Larry King morre aos 87 anos; FOTOS
Relembre carreira e vida do apresentador de TV dos Estados Unidos. Imagem publicada no Twitter oficial de Larry King no sábado, 23 de janeiro de 2021 Reprodução/Twitter/@kingsthings Larry King posa antes do jogo de beisebol Hollywood Stars no estádio Dodger em Los Angeles, em 25 de julho de 2009 Reuters Larry King recebe Madonna no talk show da CNN "Larry King Live" na cidade de Nova York em 18 de janeiro de 1999 Reuters O ex-presidente Bill Clinton em entrevista com Larry King na CNN em Nova York em 3 de setembro de 2002 Reuters A então primeira-dama dos EUA Hillary Clinton mostra sua aliança de casamento a Larry King em 5 de maio de 1994 Reuters O ex-presidente da Venezuela Hugo Chávez é entrevistado por Larry King em Nova York, em 24 de setembro de 2009. Miraflores Palace/Reuters Larry King posa com sua então esposa Shawn Southwick e seus filhos Chance Armstrong (esq.) e Cannon Edward em Hollywood em 21 de julho de 2002 Reuters Larry King e sua então esposa Shawn King chegam à festa do Oscar da Vanity Fair em Mortons, na Califórnia, em 5 de março de 2006. Reuters Uggie, o cachorro do filme "O Artista", é entrevistado por Larry King em Nova York, em maio de 2012 Andrew Kelly/Reuters Larry King Richard Drew/AP Larry King com os filhos Chance e Cannon, em foto de 26 de novembro de 2020 Larry King/Twitter Larry King em foto de janeiro de 2020 Larry King/Twitter Larry King com os filhos Cannon (esq.) e Chance, da união com Shawn King, sua oitava mulher, de quem ele se divorciou em 2019. Larry King/Twitter Larry King em programa de rádio em 1º de maio de 1957 Divulgação Larry King, em foto de 4 de novembro de 2020 Larry King/Twitter Larry King, em foto de 19 de novembro de 2020 Larry King/Twitter Larry King entrevista o ex-presidente Donald Trump em 7 de outubro de 1999. Reuters O então candidato à presidente dos EUA George W. Bush participa de debate com Larry King, Alan Keyes e John McCain em 15 de fevereiro de 2000 Reuters Larry King entrevista Sara Ferguson, duquesa de York e ex-esposa do príncipe Andrew, em 20 de novembro de 1997 Reuters O presidente russo, Vladimir Putin, aperta a mão de Larry King antes da gravação do "The Larry King Show" em Nova York, EUA, em 8 de setembro de 2000 Reuters Larry King durante cerimônia na Calçada da Fama em Hollywood em 14 de setembro de 2010. Fred Prouser/Reuters Larry King chega para testemunhar pela defesa no julgamento de Michael Jackson por abuso sexual infantil no Tribunal do Condado de Santa Barbara na Califórnia, em 19 de maio de 2005 Lucas Jackson/Reuters Larry King participa de celebração dos seus 20 anos com a CNN em Beverly Hills, em 6 de outubro de 2005 Reuters Larry King e sua então namorada Shawn Southwick em 8 de maio de 1997 Reuters Larry King entrevista Dalai Lama CNN Larry King entrevista Sarah Jessica Parker CNN Larry King entrevista Nelson Mandela CNN Larry King entrevista Oprah Winfrey CNN
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Antes de ‘AmarElo’ de Emicida, estes documentários já contavam a trajetória do negro no Brasil
História do movimento negro brasileiro não se aprende nas escolas, diz fundador de acervo digital da cultura negra. A historiadora e militante negra Beatriz Nascimento (1942-1995), cuja vida e pensamento conduzem a narrativa do documentário 'Ôrí' Reprodução/Ori "Tem um velho ditado iorubá que diz: 'Exu matou um pássaro ontem com uma pedra que só jogou hoje'. Esse ditado é a melhor forma de resumir o que eu tento fazer. Eu não sinto que eu vim, eu sinto que eu voltei. E que, de alguma forma, meus sonhos e minhas lutas começaram muito tempo antes da minha chegada." Assim o rapper Emicida, como é mais conhecido o paulistano Leandro Roque de Oliveira, abre o documentário AmarElo. Lançado em dezembro de 2020 na plataforma de streaming Netflix, o longa metragem celebra o legado da cultura negra brasileira, em meio aos bastidores do show de lançamento do álbum de mesmo nome do cantor, no Theatro Municipal de São Paulo. No filme, Emicida resgata a memória de ícones da história afro-brasileira, como o arquiteto escravizado Tebas da São Paulo do século 18; a Frente Negra Brasileira, primeira organização de ativismo negro do país, ainda na década de 1930; o Teatro Experimental do Negro, criado por Abdias Nascimento em 1944; a feminista negra Lélia Gonzalez (1935-1994); e o Movimento Negro Unificado (MNU) surgido em 1978, em meio à ditadura militar. Com isso, o rapper busca mostrar que a jornada de luta dos negros brasileiros não começou agora. Trata-se de um movimento coletivo, com continuidades entre gerações. O rapper Emicida durante show no Theatro Municipal de São Paulo, registrado no documentário AmarElo Reprodução/Amarelo Hoje, o griô é eletrônico AmarElo não foi o primeiro e não será o último documentário a resgatar a jornada de sobrevivência, luta e vitórias dos negros brasileiros. Antes dele, outros trabalhos guardaram essa história em película e videotape. "A história do movimento negro não passa pelos bancos escolares, passa pela tradição da contação de história", diz Filó Filho, um dos fundadores do acervo digital de cultura negra Cultne. "Hoje, o griô é eletrônico. O audiovisual é uma forma de fala, passando de geração em geração as nossas histórias." Griô, na África Ocidental, é o indivíduo que tem por vocação preservar e transmitir as histórias, conhecimentos, canções e mitos do seu povo. "Há um problema com a história recente. Ela já é suficientemente velha para estar fora do discurso jornalístico corrente mas, ao mesmo tempo, é nova demais para ter historiografia", diz o jornalista Gabriel Priolli. "Então a história recente fica num certo limbo e esse é o papel da recirculação desses materiais: permitir que os jovens tenham a noção histórica, o sentido de continuidade e progressão das coisas." Confira a seguir três documentários que, antes de AmarElo, trataram da trajetória dos negros e negras no Brasil. O jornalista Paulo Roberto Leandro, falecido em 2015, cuja fala de abertura no documentário 'O Negro da Senzala ao Soul' foi reproduzida no AmarElo de Emicida Reprodução/Amarelo 1. O Negro da Senzala ao Soul (1977) "Um quadro do pensamento negro no Brasil de hoje. É isso que estará em seu vídeo a partir de agora." As palavras são de um âncora de televisão negro, que aparece sem ser identificado durante os primeiros minutos do documentário de Emicida. Esse jornalista é Paulo Roberto Leandro, falecido em 2015. E a cena é parte de um outro documentário: O Negro da Senzala ao Soul, lançado em 1977, por Gabriel Priolli, então repórter da TV Cultura, em seu primeiro emprego como jornalista, aos 24 anos. Priolli conta que o filme surgiu de uma reportagem comum da TV Cultura, quando ele foi enviado para cobrir a "Quinzena do Negro" na USP, evento acadêmico organizado pelo sociólogo Eduardo de Oliveira e Oliveira (1924-1980). À época, na Cultura, o chefe de reportagem era o jornalista negro Roberto Camargo, e Paulo Roberto Leandro, também preto, era diretor do departamento de jornalismo. "1977 era um momento que o movimento estudantil estava eclodindo, com as primeiras passeatas depois de 1968 [ano de endurecimento da ditadura militar, quando foi decretado o Ato Institucional Nº 5] saindo da USP naquele ano", lembra Priolli. "Era o momento de rearticulação da sociedade civil depois da morte do Vlado [Vladimir Herzog, diretor de jornalismo da TV Cultura e professor da USP, morto pela ditadura em 1975], com uma rearticulação geral do movimento sindical, dos movimentos de carestia, de trabalhadores rurais, estudantes, negros, mulheres, gays e os partidos também começavam a discutir a questão da recuperação partidária", recorda o jornalista. "Nesse caldo de cultura, surge a Quinzena do Negro. Era para ser um debate acadêmico, mas quando cheguei ali, vi que era muito mais que isso. Era um embrião do ressurgimento e da rearticulação do movimento negro", diz Priolli, lembrando que já estavam ali presentes diversos dos militantes negros que fundariam no ano seguinte o MNU. "Isso aconteceu num momento em que a soul music bombava no Brasil", conta o jornalista. "Ela juntava milhares de jovens nos bailes. O que hoje é o funk na época era o soul, que juntava a molecada negra nas periferias de São Paulo e Rio, sobretudo. E era, evidentemente, muito mais do que ouvir música, tinha um sentido cultural e político de black pride [orgulho negro] e de identidade que era uma coisa visível." Priolli conta que o ineditismo do documentário foi tratar de um assunto que, na época, era tabu e não tinha espaço no debate público. Roteiro original do documentário 'O Negro da Senzala ao Soul', feito por Gabriel Priolli para a TV Cultura Reprodução/Gabriel Priolli "Ainda vivíamos sob uma censura terrível, ela só cairia no final do ano seguinte. Todo mundo achou que o documentário seria censurado, mas ele passou", lembra o jornalista. "Foi uma ousadia muito grande, pois o Brasil era oficialmente uma 'democracia racial' e ponto. Não existia questão do negro. Simplesmente afirmar que existia, que o racismo era um problema estrutural, que precisava ser enfrentado e faria parte central da luta democrática tinha uma dimensão subversiva muito grande." Priolli conta, com orgulho, que o documentário foi abraçado pelo movimento negro desde sua produção até o lançamento. "Desde que foi ao ar, ele passou a ser um material de estudo do movimento negro e de 'agitprop' [termo usado pela esquerda durante a ditadura para ações de agitação e propaganda política]. Cópias do programa rodavam nas mãos dos militantes para fazer trabalho de base, então ele teve um papel político importante." Para ele, foi uma emoção rever trechos do seu trabalho no documentário de Emicida. "Me senti recompensado, vivo. Considero talvez o trabalho mais importante da minha vida e ver que ele continua ressoando na juventude 43 anos depois dá muito orgulho e satisfação." O documentário O Negro da Senzala ao Soul pode ser visto na íntegra no YouTube. 2. Ôrí (1989) "No Brasil, você pode encontrar nos terreiros, nas escolas de samba, nos grupos de maracatu, nos ranchos, nos blocos de frevo, os reinos africanos recriados", diz o militante do movimento negro Ciro Nascimento, durante um desfile da Vai-Vai em 1980, registrado pelo documentário Ôrí, lançado pela socióloga e cineasta Raquel Gerber em 1989. Ôrí em iorubá significa "cabeça", mas também "consciência". Partindo da vida e do pensamento da historiadora e militante negra Beatriz Nascimento (1942-1995), o filme documenta os movimentos negros brasileiros entre 1977 e 1988, discute a relação entre Brasil e África e o conceito de quilombo. O dançarino e ativista Nelson Triunfo, durante o carnaval de São Paulo de 1981, em imagem do documentário 'Ôrí' Arquivo pessoal/Raquel Gerber Gerber conta que, nos anos 1970, trabalhou como voluntária na Cinemateca Brasileira, onde ajudou na restauração dos negativos do filme Deus e o Diabo na Terra do Sol, após um roubo na instituição de preservação do audiovisual brasileiro, que à época estava instalada em galpões no Parque do Ibirapuera. "Foi uma escola de cinema para mim. Glauber tinha uma relação muito forte com a cultura da Bahia, então passei a me interessar pelas culturas formadoras do Brasil, ele me abriu muitas portas de reflexão sobre as origens da nossa formação cultural", conta Gerber. Ela realizou algumas de suas primeiras filmagens no terreiro Ilê Xoroquê, em São Paulo, que era frequentado à época pela militância negra. Também esteve presente na Semana do Negro na USP, em 1977. E em 1978 teve a oportunidade de viajar pela primeira vez à África — que passava pelos processos de luta pela independência nacional dos países, após a colonização —, além de acompanhar a formação do Movimento Negro Unificado também naquele ano. "Havia toda uma conjunção de fatores que impulsionava a realização de um trabalho nessa área", diz a cineasta. "E eu conheci nessa época, em 1977, a Beatriz Nascimento, por quem senti uma grande afinidade no campo das ideias", recorda Gerber. "Ela estava produzindo uma historiografia que queria se contrapor à historiografia oficial, que mostrava o negro brasileiro só como escravo. Então ela se propunha a fazer uma nova historiografia dos quilombos no Brasil, mostrando o quilombo como recriação de uma formação societária, mas também como uma forma de organização e resistência dos negros ao colonialismo. Uma forma que vem da África para as Américas e se perpetua até hoje." O documentário levou 11 anos para ser concluído, tendo parte do seu material apreendido pela ditadura ainda em 1977. A diretora conta que enfrentou na produção do filme a ausência de imagens sobre a história negra, com muito da memória da escravidão tendo sido destruída após a abolição. Além disso, na época de sua estreia, o filme foi passado em poucas salas, devido à dificuldade de se exibir documentários de longa metragem nos cinemas. "Demorou quase 50 anos para o filme ser visto no Brasil. Ele foi exibido internacionalmente e ganhou muitos prêmios importantes, mas demorou muito para ser conhecido aqui. Só há um ano ele está disponível em plataforma digital e agora há muita demanda, porque ele atende aos professores na área de ensino de história." O documentário Ôrí pode ser visto na íntegra na plataforma Tamanduá. 3. Frente Negra Brasileira (1985) "Só o outro me interessa. Afinal, é no encontro que nossa existência faz sentido", diz Emicida em AmarElo, citando o Manifesto Antropofágico do modernista Oswald de Andrade. O documentário Frente Negra Brasileira, de pouco mais de 17 minutos e editado por Ras Adauto e Zózimo Bulbul, registra um grande encontro da história negra brasileira. Em 1985, na sede campestre do Clube Aristocrata — histórico clube para negros criado na década de 1960 em São Paulo, em resposta à discriminação sofrida pela elite negra por parte da high society paulistana —, militantes do MNU se encontraram com remanescentes da Frente Negra Brasileira. "Vocês querem saber a diferença entre a nossa época e a sua época?", pergunta Henrique Cunha, um dos fundadores da Frente Negra Brasileira, durante o encontro. Na década de 1980, os militantes da MNU eram os jovens aprendendo com os veteranos da Frente Negra Brasileira. Agora, são eles os veteranos homenageados por Emicida em seu show no Theatro Municipal Reprodução/Amarelo "É que, na nossa época, nós sentíamos o preconceito aberto. Nós passávamos no barbeiro, ele dizia: 'Não, aqui não cortamos cabelo de preto'. Preto entrava no restaurante, ouvia: 'Escuta, vocês vão comer lá na baixada, porque aqui o patrão não quer preto'. Era assim aberto." Filó Filho, um dos criadores do acervo Cultne, junto a Carlos Medeiros, Ras Adauto e Vik Birkbeck, conta que o encontro surgiu de uma discussão dentro do movimento negro sobre a questão da memória. "Ali foi um momento histórico entre gerações do movimento negro, jovens ouvindo os mais velhos, e eles falando ali enquanto sujeitos daquele momento da década de 1930", diz Filó Filho, cujo nome de batismo é Asfilófio de Oliveira Filho. "A importância da memória é essa. Futuras gerações, os próximos doutores que nós vamos ter, terão referências com base nisso que nós plantamos. Estamos entregando o bastão para essa geração que está aí", diz o videomaker e produtor. "Graças a Deus, mais da metade dos estudantes universitários hoje são negros. Mas graças a quê? Ao movimento negro. Ele que pavimentou essa estrada para essa garotada hoje estar aí agora. Quero deixar esse mundo com a convicção de que eles não vão deixar de resgatar o passado." O documentário Frente Negra Brasileira pode ser visto na íntegra no YouTube, disponibilizado pelo acervo Cultne.
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Vanessa da Mata refaz ‘Boa reza’ no último single duplo com números de show gravado no Rio
Capa do quarto single duplo da série 'Nossos beijos ao vivo no Circo Voador', de Vanessa da Mata Divulgação ♪ Vanessa da Mata mira a própria imagem refletida no espelho na foto escolhida para a capa do quarto e último single duplo da série lançada pela artista com números extraídos da gravação ao vivo do show Quando deixamos nossos beijos na esquina (2019 / 2020). A foto da capa do single Nossos beijos ao vivo no Circo Voador 4 expõe imagem do número do show em que a cantora dá voz à balada Hoje eu sei (2019), parceria de Vanessa com Jonas Myrin apresentada no álbum também intitulado Quando deixamos nossos beijos na esquina (2019). Com dose maior de emoção na gravação de estúdio, a balada Hoje eu sei é a primeira faixa do single ao vivo lançado na sexta-feira, 22 de janeiro. A outra música é Boa reza (2017), composição (menos inspirada) de Vanessa da Mata, apresentada pela artista no álbum e DVD Caixinha de música ao vivo (2017) e refeita no show de 2019. Cabe lembrar que Boa reza não fazia parte do roteiro original do show, parcialmente perpetuado nos quatro singles na gravação feita em janeiro de 2020 em apresentação da turnê Quando deixamos nossos beijos na esquina no Circo Voador, na cidade do Rio de Janeiro (RJ). Pelas falas da cantora no fim da segunda faixa do single, dá para perceber que Boa reza encerrou o show na apresentação no Circo Voador. A propósito, a edição do single Nossos beijos ao vivo no Circo Voador 4 poderia ter sido feita com mais capricho. Ao fim de Hoje eu sei, por exemplo, ouve-se o trecho inicial de Amado (Marcelo Jeneci e Vanessa da Mata, 2007), canção que sucedia Hoje eu sei no roteiro do show Quando deixamos nossos beijos na esquina.
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MC Fioti lança clipe de nova versão de ‘Bum bum tam tam’ em homenagem à vacina CoronaVac
Hit viralizou mais uma vez com a chegada da vacina desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan. MC Fioti no Instituto Butantan Divulgação / Kondzilla Foi lançado neste sábado (23) o clipe de "Bum bum tam tam (remix vacina Butantan)", do MC Fioti. O hit virou o "hino" da vacina CoronaVac, desenvolvida desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, de São Paulo. Fioti gravou o clipe especial na sexta-feira (15), na sede do Butantan. O instituto divulgou fotos do funkeiro em uma visita, inclusive ao lado do seu diretor, Dimas Covas, e de uma caixa da vacina. SAIBA MAIS: Como MC Fioti usou flauta de Bach em produção caseira e transformou 'Bum bum tam tam' em aposta mundial "Acho que a minha música, o funk, conversa muito com a comunidade. Por meio dessa nova versão e do clipe a gente vai conseguir passar a mensagem e eles vão se conscientizar de que a solução para a gente é se vacinar", diz Fioti ao G1. "Eu escrevi e produzi novamente sozinho", conta Fioti. "Foi uma sensação de honra em participar disso. Para trocar a letra não foi muito difícil, porque eu só adaptei para a vacina. Estou feliz de poder ajudar a nossa população através da música." Veja o clipe abaixo: História do hit O podcast G1 Ouviu desta semana conta a história de "Bum bum tam tam". Ouça abaixo. Em fevereiro de 2017, "Bum bum tam tam" foi composta, cantada e produzida por MC Fioti, com o trecho de uma obra de Bach que Fioti não conhecia e achou no YouTube. Em setembro de 2018, se tornou o 1º clipe brasileiro a superar 1 bilhão de views no YouTube. Em janeiro de 2021, virou hino da CoronaVac e trilha de odes ao Instituto Butantan. No mesmo mês, virou tema do Enem, na prova de linguagens, códigos e suas tecnologias. Fioti deu um rolê no Butantan e agora lança o remix. MC Fioti recebe ligação de agradecimento de João Doria por versão de 'Bum Bum Tam Tam' A produção do Bach-tidão A "flauta envolvente" da música é um trecho da "Partita em Lá menor", escrita pelo alemão Johann Sebastian Bach por volta de 1723. A partir de uma gravação da flauta que achou na internet (sem saber que era de Bach), MC Fioti fez tudo sozinho em 2017: compôs, cantou e produziu em uma noite só. Veja como foi a criação abaixo: Anatomia do 'Bum bum' História do artista Fioti, 26 anos, já trabalhou em lanchonetes, foi ajudante de pedreiro e catou papelão e alumínio na rua. Cresceu no Capão Redondo, Zona Sul de SP. Não conheceu o pai e hoje ajuda a mãe, que não precisa mais trabalhar como doméstica. Aprendeu a produzir funk com métodos precários. 'Comecei a gravar num celularzinho velho. Convertendo música para mp3 e me matando para produzir'. Conseguiu um computador emprestado e descobriu sozinho como mexer nos programas de áudio. Ele despontou como produtor e 2016. Passou o ano dormindo em um colchão ou numa boia de piscina no chão da produtora. Ele conta sua história abaixo: Perfil: MC Fioti
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Jonas Gwangwa, gigante do jazz sul-africano, morre aos 83 anos
Música do trombonista e compositor de jazz impulsionou a luta contra o apartheid. Ele foi indicado ao Oscar pela música tema do filme de 1987 "Um Grito de Liberdade”. O trombonista e compositor de jazz sul-africano Jonas Gwangwa, cuja música impulsionou a luta contra o apartheid, morreu neste sábado aos 83 anos, informou a Presidência.
O presidente Cyril Ramaphosa conduziu as homenagens ao lendário músico que foi indicado ao Oscar pela música tema do filme de 1987 "Um Grito de Liberdade”.
"Um gigante do nosso movimento cultural revolucionário e nossas indústrias criativas democráticas foi chamado para repousar", disse Ramaphosa.
"O trombone que estrondeava com ousadia e bravura, e igualmente aquecia nossos corações com melodia suave, perdeu sua força vital", acrescentou o presidente.
Não foram divulgados detalhes sobre como ou onde Gwangwa morreu.
Ele faleceu no terceiro aniversário da morte do "pai do jazz sul-africano" Hugh Masekela e no segundo aniversário da morte da lenda da música zimbabuense Oliver Mtukudzi. Para os meios de comunicação, 23 de janeiro se tornou "o dia em que a música morreu".
Gwangwa nasceu em outubro de 1937 em Soweto e teve uma carreira de 40 anos.
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Rodriguinho diz que ‘perdeu o controle’ e pede desculpas à ex-mulher depois de acusação de agressão
Cantora Nanah Damasceno afirma que apanhou do ex-marido após desentendimento em uma festa. Rodriguinho Divulgação/Pink Elephant O cantor Rodriguinho, ex-Travessos, publicou uma nota em suas redes sociais admitindo que "perdeu o controle", após ser acusado de agressão por Nanah Damasceno, sua ex-mulher. Às lágrimas, Nanah narrou em uma série de posts em uma rede social na última quinta-feira (21) que foi agredida por Rodriguinho ao sair de uma festa, e na presença dos filhos. Segundo o relato, não foi a primeira vez. Duda Reis diz à polícia que Nego do Borel a estuprou e ameaçou a família dela de morte; ele nega "Gente, eu estava na festa da Heloísa (neta de Rodriguinho) com meus filhos, e eu cansei de esconder o filho da p… que o Rodrigo é! Ele é um desgraçado, foi um abusador, tive um relacionamento abusivo durante anos. Não sei o que deu nele, o que ele viu. Ele me bateu dentro da festa! Eu estava saindo e ele me bateu, como já me bateu várias vezes", afirma. Neste sábado, Rodriguinho veio a público dizer que é "contra qualquer tipo de violência", mas admite que "perdeu o controle" na situação narrada pela ex-mulher e "entende as críticas". MC Fioti lança clipe de nova versão de 'Bum bum tam tam' em homenagem à vacina CoronaVac "Declaro que sim, me exaltei, perdi o contro e me envergonho disso. Peço desculpas à Nanah, que é mãe dos meus filhos e a mulher a qual sempre fiz tudo o que pude para ver feliz. Inclusive, durante quase 1 ano e meio venho lutando para restaurar nossa família", diz a nota do cantor. Rodriguinho e Nanah estão separados desde novembro de 2019. O casal tem dois filhos. VÍDEOS: Música c
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Gordinho do Surdo, um ritmista que marcou época no toque do samba
Morte do percussionista carioca aos 75 anos, vítima de covid-19, enluta bambas da música brasileira. ♪ OBITUÁRIO – Carioca, nascido no bairro de Copacabana, Antenor Marques Filho (1945 – 2021) foi o surdo 1 do samba pela extraordinária habilidade de tocar este instrumento percussivo de marcação. Em atividade desde os anos 1970, década em que integrou o Conjunto Nosso Samba, o ritmista desempenhou papel tão referencial no toque do surdo que ficou conhecido no meio musical como Gordinho do Surdo. Com a visibilidade alcançada no Conjunto Nosso Samba, Gordinho se tornou um dos músicos mais requisitados para gravações em estúdio. Prestigiado também pela notória humildade e pelo temperamento dócil, Gordinho pôs o toque do surdo em discos dos maiores nomes da música brasileira, incluindo estrelas da MPB como Caetano Veloso, Gilberto Gil e Simone. A partir dos anos 1970, ter Gordinho na ficha técnica de um disco ficou imperativo desde que o samba é samba (ou pagode, como o feito pelo grupo paulista Exaltasamba). É por isso que grandes nomes do samba de todos os tempos e do pagode dos anos 2000 estão lamentando em redes sociais, neste fim de semana, a saída de cena de Gordinho do Surdo. O percussionista morreu na manhã de sábado, 23 de janeiro, vítima de infecção pelo covid-19. Pense num disco de Beth Carvalho (1946 – 2019), Dudu Nobre, Fundo de Quintal, Maria Rita, Martinho da Vila, Thiaguinho, Zeca Pagodinho que provavelmente nesse disco há o toque magistral do surdo de Gordinho. Encarando o oficio de ritmista como dom, Gordinho tocou tamborim em desfile de escola de samba e, antes de se consagrar no manuseio do surdo, também se exercitou no toque do repique de bateria. A primeira gravação em estúdio foi feita para disco do cantor Wilson Simonal (1938 – 2000) quando Gordinho ainda nem estava habilitado – do ponto de vista jurídico – como músico. Logo profissionalizado, com os documentos exigidos para atuar como músico, Gordinho nunca mais saiu dos estúdios e dos palcos, viajando com artistas como Clara Nunes (1942 – 1983) pelo Brasil e pelo mundo. Com Thiaguinho, artista que sempre o valorizava em shows, o percussionista tocava desde 2003, incluindo o período em que Gordinho foi músico do grupo de pagode Exaltasamba. Ás do surdo, Gordinho curiosamente se inspirou nas viradas do toque de um baterista, Wilson das Neves (1936 – 2017) para se exercitar no manuseio do surdo. E se destacou tanto que foi requisitado para tocar até em discos de dupla sertaneja, Gian & Giovani, e de cantores surgidos na era do rádio, como Cauby Peixoto (1931 – 2016). Contudo, é na roda do samba, que Gordinho se elevou como o surdo 1. Por isso, os surdos do Brasil fazem neste fim de semana a marcação em tom fúnebre para lamentar a morte de Antenor Marques Filho, o grande Gordinho, nome citado entre os imortais da música do Brasil na letra do samba Quando toco na viola (2001), parceria de Claudio Jorge com Ivan Lins. Parafraseando verso do samba, Gordinho do Surdo foi músico que marcou época e fez escola, mesmo ser ter deixado um discípulo à altura do mestre.
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G1 Ouviu #125 – ‘Bum bum tam tam’: a história do ‘Bach-tidão’ que virou hino da CoronaVac
MC Fioti conta como usou trecho de flauta composto por Johann Sebastian Bach no século 18 para fazer a música brasileira mais ouvida do YouTube, agora remixada com ode ao Butantan. Você pode ouvir o G1 ouviu no G1, no Spotify, no Castbox, no Google Podcasts ou no Apple Podcasts. Assine ou siga o G1 Ouviu para ser avisado sempre que tiver novo episódio no ar. O que são podcasts? Um podcast é como se fosse um programa de rádio, mas não é: em vez de ter uma hora certa para ir ao ar, pode ser ouvido quando e onde a gente quiser. E em vez de sintonizar numa estação de rádio, a gente acha na internet. De graça. Dá para escutar num site, numa plataforma de música ou num aplicativo só de podcast no celular, para ir ouvindo quando a gente preferir: no trânsito, lavando louça, na praia, na academia… Os podcasts podem ser temáticos, contar uma história única, trazer debates ou simplesmente conversas sobre os mais diversos assuntos. É possível ouvir episódios avulsos ou assinar um podcast – de graça – e, assim, ser avisado sempre que um novo episódio for publicado. G1/Divulgação
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Barões da Pisadinha revivem sucesso do cantor de forró Caio Costta entre as músicas inéditas do álbum ‘Da roça pra cidade’
Dupla lança single duplo com as primeiras amostras da gravação ao vivo feita em dezembro em show em Goiânia. ♪ Em maio do ano passado, o cantor piauiense de forró Caio Costta lançou o álbum Made in periferia (2020) com repertório em que sobressaiu música então inédita de autoria do compositor também piauiense José Ferreira da Silva, conhecido pelo nome artístico de Zé Malhada. Intitulada Meia noite (Cê tem meu whatsapp), essa música está sendo relançada em gravação da dupla Os Barões da Pisadinha. Meia noite (Cê tem meu whatsapp) é a única regravação entre as 18 músicas que compõem o repertório quase inteiramente inédito de Da roça pra cidade, quarto álbum da dupla de forró formada pelo tecladista Felipe Barão com o vocalista Rodrigo Barão. A regravação da composição de Zé Malhada pelos Barões já está disponível no single duplo que oferece a primeira amostra da gravação ao vivo feita pela dupla em show apresentado em 17 de dezembro de 2020 em Goiânia (GO), com participações dos cantores Jorge (da dupla sertaneja com Mateus) e Wesley Safadão, além da dupla Maiara & Maraisa. A outra música do single duplo é a inédita Esquema preferido. Capa do primeiro single duplo extraído do álbum 'Da roça pra cidade', do duo Os Barões da Pisadinha Divulgação A propósito, seguindo o esquema normalmente adotado pela gravadora Sony Music, Os Barões da Pisadinha vão revelar aos poucos o repertório do álbum Da roça pra cidade. A previsão é de que todas as músicas do álbum estejam disponíveis – em discos e em clipes com os registros audiovisuais dos números do show – a partir de agosto. Da roça pra cidade é o primeiro álbum dos Barões da Pisadinha desde Conquistas (2020), disco que ampliou a visibilidade da dupla no universo pop brasileiro ao longo do ano passado.
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Remix de funk de MC Fioti se revela eficaz para conscientizar povo brasileiro da importância da vacina
♪ ANÁLISE – É inegável a eficácia da contribuição musical de MC Fioti para conscientizar a população brasileira da importância e da necessidade de se vacinar contra o covid-19. A imediata e já grande repercussão do remix do funk Bum bum tam tam (2017) – intitulado Vacina Butantan – mostra o acerto da associação do popular gênero musical com a vacina Coronavac, desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, de São Paulo. Além de injetar novo gás na carreira do cantor e compositor paulista Leandro Aparecido Ferreira, de 26 anos, o remix atinge massivo público alvo que, muitas vezes, é vítima das fake news disseminadas criminosamente para confundir a população sobre as vacinas em uso no momento, todas já comprovadamente eficazes por autoridades da ciência. Na pista desde 2016, MC Fioti acerta ao se posicionar explicitamente, através da música, a favor da vacina. “É a vacina envolvente que mexe com a mente de quem tá presente / É a vacina saliente que vai curar nois do vírus e salvar muita gente” brada Fioti, em versos escritos para adaptar o funk de 2017 à campanha do Instituto Butantan pela vacinação em massa do Brasil. Ainda que haja quem já tenha rapidamente se conectado a Fioti para tirar proveito político do sucesso do remix, a ação do MC paulista é louvável. Na versão original de 2017, o funk Bum bum tam tam já tinha se tornado um hit virão de dimensão internacional. Contudo, nada se compara à importância social deste remix de 2021. MC Fioti se posiciona do lado certo da história em momento decisivo para o Brasil vencer a pandemia. Grandes artistas de outros nichos musicais já vinham se manifestando com intensidade nas redes sociais em favor da vacina. Só que a adesão de um funkeiro é fundamental porque o gênero musical tem fácil comunicação com a massa, como prova o sucesso do eficaz remix Vacina Butantan.
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