Após recessão profunda em 2020, economia da América Latina voltará a crescer no próximo ano, prevê Cepal
Expectativa é que o PIB da região 'encolha' 7,7% este ano, antes de uma expansão de 3,7% em 2021. A economia da América Latina voltará a crescer em 2021, após uma profunda recessão provocada pela pandemia do coronavírus neste ano, disse a comissão econômica da ONU para a região nesta quarta-feira (16).
A economia latino-americana crescerá 3,7% em 2021, após contração de 7,7% neste ano, informou a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal). Um relatório anterior de julho projetava retração mais profunda em 2020, de 9,1%.
Cepal prevê queda de 50% do investimento estrangeiro na América Latina em 2020 devido à pandemia
"É a maior contração desde que os registros começaram em 1900. O PIB está caindo em praticamente todos os países", disse o relatório, o qual previu que serão necessários anos para retornar ao nível de atividade econômica de antes da crise.
América Latina passa por desafios para vacinação e distribuição
As exportações regionais – dependentes de embarques de matérias-primas – vão encolher 13% neste ano, com o volume das importações caindo 14%, o maior desde a crise financeira global de 2008-2009, mostrou o relatório.
Mesmo antes da pandemia, a América Latina já havia registrado crescimento médio e 0,3% nos seis anos até 2019. O relatório disse que a recuperação do próximo ano só ajudaria a mitigar o impacto da contração recorde.
O desemprego deve subir para cerca de 10,7%, disse o documento, com muitas pessoas abandonando a força de trabalho e a pobreza aumentando drasticamente.
"As cicatrizes deixadas pela maior crise das últimas décadas, com o aumento dos níveis de desemprego e pobreza, além da desigualdade, podem intensificar tensões sociais latentes com consequências para a retomada da atividade econômica nos países", alertou o relatório.
Tanto a recuperação global quanto a regional estarão ligadas à disponibilidade de uma vacina contra o vírus, acrescentou o documento.
A piora das condições financeiras globais e qualquer retirada prematura dos estímulos monetários e fiscais, tanto nas grandes economias desenvolvidas quanto em âmbito local, também representam riscos para a economia latino-americana, afirmou a Cepal.
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Programa abre inscrições para a aceleração de startups de educação financeira
Iniciativa da Febraban terá investimentos de R$ 1 milhão e conta com apoio do Banco Central e da aceleradora Voe Sem Asas. Ao final, 5 empresas serão escolhidas para receber mentorias e acompanhamento. Programa busca acelerar projetos de aceleração financeira Divulgação A Federação Nacional dos Bancos (Febraban) abriu nesta terça-feira (15) inscrições para seu programa de aceleração de projetos de educação financeira. Chamado de "Meu Bolso em Dia", o projeto prevê investimentos de R$ 1 milhão em mentorias, workshops e aportes financeiros em startups que desenvolvam ações na área. Feito com apoio do Banco Central e da aceleradora Voe sem Asas, o programa vai selecionar 20 projetos em sua primeira fase, que durará 8 meses. A etapa de inscrições vai até 09 de fevereiro de 2021, em um site criado para a iniciativa. A entidade disse que o programa tem como objetivo impulsionar empresas com projetos de educação financeira com alto potencial de ganho de escala, visando ao desenvolvimento de soluções inovadoras, abrangentes, inclusivas e gratuitas para o usuário final. “O uso adequado das finanças e do setor bancário é uma ferramenta poderosa na promoção do bem estar e na realização de sonhos e projetos”, afirmou Isaac Sidney, presidente da Febraban. Em sua segunda fase, o processo seletivo terá duração de cinco semanas, quando as empresas terão que elaborar o plano de negócio dos projetos. De acordo com a entidade, 5 projetos serão selecionados no final e receberão mentoria e acompanhamento adicional por 12 meses. Veja os vídeos mais vistos do G1
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Deputados aprovam em sessão do Congresso lei que dá diretrizes para o Orçamento 2021
Proposta da Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2021 foi enviada ainda no primeiro semestre; senadores votam em seguida. Orçamento de 2021 deve ser analisado apenas no ano que vem. Deputados aprovam texto-base da LDO, projeto que traça diretrizes para o Orçamento 2021
Em sessão remota do Congresso Nacional, os deputados aprovaram nesta quarta-feira (16), por um placar de 444 votos a 10, o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2021.
Os senadores ainda devem analisar a LDO na segunda etapa da sessão do Congresso, prevista para a tarde desta quarta. Para evitar aglomerações em plenário, devido à pandemia do novo coronavírus, as sessões têm sido feitas de forma separada e virtual.
A LDO estabelece as regras básicas para a execução do orçamento do ano seguinte, incluindo as previsões de receitas e despesas. Os gastos são detalhados na Lei Orçamentária (LOA), que ficará para ser votada no ano que vem.
A aprovação do projeto neste ano é crucial para não travar a partir de janeiro os pagamentos do governo federal, inclusive de despesas obrigatórias, como salários e aposentadorias.
Projeto da LDO para 2021 prevê estagnação da economia em 2020
Com a LDO aprovada, o Executivo terá acesso a 1/12 dos recursos previstos por mês até que o texto do Orçamento de 2021 passe pelo crivo do Congresso.
Neste ano, a votação ocorreu diretamente em plenário, sem ter passado antes pela análise da Comissão Mista de Orçamento (CMO), como exigido na Constituição.
O colegiado não chegou a ser instalado em razão da pandemia e de disputas políticas envolvendo a sucessão da presidência da Câmara.
Salário mínimo
A LDO prevê que o salário mínimo passará dos atuais R$ 1.045 para R$ 1.088, um aumento de R$ 43.
A correção, porém, leva em consideração apenas a inflação, com base na estimativa do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).
A previsão anterior, feita em agosto, era de que o reajuste seria menor a partir de janeiro, para R$ 1.067. Nesta terça-feira (15), o Ministério da Economia revisou o aumento devido ao crescimento da inflação nos últimos meses.
Ministério da Economia revisa salário mínimo de R$ 1.067 para R$ 1.088
Meta fiscal
A LDO prevê, ainda, uma meta de déficit primário de R$ 247,1 bilhões. O Ministério da Economia enviou nesta terça-feira (15) um ofício ao Congresso com a proposta, já que na primeira versão do projeto, enviado em abril, no auge da pandemia do novo coronavírus, o Executivo sugeriu uma meta flexível e variável de déficit primário de 2021.
Em outubro, porém, o Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou um alerta ao governo federal sobre a ausência de uma meta fiscal fixa no projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2021, em tramitação no Congresso.
Segundo o tribunal, ao não definir esse indicador, o governo afrontaria a Constituição Federal e a Lei de Responsabilidade Fiscal.
Guedes desiste de meta fiscal flexível para 2021 após recomendação do TCU
Vacinação
A LDO não estabelece um valor a ser destinado para a vacinação com a Covid-19 em 2021. O plano nacional de imunização foi lançado nesta quarta pelo governo federal.
O relatório apresentado cita apenas como despesas ressalvadas, ou seja, que não serão contingenciadas, gastos com "ações vinculadas à produção e disponibilização de vacinas contra o coronavírus (Covid-19) e a imunização da população brasileira". Porém, o texto não especifica o valor a ser destinado.
Na avaliação de técnicos do Congresso ouvidos pelo G1 e pela TV Globo, isso não trará impedimentos para a execução das despesas. O governo poderá liberar os recursos por meio de medidas provisórias (MP), já que se trata de uma despesa para uso emergencial.
Valdo Cruz: governo deve editar MP para liberar verba e regularizar vacina contra Covid-19
O PSOL, contudo, apresentou um destaque (sugestão de alteração na proposta) para deixar claro que os recursos para a aquisição de vacinas contra a Covid-19 podem ser feitos por meio de crédito extraordinário.
“É inadmissível que o regime fiscal brasileiro seja algum entrave para a vacinação em massa da população”, diz o partido na justificativa de alteração.
“Por esse motivo, buscamos prever que, independentemente da Regra do Teto de Gastos Públicos ou da Meta de Resultado Primário, serão garantidos os recursos suficientes para a produção e/ou aquisição de vacinas para a Covid-19", cita o destaque do PSOL.
Porém, o relator da LDO, senador Irajá (PSD-TO), argumentou que a previsão de recursos para a vacinação deve estar no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA), que deve ser votado apenas em 2021.
Irajá disse, ainda, que se compromete em "somar esforços" para convencer o relator da PLOA, senador Márcio Bittar (MDB-AC), a incluir o dispositivo em seu parecer.
Prioridades
O texto da LDO aprovado pelos deputados prevê, como prioridade para 2021, investimentos em ações voltadas à primeira infância e no programa habitacional Casa Verde e Amarela, recentemente aprovado pelo Congresso em substituição ao Minha Casa Minha Vida.
Em plenário, Irajá afirmou que Bittar já manifestou a disposição de priorizar o programa habitacional no Orçamento e destinará cerca de R$ 3 bilhões ao Ministério do Desenvolvimento Regional.
Emendas parlamentares
O parecer reduz de 90 para 45 dias o prazo para o Executivo publicar os procedimentos e o cronograma de execução das programações das emendas individuais.
A proposta também retira a dedução das emendas impositivas de bancada para o Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), uma vez que não haverá eleições no próximo ano.
O texto determina ainda o dispositivo de transferência especial, conhecido como fundo a fundo, por meio do qual o recurso sai direto da União para a conta do município.
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Brasil vai encerrar o ano sem perder empregos no mercado formal, diz Paulo Guedes
Ministro da Economia reforçou nesta quarta-feira (16) que a economia brasileira se recupera de forma acelerada da crise provocada pela pandemia de coronavírus. O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta quarta-feira (16) que o Brasil deve encerrar o ano sem registrar perdas de emprego no mercado formal de trabalho. Ao participar de um evento online da Conferência de Montreal, Guedes reforçou que a economia brasileira se recupera de forma acelerada, em "V", da crise provocada pela pandemia de coronavírus. Ministro Paulo Guedes REUTERS/Ueslei Marcelino "Nós vamos alcançar o final do ano, muito provavelmente, perdendo zero emprego no mercado formal", afirmou Guedes. "Nós últimos meses, nós criamos 1 milhão de empregos." Em outubro, a economia brasileira registrou um saldo positivo de 394.989 empregos com carteira assinada, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Foi o quarto mês seguido de alta. No acumulado do ano, no entanto, ainda há perda de 171.139 postos. O ministro da Economia destacou que o resultado do mercado de trabalho tem sido favorecido pelas medidas de proteção ao emprego lançadas durante a crise. O governo permitiu, por exemplo, que as empresas adotassem a redução de salário e jornada. Agenda de reformas Guedes também voltou a prometer que o Brasil vai seguir com a agenda de reformas consideradas estruturais e de privatizações. Para equipe de Guedes, Brasil tem primeiro semestre de 2021 para retomar reformas "Vamos acelerar a privatização, os investimentos privados", afirmou. "Nós estamos vendendo mais de 30 aeroportos, companhias estatais. Nós também vamos autorizar a venda de ferrovias." Vídeos: Últimas notícias de economia
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Superávit comercial da zona do euro aumenta com exportações se recuperando mais que importações
Importações da zona do euro caíram 11,7% em outubro na comparação com o mesmo mês do ano anterior, enquanto as exportações recuaram apenas 9,0%. O superávit comercial não ajustado da zona do euro saltou em outubro na comparação com o mesmo período do ano anterior, mostraram dados da agência de estatísticas da União Europeia, Eurostat, nesta quarta-feira (16).
O superávit comercial de bens dos 19 países que usam o euro com o resto do mundo foi de 30 bilhões de euros em outubro, contra 27,2 bilhões um ano antes.
As importações da zona do euro caíram 11,7% em outubro na comparação com o mesmo mês do ano anterior, enquanto as exportações recuaram apenas 9,0%.
Europa começa novos lockdowns em meio a recorde de mortes pela COVID-19
Os dados ajustados sazonalmente mostram que o superávit comercial em outubro foi de 25,9 bilhões de euros, de 23,7 bilhões em setembro, com as exportações ajustadas sazonalmente subindo 2,1% na comparação mensal e as importações aumentando 1,0%.
A Eurostat disse que, nos últimos seis meses, as exportações se recuperaram mais rapidamente que as importações e a balança comercial retornou aos níveis pré-crise. Entretanto, comparado a fevereiro, mês em que entraram em vigor as restrições pela Covid-19, as exportações e importações tinham queda respectivamente de 6,2% e 7,4%.
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OCDE sugere reformas ao Brasil para manter teto de gastos e ampliar Bolsa Família
Organização apresentou novo relatório econômico sobre o país, com análise sobre os desafios gerados pela Covid-19. Brasil tenta atender a pré-requisitos para se tornar membro da OCDE. A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) divulgou nesta quarta-feira (16) um novo relatório econômico sobre o Brasil. O texto sugere, entre outras ações, a manutenção do teto de gastos e medidas parar tornar o orçamento menos rígido – como forma, também, de destinar mais recursos para programas sociais como o Bolsa Família.
O Brasil já entrou com um pedido para ingressar na OCDE, formada pelas economias mais desenvolvidas do planeta, mas ainda não conseguiu atender a todos os pré-requisitos. Depois de atender aos chamados "instrumentos" de adesão, o candidato ainda tem de ser aprovado por outros membros.
O que o Brasil perde e ganha se entrar na OCDE, o 'clube dos países ricos'
Após aval de membros, Ministério da Economia espera que Brasil entre na OCDE em até 2 anos
Balanço divulgado na semana passada pela Casa Civil informa que o Brasil é o "país não membro" com o maior número de adesões a instrumentos da organização.
Dos 245 instrumentos, segundo o governo, o Brasil já aderiu a 94 e aguarda autorização da OCDE para adesão a outros 49. Segundo o ministro da Economia, Paulo Guedes, o Brasil está na frente de outros países nessa corrida.
O secretário-Geral da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), Angel Gurría, afirmou nesta quarta que o Produto Interno Bruto (PIB ) brasileiro deve ter uma queda de 5% neste ano, e um crescimento de 2,6% em 2021.
Ele enumerou as medidas de combate ao novo coronavírus anunciadas pelo governo e votadas pelo Congresso Nacional, como o auxílio emergencial, e avaliou que sem elas a "contração econômica em 2020 teria sido muito mais profunda".
De acordo com Paulo Guedes, o relatório da OCDE sobre a economia brasileira apresenta medidas construtivas, que estão em linha com a avaliação do governo de avançar com as reformas para retomar o crescimento sustentado.
"Principais mensagens econômicas são resumidas em, primeiro sustentabilidade fiscal, crescimento da produtividade, que requer aprofundamento das reformas, e terceiro vamos necessitar de politicas de qualificação. As reformas para aprofundar a consolidação fiscal, estão no centro da programação econômica do nosso governo", disse ele.
Guedes também afirmou que o Brasil está pronto para ingressar na OCDE, mas precisará de ajuda para cumprir metas ambientais, como a regulação do mercado de créditos de carbono.
Governo dos EUA formalizou, em janeiro, apoio ao ingresso do Brasil na OCDE
Teto de gastos e reformas
No relatório divulgado nesta quarta-feira, a OCDE recomendou que seja garantida a sustentabilidade das contas públicas, com a manutenção do chamado "teto de gastos" – mecanismo criado em 2016 que impede a maior parte dos gastos públicos de subir mais do que a inflação do ano anterior.
Nesta semana, o governo admitiu que, sem reformas, o teto de gastos tende a precarizar serviços públicos e pressionar investimentos.
Por conta do alto nível de gastos obrigatórios, que somam cerca de 94% das despesas totais, a OCDE avaliou que a "regra [do teto] corre o risco de ser quebrada em 2021, o que pode afetar a confiança e resultar em custos de financiamento mais elevados [alta na taxa de juros]". Por isso, recomendou, também, mudanças nos gastos obrigatórios e nas regras de indexação para possibilitar o "ajuste fiscal necessário e garantir o cumprimento das regras fiscais no curto prazo".
Análise: em outubro, Maia e Guedes defenderam retomada de discussões das reformas
Entre as reformas propostas pela entidade, estão algumas já encaminhadas pelo governo brasileiro, como:
a reforma administrativa, para reduzir as "altas despesas com folha de pagamento";
uma segunda rodada de mudanças da previdência, atacando as regras de despesas com pensões ao alinhar as regras de aposentadoria entre funcionários estaduais e municipais e militares com as normas do setor privado;
uma reforma tributária que simplifique as regras de arrecadação para aumentar a produtividade e a competitividade da economia.
A OCDE também recomenda redução dos subsídios, ou seja, redução de tributos para setores da sociedade, citando possíveis mudanças nas leis da Zona Franca de Manaus e do Simples Nacional.
"No longo prazo, pode não haver argumentos fortes para manter o Simples Nacional no contexto de uma reforma tributária mais ampla que simplificaria o sistema tributário geral", diz o documento.
Outra frente proposta pela entidade para aumentar a eficiência dos gastos públicos é o combate à corrupção.
"Práticas corruptas e propinas, como as reveladas nos últimos anos, desperdiçam recursos públicos, aumentam a percepção de risco político e contencioso, deterioram o clima de investimento de um país e exacerbam as desigualdades de renda, permitindo que funcionários públicos relativamente prósperos e empresários desviem recursos do contribuinte", informou.
Mercado de trabalho
Sobre o mercado de trabalho, a avaliação da OCDE é de que os custos tributários são altos no Brasil, na comparação internacional, consistindo principalmente em contribuições para a seguridade social "sem progressividade embutida", ou seja, sem direcionamento para a baixa renda, e também uma contribuição do empregador de 8% para o FGTS.
Análise: os números do desemprego e as perspectivas para 2021
"A redução da carga tributária para trabalhadores pouco qualificados fortaleceria os incentivos à formalização. Uma redução recente das contribuições sociais para jovens no primeiro emprego pode ajudá-los a ter acesso a empregos formais, mas seu impacto deve ser monitorado e avaliado cuidadosamente", diz a OCDE.
"Se a medida for bem-sucedida, a expansão dessa taxa mais baixa para todas as pessoas de baixa renda, independentemente da idade, fortaleceria os incentivos à criação de empregos formais e acrescentaria mais progressividade ao financiamento da seguridade social", acrescenta a entidade.
Bolsa Família
Segundo a OCDE, as transferências do Bolsa Família têm um forte impacto sobre a pobreza e a desigualdade, mas diminuíram 22% em termos reais nos últimos 15 anos. Por isso, recomendou aumentar os benefícios e acelerar as concessões de benefícios no programa Bolsa Família.
"Nenhum ajuste automático é aplicado às transferências condicionais de dinheiro no programa Bolsa Família, que visa famílias com renda per capita mensal abaixo de R $ 178 por mês e com crianças matriculadas em programas regulares de escola. Aumentar os benefícios e os limites de elegibilidade tem grande potencial para reduzir ainda mais a pobreza, ao mesmo tempo que garante que todos os elegíveis sejam inscritos com atrasos razoáveis", avaliou a entidade.
Segundo avaliação da OCDE, os mecanismos de indexação presentes na economia brasileira implicaram que os aumentos nos gastos sociais gerais ocorridos na última década beneficiaram principalmente as famílias não pobres.
"Simultaneamente, esses mecanismos têm exacerbado o viés do gasto social em detrimento de crianças e jovens. Preservar o poder aquisitivo real dos benefícios previdenciários, ajustando-os aos preços, poderia liberar recursos para elevar os gastos com o Bolsa Família, única transferência em que os gastos incrementais realmente atingiriam os 52 milhões de brasileiros com renda abaixo dos US$ 5,50 [por dia] do Banco Mundial", informou.
O secretário do Tesouro Nacional, Bruno Funchal, afirmou que o governo já está atendendo à recomendação da OCDE de elevar os recursos do Bolsa Família, com a proposta de aumento de 20% em 2021.
"Havendo necessidade, mais famílias podem entrar. Se houver necessidade, respeitando nosso limite de gastos, pode ser sim revisto para cima", declarou.
Economia verde e desmatamento
Por fim, a OCDE também lembrou que o cumprimento das promessas feitas pelo Brasil no acordo de Paris para 2025 implicaria na redução das emissões de gases poluentes em 37%, frente ao patamar de 2005.
"Como as emissões recentemente tiveram uma tendência de aumento leve, em vez de tendência de queda, isso será desafiador e requer intensificar os esforços políticos. Os três maiores componentes de emissão são agricultura (34%), energia (32%) e uso da terra e silvicultura (22%)", infomou.
Sobre o desmatamento, a entidade avaliou que é preciso aumentar os esforços de fiscalização, com orçamentos maiores, e a contratar mais equipes de fiscalização.
"Após alguns sinais confusos, as mensagens políticas sobre a aplicação da lei tornaram-se recentemente mais consistentes. A decisão de fevereiro de 2020 de colocar as políticas relacionadas ao desmatamento sob a responsabilidade de um conselho interministerial liderado pelo vice-presidente pode ajudar a fortalecer esse pilar. O emprego das forças armadas para combater o desmatamento ilegal tem mostrado efeitos positivos recentemente", avaliou a OCDE.
Inpe: desmatamento da Amazônia Legal sobe 9,5% em um ano e atinge maior nível desde 2008
Para conter o desmatamento, a entidade avaliou que o financiamento internacional "deve fazer parte dessa estratégia, possivelmente em uma extensão muito maior do que no passado". "O Fundo Amazônia já desembolsou US $ 500 milhões, principalmente de doações da Noruega e Alemanha. Na ausência de um acordo sobre a estrutura de governança operacional do Fundo, os fundos não comprometidos estão congelados desde agosto de 2019", lembrou.
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Grandes empresas de alimentos pedem que tradings evitem soja de áreas desmatadas do Cerrado
Atualmente, a região produz cerca de 60% de todo o grão do Brasil, que é o maior produtor e exportador global da oleaginosa. Produção de soja em MT Divulgação Um grupo de empresas internacionais que inclui Tesco, Walmart, Unilever e McDonald's pediu que grandes tradings de commodities parem de trabalhar com soja associada ao desmatamento do Cerrado brasileiro. O grupo de 163 companhias, signatárias da Declaração de Apoio ao Manifesto do Cerrado, disse na terça-feira (15) que escreveu em novembro às tradings Archer Daniels Midland (ADM), Bunge, Louis Dreyfus, Cargill, Cofco International e Glencore para pedir que elas deixem de obter soja, direta ou indiretamente, de áreas desmatadas no Cerrado após 2020. Nenhuma das tradings concordou com as medidas, segundo o comunicado. "Pedimos às tradings que intensifiquem seus próprios compromissos e implementem sistemas robustos de monitoramento, verificação e relatórios na região, e estabeleçam uma data limite em 2020 livre de conversão de desmatamento do Cerrado para a soja", disse Anna Turrell, diretora de Meio Ambiente da Tesco. Atualmente, a região do Cerrado produz cerca de 60% de toda a soja do Brasil, maior produtor e exportador global da oleaginosa, que é processada para produção de ração e óleo. O Cerrado compreende estados importantes do agronegócio, como parte dos estados Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, a fronteira agrícola do Matopiba (Maranhão, Piauí, Tocantins e Bahia) e Goiás. No ano passado, grupos ambientais criticaram a Cargill após a companhia afirmar que ela e a indústria de alimentos em geral não conseguiriam atingir a meta de eliminar o desmatamento das cadeias de oferta até 2020. Na América do Norte, empresas estão encorajando produtores a adotar práticas mais sustentáveis, devido à pressão do consumidor e às expectativas de mais regulamentações. A Cargill disse em comunicado em seu website que reconhece "a urgência de abordar a questão do desmatamento e da conversão de terras com vegetação nativa no Cerrado." "Podemos confirmar que a Cargill não fornecerá soja de agricultores que desmatam ilegalmente ou em áreas de proteção, e temos as mesmas expectativas em relação aos nossos fornecedores", afirmou a trading. Um porta-voz da ADM, em resposta a um pedido da Reuters por comentários, disse que a "ADM possui uma rígida Política de Não Desmatamento, e contamos com tecnologias de satélite para garantir que possamos cumprir nossa política." A Bunge afirmou que "não adquire soja de áreas desmatadas ilegalmente" e "se dedica a uma cadeia produtiva sustentável e tem o compromisso público, desde 2015, de eliminar o desmatamento de todas as nossas cadeias produtivas até 2025, prazo mais curto do setor". Cofco, Louis Dreyfus e Glencore não responderam de imediato a um pedido por comentários. Veja mais vídeos sobre desmatamento
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PIB cresceu 0,6% em outubro, indica monitor da FGV; resultado é o pior desde abril
De acordo com o pesquisador responsável pelo indicador, na prática o saldo positivo foi provocado por efeito estatístico. A atividade econômica brasileira cresceu 0,6% em outubro frente a setembro, indica o monitor do PIB da Fundação Getulio Vargas (FGV). Apesar da expansão, é o pior resultado desde abril, mês considerado o 'fundo do poço' da crise provocada pela pandemia do coronavírus, quando houve queda de 9,1%.
Na prática, o saldo positivo na margem foi provocado por efeito estatístico, segundo o pesquisador Claudio Considera, da FGV, responsável pelo indicador. A estimativa da FGV ficou abaixo da do Banco Central: a prévia da entidade apontou alta de 0,86% em outubro, na comparação com o mês anterior (veja no vídeo mais abaixo).
Como o indicador foi comparado com meses imediatamente anteriores, em que a economia estava mais enfraquecida devido à pandemia de covid-19, com restrições mais fortes de circulação social — o que afetou fortemente a economia de serviços —, o indicador começou a mostrar taxas positivas a partir de maio, lembrou o pesquisador.
"Mas há meses esse aumento, na margem, vem desacelerando", disse o técnico. Assim, para o especialista, o desempenho não representa sinal de retomada sustentável, na atividade econômica e foi influenciado por base de comparação baixa. "A economia só volta a crescer quando houver vacinação [contra covid-19] em massa", afirmou ele.
Economia brasileira cresce 0,86%, em outubro
No trimestre móvel encerrado em outubro, a alta foi de 6,4% ante os três meses anteriores. Na comparação interanual, a economia apresentou queda de -2,7% em outubro e de -3,1% no trimestre móvel findo em outubro.
“O forte crescimento de 7,7% da economia brasileira no 3º trimestre, reverteu, em parte, a forte retração de 9,7% registrada no 2º trimestre deste ano. No entanto, este crescimento não teve continuidade em outubro, que apresenta a menor taxa mensal desde a forte retração de abril”, diz Considera.
Segundo ele, a tendência da economia parece ser retomar às incipientes taxas mensais do início do ano, pré pandemia. Das 12 atividades desagregadas que compõem o PIB apenas seis apresentam-se no plano positivo tanto contra mês anterior, como na comparação interanual.
“O setor de serviços ainda apresenta grande resistência à recuperação com grande influência das atividades de transportes, de administração pública, e particularmente de outros serviços que pesa quase 15% do PIB”, diz o economista.
Segundo ele, esses resultados são reflexo do fraco desempenho dos dois principais componentes da demanda: o consumo das famílias e a formação bruta de capital fixo. “Mesmo com a flexibilização das medidas de isolamento e pequena melhora dos setores de alojamento, alimentação, serviços prestados às famílias, educação e saúde, o crescimento observado ainda é insuficiente para trazer o consumo para o plano positivo.”
No levantamento da FGV, a economia de serviços, que representa mais de 70% da economia, mostrou alta de 0,5% em outubro ante setembro. Embora positivo, esse resultado também é o pior desde abril (-8,4%), mês considerado como "auge" do impacto negativo, na economia, dos efeitos da covid-19.
Na comparação com outubro do ano passado, a atividade de serviços caiu 3,6% em outubro desse ano, com retração de 4,1% no trimestre finalizado em outubro, ante igual período em 2019. "Serviços foi muito afetado pela pandemia" lembrou Considera, frisando que esse segmento ainda não deu sinais de recuperação sustentável até outubro.
Pelo lado da demanda, a pesquisa mostra saldo positivo no consumo das famílias, ainda favorecido por pagamento de auxílio emergencial, por parte do governo. Em outubro, o consumo das famílias subiu 2,2% ante setembro, no levantamento da fundação. Mas ainda é 3% abaixo de outubro do ano passado, segundo leitura do Monitor. No trimestre encerrado em outubro, a queda é de 4,4% ante mesmo período em 2019, no consumo das famílias.
E esse patamar de consumo pode piorar a partir do ano que vem, admitiu o especialista. Isso porque o mercado de trabalho mostra sinais preocupantes, notou ele.
"Vamos terminar o ano com desemprego em alta", alertou o economista, lembrando que o auxílio emergencial termina em dezembro desse ano. Ou seja, na prática, sem o benefício do governo, isso vai gerar maior volume de pessoas à procura de vagas, para compor renda.
"Muitos empregos não 'voltaram' ao longo da pandemia, e nem vão voltar. Tivemos bares, restaurantes fechando e, no caso de turismo, a atividade não vai voltar totalmente de uma hora para outra" afirmou. "Além disso, temos agora aumento de número de casos [de covid-19]" completou o técnico.
Nem mesmo os investimentos na economia, que poderiam ajudar a tornar o cenário da atividade mais favorável, deram sinais positivos na leitura do Monitor do PIB até outubro, acrescentou o técnico. A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) caiu 1,1% em outubro ante setembro, na pesquisa da FGV. Na comparação com outubro do ano passado, a queda é de 1% em outubro desse ano, em FBCF.
Para o especialista, os sinais até o momento delineados pelo levantamento é de redução de ritmo de crescimento da atividade até outubro, influenciado por serviços e demanda operando de forma fraca —o que não confere boa perspectiva para a economia em 2021, admitiu ele.
"Duvido que a economia cresça ano que vem tudo que perdeu esse ano", afirmou Considera, acrescentando que o PIB do próximo ano deveria subir pelo menos 4,5%, para isso acontecer.
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Guedes diz que Brasil está pronto para entrar na OCDE e pede ajuda na agenda de sustentabilidade
Organização apresentou novo relatório econômico e sugeriu reformas profundas para país manter teto e ampliar Bolsa Família. Brasil tenta cumprir pré-requisitos para virar membro. O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta quarta-feira (16) que o Brasil está pronto para ingressar na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), grupo de nações mais desenvolvidas.
Guedes também avaliou que o ingresso da economia brasileira no grupo reforçaria a agenda ambiental, social e de governança corporativa.
"Precisamos da ajuda da OCDE para nos ajudar a implementar sistemas de comércio de emissões de carbono que aumentem a competividade das empresas brasileiras alinhando as nossas políticas às melhores práticas internacionais", declarou.
O Brasil já entrou com um pedido para ingressar na OCDE, formada pelas economias mais desenvolvidas do planeta, mas ainda não conseguiu atender a todos os pré-requisitos. Depois de atender aos chamados "instrumentos" de adesão, o candidato ainda tem de ser aprovado por outros membros.
Balanço divulgado na semana passada pela Casa Civil informa que o Brasil é o "país não membro" com o maior número de adesões a instrumentos da organização.
Dos 245 instrumentos, segundo o governo, o Brasil já aderiu a 94 e aguarda autorização da OCDE para adesão a outros 49. Entre os instrumentos de adesão, há alguns relacionados com a preservação do meio ambiente.
O que o Brasil perde e ganha se entrar na OCDE, o 'clube dos países ricos'
Após aval de membros, Ministério da Economia espera que Brasil entre na OCDE em até 2 anos
No relatório apresentado nesta quarta-feira sobre a economia brasileira, a OCDE sugeriu entre outras ações, a manutenção do teto de gastos e medidas parar tornar o orçamento menos rígido – como forma, também, de destinar mais recursos para programas sociais como o Bolsa Família.
Governo americano formalizou apoio ao ingresso do Brasil na OCDE em janeiro
Na economia verde, a OCDE também lembrou que o cumprimento das promessas feitas pelo Brasil no acordo de Paris para 2025 implicaria na redução das emissões de gases poluentes em 37%, frente ao patamar de 2005.
"Como as emissões recentemente tiveram uma tendência de aumento leve, em vez de tendência de queda, isso será desafiador e requer intensificar os esforços políticos. Os três maiores componentes de emissão são agricultura (34%), energia (32%) e uso da terra e silvicultura (22%)", informou.
Sobre o desmatamento, a entidade avaliou que é preciso aumentar os esforços de fiscalização, com orçamentos maiores, e a contratar mais equipes de fiscalização.
"Após alguns sinais confusos, as mensagens políticas sobre a aplicação da lei tornaram-se recentemente mais consistentes. A decisão de fevereiro de 2020 de colocar as políticas relacionadas ao desmatamento sob a responsabilidade de um conselho interministerial liderado pelo vice-presidente pode ajudar a fortalecer esse pilar. O emprego das forças armadas para combater o desmatamento ilegal tem mostrado efeitos positivos recentemente", avaliou a OCDE.
Para conter o desmatamento, a entidade avaliou que o financiamento internacional "deve fazer parte dessa estratégia, possivelmente em uma extensão muito maior do que no passado".
"O Fundo Amazônia já desembolsou US $ 500 milhões, principalmente de doações da Noruega e Alemanha. Na ausência de um acordo sobre a estrutura de governança operacional do Fundo, os fundos não comprometidos estão congelados desde agosto de 2019", lembrou.
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Presença de gafanhotos já é registrada em oito cidades do Noroeste do RS
Em quatro cidades há foco do inseto, quando há uma grande quantidade e potencial dano às lavouras ou danos iniciais. Aumenta número de focos e locais com gafanhotos no RS A presença de gafanhotos já foi registrada em oito cidades da Região Noroeste do Rio Grande do Sul. Os mais recentes focos foram identificados em Redentora e Bom Progresso. "A área de Bom Progresso, assim como de Redentora, já era considerada uma ocorrência, mas agora devido ao tamanho dos danos ocasionados na mata foi classificada como um foco", destaca o fiscal agropecuário André Ebone. O primeiro foco apareceu em uma área de mata nativa na Reserva Indígena de Inhacorá, entre os municípios de São Valério do Sul e Santo Augusto. O segundo foi em uma área de árvores nativas entre os municípios de Santo Augusto e Chiapeta. As duas áreas somam 360 hectares. A soma dos quatro chega a 700 hectares. Além das quatro áreas, os fiscais registraram a presença dos insetos em outros quatro municípios. Por enquanto são apenas ocorrências e não presença de grande quantidade. Veja as diferenças entre ocorrência, foco e surto abaixo. Por enquanto, segundo as autoridades, os insetos não causam danos nas plantações de soja e milho. "Estamos passando em todas as propriedades lindeiras da reserva exatamente pra, além de monitorar as lavouras de soja e milho que a gente têm encontrado e visto que não tem ataque de pregas, pra tranquilizar o produtor, mostrando pra ele que os insetos estão dando preferência a mata nativa", destaca o fiscal agropecuário Alonso Duarte de Andrade. Gafanhoto registrado em áreas do Noroeste do RS Everson Dornelles / RBS TV Espécies Até agora foram encontradas oficialmente duas espécies, a Zoniopoda Iheringi, de cor verde, e a Chromacris Speciosa, que apresenta coloração verde amarelada. As duas são nativas do Rio Grande do Sul. "As pessoas podem identificar até nas suas próprias residências tanto na cidade quando no interior, não necessariamente que ele estão causando danos, apenas fazendo parte aí do ambiente", destaca Ebone. Em Bom Progresso, foi identificada a presença de outra espécie, o chamado gafanhoto militar. O clima quente pode ter sido fundamental para o aumento dos insetos na região. "Da condição seca e o inverno quente também. Com o retorno mais periódico das chuvas, o que a gente tem observado é uma movimentação menor dos insetos e espera que essa população volte a uma condição normal de quantidade de insetos no eco sistema natural". O monitoramento é feito diariamente em um raio de 30 quilômetros dos focos. O auditor do Ministério da Agricultura, Felipe Duarte participa das ações de monitoramento. "Para ver se há potencial de risco para as nossas lavouras e até no sentido de talvez implantarmos uma emergência fitossanitária, que eu acho que não é o caso, por que as populações estão sob controle", diz. Orientações Na primeira vistoria que os fiscais fizeram nas áreas de Redentora e Bom Progresso, foi percebido o mesmo padrão de alimentação. A planta preferida é o timbó, mas também foram encontrados insetos nas lavouras de soja e milho que ficam ao lado da mata, mas praticamente sem danos. Por não estarem se alimentando das lavouras, os fiscais orientam os agricultores a não utilizarem defensivos para combater os gafanhotos. Diferenças entre ocorrência, foco e surto Ocorrência: registro de observação de gafanhotos, sem danos a lavouras ou inexpressivo. Foco: Presença de populações expressivas em áreas agrícolas ou adjacentes apresentando potencial dano às lavouras ou danos iniciais. Surto: Presença de populações expressivas com constatação de danos na lavoura e perdas de produção. Veja outros vídeos do Jornal do Almoço
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