Johnny Hooker apronta, para 2021, álbum inspirado em jornada erótica pelo Recife
♪ Anunciado por Johnny Hooker em janeiro e de início programado para ser lançado neste ano de 2020, o terceiro álbum do artista pernambucano teve as gravações atrapalhadas pela pandemia, mas está quase concluído. Previsto para o primeiro semestre de 2021, o disco tem repertório autoral composto com inspiração em dois temas, sexo e Recife (PE), cidade onde Hooker nasceu em agosto de 1987 – com o nome de John Donovan Maia – e na qual viveu por 21 anos. A principal referência e fonte de inspiração do álbum é o livro Orgia – Diários de Tulio Carella – Recife, 1960. Editado no Brasil em 1968 e amaldiçoado na época, mas cultuado com o tempo no universo gay, o livro narra as aventuras sexuais do dramaturgo, ensaísta e poeta argentino Tulio Carella (1919 – 1972) pelo Recife (PE) em 1960. Neste ano, ao vir à capital de Pernambuco para honrar compromisso profissional, Carella se encantou com os homens da cidade e iniciou jornada erótica com a população masculina local. A partir desse universo erótico, Hooker fez músicas formatadas em estúdio com estética pop. O álbum é o primeiro de Johnny Hooker desde Coração (2017), disco lançado há três anos.
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MC Rebecca e Elza Soares ressignificam adjetivos relativos à negritude no single ‘A coisa tá preta’
♪ “Por que que a fome é negra, se negra é a beleza?/ Se todo mundo canta e tá feliz, é que a coisa tá preta”. Esses versos de A coisa tá preta – composição inédita gravada por MC Rebecca com Elza Soares – dão o tom afetuosamente engajado da música que será lançada em single na sexta-feira, 27 de novembro. Em A coisa tá preta, parceria de Rebecca com os compositores Jefferson Junior e Umberto Tavares, as cantoras cariocas ressignificam adjetivos relativos à negritude, atribuindo positividade a esses adjetivos até então envolvidos em aura de negatividade na sintaxe da língua portuguesa por conta do racismo enraizado na sociedade brasileira. A conexão de Elza Soares com MC Rebecca no single A coisa tá preta é significativa por si só, até porque une duas artistas nascidas e criadas no subúrbio carioca em diferentes gerações e épocas. Rebecca Alves tem 22 anos. Elza completou 90 bravos anos em 2020. Embora associada primordialmente ao funk carioca, MC Rebecca deu os primeiros passos artísticos no universo do samba, como passista da escola de samba Salgueiro, e desde que se lançou como cantora vem lutando para escapar do enquadramento em rótulos mercadológicos. Elza Soares também veio orgulhosamente do mundo do samba, mas tampouco aceitou ficar restrita a nichos e segmentos musicais, extrapolando rótulos com a voz cheia de bossa negra, sobretudo a partir do álbum Somos iguais (1985). Tanto Elza como MC Rebecca são exemplos de que o adjetivo preta deve denotar beleza e positividade.
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Gal Costa celebra Luiz Melodia ao maturar ‘Juventude transviada’ com Seu Jorge
Capa do single 'Juventude transviada', de Gal Costa com Seu Jorge Divulgação Resenha de single Título: Juventude transviada Artistas: Gal Costa e Seu Jorge Compositor: Luiz Melodia Edição: Biscoito Fino Cotação: * * * 1/2 ♪ Das quatro músicas já reveladas do álbum em que Gal Costa revisita o próprio repertório em dueto com dez cantores de diferentes estilos e gerações, Juventude transviada é a composição menos associada de imediato à voz cristalina da cantora. Até porque a música de 1975 não foi lançada por Gal. A artista gravou o samba torto de Luiz Melodia (7 de janeiro de 1951 – 4 de agosto de 2017) no álbum Gal tropical (1979) e o regravou, após 25 anos, no CD e DVD Gal Costa ao vivo (2006) ao fazer o registro audiovisual do show Hoje (2005 / 2006). A terceira gravação de Juventude transviada por Gal junta a artista baiana com o cantor carioca Seu Jorge em single que chega ao mercado fonográfico na sexta-feira, 27 de novembro, em edição da gravadora Biscoito Fino. Música apresentada em 1975 na trilha sonora da novela Pecado capital (TV Globo, 1975 / 1976), meses antes de ser incluída no segundo álbum de Melodia, Maravilhas contemporâneas (1976), Juventude transviada está no disco revisionista de Gal – idealizado pelo diretor artístico Marcus Preto para celebrar os 75 anos completados pela cantora em 26 de setembro – como forma de evocar a presença emblemática de Luiz Melodia na carreira da artista. Como está na história da música brasileira, coube a Gal – por iniciativa de Waly Salomão (1943 – 2003) – a proeza de apresentar a obra do compositor carioca ao Brasil quando deu voz a Pérola negra (Luiz Melodia, 1971) no show Fa-Tal – Gal a todo vapor (1971 / 1972). Desde então, os nomes de Gal e Melodia ficaram eternamente associados um ao outro. O convite a Seu Jorge para reviver Juventude transviada com Gal reforça o link em gravação introduzida pela percussão de Gabriel Vaz e feita de forma remota com produção musical dividida entre Seu Jorge e Felipe Pacheco Ventura, responsável pelo arranjo de cordas. A propósito, neste atual registro de Juventude transviada, as cordas soam proeminentes, incisivas, tirando o protagonismo do toque do violão posto por Seu Jorge com sensibilidade em estúdio da cidade de São Paulo (SP). O dueto entre Gal e Seu Jorge resulta estranho – e a estranheza, no caso, jamais deve ser entendida como algo negativo, até pela natureza nada ortodoxa da obra de Melodia. É a voz de Seu Jorge a primeira a ser ouvida na gravação de quase quatro minutos. De início, o canto de Jorge soa demasiadamente grave, baixo, cavernoso, como um sussurro. Aos poucos, o cantor eleva (um pouco) o tom, se aproximando do registro vocal habitual. A voz de Gal é ouvida quando a gravação se aproxima do minuto e meio. “Cada cara representa uma mentira” é o primeiro verso de Juventude transviada ouvido na voz da cantora e, de cara, se percebe uma interpretação bem mais maturada do que a já mencionada gravação do álbum Gal tropical. Nos dois minutos finais do single, Gal e Jorge se alternam no canto dos versos surrealistas de Melodia até a fusão virtual das vozes no verso final “Uma mulher não deve vacilar”. Mesmo sem reeditar o pico de sedução dos duetos de Gal com Rodrigo Amarante em Avarandado (Caetano Veloso, 1967), com Zeca Veloso em Nenhuma dor (Caetano Veloso e Torquato Neto, 1967) e com Zé Ibarra em Meu bem, meu mal (Caetano Veloso, 1981), o dueto da cantora com Seu Jorge em Juventude transviada reitera o alto nível artístico do álbum comemorativo dos 75 anos de Gal Costa.
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Ludmilla grava show de pagode no Pão de Açúcar, ponto turístico do Rio
Ludmilla rebobina o repertório do EP 'Numanice' em gravação audiovisual do Pão de Açúcar Ygor Marques / Divulgação ♪ Ludmilla subiu o bondinho do Pão de Açúcar para cair no samba. Na quarta-feira, 25 de novembro, a cantora e compositora fechou o Pão de Açúcar – um dos cartões-postais da cidade do Rio de Janeiro (RJ) – para fazer o registro audiovisual de show inspirado pelo EP de pagode da funkeira fluminense, Numanice, lançado em abril. Na gravação ao vivo, que vai gerar álbum e conteúdo audiovisual para as plataformas de vídeo, a artista recebeu convidados como o cantor Thiaguinho. No show fechado, Ludmilla rebobinou o repertório do EP Numanice, deu voz a música inéditas – a serem provavelmente lançadas em singles antes do álbum – e regravou sucessos do pagode. O registro audiovisual do show de pagode foi feito por Ludmilla no Pão de Açúcar sob a direção musical do produtor e arranjador Rafael Castilhol.
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Sônia Braga: 10 filmes essenciais
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‘Solo para vialejo’, de Cida Pedrosa, é eleito livro do ano no Prêmio Jabuti; veja vencedores
'Torto Arado', de Itamar Vieira Junior, venceu a categoria romance literário. Cerimônia virtual premiou autores brasileiros na noite desta quinta (26). 'Solo para vialejo', de Cida Pedrosa, é eleito livro do ano no Prêmio Jabuti Divulgação/ Prêmio Jabuti O Prêmio Jabuti anunciou, nesta quinta-feira (26), os vencedores de sua 62ª edição. O livro de poesia "Solo para vialejo", da autora Cida Pedrosa, foi eleito livro do ano na premiação. Lançada em outubro de 2019, a obra da pernambucana é um poema épico-lírico que acompanha uma viagem do litoral ao sertão, repleto de referências musicais. Além do troféu, Pedrosa vai receber o prêmio de R$ 100 mil. Em entrevista ao G1 após o anúncio, a escritora comemorou. "Sou a primeira mulher pernambucana a ganhar esse prêmio. Hoje, por coincidência, é aniversário do meu filho, Vladimir Pedrosa, que também é poeta. Eu estou numa felicidade só. Foram dois anos de escrita. É um longo poema em que eu faço a volta do mar para o Sertão, andando pela BR-232, fazendo uma viagem histórica, imaginária, de memórias pessoais", disse. “Nesse livro, é como se eu fosse fazendo os caminhos que os negros, negras e índios fizeram para o Sertão. É a história do meu povo, de Bodocó, uma cidade quem tem músicos incríveis. Vou contando desse som, dessas imagens. É uma viagem para dentro de mim e para dentro do Brasil." O vencedor da categoria romance literário foi "Torto Arado", do autor baiano Itamar Vieira Junior. O escritor desbancou "Essa gente", de Chico Buarque. O romance acompanha as irmãs Bibiana e Belonísia, que encontram uma misteriosa faca na mala guardada sob a cama da avó. Por causa da pandemia de coronavírus, a cerimônia foi realizada de modo virtual. A escritora brasileira Adélia Prado foi homenageada como Personalidade Literária da edição. No total, são 20 categorias, divididas entre quatro eixos: Literatura, Ensaios, Livro e Inovação. Segundo a organização, este ano, o prêmio teve um aumento de 20% no número de inscritos (2.599 no total). Os primeiros colocados de cada categoria receberão o troféu Jabuti e R$ 5 mil. Confira a lista de vencedores: Livro do ano "Solo para vialejo" | Autor(a): Cida Pedrosa | Editora(s): Cepe Editora Literatura Romance Literário "Torto arado" | Autor(a): Itamar Vieira Junior | Editora(s): Todavia Conto "Urubus" | Autor(a): Carla Bessa | Editora(s): Confraria do Vento Crônica "Uma furtiva lágrima" | Autor(a): Nélida Piñon | Editora(s): Record Histórias em Quadrinhos "Silvestre" | Autor(a): Wagner Willian | Editora(s): Darkside Books Infantil "Da minha janela" | Autor(a): Otávio Júnior | Editora(s): Companhia das Letrinhas Juvenil "Palmares de Zumbi" | Autor(a): Leonardo Chalub | Editora(s): Nemo Poesia "Solo para vialejo" | Autor(a): Cida Pedrosa | Editora(s): Cepe Editora Romance de Entretenimento "Uma mulher no escuro" | Autor(a): Raphael Montes | Editora(s): Companhia das Letras Ensaios Artes "AI-5 50 ANOS – Ainda não terminou de acabar" | Autor(a): Gabriel Zacarias, Galciani Neves, Izabela Pucu, Alexandre Pedro de Medeiros, Caroline Schroeder, Carolina de Angelis, Luise Malmaceda, Theo Monteiro, Pedro Borges, Paulo Cesar Gomes, Paulo Miyada e Priscyla Gomes | Editora(s): Instituto Tomie Ohtake Biografia, Documentário e Reportagem "Escravidão: do primeiro leilão de cativos em Portugal até a morte de Zumbi dos Palmares: Volume 1" | Autor(a): Laurentino Gomes | Editora(s): Globo Livros Ciências "Futuro presente: o mundo movido à tecnologia" | Autor(a): Guy Perelmuter | Editora(s): Companhia Editora Nacional Ciências Humanas "Pequeno manual antirracista" | Autor(a): Djamila Ribeiro | Editora(s): Companhia das Letras Ciências Sociais "130 anos: Em busca da República" | Autor(a): Edmar Bacha, José Murilo de Carvalho, Joaquim Falcão, Marcelo Trindade, Simon Schwartzman e Pedro Malan | Editora(s): Intrínseca Economia Criativa "Ecochefs: parceiros do agricultor" | Autor(a): Instituto Maniva | Editora(s): Senac Rio Livro Capa "Penitentes – Dos ritos de sangue à fascinação do fim do mundo" | Capista: Luisa Malzoni, Isabel Santana Terron e Beatriz Matuck | Editora(s): Tempo d'Imagem Ilustração "Cadê o livro que estava aqui?" | Ilustrador(a): Jana Glatt Rozenbaum | Editora(s): FTD Educação Projeto Gráfico "Arquiteturas contemporâneas no Paraguai" | Responsável: Maria Cau Levy, Christian Salmeron, Ana David e André Stefanini | Editora(s): Escola da Cidade e Romano Guerra Editora Tradução "Bertolt Brecht: Poesia" | Tradutor(a): André Vallias | Editora(s): Perspectiva Inovação Fomento à Leitura FLUP – Festa Literária das Periferias | Responsável: Julio Ludemir Livro Brasileiro Publicado no Exterior "Lorde" | Editora(s): Grupo Editorial Record, Two Lines Press
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Djavan tem editado no Brasil o álbum que gravou em 1987 para os Estados Unidos
As três faixas em inglês são os chamarizes de 'Bird of paradise' para quem coleciona a discografia do artista. ♪ Até então inédito no mercado fonográfico do Brasil, o álbum Bird of paradise ganha a primeira edição nacional nesta sexta-feira, 27 de novembro, via Sony Music. Bird of paradise é disco gravado por Djavan em 1987 nos Estados Unidos, através da gravadora CBS, com três inéditas faixas em inglês direcionadas para o público norte-americano. Feito somente em edição digital, o lançamento de Bird of paradise no Brasil traz à tona disco que expôs o alcance planetário do cancioneiro de Djavan, cantor, compositor e músico alagoano projetado no Brasil a partir de 1975. Dos grandes compositores de MPB, Djavan e Ivan Lins foram os que seguiram com mais êxito os caminhos abertos pelo soberano Antonio Carlos Jobim (1927 – 1994) no mercado musical dos Estados Unidos. Até porque tanto Djavan quanto Ivan Lins construíram obras que dialogam com o jazz. No caso específico de Djavan, a conquista do mercado norte-americano como compositor começou quando a cantora norte-americana de jazz Carmen McRae (1920 – 1994) gravou com Cal Tjader (1925 – 1982) – músico americano que alcançou fama no nicho do jazz latino – versão em inglês do samba Flor de lis (Djavan, 1976) intitulada Upside down e lançada nos EUA em 1982. Seguindo nessa trilha, o quarteto vocal norte-americano The Manhattan Transfer incluiu no álbum Brasil, editado em 1987, versão em inglês da balada Esquinas (Djavan, 1984), rebatizada So you say – título que reproduz a sonoridade do verso inicial (“Só eu sei”) da letra original em português da canção. Foi nesse contexto favorável para a música de Djavan no mercado fonográfico dos Estados Unidos que a gravadora CBS sugeriu ao cantor lançar disco com músicas em inglês. Capa do álbum 'Bird of paradise', de Djavan Divulgação A rigor, Bird of paradise é desdobramento do oitavo álbum de Djavan, Não é azul, mas é mar, gravado em 1987 nos Estados Unidos – com produção musical do norte-americano Ronnie Foster – para o Brasil, país onde foi lançado naquele mesmo ano de 1987, com adesão popular menor do que as obtidas por discos anteriores do artista. Ambos os álbuns trazem o mesmo repertório, apresentado com os mesmos arranjos e bases instrumentais. Embora extraída do mesmo ensaio fotográfico, a imagem do artista na capa é outra. Mas a diferença substancial entre Bird of paradise e Não é azul, mas é mar reside nas três faixas em inglês. São versões de músicas do álbum original. A música-título Bird of paradise é a versão em inglês – escrita por Michael Franks – de Navio (1987), parceria de Djavan com os filhos Max Viana e Flávia Virgínia, ambos então dando os primeiros passos na música. Stephen's kingdown é Soweto (Djavan, 1987) na versão em inglês de Brock Walsh, também autor da letra em inglês de Miss Susanna, versão da canção Florir (Djavan, 1987). Embora feito para os Estados Unidos, o álbum Bird of paradise foi lançado em escala planetária pela gravadora CBS, em 1988, ampliando o alcance da música de Djavan no universo pop. Contudo, no Brasil, o disco nunca foi editado, embora a edição importada pudesse ser encontrada em algumas lojas das cidades de Rio de Janeiro (RJ) e São Paulo (SP).
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Memorial da Televisão Aberta Brasileira propõe imersão digital e interativa nos 70 anos da TV
Iniciativa da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão conta história com mais de mil itens, 700 fotos e quase 30 vídeos em museu virtual. Memorial da Televisão Aberta Brasileira propõem imersão por décadas na história da televisão brasileira Divulgação/ABERT Para celebrar os 70 anos da televisão, a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (ABERT) lança o Memorial da Televisão Aberta Brasileira nesta sexta-feira (27), a partir das 8h. No museu virtual, é possível navegar entre as sete décadas da televisão brasileira e ver 700 fotos, 28 vídeos e mais de mil itens que fizeram parte de cenários, estúdios e programas de televisão. "É muito importante para ABERT preservar a memória da TV aberta no Brasil. Como todo museu, ele vai estar sempre aberto para que a gente possa trazer novos vídeos, novas fotos e novos itens", explicou Flávio Lara Resende, presidente da associação, em entrevista coletiva. A data coincide com o aniversário de 58 anos da instituição que representa mais de três mil emissoras privadas de rádio e televisão do país. "É um presente para o público que gosta, entende e curte televisão", continua Resende. Memorial da Televisão Aberta retrata anos 2000 com destaque para reality shows, programas jornalísticos e novelas Divulgação/ABERT 'História de todos nós' Por conta da pandemia, a ABERT resolveu criar essa alternativa virtual para celebrar as datas comemorativas e vai conseguir amplificar o público, já que não é preciso estar presencialmente em São Paulo, Rio ou qualquer outra cidade para ter acesso ao museu, que está disponível no site. “A ideia é que fique esse legado para sempre, para a história da TV brasileira e em três línguas (português, inglês e espanhol) que é justamente para que a gente extravase os limites territoriais", afirma o curador Elmo Francfort. Público pode navegar virtualmente pela história da televisão no Memorial da Televisão Brasileira Divulgação/ABERT Para chegar ao resultado final, a ABERT teve o apoio de equipes dentro das emissoras afiliadas que ajudaram com o material de acervo necessário. A composição dos cenários de cada década foi feita a partir de fotos, mas também houve o apoio de cenógrafos que trabalharam nas emissoras com a intenção de reproduzir de forma bem próxima à realidade de cada época. Outra preocupação era equilibrar o espaço e conteúdo igualmente entre as diferentes empresas. "A história da televisão é a história de todos nós. Ela vai desde da fase experimental, antes da década de 50, até a atualidade", explica Francfort. Evolução da TV entre as décadas Cada sala conta a história de cada uma das sete décadas e o visitante pode interagir com vídeos, fotos e textos de cada item destacado. O começo da televisão com a TV Tupi de Assis Chateaubriand nos anos 50, a visita à Lua e a nave da Xuxa são alguns dos destaques. A era dos festivais, o primeiro Jornal Nacional e os programas infantis como "Capitão Furacão", "Vila Sésamo" também têm presença garantida no museu virtual, assim como os programas de auditório e seus apresentadores. Representação dos anos 70 no Memorial da Televisão Brasileira, disponível a partir desta sexta (27) Divulgação/ABERT Além do destaque por década, fica disponível nesta sexta uma playlist com as trilhas de todas novelas do acervo do Memorial. "A gente tinha que elencar o que tinha sido significativo, o que tinha sido emocionante e o que tinha um apelo muito emocional em relação ao público", explica Marcelo Jackow, diretor de arte da Caselúdico, empresa parceira do projeto. "Quando as pessoas navegarem com áudio, com as imagens todas, podendo acessar todos os acervos, galerias, a gente acredita que elas vão se emocionar demais. Quase como se estivesse visitando um parente que há muito tempo não vê nas décadas passadas", continua. A montagem online permitiu que um pouco do estilo de cada programa fosse representado nas salas e homenagens a Chacrinha, Hebe Camargo, Ayrton Senna, Gugu Liberato e Tom Veiga, intérprete do Louro José. Além dos programas mais tradicionais, há também espaço para os reality shows, fenômeno dos anos 2000 que faz sucesso até hoje. "A gente teve essa preocupação, de não só colocar todas as emissoras, mas também todos os gêneros", explica Francfort ao falar sobre a sala dos anos 2000, que destaca o formato. Público pode ver personagens marcantes da televisão na década de 2010 do Memorial da Televisão Aberta Brasileira Divulgação Já a conclusão em 2010 é descrita por Jackow como um momento de celebração: "A festa que a gente queria que acontecesse para o lançamento da exposição, a gente deixou como sendo o final para o público encontrar os personagens". No ambiente é possível ver mais de 2000 figuras que contribuíram para a história da televisão. "A ideia também é que cada uma dessas pessoas fossem compondo cada um dos pontos da televisão. Cada pixel, cada pontinho da tela é como se fosse cada uma delas", finaliza Francfort. LEIA MAIS: Televisão completa 70 anos no Brasil: relembre as primeiras vezes que a TV inovou no ar Televisão no Brasil faz aniversário: Os 70 anos da TV em 70 FOTOS Cenas e personagens inesquecíveis fazem parte da história dos 70 anos da TV no Brasil VÍDEOS: Semana Pop explica temas do entretenimento
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Chrissy Teigen desabafa em rede social e diz que está com depressão após perda de bebê
'Estou em um poço de luto e depressão', escreveu a modelo casada com John Legend. Chrissy Teigen no dia em que perdeu o terceiro filho Reprodução/Instagram/ChrissyTeigen Chrissy Teigen usou as redes sociais para desabafar sobre o momento pelo qual está passando e disse que está em um "poço de luto e depressão". Em outubro, o bebê que a modelo e o marido, o cantor John Legend, estavam esperando morreu após o parto. "Não estou tuitando muito porque, honestamente, estou em um poço de luto e depressão. Mas não se preocupem. Tenho bastante ajuda ao meu redor para ficar bem e me reestabelecer logo", escreveu a modelo no Twitter. Initial plugin text Em resposta a uma seguidora que comentou sua publicação, Teigen ainda escreveu: "Estou em uma bolha muito escura, incapaz de expressar o que está acontecendo e fazendo o melhor que eu posso. Me sinto destruída e tudo que sei é que isso é o oposto de estar consertada – eu sei que não é tão fácil, mas é tudo que posso pensar no momento." Jack, nome que o casal havia escolhido para o terceiro filho, morreu no parto no início de outubro. A modelo teve complicações durante a gestação e passou um período internada. Nas redes, ela havia explicado que estava na metade da gestação e com um sangramento significativo. "Jack lutou tanto para fazer parte de nossa pequena família, e ele será, para sempre. Nós sempre te amaremos", postou a modelo junto com algumas imagens em que aparece com o bebê nos braços. VÍDEOS: Saiba tudo sobre entretenimento com o Semana Pop:
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Ivete Sangalo e MC Zaac erram na mistura de funk com baticum baiano no single ‘Não pode parar’
Capa do single 'Não pode parar', de Ivete Sangalo com MC Zaac Divulgação Resenha de single Título: Não pode parar Artistas: Ivete Sangalo e MC Zaac Compositores: Ivete Sangalo, MC Zaac, Radamés Venâncio e MC Vigary Edição: Universal Music Cotação: * * ♪ Na letra autorreferente de Não pode parar, música inédita que junta Ivete Sangalo com MC Zaac, os convidativos versos “Vem com o Zaac e vem com a Ivete / Se quer batida do funk, mistura de Sampa, tambor e Bahia” dão a pista do single lançado na noite de quinta-feira, 26 de dezembro, em edição da gravadora Universal Music. Em tese, a mistura do batidão do funk com o baticum baiano poderia ter gerado single explosivo. Na prática, a gravação de Não pode parar resulta morna. A energia soa fake. Feita no estúdio baiano Praia do Forte com produção musical do maestro de Ivete, Radamés Venâncio, a gravação da estrela da axé music com o funkeiro paulista não deu liga. De autoria dos cantores com Radamés e com MC Vigary, a música em si, insossa, contribuiu para a mistura ter desandado. Não pode parar é música sem o calor dos tambores que embasam a música afro-baiana. Tampouco tem a pulsação dos melhores funks. Tanto que o único charme da gravação é a voz de uma das filhas gêmeas de Ivete ouvida no início (“Vamos começar o show?”) e no fim (“Bota de novo, mamãe”) da gravação de Não pode parar. Não dá para ferver no baile e tampouco ir atrás do trio elétrico…
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