IPCA-15: prévia da inflação oficial sobe 1,06% em dezembro e fecha 2020 em 4,23%
Foi a maior variação mensal do índice desde junho de 2018 (1,11%). Taxa em 12 meses ficou acima da meta central do governo para o IPCA em 2020, que é de 4%. Alimentos tiveram alta de 14,36% no ano. Movimentação de clientes em supermercado de São Paulo. Bruno Rocha/Fotoarena/Estadão Conteúdo Pressionado mais uma vez pelos preços dos alimentos, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15), que é considerado uma prévia da inflação oficial do país, ficou em 1,06% em dezembro, após ter registrado avanço de 0,81% em novembro, informou nesta terça-feira (22) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com o resultado, o índice fechou o ano com aumento de 4,23%, indicando que a alta dos preços encerrará o ano pouco acima do centro da meta do governo para o IPCA em 2020, que é de 4%. A alta de 4,23% em 2020 foi a maior taxa anual desde 2016 (6,58%). Em 2019, o acumulado do IPCA-15 foi de 3,91%. IPCA-15, prévia da inflação oficial (variação mensal) Economia G1 A variação de 1,06% registrada em dezembro foi o maior índice mensal desde junho de 2018 (1,11%). Em dezembro de 2019, o IPCA-15 foi de 1,05%. Apesar da aceleração, o resultado veio um pouco abaixo do esperado. A expectativa era de uma alta de 1,14%, segundo a mediana das estimativas de 26 instituições financeiras e consultorias ouvidas pelo Valor Data. As projeções variavam de aumento de 0,98% a 1,30%. Alimentos acumulam alta de 14,36% no ano Segundo o IBGE, a maior alta em dezembro foi mais uma vez registrada pelo grupo alimentação e bebidas (2%), que respondeu por um impacto de 0,42 ponto percentual no índice geral. No acumulado no ano, a inflação dos alimentos foi de 14,36% – mais de o triplo do índice geral. Entre os itens que mais subiram no mês, destaque para batata-inglesa (17,96%), óleo de soja (7%), carnes (5,53%), arroz (4,96%) e frutas (3,62%). Entre as quedas, ficaram mais baratos o tomate (-4,68%), o alho (-2,49%) e o leite longa vida (-0,74%). Em dezembro, apenas o grupo vestuário apresentou deflação (-0,44%). Veja o resultado de dezembro e em 2020 para cada um dos grupos: Alimentação e bebidas: 2%/14,36% Habitação: 1,50%/3,10% Artigos de residência: 1,35%/5,29% Vestuário: -0,44%/-1,75% Transportes: 1,43%/1,36% Saúde e cuidados pessoais: 0,03%/1,11% Despesas pessoais: 0,39%/0,97% Educação: 0,34%/1,23% Comunicação: 0,46%/3,22% Energia elétrica e combustíveis mais caros A segunda maior alta em dezembro veio do grupo habitação (1,50%), que contribuiu com 0,23 p.p. no índice do mês. A principal influência foi o aumento do item energia elétrica (4,08%), puxado pela volta da bandeira vermelha patamar 2 (com acréscimo de R$ 6,243 a cada 100 quilowatts-hora consumidos) após 10 meses consecutivos de bandeira verde, em que não há cobrança extra. Os transportes (1,43%) apresentaram o segundo maior impacto no índice de dezembro (0,29 p.p.). A maior contribuição (0,14 p.p.) veio das passagens aéreas (28,31%). Além disso, os combustíveis (2,40%) registraram aumento frente a novembro, com destaque para a gasolina (2,19%) e o etanol (4,08%). IPCA-15, prévia da inflação oficial (variação anual) Economia G1 Todas as regiões tiveram alta em dezembro Todas as regiões do pais pesquisadas apresentaram alta em dezembro, sendo o menor resultado registrado por Brasília (0,65%) e o maior em Porto Alegre (1,53%). Meta de inflação e perspectivas O ano de 2020 começou com o cenário de inflação baixa. Entretanto, em meados do ano os preços passaram a apresentar repique, com os alimentos subindo forte no final do ano em meio às exportações, fortalecimento do dólar e estímulo do auxílio emergencial. Os analistas projetam uma inflação para 2020 acima da meta central do governo, de 4%. A expectativa do mercado para este ano passou 4,39%, de acordo com a última pesquisa Focus do Banco Central. Apesar da aceleração nesta reta final do ano, a inflação oficial ainda está dentro do intervalo de tolerância existente. Pela regra vigente, o IPCA pode oscilar de 2,5% a 5,5% neste ano sem que a meta seja formalmente descumprida. Em 2019, a inflação oficial fechou o ano em 4,31%. Para Étore Sanchez, economista-chefe da Ativa Investimentos, o resultado de dezembro do IPCA-15 abaixo do esperado sugere revisões para as projeções do IPCA de dezembro e perspectiva deflacionária para janeiro. Metas para a inflação estabelecidas pelo Banco Central Aparecido Gonçalves/Arte G1 A meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic), atualmente em 2% – mínima histórica. O mercado segue prevendo manutenção da taxa básica de juros neste patamar até o fim deste ano, subindo para 3% no final de 2021. Ou seja, a expectativa é que a Selic deve voltar a subir no ano que vem. Para o IPCA de 2021, o mercado financeiro espera uma inflação de 3,37%. No ano que vem, a meta central de inflação é de 3,75% e será oficialmente cumprida se o índice oscilar de 2,25% a 5,25%. O BC vem ainda mantendo a avaliação de que os choques atuais ligado à inflação deverão ser passageiros, ao mesmo tempo em que prevê retomada mais lenta no mercado de trabalho e na volta à normalidade após as restrições impostas pela pandemia do coronavírus, projetando crescimento da economia de 3,8% em 2021. Na avaliação de economistas ouvidos pelo G1, espera-se que a inflação não registre em 2021 picos como os observados nos último meses. Mas, para permanecer dentro da meta central de 3,75%, o Banco Central terá de se posicionar de forma mais firme nos primeiros meses do ano, afirmam os analistas. Preço do cafezinho sobe mais que a inflação no Brasil Vídeos: veja as últimas notícias de economia
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Dólar tem 3ª alta seguida e fecha a R$ 5,16
Nova variante do coronavírus identificada no Reino Unido segue impondo maior cautela nos mercados. Notas de dólar Gary Cameron/Reuters O dólar emendou a terceira alta consecutiva e fechou no maior patamar em quase duas semanas nesta terça-feira (22), ainda refletindo maior cautela dos mercados em relação a uma nova variante do coronavírus identificada no Reino Unido e seu possível impacto na economia global, apesar da aprovação de um novo pacote de estímulo nos Estados Unidos. A moeda norte-americana encerrou o dia em alta de 0,76%, vendida a R$ 5,1614. Veja mais cotações. Com o avanço desta terça, ao dólar passou a acumular na parcial do mês queda de 3,46% frente ao real. No ano, registra alta de 28,72%. OMS convoca reunião para debater nova variante do coronavírus Cenário externo e local O Congresso dos EUA aprovou na segunda-feira um estímulo fiscal de US$ 892 bilhões. A aprovação dará suporte à economia afetada pela pandemia depois de meses de falta de ação ao mesmo tempo em que vai manter o governo federal norte-americano financiado, mantendo vivas as esperanças de uma recuperação econômica. Os novos estímulos fiscais incluem pagamentos de mais de US$ 600 para cada americano (incluindo crianças) que ganhe menos de US$ 75 mil por ano e benefícios de até US$ 300 por semana para desempregados válido até março de 2021. Ao mesmo tempo, lockdowns rígidos entraram em vigor no Reino Unido na segunda-feira para conter a disseminação da nova cepa do coronavírus, considerada até 70% mais contagiosa do que a original, desencadeando bloqueios nas fronteiras e restrições de viagens de vários países. A cautela desencadeada pela nova variante da Covid-19 traz temores de que ela se espalhe e force mais economias a impor restrições rígidas à atividade. As notícias sobre a mutação do coronavírus chegam no momento em que os EUA lidam com uma disparada de infecções novas que está sobrecarregando os hospitais de alguns estados. Algumas autoridades de saúde dos EUA tentaram apaziguar, no entanto, o receio de uma nova variação do vírus, dizendo que ela deve ser monitorada, mas que sua descoberta não é causa de desespero. Enquanto isso, no cenário doméstico, a pauta fiscal e o plano de vacinação do governo seguiam no radar dos mercados. Com a aproximação do fim das atividades legislativas, os mercados seguem frustrados com a falta de avanços na agenda de reformas do governo, em meio a temores persistentes em relação à saúde fiscal do país. Variação do dólar em 2020 Economia G1 VÍDEOS: Últimas notícias de Economia
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Pesquisadores afirmam que 36 jornalistas foram vítimas de espionagem por meio de brecha no iPhone
Ataques não exigiram nenhum tipo de intervenção ou ação por parte das vítimas. Celulares teriam sido comprometidos por vulnerabilidade até então desconhecida no iOS 13. Pesquisadores alertaram que jornalistas tiveram seus celulares iPhone espionados por meio de uma brecha no iMessage e recomendaram a instalação do iOS 14 Thomas Peter/Reuters Pesquisadores do Citizen Lab, da Universidade de Toronto, no Canadá, publicaram um relatório detalhando ataques que teriam espionado 36 jornalistas, produtores e executivos de comunicação. Com exceção de uma jornalista da Al Araby TV, de Londres, todas as demais vítimas têm vínculos com a emissora Al Jazeera, do Catar. Segundo a análise dos especialistas, as vítimas teriam sido atacadas por meio de uma falha de segurança no iPhone – muito provavelmente do iMessage – que estava presente no iOS 13. O Citizen Lab recomendou que todos os usuários atualizem seus smartphones para o iOS 14, cujas melhorias de segurança aparentemente barram o funcionamento desse ataque. À época das invasões, porém, o iOS 14 não estava disponível – o que significa que os jornalistas provavelmente não tiveram como se defender dos ataques. A Apple foi comunicada pelo Citizen Lab a respeito do ocorrido, mas não há informações específicas sobre a brecha até o momento. Indícios apontam para uso do 'Pegasus' Com a colaboração dos jornalistas, os pesquisadores conseguiram rastrear a comunicação do programa de espionagem. O cruzamento das informações obtidas com dados de ataques anteriores apontou para um provável uso do programa Pegasus, desenvolvido pela empresa israelense NSO Group. A NSO Group desenvolve ferramentas de monitoramento e espionagem que podem ser adquiridas por governos. Em comunicado, a companhia afirmou que não há provas do seu envolvimento, que o relatório da Citizen Lab é "especulação" e que a empresa não tem conhecimento sobre os alvos das operações dos seus clientes. 5 dicas de segurança para sua vida digital Levando em conta tensões no Oriente Médio envolvendo o Catar e países vizinhos, o Citizen Lab atribuiu a operação de espionagem à Arábia Saudita e aos Emirados Árabes Unidos. No entanto, os pesquisadores avaliaram que essa atribuição merece confiança "média" – o que significa que também é possível que outros países estejam envolvidos. A Al Jazeera gera controvérsias e tensões entre os países árabes, que reclamam da cobertura realizada pelo veículo. Por vezes, a emissora favoreceu a cobertura de manifestações contrárias aos governos locais. Essa postura já rendeu bloqueios aos seus sites e o fechamento de seus escritórios nesses países. A maioria das vítimas da operação de espionagem pediu anonimato. Apenas a jornalista Rania Dridi, da Al Araby TV, e Tamer Almisshal, da Al Jazeera, permitiram a divulgação de seus nomes pelo Citizen Lab. SAIBA MAIS: Entenda como a Al Jazeera se tornou 'pedra no sapato' dos países árabes em disputa com o Catar Sem intervenção e quase sem rastros O Citizen Lab da Universidade de Toronto já analisou diversas outras ações de espionagem envolvendo o Pegasus da NSO Group. Desta vez, os pesquisadores ressaltaram a dificuldade de realizar esse tipo de levantamento, porque as técnicas estão ficando mais avançadas e deixando menos rastros. A invasão dos celulares teria acontecido de forma totalmente transparente, sem qualquer aviso ou notificação para as vítimas. Nos bastidores, o software se comunica com outro sistema na internet para enviar as informações coletadas do celular. Em alguns casos, o envio das informações era realizado por programas legítimos do iPhone, diminuindo a visibilidade sobre as ações específicas do código espião. Ataques registrados anteriormente pelo Citizen Lab começavam om links enviados por mensagens em programas como o WhatsApp. Esses links eram importantes para facilitar a investigação dos incidentes. Como não houve um contato prévio com os jornalistas nesse caso, o rastreamento foi dificultado. A NSO Group está atualmente travando uma batalha judicial contra o Facebook. A empresa moveu uma ação alegando que a NSO Group violou os termos de serviço do WhatsApp ao transmitir comunicações irregulares com o intuito de invadir usuários da plataforma. A empresa é alvo de críticas por permitir que seu software seja usado por regimes autoritários para espionar ativistas e jornalistas. A companhia, no entanto, se defende afirmando que só vende seu software para governos e que não acompanha as operações específicas dos clientes. SAIBA MAIS: Facebook processa empresa que teria criado software espião do WhatsApp e hackeado usuários com chamadas Programa suspeito de ter sido usado em ataque no WhatsApp foi criado por empresa polêmica Dúvidas sobre segurança, hackers e vírus? Envie para g1seguranca@globomail.com VÍDEOS: tudo sobre segurança digital
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Bovespa fecha em alta, com aprovação do pacote de ajuda nos EUA
Nesta terça-feira, o principal índice da bolsa de valores subiu 0,70%, a 116.636 pontos. A bolsa de valores brasileira, a B3, fechou em alta nesta terça-feira (22), após a aprovação de um pacote de ajuda contra o coronavírus nos Estados Unidos, estímulo esperado pelo mercado financeiro há meses. Ainda que o pacote tenha vindo abaixo do esperado pelo mercado, o otimismo com uma melhora na economia americana ameniza as preocupações com os freios impostos pela nova cepa mais infecciosa de coronavírus identificada no Reino Unido. O Ibovespa subiu 0,70%, a 116.636 pontos. Veja mais cotações. Na segunda-feira, o Ibovespa teve queda de 1,86%, a 115.822 pontos, pressionado justamente pela descoberta da variante do coronavírus e os temores sobre seus efeitos na economia global. Com o resultado de hoje, a parcial do mês acumula saldo positivo de 6,99%. Em 2020, a alta é de 0,74%. O dólar, contudo, ainda reflete uma saída para ativos de segurança por preocupações com a pandemia. Foi a 3ª alta seguida da moeda americana, chegando a R$ 5,16. VÍDEO: Variante do coronavírus na Inglaterra é até 70% mais contagiosa; entenda Cenário global e local Apesar de a mutação do coronavírus seguir no radar, o índice de referência da bolsa paulista mostrava recuperação nesta terça-feira, acompanhando mercados do exterior, em sessão também marcada por um volume de negócios reduzido e pela alta de papéis do setor bancário. A Organização Mundial da Saúde reiterou nesta terça-feira que ainda não há informação suficiente para determinar se a nova variante afetará a eficácia das vacinas, afirmando que pesquisas estão em andamento. A Pfizer e a BioNtech já afirmaram que estão realizando testes de sua vacina contra a nova linhagem do vírus. Para analistas do Banco Safra, incertezas relacionadas à variante do coronavírus trazem uma maior aversão ao risco para investidores. "Apesar do cenário poder trazer volatilidade no curto prazo, seguimos com a visão construtiva para o mercado de renda variável no médio prazo," afirmaram em nota à Reuters. Também melhorando o humor de mercados globais estava a notícia da aprovação pelo Congresso dos Estados Unidos de um pacote de ajuda de US$ 892 bilhões para dar suporte à economia afetada pela pandemia depois de meses de impasses. Nos EUA, o PIB foi revisado a uma taxa anualizada de 33,4% no trimestre passado, em relação ao ritmo de 33,1% informado anteriormente. Economistas consultados pela Reuters esperavam que o PIB do terceiro trimestre não seria revisado. Na agenda de indicadores, a prévia da inflação brasileira em dezembro continuou sob forte pressão, com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) acelerando alta a 1,06% em dezembro, ante 0,81% em novembro, no resultado mensal mais alto desde junho de 2018 (1,11%), segundo dados do IBGE. Variação do Ibovespa em 2020 G1 Economia VÍDEOS: Últimas notícias de Economia
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Após quatro meses de saques, Tesouro Direto volta a ter entrada líquida de recursos em novembro
Com a queda dos resgates de títulos públicos no mês passado, houve entrada líquida de recursos de R$ 28,3 milhões. Novembro também registrou 280 mil novos investidores no Tesouro Direto. Após quatro meses de saques, o Tesouro Direto, programa de compra e venda de títulos públicos por pessoas físicas via corretoras na internet, voltou a ter entrada líquida de recursos.
Segundo números divulgados pela Secretaria do Tesouro Nacional nesta terça-feira (22), as emissões de títulos públicos por meio do programa somaram R$ 1,546 bilhão em novembro, enquanto os resgates totalizaram R$ 1,518 bilhão no período.
A diferença entre os dois valores equivale a uma emissão líquida de recursos do programa de R$ 28,3 milhões no mês passado.
A captação de recursos do Tesouro Direto em novembro está relacionada com a queda dos resgates (o volume de R$ 1,518 bilhão é o menor desde maio deste ano).
A taxa de de manutenção para investimentos no Tesouro Selic de até R$ 10 mil está zerada desde agosto de 2020. O valor era de 0,25% ao ano, e foi reduzido pela Secretaria do Tesouro Nacional e pela bolsa de valores brasileira, a B3.
Investidores cadastrados
De acordo com o Tesouro Nacional, 280.403 novos investidores se cadastraram no programa em novembro. Com isso, o número total de investidores cadastrados até o fim do mês passado atingiu 8.940.709, um aumento de 64,6% nos últimos doze meses.
"O número de investidores ativos chegou a 1.375.846, uma variação de 17,3% nos últimos doze meses. No mês, o acréscimo foi de 17.178 novos investidores ativos", informou a instituição.
Volume total
Em novembro, o saldo total (estoque) de títulos em mercado alcançou o valor de R$ 62,1 bilhões, uma alta de 0,9% em relação ao mês anterior (R$ 61,5 bilhões).
"Os títulos remunerados por índices de preços respondem pelo maior volume no estoque, alcançando 49,9%. Na sequência, aparecem os títulos indexados à taxa Selic, com participação de 29,7%, e, por fim, os títulos prefixados, com 20,4%.", informou o Tesouro Nacional.
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Revisão confirma alta recorde de 33,4% no PIB dos EUA no 3º trimestre
Forte expansão vem sobre uma base fraca, mas aponta para uma recuperação significativa da economia após o tombo de 31,4% nos três meses anteriores, em dados anualizados. Congresso dos EUA chega acordo para novo pacote de estímulos econômicos A economia dos Estados Unidos cresceu 33,4% no terceiro trimestre deste ano em relação aos três meses anteriores, em dados anualizados, de acordo com a terceira estimativa oficial divulgada nesta terça-feira (22) pelo escritório oficial de estatísticas (BEA) do Departamento de Comércio do país. O número é maior que os divulgados na primeira e segunda leituras, em 29 de outubro e 25 de novembro, respectivamente – 33,1% em ambas. A revisão para cima refletiu principalmente o aumento das despesas de consumo pessoal e dos investimentos fixos não residenciais, segundo o Departamento de Comércio dos EUA. No entanto, a economia norte-americana está 3,5% abaixo do nível do final de 2019. A forte expansão vem sobre uma base fraca, mas aponta para uma recuperação significativa da economia após o tombo de 31,4% nos três meses anteriores, o maior desde a Grande Depressão, no início do século passado, conforme a pandemia atingiu fortemente os gastos das famílias e receitas das empresas. PIB dos EUA – terceiro trimestre de 2020 Economia G1 Os EUA utilizam uma metodologia diferente da feita pela maioria dos países para a divulgação do PIB. No Brasil, por exemplo, o IBGE divulga o crescimento trimestral em relação ao trimestre imediatamente anterior e em relação ao mesmo período do ano anterior. Já a taxa anualizada significa a variação do PIB se esse percentual de crescimento ou queda fosse mantida por um ano inteiro. O Fundo Monetário Internacional (FMI) projeta uma queda de 4,3% do PIB dos EUA em 2020. As estimativas de crescimento para o quarto trimestre estão abaixo de uma taxa anualizada de 5%. Apesar de ter começado a aplicar as vacinas contra a Covid-19, o aumento das infecções levou os economistas a reduzirem drasticamente suas previsões de crescimento do PIB para o primeiro trimestre de 2021. No último dia 14, os EUA chegaram a 300 mil mortes pela doença. O Congresso aprovou na segunda-feira um pacote de ajuda no valor de quase US$ 900 bilhões contra efeitos do novo coronavírus na economia. Além de pagamentos diretos à população vulnerável, a medida também traz auxílios a pequenos empresários, destinação de fundos para a distribuição de vacinas contra a Covid-19, além de dinheiro para escolas e companhias aéreas. Embora esse pacote de recursos proporcione alguma proteção, economistas consideram que insuficiente e veio tarde demais, além de excluir recursos para governos estaduais e locais, cujos orçamentos foram apertados pela pandemia. Assista a mais notícias de Economia:
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Lei do DF reserva 10% das vagas em concursos públicos a pessoas de baixa renda
Norma foi publicada no Diário Oficial desta terça-feira (22) e já está em vigor. Cota será aplicada em editais que ofereçam mais de dez vagas. Gabarito de concurso público, em imagem de arquivo Divulgação Uma lei publicada no Diário Oficial do Distrito Federal, nesta terça-feira (22), garante 10% das vagas oferecidas nos concursos públicos do DF a pessoas de baixa renda. A medida já está em vigor e vale para editais que prevejam pelo menos dez vagas. A norma, de autoria do deputado distrital Cláudio Abrantes (PDT), havia sido aprovada pela Câmara Legislativa do DF (CLDF), mas vetada pelo governador Ibaneis Rocha (MDB). No entanto, em novembro, os deputados distritais derrubaram o veto e, com a publicação no Diário Oficial, a lei passa a ter efeito. Câmara Legislativa derruba veto e aprova cota para pessoas de baixa renda em concursos públicos do DF Acesse a lista de concursos públicos e vagas de emprego De acordo com as normas, as vagas serão reservadas para cargos efetivos e empregos públicos "no âmbito da administração pública, das autarquias, fundações, empresas e das sociedades de economia mista do DF". A lei prevê o benefício a candidatos que: Tenham renda familiar mensal per capita de até 1,5 salário mínimo; Tenham cursado ensino médio completo em escolas públicas ou em instituições privadas na condição de bolsista integral. Regras Os candidatos deverão provar a condição no momento da inscrição. Caso a declaração seja falsa, o participante do concurso será eliminado. Aqueles que forem nomeados e tiverem apresentado dados falsos podem ter a admissão anulada. Nessa modalidade, os inscritos concorrem, concomitantemente, às vagas reservadas e às destinadas à ampla concorrência, segundo a classificação. Em caso de desistência após aprovação, a vaga será preenchida pelo candidato que estiver na sequência. Caso não existam candidatos de baixa renda aprovados para ocupar as vagas reservadas, elas serão distribuídas para a ampla concorrência. VÍDEOS: veja mais sobre Concursos e Emprego Leia mais notícias sobre a região no G1 DF.
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Confiança do empresário termina 2020 com menor patamar em 3 anos, diz CNC
Avanço da covid-19, a partir de meados de março no país, é fundamental para entender a confiança menor esse ano do empresário do varejo, aponta entidade. Derrubada pela pandemia, a confiança do empresário do comércio encerrou 2020 com menor patamar em três anos, informou a economista da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) Izis Ferreira.
Ferreira fez a observação ao comentar a evolução do Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec). De novembro para dezembro, o indicador caiu 0,5%, para 108,5 pontos. Com isso, o patamar médio do Icec em sua taxa anual terminou 2020 em 102 pontos, menor pontuação desde 2017 (102,8 pontos). Em 2019, em cenário pré-pandemia, o indicador terminou em 121,4 pontos, em seu resultado anual.
A especialista comentou que o avanço da covid-19, a partir de meados de março no país, é fundamental para entender a confiança menor esse ano do empresário do varejo.
"Esse ano a conjuntura foi muito afetada pela crise de saúde, principalmente no segundo trimestre", pontuou ela.
Comércio está aquecido para o Natal, mas é preciso se proteger contra a Covid-19
A situação dos negócios do varejo em 2020, bem como da confiança do empresariado do setor, poderia ser pior, não fossem medidas de combate à pandemia, notadamente o auxílio emergencial, acrescentou ela. "[O auxílio emergencial] deu suporte ao consumo", disse, acrescentando que também ajudaram medidas menos restritivas de circulação social, com reabertura de atividades na economia – principalmente em serviços – a partir do segundo trimestre.
Entretanto, Izis destacou como preocupante o agravamento da pandemia, no fim de 2020. Isso na prática ajudou a reduzir a taxa mensal do Icec em dezembro, pois derrubou as expectativas do empresariado do varejo para os próximos meses, derrubado o indicador no último mês do ano.
Além disso, a perspectiva de fim do auxílio emergencial, em dezembro, eleva incerteza sobre a capacidade de recuperação do setor nos próximos meses, pontuou ela. "Esse contexto fez as expectativas para o curto prazo começarem a cair. O canal das expectativas em geral é o primeiro a mostrar a mudança de perspectiva dos agentes, dos tomadores de decisão", alertou, admitindo que o cenário no curto prazo, para o varejo, não indica sinais positivos.
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IMA define nova data para provas objetivas de concurso público em Campinas
Previsão inicial era realizar as avaliações em 26 de abril deste ano, mas pandemia inviabilizou. Concurso contemplará cinco vagas e salários variam de R$ 1.447,11 a R$ 5.823,23. Prédio da Ima (Informática de Municípios Associados em Campinas) Vicente Brassoloto/Divulgação/IMA A Informática de Municípios Associados (IMA), com sede em Campinas (SP), marcou para 24 de janeiro de 2021 a nova data das provas objetivas do concurso público com vagas para cinco cargos. A pandemia do coronavírus inviabilizou a realização das provas em 26 de abril, data prevista inicialmente. Os detalhes do processo seletivo, assim como a lista de convocação e os locais de prova, foram divulgados na edição desta quinta-feira (17) do Diário Oficial. As vagas são para teleatendimento, atendimento ao usuário, desenvolvimento e infraestrutura. Veja os requisitos aqui. As remunerações variam de R$ 1.447,11 a R$ 5.823,23. Cuidados na pandemia Segundo a empresa, para que essa etapa pudesse ser remarcada ainda durante a pandemia, a quantidade de locais de prova foi ampliada, garantindo a ocupação máxima de 40% em cada sala, conforme prevê a fase amarela do Plano SP, onde Campinas se encontra atualmente. Além disso, todos os pontos de aplicação das provas contarão com aferição de temperatura, disponibilização de álcool em gel 70% e sabonete líquido nos sanitários. Para garantir o cumprimento dos protocolos, os candidatos: Deverão manter 1,5 metro de distanciamento e usar máscara; Não poderão permanecer em frente ao prédio ou no pátio na chegada e na saída; Poderão portar sua própria garrafa de água e seu próprio frasco de álcool em gel ou antisséptico para as mãos, além de saco plástico para descartar o próprio lixo; Deverão evitar a utilização dos sanitários durante as provas; Que apresentarem temperatura igual ou superior a 37,8º realizarão a prova em local separado. No dia da avaliação, os inscritos deverão levar documento de identificação original com foto, caneta azul ou preta, lápis e borracha, além de chegar ao local de prova com uma hora de antecedência. O candidato poderá levar também o cartão de convocação, que pode ser impresso no site da Consesp, organizadora do concurso. VÍDEOS: mais assistidos do G1 nos últimos 7 dias Confira as oportunidades da região no G1 Campinas
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Como o Bitcoin atingiu valor recorde em meio à pandemia
A moeda virtual teve alta de mais de 170% este ano em meio à turbulência no mercado de ações durante a pandemia. Bitcoin Getty Images via BBC No fim deste ano marcado pela pandemia de coronavírus, o Bitcoin atingiu seu recorde histórico ao ultrapassar a marca dos US$ 20 mil (equivalente a mais de R$ 100 mil). A moeda virtual, conhecida por sua volatilidade, subiu mais de 170% neste ano, em meio à turbulência no mercado de ações. Bitcoin supera US$ 20 mil pela primeira vez em sua história Bitcoin: entenda o que é Na quarta-feira (16/12), o Bitcoin saltou 4,5%, impulsionado pela demanda de grandes investidores interessados em seu potencial de lucros rápidos. Também há expectativas de que ele possa ganhar uma força mais ampla como método de pagamento de empresas como Starbucks e Microsoft. No entanto, a trajetória para os investidores com a criptomoeda tem sido instável – ela passou de US$ 19 mil em novembro, antes de cair drasticamente. Em 2017, o Bitcoin chegou perto dessa linha dos US$ 20 mil. Mas também atingiu baixas extremas e chegou a cair para menos de US$ 3.300. 'Muito nervoso' Educação financeira: entenda o que é o Bitcoin O Bitcoin é amplamente negociado como moedas reais, como a libra e o dólar americano. Mas também tem um suporte crescente como forma de pagamento com o PayPal entre os mais recentes adeptos de moedas digitais. O PayPal anunciou em novembro que seus clientes poderão comprar, vender e manter Bitcoins e criptomoedas usando suas contas, permitindo que os clientes comprem produtos dos 26 milhões de vendedores. No entanto, o presidente do Banco da Inglaterra, Andrew Bailey, alertou sobre seu uso como meio de pagamento. "Tenho que ser honesto, é difícil ver que o Bitcoin tem o que tendemos a chamar de valor intrínseco", disse Bailey em outubro. "Pode ter valor extrínseco no sentido em que as pessoas desejam." Ele disse que estava "muito nervoso" sobre as pessoas usarem Bitcoin para pagamentos, apontando que os investidores deveriam perceber que seu preço é extremamente volátil. Montanha russa Alguns analistas apontam que a pandemia covid-19 encorajou os investidores a reavaliar as perspectivas de longo prazo para o Bitcoin e outras criptomoedas. Mas ainda existem preocupações sobre a negociação fraudulenta de criptomoedas após uma sucessão de episódios de roubos por hackers. Em tempos de volatilidade, os investidores tendem a retirar seu dinheiro das ações para o que são considerados investimentos mais seguros, como ouro. Alguns acreditam que as criptomoedas agora estão sendo vistas como uma diversificação diante da volatilidade do mercado de ações. "Períodos de extrema aversão ao risco forçaram muitos negociantes a diversificar em Bitcoin", disse Edward Moya, da trading Oanda. Uma atração do Bitcoin é seu suprimento limitado, que chega a 21 milhões. No entanto, Shane Oliver, chefe de estratégia de investimento e economista-chefe da AMP Capital, alerta sobre os ricos do Bitcoin. "Sua enorme volatilidade dificilmente o torna um porto seguro como reserva de valor. Tenho muito mais confiança na nota de US$ 50 em minha carteira, mantendo seu valor ao longo do tempo, do que no Bitcoin, que parece oscilar como um ioiô." Embora o preço do Bitcoin tenha apresentado um grande aumento neste ano, a história dele é marcada por muitos altos e baixos desde que foi criado em 2009. A fundadora da empresa de consultoria Competitive Compliance, Yana Afanasieva, disse ao Asia Business Report da BBC que espera mais "altos e baixos" nos próximos meses. Quando questionada sobre uma possível queda, ela disse: "Essa é a natureza das criptomoedas, pois há alguns jogadores que poderiam tentar e manipular, e nenhum governo ou organismo internacional tentariam, de alguma forma, preservar o preço." Assista as últimas notícias de economia
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