Rogério Flausino compara Cazuza com Emicida: ‘Pode falar de amor, mas consegue dar uma facada’
Vocalista do Jota Quest e Sideral lançam 'Essas Canções de Amor', música feita a partir de poema de Cazuza. Desde 2015, eles fazem shows de tributo ao cantor que morreu há 30 anos. Rogério Flausino, do Jota Quest, e Sideral lançaram nesta terça-feira (7) "Essas Canções de Amor", música feita a partir de um poema de Cazuza. A morte do cantor completou 30 anos no dia do lançamento. Desde 2016, os dois irmãos fazem shows em homenagem a ele. O mesmo poema, "Não Reclamo", havia sido musicado por George Israel (ex-Kid Abelha), em 2004. A nova versão foi feita por Sideral, cantor e compositor de músicas como "Fácil", do Jota Quest. "Sideral sempre foi o compositor lá de casa. Ele pegou o livro de poemas e foi atrás com muita voracidade dessa influência muito forte pra nós do Cazuza, do Barão", recorda Flausino, em entrevista ao G1. Em 2015, o cantor mineiro de 48 anos se encontrou com Lucinha Araújo, mãe de Cazuza, em Nova York, na casa da Paula Lavigne. Ele lembrou Lucinha que havia participado de um projeto com vários artistas musicando poemas do filho dela. O Jota Quest tinha musicado "O amor é brega". Hoje, Flausino e Sideral seguem nesse processo criar novas versões a partir de poemas de Cazuza. "Quando o Sideral apareceu com essa música, eu fiquei muito impressionado e começamos a cantar nos shows do nosso projeto", conta. Wilson Sideral e Rogério Flausino em show com homenagem a Cazuza Divulgação "As pessoas começaram a cantar essa música como se elas conhecessem. O refrão é muito forte e tudo mais. É muito emocionante para nós dois interpretar uma canção nova do Cazuza, inédita, e as pessoas se identificaram muito rapidamente com aquilo. " Flausino vê essa ideia de musicar poemas de Cazuza como "uma forma de homenageá-lo e de ficar mais perto dele". "Dessa figura tão bacana, forte, vigorosa", adjetiva. "A gente tem tentado emanar aquela vibração que existia, as influências de blues, de rock e depois a segunda fase do Cazuza, da MPB, da bossa nova e tal", explica o cantor. Fazendo shows ou lançando músicas, ele diz, o objetivo é seguir a "cartilha do Cazuza, de toda a obra, que começa com Barão e termina com Cartola". Outro letrista contundente Ao ser perguntando se as letras de Cazuza envelheceram bem, Flausino começa com uma resposta direta, mas depois divaga. "Elas continuam extremamente atuais. É uma coisa incrível, cada verso do Cazuza é uma facada, né?", responde. "Pra gente que vive de fazer música, de tentar evoluir poeticamente, tentar entender tudo isso, ele é muito genial, muito forte. Eu diria que é difícil encontrar hoje alguém que a gente pudesse enxergar com essa contundência do Cazuza. Eu gosto muito, por exemplo, do Emicida". Flausino diz que Emicida "é um menino que consegue externar isso de uma forma… tem uma caneta muito afiada". "É um menino muito inteligente e sensível, que consegue ter a sensibilidade. Ele pode falar de amor, de romance, de delicadeza, mas consegue dar uma facada e tal", completa. Mas mesmo citando o rapper paulistano, ele faz uma ressalva: "Não que a gente tenha que encontrar figuras de hoje que se pareçam com aquela. Eu gostaria muito de ter essa contundência que o Cazuza tem. Ter essa voracidade poética. Por isso a nossa vontade de estar o mais perto dele possível." "O Cazuza tem uma coisa de eternidade que é muito danada, velho", resume Flausino. Rogério Flausino e Sideral em capa do single 'Essas canções de amor' Divulgação
- Publicado em Cultura
Giovanna Ewbank dá à luz Zyan: ‘Não vejo a hora de apresentá-lo a seus irmãos’
Apresentadora e Bruno Gagliasso celebraram a chegada do terceiro filho do casal na noite desta quarta-feira (8). 'Ele é uma alegria para nós.' Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso celebram a chegada de Zyan, terceiro filho do casal Reprodução/Instagram Giovanna Ewbank deu à luz Zyan, seu terceiro filho com o ator Bruno Gagliasso, na noite desta quarta-feira (8), no Rio de Janeiro. A informação foi confirmada pela assessoria da apresentadora e compartilhada por eles nas redes sociais. "Mãe e o filho caçula se encontram bem", informou a assessoria. Zyan veio ao mundo de parto normal. O bebê pesa 2,9 quilos e mede 48 cm. "Eu não consigo explicar em palavras a emoção que sinto ao segurar o Zyan em meus braços e não vejo a hora de apresentá-lo a seus irmãos que estão ansiosos para conhecê-lo", disse a apresentadora. Giovanna e Bruno já são pais de Titi, de 7 anos de idade, e Bless, de 5. Segundo a assessoria de Giovanna, "por conta da pandemia do Covid-19, ela não pode receber visitas na maternidade e tem como único acompanhante o marido, Bruno Gagliasso". "O Zyan é lindo e chega rodeado de amor. Ele é uma alegria para nós e para Chissomo e Blessings, que viram seu crescimento na barriga do Gio com a mesma ansiedade que a minha", comemora o pai. Giovanna Ewbank Reprodução/Instagram A primeira notícia sobre o nascimento de Zyan foi dada pelo ator Helio de la Peña. Nesta quarta-feira (8), ele assumiu as redes sociais de Bruno e fez uma série de lives. Em uma delas, enquanto conversava com Paloma Santos, o ator anunciou a chegada de Zyan ao mundo. "Êêêêê seja bem vindo Zyan! Durante nossa live pós lives, recebemos a notícia maravilhosa do nascimento de Zyan. Parabéns, Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso", escreveu Helio. Horas antes do parto, Giovanna fez uma série de stories no Instagram para falar sobre uma versão solidária do chá de bebê do filho. Nas imagens, a atriz, por diversas vezes, parece estar sentindo dor com os chutes do bebê e as cólicas. Em um dos vídeos, a atriz coloca as mãos na barriga e pede "calma". Horas antes de parto, Giovanna Ewbank mostra barriguinha e relata chutes de Zyan e cólica Giovanna e Bruno anunciaram que a família iria crescer em dezembro de 2019. "A família cresceu! Agora somos cinco! Fomos pegos de surpresa e a ficha ainda está caindo", escreveu a atriz em sua conta no Instagram.
- Publicado em Cultura
Globo ainda não tem definição sobre data para retomada de gravações de novelas
'A gente vem ajustando nossas previsões de acordo com um acompanhamento sistemático da evolução da pandemia no país', informa a comunicação da emissora. Cena da novela 'Amor de mãe', com Regina Casé, Thiago Martins e Nanda Costa Isabella Pinheiro/Gshow A Globo ainda não tem uma definição sobre a data de retomada das gravações das novelas. Em março, todas as filmagens foram paralisadas por causa da pandemia de coronavírus. A comunicação da emissora informou que está "trabalhando há meses com vários cenários, que nos apontam algumas possibilidades, mas sem condições ainda de definir datas". "A gente vem ajustando nossas previsões de acordo com um acompanhamento sistemático da evolução da pandemia no país." A emissora também informou que "durantes esses meses, fomos também nos adaptando à nova realidade e aprendendo outras formas de trabalhar." "Aliando o aprendizado adquirido com as nossas operações a inúmeros estudos de iniciativas adotadas por empresas de audiovisual de outros países, criamos um rigoroso Protocolo de Segurança para a retomada, com amplo e abrangente conjunto de medidas. Temos avançado aos poucos." Segundo a coluna da Patricia Kogut desta quinta (9), as gravações de "Amor de Mãe" podem ser retomadas em julho e os atores e equipe vão ficar isolados em hotel. Além disso, a novela de Manuela Dias deve ser encurtada e os capítulos serão adaptados à nova realidade. Adaptação no 'Encontro' e novos conteúdos Sobre esse avanço, ela cita o retorno do programa "Encontro" ao vivo, em estúdio e sem plateia, "com um formato diferente para atender as necessidades de segurança para a equipe". Outra adaptação à nova realidade é a gravação do programa "Diário de um Confinado" de forma remota. "Uma produção de dramaturgia gravada remotamente fora dos estúdios, com as equipes trabalhando de suas casas e com novas ferramentas desenvolvidas pela nossa tecnologia especialmente para esse período", explica. "Nas últimas semanas, temos compartilhado essas experiências e aprendizados e sobretudo o nosso Protocolo de Segurança com todas as equipes, para que todos conheçam, contribuam com as suas dúvidas e sugestões e se familiarizem com todas as medidas previstas para resguardar nossos profissionais, em todas as etapas de produção. E assim vamos avançando, até que o desdobramento da pandemia nos dê condições de confirmar próximos passos, datas e previsões", finaliza. 'A Força do Querer' vai ser reprisada? A Comunicação da Globo também informou não ter nenhuma confirmação sobre a entrada da reprise de "A Força do querer" para substituir "Fina Estampa" enquanto as gravações da novela "Amor de mãe" não são retomadas. "Não temos confirmações sobre essa ou qualquer outra reprise." A possibilidade do retorno da novela ao ar ganhou espaço nas redes sociais na última semana, animando fãs e elenco, incluindo Juliana Paes, protagonista da trama. "Criatura, você não brinque com meu coração! É sério? Rede Globo, me confirme! Nunca pedi nada", escreveu a atriz no Twitter. Globo amplia programação de jornalismo e exibir 'Fina estampa' no lugar de 'Amor de mãe'
- Publicado em Cultura
Maldição de ‘Glee’? Após desaparecimento de Naya Rivera, veja lista com outras tragédias e polêmicas da série
Programa musical também viu morte de dois atores, caso de violência doméstica envolvendo uma das estrelas e um ensaio fotográfico acusado de pedofilia. Naya Rivera em foto do último dia 18 de novembro Joshua Blanchard/Getty Images for Alliance of Moms/AFP O desaparecimento da atriz Naya Rivera, a Santana de "Glee", nesta quarta (8) é mais uma tragédia relacionada ao elenco do programa musical, sucesso entre 2009 e 2015. Veja, abaixo, essa e outras polêmicas envolvendo "Glee". Desaparecimento de Naya Rivera Atriz de 'Glee' Naya Rivera desaparece após passeio de barco em lago nos Estados Unidos Naya Rivera, de 33 anos, estrelou seis temporadas da série e é considerada desaparecida desde a noite desta quarta-feira (8). A americana sumiu após um passeio de barco no Lago Piru, na Califórnia. Equipes de resgate seguem à procura da atriz, informou a polícia local. Naya alugou um barco por volta das 13h, e saiu para navegar com o filho de quatro anos. Segundo o xerife do condado de Ventura, Eric Buschow, a atriz chegou a nadar no lago com o menino. Policiais encontraram o garoto dormindo no barco por volta das 17h e, de acordo com o site TMZ, ele informou para as autoridades que a mãe havia pulado na água, mas não voltou. Imediatamente, a equipe iniciou uma operação de buscas, que fez uma pausa durante a noite. Acusação de humilhações no set Samantha Marie Ware, da série 'Glee', diz que Lea Michele fez de sua estreia na TV 'um inferno' Reprodução/Instagram Samantha Marie Ware, conhecida por seu trabalho em "Glee", afirmou que Lea Michele fez de sua estreia na TV "um inferno". O desabafo de Samatha aconteceu em resposta a uma publicação de Lea sobre a morte do ex-segurança George Floyd, nos Estados Unidos. "George Floyd não merecia isso. Não foi um incidente isolado e isso deve acabar", escreveu Lea. Em resposta a publicação de Lea no Twitter, Samantha escreveu: "Rindo muito! Você se lembra de quando fez do meu primeiro trabalho na TV um inferno? Porque eu nunca vou esquecer. Acho que você disse para todo mundo que, se tivesse a oportunidade, 'cagaria na minha peruca’, entre outras pequenas agressões traumáticas que me fizeram me questionar sobre a carreira em Hollywood". Morte de ator e acusação de pornografia infantil Mark Salling em cena de divulgação de 'Glee' Divulgação O ator Mark Salling, o Noah "Puck" Puckerman da série "Glee", morreu em 2018. A descoberta do corpo de Salling pendurado em uma árvore perto do rio Los Angeles, em Sunland, aconteceu meses depois de o ator ter se declarado culpado pela posse de imagens de pornografia infantil. Ele chegou a ser preso em dezembro de 2015 após a polícia local encontrar centenas de registros "de menores de idade em condutas sexuais explícitas". Mas em outubro de 2017, conseguiu um acordo com o promotor para ser sentenciado a até sete anos de prisão, escapando de uma sentença que poderia chegar a 20 anos de reclusão. Em 2013, Mark Salling também foi acusado de agressão sexual por uma ex-namorada. Ela disse que o ator teve relação sexual com ela sem proteção, apesar dos pedidos para o uso de camisinha. Overdose do protagonista Cory Monteith e Lea Michele participam do 12º Balie Chrysalis Butterfly em 8 de junho de 2013, em Los Angeles, Califórnia AFP Em julho de 2013, o ator Cory Monteith, que fazia o galã Finn Hudson em "Glee", foi encontrado morto aos 31 anos em um hotel de Vancouver, no Canadá. As autoridades confirmaram que o protagonista da série morreu após injetar heroína e beber champanhe. Monteith era um dos personagens principais de "Glee" e par romântico na série (e na vida real) da atriz Lea Michele. Morte misteriosa Foto publicada em 13 de junho no Instagram da atriz de 'Glee' Becca Tobin, ao lado do namorado Matt Bendik, encontrado morto em hotel em Filadélfia Reprodução/Instagram/becbecbobec Cerca de um ano depois da morte de Cory Monteith, o namorado da atriz Becca Tobin, a Kitty de "Glee", foi encontrado morto em um hotel na Filadélfia (EUA). Na época, a investigação sobre a circunstância da morte do executivo Matt Bendik, de 35 anos, foi inconclusiva. Nenhuma droga, medicação ou arma foi encontrada em seu quarto, e o motivo do falecimento nunca foi esclarecido. Segundo o tabloide britânico "Daily mail", familiares de Bendik acreditam que ele tenha sofrido um ataque cardíaco devido a estresse. Violência doméstica Casal Ryan Dorsey e Naya Rivera no Golden Globes de 2015 Reprodução/Facebook Em novembro de 2017, a atriz Naya Rivera foi presa e acusada de agredir seu marido Ryan Dorsey. Em um vídeo divulgado na época por uma TV local, Rivera aparece algemada e vestida com um capuz e uma calça de moletom enquanto é questionada sobre o caso. Ela pagou uma fiança de US$ 1 mil e foi liberada. De acordo com reportagem da emissora WSAZ, Dorsey diz em sua acusação que foi atingido na cabeça e no lábio inferior enquanto levava os filhos para uma caminhada. Ele também teria dado à polícia um vídeo onde mostra que foi agredido. Acusação de pedofilia Lea Michele disse que não sabe como Terry Richardson os 'convenceram a fazer metade das coisas' Divulgação Era 2010, no boom de "Glee", um ensaio fotográfico para a revista "GQ" com os atores Cory Monteith, Lea Michele e Dianna Agron foi acusado de "beirar a pedofilia" por um conselho de pais que discute a programação da televisão americana. As imagens feitas pelo polêmico fotógrafo Terry Richardson, ainda investigado por denúncias de abusos sexuais, mostram Michele e Agron vestidas sensualmente, de minissaias ou apenas de calcinha. Na época, o Parents Television Council disse que era "inquietante que a 'GQ', que é uma revista explicitamente escrita para adultos, mostre fotos desse tipo de atrizes que interpretam estudantes em 'Glee'. Beira à pedofilia". Na época, Dianna Agron e Lea Michele tinham 24 anos, enquanto Monteith tinha 28. Morre ator Mark Salling, o Puck, de "Glee", aos 35 anos
- Publicado em Cultura
Banda punk Mercenárias, sucesso na cena indie dos anos 1980, ganha biografia em 2021
Trajetória transgressora do feminino quarteto paulistano é contada em narrativa concentrada no período 1982-1988. ♪ Em 1986, quando o grupo Titãs cresceu aos olhos do público e da crítica com Cabeça dinossauro, álbum de virulência punk, outra banda paulistana lançou álbum igualmente cheio de som e fúria punk com músicas que também alvejavam instituições sociais como a igreja e a polícia. Formada em 1982, essa banda era as Mercenárias, cuja formação clássica incluiu Rosália Munhoz (voz), Ana Maria Machado (guitarra e vocal), Sandra Coutinho (baixo) e Lou (bateria), sendo que o guitarrista Edgard Scandurra também integrou o grupo como baterista até ser substituído por Lou. Cadê as armas? era o título daquele disco punk lançado pelo selo indie Baratos Afins. Essa trajetória transgressora – encerrada em 1988 com a demissão das Mercenárias pela EMI-Odeon, gravadora pela qual a banda feminina lançou o segundo e último álbum, Trashland (1987) – será contada pelo jornalista paulistano Lucas Lima em biografia prevista para ser editada em 2021. Reativada nos anos 2000, a banda Mercenárias está em cena atualmente como power trio formado pela baixista-fundadora Sandra Coutinho com a baterista Michelle Abu e a guitarrista Marianne Crestani. Contudo, a narrativa encadeada por Lucas Lima no livro intitulado Somos sucesso – A biografia das Mercenárias está concentrada no período que vai de 1982 a 1988, partindo de 1977, ano em que integrantes da banda se conheceram em invasão em faculdade da cidade de São Paulo (SP) para fins políticos. A propósito, a biografia é resultado da expansão do texto apresentado pelo autor do livro em dezembro de 2019 como trabalho de conclusão de curso universitário. A pesquisa para a redação desse texto biográfico começou em 2018 e incluiu entrevistas com ex-integrantes da banda e com testemunhas oculares da história das Mercenárias. Cada capítulo do livro será aberto com ilustração de Paloma Miguel. Fotos da época áurea da banda também estarão nas páginas da biografia em que Lucas Lima pretende mostrar que, dentro do circuito alternativo do rock brasileiros dos anos 1980, as Mercenárias foram sucesso.
- Publicado em Cultura
Dinho Ouro Preto diz que precisou de sessões de fono para recuperar a voz após Covid-19
Em entrevista ao programa 'Encontro', cantor falou sobre os sintomas da doença e seu processo de recuperação. Dinho Ouro Preto diz que precisou de sessões de fono para recuperar a voz após Covid-19 Reprodução/Instagram Dinho Ouro Preto afirmou, durante entrevista ao programa "Encontro", que precisou passar por sessões de fonoaudiologia para recuperar a voz após a Covid-19. O cantor foi diagnosticado com a doença em março. Na época, relatou sentir "dor no corpo, febre e náusea". "Estou bem, já faz alguns meses", declarou Dinho nesta quinta-feira (9). "Num primeiro momento, tive algumas dificuldades ligadas à respiração. Tentei correr, por exemplo, e quase tive um troço. Tenho a impressão que a recuperação do pulmão foi um pouco mais demorada do que eu antecipava. Na verdade, durou duas semanas, fiquei com problemas nas cordas vocais, tive dificuldade de cantar. Cheguei a fazer umas sessões de fono para recuperar a minha voz". Dinho também afirmou que ainda não conseguiu voltar ao ritmo de corrida que tinha antes da doença. "Quanto à minha capacidade atlética, eu tinha o hábito de correr antes de contrair o vírus. Eu corria diariamente. Eu ainda não voltei à forma que eu estava antes." Apesar disso, o cantor diz que está tudo bem e considera que teve a versão moderada do vírus. "Não tive versão assintomática, não tive sequer uma versão leve. Acho que tive uma versão mediana. Tive 15 dias de febre, dificuldade de respirar no final. Mas me recuperei sem ser necessária a hospitalização. E o único remédio que tomei foi contra febre." Dinho ainda relembrou que, nos últimos anos, também superou os diagnósticos de dengue e gripe suína, além de se recuperar de uma queda de um palco de três metros de altura e uma infecção hospitalar que adquiriu durante a internação após o acidente. "Essa segunda coisa que acontece acabou sendo muito mais grave do que a queda em si. Aquele treco quase me mata", recordou o cantor. Saiba quais famosos já se curaram da Covid-19
- Publicado em Cultura
Halle Berry pede desculpas por cogitar papel de transgênero em filme
Atriz foi criticada por pessoas que defendem que tais papeis devem ser interpretados por artistas transgêneros, que têm pouco espaço no cinema. Halle Berry em cena de 'Kingsman: O Círculo Dourado' Divulgação A atriz ganhadora do Oscar Halle Berry divulgou um pedido de desculpas nesta segunda-feira (6) por cogitar aceitar o papel de um personagem transgênero em um filme não identificado. Ela foi alvo de críticas apontando que tais papeis devem caber a artistas transgêneros, que têm pouco espaço no cinema. Recuando de sua posição, ela disse no Twitter que cometeu um erro ao analisar o papel em potencial, que mencionou pela primeira vez na semana passada durante uma entrevista ao vivo no Instagram. Initial plugin text "A comunidade transgênero deveria, sem dúvida, ter a oportunidade de contar suas próprias histórias", escreveu ela na segunda-feira. O debate em que se questiona se atores não-LGBT+ deveriam interpretar personagens LGBT+ se intensificou, e alguns ativistas e artistas dizem que homossexuais e transgêneros, há tempos rejeitados pela indústria, deveriam receber tais papeis. "Eu poderia entender se isso fosse dez anos atrás, porque atores trans dignos de nota eram super raros. Mas hoje há atores trans que podem fazer o papel", escreveu um usuário do Twitter. Outro tuitou: "Deixem transgêneros interpretarem papeis de transgêneros. Simples assim. Sem desculpas". Em 2018, Scarlett Johansson também desistiu de um filme após ser criticada porque assumiria o papel de um personagem transgênero. Grupos de defesa dos LGBT+ aplaudiram o pedido de desculpas de Berry e incentivaram outros a seguirem seu exemplo. Mas há quem postule a visão mais tradicional de que, como artistas, atores deveriam poder interpretar qualquer papel e não se limitar às suas experiências pessoais e sua identidade.
- Publicado em Cultura
Vida da cantora argentina Mercedes Sosa inspira nova série
Minissérie argentina com 13 episódios tem estreia prevista para 2021. Mercedes Sosa em Buenos Aires em foto tirada em maio de 2000 Enrique Marcarian/Reuters A vida da cantora argentina Mercedes Sosa, cuja voz potente comoveu gerações de fãs da América Latina, chegará à televisão graças a uma minissérie de 13 episódios que percorrerá sua história de superação pessoal e de sucesso. A produtora audiovisual argentina Cinema 7 Films iniciou o desenvolvimento de "Mercedes Sosa – A Série", que conta com o apoio da família e da fundação que leva o nome da artista que morreu em 2009. "Enche-nos de orgulho e alegria poder levar à tela a vida de nossa avó Mercedes, uma mulher que superou todo tipo de dificuldades, convertendo-se em um símbolo de luta e em uma das vozes mais importantes de toda a América Latina", disseram Araceli e Agustín Matus, netos da cantora, em um comunicado da produtora, cuja série estreará em 2021. Mercedes Sosa, conhecida popularmente como La Negra, nasceu na pobreza, sofreu perseguição política e até uma depressão que quase a levou à morte. Mas ela conseguiu se transformar em uma das artistas mais reconhecidas do continente, conquistando a admiração de figuras como Pavarotti, Sting e Caetano Veloso. "Queremos retratá-la tal como era, com suas virtudes e suas tribulações, uma heroína de carne e osso. Não temos dúvidas de que o grande público se surpreenderá com esta série, principalmente o mais jovem", disse Rodrigo H. Vila, diretor, produtor e sócio fundador da Cinema 7 Films. A produtora já havia filmado o documentário "Mercedes Sosa, la voz de Latinoamérica" (2013), que abordava o legado da artista, mas agora se dedicará a uma reconstrução de sua vida.
- Publicado em Cultura
‘Faz Parte do Meu Show’ é música de Cazuza mais votada em enquete do G1
'O Tempo Não Pára' e 'Codinome Beija-Flor' também foram bem votadas na enquete feita nesta terça (7), dia em que o cantor morreu há 30 anos. Relembre hits. O cantor e compositor Cazuza Capa do álbum 'Cazuza', de 1985 A música "Faz Parte do meu Show", de Cazuza, foi a mais votada em enquete do G1 desta terça (7), dia que marca os 30 anos da morte do cantor. "O Tempo Não Pára" e "Codinome Beija-Flor" aparecem em segundo e terceiro lugar, respectivamente. "Exagerado", "Ideologia" e "Brasil" também foram hits bem votados pelos leitores. MAURO FERREIRA: Cazuza, morto há 30 anos, permanece vivo na atualidade de obra corrosiva Cazuza esteve à frente do Barão Vermelho entre 1982 e 1985 e depois seguiu em carreira solo, com discos marcantes como "Exagerado", "O Tempo não Para" e "Ideologia". Relembre a vida e obra de Cazuza Veja resultado da enquete e relembre hits de Cazuza: 'Faz Parte do Meu Show' – 19,1 % 'O Tempo Não Pára' – 16,4 % 'Codinome Beija-Flor' – 14,1 % 'Exagerado' – 9,2 % 'Ideologia' – 5,5 % 'Brasil' – 5,4 % 'Bete Balanço' – 4,7% 'Eu Preciso Dizer que Te Amo' – 4,5% 'Todo o Amor que Houver nessa Vida' – 3,9% 'Blues da Piedade' – 3,5%
- Publicado em Cultura
Discos para descobrir em casa – ‘Dolores Duran canta para você dançar…’, Dolores Duran, 1957
Capa do álbum 'Dolores Duran canta para você dançar…', de Dolores Duran Reprodução ♪ DISCOS PARA DESCOBRIR EM CASA – Dolores Duran canta para você dançar…, Dolores Duran, 1957 ♪ Celebrada postumamente pelo inspirado cancioneiro autoral que abriu alas nos anos 1950 para impor a expressão artística da mulher na arte da composição, ofício então de dominante produção masculina, Dolores Duran foi também cantora. Foi como crooner de boates que a carioca Adiléia Silva da Rocha (7 de junho de 1930 – 24 de outubro de 1959) despontou primeiramente na música e na efervescente noite da cidade natal do Rio de Janeiro (RJ) dos anos 1950. Mesmo sem ter sido cantora de multidões como Angela Maria (1929 – 2018) e Dalva de Oliveira (1917 – 1972), estrelas contemporâneas da era do rádio, Dolores obteve o respeito dos colegas como crooner poliglota de voz atraente e, por ter vivido somente 29 anos, saiu precocemente de cena, no auge, sem ter recebido em vida as flores pelo cancioneiro delicado, sensível, por vezes dolente, sempre refinado. Segundo dos quatro álbuns lançados pela artista entre 1955 e 1959, Dolores Duran canta para você dançar… reiterou o talento da crooner ao ser posto no mercado em 1957 com o selo da Copacabana, gravadora na qual a cantora registrou toda a obra, composta por 75 fonogramas produzidos entre 1951 e 1959. Gravado com arranjos de Severino Filho (1928 – 2016), integrante do conjunto vocal Os Cariocas, Dolores Duran canta para você dançar…. foi disco de intérprete em que a cantora deu voz afinada e macia a uma espécie de playlist com sucessos cantados nas boates, clubes, festas e programas de rádio da época – como foi enfatizado pelo autor anônimo do texto escrito para a contracapa do álbum. Esse texto trazia a informação de que se tratava do terceiro LP da cantora porque, no ano anterior, a gravadora Copacabana lançara nesse novo formato uma compilação, Dolores Duran (1956), com gravações feitas pela artista para singles de 78 rotações por minuto. A rigor, o disco Dolores Duran canta para você dançar… foi o segundo LP com gravações inéditas da cantora, já que a artista lançara até então somente um álbum com fonogramas inéditos, Dolores viaja, editado em 1955, ano em que os LPs de dez polegadas começaram a se popularizar no mercado fonográfico brasileiro. Foi nesse segundo álbum que a autora da sublime canção A noite do meu bem (1959), derradeiro sucesso da compositora, gravou pela primeira vez uma música de lavra própria. E que música! Segunda das 14 músicas na disposição das faixas no LP, o samba-canção Por causa de você (1957) tinha a letra feita por Dolores em criação que se tornaria cercada de lendas, como a de que Dolores teria escrito a letra a batom, em alguns poucos minutos, assim que ouviu a música do parceiro Antonio Carlos Jobim (1927 – 1994). E que teria implorado a Vinicius de Moraes (1913 – 1980), letrista preferencial de Tom desde 1956, a oportunidade de ser a coautora de Por causa de você, cuja melodia seria destinada aos versos do poeta. Embora sedutora, a história é inverossímil. Até porque, em 1955, Dolores já se iniciara na arte da composição tendo como parceiro o mesmo Jobim na criação da música Se é por falta de adeus. Lenda à parte, o que ninguém conseguiu jamais contestar foi a fina sintonia entre a música e a letra de Por causa de você, faixa que, no repertório poliglota deste álbum de 1957, se alinhou com o tom lacrimoso de outra música, Quem foi (Nestor de Holanda e Jorge Tavares, 1947), gravada em andamento de samba-canção, gênero então dominante nas boates, em supremacia ameaçada pelo reinado dos boleros no Brasil dos anos dourados. Nesse gênero, o samba-canção, Dolores rebobinou grande sucesso recente – Conceição (Dunga e Jair Amorim, 1956), blockbuster lançado no ano anterior na voz de Cauby Peixoto (1931 – 2016) – sem carregar no melodrama típico do ritmo. No reino do bolero, Dolores viajou na moldura mexicana do arranjo do bolero Que murmuren (Rafael Cárdenas e Rubén Fuentes), devidamente cantado em espanhol, idioma de outro bolero do disco, Mi último fracasso (Alfredo Gil). Aberto com a pitoresca gravação em ritmo de baião do sucesso italiano Scapricciatiello (Ferdinando Albano e Pacífico Vento), cantado pela crooner no idioma napolitano, o álbum Dolores Duran canta para você dançar… deu quase uma volta ao mundo nos 36 minutos em que a artista interpretou 14 músicas. Intérprete poliglota, a cantora mostrou fluência tanto no canto em italiano da música Oho aha (Heinz Gietz e Kurt Feltz) quanto no inglês romântico de Only you (Ande Rand e Buck Ram, 1955), sucesso do grupo norte-americano de doo-wop The Platters que Dolores gravou com toda a ternura da balada. Em bom português, a cantora também caiu com fluência e espirituosidade na cadência dos sambas Coisas de mulher (Francisco Nepomuceno de Oliveira, o Chico, e Baiano, 1956) – lançado no ano anterior pelo conjunto Titulares do Ritmo – e Feiura não é nada (1957). Feiura não é nada era um dos três temas então inéditos de Billy Blanco (1924 – 2011), compositor recorrente na discografia de Dolores. De Blanco, a cantora também gravou mais três sambas-crônicas – Camelô (1957), Estatuto de boite (1956) e Se papai fosse eleito (1957) – neste álbum de 1957. Camelô vendeu ideologia social em meio a um repertório predominantemente dançante. Já Estatuto de boite fechou o disco em grande estilo, com gravação exemplar que evidenciou a leveza e o senso rítmico do canto de Dolores Duran. Por mais que a rota da viagem musical da cantora poliglota tenha incluído algumas escalas exóticas, como a gravação em ritmo de rumba da canção francesa Viéns (Charles Aznavour e Gilbert Bécaud, 1953), o álbum Dolores Duran canta para você dançar… se configurou como retrato fiel ao espírito musical da época em que a crooner brilhou na noite carioca dos anos dourados. Se não tivesse partido tão cedo, vítima de anomalia congênita no coração, Dolores Duran certamente teria sido aclamada em vida como a compositora relevante que foi, em pioneirismo dividido com a contemporânea Maysa (1936 – 1977), e teria gravado álbuns mais autorais, condizentes com a sofisticação e a ternura de cancioneiro que sobreviveu ileso aos efeitos do tempo.
- Publicado em Cultura