Katy Perry lança single ‘Smile’: ‘Escrevi quando passei por um dos períodos mais sombrios da minha vida’
Música é faixa-título de próximo álbum da cantora. Trabalho vai falar sobre resiliência, esperança e amor. Katy Perry lança single 'Smile' Reprodução/Katy Perry Katy Perry lançou o single "Smile" nesta sexta-feira (10). É a primeira faixa do próximo álbum da cantora. Nas redes sociais, ela disse que escreveu a letra quando passava por um momento difícil. "Escrevi quando passava por um dos períodos mais sombrios da minha vida e perdi o sorriso. Esse álbum inteiro é minha jornada em direção à luz – com histórias de resiliência, esperança e amor", disse a cantora. Na letra de "Smile", ela fala sobre superação e gratidão. "Mas toda lágrima tem sido uma lição […] Um caminho longo e difícil para obter essa redenção." O próximo álbum, que também se chamará "Smile", está previsto para agosto. Em maio, a cantora lançou a música "Daisies", sobre a importância de não se desistir dos sonhos. Seu último disco, "Witness", foi lançado em 2017. Em março, ela escolheu um jeitinho especial para anunciar sua gravidez. Durante o lançamento do clipe de "Never Worn White", Katy Perry confirma a gestação, mostrando e acariciando a barriguinha na cena final do vídeo.
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Poesia Acústica 9 tem Djonga, Filipe Ret, Xamã e L7nnon; Veja clipe
Chris, Lourena e Cesar MC também estão na faixa lançada nesta sexta (10). A nona faixa do Poesia Acústica foi lançada nesta sexta (10) com os rappers Djonga, Filipe Ret, Xamã, L7nnon, Chris, Lourena e Cesar MC. Assista clipe acima. A série de rap acústico do canal carioca Pineapple Storm começou em 2017 e costuma reunir rappers em faixas mais longas. O clipe de "Poesia Acústica 9 – Melhor Forma" teve mais de 450 mil visualizações nas primeiras horas no YouTube. Poesia acústica: como série de vídeos virou referência na onda de rap com violão no Brasil Os rappers aparecem de máscara no começo do vídeo por conta da pandemia do novo coronavírus. "Me diz quando essa quarentena acaba, eu vou matar o corona nem que seja na porrada", canta Cesar MC. Já o rapper mineiro Djonga cita a cantora sertaneja Marília Mendonça e o jogador Gagigol em seus versos. "Nós embalados ao som de Marília Mendonça, lembrei que sou louco por você, igual Mendonça da Grande Família louco com a amiga da dona Nenê", canta Djonga. Poesia Acústica 9 com Djonga, Filipe Ret, Xamã e outros rappers Reprodução
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Giovanna Ewbank mostra primeira foto de Zyan: ‘Que a nossa jornada seja linda’
Apresentadora deu à luz terceiro filho na noite de quarta-feira (8). Ela e Bruno Gagliasso já são papais de Titi e Bless. Giovanna Ewbank mostra primeira foto de Zyan: 'Que a nossa jornada seja linda' Reprodução/Instagram Giovanna Ewbank usou as redes sociais para mostrar o rostinho de seu terceiro filho. A atriz deu à luz Zyan na noite de quarta-feira (8). "Bem vindo, meu amorzinho! Que a nossa jornada seja linda…porque eu te amo muito", escreveu Giovanna na legenda. A atriz também compartilhou uma imagem em que aparece na companhia do marido, Bruno Gagliasso. O ator compartilhou as mesmas imagens em sua rede social e escreveu: "Bem-vindo à nossa família. Pai de três". Zyan, terceiro filho de Giovanna e Bruno, nasceu de parto normal em uma maternidade do Rio de Janeiro. A apresentadora e o ator já são pais de Titi, de 7 anos de idade, e Bless, de 5. Segundo a assessoria de Giovanna, "por conta da pandemia do Covid-19, ela não pode receber visitas na maternidade e tem como único acompanhante o marido, Bruno Gagliasso". Bruno Gagliasso e Giovanna Ewbank Reprodução/Instagram Initial plugin text Initial plugin text Horas antes de parto, Giovanna Ewbank mostra barriguinha e relata chutes de Zyan e cólica
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Papatinho anuncia single duplo com músicas gravadas com will.i.am e Kevin O Chris
Faixas integram álbum, 'Workaholic', em que o DJ e produtor carioca reúne nomes como Babu Santana e Ludmilla. ♪ Papatinho – nome artístico do DJ e produtor musical carioca Thiago da Cal Alves – tem se movimentado para ficar à frente dos holofotes com o lançamento, ainda neste ano de 2020, do primeiro álbum do artista, Workaholic. O próximo passo é a edição, em 24 de julho, de single duplo que reúne duas músicas inéditas, 5 estrelas e Macetin, gravadas por Papatinho com colaborações de will.i.am – rapper norte-americano projetado nos anos 1990 como integrante do grupo Black Eyed Peas – e do funkeiro carioca Kevin O Chris, entre outros nomes. Kevin e will.i.am figuram na ficha técnica da faixa 5 estrelas. Já a música Macetin foi formatada com as adesões do rapper fluminense Sodré, do MC paulistano Derek e de Matt Fuze, rapper norte-americano de ascendência mineira. Preparado pelo artista desde 2018, ano que Papatinho gravou com Ludmilla a música Meu baile (lançada em single em agosto daquele ano de 2018), o primeiro álbum do artista já gerou dois singles em 2020. O trap-funk Me faz um favor – gravado por Papatinho com MC Roger e com os rappers Orochi e Xamã – foi lançado em single em janeiro. Já Morrão – outro trap-funk, gravado por Papatinho com o cantor carioca Babu Santana e com o rapper carioca L7nnon – foi apresentado em single editado em junho, dando outra amostra do álbum Workaholic.
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‘Batwoman’ escala Javicia Leslie no papel da heroína
Ela será primeira atriz negra a interpretar uma Batwoman na TV, e substitui Ruby Rose como protagonista da série. Javicia Leslie em cena de 'Killer Coach' Divulgação A atriz Javicia Leslie, de "God friended me", foi anunciada nesta terça-feira (8) como a nova protagonista da série "Batwoman". Ela interpreta uma nova versão da heroína da DC após a saída de Ruby Rose, em maio. "Estou extremamente orgulhosa de ser a primeira atriz negra a interpretar o papel icônico da Batwoman na televisão, e, como uma mulher bissexual, estou honrada em me juntar a este programa inovador, que tem sido pioneiro para a comunidade LGBTQ+", afirmou Leslie em nota. De acordo com o site da revista "Entertainment Weekly", ela vai interpretar uma personagem nova, Ryan Walder, que não existe nos quadrinhos. Pela descrição, ela será o oposto da Kate Kane vivida por Rose, com uma personalidade relaxada e agradável e um passado como traficante de drogas. A segunda temporada da série baseada nos quadrinhos da DC deve estrear nos Estados Unidos em janeiro de 2021. Ruby Rose em cena de 'Batwoman' Divulgação
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Discos para descobrir em casa – ‘Um pouco de ilusão’, Toquinho & Vinicius, 1980
Capa do álbum 'Um pouco de ilusão', de Toquinho & Vinicius Arte de Elifas Andreato ♪ DISCOS PARA DESCOBRIR EM CASA – Um pouco de ilusão, Toquinho & Vinicius, 1980 ♪ Um dos letristas mais diplomáticos da música brasileira, dono de obra que conciliou o peso dos dramas dos sambas-canção com a leveza do cancioneiro da bossa nova, o carioca multimídia Marcus Vinícius da Cruz de Mello Moraes (19 de outubro de 1913 – 9 de julho de 1980) contribuiu para dar tom coloquial à poesia musical nacional. Parceiro fundamental de Antonio Carlos Jobim (1927 –1994) de 1956 até 1963, Vinicius de Moraes enfatizou essa coloquialidade na obra construída ao longo dos anos 1970 em dupla com Antonio Pecci Filho, cantor, compositor e violonista paulistano artisticamente conhecido como Toquinho. A parceria tinha sido iniciada casualmente na Itália, em 1969, ano em que Vinicius gravou com Toquinho um disco produzido por Sergio Bardotti (1939 – 2007) com o cantor Sergio Endrigo (1933 – 2005) e o poeta Giuseppe Ungaretti (1988 – 1970). Popularizada no Brasil dos anos 1970 com as gravações de sambas como A tonga da mironga do kabuletê (Toquinho e Vinicius de Moraes, 1970) e Tarde em Itapoã (Toquinho e Vinicius de Moraes, 1971), a dupla Toquinho & Vinicius atravessou com sucesso esse anos 1970 – com produção concentrada na primeira metade daquela década – e somente se desfez, forçosamente, com a saída de cena do poeta, cuja morte completa exatos 40 anos nesta quinta-feira, 9 de julho de 2020. Lançado em 1980 pela gravadora Ariola, com capa assinada por Elifas Andreato, o álbum Um pouco de ilusão foi o último álbum de Toquinho & Vinicius, dupla dona de discografia farta que incluiu álbuns gravados com cantoras – como Maria Bethânia, Maria Creuza, Marília Medalha e Ornella Vanoni – e LPs com trilhas sonoras originais das novelas Nossa filha Gabriela (1972), O bem amado (1973) e Fogo sobre terra (1974). Gravado com produção musical assinada por Marco Mazzola com Cayon Gadia e o próprio Toquinho, com arranjos do pianista José Briamonte, o álbum Um pouco de ilusão foi feito com Vinicius já fragilizado por problemas de saúde. Inteiramente inédito, o repertório destacou o samba que se tornou o último sucesso da dupla, Escravo da alegria, composição de Toquinho em parceria com Lupicínio Moraes Rodrigues, compositor gaúcho conhecido como Mutinho. Em parceria com Vinicius, Toquinho compôs para o disco sambas como Amigos meus, alocado no fecho do álbum Um pouco de ilusão. A letra versava sobre o fim de noite de boemia, mas, com a morte de Vinicius em julho daquele ano de 1980, passou a soar como simbólica despedida do poeta da vida. Vida celebrada por Vinicius de Moraes com alegria em muitas letras de cancioneiro autoral que ganhou impulso a partir de 1956, com a abertura da parceria com Tom Jobim, mas que tinha sido iniciado em 1928 com a escrita da letra de Loura ou morena para música de Haroldo Tapajós (1915 – 1994) lançada em disco em 1932 pela dupla Irmãos Tapajós. Poeta, compositor, dramaturgo e diplomata, Vinicius de Moraes foi também coloquial cantor de voz rústica, ouvida no álbum Um pouco de ilusão na valsa Gilda, composta somente por Vinicius em tributo a Gilda Mattoso, última mulher do poeta. Embora Toquinho tenha sido o solista vocal dominante nas onze músicas do disco, a voz já cansada de Vinicius se fez ouvir em segundo plano ao longo do álbum. No choro Caro Raul, a voz do poeta assumiu o domínio na parte falada da faixa, em que Vinicius saudou amigos e profissionais envolvidos na produção do álbum Um pouco de ilusão. Ainda que tenha mantido a leveza do som de Toquinho & Vinicius, o álbum Um pouco de ilusão resultou mais melancólico no confronto com discos anteriores da dupla. Essa melancolia reverberou pelas frestas do samba Oi lá! (Toquinho e Mutinho) – enquadrado em delicada moldura orquestral pelo arranjador José Briamonte – e foi acentuada no canto (por Toquinho) do samba-canção Por que será?, parceria da dupla com Carlinhos Vergueiro, e no clima do samba Minha luz apagou (Toquinho e Quico). Ritmo predominante no disco, a ponto de ter sido celebrado na cadência e na letra de Até rolar pelo chão (Mutinho em bissexta parceria com Vinicius), o samba dividiu espaço com valsas no inédito repertório do álbum Um pouco de ilusão. A Valsa do bordel (Toquinho e Vinicius de Moraes) foi cantada pelo grupo feminino creditado como As Moendas na ficha técnica original do LP de 1980. Já Samba pra Endrigo saudou a cidade do Rio de Janeiro (RJ) em ponte com a Itália, país-sede da origem da dupla. Outro samba, Golpe errado (Toquinho e Vinicius de Moraes), deu lição de moral para malandros que viviam fora-da-lei. Mas o recado foi dado com a informalidade de um papo de mesa de bar e com a leveza que caracterizou o cancioneiro de Toquinho com Vinicius de Moraes, poeta que, eventuais melancolias à parte, foi um feliz escravo da alegria.
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Lives de hoje: Vanessa da Mata, Ana Cañas, Arrigo Barnabé, Teresa Cristina e mais shows
Nesta quinta (9), Biquini Cavadão vai transmitir show do disco 'Ilustre Guerreiro' gravado em São Paulo. Veja horários. Vanessa da Mata Alan Oliveira / Divulgação Vanessa da Mata, Arrigo Barnabé e Teresa Cristina fazem lives nesta quinta (9). Veja a lista completa com horários das lives abaixo. O G1 já fez um intensivão no começo da onda de lives, constatou o renascimento do pagode nas transmissões on-line, mostrou também a queda de audiência do fenômeno e a polêmica na cobrança de direito autoral nas lives. Bruna Caram – 18h – Link Arrigo Barnabé (Em Casa com Sesc) – 19h – Link Vanessa da Mata – 20h – Link Ana Cañas canta Belchior – 21h – Link Biquini Cavadão – 21h – Link Onze20 – 21h – Link Teresa Cristina – 22h – Link Semana pop explica como o Black Lives Matter está mudando a cultura pop
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Álbum de Teresa Cristina com Jussara Silveira e Rita Benneditto é revitalizado na volta ao catálogo
Disco 'Três meninas do Brasil ao vivo' ganha edição digital com o registro integral do show estreado em dezembro de 2007. ♪ É provável que muitos Cristiners – como são denominados os espectadores fiéis das aclamadas lives noturnas de Teresa Cristina – desconheçam que, em 2007, a cantora e compositora carioca se juntou com Jussara Silveira e com Rita Benneditto no show Três meninas do Brasil, sob a batuta do violonista e maestro Jaime Alem, diretor musical do espetáculo. Idealizado por Rita em fevereiro e estreado em dezembro daquele ano de 2007, sob a direção artística de Jean Wyllys, convocado por Rita para o orquestrar em cena o então inédito encontro das cantoras, o show Três meninas do Brasil foi batizado com nome alusivo à música Meninas do Brasil, composta por Moraes Moreira (1947 – 2020) em parceria com Fausto Nilo e lançada pelo novo baiano em disco de 1980. Um dos melhores espetáculos de 2007, pela graça e harmonia resultantes do encontro dessas três ótimas cantoras, o show transitou pelo Brasil em 2008, ano em que foi registrado para a posteridade em apresentação captada em 24 de agosto em teatro da cidade fluminense de Niterói (RJ). Lançado em 13 de janeiro de 2009 pelo selo Quitanda, com distribuição da gravadora Biscoito Fino, o registro do show foi editado nos formatos de CD (com 16 músicas alinhadas em 15 faixas) e DVD (com o roteiro integral que encadeou 22 músicas em 21 faixas). Decorridos onze anos, o álbum Três meninas do Brasil ao vivo volta estendido ao mercado fonográfico em edição digital que chega às plataformas de áudio nesta sexta-feira, 10 de julho, com todas as 21 faixas captadas no Teatro Municipal de Niterói. Em ação combinada, o show também ficará disponível na íntegra no canal oficial da gravadora Biscoito Fino no YouTube. Para quem nunca viu ou ouviu Três meninas do Brasil, as dicas são as músicas que promoveram a interação cênica e musical de Jussara Silveira, Rita Benneditto e Teresa Cristina – casos de Deixa a gira girar (tema de domínio publico em adaptação de Mateus Aleluia, Dadinho e Heraldo Bozas, 1973), Divino (Rita Benneditto e Zeca Baleiro, 1997), Homem de saia (Enéas de Castro e Gatinho, 1979), Menina amanhã de manhã (O sonho voltou) (Tom Zé e Perna Fróes, 1972), Minha tribo sou eu (Zeca Baleiro, 2002), Mulher nova bonita e carinhosa faz o homem gemer sem sentir dor (Zé Ramalho, 1982), Seo Zé (Carlinhos Brown, 1996) e de Meninas do Brasil (Moraes Moreira e Fausto Nilo, 1980), a composição inspiradora do título. Entre solos, duetos e trios, as cantoras desfiaram rosário de pérolas abrilhantadas pela mistura brasileira das vozes e dos sotaques de repertório que amalgamou sambas, baladas e temas forrozeiros com o charme e as vozes dessas meninas, senhoras cantoras brasileiras. É recomendável que, enquanto aguardam as lives de Teresa Cristina, os Cristiners ouçam o revitalizado álbum Três meninas do Brasil ao vivo.
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Naya Rivera, atriz de ‘Glee’, desaparece durante passeio de barco nos EUA
Ela nadou com o filho de 4 anos em lago na Califórnia e não voltou para embarcação. Naya Rivera em foto do dia 18 de novembro Joshua Blanchard/Getty Images for Alliance of Moms/AFP Naya Rivera, de 33 anos, que estrelou seis temporadas da série "Glee", é considerada desaparecida desde a noite desta quarta-feira (8). A atriz americana sumiu após um passeio de barco no Lago Piru, na Califórnia. Equipes de resgate seguem à procura da atriz, informou a polícia local. Naya alugou um barco por volta das 13h, e saiu para navegar com o filho de 4 anos. Segundo o xerife do condado de Ventura, Eric Buschow, a atriz chegou a nadar no lago com o menino. Policiais encontraram o garoto dormindo no barco por volta das 17h e, de acordo com o site TMZ, ele informou para as autoridades que a mãe havia pulado na água, mas não voltou. Imediatamente, a equipe iniciou uma operação de buscas, que fez uma pausa durante a noite. Buschow informou que mergulhadores participam nesta quinta (9) da operação de buscas. A polícia informou que o filho da atriz está bem e já se encontra com familiares. A criança é da relação de Naya com Ryan Dorsey. O casal se separou oficialmente em 2018. Atriz de 'Glee' Naya Rivera desaparece após passeio de barco em lago nos Estados Unidos Naya Rivera em 'Glee' Divulgação Naya Rivera começou a atuar aos 4 anos na comédia da CBS "The Royal Family". Ela fez participações especiais em vários programas, incluindo "Um Maluco no Pedaço" e "Baywatch". Em “Glee’, Naya interpretou uma líder de torcida e apareceu em 113 episódios da série. Naya Rivera, em foto de novembro de 2019 David Livingston/Getty Images North America/Getty Images Via AFP/Arquivo Naya Rivera, em foto de setembro de 2019 Xavier Collin/Image Press Agency/NurPhoto/NurPhoto via AFP/Arquivo Carreira de Naya Rivera teve destaque com a participação em 'Glee'
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Vinicius de Moraes, o poeta que ouvia música nas palavras
Morto há 40 anos, o compositor carioca está imortalizado pelas letras em que evidenciou a paixão pelo amor, pelas mulheres e pela vida. ♪ MEMÓRIA – “Eu sei que vou te amar / Por toda a minha vida eu vou te amar…”. Nesses versos escritos por Vinicius de Moraes para a canção Eu sei que vou te amar (1959), um dos clássicos eternos da parceria do compositor com Antonio Carlos Jobim (1927 – 1994). o poeta pareceu se declarar mais ao amor do que à mulher amada. Poeta da canção que saiu de cena há exatos 40 anos, Marcus Vinícius da Cruz de Mello Moraes (19 de outubro de 1913 – 9 de julho de 1980) está imortalizado na história da música brasileira por ter exposto em letras de músicas a paixão pelo amor, a vida e as mulheres. Sim, Vinicius de Moraes foi movido a paixão. E esse arrebatamento pautou todo o cancioneiro autoral do compositor, cuja primeira letra de música foi escrita em 1928, aos 15 anos. Foi para fox-canção intitulado Loura ou morena, cuja melodia de Haroldo Tapajós (1915 – 1994) foi ouvida em disco pela primeira vez em single editado em 1932 com os versos de Vinicius na gravação da dupla Irmãos Tapajós. Artista multimídia que rodou o mundo, até pela carreira de diplomata vivenciada de 1943 a 1963, Vinicius de Moraes era carioca. E tinha de ser carioca! De outro modo, o poeta nunca teria traduzido com fidelidade a graça, a coloquialidade e a leveza da bossa nova nos versos de standards do gênero como os sambas Chega de saudade (1958), Garota de Ipanema (1962) e Ela é carioca (1963) – todos assinados com Tom Jobim em parceria fundamental aberta em 1956 para a composição da trilha sonora do musical de teatro Orfeu da Conceição (1956). Somente pelo cancioneiro da bossa nova – amplificado em escala planetária pela voz e pelo violão de João Gilberto (1931 – 2019) – Vinicius já teria lugar de honra no primeiro time da música brasileira. Contudo, Vinicius atravessou a bossa sem se restringir ao universo temático do sal, céu, sol e sul. Plural, o poeta soube carregar no tom do melodrama, em sambas-canção de melodias tristonhas, com a mesma habilidade com que traduziu em versos a incandescência afro-brasileira dos sambas que compôs com Baden Powell (1937 – 2000), parceiro também fundamental na construção da obra musical do letrista dos afro-sambas. Com Toquinho, Vinicius de Moraes iniciou em 1969, na Itália, parceria de tom mais informal que conquistou o Brasil ao longo dos anos 1970. Com generosidade exemplares, Vinicius saboreou a vida como a arte do encontro e teve a grandeza de se tornar parceiro de jovens compositores então iniciantes, caso do Francis Hime, com quem fez música em 1963, primeiro ano da carreira profissional do genial compositor. Com Carlos Lyra, o poeta aguçou a consciência social. Antes de todos esses parceiros, e mesmo de Tom, Vinicius exercitou o lirismo romântico na escrita dos versos do samba-canção Quando tu passas por mim (1953), parceria com Antonio Maria (1921 – 1964) – lançada na voz de Aracy de Almeida (1914 – 1988) – que marcou a retomada da produção musical do poeta após as incursões juvenis dos anos 1930. Vinicius de Moraes foi compositor plural, capaz inclusive de criar belas melodias, como atestaram obras-primas em que o poeta fez sozinho música e letra, como Serenata do adeus (1958) e a valsa Pela luz dos olhos teus (1960). “Fosse um só, teria sido Viniciu de Moral”, gracejou o bem-humorado cronista Sérgio Porto (1923 – 1968). Acima de tudo, Vinicius de Moraes foi poeta da canção que ouvia música nas palavras. E pôs essa música em letras escritas com paixão pelo amor, as mulheres e a vida.
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