicas da dupla, como 'Chave mestra' e 'Tupã'. ♪ Filha do cantor e compositor mineiro Vander Lee (1966 – 2016), Laura Catarina vem seguindo os passos do pai no circuito musical da cidade de Belo Horizonte (MG), onde nasceu em meados dos anos 1990. Vocalista da banda mineira Dom Pepo de 2013 a 2015, a cantora e compositor também vem se apresentando sozinha desde 2014, já tendo lançado em 2018 o primeiro álbum, Amor em si, com repertório autoral. Paralelamente a essa trajetória solo, Laura decidiu investir neste ano de 2020 em projeto em dupla com o cantor e compositor mineiro Gustavito Amaral. Seiva é o nome do duo, gestado a partir de informal encontro musical entre os artistas, promovido a convite de amigos em comum. Embora em desenvolvimento já há alguns meses, o projeto do duo Seiva vem efetivamente tomando forma neste mês de julho de 2020, por conta de imersão criativa facilitada pelo fato de Laura Catarina ter mudado com a família para o sítio onde Gustavito mora na região da Serra do Cipó, no interior de Minas Gerais. Durante esse processo criativo, surgiram músicas compostas em parceria – como Chave mestra, Jaci e Tupã – e a intenção de registrar futuramente em disco esse repertório autoral que transita pelo universo místico brasileiro. Por ora, a estreia do Seiva será virtual, em lives previstas para os meses de julho e agosto.
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Sandy canta na trilha sonora brasileira da nova versão do filme ‘Mulan’
Cantora repete a parceria feita com a produção norte-americana na animação de 1998. ♪ Sandy está presente na versão brasileira da trilha sonora da live-action de Mulan, filme norte-americano derivado da animação estreada em 1998 e previsto para entrar em cartaz neste mês de julho. A cantora paulista pôs voz em Lealdade Coragem Verdade, (fiel) versão em português de Loyal Brave True, música gravada pela cantora Christina Aguilera para a trilha sonora original em inglês do filme. Cabe lembrar que, na animação de 1998 também intitulada Mulan, Sandy também figurou na trilha sonora da versão brasileira. Na ocasião, Sandy gravou duas músicas para essa trilha. Sozinha, a cantora registrou Imagem, versão em português de Reflection, música composta e gravada pela mesma Christina Aguilera para a trilha original da animação de 1998. Com o irmão Junior Lima, com quem formava dupla em fase de grande popularidade, Sandy gravou a canção Seu coração, ouvida nos créditos finais do filme. ♪ Eis a letra de Lealdade Coragem Verdade, a música gravada por Sandy para a versão live-action de Mulan: Meu destino está nessa guerra Eu já consigo ver Minha família é tudo o que eu tenho Fonte do meu viver Minha imagem verdadeira Continua a perguntar Se existe na guerreira Lealdade pra lutar Lealdade pra lutar Toda vitória exige coragem É o que vai te salvar É solitária essa viagem Escolha quem vai escutar Minha imagem verdadeira Continua a perguntar Se existe na guerreira A coragem pra lutar A coragem pra lutar Minha alma gelada Quer mais calor Busca respostas por onde for Quero ser forte mesmo na dor Mas não sei quem sou Por detrás da minha imagem Eu só quero encontrar Lealdade e coragem E a verdade pra lutar
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Do terror a Lady Gaga: Como é feita a programação dos cines drive-in
Filmes 'família', líderes de bilheteria do terror e 'Nasce uma estrela' são destaques. Grandes redes têm lançamentos recentes, mas independentes contam com a nostalgia. Cine drive-in com tela de 14 metros de altura começa nesta quinta-feira, em Goiânia Drive Gyn/Divulgação Terror, filme “família” e o sucesso “Nasce uma estrela” são queridinhos do público que frequenta cinemas drive-in no Brasil, contam executivos ouvidos pelo G1. Cinema drive-in: filmes, ingressos, programação e horários O diagnóstico baseado nas análises cuidadosas após cada final de semana se confirma no ranking de bilheteria, feito pela ComScore, empresa de monitoramento. De quinta (9) a domingo (12), “Minha mãe é uma peça 3”, o filme “família” mais bem-sucedido do cinema nacional, liderou a bilheteria. Criar a programação ideal para o drive-in é um dos desafios dos executivos dos cinemas, desacostumados com o estilo no país. Antes da pandemia, eram pouquíssimos os drive-ins em funcionamento no Brasil. Atualmente, há pelo menos 18, segundo a ComScore. Semana Pop #88: relembre clássicos do cinema com momentos em drive-ins Este mercado vive um paradoxo: é um negócio novo e antigo ao mesmo tempo. Para se tornar atrativo para o maior número de pessoas, alguns donos de cinema escolhem uma programação com a maior variedade de gêneros possível. Quando o drive-in tem uma rede exibidora por trás, como as tradicionais Cinemark ou Cinesystem, a programação conta com filmes mais recentes. O drive-in de Niterói (RJ) pertence à Planet Cinemas. O sócio-diretor da exibidora, Sandro Rodrigues, explica que eles utilizaram parte da programação que já estava em cartaz antes da quarentena. Assim, a maior parte dos filmes exibidos ainda não está em plataformas de streaming ou disponível em mídias físicas, como os DVDs e blu-rays – que voltaram à popularidade. O mesmo acontece nos dois drive-ins que funcionam em Nova Lima (MG), cidade vizinha a Belo Horizonte, administrados pela Cineart. Filmes que estrearam em fevereiro ou março e ficaram pouco tempo em exibição são colocados na última sessão de cada dia, que costuma ter mais público, explica diretor da Cineart, Lucio Otoni. Repetido, mas nem tanto Uma diferença essencial dos drive-ins em relação aos cinemas tradicionais é que a oferta precisa ser dinâmica. Os filmes costumam ser atualizados toda semana e só voltam a estar em cartaz caso a procura tenha sido extraordinária. Segundo Sherlon Adley, diretor comercial da rede Cinesystem, o público não costuma se renovar muito. “Pelos nossos estudos, 90% do público do drive-in é composto por pessoas que moram em regiões próximas. E os outros 10% são frequentadores pontuais ou convidados.” "Colocamos sempre uma sessão de cada filme para que as pessoas consigam ir mais vezes. Como é uma sala só, diferente de um cinema, que você tem de quatro a oito salas e pode deixar uma sala a semana inteira com o mesmo filme, entregando três, quatro sessões por dia", explica Rodrigues. As animações são mais exibidas em finais de semana, quando pais estão mais dispostos a levar os filhos. Nestes dias, os drive-ins exibem sessões extras, à tarde, para dar conta da demanda. Cinema drive-in Amanda Paes/G1 “Nasce uma estrela” esteve na programação de quase todos os drive-ins em junho. O filme estrelado por Lady Gaga é um fenômeno. Ele representa um gênero que tem atraído grande público e surpreendeu exibidores: filmes com muita música. Além de "Nasce uma estrela", outros como "Rocketman", "Música da minha vida" e "Grease" fizeram sucesso. Maratona 'Nasce uma estrela': G1 analisa os 4 filmes Outro queridinho do público é "ET – O extraterrestre", um dos mais assistidos por onde entrou em cartaz. “Quando colocamos em um horário cedo e dublado, é sempre o primeiro a esgotar”, diz Renata Monteiro, presidente da Cidade das Artes. Terror sempre cai bem Filmes de terror e suspense são unanimidade nos drive-ins. Alguns deles dedicaram sessões especiais ao gênero, geralmente no fim da noite para criar um clima assustador. "O terror combina bem com a experiência do cinema, com a exibição ao ar livre e a temática que brinca com adrenalina de forma divertida. Nas pesquisas que realizamos antes de inaugurar o primeiro Cine Drive-In, cerca de 6 a cada 10 pessoas responderam que se interessariam por filmes do gênero", conta Adler, da Cinesystem. Entre os filmes de terror e suspense que mais se destacaram nos últimos dois meses, estão "It" 1 e 2 e “Parasita”. Este último fez tanto sucesso que permaneceu em cartaz por duas semanas seguidas no Niterói Cine Drive-In – uma raridade para o cinema de carros. Cinemas drive-in pelo Brasil Amanda Paes/G1 5 clichês que ainda estão no 'pós-terror'
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Rastapé, 20 anos: Banda de forró segue na ativa com shows drive-in e pai sanfoneiro na quarentena
Ao G1, vocalista conta que grupo já ficou um tempo sem gravar músicas e sem ter redes sociais, mas nunca deixou de fazer shows. Média de 10 por mês aumenta durante festas juninas. A banda rastapé com o sanfoneiro Seu Jorge e o cantor Jorge Filho Divulgação Há 20 anos, o Rastapé vem cantando que não quer um colo de mamãe, prefere um "colo de menina". O hit sobre deitar no colinho da pessoa amada foi um dos maiores do forro universitário, onda que também revelou o Falamansa, no final dos anos 90 e começo dos 2000. Em 2020, o Rastapé segue fazendo shows (no formato drive-in, a novidade nos tempos da pandemia da Covid-19). A banda com pai e irmãos na formação já ficou um tempo sem lançar músicas e sem ter redes sociais, mas nunca deixou de se apresentar pelo Brasil. Em entrevista ao G1, o vocalista Jorge Filho falou da quarentena em família, dos shows para carros e do primeiro junho sem turnê na história da banda. Uma pena: as festas juninas são o auge da agenda, com até duas apresentações por noite. G1 – Como foi a sensação e a diferença entre um show no esquema drive-in e esquema normal? Jorge Filho – Pra gente, foi um turbilhão de emoções. Nós ficamos de quarentena, a família ficou de quarentena. Meu pai, que também é da banda, que toca acordeom, ele é idoso, tem mais de 70 anos. A gente estava com todo esse cuidado do mundo, ficamos de quarentena durante mais de 90 dias. O primeiro palco que nós pisamos após a quarentena foi lá no Arena Sessions, no Allianz. Você começa a ver os músicos que trabalhavam com a gente ali do seu lado, todo mundo bem, graças a Deus. Ao longo desses vinte anos de carreira, fizemos muitos shows bacanas, emocionantes, são vinte anos de carreira, né? Só que ali no Palestra Itália foi fora do comum. Ali eu percebi que a gente não estava só. A gente fica de quarentena, isolado, falando só através de rede social. E não tem contato físico. Foi uma energia bacana. O pessoal cantando, buzinando, a novidade: gostou, buzina. Pisca alerta. Não… Pisca alerta não pode. Pisca os faróis. Foi uma interação totalmente diferente. G1 – Eu imagino que junho e julho para vocês, pelo estilo, devem ser meses que bombam de shows, com festa junina, São João… Jorge Filho – Nós praticamente perdemos as festas juninas, porque essa iniciativa de começar a fazer os shows estilo drive-in, foi uma decisão tomada em grupo, né? Nós somos um grupo de família, meu pai toca acordeom, meu irmão toca guitarra, outro toca percussão, minha irmã trabalha no escritório… então, a gente estava com receio ainda de sair. Aí tomamos a decisão de sair pra ativa, mas se fosse uma época normal, a gente estaria trabalhando demais, correndo o Brasil fazendo as melhores festas juninas que a gente costuma fazer. G1 – Como é a agenda em junho e julho, normalmente? Jorge Filho – A gente trabalha sem parar. Todo dia tem show, é uma loucura, muita festa junina. E, de repente, eu me via em uma situação que a gente não acreditava que estava acontecendo aquilo, sabe? A gente ficar junho e julho sem tocar. Isso ao longo dos 20 anos foi a primeira vez que isso aconteceu e com certeza o impacto foi muito grande financeiro e emocionalmente. Tudo isso vem junto. G1 – O cachê [no drive-in] foi o mesmo? Vocês estão cobrando o mesmo que cobravam ou estão aceitando, por questão do formato, cobrar um pouco menos? Jorge Filho – A gente começou pedindo o cachê que a gente vinha pedindo, mas como as pessoas estão também se reinventando e o número de carros pra fazer drive-in é diferente, né? Um pouco mais baixo. Então, a gente tem que adaptar o cachê em relação à quantidade de pessoas que vão poder assistir. A gente começa a negociar, porque nossa intenção é trabalhar, fazer as melhores festas. A gente começa a ser bem flexível nas negociações pra que a gente consiga fazer as festas. G1 – Então, eu entendi que vocês cobraram um pouquinho menos do que cobram geralmente. Jorge Filho – Exatamente, exatamente. G1 – Como está seu pai? Eu entendi que ele está bem de saúde, mas por uma questão de quarentena, por ter mais de 70 anos, ele não participou do show… É isso? Jorge Filho – Ele está sempre junto com a gente. Quando ele não pode [fazer show] por um motivo ou outro, ele põe o sobrinho dele. Mas em relação à questão da pandemia, nós decidimos, ele decidiu ficar em casa se cuidando, porque tem 71 anos. A gente apoia essa decisão para ficar mais tranquilo em relação a isso, minha mãe também. A gente está cuidando dos nossos pais, né? G1 – Vocês até hoje fecham o show com 'Colo de menina' e é uma música que tocou muito, né? Você ganhou muito dinheiro de direitos autorais com ela? "Diria que eu não ganhei muito dinheiro, não. Eu não sei se eu sou ambicioso ao falar isso, mas é porque a música estourou em 1999, 2000. E eu acho que a arrecadação não foi tão expressiva como seria hoje. Hoje em dia, o mundo está muito mais dinâmico." Mas eu não tenho do que reclamar, claro que eu não fiquei rico, claro que eu não adquiri fortunas, mas o que eu acho mais importante da música ser tocada e conhecida é porque todo mundo nos conhece. Esse sempre foi o objetivo da banda: que todo mundo conheça o nosso trabalho, que é feito com muito carinho pras pessoas ouvirem, né? Não tem dinheiro que pague isso. Rastapé faz show drive-in no Estádio do Palmeiras Divulgação G1 – Então, vocês conseguiram mais dinheiro com show do que com direito autoral? Jorge Filho – Sim, onde a gente tem o nosso cachêzinho garantido é através dos shows, muito mais. G1 – E quantos shows vocês faziam em média antes da pandemia? Jorge Filho – Em média, a gente faz 10 shows por mês. Mas junho e julho a gente trabalha direto, 20, 30 dias, faz dois shows em uma noite, é uma loucura mesmo. G1 – Como foi pra banda ter o estouro no final dos anos 90, com outras banda de forró universitário, como o Falamansa, mas depois vocês foram se mantendo, mesmo depois daquele auge… Jorge Filho – No início, foi aquela explosão toda. A gente trabalhando pra caramba e as pessoas falavam "espero que dure e tal". Porque geralmente uma música estoura e de repente passa a fase da música, a banda é esquecida. Mas no nosso caso não, porque a gente toca um gênero muito amado pelo brasileiro, que é o forró. Graças a Deus nunca faltou show pra gente. Claro que a gente acaba saindo um pouco de rádio, de TV, afastando um pouco. Inclusive, ficamos um tempo sem gravar, mas nunca ficamos sem fazer shows. Pra gente até foi confortável, o que a gente ama mesmo é fazer show. G1 – E quando que vocês passaram a se preocupar mais com redes sociais? Jorge Filho – A gente começou a fazer um trabalho mais voltado pras redes sociais que a gente não estava muito apegado ainda, e começamos a voltar a fazer esse movimento, em 2018. Começamos a gravar, lançar músicas. Fizemos uma parceria com o Tato do Falamansa, um EP com quatro músicas. Foi bacana demais, uma experiência maravilhosa. Quando começou a pandemia, a gente já tinha terminado de gravar esse álbum, chamado "Origens", com 11 músicas inéditas. Nós não paramos, estamos trabalhando bastante. Banda Rastapé Divulgação Buzinas em vez de aplausos: como funcionam os shows drive-in durante pandemia
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