Simm oferece 101 vagas de emprego para quinta-feira através de agendamento eletrônico
Para marcar atendimento é necessário acessar site do serviço, das 7h às 16h. Posto do SIMM no bairro do Comércio, em Salvador Valter Pontes/Secom O Serviço Municipal de Intermediação de Mão de Obra (Simm) disponibilizou 147 vagas de emprego nesta quinta-feira (17), em Salvador. Os interessados devem fazer o agendamento pela internet. [Confira lista abaixo] Os trabalhadores que fizerem agendamento serão atendidos, na sede do Simm, de forma individualizada e com hora marcada. Para fazer o agendamento é necessário acessar o site do serviço, das 7h às 16h. No caso das pessoas com deficiência visual, o agendamento deve ser feito pelo número: (71) 3202-2005. Veja a lista das vagas: Auxiliar de limpeza Ensino médio completo, 6 meses de experiência. Salário: a combinar + benefícios 1 Vaga Operador de telemarketing ativo Ensino médio completo, sem experiência, imprescindível boa dicção e conhecimento em informática. Salário: a combinar + benefícios 40 Vagas Pintor de Automóveis Ensino médio completo, 6 meses de experiência, imprescindível como PINTOR DE VEICULOS E RODAS AUTOMOTIVAS Salário a combinar + benefícios 1 Vaga Consultor de Vendas Externas Ensino médio completo, 6 meses de experiência, imprescindível experiência na área. Salário a combinar + benefícios 10 Vagas Auxiliar de Limpeza Ensino médio completo, 6 meses de experiência Salário: 1.050,00 + benefícios 1 vaga Auxiliar de Produção de Bolos e Tortas Ensino médio completo, 6 meses de experiência, imprescindível experiência com preparo de bolos e tortas Salário: 1.077,80 + benefícios 1 vaga Confeiteiro Ensino médio completo, 6 meses de experiência Salário: 1.467,15 + benefícios 1 vaga Supervisor de Call Center Ensino superior completo, 6 meses de experiência. Salário: 1.670,38 + benefícios 2 Vagas Churrasqueiro Ensino fundamental completo, 6 meses de experiência, ter disponibilidade para trabalhar em Lauro de Freitas Salário: 1.300,00 + benefícios 1 vaga Soldador Maçariqueiro Ensino médio completo, 6 meses de experiência, imprescindível experiência na área Salário:1.500,00 + Benefícios 1 Vaga Técnico Químico Superior completo em Química, 6 meses de experiência Salário: 1.800,00 + benefícios 1 vaga Operador de Guindaste Móvel Fundamental incompleto, 6 meses de experiência, CNH D ou E, imprescindível Curso de Carga Indivisíveis, MOPP, Desejável NR 11, 12 e 35, Combate a Incêndio, Primeiros Socorros, ter disponibilidade para trabalhar Salvador, Pojuca e Camaçari Salário: a combinar + benefícios 2 vagas Auxiliar de classe Ensino médio completo, 6 meses de experiência, vaga zoneada para moradores da Fazenda Grande do Retiro e região. Salário: 1.045,00+ benefícios 5 Vagas Pizzaiolo Ensino fundamental completo, 3 meses de experiência. Salário: 1.200,00 + Benefícios 1 Vaga Atendente de Fatiados Ensino médio completo, 6 meses de experiência, ter disponibilidade de horário, e experiência recente na função Salário: a combinar + benefícios 5 vagas Auxiliar de Câmara Fria Ensino médio completo, 6 meses de experiência, ter disponibilidade de horário, e experiência recente na função Salário: a combinar + benefícios 3 vagas Operador de Monitoramento Interno Ensino médio completo, 6 meses de experiência, ter disponibilidade de horário e experiência recente na função Salário: a combinar + benefícios 1 vaga Repositor de Frios Ensino médio completo, 6 meses de experiência, ter disponibilidade de horário, e experiência recente na função Salário: a combinar + benefícios 5 vagas Fiscal de Prevenção de Perdas Ensino médio completo, 6 meses de experiência, ter disponibilidade de horário e experiência recente na função, Vaga zoneada para moradores da Suburbana e Cidade Baixa Salário: a combinar + benefícios 5 vagas Açougueiro Ensino médio completo, 6 meses de experiência, ter disponibilidade de horário e experiência recente na função Salário: a combinar + benefícios 5 vagas Envelopador de Veículo Ensino médio incompleto, 6 meses de experiência Salário: 1.280,00 + benefícios 3 vagas Instalador de Película Ensino médio incompleto, 6 meses de experiência Salário: 1.280,00 + benefícios 3 vagas Instalador de Som e Acessórios Ensino médio incompleto, 6 meses de experiência Salário: 1.280,00 + benefícios 3 vagas Veja mais notícias do estado no G1 Bahia. Assista aos vídeos do BATV
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Programa de privatizações empaca e maioria dos leilões previstos para 2020 vira promessa para 2021
Lista de projetos adiados inclui, além da venda de estatais, o leilão do 5G, aeroportos, rodovias, ferrovias e parques. Nova meta do Ministério da Economia é realizar 9 privatizações em 2021. A equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes, teve grande dificuldade para avançar em 2020 com o programa federal de privatizações. Em dois anos de governo, nenhuma estatal de controle direto da União foi vendida e muitos dos leilões de concessão ou de parceria com a iniciativa privada previstos para o ano foram adiados ou cancelados. Em novembro, Guedes admitiu estar "bastante frustrado" por ainda não ter conseguido vender uma estatal. Na ocasião, ele afirmou que "acordos políticos" no Congresso têm impedido as privatizações. Em 2020, apenas 9 projetos federais da carteira do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) foram anunciados como concluídos. Em janeiro, o governo previa leiloar ao menos 64 projetos. O governo ainda conta com a conclusão de mais 8 projetos até o final do ano, incluindo o leilão de 11 lotes de linha de transmissão de energia marcado para esta quinta-feira (17). Ainda assim, o número total no ano não será nem a metade do registrado em 2019, quando foram realizados 36 leilões. Veja no gráfico abaixo: Leilões realizados e previstos Economia G1 "O ano de 2020 foi de frustração porque existia uma expectativa – mais do governo até do que do próprio mercado. Eu diria que houve uma inabilidade, inaptidão e falta de capacidade mesmo dos principais atores do governo para tocar essa agenda", afirma o economista Fernando Camargo, sócio-diretor da LCA Consultores. A lista de promessas frustradas no ano inclui, entre outros, o leilão do 5G (tecnologia que promete conexões ultra-rápidas de internet e que vem sendo alvo de disputas entre EUA e China), 22 aeroportos, 6 rodovias, 3 parques, 2 ferrovias e a venda de estatais como Eletrobras, Casa da Moeda e Ceagesp. Quando assumiu o cargo, Guedes estimou que a privatização das estatais poderia render mais de R$ 1 trilhão para os cofres públicos – valor considerado superestimado pelos analistas. Mesmo após o choque trazido pela pandemia do novo coronavírus, Guedes pretendia fazer ao menos quatro grandes privatizações em 2020: Eletrobras, Correios, Porto de Santos e Pré-Sal Petróleo S.A. Em agosto, afirmou que o governo anunciaria "três ou quatro grandes privatizações" em até dois meses. Nenhuma estatal de controle direto da União, no entanto, foi vendida até o momento. Além disso, o presidente Jair Bolsonaro decidiu se posicionar conta a privatização de empresas federais incluídas no PPI, como Casa da Moeda e Ceagesp. Paulo Guedes se diz 'bastante frustrado' por não ter conseguido vender estatais O programa de privatizações do governo prevê a venda de estatais, além de projetos de concessão, arrendamento e outros modelos de parceria em diferentes áreas como transportes, defesa, óleo e gás, energia, mineração e até parques nacionais e florestas. Ao todo, são mais de 200 ativos federais atualmente na carteira em diferentes áreas como transportes, defesa, óleo e gás, energia, mineração e até parques nacionais e florestas, além do apoio a projetos subnacionais (municipais e estaduais) em saneamento, resíduos sólidos, iluminação pública e gás natural. A nova meta da equipe econômica é realizar 104 leilões em 2021, incluindo 9 privatizações, entre as quais Eletrobras e Correios, além de 25 projetos de estados e prefeituras. Se os projetos saíram do papel, a expectativa é que resultem em mais de R$ 371 bilhões em investimentos ao longo dos anos de contrato. Veja no quadro abaixo: Lista de projetos do PPI previstos para 2021, de acordo com cronograma divulgado em 11 de dezembro Divulgação/Ministério da Economia Veja as 9 privatizações que o governo promete realizar em 2020 Como a pandemia 'bagunçou' a economia brasileira em 2020 No dia 11 de dezembro, o Ministério da Economia anunciou também um programa para acelerar a venda de imóveis da União e tentar levantar R$ 110 bilhões até 2022. No início do ano, Guedes havia dito que o governo poderia vender R$ 1 trilhão em imóveis para abater dívida. O ministro continua defendendo a desestatização como medida para baixar a dívida pública e, com isso, economizar no pagamento de juros, que somam de R$ 300 bilhões a R$ 400 bilhões por ano. Segundo dados do Tesouro Nacional, o governo detém 46 empresas estatais de controle direto e 160 de controle indireto – a maioria delas subsidiárias da Petrobras, Eletrobras e Banco do Brasil. O que saiu do papel em 2020 No ano, até o momento, foram considerados concluídos apenas 9 projetos da carteira do programa de desestatizações. São eles: 1 ferrovia (renovação da concessão da Rumo-Malha Paulista) 1 rodovia (concessão da BR-101/SC) 2 terminais portuários (arrendamentos de áreas em Santos) 1 óleo e gás (2º Ciclo de Oferta Permanente de áreas de exploração) 1 mineração (1ª Rodada da Disponibilidade de Áreas) 2 liquidações de empresa pública (Companhia de Armazéns e Sios do Estado de Minas Gerais- CASEMG e Companhia Docas do Maranhão – CODOMAR 1 autorização de dissolução societária (início da desestatização da Ceitec) Embora inicialmente a intenção fosse vender Ceitec (Centro Nacional de Tecnologia Eletrônica Avançada), o governo publicou no dia 15 de dezembro decreto autorizando a dissolução societária da estatal que atua na área da indústria de microeletrônica. Na prática, a medida dá início ao processo de liquidação da Ceitec, após conclusão de que não haveria interesse de mercado pela empresa. "Entre 2010 e 2018, o Tesouro Nacional precisou repassar cerca de R$ 600 milhões ao Ceitec a fim de cobrir os seus custos. Mesmo com o recebimento de recursos públicos, a companhia registrou prejuízo acumulado, no mesmo período, de R$ 160 milhões", informou o PPI, em comunicado em seu site com o título "Desestatizações Avançam!". No dia 15, foram recebidas propostas de seis grupos interessados na concessão dos Parque Nacional de Aparados da Serra (RS) e do Parque Nacional da Serra Geral (SC). A disputa, porém, só deverá ser concluída no dia 11 de janeiro, quando serão conhecidas as propostas econômicas. Ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes, durante leilões de áreas do Porto de Santos, em agosto. Divulgação/Ministério da Infraestrutura O que o governo prevê realizar até o fim de 2020 3 ferrovias (renovações da EFVM e EFC, e projeto da Ferrovia de Integração Centro-Oeste – FICO) 4 terminais portuários (arrendamentos de áreas em Paranaguá/PR, Maceió/AL e em Aratu/BA) 1 leilão de energia (11 lotes de linha de transmissão) Caso todos esses projetos sejam concluídos até o final do ano, a estimativa do PPI é que o programa de privatizações e concessões feche o ano com a contratação de cerca de R$ 39 bilhões em investimentos e uma arrecadação de R$ 4,7 bilhões, considerando também os projetos subnacionais. Em 2019, 1º ano do governo Bolsonaro, os 36 leilões de realizados no âmbito do PPI – a maioria deles estruturado ainda no governo de Michel Temer – garantiram investimentos da ordem de R$ 446,2 bilhões e uma arrecadação de R$ 90,7 bilhões aos cofres públicos. O que foi adiado ou cancelado Levantamento do G1 a partir dos cronogramas divulgados pelo PPI mostra que, dos 64 projetos que estavam previstos no começo do ano para saírem do papel em 2020, ao menos 50 foram adiados e 5 tiveram o andamento suspenso ou cancelado. Entre os leilões de infraestrutura que foram adiados para 2021 estão o do 5G, rodovias BR-153/080/414/GO/TO, BR-163/230/MT/PA, Ferrovia de Integração Oeste-Leste (FIOL) e 22 aeroportos divididos em 3 blocos regionais. Dois leilões de geração de energia também foram suspensos em razão da pandemia de coronavírus. O leilão do terminal de passageiros de Mucuripe (CE) foi abortado e segue sem novo cronograma em razão do abalo da crise da Covid-19 no setor de turismo e, por extensão, na atratividade do projeto. Ao longo do ano, o governo também desistiu de buscar um sócio privado para a conclusão das obras da usina nuclear de Angra 3, paralisadas há anos. A privatização da Casa da Moeda foi em definitivo para a gaveta. Em setembro, Bolsonaro anunciou que a estatal não será mais privatizada no seu governo, tendo em vista informações que teve de outros países que "a privatizaram e depois voltaram atrás”. Em outubro, o governo também recuou e decidiu revogar em menos de 24 horas um decreto que autorizava o Ministério da Economia a realizar estudos sobre a inclusão das unidades básicas de saúde (UBSs) no programa de privatizações. Em menos de 24h, governo publica e revoga decreto sobre privatização de postos de saúde Outro revés no programa de privatizações foi a decisão do consórcio vencedor do leilão da Lotex de se retirar do processo de concessão, após ter pedidos não atendidos pela Caixa Econômica Federal e pelo governo. A Lotex foi a primeira concessão federal no setor de loterias e era tratada como um teste para uma maior abertura do mercado de jogos. Já o projeto de privatização da Ceagesp, inicialmente previsto para ser concluído em 2020, foi retirado dos cronogramas e apresentações divulgadas pelo PPI. No dia 15, Bolsonaro afirmou que não vai deixar que "ratos sucateiem" e "privatizem" a Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo. O G1 procurou o Ministério da Economia e solicitou esclarecimentos sobre o status e futuro da Ceagesp no PPI. A pasta respondeu que "não vai se manifestar sobre o assunto". Agenda de privatização tem avanços nos estados Entre os destaques do ano, estão projetos de desestatização estaduais e municipais nas áreas de iluminação pública, saneamento básico e distribuição de energia. Em outubro, a concessão dos serviços de abastecimento de água e esgoto da região metropolitana de Maceió rendeu um pagamento de R$ 2 bilhões em outorga. Já a concessão de esgotamento sanitário dos municípios de Cariacica e Viana, no Espírito Santo, garantiu R$ 580 milhões em investimentos. No dia 4 de dezembro, a privatização da CEB Distribuição – braço da Companhia Energética de Brasília, marcou a retomada no país dos leilões de venda de estatais do setor de energia após 2 anos sem avanços e de impasses sobre a venda da Eletrobras. A empresa foi vendida por R$ 2,51 bilhões, 76,63% acima do valor mínimo fixado pelo edital. CEB é leiloada por R$ R$ 2,51 bi Para 2021, são esperadas as privatizações das empresas estaduais CEA (Amapá), CEEE-D e CEEE-GT (Rio Grande do Sul), MSGás, Sulgás, além das concessões de companhias estaduais de saneamento no Rio de Janeiro, Acre e Porto Alegre, cujos processos estão sendo estruturados sob a coordenação do BNDES. "Para a maioria dos estados, essa é uma pauta que está andando melhor, que depende de menos costura política. Tá pintando um caminho de privatização para Cedae no Rio de Janeiro e acho que isso pode acontecer também com as elétricas Cemig e CEEE", avalia Camargo. Expectativas e desafios Apesar dos adiamentos de diversos leilões e das incertezas em torno da venda de estatais, os analistas destacam que a agenda de concessões e parcerias público-privado segue com boas perspectivas, com ampliação do número de projetos em estruturação e de áreas a caminho de uma maior abertura de mercado. Para o advogado Alberto Sogayar, sócio da área de infraestrutura do L.O Baptista Advogados, a consequência positiva da frustração de expectativas em 2020 é que o mercado de infraestrutura tende a ficar "aquecido a partir do ano que vem”. "O represamento desses investimentos gera a expectativa de que haverá grande esforço deste governo para que eles ocorram no próximo biênio (21/22)", avalia. "Há grande expectativa na privatização ainda em 2021, dos grandes ativos, tais como Eletrobras, Nuclep, Ceagesp, Correios, Telebras, CBTU e Trensurb", acrescenta. A privatização mais aguardada continua sendo a da Eletrobras, que é avaliada em cerca de R$ 60 bilhões. Mas, como os Correios, também depende de provação de projeto no Congresso Nacional para ter seu controle transferido para o setor privado. "Acho difícil que a privatização da Eletrobras aconteça em 2021 por conta da tramitação da atualização legislativa no Congresso. Dependerá muito da capacidade do governo em impulsionar essa agenda no Congresso", afirma o especialista em infraestrutura Fernando Vernalha, sócio do escritório VGP Advogados. Na área de concessões, as maiores e mais aguardadas são o leilão do 5G, ainda envolto por dúvidas sobre eventual restrição para a tecnologia chinesa, a relicitação da rodovia Dutra, o leilão de mais 22 aeroportos, marcado para março de 2021, e a concessão da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (FIOL), prevista para abril. Em meio à perspectiva de recuperação lenta da economia em 2021 e de uma necessidade cada vez maior de fontes extras de recursos e de medidas para o reequilíbrio das contas públicas, a avaliação do mercado é que a agenda de privatizações possa enfrentar menor resistência. A taxa de investimento em percentual do PIB (produto Interno Bruto) vem registrando sucessivas quedas nos últimos anos e encerrou o 3º trimestre em 16,2%. Em 2013, chegou a superar 21% do PIB. Já são 7 anos seguidos de déficit fiscal, ou seja, com as despesas do governo superando as receitas de impostos e contribuições, o que tem feito o país ficar mais dependente do setor privado para garantir uma retomada dos investimentos. "A pressão para se ter mais investimentos vai ser brutal. Em 2021 não vai ter da onde fazer a economia tracionar. Então vai estar todo mundo de olho em infraestrutura e em agenda de investimento privado, mas que depende de um empurrão público", afirma Camargo. Sem reformas, teto de gastos tende a precarizar serviços e pressionar investimentos, diz governo Estudo aponta que investimento no Brasil cairá na década pela 1ª vez desde os anos 80 Vídeos: veja últimas notícias de economia no Brasil e no mundo
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De onde vem o que eu como: nova geração da agricultura familiar encara dificuldades para continuar missão dos pais
Acesso ao crédito, conflitos de geração e baixa conectividade no campo desafiam. Setor envolve o trabalho de 10 milhões de pessoas e produz 60% das hortaliças que vão para a mesa do brasileiro. Filhos de agricultores familiares Arquivo pessoal/Tatiana Gomes de Pontes/Pedro Teobaldo A agricultura familiar envolve o trabalho de 10 milhões de pessoas no Brasil e é responsável por movimentar R$ 107 bilhões na economia, o que corresponde a 23% da toda a produção agropecuária do país. O setor é formado por pequenos produtores rurais que, além de plantarem para o seu próprio sustento, levam comida fresca e saudável a outras famílias, pois produzem 60% das hortaliças que vão para as feiras e mercados. Os dados são do último Censo Agropecuário do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), referentes ao ano de 2017. Saiba mais sobre o que é agricultura familiar Embate de gerações É comum nesta atividade que a produção agrícola ou pecuária tenha começado com os bisavós, avós e pais dos pequenos agricultores. No processo de sucessão familiar, a nova geração costuma, geralmente, propor novas ideias para levar mais eficiência à propriedade. Nem sempre a "velha guarda" aceita. Mas, com o tempo, as mudanças vão acontecendo. No entanto, muitos jovens agricultores do país acabam esbarrando em outros entraves, como a dificuldade do acesso ao crédito e a falta de infraestrutura logística e de conectividade. Divisão da produção no campo Arte/G1 Gerações na produção de leite No município de Mulungu, na Paraíba, a gestora ambiental Tatiana Gomes de Pontes, de 26 anos, tem o objetivo de transformar a produção leiteira da pequena propriedade dos seus pais em uma atividade mais eficiente e rentável. E uma das formas que ela busca para isso é a implementação de um melhoramento genético do rebanho, com o intuito de ter vacas que produzam uma maior quantidade de leite por dia. Tatiana com sua irmã, mãe e pai. Família tem vínculo com o campo desde os seus bisavós. Arquivo pessoal/Tatiana Gomes de Pontes “Eu já comprei animais para tentar fazer esse melhoramento genético. E, apesar de não estar sempre fisicamente (na propriedade), eu sempre acompanho as visitas dos técnicos, a entrada de receita e despesa. Pesquiso qual é a melhor ração, o preço”, diz Tatiana. De onde vem: pecuaristas testam até 'sutiã' para aumentar a produção de leite no país No sítio da sua família, todo o trabalho de produção de leite é feito pelo seu pai e sua mãe, que produzem ainda queijo e manteiga. “Quando eu penso em sucessão, eu vejo que muitas coisas vão precisar mudar. Técnicas de manejo, nutrição. Meu pai lida com isso da forma como ele aprendeu com os pais dele, mas que nem sempre é a maneira mais eficiente. "O conflito de geração no processo de sucessão é uma das maiores dificuldades”, relata Tatiana. Ela trabalha atualmente no Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) da Paraíba e, por isso, está sempre visitando outras fazendas. Foi durante essas viagens que ela percebeu que havia possibilidade de dar continuidade à produção leiteira feita por sua família. “Minha família sempre teve vínculo com o campo, meus avós, bisavós […] Mas eu confesso que antes eu não via a importância e o potencial que tudo isso tinha", lembra. "A gente cresce sempre escutando os pais dizerem ‘estude para que você não tenha que ter a vida que eu tive, para não acordar cedo, para não trabalhar tanto’”, conta a gestora ambiental. A assessora técnica da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Marina Zimmermann, comenta que essa é uma situação muito comum. “Os próprios pais acabam incentivando os filhos a saírem do campo, a fazerem uma faculdade que não tem uma relação com o negócio, o que faz com que os filhos, muitas vezes, acabem não voltando”, afirma Marina. Tatiana Gomes de Pontes, de 26 anos, quer aumentar a produção de leite da pequena propriedade dos seus pais Arquivo pessoal/Tatiana Gomes de Pontes A técnica da CNA pondera que, por trás desse cenário, há, muitas vezes, problemas como falta de infraestrutura logística, conectividade, pouco crédito para investir, entre outros. Segundo Marina, esses entraves ainda existem em alguns pontos do país, mesmo com a forte modernização e o aumento da produtividade da agropecuária brasileira nos últimos anos. Escoamentos dos produtos do agro tem gargalos Falta de crédito Entre as dificuldades mencionadas por Marina, a que mais atinge o agricultor Pedro Paulo Teobaldo Ribeiro, de 18 anos, é conseguir crédito. Ele, que trabalha com o pai em uma pequena propriedade na cidade de Acorizal (MT), tentou acionar recentemente o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar Jovem (Pronaf Jovem), mas não conseguiu “por falta de garantias”, segundo o banco que o atendeu. “Para conseguir financiamento é bem complicado. Se você não tiver um avalista, uma pessoa que te ampara, você não consegue […] Esse foi um dos motivos que fizeram alguns dos meus colegas abandonarem o campo e irem para a cidade. Tem um que trabalha atacadista hoje, é assalariado, ele não teve como manter o sítio”, conta Pedro. Agricultor de Acorizal (MT), Pedro Paulo Teobaldo Ribeiro, de 18 anos, diz que principal dificuldade é acessar crédito Arquivo pessoal/o agricultor Pedro Paulo Teobaldo Ribeiro O Pronaf Jovem é voltado para os agricultores de 16 a 29 anos. E, de acordo com dados do Ministério da Agricultura enviados ao G1, a modalidade corresponde a 13,2% do valor total do Pronaf como um todo, considerando as liberações que foram realizadas entre julho a novembro deste ano. Somente o grupo dos agricultores com idade de 16 a 19 anos possui uma participação no total do crédito do programa de 0,91%, um valor de cerca de R$ 150 milhões. Já os jovens de 20 a 29 anos têm uma fatia maior no financiamento rural. Eles respondem por 12% (R$ 2 bilhões) de todo o crédito liberado pelo Pronaf. Os produtores de 50 a 59 anos, por sua vez, são os que possuem a maior participação no valor liberado (24%). Plano Safra 2020/21 terá 6% mais recursos do que o atual Pedro foi atrás de financiamento para comprar gado. Na propriedade, ele e o seu pai já criam animais, mas o jovem agricultor queria iniciar a sua própria produção. No sítio, eles cultivam ainda banana da terra, melancia e melão. “Meu pai é quem segura as pontas. Ele já conseguiu financiamento. Graças a Deus, hoje a nossa propriedade é sustentável e todo o mês conseguimos pagar todas as contas. Mas precisa de mais dinheiro para eu poder investir em tecnologia, em infraestrutura”, diz Pedro. “Tenho medo de não conseguir continuar”. Conectividade Para Pedro, a conectividade é um outro gargalo no campo. “Dois meses atrás, a gente ainda não tinha acesso à internet. Mas meu pai conseguiu montar uma torre para conseguir wi-fi. Mas é assim, cai, oscila, volta”, conta. Mais de 70% das propriedades rurais no Brasil não tem internet Para o seu negócio, estar conectado facilita a negociação com os mercados e a impressão de notas fiscais, além da qualidade de vida. Mais de 70% sem internet Mudança da juventude A professora do Instituto de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Minas Gerais (ICA-UFMG), Flávia Galizoni, pondera que nem toda a família de agricultores familiares tem, hoje em dia, dificuldades para permanecer no campo. Como serão os próximos anos do agronegócio? Ela, que pesquisa as comunidades rurais do Vale do Jequitinhonha, conta que as famílias da região criaram um conjunto de bens e de possibilidades para que os mais novos possam escolher se querem sair ou permanecer no campo. “Os jovens da região têm todos os acessos que os jovens da cidade possuem e transitam muito entre o rural e o urbano”, relata Flávia. Os jovens rurais estão ganhando protagonismo, diz professora da UFMG Senar PB/Divulgação “A cidade não é necessariamente melhor do que o campo. Depende da cidade, depende do campo e de como ele se modernizou”. “Nós temos uma impressão muito forte da juventude rural que está muito vinculada ao período da década de 1970, quando um volume imenso da população rural se deslocou para os centros urbanos. Fica, portanto, uma ideia de um êxodo rural muito grande. O que não condiz com o que ocorre atualmente em muitos lugares do país”, acrescenta Flávia. Projeto estimula permanência de jovens na produção rural do Rio Grande do Sul Segundo ela, os jovens rurais estão ganhando cada vez mais protagonismo atualmente, e criando mais possibilidade para permanecer no campo. Produção familiar é compromisso e solidariedade Veja mais vídeos da indústria-riqueza do país
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Cursos online ‘bombam’ na pandemia e diretor de plataforma dá dica: ‘Não tenha medo de fazer aula sobre o nicho do nicho’
Alexandre Abramo diz que existe demanda para tudo, e ela só aumentou. 'Esperávamos uma alta de 55% no ano. Mas cresceu mais do que o dobro', afirma. Procura por cursos online mais do que dobrou na pandemia Globo Os cursos online vivem um "boom" com a pandemia. "Eu esperava que esse mercado fosse crescer uns 50% no ano. E, na verdade, foi o dobro disso. Cresceu mais de 100%", diz Alexandre Abramo, diretor de uma plataforma que hospeda essas aulas. As aulas remotas conquistaram muitas pessoas que estavam querendo mudar de carreira ou precisaram se reinventar durante o isolamento pelo coronavírus. E são muitas as opções de temas que se pode aprender sem sair de casa. A dica de Abramo para quem estiver pensando em começar a ensinar online é: "Não tenha medo de (fazer um curso para) o nicho do nicho do nicho. Tem demanda para isso tudo". Estratégia faz diferença Uma confeiteira tem feito sucesso na internet ensinando a fazer bolos cobertos com "butter cream" (creme de manteiga). Diante de uma demanda que só crescia, ela não se restringiu aos seus conhecimentos de culinária. Agregou as ideias do marido, que é engenheiro e deixou o trabalho para cuidar deste negócio com ela. O casal deverá fechar o ano com um faturamento de R$ 8 milhões. "Ele trouxe toda a estratégia de marketing, administrativo… para juntar com o que eu já sabia e os dois, juntos, pensarem muito melhor", explica Bruna Rebelo, que começou de forma amadora, gravando aulas pelo celular, e acabou montando um pequeno estúdio, em casa. "Às vezes um curso ruim com uma estratégia boa acaba tendo muito mais sucesso do que um curso bom sem estratégia", diz o marido de Bruna, Fernando Rodrigues. "A estratégia do negócio tem que estar desenhada de uma forma muito didática, para a gente conseguir um crescimento, e um crescimento sustentável, que a gente consiga dar conta de tudo isso que está acontecendo", completa. Conheça esta história na reportagem de Paula Monteiro: Confeiteira lança curso online durante a pandemia "
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O que é a ‘criptografia de dispositivo’ de um computador com Windows 10?
Tira-dúvidas explica os efeitos da criptografia em um notebook ou desktop. Se você tem alguma dúvida sobre segurança da informação (antivírus, invasões, cibercrime, roubo de dados etc.), envie um e-mail para g1seguranca@globomail.com. A coluna responde perguntas deixadas por leitores às terças e quintas-feiras. Criptografia é necessária para proteger dados. Jeffrey Collingwood/FreeImages A "criptografia de dispositivo" é um dos recursos de segurança que existem para proteger um notebook em caso de roubo. Sobre essa questão, um leitor enviou a seguinte pergunta para o blog Segurança Digital: Esta "criptografia de dispositivo" trata-se daquele "log in" inicial do Windows 10? Se o ladrão não conseguir violá-lo, o notebook ficará sem utilidade? – Paulo Santos Paulo, a "Criptografia" por si só não serve para inutilizar um sistema em caso de roubo. A "Criptografia do dispositivo" é um recurso de segurança do Windows 10 que, infelizmente é compatível apenas com alguns computadores. Quando disponível, ela poder acessada no menu Configurações > Atualização e segurança. Trata-se de uma alternativa ao recurso de criptografia do BitLocker, que é compatível com qualquer computador que esteja executando o Windows 10 Pro (ou seja, não funciona no Windows 10 Home). A "Criptografia de dispositivo" e o BitLocker tem a mesma finalidade: embaralhar os dados armazenados no computador para que eles não possam ser acessados sem a sua senha de login. Para ficar mais fácil de entender: BitLocker: Compatível com qualquer computador, mas não está disponível no Windows 10 Home. Criptografia de dispositivo: Disponível apenas em alguns computadores, mas está disponível no Windows Home. Contudo, nenhum desses recursos impede que o computador seja utilizado normalmente após a reinstalação do sistema. Se o Windows for reinstalado, a criptografia será desativada e o ladrão poderá continuar usando o desktop ou notebook. O que a criptografia impede é o acesso aos dados que estão no seu computador. Se você não usa criptografia, todos os seus arquivos podem ser acessados por pessoas que tiverem acesso físico ao seu computador. O login do Windows não protege seus dados se o computador não estiver criptografado. É possível contornar a proteção da tela de login ou retirar o dispositivo de armazenamento para leitura dos dados. Se você costuma salvar senhas no seu navegador ou tem sessões abertas em sites de lojas, por exemplo, o ladrão pode abrir o seu navegador e potencialmente acessar todos esses sites como se fosse você, caso o seu computador não tenha criptografia. Contas de e-mail configuradas no computador também poderão ser acessadas, a não ser que você aja rapidamente para trocar as senhas e desautorizar seu dispositivo. Embora a proteção do computador como um "bem" seja importante, os dados armazenados no sistema podem aumentar (e muito) o prejuízo e as dores de cabeça resultantes do roubo. É por isso que a criptografia deve ser ativada. Configuração de criptografia de dispositivo no Windows 10. Reprodução É uma pena que a Microsoft não disponibilize um recurso de criptografia universal para todos os usuários do Windows. Hoje, todos os MacBooks da Apple e smartphones com iOS e Android (de praticamente qualquer marca) saem de fábrica criptografados. Apenas os notebooks com Windows é que ainda não dispõem dessa função de forma universal. É importante conferir se o seu computador é compatível com alguma dessas tecnologias para ativá-la e garantir a proteção dos seus dados, seja de um ladrão ou de pessoas próximas mal-intencionadas que se interessem em bisbilhotar a sua vida. Uma pessoa motivada pode burlar a tela de login do Windows para bisbilhotar seus dados em questão de minutos. Se você lida com dados muito sensíveis e o seu computador não for compatível com a criptografia de dispositivo, vale considerar a aquisição do Windows 10 Pro ou a troca para outro sistema operacional, como o Linux. Lembre-se que é praticamente impossível de recuperar dados em um sistema criptografado. Cuide muito bem da sua senha e providencie backups. Dúvidas sobre segurança digital? Envie um e-mail para g1seguranca@globomail.com Veja 5 dicas de segurança para a sua vida digital: 5 dicas de segurança para sua vida digital Veja mais vídeos com dicas de segurança digital
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Bolsas da China ampliam ganhos com papéis de saúde e financeiros
O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, subiu 1,28%, enquanto o índice de Xangai teve alta de 1,13%. O índice de blue-chips (ações mais negociadas) da China fechou em alta pela quarta sessão seguida nesta quinta-feira (17), impulsionado pelos setores de saúde, consumo básico e financeiro, diante do otimismo do investidor com uma rápida recuperação na segunda maior economia do mundo.
O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, subiu 1,28%, enquanto o índice de Xangai teve alta de 1,13%.
O subíndice do setor financeiro do CSI300 ganhou 1,46%, enquanto o de consumo subiu 1,43% e o imobiliário fechou em alta de 0,67%.
As ações de saúde foram o destaque no dia, com o subíndice do setor saltando 3,27%, diante da alta de 8,42% nos papéis da Jiangsu Hengrui Medicine Co Ltd, depois de a empresa anunciar resultados promissores de um medicamento para o câncer.
Veja as cotações de fechamento das bolsas da Ásia:
Em TÓQUIO, o índice Nikkei avançou 0,18%, a 26.806 pontos.
Em HONG KONG, o índice HANG SENG subiu 0,82%, a 26.678 pontos.
Em XANGAI, o índice SSEC ganhou 1,13%, a 3.404 pontos.
O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, avançou 1,28%, a 5.017 pontos.
Em SEUL, o índice KOSPI teve desvalorização de 0,05%, a 2.770 pontos.
Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou baixa de 0,32%, a 14.258 pontos.
Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES desvalorizou-se 0,51%, a 2.858 pontos.
Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 avançou 1,16%, a 6.756 pontos.
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Banco Central revisa estimativa de tombo do PIB em 2020 para 4,4%
Expectativa anterior, divulgada em setembro, era de uma queda maior do PIB, de 5%. Informação foi divulgada nesta quinta-feira (17) por meio do relatório de inflação. O Banco Central (BC) revisou sua estimativa para o tombo da economia brasileira em 2020 e passou a prever uma queda de 4,4% no Produto Interno Bruto (PIB). A previsão está no relatório de inflação divulgado nesta quinta-feira (17).
A expectativa anterior da instituição foi divulgada em setembro e era de uma queda maior do nível de atividade neste ano, da ordem de 5%.
O PIB é a soma de todos os bens e serviços feitos no país, independentemente da nacionalidade de quem os produz, e serve para medir o comportamento da economia brasileira.
O BC avaliou que a recuperação econômica mundial continua dependente da evolução da Covid-19 e que a "ressurgência da pandemia em algumas das principais economias tem revertido os ganhos na mobilidade e deverá afetar a atividade econômica no curto prazo, após a recuperação parcial ocorrida ao longo do terceiro trimestre".
"No entanto, os resultados promissores nos testes das vacinas tendem a trazer melhora da confiança e normalização da atividade no médio prazo", acrescentou o BC.
O BC ponderou que a incerteza sobre o ritmo de crescimento da economia "permanece acima da usual, sobretudo para o período a partir do final deste ano, concomitantemente ao esperado arrefecimento dos efeitos dos auxílios emergenciais".
Previsões para 2021
O Banco Central também baixou sua expectativa de crescimento da economia brasileira no que vem, de 3,9% para 3,8%. A instituição informou que essa estimativa está condicionada ao "arrefecimento gradual da crise sanitária", à manutenção do ajuste nas contas públicas e à continuidade das reformas.
As revisões para o PIB foram feitas em meio à pandemia do coronavírus, que interrompeu, temporariamente, a atividade econômica e gerou recessão no país. Nos últimos meses, porém, indicadores mostram uma retomada da produção e das vendas, e os números oficiais confirmaram a saída do cenário recessivo.
Em novembro, o governo brasileiro baixou de 4,7% para 4,5% sua previsão para a retração do PIB em 2020.
Para o mercado financeiro, a economia terá uma contração de 4,41% neste ano e uma alta de 3,50% em 2021.
O Banco Mundial prevê uma queda de 5,4% no PIB brasileiro e o Fundo Monetário Internacional (FMI) estima um tombo de 5,8% em 2020.
Em 2019, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o PIB cresceu 1,1%. Foi o desempenho mais fraco em três anos.
Inflação e taxa de juros
O BC também informou que a sua estimativa de inflação para 2020, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), subiu de 2,1% (em setembro deste ano) para 4,3%. A previsão considera a trajetória estimada pelo mercado financeiro para a taxa de juros e de câmbio neste ano e no próximo.
A previsão do BC está acima da meta central de inflação, de 4%, mas dentro do intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima e para baixo (o IPCA oscilar de 2,5% a 5,5% sem que a meta seja descumprida).
De acordo com o BC, os últimos resultados da inflação foram acima do esperado e, em dezembro, apesar do arrefecimento previsto para os preços dos alimentos, a taxa ainda deve ficar elevada. Entretanto, o banco acrescenta que há indicadores que sugerem um "caráter temporário" para essa alta de preços.
Para 2021 e 2022, no cenário de mercado (Selic e câmbio projetados pelos bancos), o Banco Central projetou uma inflação de 3,4% para os os dois anos. Em setembro, a instituição estimava uma inflação de 2,9% para 2021 e de 3,3% para 2022.
No ano que vem, a meta central de inflação é de 3,75% e será oficialmente cumprida se o índice oscilar de 2,25% a 5,25%. Em 2022, o objetivo central é de 3,5%, com um piso de 2% e um teto de 5% por conta do intervalo de tolerância existente.
Quando as estimativas para a inflação estão em linha ou abaixo das as metas, o BC pode reduzir os juros. Quando previsões estão acima da trajetória esperada, a taxa Selic é elevada. Se a meta não é cumprida, o BC tem de escrever uma carta pública explicando as razões.
Os economistas do mercado financeiro estimam que a taxa básica de juros permanecerá no atual patamar de 2% ao ano, a mínima histórica, até agosto de 2021 — quando subiria para 2,25% ao ano. Para o fim do próximo ano, a previsão dos analistas é de juros em 2,75% ao ano.
Nesta semana, por meio da ata do Copom, o BC mudou a comunicação sobre o chamado "forward guidance", mecanismo que impede aumento do juro básico da economia se determinadas condições fossem atendidas, e, com isso, passou a indicar que a taxa Selic pode voltar a subir no futuro.
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IGP-M desacelera na 2ª prévia de dezembro, mas ainda acumula alta de 23,41% em 12 meses
Índice é utilizado como referência para a correção de valores de contratos, como os de aluguel de imóveis, e tem sido pressionado em 2020 pelos preços no atacado. O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) desacelerou a alta a 1,18% na segunda prévia de dezembro, segundo divulgou nesta quarta-feira (17) a Fundação Getúlio Vargas. No segundo decêndio de novembro, o índice havia registrado taxa de 3,05%.
Com este resultado, a taxa em 12 meses passou de 24,25% para 23,41%.
O IGP-M é utilizado como referência para a correção de valores de contratos, como os de aluguel de imóveis. Ele sofre uma influência considerável das oscilações do dólar, além das cotações internacionais de produtos primários, como as commodities e metais.
Segundo a FGV, a desaceleração foi influenciada pela queda nos preços de matérias-primas como soja (10,70% para -6,11%), milho (19,87% para -0,17%), trigo (18,05% para -3,97%) e suínos (12,85% para -10,87%). Já a alta nos preços ao consumidor acelerou.
Composição do índice
A maior pressão veio mais uma vez dos preços no atacado. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que tem peso de 60% no IGP-M, variou 1,17% no segundo decêndio de dezembro, ante 3,98% no segundo decêndio de novembro.
"Na análise por estágios de processamento, os preços dos Bens Finais passaram de 2,41% em novembro para 2,11% em dezembro. A maior contribuição para este resultado partiu do subgrupo alimentos processados, cuja taxa passou de 3,98% para 2,89%", informou a FGV.
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que tem peso de 30% no IGP-M, subiu 1,23% no segundo decêndio de dezembro, contra 0,51% no mesmo período de coleta de novembro. Seis das oito classes de despesa pesquisadas tiveram alta, com destaque para o grupo Educação, Leitura e Recreação (0,20% para 3,91%).
Já o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), que tem peso de 10% no indicador, variou 1,20% no segundo decêndio de dezembro. No mês anterior, o índice subira 1,38%. Os três grupos componentes do INCC apresentaram as seguintes variações na passagem do segundo decêndio de novembro para o segundo decêndio de dezembro: Materiais e Equipamentos (3,10% para 2,78%), Serviços (0,69% para 0,41%) e Mão de Obra (0,23% para 0,13%).
Preço médio do aluguel residencial fica estável após 5 meses de queda, diz FipeZap
IPCA: inflação acelera para 0,89% em novembro, maior alta para o mês em 5 anos
Com índice de reajuste bem acima da inflação, inquilinos tentam negociar alugueis
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Veja as vagas de emprego disponíveis nesta quinta (17) em Petrolina, Araripina e Salgueiro
As vagas são disponibilizadas pela Agência do Trabalho de Pernambuco. As oportunidades são disponibilizadas pela Agência do Trabalho de Pernambuco. Divulgação/ Reprodução Foram divulgadas as vagas de emprego disponíveis nesta quinta-feira (17), em Petrolina, Araripina e Salgueiro, no Sertão de Pernambuco. As oportunidades são disponibilizadas pela Agência do Trabalho de Pernambuco e atualizadas no G1 Petrolina. Os interessados nas oportunidades podem entrar em contato com a Seteq através da internet. O atendimento na Agência do Trabalho ocorre apenas com agendamento prévio, feito tanto pelo site da secretaria, quanto pelo Portal Cidadão. Petrolina Contato: (87) 3866 – 6540 Vagas disponíveis Araripina Contato: (87) 3873 – 8381 Vagas disponíveis Salgueiro Contato: (87) 3871-8467 Vagas disponíveis GR1 de quarta-feira, 16 de dezembro
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BC revisa previsão de aumento do crédito bancário em 2020 de 11,5% para 15,6%
De acordo com o Banco Central, demanda das empresas e recuperação do crédito pelas famílias puxaram a previsão para cima. Empréstimos dos bancos devem registrar em 2020 uma expansão maior que a prevista, estimou nesta quinta-feira (17) o Banco Central no relatório de inflação do quarto trimestre.
No documento, o BC informa que a previsão de aumento do crédito bancário passou de 11,5% para 15,6% neste ano. Com isso, a estimativa é de forte aceleração em 2020, com uma alta maior do que a registrada no ano passado – que foi de 6,5%.
Para 2021, porém, a estimativa do Banco Central é de uma alta menor, de 7,8%.
O aumento maior do crédito, projetado pelo BC para este ano, acontece em meio à pandemia do novo coronavírus e da liberação de empréstimos emergenciais pelo governo.
"O aumento decorre tanto da demanda acentuada de crédito das empresas como pela recuperação do crédito às famílias, em especial no segmento com recursos livres [sem contar habitacional, rural e do BNDES]", informou o BC.
Segundo o BC, a previsão de alta do crédito para as empresas em 2020 passou de 16,5% para 22,6%. A estimativa de crescimento dos empréstimos para pessoas físicas, por sua vez, subiu de 7,8% para 10,4% em 2020 (mas ainda com desaceleração frente ao registrado em 2019).
Nos últimos meses, o Banco Central e o Ministério da Economia vêm anunciando medidas para liberar recursos às demais instituições financeiras e elevar os empréstimos bancários às empresas.
Em uma primeira rodada de ações, anunciada em março, foram anunciados R$ 1,2 trilhão em liquidez e capital para as instituições financeiras. Em junho, outros R$ 200 bilhões foram autorizados.
O BC informou que o volume de crédito bancário teve a maior alta para o primeiro semestre em sete anos, e que continuou avançando até outubro.
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