TVK Web Cultural

  • CULTURA
  • TURISMO
  • NEGÓCIOS
  • POLÍTICA
  • GALERIA
  • CONTATO

O pequeno inseto de 1 mm que salvou economia de um país

terça-feira, 29 dezembro 2020 por Administrador

Antes de os pesticidas químicos serem inventados, os agricultores dependiam de predadores locais para controlar as pragas que devastavam plantações, mas agora a prática está sendo revitalizada. Antes de os pesticidas químicos serem inventados, os agricultores dependiam de predadores locais para controlar as pragas que devastavam plantações Getty Images via BBC Espalhados entre as florestas com alta biodiversidade do Sudeste Asiático, milhões de fazendeiros tiram seu sustento do cultivo de mandioca. Essa safra comercial — cultivada tanto por pequenos agricultores que possuem apenas um ou dois hectares de terra, quanto por fazendas industriais que se estendem por milhares de hectares — é vendida sobretudo para fabricantes que usam o amido do tubérculo em plásticos e colas. Quando a mandioca foi importada pela primeira vez da América do Sul para o Sudeste Asiático (como aconteceu com a África algumas décadas antes), ela era capaz de ser cultivada sem a ajuda de pesticidas. Mas, em 2008, um inseto chamado cochonilha acompanhou o tubérculo até a região e começou a devastar as lavouras. Para compensar as perdas, agricultores começaram a avançar pela floresta no entorno de seus terrenos na tentativa de obter uma produção um pouco maior em suas terras. "Algumas dessas áreas estão sob pressão significativa do desmatamento", afirma Kris Wyckhuys, especialista em controles biológicos do Instituto de Proteção de Plantas da Academia Chinesa de Ciências Agrícolas em Pequim. "O Camboja tem uma das taxas mais altas de desmatamento tropical", acrescenta. A chegada da cochonilha não só teve um grande impacto no sustento daqueles que cultivam mandioca, como também afetou as economias dos países da região e pode ter reverberado em outros lugares. Produtos alternativos no mercado de amido, como milho e batata, aumentaram de preço. O preço da fécula de mandioca triplicou na Tailândia — o maior exportador mundial do produto. "Quando um inseto reduz a produção agrícola em 60-80%, você tem um grande choque", diz Wyckhuys. A solução foi encontrar o inimigo natural da cochonilha, uma vespa parasita de 1 mm de comprimento (Anagyrus lopezi), em sua terra natal, a América do Sul. Essa vespa é extremamente seletiva no uso da cochonilha como hospedeiro de suas larvas. No fim de 2009, ela foi introduzida nas áreas de cultivo de mandioca na Tailândia e começou a agir sobre as cochonilhas. Não há informações detalhadas sobre quão rápido a vespa conteve a população de cochonilhas no país. Mas, em meados de 2010, "as vespas parasitas estavam sendo criadas aos milhões e liberadas em massa em toda a Tailândia, inclusive por avião, e podemos supor que seu impacto sobre as populações de cochonilhas pôde ser sentido com bastante rapidez", afirma Wyckhuys. A safra de mandioca é extremamente importante para as economias do Sudeste Asiático Getty Images via BBC Quando a mesma vespa foi usada para controlar as cochonilhas na África Ocidental no início dos anos 1980, ela suprimiu imediatamente os níveis da praga — de mais de 100 em cada extremidade da mandioca para menos de 10-20. Menos de três anos depois, a vespa havia se dispersado efetivamente por mais de 200 mil km² no sudoeste da Nigéria e podia ser encontrada na grande maioria das plantações de mandioca da área. Esse tipo de intervenção é denominado controle biológico clássico. Você encontra um predador natural e o introduz em uma plantação para conter a propagação de uma praga. Wyckhuys calcula o benefício econômico para os agricultores em 26 países da Ásia-Pacífico em cerca de US$ 14,6 bilhões a US$ 19,5 bilhões por ano. "A ação de uma vespa de 1 mm ajudou a resolver um impacto financeiro significativo no mercado global de amido", diz ele. Nosso conhecimento sobre os benefícios que o predador certo pode trazer para terras agrícolas remonta a centenas de anos, embora o biocontrole tenha saído de moda nas práticas agrícolas modernas. "O controle biológico foi o padrão por milhares de anos, então é engraçado pensar nisso como algo novo", diz Rose Buitenhuis, cientista da organização científica independente de horticultura, Vineland Research and Innovation Centre, em Ontário, no Canadá. Se o controle biológico pode ser tão bem-sucedido, por que agora é um método pouco usado no combate a pragas? O que acontece quando dá errado? E por que os pesquisadores estão fazendo pressão para mudar isso? Para as civilizações pré-colombianas da Mesoamérica, os sapos-cururu existiam em algum lugar entre a vida e a morte — e eram reverenciados como mediadores do submundo. Os anfíbios produzem uma toxina poderosa capaz de induzir experiências alucinógenas que os sacerdotes usavam em rituais para se comunicar com seus ancestrais mortos. A civilização maia é famosa por cultuar cobras e aves de rapina, que aparecem em exemplares primorosos da arte Mesoamericana. Mas os maias e outros povos indígenas também retrataram o sapo em seu artesanato, muitas vezes sorrindo alegremente como se estivesse desfrutando dos efeitos de sua própria toxina psicodélica. Os maias esculpiram sapos e rãs em potes e vasos. Como animais semiaquáticos e arautos da chuva — essenciais para a saúde das plantações — eles eram sinônimo de água e, portanto, de vida. A metamorfose dos ovos em girinos e sapos indicava o início da estação das chuvas, emergindo da água como se emergisse do mundo subterrâneo. Este antigo artesanato maia em forma de sapo-cururu celebra o anfíbio Justin Kerr/K5935/Dumbarton Oaks O sapo também era visto como um aliado poderoso para manter afastadas as pragas que destroem as plantações. Eles eram bem-vindos em milharais e silos, onde agiam como predadores naturais de besouros e pequenos roedores que podiam dizimar uma plantação. Mas a mesma neurotoxina, a bufotenina, que os sacerdotes usavam como alucinógeno também era a principal defesa do sapo-cururu contra seus próprios predadores — e é venenosa o suficiente para matar um ser humano se ele for descuidado. Os povos indígenas da Mesoamérica compreenderam a dualidade do mundo natural. O sapo-cururu representava tanto a vida quanto a morte. Pintado em um vaso maia está um sapo-cururu que apresenta uma bandeja com um olho, osso e mão humanos para um jaguar e uma serpente que dançam alegremente no submundo. Os maias respeitavam o poder do sapo e saudavam sua presença. Eles também sabiam que mexer com a natureza pode ter consequências perigosas. O sapo-cururu é odiado na Austrália. Importado das Américas como um biocontrole em 1935, ele prosperou em seu novo ambiente, as plantações de cana-de-açúcar no nordeste do país. A abundância de sua presa favorita, o besouro-da-cana, junto com outros insetos australianos nativos, e a ausência de predadores adequados, levaram a um boom de sapos-cururu. Em 2007, estimou-se que o sapo-cururu cobria cerca de 1,2 milhão de quilômetros quadrados de selva australiana, com 1,5 bilhão de representantes da sua espécie. E é provável que seu alcance aumente com as mudanças climáticas. O sapo-cururu secreta sua perigosa bufotoxina por meio das glândulas atrás de sua cabeça Getty Images via BBC O resultado foi devastador. As populações de predadores despencaram — espécies que normalmente se alimentariam de sapos nativos, como quolls, um tipo de marsupial, e goannas, um lagarto-monitor grande, morreram por causa da toxina do sapo-cururu. O governo australiano e ativistas locais destroem milhões de sapos todos os anos. A reputação do sapo-cururu é tão ruim no país que o drama do anfíbio tem sido tema de livros infantis irônicos. "Os sapos foram soltos contrariando os pareceres científicos da época", afirma Wyckhuys. Liberar os sapos "era algo que nunca deveria ter sido feito e é totalmente impossível no biocontrole moderno — você não libera predadores vertebrados generalistas, polífagos. Não é um alerta vermelho pequeno, é um alerta vermelho enorme". O sapo-cururu não está sozinho. Há pelo menos dez casos de biocontroles que se tornaram espécies invasoras ao longo da história. Na Segunda Guerra Mundial, as forças japonesas e aliadas liberaram peixes-mosquitos para atacar larvas de mosquitos na tentativa de reduzir a propagação da malária entre as tropas nas ilhas do Pacífico. Esses pequenos peixes de aparência inofensiva são agora uma espécie invasora naquela área, onde se dispersaram rapidamente e desbancaram as espécies locais. O mesmo se aplica à joaninha asiática na Europa, introduzida para controlar afídeos. Como resultado de desfechos como esses, o uso de controles químicos — pesticidas — ganhou força na primeira metade do século 20. Mas, com um punhado de exceções, a imagem controversa dos biocontroles é amplamente infundada. As introduções bem-sucedidas de biocontroles superam as falhas em pelo menos 25 vezes. Por isso, alguns pesquisadores estão tentando mudar agora a percepção em relação aos controles biológicos. E dizem que os dias dos pesticidas estão contados. Será o fim dos pesticidas? "Os controles químicos resolveram muitos problemas nas décadas de 1930, 1940 e 1950", diz Buitenhuis. "Os agricultores não precisavam trabalhar tanto. Eles podiam simplesmente ir até o armário, pegar um spray e as pragas morreriam." O problema com os controles químicos é que as espécies de pragas se reproduzem rapidamente, o que significa que um indivíduo resistente a um pesticida pode produzir descendentes resistentes muito rápido. Os produtores de pesticidas precisam então aperfeiçoar constantemente seus produtos apenas para estar à altura da praga — o que Buitenhuis chama de esteira da resistência a pesticidas, e é conhecido em outros lugares como "efeito Rainha Vermelha", em referência à personagem de "Alice Através do Espelho". Se o uso de pesticidas deve diminuir, será que mais agricultores vão recorrer a controles biológicos como esta vespa parasita? Getty Images via BBC O número de pesticidas disponíveis para os agricultores está se esgotando. Em 2018, três inseticidas de uma classe de substâncias químicas chamadas neonicotinoides foram proibidos de forma definitiva pela União Europeia, tendo seu uso já severamente restringido em 2013. Esses produtos químicos, que têm uma estrutura semelhante à da nicotina, revestem as sementes para protegê-las de pragas no solo. No entanto, conforme a plantação cresce, o pesticida é absorvido e se espalha por todo o tecido da planta, se acumulando no pólen e no néctar. Polinizadores selvagens e domesticados que se alimentam dessas plantas são então expostos ao pesticida. Os críticos da proibição apontam que limitar os pesticidas para o tratamento de sementes pode acabar levando à sua substituição por pesticidas em spray, que podem ser igualmente prejudiciais para os polinizadores e são mais caros para os agricultores. "Há uma grande variedade de fatores sociais e ecológicos negativos associados aos pesticidas", diz Wyckhuys. "Dos gases de efeito estufa usados ​​para produzir e distribuir produtos químicos — emissões significativas de gases do efeito estufa — às implicações para a saúde dos agricultores e consumidores. Os impactos não se restringem apenas às plantações ou às fazendas, mas são amplificados pela paisagem [por lixiviação] , propagados pela água ou poeira, absorvidos no ar por aerossóis. " Resíduos de pesticidas foram encontrados na floresta nublada da Costa Rica e na Grande Barreira de Corais na Austrália. E quando os pesticidas aparecem no lugar errado, eles se tornam biocidas — algo que mata a vida. Ao contaminar o meio ambiente ao redor das terras agrícolas, eles simplificam comunidades biológicas e degradam ecossistemas. O que atrai os cientistas, como Wyckhuys, na técnica de biocontrole é que sua aplicação pode ser muito mais direcionada. Caroline Reid, líder técnica da Bioline Agrosciences, produtora de controle biológico no Reino Unido, concorda. Se você somar à especificidade dos biocontroles a redução no número de produtos químicos seguros para uso e o incentivo à agricultura sustentável por toda a União Europeia, você vai entender por que os biocontroles estão ganhando cada vez mais força. Mas como eles funcionam? Controles biológicos Há basicamente três tipos de biocontroles: predadores, parasitoides e patógenos. Sapos-cururu são um exemplo de biocontrole predatório. Eles se alimentam de besouro-da-cana, mas infelizmente não são muito exigentes (são "polífagos"), e na Austrália começaram a se alimentar de outros insetos nativos que não eram pragas. Os parasitoides são um pouco mais macabros. Frequentemente, esse tipo de biocontrole é feito por espécies de vespas ou moscas parasitas que colocam seus ovos dentro de lagartas ou besouros apenas para que as larvas resultantes escapem do abdômen do hospedeiro, matando-o no processo. Já os patógenos podem assumir a forma de fungos, vírus ou bactérias que matam ou tornam seu hospedeiro infértil. Eles tendem a ter como alvo espécies bastante específicas de pragas, o que os torna uma escolha popular para pesquisas modernas de biocontrole, uma vez que há um risco menor de atacarem outras espécies inofensivas com consequências indesejadas. Embora, como todos nós descobrimos recentemente, os vírus podem de vez em quando saltar de espécies com bastante sucesso. Biocontroles bem-sucedidos devem ter uma alta taxa de reprodução, para que possam se multiplicar rapidamente ao detectar uma praga, ser bem específicos no que se refere às espécies que têm como alvo e capazes de buscar suas presas com eficiência. Na prática, nenhum controle biológico é perfeito. Então, os pesquisadores pesam os riscos associados a cada um deles. Há ainda três maneiras como os controles biológicos podem ser aplicados a uma plantação: clássica, de conservação e abordagem aumentada. O sapo-cururu é um exemplo (embora um tanto ruim) do biocontrole clássico — em que uma nova espécie é introduzida no meio ambiente. "A forma clássica de biocontrole é voltada especificamente para o manejo de espécies invasoras", diz Wyckhuys. O biocontrole oferece a opção de voltar à região de origem daquela praga, estudar os inimigos naturais coevoluídos e escolher os organismos que são altamente eficazes no seu controle. "Não queremos introduzir um organismo que vai atacar outros organismos. Selecionamos um biocontrole eficaz que seja altamente específico", explica Wyckhuys. Alternativamente, em abordagens de conservação, pode-se ajudar predadores que já existem numa região ao proteger seu habitat. Isso pode ser feito aumentando a quantidade de cercas-vivas ou pradarias ao redor de uma plantação. Em um estudo sobre o cultivo de repolho, onde havia uma alta proporção de pradarias ao redor de uma plantação, o número de lagartas comedoras de repolho foi menor. Isso provavelmente se deve à maior presença de vespas parasitas nesses ambientes, dizem os pesquisadores. No entanto, em outros casos, as pradarias promoveram a presença de espécies de pragas como afídeos e besouros-pulga. Não é tão simples quanto introduzir mais pradarias para reduzir as pragas — a dinâmica entre as terras agrícolas e as terras selvagens precisa ser administrada com cuidado. Biocontroles de conservação como este também se limitam ao controle de pragas nativas do ambiente local. Como os biocontroles clássicos, muitas espécies de pragas foram introduzidas pela primeira vez em seu ambiente pelo homem — elas já não estavam lá necessariamente. Como os países importam sementes e safras do mundo todo, é fácil presumir que uma ou outra praga venha junto acidentalmente. Agora, quando se encontram em um novo ambiente sem um predador natural, elas prosperam. Uma vespa parasita (Cotesia congregata) sobe em uma lagarta, seu hospedeiro, onde depositará ovos Getty Images via BBC Finalmente, em abordagens aumentadas, um patógeno ou parasita é introduzido em uma plantação em um momento chave — talvez quando as pragas começam a se reproduzir ou botar ovos, ou até mesmo antes da chegada da praga — de modo que as espécies de controle rapidamente anulem sua ameaça, antes que sejam reduzidas e também extintas naquela área. A vantagem dessa abordagem é que você pode ser muito específico ao atacar as espécies de pragas. "O controle aumentado é muito popular no setor de estufa europeu", diz Wyckhuys. "Em algumas áreas, o uso de pesticidas é zero." As estufas são reduto dos biocontroles há décadas, mesmo quando os pesticidas químicos tiveram seus anos de boom. Elas têm a grande vantagem de ser um sistema mais ou menos fechado, não permite que um biocontrole predatório saia voando por aí. Depois, há o fato de que as plantações em estufa tendem a ter um valor mais alto — tomates, pimentões e pepinos são vendidos por um valor mais alto por unidade de área do que os cereais, por exemplo. Nos últimos anos, a popularidade dos biocontroles se espalhou para outros setores, como floricultura, viticultura (cultivo de uva) e de frutas ao ar livre, como morangos. "No Canadá, fizemos um levantamento em 2017/2018, 92% dos floricultores usam o biocontrole como principal estratégia de controle de pragas", diz Buitenhuis. "É uma história de sucesso incrível e surgiu por causa da resistência aos pesticidas, especialmente no Canadá." Buitenhuis e Reid sabem que quando os agricultores de grandes áreas de plantio passarem a adotar biocontroles para seus cereais e grãos, os ventos terão voltado a soprar a seu favor. "Se um agricultor de culturas arvenses decidiu que um controle biológico pode ser usado no trigo ou na cevada, nós resolvemos a questão", afirma Reid. Da mesma forma, Buitenhuis diz que convencer países como Colômbia, Equador e Quênia a adotar tais abordagens seriam "grandes vitórias". "Está chegando", diz Buitenhuis. "Usar apenas produtos químicos não é uma estratégia sustentável de longo prazo."

Leia Mais
  • Publicado em Negócios
No Comments

Petrobras eleva diesel em 4% e gasolina em 5% a partir de terça-feira

terça-feira, 29 dezembro 2020 por Administrador

Nova alta no preço dos combustíveis foi a segunda anunciada em duas semanas. A Petrobras informou nesta segunda-feira (28) que vai elevar em 4% o preço médio do diesel em suas refinarias e em 5% o da gasolina a partir de terça-feira (29), em meio a uma alta do petróleo nas últimas semanas e uma desvalorização do real frente ao dólar nas últimos dias. Refinaria da Petrobras em Paulínia (SP) Paulo Whitaker/Reuters A nova alta no preço dos combustíveis foi a segunda anunciada em duas semanas. Em 15 de dezembro, a estatal elevou o preço do diesel e da gasolina. Com a alta de 4%, o preço médio do combustível mais vendido do Brasil passará a ser de R$ 2,02 por litro. No acumulado do ano, a redução do valor é de 13,2%, segundo informou a Petrobras. Já o preço médio da gasolina da Petrobras para as distribuidoras será de R$ 1,84 por litro, acumulando no ano redução de 4,1%. Apesar da alta das cotações dos combustíveis da Petrobras na terça-feira, especialistas apontam a permanência de uma defasagem ante a paridade de importação. "Faz cerca de três semanas que a Petrobras trabalha com defasagem de mais de 10 centavos em relação ao mercado internacional e segue bem próxima a esse nível mesmo com o ajuste de hoje", afirmou à Reuters o chefe da área de óleo e gás da consultoria INTL FCStone, Thadeu Silva. "O ajuste atual foi menos da metade do necessário para termos paridade de importação", acrescentou ele, comentando que tem havido atrasos nos repasses da alta do petróleo para os combustíveis da Petrobras. O presidente da Associação Brasileira de Importadores de Combustíveis (Abicom), Sérgio Araújo, também ressaltou a defasagem nos preços ante ao mercado externo e frisou que "as importações por agentes privados continuam inviabilizadas". A Petrobras defende que seus preços seguem a chamada paridade de importação, impactada por fatores como as cotações internacionais do petróleo e o câmbio. O repasse dos reajustes nas refinarias aos consumidores finais nos postos não é garantido, e depende de uma série de questões, como margem da distribuição e revenda, impostos e adição obrigatória de etanol anidro e biodiesel. Vídeos: Últimas notícias de economia

Leia Mais
  • Publicado em Negócios
No Comments

Governo dos EUA recorre de ordem que suspende restrições ao TikTok

terça-feira, 29 dezembro 2020 por Administrador

Por decisão de juiz, Departamento de Justiça americano não pode impor restrições ao aplicativo chinês. Desde agosto, Trump tenta exigir venda do TikTok para uma empresa americana. Popular rede social TikTok sofre pressão nos EUA Getty via BBC O governo dos Estados Unidos recorreu nesta segunda-feira (28) da ordem de um juiz que impede restrições ao aplicativo chinês TikTok, informou a agência Reuters. A apelação do Departamento de Justiça tenta reverter a decisão do juiz distrital Carl Nichols, de Washington. TikTok foi o aplicativo mais baixado de 2020, aponta relatório A ação de Nichols veio depois de a juíza Wendy Beetlestone, da Pensilvânia, bloquear as restrições contra o app chinês programadas para 12 de novembro passado. Nesse caso, o governo norte-americano também recorreu. 'Novela' do TikTok Desde agosto, o governo de Donald Trump tenta impor barreiras ao app da ByteDance. O presidente chegou a estipular uma data para que o TikTok fosse vendido nos EUA, mas o prazo foi adiado por diversas vezes. O presidente norte-americano acusa a rede social de compartilhar dados de 100 milhões de usuários americanos com o governo chinês; algo que é negado pela ByteDance. Um primeiro prazo para a venda de parte do aplicativo a empresas locais venceu em agosto. Apesar de, naquele mês, a proprietária do app ter divulgado a intenção de negociar com a Oracle, nada se concretizou até agora. Trump chegou a acenar positivamente para a proposta, mas o negócio segue à espera do aval do governo americano e envolveria também a gigante do varejo Walmart. Entenda, em 1 minuto, como funciona o TikTok Conheça o TikTok, o app que incomoda Donald Trump Saiba mais sobre o app chinês TikTok: o aplicativo chinês que conquistou milhões de usuários Vídeos mais vistos do G1

Leia Mais
  • Publicado em Negócios
No Comments

Bolsas da Europa têm melhor resultado em dez meses com estímulos fiscais nos EUA

terça-feira, 29 dezembro 2020 por Administrador

O presidente Donald Trump assinou no domingo (27) o projeto de lei que libera quase US$ 1 bilhão em estímulos fiscais e afasta os temores de uma nova paralisação do governo americano. Donald Trump assinou projeto de lei que libera quase US$ 1 bilhão em estímulos fiscais Cheriss May/Arquivo/Reuters As bolsas da Europa fecharam em alta nesta segunda-feira (28), após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter assinado, no domingo (27), o projeto de lei que libera quase US$ 1 bilhão em estímulos fiscais e afasta os temores de uma nova paralisação do governo americano. O índice pan-europeu Stoxx Europe 600 fechou em alta de 0,66%, a 398,58 pontos. O DAX, índice de referência da bolsa de Frankfurt, avançou 1,49%, a 13.790,29 pontos. O CAC 40, de Paris, subiu 1,20%, a 5.588,38 pontos. Em Milão, o FTSE MIB fechou em alta de 0,72%, a 22.288,52 pontos, enquanto o IBEX 35, de Madri, subiu 0,54%, a 8.155,60 pontos. A bolsa de Londres não operou hoje, devido ao feriado do "Boxing Day", no Reino Unido. O projeto assinado ontem por Trump libera US$ 900 bilhões em estímulos fiscais, evitando o corte de auxílios aos americanos mais pobres na virada do ano, mas reduz os estímulos de US$ 600 semanais para US$ 300. Além dos estímulos fiscais, o projeto de lei libera US$ 1,4 trilhão em gastos para manter o governo em funcionamento até setembro do ano que vem, afastando os temores de uma paralisação do governo americano por falta de recursos. Sob pressão, Trump assina plano de alívio econômico de US$ 900 bilhões "Podemos finalmente dar um grande suspiro de alívio e dizer que o caos sobre o pacote de estímulos acabou", disse Hussein Sayed, estrategista-chefe de mercados da FXTM, à Dow Jones Newswires. "Isso pode dar um último impulso aos ativos de risco nas últimas quatro sessões do ano", mas ele deve ser limitado, pois a notícia "provavelmente já estava amplamente precificada", completa. As ações também receberam o impulso do otimismo com o início da campanha de imunização europeia no domingo. Autoridades do bloco esperam imunizar 450 milhões de pessoas, com a campanha dando prioridade a idosos em um primeiro momento. Brexit Além disso, os papéis também receberam algum impulso do acordo do Brexit, firmado na última quinta-feira (24). O acordo mantém o livre comércio de mercadorias entre a União Europeia e o Reino Unido sem tarifas, mas cria vários empecilhos burocráticos ao comércio. O Reino Unido, em contrapartida, se comprometeu a manter os padrões europeus em questões ambientais e trabalhistas, assim como em questões como o subsídio a empresas. O setor de serviços, porém, não recebeu as mesmas proteções do comércio de mercadorias, reduzindo o acesso do vasto setor financeiro londrino aos mercados europeus. O acordo deve entrar em vigor no dia 1º de janeiro. Vídeos: Veja as últimas notícias de economia

Leia Mais
  • Publicado em Negócios
No Comments

Cancelamentos de IPOs em 2020 chegam a 25 com desistência de Prima Foods

terça-feira, 29 dezembro 2020 por Administrador

Produtora de carnes desistiu da sua oferta pública inicial de ações. Com isso, já são 25 IPOs cancelados em 2020. Produtora de carnes Prima Foods havia protocolado seu IPO em março Amanda Perobelli/Reuters Há ainda outros cancelamentos que já foram noticiados, mas que ainda não constam como “desistência” na CVM, como Cagece e Alphaville — esta última inclusive já estreou na bolsa, após realizar uma oferta com esforços restritos. Além disso, EZ INC, Wine e Granbio anunciaram suspensões temporárias dos seus IPOs. Mesmo com crise, entrada de empresas na bolsa este ano já é mais do dobro da registrada em 2019 A produtora de carnes Prima Foods, que pertence ao empresário José Batista Júnior (conhecido como Júnior Friboi), havia protocolado seu IPO em março. Na ocasião, a companhia poderia chegar à bolsa avaliada em cerca de R$ 2 bilhões. Júnior — irmão de Joesley e Wesley Batista, da JBS — queria vender cerca de 30% da companhia, por algo em torno de R$ 500 milhões. Vídeos: Confira as últimas notícias de economia

Leia Mais
  • Publicado em Negócios
No Comments

Balança comercial registra déficit de US$ 800,7 milhões no acumulado de dezembro

terça-feira, 29 dezembro 2020 por Administrador

Valor soma resultados das quatro primeiras semanas de dezembro e indica que o país importou mais do que exportou no período. A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 1,855 bilhão na quarta semana de dezembro. No acumulado do mês, porém, há déficit de US$ 800,7 milhões. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (28) pelo Ministério da Economia.
O superávit é registrado quando as exportações superam as importações. Quando ocorre o contrário, é registrado déficit comercial.
Na quarta semana do mês as exportações somaram US$ 3,913 bilhões e as importações US$ 2,057 bilhões. No acumulado de dezembro, as exportações somaram US$ 15,416 bilhões e as importações US$ 16,217 bilhões.
A média diária do mês, que considera o valor médio por dia útil, registrou até a quarta semana de dezembro queda de 115,7%. As exportações caíram 2,8% e as importações cresceram 50,7%.
Exportações e importações
No acumulado de dezembro, as exportações do setor agropecuário caíram 19,1% na comparação com a média diária de dezembro de 2019. As exportações da indústria extrativa caíram 10,3% e as vendas de produtos da indústria de transformação aumentaram 5,4%.
Do lado das importações, caíram as compras de produtos agropecuários (-3,9%) e de produtos da indústria extrativa (-60,2%). Por outro lado, a compra de produtos da indústria de transformação aumentou 62,1%, puxada por medicamentos e produtos farmacêuticos (exceto veterinários), aeronaves e outros equipamentos e plataformas, embarcações e outras estruturas flutuantes.
Veja as últimas notícias da economia

Leia Mais
  • Publicado em Negócios
No Comments

Veja dicas para conseguir guardar dinheiro em 2021

terça-feira, 29 dezembro 2020 por Administrador

Leia Mais
  • Publicado em Negócios
No Comments

Nova lei de falências deve dobrar percentual de recuperação das empresas, estima governo

terça-feira, 29 dezembro 2020 por Administrador

Lei foi aprovada pelo Congresso em novembro e sancionada no último dia 24. Secretário de Fazenda avaliou que lei é uma das mais importantes reformas microeconômicas do país. O secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, estimou nesta segunda-feira (28) que a nova lei de falências deve dobrar o percentual de recuperação das empresas no país.
Aprovada pelo Congresso Nacional em novembro e sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro no último dia 24, a nova lei cria regras mais vantajosas para empresas financiarem dívidas federais.
Segundo dados apresentados pelo secretário nesta sexta, a taxa de recuperação dos credores na América Latina foi de 30,9% em 2018, enquanto no Brasil, de 14,9%.
O secretário afirmou esperar uma redução no tempo médio do processo de recuperação judicial para menos de 4 anos. Na América Latina, segundo dados do Banco Mundial, o prazo médio do processo em 2018 foi de 2,9 anos.
"É difícil precisar, mas esperamos uma melhoria substancial. Seria o dobro que é hoje. A melhoria vai ser substancial. Não me surpreenderia que essa recuperação seja 100% melhor e, certamente, em menos de 4 anos", disse.
Waldery avaliou que a nova lei é uma das mais importantes reformas microeconômicas e têm potencial para aumentar a renda e manter empregos.
Especialista fala sobre os benefícios e desvantagens da nova lei de falências
Melhora no crédito
O secretário de Fazenda estimou ainda uma melhora no crédito para empresas em recuperação judicial.
Segundo ele, a nova lei dá mais segurança jurídica ao processo. Waldery citou dados do Banco Central que mostram que, do crédito disponível para empresas em recuperação judicial:
75,21% são para provisão para possíveis perdas;
4,99% para empresas que não estão em recuperação judicial.
"A expectativa é o provisionamento ficar abaixo de 50%. O idealmente é ele caminhar para números muito menores a medida que for tendo conhecimento e jurisprudência da nova lei, o provisionamento vai ser reduzido em larga escala”, afirmou.
As mudanças
Uma das principais mudanças da lei é a permissão para que credores de empresas em recuperação judicial proponham o plano de recuperação judicial do devedor sempre que esgotar o prazo para votação do plano proposto pelo devedor ou quando o plano proposto pelo devedor for rejeitado.
Outras mudanças:
Incentivo ao financiamento, permitindo o uso de bens do devedor como garantia do empréstimo e dando prioridade ao pagamento desse financiamento em caso de falência;
Quem comprar bens, direitos ou ativos das empresas em recuperação judicial não corre o risco de assumir dívidas tributárias;
Punição com prisão e multa da distribuição de lucros e dividendos até a aprovação do plano de recuperação judicial;
Melhora as condições do parcelamento existente em nível federal e amplia os limites para celebração de transação.

Leia Mais
  • Publicado em Negócios
No Comments

Vendas de Natal recuam 1,8% em 2020, aponta índice da Cielo

terça-feira, 29 dezembro 2020 por Administrador

Comércio virtual, isoladamente, cresceu 15,5% mesmo período, impulsionado pelo distanciamento social. Comércio em época de Natal em São José dos Campos (SP) Tiago Bezerra/TV Vanguarda As vendas de Natal no varejo físico e virtual registraram queda de 1,8% este ano, em relação à mesma data em 2019, apontou o Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA). O e-commerce sozinho, por sua vez, cresceu 15,5% no mesmo intervalo — impulsionado pelo isolamento social provocado pela Covid–19. De acordo com o índice, a região Norte foi a que apresentou a maior expansão do comércio nas lojas físicas (12,2%), seguida pelo Centro-Oeste (2,7%) e Nordeste (0,2%). As regiões Sudeste e Sul, por outro lado, registraram queda nas vendas de 6,3% e 0,8%, respectivamente. Os setores com maiores altas em vendas no varejo total foram: Supermercados e hipermercados: 18,8%; Móveis e eletrodomésticos: 18,5%; Materiais para construção: 18,4%; Livrarias, papelarias e afins: 1,2%. As maiores retrações, por sua vez, se deram em: Turismo e transporte: -43%,7%; Alimentação: -30,5%; Vestuário: -14,6%. Vídeos: Veja as últimas notícias de economia

Leia Mais
  • Publicado em Negócios
No Comments

Bolsas dos EUA fecham em máxima recorde com aprovação de estímulo fiscal

terça-feira, 29 dezembro 2020 por Administrador

Ações atingidas pelo isolamento social provocado pelo coronavírus, como companhias aéreas e cruzeiros, avançaram nesta segunda-feira (28). Donald Trump JN Os mercados de ações dos Estados Unidos tiveram um rali nesta segunda-feira (28), com cada um dos principais índices de Wall Street fechando em níveis recordes, depois de a sanção pelo presidente Donald Trump de um projeto muito aguardado de US$ 2,3 trilhões para combate aos efeitos da pandemia fortalecer o otimismo sobre a recuperação econômica. Em uma mudança repentina no domingo, Trump recuou de sua ameaça de obstruir o projeto de lei muito disputado, restaurando os benefícios de desemprego para milhões de norte-americanos e evitando o "shutdown" da máquina pública. Trump deixa para última hora assinatura de pacote econômico de apoio contra efeitos da pandemia "É um tom positivo para o mercado norte-americano e parte disse deve-se à assinatura do pacote de estímulo por Trump, que parecia estar sob desconfiança, mas finalmente foi cumprido", disse Tim Ghriskey, estrategista-chefe de investimentos do Inverness Counsel em Nova York. "Ainda temos uma sequência para o rali de Natal e para o mercado favorável que tivemos por aqui", acrescentou. O Dow Jones subiu 0,68%, para 30.403,97 pontos. O S&P 500 ganhou 0,87%, para 3.735,36 pontos. O ​​Nasdaq valorizou-se 0,74%, para 12.899,42 pontos. As ações atingidas pelos lockdowns em decorrência do coronavírus, como companhias aéreas e cruzeiros, avançaram. O índice S&P 1500 das companhias aéreas teve alta de 0,9%, já que as companhias aéreas devem receber US$ 15 bilhões, além de assistência à folha de pagamento, sob o novo auxílio governamental. As operadoras de cruzeiros Royal Caribbean Cruises Ltd, Carnival Corp e Norwegian Cruise Line Holdings Ltd valorizaram-se, cada uma, pelo menos 3%. Entre os diferentes segmentos, os ganhos foram liderados por serviços de comunicação, consumo discricionário e tecnologia, com cada um subindo mais de 1%. Vídeos: Últimas notícias de economia

Leia Mais
  • Publicado em Negócios
No Comments
  • 124
  • 125
  • 126
  • 127
  • 128
  • 129
  • 130

Destaques

  • Câmara de Campo Grande aprova projetos sobre cultura, meio ambiente e inclusão de estudantes com TEA

    Na sessão ordinária desta terça-feira, 13 de ma...
  • Semana Nacional de Museus 2025: Programação especial em Campo Grande homenageia Lídia Baís

    A 23ª Semana Nacional de Museus acontece entre ...
  • Porto Geral de Corumbá recebe Festival América do Sul 2025 com atrações nacionais e celebração da cultura regional

    Entre os dias 15 e 18 de maio, o histórico Port...
  • Campão Cultural 2024 traz programação intensa e gratuita até 6 de abril

    O Campão Cultural está de volta, levando uma pr...
  • Casa de Cultura de Campo Grande oferece cursos gratuitos em música e dança

    A Casa de Cultura de Campo Grande está com insc...
TOPO