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Johnny Depp acusa ex-mulher de mentir em ação por difamação contra jornal britânico

terça-feira, 07 julho 2020 por Administrador

Matéria do 'The Sun' de 2018 chamava o ator de 'espancador de esposa', mas ele nega acusação. Amber Heard também compareceu ao tribunal nesta terça. Johnny Deep posa em frente a um tribunal de Londres nesta terça-feira (7) Reuters/Peter Nicholls O ator Johnny Depp acusou sua ex-mulher, a atriz Amber Heard, de mentir sobre ter sido agredida por ele ao comparecer a um tribunal de Londres nesta terça-feira (7) para uma ação legal contra um jornal tabloide britânico. A estrela da série de filmes "Piratas do Caribe" está processando a editora do The Sun, News Group Newspapers, e o editor-executivo, Dan Wootton, por difamação sobre um artigo que Wootton escreveu em abril de 2018 que o chamava de "espancador de esposa". Advogados do tabloide britânico falaram que demonstrariam que a declaração era precisa e que a memória do ator pode ter sido afetada pelo uso excessivo de drogas. Depp foi ao tribunal vestindo um terno escuro e óculos e falou em um tom claro durante a sessão. Heard chegou com um lenço vermelho amarrado em volta do rosto e não tinha dado a sua versão dos fatos até a publicação desta reportagem nesta terça. Amber Heard, ex-mulher de Johnny Depp, também compareceu ao tribunal nesta terça-feira (7) Reuters/Toby Melville "Para evitar qualquer dúvida, nunca maltratei a senhora Heard ou, de fato, qualquer outra mulher na minha vida", disse Depp em uma declaração como testemunha. O advogado de Depp, David Sherborne, afirmou em uma nota de abertura à Suprema Corte de Londres que Heard divulgou alegações de abuso pela primeira vez em maio de 2016, quando obteve uma ordem de restrição contra Depp e parecia ter hematomas no rosto causados ​​por um incidente seis dias antes. "Existe um conjunto substancial de evidências que demonstra claramente que essa foi uma mentira fabricada pela senhora Heard e por seus amigos", disse Sherborne. Em documentos submetidos ao tribunal, a equipe de Depp também disse que Heard iniciou um caso com o executivo-chefe da Tesla, Elon Musk, no início de 2015, logo após o casamento, e teve ao menos um relacionamento extraconjugal com seus colegas de elenco, citando James Franco.

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Editoras condenam fala racista de David Starkey e afirmam que não publicarão mais livros do historiador

segunda-feira, 06 julho 2020 por Administrador

Em recente entrevista, historiador declarou que 'a escravidão não foi genocídio, caso contrário não haveria tantos negros na África ou na Grã-Bretanha'. David Starkey durante entrevista para Darren Grimes no YouTube Reprodução/YouTube A HarperCollins, responsável por publicar obras de David Starkey, condenou as recentes falas racistas do historiador e anunciou que não vai publicar mais seus livros. Na terça-feira (30), em entrevista para Darren Grimes em seu canal no YouTube, Starkey afirmou que "a escravidão não foi genocídio, caso contrário não haveria tantos negros na África ou na Grã-Bretanha. Você sabe, muitos deles sobreviveram". Starkey ainda caracterizou os protestos da Black Lives Matter, após a morte de George Floyd, como "violência" e "vitimização". Em comunicado, a HarperCollins afirmou que as declarações de Starkey eram "abomináveis". "As opiniões expressas por David Starkey em sua recente entrevista são abomináveis e nós as condenamos sem reservas. Nosso último livro com o autor foi em 2010 e não publicaremos mais livros com ele", afirmou a editora. Starkey assinou em 2006 um contrato com a editora para o lançamento de quatro livros. Havia previsão de lançamento para da segunda parte de sua biografia em setembro. Initial plugin text Um representante da Hodder & Stoughton, que publicou em 2015 o livro de Starkey “Magna Carta: The Medieval Roots of Modern Politics”, também declarou ao The Guardian que não publicaria mais as obras do historiador. "Condenamos sem reserva o racismo de qualquer forma. Publicamos um livro de David Starkey em 2015 como um projeto que marcara o 800º aniversário da Magna Carta, coincidindo com um documentário de TV. Não publicaremos mais qualquer outro de seus livros." Nesta sexta-feira (3), após as críticas, David Starkey renunciou a sua posição de membro honorário na Fitzwilliam College, na Cambridge University. A Universidade aceitou a renúncia com efeito imediato e afirmou: "Nosso corpo acadêmico e estudantes é diverso e todos são bem vindos. Não toleramos racismo". A instituição ainda declarou que "os membros honorários têm a mesma responsabilidade que todos os membros de nossa faculdade em defender nossos valores".

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Filme de Michael Bay sobre coronavírus tem produção ‘vetada’ por Federação Americana de Artistas

segunda-feira, 06 julho 2020 por Administrador

Segundo entidade, produtores 'não foram transparentes' sobre protocolos de segurança adotados. Demi Moore e Craig Robinson estão no elenco. O diretor Michael Bay no Copacabana Palace Célio Silva O filme "Songbird", do diretor americano Michael Bay sobre a pandemia do novo coronavírus, teve sua produção "vetada" pela Federação Americana de Artistas de Televisão e Rádio nesta quinta (2). De acordo com a entidade, "os produtores não foram transparentes sobre seus protocolos de segurança". O Sindicato também diz que os produtores não se tornaram signatários do acordo sobre a volta das filmagens. A equipe do filme esperava começar a produção agora, já que, desde o dia 12 de junho, trabalhos de filmagens estão permitidos em Hollywood, mas sob regras sanitárias e de segurança. Dentre elas, estão o uso obrigatório de máscara, equipe reduzida e essencial nos sets, redução de cenas com contato físico, testagem da equipe e limpeza constante das mãos. Bay ("Transformers") assina a produção do longa. A direção é de Adam Mason, que co-escreveu o roteiro com Simon Boyes. No elenco, estão Demi Moore ("Ghost"), Craig Robinson ("The Office"), Paul Walter Hauser ("Infiltrado na Klan") e Peter Stormare ("Fargo"). Segundo a sinopse inicial do filme, ele abordará um mundo pós-pandemia. "Um vírus ainda mais sério continua a sofrer mutação", diz o texto.

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‘kidding’: uma série fofa, absurda, original e imperdível

segunda-feira, 06 julho 2020 por Administrador

Jim Carrey em cena de 'Kidding' Divulgação A chegada de "Kidding" por aqui é uma das coisas mais legais deste ano bosta de 2020. A série, criada por Dave Holstein, estreou em 2018, é verdade – mas aí o Globoplay já trouxe logo a primeira e a segunda temporadas juntas, então a gente total perdoa a demora. Porque "Kidding" é uma série fofa, querida, que dá um quentinho no coração, mas também é sarcástica, esperta, engraçada, inesperada. E um pouco triste. É meio absurda (alguns personagens são fantoches, por exemplo, e tem um episódio que é basicamente um musical infantil). E é, sem dúvida, uma das séries mais originais que eu vejo nos últimos anos. O protagonista, vivido por Jim Carey (que está excelente com seu cabelinho chanel, é preciso dizer), é basicamente o homem mais bonzinho do mundo. Ele é Jeff – ou Mr. Pickles, como é conhecido -, um apresentador infantil amado por crianças de várias gerações que encara esse trabalho como uma missão de vida. Seu programa tem franquias em dezenas de países, centenas de produtos licenciados, e ainda assim ele vive uma vida sem luxos, sem nenhum comportamento de estrela, e parece amar sinceramente todas as crianças do mundo. Às vezes parece um idiota, quase sempre é um gênio. Parks and Recreation, Homecoming, Ozark, Upload e mais séries boas pra ver agora Mais séries otimas? Tem aqui Quando a série começa, Jeff está enfrentando o luto pela morte do filho, um ano atrás, lidando (mal) com o fim de seu casamento e a revolta adolescente de seu outro filho (que é gêmeo idêntico do irmão que morreu). Está tentando convencer seu pai, diretor de sua atração e CEO das organizações Pickles e, portanto, seu chefe, de que é preciso falar sobre morte para as crianças no programa, do qual participa ainda sua irmã, Didi (Catherine Keener), criadora dos fantoches e mãe de uma família bem disfuncional. A série trata de luto, perda, dramas familiares e faz tudo isso com delicadeza e ironia, às vezes beirando a maluquice total – especialmente na segunda temporada, que começa esquisita, fica hilária e termina com a gente abraçando a TV em lágrimas. Que também são de alegria. Porque (e desculpe se aqui eu fico piegas como o Mr. Pickles) encontrar uma série assim é um privilégio e uma sensação boa demais. Então: não deixe de ver. A vida já está muito difícil pra gente deixar passar uma joia como “Kidding”. * Ah, mesmo que você esteja fazendo uma maratona, nunca aperte a opção "pular a abertura": a abertura dessa série dura tipo 10 segundos, é diferente a cada episódio e sempre genial. * Ah2: vários episódios da série são dirigidos por Michel Gondry, de “Brilho eterno de uma mente sem lembranças”.

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Leonardo Villar, ator de ‘O pagador de promessas’ e ‘Passione’, morre aos 96 anos

segunda-feira, 06 julho 2020 por Administrador

Com extensa carreira no teatro, na televisão e no cinema, Villar foi protagonista do filme dirigido por Anselmo Duarte que ganhou a Palma de Ouro no Festival de Cannes. Aracy Balabanian e Leonardo Villar em 'Passione', de 2010 TV Globo/Renato Rocha Miranda Leonardo Villar, ator de 96 anos, morreu na manhã desta sexta-feira (3) em São Paulo, vítima de uma parada cardíaca. A informação foi confirmada ao G1 por familiares dele. Morre o ator Leonardo Villar, protagonista de ‘O pagador de promessas’ Ele foi internado na UTI na quinta-feira (2), depois de não se sentir bem na noite anterior. O corpo do ator será cremado, conforme desejo dele, e não haverá velório, por conta da pandemia da Covid-19. FOTOS: A carreira de Leonardo Villar Nascido em Piracicaba, no interior de São Paulo, em 1923, ele ganhou notoriedade ao interpretar o personagem Zé do Burro, protagonista do filme "O Pagador de Promessas" (1962). Dirigido por Anselmo Duarte e indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 1963, o filme foi também vencedor da Palma de Ouro no Festival de Cannes. Antes de ir para o cinema, o texto de Dias Gomes foi interpretado no teatro e Villar já era o Zé do Burro. Leonardo Villar e Glória Menezes no filme 'O pagador de promessas', de 1962 Reprodução Com o nome de batismo de Leonildo Motta, Leonardo Villar foi aluno da Escola de Arte Dramática (EAD) da USP, onde se formou na turma de 1948. Villar trabalhou no Teatro Brasileiro de Comédia (TBC) durante oito anos e estreou como ator profissional sendo dirigido por Bibi Ferreira na Companhia Dramática Nacional (CDN) com a peça "A Raposa e as Uvas". Logo no começo da carreira continuou trabalhando com grandes nomes do teatro como o diretor Sérgio Cardoso em "Canção Dentro do Pão". Ele também participou de "A Falecida”, de Nelson Rodrigues. Leonardo Villar e Lima Duarte em 'Os Ossos do Barão', de 1973 Acervo/TV Globo Na televisão, Leonardo Villar fez mais de trinta novelas, como "Estúpido Cupido" (1976), "Barriga de Aluguel" (1990) , "Amazônia" (1991), "Laços de Família" (2000). O último trabalho na TV Globo foi na novela "Passione" (2010). Ao longo da carreira, Villar também participou de filmes marcantes como "Lampião e o Rei do Cangaço" (1964), "A hora e a vez de Augusto Matraga" (1965), "Ação entre Amigos" (1988), "Brava Gente Brasileira" (2000) e "Chega de Saudade" (2008). Leonardo Villar e Tônia Carrero no filme 'Chega de Saudade', de 2007 Reprodução

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Leonardo Villar: FOTOS da carreira

segunda-feira, 06 julho 2020 por Administrador

Ator de novelas e filmes como 'O Pagador de Promessas' morreu aos 96 anos. Leonardo Villar e Glória Menezes no filme 'O pagador de promessas', de 1962 Reprodução Leonardo Villar e Aracy Balabanian em 'Passione', de 2010 Divulgação/TV Globo Leonardo Villar e Lima Duarte em 'Os Ossos do Barão', de 1973 Acervo/TV Globo Leonardo Villar e Lidia Brondi em 'O grito', de 1975 Acervo/TV Globo Vanda Lacerda e Leonardo Villar em 'Uma Rosa Com Amor' (1972) Divulgação Leonardo Villar no filme 'O pagador de promessas', de 1962 Reprodução Rosana Garcia, Rosamaria Murtinho e Leonardo Villar em 'O Primeiro Amor', de 1972 Acervo/TV Globo Leonardo Villar e Maria Della Costa na novela 'Estúpido Cupido', de 1976 Acervo/TV Globo Leonardo Villar em 'A hora e a vez de Augusto Matraga', de 1965 Reprodução Elenco e o diretor Luiz Henrique Rios reunidos para cumprimentar Brígida (Cleyde Yáconis) TV Globo / Alex Carvalho O ator Leonardo Villar recebe o Troféu Saci das mãos de Araçari de Oliveira pelo seu papel no filme 'O Pagador de Promessas'. Foto de junho de 1963 Estadão Conteúdo/Arquivo O ator Leonardo Villar é visto durante ensaio da peça 'O Pagador de Promessas', do autor Dias Gomes, no Teatro Brasileiro de Comédia (TBC). Foto de julho de 1960 Estadão Conteúdo/Arquivo Leonardo Villar durante ensaios no Teatro Brasileiro de Comédia (TBC). Foto de março de 1962 Estadão Conteúdo/Arquivo Leonardo Villar e Tônia Carrero no filme 'Chega de Saudade', de 2007 Reprodução Elias Gleizer, Cleyde Yáconis e Leonardo Villar em 'Passione', de 2010 Divulgação/TV Globo Aracy Balabanian e Leonardo Villar em 'Passione', de 2010 TV Globo/Renato Rocha Miranda

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Lives de hoje: Maiara e Maraisa, Péricles, Lexa, festival com Bruno e Marrone e mais shows

segunda-feira, 06 julho 2020 por Administrador

Elza Soares, Skank, Xande de Pilares, Pixote e festival com Ludmilla e Pocah também estão na programação deste sábado (4). Veja horários. Maiara e Maraisa, Péricles, Lexa, festival com Bruno e Marrone estão entre as lives deste sábado (4) Divulgação Maiara e Maraisa, Péricles, Elza Soares e Pixote fazem lives neste sábado (4). Já Bruno e Marrone, Leonardo, Os Parazim e Edson e Hudson participam do festival BBQ Mix em casa a partir das 16h. Veja a lista completa com horários das lives abaixo. O G1 já fez um intensivão no começo da onda de lives, constatou o renascimento do pagode nas transmissões on-line, mostrou também a queda de audiência do fenômeno e a polêmica na cobrança de direito autoral nas lives. Grupo Clareou – 15h – Link Leonardo, Bruno e Marrone, Os Parazim, Edson e Hudson – BBQ Mix em Casa – 16h – Link Dubdogz – 16h – Link Skank – 16h30 – Link Make U Sweat – 17h30 – Link Lexa – 18h – Link Ludmilla, Pocah, Ava Max, Jessy & Joy e outros artistas (Warner Pride) – 18h – Link Péricles – 18h – Link Xande de Pilares – 18h – Link Elza Soares com participação de Flávio Renegado (Em Casa com Sesc) – 19h – Link Avine Vinny – 20h – Link Pixote – 20h – Link Maiara e Maraisa – 21h30 – Link Teresa Cristina – 22h – Link As cenas de 'lives' da quarentena que já estão na história do entretenimento brasileiro

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Discos para descobrir em casa – ‘Avenida das desilusões’, Leo Jaime, 1989

segunda-feira, 06 julho 2020 por Administrador

Capa do álbum 'Avenida das desilusões', de Leo Jaime Reprodução ♪ DISCOS PARA DESCOBRIR EM CASA – Avenida das desilusões, Leo Jaime, 1989 ♪ O título do quinto álbum de Leo Jaime, Avenida das desilusões, já traduziu o desencanto que começava a abater o rock brasileiro projetado no Brasil ao longo dos anos 1980. Após a euforia juvenil dos dias de lutas e glórias, as vendas de discos já começavam a minguar, assim como os hits radiofônicos, em crise que seria aprofundada na primeira metade dos anos 1990, década em que houve uma troca de guarda na geração pop nacional. Goiano nascido em 23 de abril de 1960 na interiorana cidade de Anápolis (GO), Leonardo Jaime fez desde o início parte da história do rock brasileiro dos anos 1980 e poderia ter mudado o curso dessa história se tivesse aceitado o convite para ser o vocalista do banda Barão Vermelho, posto que, por indicação de Leo, acabou sendo de Cazuza (1958 – 1990), de quem se tornara amigo nas andanças pela cidade do Rio de Janeiro (RJ). Artista multimídia, hábil na conciliação de trabalhos musicais com aparições na TV e no teatro, Leo Jaime entrou em cena no elenco do musical Os saltimbancos (1977 / 1978), mas somente encontrou a própria turma no alvorecer dos anos 1980 como integrante de João Penca e seus Miquinhos Amestrados, grupo carioca que combinava humor e rockabilly. Seduzido em 1983 por contrato com a gravadora CBS para iniciar carreira solo, Leo preferiu deixar de ser um miquinho e saiu do grupo sem rusgas com amigos como Avellar Love e Leandro Verdeal. Tanto que João Penca participou da gravação da música Vinte garotas num fim de semana (Leo Jaime e Guto Barros), lado A do single duplo de 1983 que marcou a estreia de Leo Jaime em disco (o lado B era a canção O bolha, de autoria do cantor e compositor). O compacto simples – nome dado aos singles duplos no mercado fonográfico do Brasil dos anos 1980 – foi o prenúncio do primeiro álbum de Leo, Phodas “C”, lançado no fim de 1983 com estética tecnopop e repertório com moderado poder de sedução. Leo Jaime precisou esperar dois anos para fazer real sucesso – e este veio avassalador com os sucessivos hits do segundo álbum do artista, Sessão da tarde (1985), delicioso tratado juvenil sobre o amor e a desilusão sob a ótica dos loosers ou, em bom português, dos garotos pobres apaixonados por meninas de melhor condição social. Leo Jaime encontrou a fórmula do sucesso na forma de canções de perfeita arquitetura pop e de um rock sem firulas. Mas pagou preço pelo sucesso. Álbum seguinte, Vida difícil (1986) refletiu a crise existencial do artista diante das encruzilhadas do sucesso. De absorção facilitada pela inspirada balada Nada mudou, Vida difícil foi disco de ressaca que antecipou em três anos o tom de Avenida das desilusões, álbum antecedido por Direto do meu coração pro seu (1988), disco de repertório pautado pelo romantismo e pelo rock'n'roll com direito à regravação de Gatinha manhosa (Roberto Carlos e Erasmo Carlos, 1965), reforçando a conexão de Leo com o antecessor Erasmo Carlos. Em Avenida das desilusões, esse romantismo direto saltou aos ouvidos na balada Eu perco o rumo sem você, parceria de Leo com Dalto e Paulo Lima. Gravado com produção musical de Johnny Galvão, músico português que colaborara com Leo desde o princípio da obra fonográfica do cantor, o álbum Avenida das desilusões jamais encontrou o endereço do sucesso. Talvez por oferecer o que nunca se esperava do artista naquele ano de 1989. Alocada na abertura do LP, a música-título Avenida das desilusões (Leo Jaime) ostentou batida funkeada até então dissociada da discografia do artista. Nessa mesma linha funky, a faixa Sucesso sexual – parceria de Leo com o miquinho Leandro Verdeal – evocou no sopro dos metais o suingue da Vitória Régia, banda de Tim Maia (1942 – 1998), em gravação que se diferenciou do registro original da composição, feita por Angela Ro Ro no álbum A vida é mesmo assim (1984). Na sequência de Avenida das desilusões, a faixa Frio manteve a quentura do funk com direito à voz adicional da futura garota carioca suingue sangue bom Fernanda Abreu – então já gestando o primeiro álbum solo que lançaria em 1990 – nessa música assinada somente por Leo Jaime. Parceria do artista com Paulinho Lima, Agora corroborou o fato de o álbum Avenida das desilusões ter ficado calcado mais no groove do que na força das canções, ao menos no lado A do LP de capa dupla. Mas, sim, houve canções no disco, caso de Bobagem, balada de acento soul composta por Leo com Paulinho Lima e gravada com citações da canção-soul Primavera (Cassiano e Silvio Roachel, 1970) e do samba-soul Gostava tanto de você (Edson Trindade, 1973), dois sucessos do recorrente Tim Maia na década de 1970. Dentro dessa seara de canções, a serena abordagem de Índios (Renato Russo, 1986) – então lançada pela banda Legião Urbana há meros três anos – ostentou a afinação do canto de Leo Jaime em um dos melhores desempenhos vocais do artista. Na regravação de Índios, Leo esboçou maturidade que tornou destoante a manha juvenil e machista da balada Eterno enquanto duro, parceria do artista com o miquinho Leandro Verdeal que soou deslocada na voz de um cantor então à beira dos 30 anos. Nesse sentido, a balada Você e eu pareceu mais condizente com a postura que Leo Jaime vinha adotando desde o coeso álbum Vida difícil para se livrar da imagem de roqueiro irreverente. Fora da CBS, gravadora que dispensou o cantor após o insucesso de Avenida das desilusões, a vida fonográfica de Leo Jaime se tornou difícil com a ida do artista para a Warner Music. A estreia nessa gravadora com álbum tardiamente adolescente, Sexo, drops & rock'n'roll (1990), surtiu efeito abaixo do esperado, o que gerou insatisfações do artista e da companhia fonográfica. Posto na geladeira, Leo Jaime somente conseguiu lançar em 1995 o disco seguinte, Todo amor, ao qual se seguiu – longos 13 anos depois – Interlúdio, álbum que refletiu a maturidade esboçada pelo artista neste titubeante (mas nem por isso desinteressante) Avenida das desilusões.

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Cenas deletadas e trocas de atores e nomes: como o Black Lives Matter está mudando cultura pop

segunda-feira, 06 julho 2020 por Administrador

Entenda os reflexos dos movimentos antirracistas em Hollywood no Semana Pop deste sábado (4). Semana pop explica como o Black Lives Matter está mudando a cultura pop
Desde a nova onda de protestos antirracistas nos Estados Unidos, Hollywood têm passado por uma série de mudanças, pressionada por movimentos como o Black Lives Matter e por artistas negros.
O Semana Pop deste sábado (4) mostra algumas dessas transformações, que vão desde troca de dubladores e nomes de grupos a cenas ou episódios de séries deletados. Assista ao vídeo acima.
Veja todas as edições
Ouça em podcast
O Semana Pop vai ao ar toda semana, com o resumo do tema está bombando no mundo do entretenimento. Pode ser sobre música, cinema, games, internet ou só a treta da semana mesmo. Está disponível em vídeo e podcast.

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Titãs recriam, e também destroem, a produção áurea da banda no molde de trio acústico

segunda-feira, 06 julho 2020 por Administrador

Grupo revive 'Homem primata' em ritmo de ska no segundo EP com registros de estúdio de músicas de show revisionista. Capa do EP 'Trio acústico 02', dos Titãs Divulgação Resenha de EP Título: Titãs – Trio acústico EP 02 Artista: Titãs Gravadora: Warner Music Cotação: * * 1/2 ♪ “Enquanto houver sol, ainda haverá”, canta Sergio Britto, sugerindo a palavra esperança para completar o verso do refrão da melodiosa balada de 2003 que Britto compôs para os Titãs no molde da canção Epitáfio, o hit que impulsionou o álbum lançado pela banda em 2001. Enquanto houver sol abre o segundo EP do projeto Trio acústico, show sem eletricidade que os Titãs montaram em 2019 com roteiro retrospectivo, rebobinado em estúdio por Branco Mello (voz, baixo e violão), Sergio Britto (voz, piano e baixo) e Tony Bellotto (violão e guitarra acústica) para gerar álbum neste ano de 2020. Disponibilizado na sexta-feira, 3 de julho, Trio acústico EP 02 apresenta mais oito músicas das 24 regravações feitas em estúdio e chega a mercado exatos três meses após a edição, em 3 de abril, do primeiro EP com registros de outras oito músicas do show Trio acústico. Por mais que esse projeto seja a rigor um meio de sobrevivência para os Titãs na selva do mercado, a força do repertório da banda paulistana é inegável e o molde acústico ajuda eventualmente a iluminar melodias envolventes como a de Enquanto houver sol. Despida da vestimenta new wave típica dos anos 80 com que foi apresentada na gravação original de 1984, a canção Toda cor (Marcelo Fromer e Ciro Pessoa) também é favorecida no formato acústico e ganha tom elegante com arranjo de violoncelo e violão. Reggae do mesmo álbum, Titãs (1984), que apresentou a canção Toda cor, Go back (Sergio Britto a partir de poema de Torquato Neto) soa meramente curioso no EP por ser cantado em espanhol com a citação do reggae Stir it up (Bob Marley, 1972) que já existia no disco acústico de 1997. Música-título do segundo álbum da banda, lançado em 1985, Televisão é sintonizada em frequência quase similar à do registro original e, por isso mesmo, perde peso no confronto com gravações anteriores, inclusive a feita pelo grupo no álbum Acústico MTV de 1997. Desse mesmo disco acústico, responsável por revigorar os Titãs no mercado fonográfico após álbuns de menor receptividade popular, a canção Nem 5 minutos guardados (Sergio Britto e Marcelo Fromer, 1997) tem a arquitetura preservada pelo arranjo calcado no toque de piano, com violoncelos dando tom lírico à gravação sem cair em registro meloso. Por fim, Bichos escrotos (Arnaldo Antunes, Nando Reis e Sergio Britto, 1986), Homem primata (Sergio Britto, Marcelo Fromer, Nando Reis e Ciro Pessoa, 1986) e Polícia (Tony Bellotto, 1986) – três músicas do furioso terceiro álbum dos Titãs, Cabeça dinossauro (1986) – têm plastificadas a aura punk original dessas composições, inadequadas para os tons plácidos de projetos acústicos. Ouvir Homem primata em ritmo de ska pode soar curioso, mas apenas corrobora que – sendo a vida cruel e o capitalismo, selvagem – os Titãs sobrevivem na selva de pedra criando e recriando, mas também destruindo, tudo o que produziram desde os primórdios. Mas resta uma esperança, enquanto houver sol…

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