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Péricles lança álbum ‘Pericão retrô’ e comenta pausa: ‘Chance de cuidar de perto da minha filha’

segunda-feira, 06 julho 2020 por Administrador

Ao G1, cantor fala de aniversário dele na quarentena, das lives e comenta gravação de álbum com músicas antigas. 'Intenção é fazer um carinho no coração do público.' Péricles com os filhos Lucas Morato e Maria Helena Reprodução/Instagram A quarentena de Péricles está bem agitada. Ao longo dos três meses em casa, o cantor: Fez duas lives – e se prepara para a terceira no dia 4 de julho; Lançou músicas nas plataformas digitais (as canções foram gravadas durante uma das apresentações online); Ficou uma semana internado no hospital para tratar uma infecção urinária; E celebrou seu aniversário de 51 anos com uma festa virtual. Além disso, o cantor tem aproveitado o período integral em casa para curtir a filha, Maria Helena, que acaba de completar de 5 meses. "Se existe um lado bom nisso tudo é a chance que eu tive de poder cuidar dela de perto, efetivamente. Com meu filho [o também cantor Lucas Morato, de 27 anos] eu tive, pelo menos até um ano de idade. Durante um ano eu consegui." "Mas esse período de pandemia faz com que a gente viva o tempo todo. Eu não saio de casa pra nada, só quando tenho que levá-la ao pediatra, isso uma vez por mês. Pra mim está sendo um período maravilhoso poder estar mais perto dela todo esse tempo", diz Péricles em entrevista ao G1. A conversa aconteceu um dia após ao aniversário do cantor, celebrado em sua casa. O momento de cantar o "Parabéns a Você" foi virtual. Péricles Divulgação "A gente vive um novo normal, né? Mas eu creio que em breve isso tudo vai passar e acho que a gente vai dar mais amor aos encontros, aos abraços, a ficar mais com nossos familiares e amigos." "Esse ano, passei aqui em casa com minha família, uma parte da família. Minha mãe passou na casa dela e na hora do parabéns a gente ligou pra um, pra outro, e fizemos um grande parabéns virtual, mas que valeu a pena, com a mesma dose de carinho. Foi diferente esse ano, mas quem sabe ano que vem a gente possa rir desse momento." Pericão Retrô Durante a quarentena, Péricles alterou, mas não adiou planos de um novo álbum para este período. Assim como outros artistas, o cantor utilizou o material gerado em suas lives para colocar um novo disco no mercado. Isso enquanto prepara um novo disco de inéditas previsto para lançar ainda em 2020. "Surgiu a ideia de a gente lançar essas canções, que são sete ao todo. São canções que alegram muito e, principalmente, alegram nossos fãs, que pedem muito nos shows, nas lives. A intenção é fazer um carinho no coração do nosso público." O álbum "Pericão retrô" está disponível nas plataformas digitais. E é por esses canais que o cantor acredita que estão surgindo os novos ídolos do samba e pagode, e não mais nas rodas de samba. "A modalidade mudou. Esse novo normal fez com que esses ídolos aparecessem de outra forma." "Vejo muita gente boa, que a gente não conhecia e não conheceria se não fossem as plataformas digitais. E eu vejo com bons olhos. Posso citar o Vou pro Sereno, Vitinho, Billy SP, o Galocantô, que já vem fazendo um bom trabalho nas rodas de samba aí. Tem muita gente boa fazendo um bom trabalho, mas que aparece mais nas plataformas digitais." Boas mensagens O cantor também tem marcado presença nas redes sociais. No Twitter, Péricles compartilha com seus fãs letras de música, mensagens de bom dia todas as manhãs e algumas brincadeiras. Ele evita se envolver ou dar opiniões polêmicas. "Tudo parte do respeito, né? Eu respeio todo mundo pra ser respeitado e creio muito que isso funciona. Não posso combater fogo com fogo. Tento passar boas mensagens, porque é disso que a gente precisa." "Não que eu me coloque alheio a tudo o que acontece, mas se eu passar boas mensagens, voltam boas mensagens, boas energias e isso circula." Péricles dança 'Havana' em DVD 'Mensageiro do Amor'

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Elza Soares tem relançado o álbum mais raro da discografia da cantora

segunda-feira, 06 julho 2020 por Administrador

Editado em 1979, 'Senhora da terra' chega às plataformas de áudio para festejar os 90 anos da artista. ♪ Dos 34 álbuns lançados por Elza Soares entre 1960 e 2019, um nunca foi editado no formato de CD e, por isso mesmo, tinha se tornado título especialmente raro da discografia da cantora carioca, desconhecido até por seguidores da artista. Trata-se de Senhora da terra, álbum de 1979 que marcou a estreia de Elza na CBS, gravadora com a qual a cantora assinou contrato após fazer quatro LPs pela pequena gravadora Tapecar, editados entre 1974 e 1978. Para celebrar os 90 anos de Elza, festejados neste mês de julho de 2020, a gravadora Sony Music relança o álbum Senhora da terra em edição digital com a capa e com as 12 faixas originais que compuseram repertório então quase inteiramente inédito. Aberto com o samba Põe pimenta (Beto Sem Braço e Jorginho Saberás), apresentado em single editado em 1979 e também disponibilizado nas plataformas de áudio, o álbum Senhora da terra flagrou Elza Soares no auge da forma vocal, como mostram os bebops com que a cantora acelerou a batida de Coração vadio (Edil Pacheco e Paulinho Diniz). Única parceria de Ivone Lara (1922 – 2018) com Mauro Duarte (1930 – 1989), o dolente O morro foi uma das joias raras de repertório em que Elza exaltou o samba em Alegria do povo (Ari do Cavaco e Luiz Luz). Capa do álbum 'Senhora da terra', de Elza Soares Divulgação Samba-enredo com que a Unidos dos Passos, escola de samba de Juiz de Fora (MG), desfilara no carnaval de 1977, Exaltação ao Rio São Francisco (Waltinho, Zezé do Pandeiro e João Leonel) foi uma das duas regravações do repertório desse disco em que Elza entrou na cadência do ijexá para recriar Afoxé (Heraldo Farias e João Belém) – samba-enredo descritivo das origens da dança baiana, com o qual a escola de samba Acadêmicos do Cubango se sagrara campeã no Carnaval da cidade de Niterói (RJ) naquele ano de 1979 – e apresentou Paródia do compositor (Wilson Moreira e Nei Lopes). Com muitos sambas alusivos ao Carnaval, caso de Maria Pequena (Guaracy de Castro e Roberto Nepomuceno), perfil da porta-estandarte homônima da música, o álbum Senhora da terra incluiu Abertura, samba de autoria de Elza, compositora bissexta. O título aludia à abertura política “lenta, gradual e segura” que traria de volta ao Brasil, naquele ano de 1979, os exilados pelo regime militar instaurado em 1964 e endurecido em 1968. No fim do disco, o samba Barraquinho reconectou Elza Soares com João Roberto Kelly, compositor de Barraquinho e de Boato (1961), um dos primeiros sucessos da trajetória vitoriosa da cantora. E cabe notar que, na gravação, a intérprete imita a cantora Isaura Garcia (1923 – 1993) com a bossa negra que sempre diferenciou Elza no universo das cantoras do Brasil. Mesmo quando atravessou fases de menor visibilidade, como a vivida na CBS, Elza Soares sempre foi a tal e, até por isso, seria oportuno que, além da edição digital, a gravadora Sony Music lançasse o álbum Senhora da terra em CD para que a discografia da artista ficasse inteiramente disponível em formato físico para os colecionares dos álbuns dessa senhora cantora de incríveis 90 anos.

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Jota Quest reforça onda de discos de lives com EP em que toca ‘lados B’ da banda

segunda-feira, 06 julho 2020 por Administrador

♪ Assim como as lives viraram tradição no calendário cultural do Brasil, desde que as casas de shows foram fechadas em março por causa da pandemia do covid-19, os discos derivados de lives já são tendência seguida por vários artistas brasileiros, inclusive para gerar renda. Reforçando essa onda, mesmo tendo discografia já povoada por discos ao vivo que por vezes soaram redundantes, o grupo mineiro Jota Quest lança EP com o primeiro volume de áudios extraídos de lives. Disponível desde sexta-feira, 3 de julho, o EP Live sessions vol. 1 perpetua os registros de quatro músicas captadas na live A voz do coração, feita em 6 de junho por Rogério Flausino (voz), Marco Túlio Lara (guitarra), Marcio Buzelin (teclados), PJ (baixo) e Paulinho Fonseca (bateria). Capa do EP 'Live sessions vol. 1', do Jota Quest Arte de Cris Noronha Com capa que expõe arte de Cris Noronha, o EP Live sessions vol. 1 perpetua as versões ao vivo de músicas como A tarde (Marcio Buzelin, 1996), Oxigênio (2000) – parceria inusitada de Rogério Flausino com Zé Ramalho que deu título ao controvertido álbum lançado pelo grupo há 20 anos em gravação feita com a participação de Ramalho – e Tele-fome (2000), outra música do álbum Oxigênio, composta por Flausino em parceria com Paulinho Pedra Azul. Completa o lote de composições do EP Live sessions vol. 1 a balada Palavras de um futuro bom (2005), lado B do álbum Até onde vai (2005). Embora esteja na onda de discos derivados de lives, o Jota Quest tem álbum de músicas inéditas já pronto para ser lançado. Dois singles desse álbum produzido por Paul Ralphes – A voz do coração (Rogério Flausino, PJ e Rael) e Guerra e paz (Rogério Flausino, PJ, Marco Túlio Lara, Marcio Buzelin, Paulinho Fonseca, Dany Vellocet, Guga Machado, Renato Galozzi e Saulo Roston) – inclusive já foram lançados em 17 de abril e em 19 de junho, respectivamente.

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Esposa de Fábio Porchat aparece de toalha durante live

segunda-feira, 06 julho 2020 por Administrador

Nataly Mega até que tentou desviar da câmera, mas não deu certo. "Todo mundo te viu. Cara, e ela tá ainda pelada", brincou o humorista. Esposa de Porchat aparece pelada durante live Reprodução/Instagram Durante uma transmissão ao vivo na noite desta sexta-feira (03) com o político Guilherme Boulos, Fábio Porchat foi surpreendido quando a sua esposa, a produtora Nataly Mega, passou pela frente da câmera, com apenas uma toalha na cabeça. O momento foi compartilhado nas redes sociais pelo próprio humorista, que se divertiu com a situação e pediu desculpas para o convidado. "Todo mundo te viu. Cara, e ela tá ainda pelada", brincou Porchat. "Acho que o pessoal gostou, deu uma aumentada aqui. A live subiu legal". Assista: Initial plugin text

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Netos de Luiz Gonzaga divulgam ‘nota de nojo’ por uso de música do compositor em live de Bolsonaro

segunda-feira, 06 julho 2020 por Administrador

Música 'Riacho do Navio' foi tocada pelo presidente da Embratur, que alterou versos para fazer referência a trecho da transposição do São Francisco inaugurado por Bolsonaro. Netos de Luiz Gonzaga repudiam uso de música do avô em live do presidente Bolsonaro Netos do cantor e compositor Luiz Gonzaga divulgaram uma "nota de nojo" na qual repudiaram o uso de uma música do avô em live do presidente Jair Bolsonaro na quinta-feira (2). Procurada pela TV Globo, a assessoria do Palácio do Planalto disse que não vai comentar a nota dos familiares do cantor. A música é "Riacho do Navio". Assina a composição, além de Luiz Gonzaga, Zé Dantas. Na abertura da live, a música foi tocada na sanfona e cantada pelo presidente do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur), Gilson Dantas. Ele alterou alguns versos da letra original para fazer referência ao fato de Bolsonaro ter inaugurado um trecho da transposição do rio São Francisco, no Ceará. Os netos de Luiz Gonzaga que redigiram a nota são filhos do também músico Luiz Gonzaga do Nascimento Jr., o Gonzaguinha. "Diante da impotência e da impossibilidade de processo por propaganda indevida, por dupla apropriação, da canção de Luiz Gonzaga e Zé Dantas e do projeto do Rio São Francisco; nós, filhos de Luiz Gonzaga do Nascimento Jr, netos de Luiz Gonzaga, o Gonzagão, apresentamos uma NOTA DE NOJO diante deste governo mortal e suas lives", escreveram Amora Pêra Gonzaga do Nascimento, Nanan Gonzaga, Daniel Gonzaga. Bolsonaro apresentou uma live na quinta-feira (2), ao lado do presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães (à esquerda), e do ministro do Desenvolvimento Regional (Rogério Marinho), à direita. Ao fundo, o presidente da Embratur tocou e cantou a música 'Riacho do Navio', com alterações da letra Reprodução Procurada, a assessoria de comunicação da Presidência da República ainda não havia se manifestado sobre a nota até a última atualização desta reportagem. Os netos de Luiz Gonzaga também afirmaram que não autorizam o uso de música do avô pelo governo federal. "Não estamos de acordo com o uso da canção Riacho do Navio, nem sua alteração, nem sua execução (com duplo sentido) pelo Senhor Gilson Machado Neto, presidente da Embratur, em transmissão ao vivo pelo Senhor Presidente.E, AINDA QUE SIMBOLICAMENTE, não autorizamos ao Governo Federal o uso das canções assinadas por nenhum de nossos familiares, ou, ao menos, das respectivas partes que nos cabem", disse outro trecho da nota. O texto também traz críticas ao governo Bolsonaro. "Governo que faz todos os gestos ao seu alcance para confundir e colocar em risco a população do Brasil, enquanto protege a si mesmo e aos seus", afirmam os netos de Luiz Gonzaga. Veja a íntegra da nota: NOTA DE NOJO Diante da impotência e da impossibilidade de processo por propaganda indevida, por dupla apropriação, da canção de Luiz Gonzaga e Zé Dantas e do projeto do Rio São Francisco; nós, filhos de Luiz Gonzaga do Nascimento Jr, netos de Luiz Gonzaga, o Gonzagão, apresentamos uma NOTA DE NOJO diante deste governo mortal e suas lives. Governo que faz todos os gestos ao seu alcance para confundir e colocar em risco a população do Brasil, enquanto protege a si mesmo e aos seus. Não estamos de acordo com o uso da canção Riacho do Navio, nem sua alteração, nem sua execução (com duplo sentido) pelo Senhor Gilson Machado Neto, presidente da Embratur, em transmissão ao vivo pelo Senhor Presidente. E, AINDA QUE SIMBOLICAMENTE, não autorizamos ao Governo Federal o uso das canções assinadas por nenhum de nossos familiares, ou, ao menos, das respectivas partes que nos cabem. Sonhamos com o dia em que nosso país volte a ser e a ter respeito e honestidade em relação à sua história, suas injustiças e desequilíbrios. Sonhamos o dia em que se volte a reconhecer, dentro do país, a importância da Cultura, das artes Brasileiras, e seu imenso legado por gerações, assim como o é em todo o mundo. Sonhamos com o dia em que a informação e o conhecimento sejam distribuídos democraticamente à todes, para, apenas recomeçar, sanarmos essa doença que não faz distinção, além da social, como costuma ser na nossa violenta história. E depois, para que o poder e o espaço, em toda instância, possa ser equalizado e distribuído. Sonhamos dias sem mortos pela violência do Estado, seja ela direta ou indireta. Finalmente; sonhamos com quando poderemos dançar e cantar abraçados, sem medo, nos bailes de forró e nas tantas festas as quais o Brasil faz e das quais é feito. Trabalhamos todos os dias por realizar estes sonhos, que não são apenas por nós, mas por todas as gentes deste país. Por hora, trabalhamos em casa, cumprindo as indicações internacionais da Organização Mundial de Saúde e pedimos que, todos que possam, também o façam. 03/07/2020 Amora Pêra Gonzaga do Nascimento Nanan Gonzaga Daniel Gonzaga

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Kanye West volta a dizer que vai se candidatar a presidente dos EUA

segunda-feira, 06 julho 2020 por Administrador

Não é a primeira vez que rapper promete concorrer à Casa Branca. Kanye West usa boné com frase símbolo da campanha de Trump durante encontro com presidente dos EUA no Salão Oval da Casa Branca, em 2018 AP Photo/Evan Vucci O rapper Kanye West voltou a dizer que pretende se candidatar ao cargo de presidente dos Estados Unidos, em publicação feita no Twitter neste sábado (4). "Devemos agora realizar a promessa da América [EUA] confiando em Deus, unindo nossa visão e construindo nosso futuro. Vou concorrer para presidente dos Estados Unidos", tuitou. Initial plugin text West não disse quando entraria na corrida eleitoral, mas publicou a hashtag #2020VISION. O magnata norte-americano Elon Musk, CEO da Tesla e da SpaceX, disse que apoiaria o amigo. "Você tem todo meu apoio", escreveu o empresário, marido da cantora Grimes. Initial plugin text Os EUA terão eleições presidenciais em novembro deste ano, e os partidos Republicano e Democrata estão praticamente confirmando as candidaturas de Donald Trump, atual presidente, e Joe Biden, ex-vice de Barack Obama. As primárias de ambos os principais partidos estão quase encerradas, mas as regras eleitorais norte-americanas admitem candidaturas independentes. Kanye West e a Casa Branca Donald Trump e Kanye West se reúnem em Nova York em 2016 REUTERS/Andrew Kelly Não é a primeira vez que o rapper diz que quer ser presidente dos EUA. Durante o MTV Video Music Awards de 2015, West disse que disputaria as eleições de 2020 — o que gerou até brincadeiras por parte do então secretário de Imprensa do governo Obama, Josh Earnest: "Estamos ansiosos pelo slogan de sua campanha". No ano passado, durante encontro com Trump na Casa Branca, o cantor mostrou a foto de um pôster que dizia: "Keep America Great #Kanye2024", insinuando que ele concorreria à presidência em 2024 com um slogan parecido com o de Trump.

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Discos para descobrir em casa – ‘Novo aeon’, Raul Seixas, 1975

segunda-feira, 06 julho 2020 por Administrador

Capa do álbum 'Novo aeon', de Raul Seixas João Castrioto ♪ DISCOS PARA DESCOBRIR EM CASA – Novo aeon, Raul Seixas, 1975 ♪ O tempo fez justiça a Novo aeon, quarto álbum solo de estúdio de Raul Seixas. Ao ser lançado em novembro de 1975, Novo aeon até foi bem recebido por alguns críticos, só que, apesar de todo o investimento da gravadora Philips na promoção do disco nas rádios e TVs, o LP nem de longe roçou as vendas e a repercussão do LP antecessor Gita (1974). Foi preciso tempo para que o álbum Novo aeon se impusesse como um dos melhores discos da trajetória acidentada de Raul Santos Seixas (28 de junho de 1945 – 21 de agosto de 1989), gerando sucessos imortais para esse roqueiro baiano que adotara o nome artístico de Raulzito quando, em 1968, lançou o primeiro LP como líder d'Os Panteras, grupo que formara em Salvador (BA), cidade natal do cantor. Projetado em escala nacional três anos antes da edição do álbum Novo aeon, ao defender em 1972 a música Let me sing, let me sing (parceria do artista com Nadine Wisner) na sétima e última edição do Festival Internacional da Canção (FIC), Raul Seixas impactou para valer o universo da MPB com a edição do primeiro álbum solo, Krig-ha, bandolo! (1973), A rigor, esse disco foi o segundo álbum solo de Raul, pois, embora o cantor tivesse tido o nome omitido nos créditos da edição original do LP Os 24 maiores sucessos da era do rock, editado em maio de 1973, dois meses antes de Krig-ha, bandolo!, era ele o intérprete desse genérico disco com regravações de sucessos do rock'n'roll. Tanto que, após a fama, Raul foi devidamente creditado nas edições posteriores produzidas a partir de 1975. E tudo então fez sentido, pois Raul Seixas queria somente cantar o rock'n'roll dele, mas à moda brasileira. Inovador, Raul ergueu ponte que ligou o baião e o nordeste de Luiz Gonzaga (1912 – 1989) ao uah-bap-lu-bap-lah-béin-bum da geração dos anos 1950 que, escorada na fina estampa de Elvis Presley (1935 – 1977), mostrou ao mundo como se dançava o rock'n'roll. Com o selo da Sociedade Alternativa estampado na capa (logotipo que somente reapareceria na capa do último álbum solo de Raul, A pedra do gênesis, editado em 1988), o álbum Novo aeon flagrou o artista imerso em universo místico e ampliou a parceria de Raul com Paulo Coelho, desenvolvida no álbum anterior Gita. Contudo, Marcelo Motta também apareceu bem no disco como parceiro de Raul na criação de cinco das 13 músicas então inéditas que compuseram o repertório autoral do álbum Novo aeon – com a curiosidade de que os dois parceiros letristas assinaram juntos, com Raul, as duas músicas que se tornariam as mais populares desse repertório, Tente outra vez e A maçã. Tente outra vez abriu o disco e se impôs de cara como grande power-balada, hino de fé na vida em que o cantor pregou mensagem de resistência sem cair no discurso pueril da autoajuda. Balada cantada em falsete por Raul, A maçã versou sobre a liberdade de amar e de liberar o ser amado para vida sexual desamarrada da moral cristã e social. Entre Tente outra vez e A maçã, o álbum Novo aeon apresentou Rock do diabo (Raul Seixas e Paulo Coelho), cuja batida explicitou a devoção de Raul à seminal batida do rock'n'roll dos anos 1950. Também na batida do rock, flamejante como um grito, a música Eu sou egoísta (Raul Seixas e Marcelo Motta) defendeu, em letra complexa e por vezes mal compreendida, o fortalecimento do ego e de convicções individuais como forma de escapar dos dogmas religiosos e dos padrões sociais. Vale mencionar a citação, ao fim da faixa, do “Por que não?” da letra da marcha pop Alegria alegria (1967), primeiro sucesso do conterrâneo tropicalista Caetano Veloso. “O caminho do risco é o sucesso”, sentenciou Raul em verso de Caminhos (Raul Seixas e Paulo Coelho), composição arranjada de início na forma de balada até cair no suingue do samba à moda baiana, em outro atestado da brasilidade da obra de aura roqueira construída pelo Maluco beleza a partir dos anos 1970. A letra de Caminhos reapareceu falada no lado B do álbum em faixa intitulada Caminho II e também creditada a Eládio Gilbraz. Faixa aliciante, introduzida e finalizada com ambiência de gravação ao vivo, Tu és o MDC da minha vida (Raul Seixas e Paulo Coelho) fechou o lado A do LP com fluente flerte com a música dita cafona, feito por Raul com a autoridade de quem já tinha colaborado, como compositor e/ou produtor, de discos de cantores populares como Jerry Adriani (1947 – 2017) e Diana. Na abertura do lado B, A verdade sobre a nostalgia (Raul Seixas e Paulo Coelho) reconduziu o LP Novo aeon ao trilho roqueiro básico. Na sequência, Para Noia (Raul Seixas) apresentou o arranjo mais inventivo do disco para embalar música em que Raul versou sobre medo e culpa católica. Já Peixuxa (O amiguinho dos peixes) (Raul Seixas e Marcelo Motta) evocou o clima de Ob la di, ob-la-da (John Lennon e Paul McCartney, 1968) sem configurar um plágio de Raul. Cantada em inglês, com a participação de Space Glow (pseudônimo da cantora norte-americana Gloria Vaquer, mulher de Raul na época) a balada Sunseed também evocou o universo musical dos Beatles, corroborando a influência do som dos Fab Four na obra de Raul Seixas. Bem mais original, inclusive pela ácida crítica social que desacreditava do milagre econômico propagado pelo governo brasileiro na época, É fim de mês (Raul Seixas) alternou batuque afro-brasileiro com a cadência de baioque, em mais uma prova da habilidade do artista de conectar Luiz Gonzaga a Little Richard (1932 – 2020). Fechado com a música-título Novo aeon (Raul Seixas, Cláudio Roberto e Mauro Motta), country-rock que anunciou vinda de outra era, esse álbum de 1975 foi sendo cada vez mais incensado ao longo desses 45 anos. Até porque, após um quarto álbum de inéditas na Philips, Eu nasci há dez mil anos atrás (1976), Raul Seixas assinou contrato com a gravadora WEA e, aos poucos, diluiu a força da obra por força das circunstâncias. Primeiro dos três álbuns feitos na WEA, O dia em que a terra parou (1977) ainda fluiu bem, mas a crise criativa do artista ficaria evidenciada em discos seguintes como Mata virgem (1978) e Por quem os sinos dobram (1978). Raul Seixas atravessou os anos 1980 às voltas com problemas de alcoolismo e com discografia irregular, embora lampejos da criatividade inicial tenham espoucado em faixas de álbuns como Metrô linha 743 (1984). Ao sair de cena, aos breves 44 anos, na semana do lançamento do álbum A panela do diabo (1989), gravado com o discípulo Marcelo Nova, Raul Seixas já tinha ficado na história. E, com o tempo, se tornou mito, cultuado por séquito fiel. Disco produzido por Marco Mazzola, arranjado pelo maestro uruguaio Miguel Cidras (1937 – 2008) e gravado com músicos do trio Azymuth, além de virtuoses como o pianista Antonio Adolfo e o próprio Raul Seixas ao violão, Novo aeon justifica o culto. O tempo fez justiça a esse álbum que o próprio Raul Seixas já chegou a eleger como o ponto culminante de discografia com a qual o lendário artista manteve heroicamente hasteada a bandeira do rock no Brasil sombrio dos anos 1970.

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Lives de hoje: O Grande Encontro, Fernando e Sorocaba, Harmonia do Samba e mais shows

segunda-feira, 06 julho 2020 por Administrador

Neste domingo (5), Paula Fernandes, Detonautas, Psirico e Teresa Cristina também fazem transmissões. Veja horários. O Grande Encontro, Fernando e Sorocaba, Harmonia do Samba fazem lives neste domingo (5) Divulgação Elba Ramalho, Alceu Valença e Geraldo Azevedo, Fernando & Sorocaba, Harmonia do Samba fazem lives neste domingo (5). Veja a lista completa com horários das lives abaixo. O G1 já fez um intensivão no começo da onda de lives, constatou o renascimento do pagode nas transmissões on-line, mostrou também a queda de audiência do fenômeno e a polêmica na cobrança de direito autoral nas lives. Vou pro Sereno – 14h – Link Harmonia do Samba – 15h – Link O Grande Encontro – Alceu Valença, Elba Ramalho e Geraldo Azevedo – 16h – Link Fernando e Sorocaba – 16h30 – Link Paula Fernandes – 17h – Link Psirico (Samba de Roda do Psi) – 17h30 – Link Detonautas – 18h – Link Sapopemba (Em Casa com Sesc) – 19h – Link Breno e Caio Cesar – 20h – Link Teresa Cristina – 22h – Link As cenas de 'lives' da quarentena que já estão na história do entretenimento brasileiro

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Karol Conka retrata ‘Tempos insanos’ em single sombrio produzido por WC no Beat

segunda-feira, 06 julho 2020 por Administrador

♪ “Nem preciso dizer que eu tô no comando (é) / Nesse barco só fica quem estiver remando (vixi) / Carta na manga, já tenho os meus planos (hum) / Eu tô deslizando em tempos insanos” rima Karol Conka, no habitual tom empoderado, em versos de Tempos insanos. A artista apresenta essa música inédita em single lançado na sexta-feira, 3 de julho, simultaneamente com clipe produzido na cidade de São Paulo (SP) com efeitos visuais e intervenções gráficas, sob direção de Arthur Carratu e Haruo Kaneko, e com a colaboração do grafiteiro e escultor Jey 77 na direção de arte. Foi durante o isolamento social que Karol Conka compôs Tempos insanos, música que alude na letra a sentimentos da rapper curitibana durante a pandemia do covid-19. A batida sombria criada por WC no Beat valoriza a composição. Nome artístico do produtor e DJ capixaba Weslley Costa, WC no Beat deu forma ao single Tempos insanos em parceria com dois emergentes produtores norte-americanos, Ryan O’Neil e Xavi. Capa do single 'Tempos insanos', de Karol Conka Divulgação A música Tempos insanos é nova, mas a parceria de Karol Conka com o produtor de trapfunk já é recorrente. A artista integra o time de convidados do ainda inédito segundo álbum de WC no Beat, Griff, ao lado de nomes como Anitta e Ludmilla. No clipe de Tempos insanos, Karol Conka expõe notícias verídicas desse momento tenso do mundo através de recentes manchetes de jornais, vistas no clipe em espécie de colagem, como se os jornais fossem os papéis de parede de um ambiente fechado no qual a imagem da artista aparece sob diversas formas e cores, por conta de efeitos visuais. A ideia da artista com o single e o clipe de Tempos insanos foi “transmitir coragem e fé” nesse ano sombrio.

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Carmen Costa, cantora que desafiou a moral dos anos 1950, é revivida no centenário de nascimento

segunda-feira, 06 julho 2020 por Administrador

Intérprete de melodramáticos sambas-canção e de sucessos carnavalescos, artista foi do profano ao sacro em discografia que inclui discos com temas religiosos. ♪ MEMÓRIA – “Ele é casado e eu sou a outra / Que o mundo difama / Que a vida, ingrata, maltrata / E, sem dó, cobre de lama”. Versos como o do samba-canção Eu sou a outra (Ricardo Galeno, 1953) soaram como afronta aos ouvidos da machista e hipócrita sociedade brasileira da década de 1950. Ao desafiar a moral da época com a gravação desse folhetinesco samba-canção, a cantora fluminense Carmen Costa deu voz a um dos maiores sucessos da carreira – iniciada nos anos 1930 com o incentivo do cantor Francisco Alves (1898 – 1952), para quem trabalhara como empregada doméstica ao se mudar para a cidade do Rio de Janeiro (RJ) – em feito notável. O registro de Eu sou a outra foi um dos muitos feitos da longeva trajetória de Carmelita Madriaga (5 de julho de 1920 – 25 de abril de 2007), artista revivida neste ano de 2020 pelo centenário de nascimento, festejado neste domingo, 5 de julho, dia em que entra em rotação, em página criada no Facebook para celebrar os 100 anos de Carmen Costa, série de depoimentos em vídeo sobre a artista. Uma das primeiras cantoras negras a fazer sucesso na era do rádio, Carmen Costa iniciou a carreira associada ao cantor e compositor paulista Henrique Felipe da Costa (1908 – 1984), o Henricão, com quem formou dupla em 1938. Henricão foi o autor – em parceria com Rubens Campos (1912 – 1985) – dos dois primeiros sucessos da carreira solo da cantora, Está chegando a hora (composição inspirada na canção mexicana Cielito lindo) e Só vendo que beleza (samba-choro mais conhecido como Marambaia), ambos lançados no mesmo disco de 78 rotações editado em 1942. Dois anos após esse início retumbante, Carmen voltou às paradas em 1944 ao dar voz à malícia sensual de Xamego, parceria do então desconhecido Luiz Gonzaga (1912 – 1989) com Miguel Lima, autor da letra da música inicialmente intitulada Vira e mexe. Carmen Costa foi uma das primeiras cantoras negras a fazer sucesso no Brasil na era do rádio Reprodução / Capa de disco Interrompendo essa fase áurea da carreira, Carmen Costa se casou em 1945 com o norte-americano Hans van Koehler e foi viver nos Estados Unidos, voltando ao Brasil nos anos 1950, década em que se uniu na vida e na música com o baterista e compositor capixaba Mirabeau Pinheiro (1924 – 1991), autor de alguns sucessos dessa segunda fase da carreira de Carmen. A marcha Cachaça (Mirabeau Pinheiro, Lúcio de Castro, Héber Lobato e Marinósio Filho, 1953) – sucesso eterno dos Carnavais – e o samba-canção Quase (Mirabeau Pinheiro e Milton de Oliveira, 1955) figuraram entre as mais expressivas contribuições de Mirabeau para o repertório da cantora. Intérprete original da Marcha do Bola Preta (Segura a chupeta) (Nelson Barbosa e Vicente Paiva, 1961), Carmen Costa animou muitos Carnavais, mas foi do profano ao sacro na discografia. Em fase de menor visibilidade, a cantora gravou temas religiosos nos álbuns Benditos, hinos e ladainhas (1983) e Com fé eu vou (1997). Este foi o derradeiro título de discografia que inclui álbum gravado ao vivo por Carmen com Agnaldo Timóteo e editado em 1981. Tombada em 2003 como patrimônio cultural do Brasil pela Câmara Municipal do Rio de Janeiro, a cantora deixou álbuns relevantes como o Carmen Costa de 1980, disco conceitual com canções sobre o universo da prostituição feminina. Outra proeza desta bela voz centenária que teve a coragem de se anunciar como “a outra” no áureo ano de 1953.

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