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Opep está pronta para aumentar produção de petróleo em 2021, diz secretário-geral

segunda-feira, 04 janeiro 2021 por Administrador

Em dezembro, a organização decidiu aumentar a produção em 500 mil barris por dia a partir de janeiro, mas alguns membros questionam a necessidade de uma nova elevação a partir de fevereiro devido ao aumento de casos de coronavírus no mundo. Opep pretende aumentar gradualmente a produção de petróleo nos próximos meses Gregory Bull, File/AP A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e seus aliados, liderados pela Rússia, estão prontos para ajustar os planos e aumentar gradualmente a produção de petróleo em dois milhões de barris por dia nos próximos meses, dependendo das condições do mercado, disse o secretário-geral da Opep, Mohammad Barkindo, neste domingo (3). Ele falou em uma reunião de especialistas da Opep e seus aliados, grupo conhecido como Opep+, que se reunirá novamente na segunda-feira (4) para decidir as políticas de produção para o mês de fevereiro. Em dezembro, a Opep+ decidiu acrescentar 500 mil barris por dia a partir de janeiro como parte de um aumento de produção na ordem de 2 milhões de barris por dia, mas alguns membros ainda questionam a necessidade de uma nova elevação a partir de fevereiro devido ao aumento das infecções por coronavírus. A organização se viu forçada a diminuir a produção de um patamar recorde em 2020, uma vez que as políticas públicas para controlar a propagação do novo coronavírus, como o fechamento de cidades e distanciamento social, diminuíram a demanda por combustíveis. Primeiro, a Opep diminuiu a produção para 9,7 milhões de barris por dia. Em seguida, para 7,7 milhões e, finalmente, para 7,2 milhões a partir de janeiro. Barkindo disse que a Opep agora espera que a demanda global de petróleo suba para 95,9 milhões de bpd (barris por dia) em 2021, uma alta de 5,9 milhões de barris por dia, uma vez que a economia global deve crescer cerca de 4% neste ano. Embora o desenvolvimento de vacinas contra o coronavírus tenha injetado otimismo na economia global e nos mercados de petróleo, o aumento na demanda ainda não levaria o consumo aos níveis pré-pandêmicos de cerca de 100 milhões de barris diários. A última previsão da Opep em dezembro foi menor do que a estimativa anterior, que previa um aumento de 6,25 milhões de bpd em 2021, o que se deve ao impacto prolongado da pandemia do coronavírus.

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Emprego: cinco cidades do Grande Recife e da Zona da Mata oferecem 44 vagas

segunda-feira, 04 janeiro 2021 por Administrador

Entre as oportunidades disponibilizadas na segunda-feira (4) pela Agência do Trabalho, estão vagas para costureira, embalador e operador de caixa. Vagas de emprego são para diversos cargos em cinco municípios de Pernambuco Fernando Madeira/Divulgação As Agências do Trabalho de Pernambuco oferecem, na segunda-feira (4), 44 vagas de emprego, em cinco municípios do Grande Recife e da Zona da Mata do estado. As oportunidade são ofertadas através do sistema público da Secretaria do Trabalho, Emprego e Qualificação (Seteq). Há vagas nos seguintes municípios pernambucanos: Recife (25), em Escada (1), Goiana (5), Ipojuca (9) e Vitória de Santo Antão (4). Do total de vagas informadas pela Seteq, a maioria é para costureira, embalador e operador de caixa, com cinco vagas para cada um desses cargos. Também há oportunidades para reparador de redes telefônicas e comunicação de dados. Os interessados devem agendar o atendimento em uma das unidades por meio do site da secretaria ou do Portal Cidadão. Vagas de emprego no Grande Recife e na Zona da Mata VÍDEOS: Concursos e Emprego

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Governo federal suspende exportação de seringas e agulhas

segunda-feira, 04 janeiro 2021 por Administrador

Medida foi adotada por serem produtos necessários para a vacinação contra a Covid-19. Pregão do Ministério da Saúde só conseguiu adquirir 2,4% das seringas e agulhas que pretendia comprar. Ministério da Economia suspende exportação de seringas e agulhas
A Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Economia restringiu a exportação de seringas e agulhas ao incluir os produtos entre os que precisam de licença especial para serem exportados. Segundo a portaria editada pela secretaria, a restrição começou a valer no dia 1º de janeiro.
A mudança foi solicitada pelo Ministério da Saúde em 30 de dezembro. Ao Ministério da Economia, a pasta afirmou que a medida é necessária "para que o Governo Federal possa dotar o Plano Nacional de Imunizações/ PNI dos insumos necessários na realização de todas as etapas das vacinações programadas, sem prejuízo do Plano de Vacinação contra COVID".
"O Ministério da Saúde esclarece que solicitou ao Ministério da Economia que interrompa provisoriamente exportação das seringas e agulhas excedentes dos contratos de venda para mercados externo e interno, firmados entre as empresas brasileiras e seus clientes. Assim, a pasta comprará apenas aquilo que exceder os lotes já contratados", afirmou a pasta em nota neste domingo (3).
Na nota, o ministério disse também que "existe um estoque satisfatório de seringas distribuídas nos postos de vacina do Brasil. Estes insumos, inclusive, podem ser utilizados para dar início à vacinação de forma célere e segura".
Uma lei de abril de 2020 permitiu a proibição de exportação de produtos médicos, hospitalares e de higiene essenciais ao combate à pandeia do novo coronavírus.
A lei citava equipamentos de proteção individual, ventilador pulmonar mecânico, camas hospitalares e monitores multiparâmetros, mas permitia a inclusão de outros itens por “ato de Poder Executivo”.
A regulamentação da lei prevê, no entanto, a exigência de uma licença especial para a exportação dos produtos incluídos na lista de itens proibidos.
No pedido à Economia, o Ministério da Saúde cita o pregão realizado no dia 29 de dezembro no qual a pasta só conseguiu adquirir 2,4% do total de seringas e agulhas que pretendia comprar para a vacinação contra a Covid-19.
O pregão previa a compra de um total de 331 milhões de seringas, mas as empresas que participaram garantiram entrega de apenas 7,9 milhões.
Empresas que participaram do pregão eletrônico reclamaram que o edital encomendava seringas e agulhas como um só produto, e que os preços estavam abaixo dos praticados.
De acordo com estimativa do superintendente da Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos e Odontológicos (Abimo), Paulo Henrique Fraccaro, a indústria nacional hoje produz 1,5 bilhão de seringas e a exportação não representa nem 10% desse total (entre 100 e 120 milhões).
Veja as últimas notícias sobre a vacina contra a Covid-19

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Orkut versus Tiktok: as diferenças e semelhanças nas experiências de duas gerações de jovens nas redes sociais

segunda-feira, 04 janeiro 2021 por Administrador

Primeira rede social utilizada em massa por brasileiros possui diversas características em comum, além das inúmeras diferenças, com a plataforma que se tornou a queridinha dos jovens atualmente; BBC News Brasil ouviu diversos especialistas sobre tema. Primeira rede social a ser usada em massa pelos brasileiros, Orkut marcou época no início dos anos 2000 enquanto TikTok cativa nova geração Ilustração/BBC News Brasil No início dos anos 2000, o Orkut representou o primeiro contato em massa entre os brasileiros e uma rede social. Os scraps (recados publicados nos perfis dos amigos) eram uma das principais formas de comunicação na rede. E as fotos, feitas em câmeras digitais, tinham que ser escolhidas a dedo: no começo, apenas 12 podiam ser postadas nos perfis pessoais. Ao longo dos anos, hábitos e interesses na internet mudaram. Hoje, o principal fenômeno entre os mais novos é o TikTok. Na rede social, os usuários conseguem postar vídeos de até um minuto, que podem ser gravados e editados diretamente na plataforma. Os próprios jovens costumam ser as estrelas dos vídeos, que vão de dublagens e coreografias a tutoriais e pegadinhas. Para esse público, expor a própria figura na internet e narrar o mundo pelas lentes do celular é um comportamento natural. Já para a juventude da geração Orkut, editar ou publicar vídeos não era comum na rotina digital. E nada de celular: o acesso à extinta rede social ocorria por meio de computadores. Leia mais: TikTok foi o aplicativo mais baixado de 2020, aponta relatório 'Comecei a gravar vídeos para o TikTok após ficar sem trabalho na quarentena e hoje vivo disso' EUA voltam a prorrogar prazo para ByteDance vender TikTok Um dos representantes célebres da época de sucesso do Orkut no Brasil, o youtuber e blogueiro Maurício Cid, de 35 anos, conhecido na internet como Cid Não Salvo, comenta que a tecnologia em vídeos do TikTok era impensável no início dos anos 2000. "Como explicar para um tiktoker que uma foto era tão pesada para uma rede social que cada um só podia escolher 12 no perfil do Orkut? Inimaginável hoje em dia", diz Cid à BBC News Brasil. Mas, apesar do avanço da tecnologia e de mudanças na forma como os jovens compartilham suas vidas na internet, pesquisadores apontam características em comum entre a juventude do Orkut e a do TikTok. A busca por inovações, cada plataforma à sua época, e a expansão da rede de contatos são alguns dos itens que se assemelham entre os usuários das duas gerações. Para entender o que o Orkut e o TikTok dizem sobre as gerações Y (nascidos entre 1980 a meados dos anos 90) e Z (nascidos na metade dos anos 90 a 2010), a BBC News Brasil conversou com especialistas e figuras conhecidas na internet. Orkut e TikTok Criado em janeiro de 2004 por um, até então, funcionário do Google, o Orkut aceitava apenas usuários convidados por quem já era membro. Mas não demorou muito para que, com a popularidade, fosse aberto a todo o público e se tornasse o principal destino dos jovens brasileiros na internet. No auge, ele chegou a ter cerca de 36 milhões de usuários no Brasil (estima-se que em todo o mundo foram mais de 300 milhões). Muitas pessoas se conheceram por meio do Orkut, assim como nas redes sociais que surgiram depois. Há incontáveis histórias de amizades e relacionamentos amorosos que surgiram nas plataformas. Ilustração/BBC News Brasil Nos primeiros anos da extinta rede, o Brasil ainda dava os primeiros passos para o longo caminho da inclusão digital — que até hoje é um problema em diversas regiões, principalmente na periferia e nos locais mais afastados dos grandes centros. "Os primeiros usuários do Orkut foram pessoas de classe alta, que tinham computador em casa e acesso à banda larga, que eram caros", explica David Nemer, professor e pesquisador de Antropologia da Tecnologia na Universidade da Virgínia, nos Estados Unidos. Em 2004, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a proporção de domicílios brasileiros com computador e internet era de 12,4%. Já em 2018, segundo o levantamento mais recente do IBGE, 79,1% dos domicílios no país tinham acesso à rede — que nos últimos anos passou a ser acessada massivamente por meio do celular. Nemer detalha que, assim como no Orkut, as pessoas de classe alta também chegaram primeiro ao Facebook e, posteriormente, ao Instagram. "No Instagram, por exemplo, as classes mais altas entraram antes porque tiveram acesso ao smartphone primeiro", diz o pesquisador sobre a rede de compartilhamento de fotos e vídeos. Em relação ao TikTok, Nemer pontua que não há, ao menos por enquanto, pesquisas que tenham analisado se a classe alta também foi predominante no começo da rede no país. Além disso, ela se popularizou em um período em que as classes mais baixas já tinham mais acesso ao celular. No Brasil, o TikTok começou a ganhar destaque entre os jovens a partir de 2019. Da forma como é conhecida hoje, a rede social surgiu em 2017. As comunidades representaram um dos pontos altos do Orkut e reuniam pessoas com interesses em comum Ilustração/BBC News Brasil A origem do aplicativo é de 2014: com o nome de Musical.ly, o app chinês tinha como foco a gravação e o compartilhamento de vídeos de dublagens de músicas. Três anos depois, a plataforma foi comprada pela empresa ByteDance, também chinesa, e foi repaginada com base no funcionamento de outro aplicativo da empresa, o Douyin, de compartilhamento de vídeos curtos. A junção das duas ferramentas deu origem ao TikTok, como é atualmente, que foi lançado com foco no mercado internacional. Em todo o mundo, a rede social acumula, conforme levantamentos deste ano, cerca de 800 milhões de usuários — mas há pesquisadores que afirmam que já ultrapassou a marca de 1 bilhão. Especialistas apontam que o sucesso entre os jovens se dá, principalmente, por se tratar de uma plataforma que representa inovação e oferece liberdade para a criação, como por meio de ferramentas mais simples para edições e conteúdos pensados para o formato mobile (para o celular). Para os representantes do TikTok, uma das principais características da plataforma é a diminuição de barreiras para criar conteúdos na internet. O aplicativo fornece "ferramentas fáceis de edição, com efeitos sonoros, filtros e muito mais, para que as pessoas possam criar rapidamente videoclipes curtos e de alta qualidade que possam ser compartilhados intensamente, um recurso importante para nosso mundo atual", diz nota da rede social enviada à reportagem. Um levantamento do Interactive Advertising Bureau (Associação de Mídia Interativa) afirma que a principal faixa etária das pessoas que produzem na plataforma é entre 16 e 24 anos (44% dos produtores de conteúdo, segundo a pesquisa). A reportagem questionou o TikTok sobre dados demográficos e de tempo que usuários passam no aplicativo no Brasil. Em nota à BBC News Brasil, a assessoria da plataforma afirma que não divulga essas informações. De horários no computador ao 'sempre online' Nem tudo são coreografias criativas e vídeos bem-humorados na experiência digital da geração Z. Com a internet sempre à mão, por meio da popularização do smartphone, os jovens da atualidade têm uma característica definida por pesquisadores como "sempre online" ("always on"). O hábito pode causar uma constante sensação de ansiedade, dizem especialistas. "O jovem daquela época (no período do Orkut) passava menos tempo online, tinha mais lugares da vida real nos quais ser confrontado. Hoje, a ansiedade está no bolso e é alimentada pelo algoritmo (regras matemáticas programadas para definir quais conteúdos serão mostrados para o usuário) das redes", comenta Luli Radfeher, professor de Comunicação Digital da Universidade de São Paulo (USP). Nos tempos do Orkut, o uso do computador para acessar a rede costumava ser restrito, tanto pela dificuldade de acesso à internet quanto por um maior controle dos pais — a característica "sempre online" estava longe de ser uma realidade. Além dos scraps e jogos, os depoimentos (mensagens privadas até aprovação do usuário) também eram uma forma importante de interação no Orkut Ilustração/BBC News Brasil "A tecnologia e a internet não eram 'dadas'. Por isso, os pais, por não conhecerem muito bem, eram mais atentos, conversavam com filhos e estipulavam horários de uso, por exemplo", diz Nemer. Hoje, a relação dos jovens com a rede é diferente. "A geração Z não sabe viver sem um wi-fi disponível, porque pensa que internet é algo automático", aponta o pesquisador da Universidade da Virgínia. Além da ansiedade, especialistas apontam também que estar "sempre online" alimenta um hábito de superexposição nas redes, o que acende alertas e levanta questões importantes sobre privacidade — apesar de a preocupação, muitas vezes, não estar presente entre os mais jovens. "Essa é a primeira geração que está registrando tudo (nas redes sociais)", explica Raquel Recuero, coordenadora do Laboratório de Pesquisa em Mídia, Discurso e Análise de Redes Sociais (Midiars), na Universidade Federal de Pelotas (UFPEL). "Os registros no Orkut não eram tão amplos — hoje, as pessoas estão almoçando e postam no Instagram. Acho que são diferenças bastante importantes, porque com mais rastros e registros, a privacidade fica mais comprometida", acrescenta a pesquisadora. Fundador da extinta rede social, Orkut Büyükkökten, ex-funcionário do Google, ressalta que a comunicação nunca foi tão fácil como atualmente. "Mas também nunca foi tão fácil estar exposto a críticas, bullying e discursos de ódio", aponta ele. "(Na época do Orkut) Vivíamos uma era de inocência online, onde o cyberbullying, assédio virtual e comportamento abusivo eram pouco comuns", avalia. Büyükkökten considera que os algoritmos das redes sociais atuais são problemáticos, pois não buscam criar um ambiente amigável. "Por isso, vários usuários são incentivados a postar o que acham que vai render mais engajamento, mesmo que não seja genuíno e não contribua para a felicidade", diz. Luli Radfeher pondera que "não podemos afirmar que o jovem era mais feliz nos dias de Orkut porque isso depende de muitos fatores, mas é possível dizer que ele recebia menos estímulos à ansiedade". As relações nas redes sociais Seja no TikTok ou no Orkut, uma das características das redes sociais é que elas marcaram o início de muitas amizades. O influenciador Luís Felipe de Souza, 26 anos, conhecido como Fekin, vivenciou as experiências do Orkut e hoje é um tiktoker, com mais de 2,2 milhões de seguidores e mais de 48 milhões de curtidas em suas publicações. Fekin comenta que o Orkut facilitava o surgimento de amizades, mas considera que o TikTok possibilita muito mais interação entre as pessoas. "O TikTok está aberto ao público. Além disso, há mais facilidade para viralizar os conteúdos e conquistar admiradores", diz Fekin, que afirma ter feito diversas amizades na rede social que se tornou fenômeno na atualidade. A influenciadora digital Luana Carolina Souza, de 20 anos, também conseguiu fazer amigos no TikTok. "Fiz amizades com pessoas que não são influencers, porque a pessoa pode ter apenas um seguidor e, mesmo assim, o vídeo dela pode viralizar", conta. Além das inúmeras amizades, as redes sociais também dão origem a incontáveis relacionamentos. No Orkut, por exemplo, muitos namoros começaram em comunidades — espaços temáticos de discussão na extinta plataforma, com organização similar à de fóruns digitais. "Cheguei a ser convidado para ser padrinho de vários casamentos de pessoas que nunca nem tinha visto", conta Maurício Cid, que administrava dezenas de grupos no Orkut nos quais surgiram diversos casais. Entre as inúmeras histórias de amor que surgiram na extinta rede social está a de Pedro Junior Santos, de 26 anos. O rapaz, que é estudante de História, conheceu o marido em uma comunidade do Orkut quando ainda era adolescente. Na época, Pedro tinha um "fake". "Era um perfil criado com fotos de celebridades ou pessoas conhecidas na internet para interagir com outros personagens, criados por outras pessoas, em comunidades ou no MSN (extinto programa de mensagens instantâneas da Microsoft)", explica o estudante. A definição em nada lembra o atual uso do termo "fake", que hoje remete a um perfil atualizado por robôs com o objetivo de propagar notícias falsas. Em 2011, Pedro enfrentava um quadro de depressão quando decidiu desabafar em uma comunidade por meio do personagem e conheceu o "fake" de Roberto Daibes. "Ele me deu muita força para seguir em frente, um dia de cada vez. Algumas semanas depois que nos aproximamos, resolvemos revelar o 'off' (como era chamado o perfil da vida real) um para o outro", relata. Com o tempo, os jovens iniciaram um relacionamento virtual, que prosseguiu durante anos com a ajuda das novidades digitais — Pedro morava no Rio Grande do Sul, e Roberto em São Paulo. "Usamos o Facebook, Skype, fomos do SMS ao WhatApp", conta Pedro. Após um período de noivado à distância, eles se casaram em 2018 e hoje vivem no Rio Grande do Sul. O jovem salienta a diferença entre os encontros virtuais na época do Orkut e os atuais recursos para encontrar um par na internet. "Com aplicativos de encontro da atualidade e tantas redes sociais, as coisas são muito efêmeras. As pessoas buscam aqueles que se encaixam em todos os requisitos possíveis e descartam na primeira dificuldade. Sou muito grato por ter conhecido meu marido naquela época e naquele contexto", afirma Pedro. Orkut virou passado, enquanto o TikTok é o presente Assim como as formas para encontrar um par no mundo virtual mudaram, o modo como os brasileiros usam as redes sociais também foi se modificando com o passar dos anos. Uma década após o seu início, o Orkut encerrou suas atividades, em setembro de 2014. Entre as razões apontadas como relevantes para o declínio, especialistas citam a dificuldade da plataforma de se adaptar aos novos interesses dos usuários, que migraram especialmente para o Facebook. "O Orkut não sabia o que estava fazendo, o Facebook sabia", aponta Luli Radfeher, professor de Comunicação Digital da USP. Ele comenta que a rede de Mark Zuckerberg apostou em mais recursos de interação (como as opções "curtir" e "compartilhar") e, após atingir um grande número de usuários, conseguiu consolidar seu modelo de negócios baseado em anúncios, graças ao uso de um algoritmo que seleciona o que o internauta verá em sua página inicial. Esses algoritmos que filtram a experiência do usuário se tornaram padrão conforme as redes sociais ficaram mais sofisticadas. No TikTok, a funcionalidade é considerada um fator importante na popularização da plataforma, por permitir que novos vídeos se espalhem com maior facilidade entre os usuários. A influenciadora Luana Carolina afirma que muitas pessoas usam o TikTok justamente porque podem ter mais facilidade para atingir um grande público ao compartilhar um conteúdo, ainda que não tenham muitos seguidores em seus perfis. "Isso facilita conhecer gente nova, ver conteúdos novos e ter experiências novas no aplicativo", comenta Luana. Já no Orkut, a experiência do usuário era baseada em adicionar amigos, escrever ou receber scraps e frequentar comunidades. Com o tempo, a extinta rede chegou a incorporar novas funcionalidades, como jogos (entre os mais famosos, o construtor de avatares digitais Buddy Poke e o game Colheita Feliz), e um espaço para atualizações dos amigos, similar ao feed de notícias do Facebook. Mas as medidas não foram suficientes para evitar a migração massiva dos usuários para outras plataformas. Especialmente após a popularização do uso do smartphone, outras redes despontaram para o sucesso entre os brasileiros, começando pelo Facebook e passando pelo Instagram e o Snapchat — estes dois já voltados, principalmente, para o compartilhamento de fotos e vídeos a partir de uma experiência focada no celular. Mas nenhuma plataforma atende tão bem às demandas da nova geração que já nasceu conectada quanto o TikTok, defendem os pesquisadores ouvidos pela BBC News Brasil. O influenciador digital Fekin, que viveu a experiência no Orkut, avalia que o TikTok é uma rede que dá mais liberdade aos usuários. "No TikTok vejo que é possível mostrar seu talento em vídeos curtos a pessoas desconhecidas e você pode se tornar alguém popular nessa área", diz. Estudiosos avaliam que o Instagram também tem muita importância entre o público mais jovem. No entanto, consideram que as novidades trazidas pelo TikTok atendem melhor aos anseios dos mais novos por ser uma plataforma na qual é possível criar com liberdade. "O Facebook não permite isso. O Instagram tem os filtros, mas não é muita coisa. O TikTok é feito para os jovens usarem a criatividade da forma mais flexível possível", aponta Nemer, da Universidade da Virgínia. Segundo um relatório publicado neste mês pelo site App Annie, que traz estimativas do mercado mobile, o TikTok foi o aplicativo mais baixado no mundo para celulares em 2020, superando o Facebook, o WhatsApp e o Instagram — plataformas que pertencem a Mark Zuckerberg. Para tentar evitar perder usuários, o Instagram lançou recentemente o "Reels", que permite a edição e o compartilhamento de vídeos semelhantes aos feitos na rede chinesa. O temor da concorrência em relação ao TikTok é justificado pelos números recentes da rede, que foi impulsionada, principalmente, durante o isolamento social imposto pela pandemia de covid-19. Apenas em agosto foram 63,3 milhões de downloads, de acordo com dados da empresa de análise de pesquisa Sensor Tower. Leia mais: TikTok ganha força no isolamento, cria astros e lança hits no Brasil Para o criador do Orkut, a popularidade do TikTok se explica porque a rede apresenta uma experiência diferente. Ele afirma que os jovens estão cansados de identidades 'filtradas' e de sentimentos negativos gerados pelas dinâmicas de outras plataformas, que são criticadas por Büyükkökten pois, segundo ele, valorizam apenas conteúdos com muito engajamento. "A geração TikTok percebeu que a maioria das identidades virtuais eram construídas sem preocupação de serem genuínas (…) Isso ajuda a criar uma geração socialmente insegura, ansiosa e infeliz", aponta Büyükkökten. A percepção do TikTok como experiência positiva até aqui, porém, se deve muito ao fato de a plataforma ainda não ter seu potencial para marketing ou política tão desenvolvido quanto outras redes, defende o pesquisador da USP Luli Radfeher. "O TikTok está em sua fase Orkut, a gente não sabe se ele vai melhorar ou piorar", aponta. A criatividade nas redes Diante do sucesso da rede, influenciadores conhecidos em outras plataformas começaram a criar conteúdos também para o TikTok. É o caso de Luana Carolina, que tem 622 mil seguidores no Instagram e 920 mil inscritos em seu canal no YouTube. Desde fevereiro deste ano, a jovem, que se tornou conhecida na internet ao compartilhar conteúdos sobre estudos na duas plataformas, passou a produzir vídeos para o TikTok. Atualmente, ela tem mais de 227 mil seguidores na rede social. Para Luana, o dinamismo é um dos principais fatores que atraem os jovens da sua geração à rede. "Quem abre o TikTok é pra se divertir, é pra ver algo diferente e que chame a atenção. É pra aprender uma curiosidade nova, e não só ter algo de aparência bonita", diz à BBC News Brasil. "Sempre tem que ter algo criativo no TikTok; em outras redes, como o Instagram, nem tanto". Como influenciadora, Luana explica que criar conteúdo para a plataforma exige, além da criatividade, tempo e disposição para acompanhar as tendências que surgem no aplicativo e se esgotam rapidamente. "Para criar algo bom, você tem que passar muito tempo na plataforma, saber o que está bombando", declara. Apesar das inúmeras diferenças no compartilhamento de conteúdos nas redes sociais com o passar dos anos, a pesquisadora Raquel Recuero avalia que Orkut e TikTok têm uma semelhança fundamental: são sinônimos de inovação, cada um em seu tempo. "O Orkut é uma ferramenta que foi apropriada de modo muito parecido com o TikTok. É essa questão da linguagem inovadora, da apropriação criativa. [No caso do Orkut] Era mandar scrap para conversar e comunidades para representar ideias. No TikTok, há um foco maior no vídeo e no humor, mas fala para a mesma performance de si, porque há uma representação de você mesmo, de como gostaria que os outros te vissem", diz a especialista. Além disso, nos dois períodos, há também o comportamento "memético", em que um faz e todos imitam, detalha a estudiosa. A experiência de Maurício Cid é um exemplo da expressão criativa nos dias de Orkut: seu sucesso na rede ocorreu em razão das comunidades com títulos humorísticos que criava. "Percebi que só existiam comunidades óbvias, como 'Eu odeio segunda-feira' ou 'Eu amo meu pai'. Resolvi, então, criar comunidades mais nonsenses. Como eu tinha muito tempo livre na época, cheguei a criar 1.024 comunidades", relembra. Impulsionado pela experiência na extinta rede social e as percepções que desenvolveu sobre o humor do público brasileiro, ele criou um blog que se tornou sucesso, o "Não Salvo". Com isso, Cid consolidou a sua presença no mundo virtual e hoje possui 1,9 milhão de seguidores no Twitter e 711 mil inscritos em seu canal do YouTube. Sobre os jovens da época do Orkut e a do TikTok, Cid afirma que as experiências nessas plataformas estão menos relacionadas à tecnologia e mais ao reflexo do momento social. "As redes sociais sempre serão pessoas sendo pessoas. Então, o lado bom e engraçado das coisas e o lado ruim vão continuar iguais", diz o youtuber.

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Cidades da região de Campinas iniciam o ano com 62 vagas de emprego abertas; veja lista

segunda-feira, 04 janeiro 2021 por Administrador

Relação inclui oportunidades para diversos níveis de escolaridade e algumas exclusivas para pessoas com deficiência. Em virtude da pandemia, PATs atendem pela internet, telefone ou com horário agendado. Região de Campinas abre 2021 com 62 vagas de emprego disponíveis Natalia Filippin/G1 Os Postos de Atendimento ao Trabalhador (PATs) de Americana (SP), Campinas, Espírito Santo do Pinhal e Mogi Guaçu ofertam 62 vagas de emprego nesta segunda-feira (4), na primeira semana de 2021. As ofertas abrangem diversos níveis de escolaridade e são destinadas a candidatos de todos os gêneros. Além disso, há oportunidades exclusivas para pessoas com deficiência. Veja lista abaixo. As prefeituras alertam que as vagas podem ser preenchidas ao longo do dia e, por isso, o candidato deve acompanhar as atualizações nos sites de cada cidade. Em virtude da pandemia, os atendimentos nas unidades têm sido realizados online, por telefone ou presencialmente com horário agendado. Americana – 13 vagas Americana oferece 13 oportunidades de emprego nesta segunda. Os interessados devem realizar o cadastro do currículo no site da prefeitura. Ajudante geral – 1 vaga Auxiliar de almoxarifado – 1 vaga Auxiliar de expedição – 1 vaga Contramestre – 1 vaga Encarregado de obras – 1 vaga Manipulador telescópico – 1 vaga Mecânico – 1 vaga Supervisor de logística – 1 vaga Tecelão – 4 vagas Torneiro mecânico – 1 vaga Mudanças podem ser acompanhadas na página do PAT de Americana. Campinas – 18 vagas O CPAT, em Campinas, tem 18 vagas de emprego disponíveis. Por conta da pandemia do coronavírus, os interessados devem agendar o atendimento previamente pelo telefone 156. Auxiliar de limpeza – 2 vagas Borracheiro – 1 vaga Eletricista – 4 vagas (vagas disponíveis também para pessoas com deficiência) Eletricista de veículos – 1 vaga Encanador – 4 vagas (vagas disponíveis também para pessoas com deficiência) Encanador de obras – 1 vaga Jardineiro – 1 vaga Limpador de vidros volante – 3 vagas Zelador – 1 vaga Para acompanhar eventuais mudanças, acesse o site da unidade. Espírito Santo do Pinhal – 8 vagas Espírito Santo do Pinhal reúne oito oportunidades. Os interessados devem entrar em contato pelo e-mail vagas.patpinhal@gmail.com para informar a vaga pretendida, o número do CPF e enviar o currículo. Mais informações pelo telefone (19) 3661-2114 ou site do PAT. Caldeireiro (a) – 1 vaga Desenhista projetista – 1 vaga Marmorista montador (a) de nichos e bancadas – 1 vaga Mecânico (a) montador (a) – 1 vaga Montador (a) de móveis – 1 vaga Operador (a) de produção – 1 vaga Tratorista agrícola – 1 vaga Vendedor (a) porta a porta – 1 vaga Mogi Guaçu – 23 vagas Mogi Guaçu possui 23 vagas disponíveis. Os interessados devem agendar atendimento no Paço às segundas, quartas e sextas, das 9h às 16h, pelos telefones (19) 3841-7323 ou 3891-5300. Acabador (a) de mármore e granito – 1 vaga Auxiliar de cozinha – 1 vaga Auxiliar de limpeza – 1 vaga exclusiva para pessoas com deficiência Auxiliar de limpeza – 1 vaga Barman – 1 vaga Caldeireiro (a) – 1 vaga Carpinteiro (a) – 1 vaga Chapeiro (a) – 1 vaga Chefe de serviços de limpeza – 1 vaga Eletricista de instalações – 1 vaga Encanador (a) – 1 vaga Estagiário (a) de design gráfico – 1 vaga Estagiário (a) de logística – 1 vaga Estagiário (a) em educação física – 1 vaga Garçom/garçonete – 1 vaga Motorista entregador (a) – 1 vaga Operador (a) britador (a) – 1 vaga Operador (a) de caminhão fora de estrada – 1 vaga Operador (a) de centro de usinagem com comando numérico – 1 vaga Recepcionista/atendente – 1 vaga Servente em construção civil – 1 vaga Técnico (a) de telecomunicações – 1 vaga Torneiro (a) mecânico (a) – 1 vaga Veja mais oportunidades da região no G1 Campinas.

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Auxílio Emergencial: Caixa libera saques de últimas parcelas para nascidos em março

segunda-feira, 04 janeiro 2021 por Administrador

Serão liberados nesta segunda os saques das parcelas creditadas em poupança social digital nos ciclos 5 e 6 de pagamento do benefício para aniversariantes em março. A Caixa Econômica Federal (CEF) libera nesta segunda (4) os saques e transferências das últimas parcelas do Auxílio Emergencial para 3,6 milhões de trabalhadores que não fazem parte do Bolsa Família. O pagamento desta segunda é para os trabalhadores nascidos em março. Serão liberados os saques das parcelas creditadas em poupança social digital nos ciclos 5 e 6 de pagamento do benefício. O calendário de liberação segue até 27 de janeiro. Os créditos das últimas parcelas do benefício se encerraram no último dia 29 de dezembro. Veja o calendário completo de pagamentos do Auxílio Emergencial Saiba como liberar a conta bloqueada no aplicativo Caixa Tem Tira dúvidas sobre o Auxílio Emergencial SAIBA TUDO SOBRE O AUXÍLIO EMERGENCIAL VEJA QUEM PODE SACAR A PARTIR DESTA SEGUNDA: trabalhadores do Cadastro Único e inscritos via site e app, nascidos em março – poderão sacar as parcelas que foram creditadas em poupança social digital nos dias 25 de novembro e 14 de dezembro Os trabalhadores podem consultar a situação do benefício pelo aplicativo do auxílio emergencial ou pelo site auxilio.caixa.gov.br. Calendários de pagamento Calendário de saques do Auxílio Emergencial Reprodução/Caixa Econômica Federal Clique aqui para ver o calendário completo dos pagamentos VÍDEOS: as últimas notícias sobre o Auxílio Emergencial

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País tem mais de 60 concursos públicos com inscrições abertas para 9,5 mil vagas

segunda-feira, 04 janeiro 2021 por Administrador

Há oportunidades para todos os níveis de escolaridade. Pelo menos 61 concursos públicos estão com inscrições abertas nesta segunda-feira (4) para preencher quase 9,5 mil vagas. Há oportunidades para todos os níveis de escolaridade. Concurso públicos têm oportunidades para todos os níveis de escolaridade Scott Graham/Unsplash CONFIRA AQUI A LISTA COMPLETA DE CONCURSOS E OPORTUNIDADES Além das vagas abertas, há concursos para formação de cadastro de reserva – ou seja, os candidatos aprovados são chamados conforme a abertura de vagas durante a validade do concurso. Nesta segunda-feira, pelo menos quatro órgãos abrem o prazo de inscrições para quase 2,1 mil vagas. Veja abaixo as informações de cada concurso: Fundação Estatal de Saúde de Niterói (RJ) Inscrições até 13/01/2021 783 vagas Salários de até R$ 13.800 Cargos de nível fundamental, médio e superior Veja o edital Prefeitura de Pedrinópolis (MG) Inscrições até 31/01/2021 118 vagas Salários de até R$ R$ 2.077,57 Cargos de nível fundamental, médio e superior Veja o edital Polícia Militar de Tocantins Inscrições até 23/01/2021 950 vagas Salários de até R$ 1.665,50 Cargos de nível médio Veja o edital Prefeitura Municipal de Itapissuma (PE) Inscrições até 12/01/2021 199 vagas Salários de até R$ 8.500,00 Cargos de nível fundamental, médio e superior Veja o edital Vídeos: Veja as últimas notícias de economia

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Vagas de trabalho em 2021: o que esperar e como se preparar

segunda-feira, 04 janeiro 2021 por Administrador

Setores como saúde, e-commerce e tecnologia, alguns dos que mais contratam em 2020, devem continuar aquecidos em 2021; recrutadores preveem retomada gradual das contratações e dão dicas de como sair na frente. Apesar de o desemprego ainda estar em taxas recordes, o mercado de trabalho em 2021 deve retornar as contratações de forma gradual, impulsionado pela retomada – ainda que lenta – da economia e pela perspectiva de vacinação em massa contra a Covid-19, apontam especialistas.
Números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que reúne as contratações e demissões no mercado de trabalho com carteira assinada, mostram que o número de vagas vem subindo desde julho, apesar de a geração de empregos no acumulado do ano ser bem inferior na comparação com o ano passado. Por isso a cautela dos recrutadores em relação ao reaquecimento das contratações.
O G1 ouviu algumas das principais empresas de recrutamento do país sobre a abertura de vagas e os setores que devem trazer mais oportunidades. São elas: Banco Nacional de Empregos (BNE), Catho, Indeed, Robert Half e Workana.
Brasil gera 414.556 vagas de emprego com carteira assinada
Veja lista de cargos que deverão estar em alta em 2021
Setores em alta
De acordo com Fernando Morette, CEO da Catho, a retomada que já ocorre nos setores da indústria e comércio certamente abrirá novas oportunidades em 2021. E as demandas ocasionadas pela pandemia devem continuar alavancando as vagas em áreas como saúde, e-commerce, marketing digital e tecnologia.
De acordo com levantamento da Catho feito exclusivamente para o G1, os cargos abaixo são alguns dos mais promissores para 2021:
Gerente de Mídias Sociais – crescimento de 1.077% em 2020
O que esse profissional faz: organiza as diversas ações de marketing e relacionamento associadas às redes sociais e diversas mídias. Atua com abordagem estratégica e gerencial com o uso das redes sociais pelas empresas.
Perfil: profissional precisa ter conhecimento de redes sociais, produção de conteúdo e ferramentas disponíveis pelas plataformas. O olhar analítico para traçar as melhores estratégias de divulgação também são características determinantes.
Por que está em alta: a necessidade de isolamento social consolidou o uso das redes sociais para promoção e venda de milhões de produtos e serviços. Por isso, o profissional especializado em mídias sociais, como o gerente, se tornou ainda mais necessários para as empresas, pois, é ele quem traçará as melhores estratégias para que o seu produto seja visto dentre os milhares de anúncios encontrados todos os dias pelos usuários nestes sites e aplicativos.
Atendente de e-commerce – crescimento de 1.033% em 2020
O que esse profissional faz: atende clientes da loja virtual por telefone, chat ou e-mail para auxílio na finalização de pedidos ou em dúvidas gerais. Cadastra produtos no site e participa na elaboração de estratégias comerciais.
Perfil: profissional deve ter perfil de vendas, afinidade com escrita e sólido conhecimento em internet, programas de mensagens eletrônicas e redes sociais.
Por que está em alta: o nicho tem se destacado cada vez mais nos últimos meses por ter se tornado a única maneira de permanecer comprando e vendendo em meio à pandemia e consequente necessidade de isolamento social. E neste contexto, o profissional, responsável por viabilizar a compra e venda desses produtos ofertados virtualmente, se torna cada vez mais essencial para a sustentabilidade da operação e dos negócios de milhares de empresas. A tendência é que, mesmo após a pandemia, a demanda siga em alta.
Cientista de dados – crescimento de 252% em 2020
O que esse profissional faz: aliado ao conhecimento do negócio, profissional analisa dados, que serão usados pela empresa para a tomada de decisões.
Perfil: é essencial sólida compreensão de estatística, incluindo testes e distribuições, além de se manter atualizado sobre técnicas analíticas, como Machine Learning, Deep Learning, Inteligência Artificial (IA) e análise de texto. É indicado ao profissional trabalhar com uma variedade de linguagens de programação, incluindo SAS, R e Python.
Por que está em alta: área de trabalho tem ganhado cada vez mais destaque, uma vez que o maior ativo das empresas hoje são os dados, e é de interesse do negócio saber padrões de comportamento de seus clientes, produtos e serviços. Cabe a esse profissional reunir, interpretar e comunicar toda informação relevante contida em toneladas de dados que as empresas armazenam e dar a eles valor e relevância. Com a pandemia e o aumento exponencial das compras e transações on-line, o profissional ficou ainda mais requisitado e imprescindível.
Especialista DevOps – crescimento de 250% em 2020
O que esse profissional faz: atua próximo ao time de desenvolvimento de software, ampliando o conhecimento dos desenvolvedores sobre infraestrutura, disseminando práticas da cultura DevOps e contribuindo para aumentar a velocidade e qualidade nas entregas de valor. Na prática, é o profissional que trabalha trazendo mecanismos para termos mais confiabilidade e qualidade para os sistemas, desde a idealização do produto, passando pela implementação até a entrega para o cliente final.
Perfil: especialista deve pensar em formas de simplificar processos, aumentar eficiência do uso de infraestrutura, alcançar maior qualidade nas entregas e reduzir o tempo de resposta das aplicações para o cliente. Acompanhar indicadores de performance dos sistemas, entender como ampliar os dados capturados e levar essa conscientização para os desenvolvedores também faz parte do trabalho. Profissional deve estar focado em tecnologias de mercado, ter conhecimento em metodologias de desenvolvimento e proatividade para automatizar processos e tarefas. Também são imprescindíveis conhecimentos em arquitetura de soluções/sistemas.
Por que está em alta: corporações de todos os portes estão antenadas às inovações, principalmente no que se refere aos ganhos em eficiência operacional, ao aumento da qualidade dos serviços e da satisfação dos clientes internos e externos. Daí a demanda crescente por profissionais que atuem na boa governança entre infraestrutura e desenvolvimento de software.
A Robert Half, por meio do Guia Salarial 2021, mapeia as posições permanentes e por projetos em alta nas áreas de Finanças e Contabilidade, Engenharia, Jurídica, Mercado Financeiro, Seguros, Recursos Humanos, Vendas e Marketing e Tecnologia. Veja abaixo:
Finanças e Contabilidade
Tesouraria – coordenador e gerente
Contabilidade/Fiscal – analista e coordenador
Fusão e aquisição – gerente
Controles internos – coordenador
Planejamento financeiro/Controladoria – analista e coordenador
Engenharia
Comprador, engenheiro de aplicação, gerente de operações, gerente de supply chain e gerente de projetos.
Jurídico
Generalista de empresa, advogado contencioso cível, advogado trabalhista, advogado tributário e advogado contratual.
Vendas e Marketing
Head of growth, CX (customer experience), executivo de vendas, gerente comercial e gerente de e-commerce.
Mercado Financeiro
Fusões e aquisições – analistas e associados
Crédito/reestruturação de dívidas – analistas
Finanças – analistas, gerentes e CFO
Riscos/compliance/auditoria – gerentes e diretores e analista de back office.
Recursos Humanos
Remuneração e benefícios – de especialistas a gerentes seniores
Business Partner – de coordenadores a gerentes seniores
Departamento pessoal – gerentes de RH generalistas e Head de RH.
Seguros
Produtos – analistas e especialistas
Atuarial – analistas, especialistas e gerentes
Precificação – analistas e especialistas
Finanças – analistas, gerentes e CFO.
Tecnologia
Segurança da informação, Cientistas/engenheiros de dados, Desenvolvedores/engenheiros de software, Infraestrutura/Cloud e Business Intelligence.
Uma pesquisa encomendada pelo Indeed entrevistou mais de 250 empregadores no Brasil e mostrou quais setores estão mais otimistas para 2021:
Vendas, Mídia e Marketing
86% estão otimistas sobre o crescimento dos negócios e 77% sobre oportunidades de carreira
TI e Telecomunicações
74% estão otimistas tanto sobre o crescimento dos negócios quanto oportunidades de carreira
Varejo, Catering e Lazer
70% estão otimistas sobre o crescimento dos negócios e 59% sobre oportunidades de carreira
Recursos Humanos
77% estão otimistas tanto sobre crescimento quanto oportunidades de carreira
Educação
71% estão otimistas sobre o crescimento e 50% sobre oportunidades de carreira
Finanças
69% estão otimistas sobre o crescimento e 65% sobre oportunidades de carreira
A recrutadora Indeed destaca os cargos que mais demandaram profissionais em tecnologia em 2020 e que continuarão a crescer em 2021:
Programador de php e web
Desenvolvedor de back-end e full-stack
Desenvolvedor Java e Android
Engenheiro de software
Analista de QA
O Banco Nacional de Empregos (BNE) prevê aquecimento para os seguintes cargos:
Tecnologia (Desenvolvedor de Software, Analista de Sistemas)
Construção Civil (Pedreiro, Mestre de Obras, Ajudante de Pedreiro)
Logística (Auxiliar de Carga e Descarga, Operador de Empilhadeira e Entregador)
Saúde (todos os cargos)
De acordo com a Workana, plataforma que intermedia empresas e freelancers, o grande crescimento das contratações de profissionais das áreas de Marketing (especialmente Marketing Digital) e Programação, verificado em 2020, deve permanecer em 2021.
“Acreditamos que serão as áreas mais procuradas em 2021, principalmente por parte de grandes empresas, que estão contratando freelancers como um recurso para as suas equipes internas”, diz Daniel Schwebel, Country Manager da Workana no Brasil.
Veja abaixo as áreas que tiveram maior demanda de profissionais em 2020 que devem continuar a crescer em 2021:
Data Science
Data Analytics
Sales Executive
Translation
Landing Page
Content for social networks
Accounting
Images for social networks
Gather data
Project management
Proofreading
SEO
Subtitling
Retomada gradual
“Por mais que o mercado de trabalho tenha sido fortemente impactado a partir de abril, em maio e junho já foi possível observar uma retomada gradual que se manteve mês a mês. A expectativa é pela manutenção desse movimento em 2021, influenciado pela chegada da vacina e um maior controle da pandemia, além da consequente melhora dos indicadores econômicos”, afirma Fernando Mantovani, diretor geral da Robert Half.
Segundo ele, como um diferencial de carreira, os projetos temporários podem ser uma boa aposta. De acordo com pesquisas da Robert Half, 41% dos executivos brasileiros disseram que vão aumentar o quadro de trabalhadores por projetos nos próximos meses e 50% dos que contrataram por projetos durante a pandemia disseram que vão explorar mais esse modelo de contratação no futuro.
Fernando Morette, CEO da Catho, observa que o segundo semestre foi de recuperação em setores cruciais para a economia, como indústria e comércio, e esse processo de retomada deve continuar em 2021, ainda que gradualmente.
De acordo com ele, após redução nos anúncios de vagas no primeiro semestre de 2020, a plataforma da Catho segue em ritmo acelerado de recuperação e, em novembro, registrou aumento de 6% na abertura de vagas em comparação com o mesmo período do ano passado.
Para Felipe Calbucci, diretor de vendas do Indeed Brasil, o choque na economia trazido pela pandemia pegou diversas empresas de surpresa, que não estavam preparadas para as mudanças e acabaram reduzindo sua força de trabalho ou encerrando operações.
“Setores como o hoteleiro, turismo e alimentício foram impactados fortemente com a falta de público. Em contrapartida, diversos negócios viram uma brecha de oportunidade para deslanchar, como os aplicativos de delivery, ensino à distância e e-commerces. Há ainda muito o que acontecer para termos certeza do que nos espera em 2021 no mercado de trabalho”, observa.
Para José Tortato, gerente de negócios do BNE, o mercado de trabalho neste momento está estável, pois as empresas ainda estão inseguras com a situação e mantêm suas operações de maneira cautelosa.
“A perspectiva é que quando iniciar a vacinação em massa, as empresas fiquem mais otimistas e retomem a movimentação de vagas de forma geral gradativamente”, afirma.
Na plataforma Workana, o ano de 2020 foi bom ano para o mercado freelancer, já que muitos profissionais que se viram sem uma fonte de renda optaram por prestar serviços de forma autônoma. E as empresas encontraram nessa forma de contratação uma alternativa viável para suprir as demandas por profissionais.
Segundo Daniel Schwebel, country manager da plataforma no Brasil, houve aumento tanto a quantidade de freelancers registrados quanto no número de contratações pelas empresas. “Em 2021 continuará crescendo o número de contratações nesse modelo, muito puxado pela força que o trabalho remoto vem ganhando e a forma como as empresas começam a perceber a contratação por projeto”, aponta.
Dicas para conseguir emprego em 2021
Para José Tortato, gerente de negócios do BNE, é muito importante os candidatos estarem adaptados para participar de processos seletivos de forma remota, através de videoconferências. É manter os currículos cadastrados e atualizados em plataformas digitais especializadas.
Fernando Mantovani, diretor geral da Robert Half, recomenda seguir em busca das qualificações que façam sentido para a área de atuação. Estabelecer um plano de carreira é essencial, assim como analisar quais são as características, competências e certificações necessárias para que o profissional se mantenha constantemente atualizado no setor em que quer atuar.
“Além disso, as habilidades comportamentais ganharam ainda mais importância no último ano. Portanto, é válido dar uma atenção especial ao aprimoramento do pensamento estratégico, comunicação, agilidade, inovação e adaptabilidade.”
Para Fernando Morette, CEO da Catho, a busca por recolocação passa por insistir nas buscas por emprego e utilizar a web como ferramenta de procura.
Além disso, acompanhar as mudanças ocasionadas pela pandemia e as áreas que acabaram crescendo com essas mudanças abruptas no modo de viver é crucial. Por isso, o profissional em busca de recolocação deve ficar atento aos cargos que estejam em alta e que se enquadram em suas qualificações e habilidades.
O candidato deve ainda acompanhar as áreas em ascensão e conhecer mais sobre as empresas nesses setores.
“Outro ponto importante é utilizar desse tempo para se qualificar com cursos e conteúdos pertinentes. Isso contribui para que o currículo do candidato fique mais atrativo às empresas e ajuda o candidato a aumentar o leque de oportunidades.”
Felipe Calbucci, diretor de vendas do Indeed Brasil, indica pesquisar sobre o setor e carreira de recolocação, incluindo o que falam as pessoas que trabalham nas empresas. “É preciso estar sempre atualizado também, buscar novidades no seu setor, acompanhar tendências da área escolhida, fazer cursos de especialização”, diz.
Veja outras dicas de Calbucci:
Currículo e portfólio: precisam ser claros, objetivos e estar sempre atualizados.
Rede de contatos: use sua rede de contatos pessoais e profissionais e mostre que está disponível, marque um “café” virtual, você precisa ser visto para ser lembrado.
Prepare-se para entrevistas: pesquise sobre a empresa e treine quantas vezes for preciso, o nervosismo pode atrapalhar muito na hora e quanto mais preparado estiver, melhores serão suas chances.
Mantenha uma rotina: buscar recolocação profissional não é fácil, pode ser desanimador e frustrante. Manter uma rotina vai te ajudar a permanecer motivado e produtivo. Tenha hora para acordar, faça uma lista de tarefas, dedique tempo e atenção para enviar currículos, pesquise sobre empresas e cultive sua rede de contatos.
Daniel Schwebel, country manager da Workana no Brasil, aponta que, para se destacar no mercado de trabalho, é fundamental que os profissionais desenvolvam não só suas habilidades técnicas, mas também as pessoais – conhecidas como soft skills.
“Colaboradores que têm pensamento crítico e facilidade para solucionar problemas e se adaptar sairão na frente”, diz.
Pesquisa da Workana com as empresas sobre as habilidades necessárias no futuro mostrou que as mais citadas foram o pensamento ágil focado em soluções e adaptação às mudanças.
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Nova licitação de Viracopos: União só vislumbra leilão em 2022 e concessionária se apega a arbitragem para ter indenizações

segunda-feira, 04 janeiro 2021 por Administrador

Aeroporto entra em 2021 com as mesmas pendências que existem desde 2017. Por conta de atrasos nas etapas do processo, devolução da concessão ao governo federal ainda deve demorar mais um ano para se concretizar. Fluxo de passageiros em Viracopos diminuiu 40% em Viracopos no 1º semestre de 2020 Aeroportos Brasil Viracopos O Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP), entra em 2021 com dúvidas em relação ao futuro que já duram três anos e meio. Apesar de, no ano passado, o terminal ter conseguido encerrar a recuperação judicial e iniciar as etapas para relicitar a estrutura, pendências sobre indenizações e reequilíbrios de contrato, além de prorrogações do governo federal nos prazos para a conclusão dos estudos da nova licitação, deixam o processo travado e atrasam o leilão. O G1 fez um panorama da situação do complexo para o futuro. Veja abaixo. Entenda a crise de Viracopos Veja o passo a passo da relicitação O Ministério da Infraestrutura considera que o novo leilão de Viracopos, antes previsto pelo próprio Executivo para o terceiro trimestre de 2021, vai acontecer só em 2022 justamente por conta dos atrasos nos trâmites do processo. No início de dezembro, a União adiou, pela terceira vez, a entrega dos estudos técnicos que vão definir as diretrizes da relicitação. Por outro lado, a Aeroportos Brasil Viracopos, que administra a estrutura, não se preocupa com a data do novo leilão porque primeiro se apega a uma arbitragem, ou seja, uma medida extrajudicial independente para definir regras sobre quem pagará as indenizações pelos investimentos realizados e que não foram amortizados. O contrato de concessão, assinado em 2012, tinha duração de 30 anos. 09/04: Aeroporto Internacional de Viracopos sem movimentação no feriado de Páscoa por causa da pandemia de coronavírus. Reprodução/EPTV Além disso, a concessionária também buscará na arbitragem um entendimento sobre o suposto ressarcimento que deve receber do governo federal, já que alega que a União não cumpriu com regras previstas no contrato e também não deu andamento aos pedidos de reequilíbrios feitos pelo aeroporto, o que, segundo Viracopos, contribuiu para a crise econômica do empreendimento. As indenizações e os reequilíbrios financeiros do contrato sempre foram os pontos apontados pelo terminal como condições para aceitar devolver a concessão. De acordo com a Aeroportos Brasil, além do processo de arbitragem, que terá valor total de R$ 6 bilhões, o foco para 2021 é "continuar mantendo a operação do complexo em excelência". A relicitação de Viracopos é a esperança da concessionária para solucionar a crise financeira que gerou uma dívida de R$ 2,88 bilhões. O empreendimento é o primeiro do Brasil a devolver a concessão. O que são os pedidos de reequilíbrios? O aeroporto briga por reequilíbrios no contrato de concessão por parte da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). De acordo com a concessionária, a agência descumpriu itens que contribuíram para a perda de receita da estrutura. Entre os pedidos de Viracopos, estão o valor de reposição das cargas em perdimento – que entram no terminal e ficam paradas por algum motivo -, além da desapropriação de áreas para construção de empreendimentos imobiliários e um desacordo no preço da tarifa teca-teca, que é a valorização de cargas internacionais que chegam no aeroporto e vão para outros terminais. Adiamentos A justificativa do Ministério da Infraestrutura para adiar pela terceira vez a entrega dos estudos técnicos para a nova licitação de Viracopos, etapa obrigatória para o processo de devolução do terminal, foi um "atraso, por parte do concessionário, na liberação das informações necessárias para a elaboração dos trabalhos". Com isso, a conclusão dos trabalhos ganhou prazo de mais 90 dias. Antes, a data final para protocolar os estudos era em janeiro. As duas prorrogações anteriores aconteceram em setembro, quando o motivo foi aguardar a assinatura do termo aditivo entre a concessionária que administra o terminal e a Agência Nacional de Aviação Civil, e em maio, por conta da pandemia do novo coronavírus. Em relação à nova prorrogação e à alegação de atraso feita pela União, a Aeroportos Brasil informou, em nota, que a demora aconteceu por conta da "resistência do governo e das empresas que realizam os estudos em assinar um termo de confidencialidade para que tivessem acesso a toda as informações confidenciais e estratégicas do aeroporto". Passo a passo dos estudos Quatro consórcios foram autorizados a fazer os estudos e vão submeter os trabalhos à aprovação do governo federal, que vai escolher um dos trabalhos como referência para elaborar o edital. Parte dos grupos já havia sido selecionada para realizar as análises da sexta rodada da licitação de 22 aeroportos do Brasil. Depois de aprovado pelo governo federal, o estudo escolhido passará por alguma etapas até a inclusão no edital. São elas: Governo federal sugere ajustes; Estudo vai para consulta pública com prazo de 45 dias e pode passar por novos ajustes; Análise vai para o Tribunal de Contas da União (TCU); TCU tem de 60 a 90 dias para aprovar; Edital é publicado; Terminal de cargas em Viracopos Aeroportos Brasil Viracopos Recuperação judicial encerrada A Justiça decretou, no dia 10 de dezembro, o encerramento do processo de recuperação judicial de Viracopos. A decisão foi assinada pela juíza Bruna Marchese e Silva, da 8ª Vara Cível do município, responsável pelo processo desde o seu início, em maio de 2018. A sentença também é uma condição obrigatória para o andamento da relicitação do terminal. Na decisão, a magistrada afirma que a concessionária cumpriu com todas as obrigações previstas no processo de recuperação judicial, como o pagamento de dívidas trabalhistas, além de fornecedores e credores. As únicas pendências que ficaram em aberto, diz o texto, são os débitos com a Anac, que serão encerrados no âmbito da relicitação, e com a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), com créditos adiados para outubro de 2023. O termo aditivo de contrato de licitação, outra etapa prevista para a devolução do aeroporto, foi assinado entre a Aeroportos Brasil e a Anac no dia 15 de outubro. No documento, havia prazo de 60 dias para que a recuperação judicial do terminal fosse encerrada e a relicitação de Viracopos tivesse andamento. No dia 14 de fevereiro, o Aeroporto de Viracopos obteve a aprovação do plano de recuperação judicial para resolver a crise financeira do complexo. O resultado marcou o fim de um impasse de pelo menos dois anos para sanar a dívida e abriu caminho para o terminal iniciar o processo de devolução. O plano O último plano de recuperação judicial do aeroporto foi protocolado à Justiça no dia 12 de dezembro. Desta data até o dia da aprovação, em fevereiro, Viracopos e os principais credores, entre eles a Anac e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), se reuniram para tentar chegar a um acordo e definiram que a proposta seria votada na assembleia desde que Viracopos aceitasse a relicitação. A concessionária já havia sinalizado a intenção de devolver a concessão em julho de 2017, mas emperrou na lei 13.448/2017, que regulamenta as relicitações de concessões aeroportuárias, ferroviárias e rodoviários do Brasil e só teve o decreto publicado em agosto de 2019. A crise de Viracopos A crise de Viracopos se agravou na metade de 2017, quando manifestou o interesse da relicitação, mas, por conta da não regulamentação da lei, apostou na recuperação judicial para solucionar a crise. A Aeroportos Brasil protocolou o pedido em 7 de maio de 2018 na 8ª Vara Cível de Campinas. Viracopos foi o primeiro aeroporto do Brasil a pedir recuperação. Em janeiro de 2019, o governo federal publicou, no Diário Oficial da União, o edital de chamamento para que empresas manifestem interesse e façam estudos de viabilidade para a nova licitação do aeroporto. À época, de acordo com o Executivo, o Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI) era apenas um "plano B" caso o terminal não encontrasse uma solução para a dívida e precisasse relicitar a concessão, o que de fato aconteceu. A Infraero detém 49% das ações de Viracopos. Os outros 51% são divididos entre a UTC Participações (48,12%), Triunfo Participações (48,12%) e Egis (3,76%), que formam a concessionária. Os investimentos realizados pela Infraero correspondem a R$ 777,3 milhões. Vista aérea do Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas Ricardo Lima/Divulgação VÍDEOS: mais assistidos do G1 nos últimos 7 dias Veja mais notícias da região no G1 Campinas

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Veja as vagas de emprego disponíveis nesta segunda-feira (4) em Petrolina e Salgueiro

segunda-feira, 04 janeiro 2021 por Administrador

As vagas são disponibilizadas pela Agência do Trabalho de Pernambuco. As oportunidades são disponibilizadas pela Agência do Trabalho de Pernambuco Marcello Casal/Agência Brasília Foram divulgadas as vagas de emprego disponíveis nesta segunda-feira (4) em Petrolina e Salgueiro, no Sertão de Pernambuco. As oportunidades são disponibilizadas pela Agência do Trabalho de Pernambuco e atualizadas no G1 Petrolina. Os interessados nas oportunidades podem entrar em contato com a Seteq através da internet. O atendimento na Agência do Trabalho ocorre apenas com agendamento prévio, feito tanto pelo site da secretaria, quanto pelo Portal Cidadão. Petrolina Contato: (87) 3866 – 6540 Vagas disponíveis Salgueiro Contato: (87) 3871-8467 Vagas disponíveis GR1 de sábado, 2 de janeiro

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