Gusttavo Lima promove ‘Tô torcendo’, quarto single da gravação do show ‘The legacy’
♪ Gusttavo Lima apresenta outra música do ainda inédito álbum ao vivo e DVD O embaixador – The legacy, duas semanas após lançar o single Tudo que eu queria, com regravação de música de Raphael Moura lançada em 2018 nas vozes da dupla Maycon & Vinicius. Disponibilizado na noite de quinta-feira, 5 de novembro, o single Tô torcendo traz o registro ao vivo da composição de Thamara Castro, Felipe Marins e Paulinha Copetti. Trata-se do quarto single extraído gravação ao vivo de inédito show captado em 28 de julho, sob direção de Anselmo Trancoso, em apresentação feita por Gusttavo Lima na Villa Cavalcare, em Goiânia (GO), com cenário inspirado na série Game of Thrones e com produção musical orquestrada pelo cantor com Reinaldo Meirelles. Antes dos singles Tudo que eu queria e Tô torcendo, o artista apresentou as músicas De menina para mulher (Thawan Alves, Thales Gui, Vinni Miranda, Gui Prado e Allef Rodrigues) e Café e amor (Gabriel Vittor, Normani Pelegrini, Rodolfo Alessi e Miguell). O vídeo com o registro audiovisual da música Tô torcendo entra em rotação a partir das 11h desta sexta-feira, 6 de novembro, no canal oficial de Gusttavo Lima no YouTube.
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System of a Down lança músicas após 15 anos para falar sobre conflito armado
Além de divulgar duas faixas, grupo ainda pede doações para auxiliar afetados por ataques em Artsakh e na Armênia. System of a Down toca na Arena Anhembi, em SP, em 2015 Flavio Moraes/G1 A banda System of a Down lançou, de surpresa, nesta sexta-feira (6), duas músicas após 15 anos sem inéditas. O projeto chama a atenção para o conflito armado entre o Azerbaijão e a Armênia. Em um comunicado publicado em suas páginas oficiais, a banda anuncia o lançamento das faixas "Protect the Land" e "Genocidal Humanoidz" – "ambas falam de uma terrível e séria guerra sendo perpetrada na nossa pátria cultural de Artsakh e da Armênia" – e pedem doações para auxiliar afetados com os ataques. "Nós, enquanto System Of A Down, acabamos de lançar novas músicas pela primeira vez em 15 anos. A hora de fazer isso é agora, já que juntos, nós quatro temos algo extremamente importante a dizer como uma voz unificada. Essas duas músicas, 'Protect the Land' e 'Genocidal Humanoidz', falam de uma terrível e séria guerra sendo perpetrada na nossa pátria cultural de Artsakh e da Armênia”, escreveu o grupo, antes de explicar sobre o conflito. Initial plugin text "Em 27 de setembro, as forças combinadas do Azerbaijão e da Turquia (ao lado de terroristas do ISIS da Síria) atacaram a República de Nagorno-Karabakh, que nós como armênios chamamos de Artsakh. Ao longo do último mês, civis jovens e velhos foram acordados dia e noite por visões assustadores e sons de ataques de foguetes, bombas caindo, mísseis, drones e ataques terroristas. Eles tiveram de transformar abrigos temporários em santuários, tentando evitar a queda de bombas fora da lei chovendo em suas ruas e casas, hospitais e lugares de adoração. E por quê?." "Porque mais de 30 anos atrás, em 1988, os armênios de Nagorno-Karabakh (que na época era uma Oblast Autônoma dentro da União Soviética), estavam cansados de serem tratados como cidadãos de segunda classe e decidiram declarar sua merecida independência da República Soviética Socialista do Azerbaijão cujas bordas engoliam as suas. Isso eventualmente levou a uma guerra de auto-determinação pelos armênios em Karabakh contra o Azerbaijão que terminou com um cessar-fogo em 1994, com armênios retendo controle de suas terras natais ancestrais e mantendo a sua independência até o presente. Nosso povo vive ali por milênios, e para a maioria das famílias ali, é a única casa que eles e seus antecessores jamais conheceram. Eles só querem viver em paz como têm feito há séculos." "Há uma necessidade imediata de cidadãos globais em apelar a seus respectivos governos a não apenas condenar as ações desse regime corrupto, mas também insistir que os líderes mundiais ajam com urgência para trazer paz à região e merecidamente reconhecer Artsakh como a nação independente que é." "Mais importante e urgente ainda, nós humildemente imploramos que você doe, pequenas ou grandes quantias, para fornecer ajuda para necessidades e suprimentos básicos para aqueles afetados adversamente com o que são cada vez mais relatos de crimes contra a humanidade", pede o grupo. "Imaginamos que para muitos de vocês, há maneiras mais convenientes que vocês preferem para ouvir música, então considerem a oportunidade de fazer o download dessas músicas como um ato de caridade acima de tudo." A banda disponibilizou o link para o download e as doações em seu site oficial. "Começaram uma guerra durante a pandemia; é brutal", diz vocalista do System Of A Down Em outubro, Serj Tankian, vocalista da banda e ativista político, falou ao Jornal da Globo sobre o conflito armado. "Eu acho que o mundo inteiro está muito ocupado com a Covid e tentando cuidar do seu próprio povo, com as eleições nos Estados Unidos e aqui na Nova Zelândia, onde estou agora. Todo mundo tem suas próprias questões, recessão econômica, desemprego… Tem muita coisa acontecendo no mundo e todos estão realmente se fechando. Mas eu não acredito que foi por acaso que Azerbaijão e Turquia escolheram o momento em que o mundo está sofrendo – inclusive a Armênia, que tem uma grande quantidade de casos, para fazer esse ataque. É realmente muito brutal quando você pensa que começaram uma guerra durante uma pandemia. É muito brutal", disse o músico.
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Johnny Depp deixa franquia ‘Animais fantásticos’ após perder ação contra jornal que o chamou de ‘espancador de esposa’
Em nota, ele disse que foi 'convidado pela Warner Bros. a renunciar ao papel': 'eu respeitei e concordei com esse pedido'. Nesta semana, o ator perdeu a ação que movia contra um tabloide inglês; ator afirmou que vai recorrer da decisão do tribunal britânico. Johnny Depp fala de 'Animais Fantásticos: Os Crimes de Grindelwald' na Comic-Con 2018 Chris Pizzello/Invision/AP O ator Johnny Depp, de 57 anos, não vai mais interpretar Gellert Grindelwald na franquia "Animais fantásticos", do universo de "Harry Potter", segundo um comunicado divulgado em seu Instagram nesta sexta-feira (6). "Gostaria de informar que fui convidado pela Warner Bros. a renunciar ao meu papel como Grindelwald em 'Animais fantásticos' e eu respeitei e concordei com esse pedido." Nesta semana, o ator perdeu a ação que movia contra um tabloide inglês que o chamou de "espancador de esposa". O juiz responsável pelo caso afirmou ter aceitado alegações da ex-mulher do ator – a atriz Amber Heard, de 34 anos – de que ele a havia agredido durante seu relacionamento, que durou cinco anos. Na nota desta sexta, Depp disse que vai recorrer da decisão. "O julgamento surreal do tribunal do Reino Unido não mudará minha luta para dizer a verdade e confirmo que pretendo apelar. Minha decisão continua forte e pretendo provar que as acusações contra mim são falsas. Minha vida e carreira não serão definidas por este momento." Initial plugin text Ação contra jornal Depp processou o News Group Newspapers, os editores do "Sun" e um de seus jornalistas, Dan Wootton, por causa de um artigo de 2018 que afirmava que ele tinha sido violento com Heard. O juiz Andrew Nicol decidiu que as alegações do jornal eram "substancialmente verdadeiras". Ao longo de três semanas na Suprema Corte de Londres, em julho, o juiz ouviu Depp e Heard. Segundo a atriz, Depp se tornava ciumento depois de consumir drogas e álcool e, com frequência, ameaçava matá-la. VÍDEOS: Semana Pop explica temas do entretenimento
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Anitta lima emoção real de ‘canção de feriado’ gravada em inglês e espanhol para os Estados Unidos
Capa do single 'Amor real (Holiday song)', de Anitta Reprodução Resenha de single Título: Amor real (Holiday song) Artista: Anitta Compositores: Abby-Lynn Keen, Anitta, Declan Hoy, Kirk Robinson, Mark Cory Rooney, Mark Morales, Nathaniel Robinson e Roy Hammond Edição: Warner Music Cotação: * * ♪ Amor real. O título do single lançado por Anitta sem aviso prévio nesta sexta-feira, 6 de novembro, faz supor inédita música em português da cantora e compositora carioca. Pista falsa. Como entrega o subtítulo em inglês Holiday song, Amor real é canção de espírito sentimental gravada por Anitta – com letra bilíngue que alterna versos em espanhol e em inglês – a convite de loja de departamento dos Estados Unidos. Direcionada para o mercado latino norte-americano, inclusive para o público de ascendência hispânica, a gravação de Amor real tem batida sintetizada de pegada latina que dilui o sentimentalismo geralmente entranhado nas letras de “canções de feriado”, sobretudo as de Natal. A produção musical do single Amor real foi feita por Abby-Lynn Keen e Declan Hoy, nomes também responsáveis pelas programações da faixa. Keem e Hoy ainda assinam a música juntamente com Kirk Robinson, Mark Cory Rooney, Mark Morales, Nathaniel Robinson e Roy Hammond, além da própria Anitta. O vasto time de compositores sinaliza que Amor real é mais uma canção produzida em escala industrial, sem qualquer resquício de emoção real.
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Péricles reforça time de cantores que caem no samba popularizado pelo Ara Ketu em 1998
♪ Péricles se junta ao time de cantores que não resistiram ao poder aliciante da música Mal acostumada. No quarto EP com músicas do álbum Tô achando que é amor, o cantor paulista procura ambientar em clima de pagode de mesa a composição de autoria de Meg Evans e Ray Araújo. Apresentada com batida forrozeira em 1997 na gravação original feita por Cabelo de Fogo, banda baiana criada por Meg em Salvador (BA), Mal acostumada ganhou projeção em todo o Brasil em 1998, ano em que o grupo soteropolitano Ara Ketu regravou a música na cadência do samba. Desde então, Mal acostumada – que às vezes tem o gênero do título invertido e trocado para Mal acostumado, como fez Péricles – já ganhou as vozes de Joanna, Simone, Elymar Santos e da dupla Simone & Simaria, entre outros nomes. Capa de 'Tô achando que é amor EP 4', de Péricles Bruno Fioravante Além de regravar o sucesso do Ara Ketu, Péricles dá voz a outras três músicas no quarto dos cinco EPs em que vem apresentando paulatinamente o repertório do álbum Tô achando que é amor. As outras músicas do EP 4 – lançado nesta sexta-feira, 6 de novembro – são as inéditas Sem questionar (Brunno Gabryel, Suel e Rodrigo Oliveira), Ai ai de mim (Rodrigo Oliveira, Cleitinho Persona, Elizeu Henrique e Jota Reis) e Stand by (Tiago Alexandre, André Lemmos, Marcelinho TDP e William Mendonça).
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Xand Avião reúne Barões da Pisadinha, Dilsinho, Lauana Prado e Léo Santana no EP ‘Todos os ritmos’
♪ Composição de autoria de Waleria Leão e Blener Maycom, gravada por Xand Avião com a cantora sertaneja Lauana Prado, Surra de cama é a música que abre os trabalhos promocionais de Todos os ritmos, EP lançado nesta sexta-feira, 6 de novembro, pela gravadora Som Livre. No disco, o cantor de forró apresenta quatro músicas do registro audiovisual do show apresentado por Xand em 26 de setembro em evento promovido na área de lazer de hotel situado em Porto de Galinhas (PE), no litoral de Pernambuco. São músicas gravadas com convidados que transitam por ritmos como forró, pagode e sertanejo. Além de Lauana Prado, Xand Avião se junta com Barões da Pisadinha (na música Ela aperta a minha mente), Dilsinho (na composição Vou parar) e Léo Santana (em Forró 150 ).
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Lives de hoje: Festival com Falamansa e Joelma, Kylie Minogue e mais shows para ver em casa
Festival on-line também vai ter Cheiro de Amor, Hungria, Toni Garrido e outros. Veja horários de transmissões deste sábado (7). Festival com Falamansa e Joelma e live de Kylie Minogue estão entre as transmissões deste sábado (7) João Januário/TV Globo; Gustavo Arrais/Divulgação; Tolga Akmen/AFP/Arquivo Roupa Nova, Kylie Minogue e Aláfia estão entre as lives deste sábado (7). Festival com Joelma, Blitz, Toni Garrido, Ira!, Falamansa e outros artistas começa às 16h. Apesar da internação por Covid-19 de Paulinho, vocalista do Roupa Nova, o grupo carioca vai se apresentar em Uberlândia (MG) e o show será transmitido pela internet. Veja a lista completa com horários das lives abaixo. O G1 já fez um intensivão no começo da onda de lives, constatou o renascimento do pagode nas transmissões on-line, mostrou também a queda de audiência do fenômeno e a polêmica na cobrança de direito autoral nas lives. Veja horários e links: Blitz, Toni Garrido, Ira!, Falamansa, Joelma, Cheiro de Amor, Yasmin Santos, Hungria e Pablo – a partir das 16h – Link Aláfia – Sesc em Casa – 19h – Link Hiran – 19h – Link Kylie Minogue – 20h – Transmissão paga – Link Roupa Nova – 20h – Link Semana Pop mostra os momentos em lives que saíram do controle VÍDEOS: Semana Pop explica temas do entretenimento
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Como o Louro José, outros fantoches foram fenômenos da TV dentro e fora do Brasil; conheça
Morte de Tom Veiga, aos 47 anos, mostrou conexão poderosa do público com fantoche. Semana Pop apresenta bonecos que, como o Louro, ajudam a contar a história do entretenimento na TV. Semana Pop mostra fantoches que viraram fenômeno, como o Louro José
A morte de Tom Veiga, aos 47 anos, mostrou o quão poderosa pode ser a conexão do público com um personagem da TV. Seu Louro José se tornou paixão nacional no Brasil. E, como ele, outros bonecos também marcaram a cultura em outros países.
O Semana Pop deste sábado (7) fala de fantoches que viraram fenômenos em várias partes do mundo e ajudam a contar a história do entretenimento na televisão. Alguns deles, talvez você nem conheça.
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O Semana Pop vai ao ar toda semana, com o resumo do tema está bombando no mundo do entretenimento. Pode ser sobre música, cinema, games, internet ou só a treta da semana mesmo.
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Exposição traz ‘retrô-perspectiva’ do fotógrafo Penna Prearo; veja 6 curiosidades em VÍDEO
Primeira mostra da Casa da Imagem desde o início da quarentena, 'Fronteiras Movediças' fica em cartaz até 29 de novembro. Penna Prearo: fotógrafo explica 6 curiosidades da exposição 'Fronteiras Movediças' A primeira exposição recebida pela Casa da Imagem, na Sé, após longos meses de quarentena celebra a carreira vibrante de um fotógrafo que, aos 71 anos, encana com o termo "retrospectiva". "Isso é pra quem já morreu ou encerrou carreira", afirma Penna Prearo, que chegou a sugerir um subtítulo para "Fronteiras Movediças" — em cartaz até 29 de novembro. "Eu entendo que seja um apanhado retrospectivo. Mas quando você trata de uma pessoa, um indivíduo, de um artista que está em plena produção, em plena velocidade de lançamento, que está o tempo todo trabalhando, soa pouco. Eu sugeri que botasse entre parênteses esse subtítulo. 'Uma mostra retrô-perspectiva'. É surreal, inclusive, né?", propõe Penna. Contudo, questões que passavam pela programação visual impediram a sugestão. "Uma caretice", define. O fotógrafo Penna Prearo posa diante de seu ensaio 'São todos filhos de… Deus', exposto na Casa da Imagem, em São Paulo. É a primeira vez que as 10 imagens do ensaio são apresentadas em conjunto na cidade Fábio Tito/G1 O G1 conversou com Ariovaldo Carlos Prearo poucos dias após a inauguração da mostra, no final de outubro (veja o vídeo acima). Com tanto peso, o nome de batismo parece digno de desembargador ou de personagem secundário em alguma novela de época. Já o nome artístico é leve como a conversa do dono. Penna Prearo ficou conhecido nos anos 1970 após fazer algumas fotos que viraram capas de discos de artistas consagrados, entre eles Tim Maia, Milton Nascimento, Elis Regina. Somado a isso, o gosto escancarado por música de alguém que se descreve como "um músico que faz fotografias" poderia apontar para uma carreira extensa na área. Um erro. A música imagética de Penna sempre soprou como vento, sem respeitar fronteiras. Ainda na fotografia analógica, seu ensaio mais famoso foi "São todos filhos de… Deus". A obra ganhou o mundo na década de 1990, colocando uma tradicional representação do rosto de Jesus Cristo no lugar das cabeças de personagens em cenas curiosas. Hoje, o fotógrafo tem como principal ferramenta o celular, para facilitar os cliques depois de ver os movimentos da mão direita comprometidos pelo mal de Parkinson. Entre os antigos ensaios analógicos e as cenas de ruído pleno e replicado da série "Tribunal das pequenas alterações", feita ao longo dos últimos anos, há que se ao menos tentar compreender essa trajetória tão longa e transbordante. Imagem da série 'Tribunal de pequenas alterações', feita em 2017 Penna Prearo É bem isso o que propõe a exposição "Fronteiras Movediças", que traz 150 imagens distribuídas em 9 salas, produzidas ao longo da carreira de Penna Prearo. Em vídeo postado em rede social, ele e o curador, Fausto Chermont, prometem comparecer ao museu todo sábado para receber os visitantes. Pessoalmente, seguindo os protocolos de higiene e segurança, pode ser possível vislumbrar a perspectiva do jovem artista septuagenário para seus próximos passos. Exposição 'Fronteiras Movediças', de Penna Prearo Local: Casa da Imagem – Rua Roberto Simonsen, 136B – Sé Visitação: de terça a domingo, das 11h às 15h, até 29 de novembro Entrada gratuita Nota: Tanto o curador quanto o artista optaram por gravar entrevista sem o uso de máscara no museu, que estava vazio. A equipe do G1 manteve o distanciamento e seguiu os protocolos de higiene e segurança durante toda a realização da reportagem. Capa de disco de Tim Maia em 1972, com foto de Penna Prearo Reprodução Retrato de Elis Regina em 1977. Dessa sessão saiu o retrato que ilustra capa do disco lançado naquele ano Penna Prearo Foto da série 'Jornada do alumbramento de Apollo', feita em 2009 Penna Prearo Imagem da série 'Quem você pensa que é? Zero Ego', feita em 2005 Penna Prearo Imagem da série 'Carrossel para um Kubrick solitário', feita em 2010 Penna Prearo
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Cineasta argentino Fernando ‘Pino’ Solanas morre aos 84 anos, em Paris
Ele estava internado após ter contraído Covid-19. Imagem de arquivo de 16 de maio de 2018 mostra o cineasta argentino Fernando Solanas ao chegar em Cannes. AFP Fernando "Pino" Solanas, cineasta, político e ativista argentino, morreu aos 84 anos em Paris. A morte ocorre dias após ele ser internado em um hospital com diagnóstico de coronavírus, informou neste sábado (7) o ministério das Relações Exteriores argentino, segundo a agência France-Presse. "Enorme dor por Pino Solanas. Faleceu enquanto cumpria suas obrigações como embaixador da Argentina na Unesco", disse o ministério no Twitter. "Será lembrado por sua arte, por seu compromisso político e por sua ética sempre a serviço de um país melhor", acrescentou. Solanas havia anunciado no Twitter, em 16 de outubro, que ele e sua esposa, Ángela Correa, haviam contraído Covid-19 na capital francesa, onde se encontra a sede da Unesco, e que ele estava internado em observação. Na imagem que acompanhava a mensagem, o cineasta aparecia em um leito de hospital e com máscara. Initial plugin text Cinco dias depois, o diretor premiado afirmou que o seu estado era "delicado", mas que ainda "resistia". Foi sua última mensagem na rede social. Quem foi Fernando Solanas Solanas foi um cineasta comprometido, revolucionário e prolífico e também um político apaixonado e perseverante. Em 1992 foi eleito senador pela cidade de Buenos Aires e um ano depois foi deputado pela Frente Grande. Também foi candidato à presidência em 2007 pelo movimento Projeto Sul, progressista, ambientalista e de centro-esquerda, em aliança com o Partido Socialista Autêntico. Em junho de 2019, anunciou que ingressaria na Frente de Todos e endossou a chapa presidencial de Alberto Fernández e Cristina Fernández. Nascido em 16 de fevereiro de 1936 em Buenos Aires, Solanas estreou no cinema em 1962, com o curta "Seguir andando". Em 1967 dirigiu o documentário "La Hora de los Hornos", trilogia co-dirigida com Octavio Getino, com duração de mais de quatro horas, que se tornou um símbolo do cinema politicamente comprometido, de denúncia e resistência à ditadura. Em imagem de 2015, Fernando Solanas exibe o troféu recebido no Festival de Gramado Edison Vara/Agência Pressphoto Solanas dirigiu também, entre outros, "Perón: Actualización política y doctrinaria para la toma del poder", entrevista com Juan Domingo Perón, que se tornou um documento reverenciado pelos jovens peronistas da época. Seu documentário "Memoria del saqueo", sobre a precária condição social e econômica da Argentina, foi apresentado no Festival de Cinema de Berlim em 2004, mesmo ano em que Solanas recebeu o Urso de Ouro honorário em reconhecimento à sua carreira. "El exilio de Gardel (Tangos)", de 1985, foi premiado no Festival de Veneza, e Solanas recebeu o prêmio de melhor diretor no festival francês de Cannes por seu longa "Sur", em 1988. O realizador é co-autor do manifesto "Hacia un Tercer Cine", movimento latino-americano que surgiu na década de 1960 em oposição a uma linguagem cinematográfica dominante, comercial e ditada principalmente pelos Estados Unidos. "A luta anti-imperialista dos povos do Terceiro Mundo, e dos seus equivalentes nas metrópoles, constitui hoje o eixo da revolução mundial. O Terceiro Cinema é para nós aquele que reconhece nessa luta a mais gigantesca manifestação cultural, científica e artística do nosso tempo, a grande possibilidade de construção por cada povo de uma personalidade libertada: a descolonização da cultura", afirmavam Solanas e Octavio Getino, co-signatários deste manifesto. No início de outubro, Solanas se encontrou com o papa Francisco no Vaticano, uma de suas últimas atividades públicas, para discutir projetos de luta "contra as mudanças climáticas e os direitos da Mãe Terra", segundo o próprio Solanas no Twitter. Homenagens Sua morte começou a suscitar mensagens de condolências nos círculos políticos e culturais. Muitos se lembraram do discurso que proferiu em 2018, como senador, quando um projeto de lei sobre o aborto foi rejeitado pela Câmara alta após uma histórica mobilização feminista nas ruas do país. "Vamos acabar com a hipocrisia de uma classe dominante de que sabendo que as mais ricas podem fazer abortos seguros, deixam as menos ricas condenadas à infecção ou à morte", disse Solanas na época. "Bravo meninas, vocês elevaram a honra e a dignidade da mulher argentina. Se não sair hoje, no ano que vem vamos insistir. E se não sair no ano que vem, vamos insistir no outro. Ninguém vai conseguir parar a onda da nova geração", disse ele. Saiba também:
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