FGV: Recuperação da confiança de serviços é positiva, mas deve ser vista com cautela
Entre os principais riscos para o setor estão as incertezas sobre a pandemia no país e o possível fim do auxílio emergencial. Retomada dos serviços em 2021 vai depender do andamento da campanha de imunização Sérgio Silva/PMA/FDivulgação A recuperação da confiança do setor de serviços em dezembro é positiva, mas deve ser vista com “muita cautela”, dadas as incertezas que ainda pairam sobre a retomada do segmento que responde por cerca de dois terços do Produto Interno Bruto (PIB) do país. Entre os principais riscos para o setor, o economista Rodolpho Tobler, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), ressalta as incertezas sobre a pandemia no país e o possível fim do auxílio emergencial. “O ano de 2021 começa com aumento dos casos [de Covid-19] e com o fim do auxílio emergencial. E o governo também tem um problema fiscal”, afirma Tobler. Para ele, a recuperação do Índice de Confiança dos Serviços (ICS) em dezembro — com alta de 0,8 ponto, para 86,2 — ainda é muito lenta, principalmente se comparada ao avanço recente da confiança na indústria e no comércio. Apesar do avanço este mês, o ICS segue 10 pontos abaixo do nível do fim do ano passado e muito distante da máxima histórica, de 113,3 pontos em agosto de 2008, embora tenha deixado para trás o piso da série, de 52,1 pontos em abril deste ano. Tobler destaca a importância do auxílio emergencial nos últimos meses e lembra que, apesar de não ser um valor muito alto, conseguiu ser abrangente, mantendo parte do poder de compra de uma grande fatia da população. Mas o economista faz uma ressalva em relação à própria natureza do setor de serviços. Último segmento a ser beneficiado com as medidas de flexibilização na pandemia e, mesmo assim, com restrições e limites para a ocupação, os serviços também sofrem com a resistência do próprio cliente em voltar a consumir normalmente. “Os consumidores estão mais cautelosos por causa do vírus. Alguns segmentos dos serviços não conseguem manter o delivery, como indústria e comércio. E as pessoas deixam de consumir serviços e passam a consumir mais bens”, diz Tobler. Ele acrescenta que alguns tipos de serviços não vão ter uma “compensação” depois da normalização. “As pessoas não vão viajar duas vezes ou cortar duas vezes o cabelo. Alguns serviços se perdem quando não são prestados.” O economista diz que a retomada dos serviços em 2021 vai depender do andamento da campanha de imunização quando uma vacina estiver disponível no país. “Enquanto não tivermos um cenário de como vai ser a vacinação, será difícil pensar em como será a recuperação [do setor]”, afirma Tobler. Ele lembra que a retomada do mercado de trabalho também está “muito lenta”, com uma redução de 9,8 milhões na população ocupada no trimestre terminado em outubro, em relação a igual período do ano passado. “Ainda estamos muito distante do nível pré-pandemia”, afirma o economista. Vídeos: Últimas notícias de economia
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Vendas on-line sobem 54% no Natal com expansão do comércio digital em 2020, diz ABComm
Parte do movimento reflete migração de compras em lojas físicas para o canal, em razão da pandemia. Conssumidores vão em busca das compras de Natal em Ribeirão Preto, SP Luciano Tolentino/EPTV A Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) informou nesta terça-feira (29) que as vendas on-line no Natal atingiram R$ 21,7 bilhões, alta nominal de 54% sobre o ano anterior. Parte dessa demanda se refere à transferência das compras que ocorrem em lojas físicas, canal de venda que registrou retração nos resultados na data, segundo dados já publicados por consultorias nos últimos dias. Vendas de Natal recuam 1,8% em 2020, aponta índice da Cielo O ritmo de crescimento no Natal está em linha com o verificado no varejo digital ao longo do ano. O comércio eletrônico apurou elevação de 57% nos oito primeiros meses de 2020 em comparação com igual período do ano passado, segundo pesquisa realizada pelo Movimento Compre&Confie em parceria com a ABComm. Com a pandemia e mudança no horário de funcionamentos de lojas, houve migração de vendas dos pontos físicos para o digital no Natal. Por conta desse movimento de transferência, especialistas passaram a acompanhar mais de perto os dados totais do setor — e não apenas o do digital, como no começo da pandemia — para avaliar o desempenho geral do consumo. Vídeos: Últimas notícias de economia
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Governo de SP diz ter formas de mudar Ceagesp de lugar caso Bolsonaro desista da transferência do entreposto
Doria quer construir polo tecnológico em terreno de mais de 600 mil m2 que abriga entreposto. Presidente da Ceagesp diz que permissionários se sentiram ameaçados e desafia governo de SP a fechar o local. Governo de SP defende que Ceagesp está sucateada e pode receber incentivo com mudanças Ettore Chiereguini/Agif-Agência de Fotografia/Estadão Conteúdo O governo do estado de São Paulo diz ter "cartas na manga" caso o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), decida oficialmente descumprir um acordo feito entre a União e a gestão de João Doria (PSDB) para privatizar e mudar a localização da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), empresa estatal de propriedade do governo federal e localizada na Vila Leopoldina, na Zona Oeste da capital. A área que abriga o entreposto, de mais de 600 mil metros quadrados, está em uma região de alta valorização imobiliária nos últimos anos e é cobiçada por Doria para construir no local o que ele mesmo chamou de "Vale do Silício brasileiro", com a criação de centro reunindo empresas de inovação, desenvolvimento e tecnologia. Algumas das formas de pressionar o governo Bolsonaro a tirar a Ceagesp da Vila Leopoldina seriam por meio de restrições, impostas tanto pelo estado quanto da Prefeitura de São Paulo, do deslocamento parcial de setores do galpão – como flores e pescados – para outros locais separados e diferentes na capital, e a criação de dois entrepostos de alimentos fora da cidade, às margens de rodovias. Um dos entrepostos será construído no km 28,6 da Bandeirantes, no Perus, na Zona Norte da capital, sob a coordenação do Nesp (Novo Entreposto de São Paulo). Outro, no km 41 da Rodovia Ayrton Senna, com acessos à Dutra e ao Rodoanel, sob coordenação da Epal (Entreposto de Produtos Alimentares Leste). O objetivo é fazer com que, aos poucos, fique mais inviável ainda a manutenção do negócio onde atualmente está, segundo o secretário Estadual de Agricultura e Abastecimento, Gustavo Junqueira. "O processo de fechamento da Ceagesp, a saída da Ceagesp da cidade (de São Paulo), é um processo que leva tempo e já foi começado", disse Junqueira em entrevista exclusiva ao G1. "Fechar o Ceagesp, desligando como existe hoje aos poucos, com a transferência de alguns setores paulatinamente". "Se há uma alternativa ao Ceagesp, seja privado, seja estatal, eu tenho condições de eu, efetivamente, fechar o Ceagesp, porque eu aumento as restrições, eu ou a prefeitura, a gente aumenta as restrições, como de fluxo de pessoas ou de caminhões, por exemplo", afirmou o secretário ao G1. Presidente da Ceagesp vê 'ameaça' Após a reportagem ser publicada, o presidente da Ceagesp, coronel da reserva da PM Ricardo Nascimento de Mello Araújo, informou ao G1 que os mais de 6 mil permissionários (comerciantes) que trabalham no local, frequentado diariamente por 50 mil pessoas, "se sentiram constrangidos e ameaçados" com as frases do secretário de Agricultura de São Paulo. "Eu desafio ele a fechar a Ceagesp. Ele não fecha a Ceagesp. E, se tentar, vai fechar o Brasil inteiro, vai parar o Brasil inteiro se fizer isso", disse Mello Araújo. "Ele [o secretário Junqueria] não têm poder para fechar a Ceagesp. O entreposto se autossustenta. Isso aqui não é do governo do estado, é do governo federal, o terreno é do governo federal. As frases dele foram inadequadas e mentirosas", afirmou o diretor-presidente do entreposto, salientando que, desde que assumiu a empresa, a Ceagesp fechou com saldo positivo e que possui potencial de crescimento no local onde atualmente se encontra. Cronologia: A Ceagesp é uma estatal federal que administra o entreposto de alimentos encravado na cidade de SP desde 1969. Por 8 anos, até 1977, foi administrada pelo governo de SP A localização da Ceagesp é problemática: a área valorizou muito e é considerada subaproveitada, além do acesso de caminhões ao local prejudicar o trânsito da cidade e de alagar com enchentes, levando à perda de alimentos Em dezembro de 2016, o ex-prefeito da cidade de SP Fernando Haddad assinou decreto que autorizava um grupo de produtores e comerciantes a apresentar um projeto para a mudança da Ceagesp do atual terreno na Vila Leopoldina para a região de Perus, na Zona Norte da capital. O projeto ainda está em andamento. Em 2018, Doria anunciou sua ideia pessoal de construir um centro de tecnologia no terreno Bolsonaro aceitou transferir para o estado de SP, em 2019, a Ceagesp, mas depois, mudou de ideia, e disse que iria privatizar ou conceder à iniciativa privada o entreposto Em dezembro de 2020, Bolsonaro mudou de ideia novamente: não vai mais mudar de lugar nem privatizar a Ceagesp Futuro da Ceagesp Elcio Horiuchi/G1 Doria quer polo de inovação Em 2018, Doria prometeu a construção, até 2020, de um polo tecnológico no terreno da Ceagesp, que pertence à União. A área tem mais de 600 mil metros quadrados e Doria pretende levar para a área empresas pioneiras, como Google e Facebook, além de outros empreendimentos empresariais. "É um conceito todo que envolve tecnologia da inovação, provando um grande desenvolvimento em uma área que está abandonada", explica o secretário. No ano passado, o governador anunciou que Bolsonaro "havia aceitado" transferir o entreposto para o governo de SP e, também, a mudança do centro de alimentos para outro local. Um acordo foi assinado por Doria, Junqueira, e o então secretário especial de Desestatização do governo Bolsonaro, Salim Mattar, para fechar a Ceagesp e transferir o entreposto para outro endereço, que seria construído e administrado por empresas privadas em um terreno às margens do Rodoanel Mário Covas. O presidente, porém, não cumpriu essa promessa: a Ceagesp ficou com a União, mas foi incluída, por meio de decreto, em outubro de 2019, em um processo de desestatização. Bolsonaro e Doria anunciaram acordo sobre a Ceagesp em 2018 Divulgação/governo de São Paulo Segundo Junqueira, o processo de desestatização continua em andamento, já que o governo federal contratou empresas de consultoria e de advocacia para atuarem junto ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento) oferecendo uma análise sobre qual a melhor forma de transformação do entreposto – se venda, concessão ou parceria com o setor privado – e apontando locais onde o empresariado poderia investir para viabilizar o empreendimento. Movimentação de vendedores de alface na Ceagesp nesta semana Ettore Chiereguini/Agif-Agência de Fotografia/Estadão Conteúdo Também em outubro de 2019, Doria publicou seu próprio decreto permitindo a construção do novo centro de distribuição de alimentos e de outros entrepostos em locais com acesso direto às grandes rodovias na Grande São Paulo que tenham pista dupla e nas quais seja possível ter acesso tanto pela entrada quanto pela saída a rodovias. A iniciativa foi mais um passo para entusiasmar financiadores e empresários a investirem nos futuros empreendimentos, explica o secretário. Os entrepostos privatizados deverão seguir duas condições: ter uma área mínima de 300 mil m² e movimentar pelo menos 2 milhões de toneladas de alimentos. Na semana passada, porém, o presidente disse outra coisa: "Enquanto estiver no cargo, até 2022, a Ceagesp não será privatizada e nem mudará de local." "Essa é uma discussão tão local que não tem nada a ver (com Bolsonaro). É como se fosse uma discussão de que eu vou construir um shopping na cidade, eu vou fazer um shopping aberto, mas não vou respeitar nada dos bombeiros. É uma conversa vazia", acrescentou o secretário. "Se ele (Bolsonaro) colocar um monte de dinheiro e investimentos em tecnologia ali, e convencer a prefeitura e o governo do estado de que aquilo tem realmente uma função, ótimo. Mas não acho que aquele negócio vale o investimento para ficar ali porque as restrições são tão complexas que seria inviável", opinou Junqueira. Negócio inviável Segundo o titular da pasta da Agricultura, com a abertura de novos entrepostos na região metropolitana – com projetos em andamento já protocolados junto a rodovias – a Ceagesp ficaria "inviável" diante de regras que seriam impostas a empreendimentos semelhantes em termos de governança, rastreabilidade e segurança de alimentos, por exemplo – instrumentos que o estado pode usar para, a longo prazo, "acabar" com o negócio. "É melhor fazer um novo entreposto, ou novos entrepostos moderno, que o comércio migraria para lá, mas isso depende do empresário. Se a Ceagesp se manter ali, (com a criação de outros entrepostos fora da cidade), vai ser uma concorrência desleal. Se você fazer uma serie de regras, com governança, segurança, a Ceagesp vai ter que respeitar, porque tem que dar isonomia para todos os empreendimentos. Em você não cumprindo as regras (no caso, a Ceagesp), fica inviável", afirma Junqueira. Ceagesp está sob nova direção Questão política Para o secretário, o presidente da República "misturou as coisas" ao tratar o tema como política e não se preocupar com a importância do serviço. "Nossa preocupação é termos um serviço de qualidade. Percebemos muito a importância do abastecimento durante a pandemia e foi possível ver as falhas no gerenciamento da Ceagesp", disse ele. "Eu não estou entrando no mérito politico, a discussão política existe. A minha preocupação é de fato continuar trabalhando no nível técnico. Se houver qualquer mudança de curso (nas discussões e o acordo entre os governos estaduais e federais, com o cumprimento, por parte de Bolsonaro, de não privatizar ou mudar a Ceagesp), aí São Paulo vai tomar outro caminho, a cidade de São Paulo e o governo de São Paulo vai tomar um outro caminho. Mas, por enquanto, a gente acredita que é possível fazer de uma maneira técnica o que precisa ser feito", acredita Junqueira. Nascida da fusão entre o Centro Estadual de Abastecimento (Ceasa) e a Companhia de Armazéns Gerais do Estado de São Paulo (Cagesp), a Ceagesp foi do governo estadual de São Paulo até 1996. Naquele ano, devido uma dívida de R$180 milhões com o Banespa, o governo estadual anunciou que leiloaria a central na Bolsa de Valores. No entanto, não apareceu nenhum comprador. O governo de SP diz tratar o assunto baseado no interesse dos empresários em investirem no setor, com o completo fechamento da Ceagesp até 2024. Inaugurada torre do relógio na Ceagesp Vídeos: Tudo sobre São Paulo e Região Metropolitana
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Inscrições para processo seletivo estão abertas na Prefeitura de Tarabai
Formação de cadastro reserva é destinada à contratação de professores para atuarem em diversas áreas e disciplinas. Prefeitura de Tarabai abre inscrições para processo seletivo Reprodução/TV Fronteira A Prefeitura de Tarabai abriu inscrições para processo seletivo com formação de cadastro reserva, destinado à contratação de professores para atuarem em diversas áreas e disciplinas. De acordo com o edital, as oportunidades disponíveis são para os cargos de: professor de educação infantil (creche), professor de pré-escola, professor PEB I, professor PEB II – arte, professor PEB II – ciência da natureza, professor PEB II – educação física, professor PEB II – geografia, professor PEB II – história, professor PEB II – língua inglesa, professor PEB II – língua portuguesa, professor PEB II – matemática e Professor PEB II – música. A remuneração para 40 horas semanais é de R$ 2.142,50. Os interessados devem se inscrever pelo site até o dia 3 de janeiro. Veja mais notícias em G1 Presidente Prudente e Região.
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Itens da ceia natalina estão mais caros em São Paulo que no restante do Brasil, diz IBGE
Entre os destaques de aumento em 12 meses estão o azeite de oliva (12%) e arroz (75%). Nacionalmente, o tomate teve valorização mais agressiva (74,8%). Alguns itens da ceia de Natal registram aumento de mais de 70%
Na Região Metropolitana de São Paulo, alimentos tradicionais da ceia natalina estão mais caros para quem for comemorar o Natal no próximo dia 25. Alguns itens registram aumento de mais de 70% na comparação com o ano passado.
Segundo dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) divulgados na terça-feira (22), o arroz e o azeite de oliva, itens tradicionais na ceia natalina, estão inflacionando o Natal dos paulistas. O arroz está quase 75% mais caro e o azeite pode ser encontrado com até 12% de aumento nas prateleiras de supermercados.
IPCA-15: prévia da inflação oficial sobe 1,06% em dezembro e fecha 2020 em 4,23%
Outro item menos lembrado que também está mais caro é o limão, que sofreu um aumento de 26%, com relação aos números do ano passado. Por outro lado, a cebola foi o único produto da ceia natalina que sofreu queda: neste ano, ele está quase 4% mais barato em comparação ao ano passado.
Já falando sobre dados nacionais, o tomate é o alimento vilão da ceia dos brasileiros, com uma alta de 74,8% em 12 meses. Em seguida, estão o arroz e a batata, que tiveram aumento de 72,46% e 70,29%, respectivamente.
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Bolsas da Europa fecham em alta com aumento de esperanças por acordo do Brexit
Índice pan-europeu STOXX 600 encerrou a sessão com avanço de 1,1%. Em Londres, o Financial Times teve ., a 6.495 pontos. O mercado acionário europeu registrou mais um dia de fortes ganhos nesta quarta-feira (23), compensando quase todas as perdas do início desta semana, impulsionado por sinais de um acordo comercial iminente do Brexit.
Em meio a advertências de que ainda poderia prosseguir de qualquer maneira, as negociações entre a União Europeia e o Reino Unido estão em seus "estágios finais", disse uma fonte da Comissão Europeia à Reuters, enquanto outras fontes diplomáticas afirmaram que os Estados-membros começaram a preparar seus procedimentos para implementar qualquer acordo a partir de 1º de janeiro.
O índice pan-europeu STOXX 600 atingiu as máximas da sessão com as notícias, antes de encerrar em alta de 1,1%.
"O fato de eles ainda estarem conversando deu outra razão para comprar no mercado", disse David Madden, analista de mercado da CMC Markets UK.
O índice estendeu o rali de recuperação após queda de 2,3% na segunda-feira, quando uma nova cepa do coronavírus foi detectada no Reino Unido, levando os mercados a uma agitação.
O índice FTSE 100 de Londres reverteu as perdas para fechar no território de ganhos, mas ainda ficou para trás em relação aos seus pares regionais à medida que a libra subia.
Vejas as cotações de fechamento das principais bolsas da Europa
Em LONDRES, o índice Financial Times teve alta de 0,66%, a 6.495 pontos.
Em FRANKFURT, o índice DAX subiu 1,26%, a 13.587 pontos.
Em PARIS, o índice CAC-40 teve alta de 1,11%, a 5.527 pontos.
Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve valorização de 1,31%, a 22.130 pontos.
Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou alta de 1,76%, a 8.073 pontos.
Em LISBOA, o índice PSI20 valorizou-se 2,1%, a 4.825 pontos.
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Pedidos de seguro-desemprego nos EUA caem, após duas semanas de alta
Os pedidos iniciais do auxílio totalizaram 803 mil na semana encerrada em 19 de dezembro, contra 892 mil na semana anterior. O número de norte-americanos que entraram com pedidos iniciais de seguro-desemprego caiu inesperadamente na semana passada, embora tenha permanecido elevado, conforme mais empresas enfrentam restrições e número reduzido de consumidores em meio a uma explosão nos casos de Covid-19 nos Estados Unidos. Os pedidos iniciais do auxílio totalizaram 803 mil, em dado ajustado sazonalmente, na semana encerrada em 19 de dezembro, contra 892 mil na semana anterior, informou o Departamento do Trabalho nesta quarta-feira (23). Economistas consultados pela Reuters projetavam 885 mil pedidos na semana passada. Assim, os novos pedidos diminuíram em 89.000, após duas semanas de alta. Pedidos de seguro desemprego nos EUA Economia G1 Embora os pedidos tenham caído de um recorde de 6,867 milhões em março, eles permanecem acima do pico de 665 mil visto durante a Grande Recessão de 2007/09. Gastos caem Um relatório separado mostrou que os gastos dos consumidores caíram no mês passado pela primeira vez desde abril. Segundo o Departamento do Comércio, os gastos do consumidor, que respondem por mais de dois terços da atividade econômica dos EUA, recuaram 0,4% em novembro, depois de alta de 0,3% em outubro. Foi a primeira queda desde que a recuperação começou em maio. Economistas projetavam queda de 0,2% dos gastos do consumidor em novembro. A economia entrou em recessão em fevereiro. A série de dados fracos alimenta expectativas de economistas de uma desaceleração significativa do crescimento econômico no quarto trimestre e de potencial contração da produção nos três primeiros meses de 2021, apesar de estímulo e de duas vacinas contra a Covid-19 estarem em distribuição. Assista a mais notícias de Economia:
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Endividamento do governo para financiar déficit cresce 3,22% em novembro e alcança R$ 4,7 tri
Informação foi divulgada pelo Tesouro Nacional. No mês passado, país emitiu R$ 158,8 bilhões em papéis, volume alto para padrões históricos. A dívida pública federal em títulos – que inclui os débitos do governo no Brasil e no exterior – registrou aumento de 3,22% em novembro e atingiu R$ 4,787 trilhões, informou a Secretaria do Tesouro Nacional nesta quarta-feira (23). Em outubro, a dívida somava R$ 4,638 trilhões.
A dívida pública é a emitida pelo Tesouro Nacional para financiar o déficit orçamentário do governo federal — ou seja, para pagar despesas que ficam acima da arrecadação com impostos e tributos.
No mês passado, de acordo com o governo, as emissões de títulos públicos somaram R$ 158,82 bilhões, volume alto para padrões históricos.
O cenário é diferente de meados deste ano, quando o governo enfrentou dificuldades na colocação de papéis no mercado devido às tensões na economia provocadas pela pandemia do coronavírus.
No mês passado, os resgates de títulos públicos somaram R$ 19,15 bilhões. A emissão de papéis acima dos resgates e as despesas com juros, que somaram R$ 139,67 bilhões, elevaram a dívida pública em outubro.
Em conjunto com as despesas com juros, que totalizaram R$ 9,94 bilhões, a emissão líquida elevou a dívida no mês passado.
Elevado volume de emissão
O Tesouro Nacional informou que manteve, em novembro, "elevado volume de emissão, com o objetivo de suprir a necessidade de financiamento do governo federal [para pagar os custos associados à pandemia do novo coronavírus] e garantir a manutenção do caixa acima do limite prudencial".
De acordo com a instituição, a facilidade maior para emitir dívida, no último mês, se deve a "notícias positivas de vacinas contra o Covid-19" e aos "resultados das eleições norte-americanas contribuíram para melhorar a percepção dos mercados no mês de novembro".
Por meio de nota, o Tesouro avaliou ainda que o início da vacinação contra a Covid-19 em alguns países contribuiu para a manutenção do otimismo nos mercados internacionais neste mês.
“Mas o destaque mesmo veio do cenário doméstico, que permitiu que o otimismo pudesse se refletir nos indicadores. A não prorrogação do auxílio emergencial foi preponderante, mas os investidores seguem se preocupando com as reformas”, avaliou o coordenador de operações da Dívida Pública do Tesouro Nacional, Roberto Lobarinhas.
Expectativa para a dívida
O governo espera crescimento da dívida pública neste ano. No começo de 2020, a programação do Tesouro Nacional indicava que a dívida poderia chegar a R$ 4,75 trilhões até dezembro.
O valor foi revisado em agosto, e o teto previsto da dívida subiu para R$ 4,9 trilhões. A explicação é que o “impacto da pandemia (COVID-19) ampliou significativamente os gastos públicos, aumentando a necessidade de financiamento do governo”.
Em todo ano passado, a dívida pública teve aumento de 9,5%.
Ajuda na gestão da dívida pública
Para facilitar a tarefa de rolar a dívida pública – ou seja, emitir novos títulos para pagar os vencimentos de papéis –, o Conselho Monetário Nacional (CMN) autorizou em agosto o Banco Central a repassar R$ 325 bilhões para o Tesouro Nacional.
No primeiro semestre, o Banco Central registrou saldo positivo de R$ 503,2 bilhões. Desse valor, R$ 478,5 bilhões têm origem em operações cambiais (reservas e derivativos cambiais).
Por lei, o dinheiro que o BC repassará para o Tesouro não pode ser usado em despesas primárias, como investimentos, mas pode abater a dívida.
Mais recentemente, em outubro, o BC limitou a R$ 600 bilhões o teto para a rolagem de compromissadas que vencem no fim desse mês para ampliar a demanda por títulos públicos, em especial as LFTs, papéis atrelados à Selic. A ação atenuou as pressões de alta na curva de juros.
A ajuda na gestão da dívida pública é considerada importante em um momento em que o governo aumentou os gastos públicos para combater os efeitos da pandemia do coronavírus, o que vai exigir que o Tesouro emita títulos públicos e aumente o endividamento.
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Petrobras conclui venda da Liquigás por R$ 4 bilhões
Negócio foi fechado com consórcio formado pela Copagaz, Itaúsa e Nacional Gás; operação recebeu aval do Cade em novembro. Prédio da Petrobras no Rio de Janeiro Sergio Moraes/Reuters A Petrobras informou nesta quarta-feira (23) que foi finalizada a venda da totalidade da sua participação na Liquigás Distribuidora S.A. (Liquigás) para o consórcio formado pela Copagaz, Itaúsa e Nacional Gás. "Após o cumprimento das condições precedentes, a operação foi concluída com o pagamento de R$ 4 bilhões para a Petrobras, já com os ajustes preliminares previstos no contrato, sendo parte desse recurso decorrente de investimento minoritário e relevante da Itaúsa na Copagaz", informou a estatal, em comunicado. Petrobras prevê levantar até US$ 35 bilhões com venda de ativos até 2025 A Liquigás é subsidiária integral da Petrobras e atua no engarrafamento, distribuição e comercialização de gás liquefeito de petróleo (GLP) no Brasil. A venda da Liquigás recebeu no mês passado o aval do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). A operação, porém, foi aprovada com restrições. A Copagaz será a nova controladora da Liquigás, em conjunto com a Itaúsa — empresa de investimentos de acionistas do Itaú Unibanco. A Nacional Gás adquirirá fatia minoritária e, após reorganização societária, será detentora do equivalente a 18% do volume de GLP vendido. Cade aprova venda da Liquigás, mas com restrições Em 2018, uma primeira tentativa da petroleira estatal para venda da Liquigás, na ocasião para o Grupo Ultra, havia sido bloqueada pelo Cade. A Liquigás está presente em quase todos os estados brasileiros, e conta com 23 centros operativos, 19 depósitos, uma base de armazenagem e carregamento rodoferroviário e uma rede de aproximadamente 4.800 revendedores autorizados, tendo cerca de 21,4% de participação de mercado. "Essa operação está alinhada à estratégia de otimização de portfólio e à melhoria de alocação do capital da companhia, passando a concentrar cada vez mais os seus recursos em ativos de classe mundial em águas profundas e ultra-profundas, onde a Petrobras tem demonstrado grande diferencial competitivo ao longo dos anos", acrescentou a Petrobras. A estatal prevê levantar de US$ 25 bilhões a US$ 35 bilhões com venda de ativos no período de 2021 a 2025. Entre os ativos incluídos no programa de desinvestimentos, destacam-se 8 refinarias, fatias na petroquímica Braskem, BR Distribuidora, na distribuidora de gás Gaspetro e térmicas. VÍDEOS: Últimas notícias de Economia
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Financiamento imobiliário com recursos da poupança dispara 78% para o mês de novembro
De janeiro a novembro, os empréstimos no setor para financiar a compra e construção de imóveis avançaram 52,1%, para R$ 106,5 bilhões. O financiamento imobiliário no Brasil com recursos da caderneta de poupança atingiu R$ 13,8 bilhões em novembro, um salto de 77,9% em relação ao mesmo período de 2019, informou nesta quarta-feira (23) a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip).
Mesmo tendo caído 0,2% na comparação com outubro, o desempenho do mês passado foi o segundo maior da série histórica iniciada em julho de 1994, em termos nominais, confirmando a força do setor, mesmo diante da crise provocada pela pandemia da Covid-19.
Preços de venda e aluguel de imóveis comerciais acumulam queda de 1,08% em 1 ano
De janeiro a novembro, os empréstimos no setor para financiar a compra e construção de imóveis avançaram 52,1%, para R$ 106,5 bilhões, próximo do pico histórico registrado em 2014, de R$ 112,85 bilhões.
Em unidades financiadas, os empréstimos de novembro atenderam 46,2 mil imóveis, 1,5% a mais do que em outubro e 59,9% maior do que o apurado em novembro de 2019. No acumulado do ano até novembro, foram financiadas 370,9 mil unidades, resultado 39,3% acima do de um ano antes.
Por instituições financeiras, a Caixa Econômica Federal liderou os desembolsos, com 43,5% do total, seguida por Bradesco (19,5%), Itaú Unibanco (18,6%), Santander Brasil (13%) e Banco do Brasil (3%).
Mercado imobiliário começa a se recuperar da crise da pandemia
Com o juro básico na mínima histórica de 2% ao ano, como parte dos esforços do Banco Central para tentar reanimar a economia atingida pela pandemia, o financiamento imobiliário teve uma disparada surpreendente em 2020, puxando consigo o setor da construção civil e aliviando os efeitos da queda da atividade econômica.
Com isso, seis construtoras estrearam na B3 neste ano com ofertas iniciais de ações (IPOs) para buscar recursos e financiar planos de crescimento. Outras nove aguardam aval da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para fazerem o mesmo.
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